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fundamentos de arquitetura e urbanismo

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Fundamentos de 
Arquitetura e Urbanismo
Unidade 1
Introdução à arquitetura e urbanismo
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria
MIRELLA RAMALHO CAVALCANTE 
ALEXSANDRO PEREIRA
AUTORIA
Mirella Ramalho Cavalcante 
Sou formada em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de 
Ciências Sociais Aplicadas - UNIFACISA. Passei por escritórios de 
arquitetura e pela prefeitura de Campina Grande na Paraíba. Atualmente, 
atuo como profissional autônoma. A área de urbanismo e toda a sua 
história, desde o início, como também pelo meu desenvolvimento do 
trabalho de conclusão de curso, me fascinam até hoje. Gosto de incentivar 
as pessoas a olhar com mais delicadeza à arquitetura e todas as áreas que 
a mesma abrange. 
Alexsandro Pereira
Sou Arquiteto e Urbanista graduado pela Universidade Federal 
de Juiz de Fora (2007) e Mestre pelo Programa de Pós Graduação em 
Arquitetura e Urbanismo (PPGAU) da Universidade Federal Fluminense 
(UFF) com enfoque na área de Habitação de Interesse Social. Membro do 
Corpo Docente do grupo ITEC, onde leciono para o Curso de Arquitetura 
e Urbanismo da Faculdade TECSOMA em diversas disciplinas ligadas a 
Projetos Arquitetônicos.
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Conceitos da arquitetura e do urbanismo ........................................ 10
Aplicações da arquitetura e do urbanismo .................................................................. 10
História e desenvolvimento da arquitetura e do urbanismo .... 17
Desenvolvimento da arquitetura .......................................................................................... 17
O urbanismo ........................................................................................................................................ 18
As cidades ........................................................................................................................................... 20
Teorias da arquitetura e do urbanismo ..............................................26
Modo artístico ....................................................................................................................................26
Fundamentos teóricos .................................................................................................................27
Visão Econômica - Social e Cultural da Arquitetura e do 
Urbanismo ......................................................................................................34
Relação entre arquitetura e urbanismo ..........................................................................34
Espaços públicos ............................................................................................................................35
Economia, socialização e cultura ........................................................................................37
7
UNIDADE
01
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
8
INTRODUÇÃO
Você sabia que a área da Arquitetura e Urbanismo é um 
componente da história do homem desde a antiguidade? A mesma 
tem relação desde a época em que os arquitetos empregavam 
matérias-primas ao dispor da natureza, fazendo surgir prédios, pontes, 
monumentos entre várias artes históricas marcadas pelo mundo. A 
área da arquitetura tem presença até os dias atuais, onde os homens 
desenvolvem sua criatividade e a partir dos erros e acertos, vão 
surgindo ideias inovadoras e conceituais que definem o espaço onde 
se vive. A partir de diversas técnicas a arquitetura vai se desenvolver 
pelo mundo e vão surgindo novos espaços e novos lugares. Entendeu? 
Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar nesse universo!
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade I. Nosso objetivo é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o 
término desta etapa de estudos:
1. Definir e aplicar os conceitos da arquitetura e do urbanismo ao 
contexto histórico e atual das cidades e suas edificações.
2. Desenvolver uma visão crítica sobre a história e o desenvolvimento 
da arquitetura e do urbanismo.
3. Sistematizar os fundamentos teóricos da arquitetura e do 
urbanismo.
4. Discernir sobre a relação entre a arquitetura, o urbanismo e as 
questões econômicas, sociais e culturais.
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
10
Conceitos da arquitetura e do urbanismo
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender 
quais são os conceitos que desenvolveram a história da 
arquitetura e do urbanismo ao longo dos anos. Isto será 
fundamental para o exercício de sua profissão. E então? 
Motivado para desenvolver esta competência? Então 
vamos lá.
Aplicações da arquitetura e do urbanismo
O termo arquitetura procede da união das palavras gregas “arché”, 
com significado de principal e “tékton” com acepção de construção. 
Atualmente, pode-se definir como a ligação do homem e do espaço, 
onde ele cria circunstâncias estéticas e úteis com finalidade de habitação 
e ordenação dos ambientes.
A arquitetura também pode ser definida como uma arte visual 
renomada pelo mundo ao longo de vários anos. A mesma está presente 
até os dias atuais e é responsável pela criação de espaços públicos e 
privados, que tem como propósito a união de conforto, funcionalidade e 
estética. 
Figura 1- Esboço projetual
Fonte: Freepik
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
11
Outra aplicação à qual a disciplina se refere é à construção que 
engloba várias áreas, algumas delas são: paisagens, interiores, cidades 
e móveis. Desde a época do Renascimento podemos considerar a 
arquitetura como uma arte plástica, envolvendo toda proporção humana, 
desde a etapa manual como também a humana.
Segundo Marcos Vitrúvio, no início do século I a.C., a arquitetura 
desenvolvida em uma de suas obras descreve a abrangência na área da 
filosofia e sua base surge de diversas teorias. O fragmento mais renomado 
do arquiteto foi a Tríade Vitruviana, que envolve três tópicos essenciais 
como conceito: Firmitas, Utilitas e Venustas. 
Figura 2 - Tríade Vitruviana
FIRMITAS: 
estabilidade 
e caráter 
construtivo
Tríade 
Vitruviana
VENUSTAS: 
Beleza e 
estética
UTILITAS: 
Comodidade, 
função e 
utilitarismo
Fonte: Elaborada pelo autor (2021).
Enquanto Firmitas é atribuído à estabilidade do edifício, como o 
suporte dos materiais, Utilitas discorre sobre a comodidade da utilização, 
ou seja, como o ambiente interior é desenvolvido. Já Venustas está ligado 
à beleza de toda edificação.
Trazendo um pouco mais dos conceitos modernos sobre a 
arquitetura, o famoso arquiteto do século XIX, Louis Sullivan, impulsionou 
uma norma essencial ao projeto arquitetônico, em que a forma deve 
seguir a função. Assim, no lugar daideia Vitruviana, o autor insere a função 
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
12
substituindo a utilidade. Segundo Rocha (2011), outra ideia surge sobre 
conceitos de arquitetura, como descreve:
Por meio de sua dimensão estética, a arquitetura vai além 
dos aspectos funcionais que tem em comum com outras 
ciências humanas. Por meio de sua maneira particular de 
expressar valores, a arquitetura pode estimular e influenciar 
a vida social sem presumir que, por si só, promoverá 
o desenvolvimento social. Restringir o significado do 
formalismo (arquitetônico) à arte em prol da arte não é 
apenas reacionário, também pode ser uma busca sem 
propósito pela perfeição ou originalidade, que degrada em 
forma em uma mera instrumentalidade. (ROCHA, 2011, p. 3)
Assim, podem-se observar algumas das filosofias que induziram 
os arquitetos modernos ao longo do desenvolvimento dos projetos de 
edifícios, entre elas: o racionalismo, empirismo, estruturalismo, pós-
estruturalismo, a desconstrução e a fenomenologia.
Surge no final do século XX um novo conceito que também seria 
utilizado na construção dos edifícios: a sustentabilidade, trazendo a ideia 
de menos impacto na hora da construção no ambiente natural.
Figura 3 - Relações entre o homem e o ambiente natural
Fonte: Freepik
Com isso, ao longo dos anos e seguindo vários movimentos 
modernos, o campo da arquitetura começou a ser compreendido por 
uma única definição: espaço habitável. Os estilos criados ao decorrer do 
tempo passaram a ser chamados de escola ou de momentos históricos. 
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
13
Em outras palavras, o estilo abandona a cópia e transita para ser uma 
expressão característica de cada arquiteto.
Ao passar dos anos, a arquitetura deixou de ser foco apenas em 
construções, edifícios ou monumentos e conseguiu abranger uma escala 
maior: a da cidade. Assim, foi desenvolvendo a preocupação com estudos 
para que os espaços ociosos fossem bem aproveitados e para que cada 
vez mais trouxessem aos seus usuários o conforto necessário. 
Toda atividade gerada pelo homem irá gerar um impacto, seja em 
relação ao edifício no meio ambiente, ou o impacto visual entre o idealizador 
e a pessoa que irá usufruir daquele ambiente construído. Assim, o objetivo 
dessa construção irá impactar no quesito visual, podendo ter um efeito 
positivo, negativo, neutro, desagradável, agradável, estranho entre várias 
outras observações, dependendo da forma de percepção de cada um.
A arquitetura moderna vem juntamente com o quarto Congresso 
Internacional, que tem como abordagem o tema: Cidade Funcional. 
O mesmo foi concluído em Atenas. Nele, continha um documento das 
atividades residenciais, produtivas e áreas públicas equipadas, como 
também outro documento com a rede viária e o tráfego, desenvolvido por 
mapas da cidade juntamente com seu entorno imediato, relevo, ligações 
suburbanas e paisagem. 
Um dos fatores construtivos que vem a surgir na arquitetura é a 
avaliação do volume, ou seja, a maneira que os edifícios encontram-se 
distribuídos e organizados nos espaços. Assim, podem-se tomar como 
base os dois princípios na disciplina: tanto ser observada como volume 
ou como espaço. Mas a arquitetura não se resume só a esses conceitos 
de estilos e técnicas, também é de grande importância a compreensão 
sobre seus materiais e sobre as ideias e impressões que os mesmos 
desejam passar.
Com isso, tanto a arquitetura como o urbanismo englobam a união 
das ideias tanto dos arquitetos, como também dos clientes. A união de 
estabilidade, beleza e funcionalidade, não estão presentes apenas em 
edifícios residenciais, mas em edifícios que unem todo o público, como 
religiosos ou civis. 
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
14
A criação de espaços que unem toda a população também é 
característica histórica do processo da arquitetura e suas edificações. O 
edifício deixa de ser somente o volume privado e passa a desejar uma 
área comum para que todos aproveitem. Assim, os arquitetos passam a 
ter cada vez mais que projetar espaços e edifícios não só pela beleza, mas 
pela funcionalidade. Tal funcionalidade irá trazer a todos os seus usuários 
motivos de permanência e conforto naquele local, gerando qualidade e 
melhoria de vida para todos.
Assim, nota-se que os conceitos e definições da arquitetura e do 
urbanismo estão fortemente ligados ao progresso humano, onde de 
início desenvolviam-se locais para se proteger. Ao passar dos anos, foram 
formando espaços de convivência que mais tarde iriam virar civilizações. 
A necessidade de interligações entre as mesmas, a junção das crenças 
religiosas, a busca por fornecimento de água, tudo isso foi gerando a 
intenção do homem em construir seu próprio espaço através de suas 
técnicas e até os dias atuais se pode notar essa evolução. Segundo Rocha 
(2011): 
Arquitetura é a arte ou ciência de projetar espaços 
organizados, por meio do agenciamento urbano e da 
edificação, para abrigar os diferentes tipos de atividades 
humanas. Seguindo determinadas regras, tem como 
objetivo criar obras adequadas a seu propósito, visualmente 
agradáveis e capazes de provocar um prazer estético. A 
história da arquitetura é uma subdivisão da história da 
arte, responsável pelo estudo da evolução histórica da 
arquitetura, seus princípios, ideias e realizações. (ROCHA, 
2011, p. 6)
A matéria da arquitetura e do urbanismo, da mesma maneira que 
outro aspecto de entendimento histórico está disposta a restrições e 
novas possibilidades como ciência. Ela também pode estar sujeita há 
várias visões ao longo dos seus estudos, onde o mesmo se desenvolve 
em sua maior parte no ocidente.
A história da arquitetura e urbanismo irá começar a partir dos 
egípcios e sumérios, onde os mesmos já apresentavam elementos 
primordiais para o desenvolvimento da arte. A arquitetura na antiguidade 
era demonstrada através de palácios ou templos. Com a chegada dos 
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
15
gregos nos primórdios da história, veio a ultrapassagem da arte que antes 
era mais conhecida pelos egípcios e surge um dos monumentos mais 
conhecidos e que podem ser vistos até os tempos atuais, como é o caso 
do Partenon de Atenas.
Para alguns autores, como é o caso de Lima (2010), a arquitetura 
foi inserida na bibliografia ocidental com base na Grécia. Assim, mesmo 
que a arte faça competência ao mundo da Idade Média, a arquitetura está 
fortemente conectada ao firmamento grego. Para o autor: 
Os arquitetos gregos teriam, pelo menos, um parco 
consolo: não fariam, diretamente, cópias do mundo, como o 
fazem pintores e escultores. A condenação que pesa sobre 
o objeto arquitetônico é de natureza mais sutil: existindo 
como matéria, somente se realiza como cópia sensível 
do não-sensível, do imaterial e, portanto, da Verdade. Há 
ainda menos “verdade” nas obras dos escultores e pintores 
do que nas dos carpinteiros, marceneiros e arquitetos. 
(LIMA, 2010, p. 1)
Ao longo de toda a história, podemos observar que não há conceitos 
e sinônimos que definam impecavelmente todos os termos históricos. 
Visto que os arquitetos romanos também fazem parte do desenvolvimento 
dessa história, onde os mesmos eram encarregados pela continuação 
coerente de um costume produtivo e abundante. 
Figura 5 - Coliseu localizado em Roma
Fonte: Pixabay 
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
16
Ainda para Lima (2010), a ascendência dos gregos em comparação 
aos romanos está presente em um único conceito que está ligado às 
origens, ou seja, a comparação histórica entre as construções gregas e as 
romanas sempre irá existir. Porém, essa superação da grega para com a 
romana estaria ligada às esculturas romanas serem consideradas cópias 
das gregas. Em outras palavras, o autor desperta a falta de originalidade 
em comparação as demais épocas citadas.
Com o surgimento da era moderna e o seu principal fundador: 
Império Romanoocidental, outro período surge e novas características, 
conceitos e definições sobre a arquitetura tornam-se evidentes.
De modo geral, a probabilidade de alterações e instituir novas 
regras de argumentação e compreensão, tanto formais quanto funcionais, 
faz parte do método criativo do profissional de arquitetura.
RESUMINDO:
Tendo em vista todos os estudos sobre a arquitetura e o 
que a mesma envolve, é importante lembrar que além dos 
edifícios, o urbano e suas contemplações também estão 
presentes no desenvolvimento da disciplina. É nítido que 
para a compreensão da construção de uma residência ou 
de um ambiente interno, o arquiteto irá precisar entender 
as necessidades dos seus usuários, assim como quem irá 
projetar espaços para toda a população. Terá que pensar em 
um espaço que traga comodidade, conforto e qualidade de 
materiais, para que aquelas mesmas pessoas façam bom 
proveito e queiram permanecer nesses mesmos locais 
agradáveis. Assim, para servir de embasamento teórico, 
vários conceitos e definições foram aplicadas ao longo dos 
anos sobre a história da arquitetura, que unem a filosofia, a 
arte e o compreender narrativo que procedem em distintas 
categorias de valorização do saber empregado a favor dos 
meios que estipulam as ligações do poder e do controle 
dos espaços.
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
17
História e desenvolvimento da 
arquitetura e do urbanismo
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você conseguirá ter uma visão 
crítica sobre a história e o desenvolvimento da arquitetura 
e do urbanismo, bem como o seu desenvolvimento ao 
longo dos anos envolvendo o estudo do urbanismo e das 
cidades e compreendendo melhor onde as mesmas estão 
inseridas e quais efeitos causam e impactam a arquitetura. 
Curioso? Então vamos lá saber mais!
Desenvolvimento da arquitetura
Não podemos deixar de falar da arquitetura sem envolver a arte. 
Antes de entendermos quais os procedimentos que levaram ao surgimento 
da arquitetura, temos que compreender que ela se desenvolve a partir 
de uma ideia e de um conceito do autor sobre sua criatividade. A partir 
disso, o processo artístico vai avançando juntamente com técnicas que 
permitem o surgimento de espaços ordenados compostos por elementos 
que vão dar resultado em edifícios ou recintos urbanos. 
Assim, quanto mais se desenvolve a sociedade, novas técnicas vão 
sendo impostas junto com condicionantes tecnológicos, sendo assim, 
capazes de criar novos projetos cada vez mais atualizados e sofisticados.
Durante os fatos históricos foram se desenvolvendo acontecimentos 
importantes que faziam diferença no papel da arte. A arquitetura está 
presente nesse período onde fez com que seus conceitos progredissem 
e que mais tarde tornaram-se fatos importantes. O primeiro passo do 
esboço é a base para a continuação da ideia do autor, onde ele tem sua 
inspiração e a partir disso, consegue desenvolver sua ideia para que 
outras pessoas consigam desfrutar e observar a mesma.
Assim, o autor vai ter várias etapas para crescimento e 
amadurecimento de suas ideias, incluindo desde o esboço, até a parte 
projetual que se inicia com a construção do ambiente.
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
18
Figura 6 - Conceito projetual
Fonte:Freepik
O urbanismo
Discorrendo um pouco sobre o urbanismo e seus conceitos, entende-
se como uma parte da arquitetura que busca compreender e solucionar 
os problemas urbanos em termos relativamente recentes. O mesmo termo 
surge anteriormente à sua utilização nos anos de 1830 e 1850.
Além da arquitetura, o urbanismo faz forte relevância para 
o aprendizado da disciplina. Atualmente, faz-se necessário o 
desenvolvimento do mesmo interligado ao desenvolvimento das cidades, 
onde foi se desenvolvendo ao longo dos anos desordenadamente, com 
o crescente número de favelas e demais problemas que vinham a ser 
gerados posteriormente pelo mesmo. 
Assim, o urbanismo envolve o crescimento das necessidades de 
cada população, onde a mesma precisa compreender o local que é 
inserido e observar suas especificações escassas que cada uma enfrenta. 
A fim de trazer melhorias para cidade, o urbanismo entra como um 
projeto que estabelece melhoria da qualidade de vida e proporciona bem 
estar a toda a população. 
Segundo Jan Gehl (2010), para a expansão de áreas para caminhar 
e pedalar, a cidade deve aumentar a quantidade e qualidade dos espaços 
públicos agradáveis, bem planejados e, na escala do homem, sustentáveis, 
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
19
saudáveis, seguros e cheios de vida. A cidade se torna mais densa, 
compacta e segura, quando se tem ruas, praças e parques considerados 
como um todo, apropriando-se de forma correta desses espaços.
Quando o espaço público está degradado, provoca uma 
rejeição imediata. Se não está bem iluminado, se não possui 
atividade noturna que anime o público, será percebido 
como perigoso e muito provavelmente é. Se os edifícios 
que o circundam possuem funções impróprias como 
oficinas ruidosas, estabelecimentos que geram tráfego 
pesado ou estão degradados, ninguém os procurará 
para passar seu tempo livre, interagir socialmente ou por 
simples curiosidade. (ALOMÁ, 2013, p.1)
Para o dicionário, o significado do urbanismo reúne uma soma 
de assuntos referentes à arte de erguer uma cidade. De outra maneira, 
mostra que os responsáveis da área usam esse pretexto para estudar o 
modo de compreender a mesma.
Mesmo com significados parecidos, urbanismo e urbanização 
possuem uma diferença, onde o primeiro está ligado à ideia de urbanizar 
e o segundo a ideia de realização, ou seja, execução do mesmo. Essa 
disciplina pode ser considerada como uma técnica que tem ligação com 
o planejamento, onde esse planejamento pode ser ligado ao de um local 
ou espaço, como também pode chegar a um objetivo mais amplo de 
interferência: a cidade.
Figura 7 - Urbanização
Fonte: Freepik
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
20
O urbanismo teve início após a Revolução Industrial, onde se 
via a necessidade de ajustar a cidade devido ao caos, de modo que 
conseguissem encontrar soluções para os problemas enfrentados. Assim, 
atualmente, vê-se o planejamento urbano de modo progressivamente 
gradativo, atuando principalmente em espaços e locais alternativos, onde 
obtém grande demanda. 
O planejamento não só está ligado a pequenos espaços. Ele 
também contribui para a ligação de vias públicas que unem bairros, como 
também terrenos ociosos que precisam desenvolver alguma função para 
sua população e precisam de máxima exploração, garantindo a economia 
da cidade.
Em geral, toma-se como significado de urbanismo a cultura que 
se mantém da organização de uma atmosfera urbana, entendendo seu 
progresso com a finalidade de colher o melhor posicionamento de ruas, 
de construções como edifícios e até mesmo de instalações públicas, de 
modo que toda população que esteja inclusa nesses espaços consiga 
desfrutar de um local agradável e satisfatório com exigências sanitárias 
apropriadas para viver.
As cidades
A cidade sempre foi um lugar de diferentes situações e contrastes, 
como por exemplo: a riqueza ou a exclusão. No todo, a população busca 
encontrar os mesmos locais agradáveis com boas condições de vida no 
que diz respeito à moradia, paisagem, lazer e trabalho. 
O espaço urbano é destinado às pessoas de forma que possibilite o 
desenvolvimento de suas atividades, onde as mesmas mantêm relações 
entre si, demonstram suas opiniões, gerando influências e intervenções 
no processo de formação das cidades.
Através da geografia, possibilitou-se o melhor estudo sobre esse 
espaço, onde cada sociedade enxerga o urbano de forma diferenciada, 
mas tem-se o homem como principal guia desse processo histórico, 
mantendo suas relações com outros homens em seu determinado meio. 
Por isso, a importância do estudo histórico de cada etapa dessas relações, 
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
21
incluindoseus fatores preexistentes que interferem em no modo de 
produção do espaço.
SAIBA MAIS:
As cidades sustentáveis devem conter proteção, 
compreendida como direito à terra urbana, moradia, 
saneamento, infraestrutura urbana, serviços públicos e 
transporte, trabalho e lazer para todas as gerações, um 
dos direitos essenciais do cidadão incluídos no grupo 
dos direitos humanos. Já sobre a gestão democrática, a 
população se faz presente, seja por meio de associações 
representativas, onde executam e acompanham planos, 
programas e projetos sobre o desenvolvimento urbano.
Tem-se então, o processo geográfico em constante modificação, 
tornando-o dinâmico com diferentes escalas e formas. Cada sociedade 
vai enxergar suas concepções sociais de tal maneira que façam a 
distinção uma das outras. Cada produção do homem no espaço urbano 
vai adicionar na construção das relações que constituem uma sociedade, 
contribuindo com a vida cotidiana. 
Com o ambiente em constante transformação de espaços naturais 
em espaços produtivos, o significado econômico surge diante das 
cidades, dando continuidade às necessidades do homem com relação à 
natureza. Assim, a produção e o consumo dão início ao verdadeiro valor e 
uso dos mesmos.
Figura 8 - Desenvolvimento de rodovias pelas cidades
Fonte: Freepik
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
22
Além das relações sociais, a oferta de bens e serviços, tal como a 
carência do mesmo, situa-se nas cidades capitalistas, presente também 
nas relações do mercado através da comercialização e produção, 
incentivando a movimentação do dinheiro e assim, ampliando as 
estratégias de sobrevivência das relações sócio espaciais.
Levando em consideração a existência de espaços que não são 
pensados e executados de forma adequada, é notável um ambiente 
carente de um bom desenho urbano, que possa promover uma boa 
sensação de segurança, acessibilidade, mobilidade, conforto, entre 
vários fatores que fazem diferença quando o espaço público é projetado 
adequadamente para aquele lugar específico, como afirma Saboya (2011):
As cidades médias brasileiras convivem com o problema 
da falta de espaço para a expansão dos seus territórios. 
Isso não significa a ausência completa de áreas livres, mas 
demandam o fortalecimento de políticas públicas que 
orientem a sua ocupação adequada. (SABOYA, 2011 p.4)
Com o modernismo, surge a baixa prioridade dos espaços públicos 
e algumas das principais causas da segregação desses espaços: a 
valorização das vias para veículos motorizados, trazendo a diminuição das 
atividades sociais na cidade. As vias com alta densidade de veículos que 
apresentam pouca arborização, rios canalizados e ambientes insatisfatórios 
de convivência, são responsáveis por tornarem os ambientes monótonos.
Os espaços públicos são importantes e fundamentais em todas as 
cidades. 
As cidades são locais onde as pessoas se encontram para 
trocar ideias, comprar e vender ou simplesmente relaxar 
e se divertir. O domínio público de uma cidade, suas 
ruas, praças e parques é o palco e o catalisador dessas 
atividades. (GEHL, 2010, p. 8) 
Porém, a frequente rotina de ir às ruas a pé e desfrutar de espaços 
públicos ao longo da caminhada que despertem o bem-estar do pedestre 
foi diminuindo, também pelo fato da priorização de espaços para os 
automóveis, como os estacionamentos, tornando as áreas cada vez mais 
isoladas e indiferentes ao seu entorno.
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
23
O Estado, por sua vez, com sua pouca presença significativa, faz 
com que as pessoas procurem suas próprias maneiras de sobrevivência, 
construindo relações umas com as outras através de atividades em grupo, 
da cultura, de relações interpessoais, entre outros meios. 
Faz parte do cotidiano alguns pontos como: o bairro, a rua, as praças, 
onde são responsáveis por realizarem trocas diárias, gerando trocas entre 
vizinhanças e comunidade. No mesmo ambiente, também é possível ter 
práticas políticas sobre tal espaço, onde cada um impõe sua maneira de 
pensar e agir, sua própria história e identidade, como afirma Saboya (2011):
O conjunto dos usos da terra justapostos entre si definem 
áreas, como o centro da cidade, local de concentração 
de atividades comerciais, de serviços e de gestão, áreas 
industriais, áreas residenciais distintas em termos de 
forma e conteúdo social, de lazer e entre outras, aquelas 
reservadas à futura expansão. Esse complexo conjunto de 
usos da terra é, na realidade, a organização espacial da 
cidade ou simplesmente o espaço urbano que aparece 
assim como espaço fragmentado. (SABOYA, 2011 p. 7)
Segundo Saboya (2011), as ruas retilíneas, que apontam uma série 
de quadras iguais, mostram um novo modelo uniforme de cidades, em 
sua maioria com forma quadrada. Já no centro da cidade, surgem praças 
onde se curvam edifícios de grande importância como, por exemplo, as 
igrejas ou casas mais ricas. 
Ainda sobre o autor, a desorganização mostra consequências 
visíveis na cidade industrial, onde o mesmo ciclo iniciava-se na cidade 
medieval, apresentando características positivas quanto às relações das 
comunidades, mostrando sempre um equilíbrio entre campo e cidade. 
Com o início do capitalismo, o desequilíbrio surge, expondo um 
determinado fragmento na vida urbana, fazendo com que as relações 
sociais sejam cada vez mais escassas, como mostra Mumford:
Paisagens arruinadas, distritos urbanos desordenados, 
focos de doenças, trechos de desertos, milhas e milhas 
de cortiços padronizados, enxameando as áreas que 
circundam as grandes cidades e se confundindo com seus 
subúrbios inúteis. Em resumo: malogro geral e a derrota do 
espírito civilizado. (MUMFORD, 1961, p.18)
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
24
Para Mumford (1961), a função de construir uma cidade acarreta no 
trabalho maior de reerguer uma nova civilização, de maneira que seus 
pontos negativos e positivos juntos contribuíam para o futuro. Assim, 
surgiria a possibilidade de correção das cidades a cada novo ciclo ou fase 
histórica, chegando à formação da metrópole.
VOCÊ SABIA?
Mumford morava em Nova York, onde apareceram as 
grandes teorias e perspectivas sobre a cidade. Ele delineava 
uma escrita sobre planos urbanos que já estavam sendo 
administrados. O autor também retratava os períodos 
históricos das cidades, onde mostrava um resumo histórico 
de fases de desenvolvimento da mesma. Na segunda 
parte do seu livro, ele apresenta mais intenções nítidas que 
mostram o desdobramento de seu pensamento sobre o 
planejamento urbano e sobre a intervenção social.
A metrópole, por sua vez, é vista como devastadora para as relações 
culturais da comunidade, uma vez que com o forte crescimento das 
cidades, o vínculo que as pessoas possuíam nos municípios, em campo 
ou em pequenas cidades desenvolvidas seria cessado. 
A arquitetura entra no meio de tais agentes quando a crescente 
verticalização no centro e as manchas urbanas intensificam-se, trazendo 
juntamente a esses locais, a modernização com novos edifícios, deixando 
de lado vestígios da cidade antiga. O mais importante agora seria como 
tornar-se uma grande metrópole sem decompor o valor da comunidade.
Todavia, Mumford (1961), não enxergava a metrópole de modo 
homogêneo. Para ele, também era importante tratar os pontos de 
manutenção da mesma no sentido de toda a comunidade. Quando os 
vestígios da cidade antiga não existissem mais, as novas edificações teriam 
que ser feitas pois o centro não podia ser deixado de lado ou substituído. 
O autor ainda compreendia a cidade como uma transformação de uma 
nova forma de metrópole moderna.
Assim, através da junção de vários agentes, o lugar torna-se resposta 
à tentativa natural de unificação de todos, por meio da união dos homens 
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
25
dentro do mercado. Após sua longa construção, a etapa seguinte é definir 
formas de adequação do espaço, tendo como base suasrelações. 
O próprio lugar vai conquistando o sentido de território, com 
experiências e atitudes de cada população. Cada passo segue a 
construção de um local, com conquistas coletivas e comuns, como 
também pelas suas dificuldades no ambiente vivido.
Essa área passa a ser a base da sociedade, um acontecimento físico, 
social e político, passivo de modificação, onde o Estado não se faz tão 
presente, porém, insere algumas de suas políticas públicas que devem 
ter como objetivo principal atender as necessidades da população. Suas 
funções não são atingidas igualitariamente, o que traz exceção e falta 
de ações importantes para algumas localidades, onde a sociedade fica 
sujeita a suas próprias estratégias de vida e à apropriação de seu espaço.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que 
você realmente entendeu o tema de estudo desse 
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter 
aprendido que com a vida social fortalecida por vínculos, 
solidariedade, realizações sociais, entre outros, a cidade 
vai se mantendo, mesmo com a ausência de políticas 
públicas que garantam às mesmas infraestrutura urbana 
de qualidade e possibilitem o ingresso ao trabalho, saúde, 
educação e lazer, de forma que a cidadania seja exercida 
de forma plena e correta. Apesar de grandes dificuldades 
enfrentadas pelas comunidades para a cidadania, no 
Brasil, as sugestões de soluções de problemas urbanos já 
avançaram de modo que as localidades abandonadas são 
priorizadas, trazendo assim um atendimento diferenciado, 
mesmo que deixem a desejar em relação a uma cidadania 
plena e igualitária para todos, com uma concepção injusta 
do espaço urbano, buscando também a priorização 
de construções arquitetônicas que consigam suprir as 
necessidades da população.
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
26
Teorias da arquitetura e do urbanismo
OBJETIVO:
Ao término dessa competência, você irá compreender a 
sistematização dos fundamentos teóricos, identificando 
as principais etapas e fatos históricos que desenvolveram 
a arquitetura ao longo dos anos. Curioso? Então vamos lá 
saber mais!
Modo artístico
O âmbito da disciplina dispõe a apurar a elaboração da arquitetura 
e do urbanismo, do design e de suas várias histórias artísticas, como 
também da técnica do patrimônio de toda a paisagem, envolvendo 
também a cidade e a habitação.
O conhecimento de cada campo, suas expressões e modificações 
ao longo do período e recinto possuem suas histórias distintas e focos 
disciplinares diferentes em todo o mundo, com várias proporções sociais, 
econômicas, políticas, territoriais, institucionais, estéticas, simbólicas, 
culturais e conceituais.
Segundo Lira (2020), três linhas de pesquisas são desenvolvidas 
para a disciplina de maneira que mostrem, a partir das diferenças passíveis 
de questionamento, o trabalho das obras e perspectivas da arquitetura, 
do urbanismo, do design e das demais áreas que abordam a mesma. As 
linhas de pesquisa podem ser observadas a seguir:
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
27
Quadro 1: Linhas de pesquisa
Fonte: Elaborada pelo autor adaptado de Lira (2020).
Ao longo da história, várias pesquisas foram realizadas chegando até 
a contemporaneidade, envolvendo práticas projetuais e profissionais do 
projeto em si, como também seu planejamento, sua gestão e intervenção, 
sua conservação e restauro e toda sua história e memória, envolvendo 
paisagismo, urbanismo, design e arte.
Fundamentos teóricos
Com a necessidade de novos processos, as cidades passam a 
evoluir sendo contestadas pelo Estado, que precisa manter o controle 
do espaço urbano fazendo com que surja o urbanismo como uma nova 
matéria acadêmica.
Assim, surge o papel do profissional de arquitetura juntamente com 
uma crise na construção arquitetônica que atravessa o século XIX e só 
será solucionada com o surgimento da arquitetura moderna.
No século XIX, na idade contemporânea, os arquitetos passaram por 
crises estéticas, podendo ser chamado de movimentos revivalistas, onde 
a tecnologia não se deparava com uma expressão apropriada, devido 
à algumas causas artísticas ou entre outros contextos. Tais movimentos 
procederiam para o ecletismo, caracterizado por diversas opiniões como 
o mais descaído e formalista em meio dos demais estilos históricos.
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
28
O primeiro movimento que surge é o Neoclássico. Ele está ligado 
aos conceitos românticos nacionalistas presentes na arquitetura inglesa. 
Os ideais progrediram e o último estilo do século XIX surgiu, o Art Nouveau, 
entrando no século XX.
O Art Nouveau ou arte nova, surge como um costume moderno, 
trazendo o modo floreado, tomando como detalhes formas orgânicas 
transmitidas em folhagens, cisnes, flores, labaredas, entre outros elementos.
Figura 9 - Edifício Art Nouveau
Fonte: Freepik
Outra característica dos edifícios dessa época são as linhas curvas, 
assimétricas e desarmoniosas. O período associa-se com a segunda 
Revolução Industrial, alinhado com a utilização de materiais recentes, 
como por exemplo, o ferro e o vidro, componentes fundamentais que 
faziam parte dos edifícios e de sua estética. Também dá ênfase ao trabalho 
artesanal e à valorização da natureza.
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
29
Segundo Portes (2012), a partir do século XX, a diferença dos 
arquitetos que estavam mais aproximados das vanguardas artísticas e dos 
que associavam a tradição estaria ficando mais evidente, transformando o 
momento arquitetônico em um campo cheio de posições e deslocamentos.
Assim, surgem novos fundamentos teóricos que discorrem sobre o 
significado da arte e a função do artista, encontrando a demonstração de 
toda tarefa artística, seja racional, artificial ou moderna na indústria. A nova 
sociedade aparece com a modernidade, juntamente com novas ideias e 
estilos estéticos, sendo elas, as mesmas capazes de sintetizar todas as 
artes e determinar as casualidades da vida humana. 
Com o surgimento da arquitetura moderna, nasce o discurso estético 
e social, que se caracterizava pela vida do homem contemporâneo. Assim, 
fez-se surgir um novo período marcante: a arquitetura influenciada pelo 
Bauhaus, buscando uma sociedade mais moderna.
Em seguida, Walter Gropius logo começa a trabalhar com Behrens 
e segue seu trabalho individual, deixando em uma de suas obras a 
importância da adição da calma e racionalidade na aplicação das novas 
técnicas. Uma de suas principais construções desenvolvidas é a Fagus 
ad Alfed an der Leine, uma fábrica de fôrmas para sapatos. Porter afirma: 
A primeira coisa que nos toca é a simplicidade e segurança 
dessa arquitetura em contraste com as intenções 
monumentais e a carranca dramática das obras análogas 
de Behrens. A inexcedível adequação técnica permitiu 
uma perfeita conservação: dois materiais apenas, o 
tijolo e o metal polido formam a superfície externa e a 
combinação fundamental de amarelo e preto domina toda 
a composição. (PORTER, 2020, p.14)
Também desenvolvendo trabalhos com Behrens, Mies van der Rohe 
em 1913 abre seu próprio negócio em arquitetura e o mesmo é suspenso 
pela guerra. O que ele deixa exposto em suas obras é o estudo sobre 
composições na construção de edifícios e suas funções.
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
30
Figura 10 - Villa Tugendhat pelo arquiteto Mies van der Rohe
Fonte: Freepik
Bahaus é reconhecida por ser uma escola famosa de design, artes 
plásticas e arquitetura de vanguarda na Alemanha, presente de 1919 a 
1933. Ela teve grandes influências na arquitetura moderna, sendo a 
primeira do mundo. Seu fundador foi Walter Gropius e as atividades nela 
desenvolvidas pelos alunos, em sua maioria, foram vendidas no decorrer 
da Segunda Guerra Mundial. 
Com o fim da guerra, o artista responsável pela criação da escola 
resolveu criar um novo modelo arquitetônico que lembrasse esse períodovivido. Esse mesmo modelo obteria funcionalidade, baixo custo de 
produção e orientação ordenada. O autor ainda defendia o racionalismo 
funcional, diferenciando o desnecessário do que é importante e essencial. 
Assim, seria de suma importância a união da arte e do artesanato, 
desenvolvendo peças fundamentais e com suas determinadas funções 
artísticas. 
Após perseguições, a escola fecha e deixa seu registro e impacto 
fundamental para a arquitetura e as artes, tanto no ocidente europeu, 
quanto nos Estados Unidos da América. 
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
31
É notório que com o surgimento da arquitetura moderna, houveram 
vários acontecimentos marcantes que definiram essa disciplina durante 
todo o século XX, com a presença de diversas ideias de vários artistas 
e desenvolvimento de algumas escolas, como por exemplo a Bauhaus, 
localizada na Alemanha e artes desenvolvidas por Le Corbusier, 
desenvolvido na França. Todas essas influências modernas rejeitaram a 
arquitetura anterior com o intuito de renovação da área. Logo em seguida, 
iria surgir o Pós-Modernismo, que defenderia a renovação da arquitetura 
anterior e criticaria as ideias do modernismo.
Figura 11 - Ronchamp, arquitetura de Le Corbusier
Fonte: Pixabay
Em 1928 surge o Congresso Internacional de Arquitetura Moderna 
(CIAM), localizado na Suíça, onde há uma participação importante na 
construção dos fundamentos da arquitetura e urbanismo, a fim de 
discorrer sobre as principais áreas da arquitetura, sendo eles: o paisagismo, 
urbanismo, exteriores, interiores, equipamentos, materiais, entre outros 
pontos importantes.
A arquitetura para os criadores da CIAM deveria surgir como objeto 
sintético, limpo, racional e funcional e deveria ser utilizada pelo poder 
público a fim de contribuir econômica e socialmente, promovendo assim 
o crescimento coletivo da população.
Esse período irá adicionar aos fatos históricos da disciplina a Carta 
de Atenas, decorrida por Le Corbusier e estruturada sobre os debates 
surgidos na conferência do planejamento. Para Portes (2012): 
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
32
A Carta praticamente definiu o que é o urbanismo moderno, 
traçando diretrizes e fórmulas que, segundo seus autores, 
são aplicáveis internacionalmente. A Carta considerava 
a cidade como um organismo a ser planejado de modo 
funcional e centralmente planejado, na qual as necessidades 
do homem devem estar claramente colocadas e resolvidas. 
Entre outras propostas revolucionárias da Carta está o de 
que toda a propriedade de todo o solo urbano da cidade 
pertence à municipalidade, sendo, portanto público. 
(PORTES, 2012, p. 23)
Toma-se como exemplo a cidade de Brasília, sob criação do 
arquiteto Lúcio Costa, onde a mesma desenvolverá todos os requisitos 
da carta caracterizada pelo seu projeto urbano mais avançado no mundo.
Figura 12 - Urbanização na cidade de Brasília
Fonte: Pixabay
Ainda sobre Portes (2012), como consequência das resoluções do 
CIAM IV, feito em 1933 em Atenas e em Marselha, o congresso acabou 
sendo o mais extenso em relação ao ponto urbanístico, pretendendo 
desenvolver o estudo relativamente de 34 cidades europeias.
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
33
RESUMINDO:
Mas e então? Em que se baseia a arquitetura antiga e 
a arquitetura moderna? Será que algum estilo não foi 
importante para a fundamentação teórica da disciplina? 
Então, como você observou, são muitos os conceitos 
e bases de cada estilo e de cada época da arquitetura. 
Mas o que se sabe é que a arte esteve presente para 
que chegasse até os dias atuais. Cada arquiteto teve sua 
importância e participação fundamental para marcar os 
demais estilos. Alguns são utilizados até os dias atuais. De 
modo geral, observa-se a arquitetura como uma maneira 
de se expressar, deixando claras as ideias do homem cuja 
finalidade tenha o alinhamento da funcionalidade, técnica 
e estética. Assim, toda fundamentação da teoria deve ser 
estudada e compreendida de forma correta, pois faz parte 
da história e tem forte relevância para a disciplina.
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
34
Visão Econômica - Social e Cultural da 
Arquitetura e do Urbanismo
OBJETIVO:
Ao término dessa competência, você conseguirá analisar 
a produção arquitetônica e urbanística, compreendendo 
também a melhor forma de discernir sobre a relação entre a 
arquitetura, o urbanismo e as questões sociais, econômicas 
e culturais nos dias atuais. Curioso? Então vamos saber 
mais!
Relação entre arquitetura e urbanismo
Entendendo a arquitetura como uma arte que cria espaços e 
abriga as tarefas do homem, alguns critérios são utilizados para seu 
desenvolvimento, sendo eles: técnica, funcionalidade, ergonomia, custos, 
sustentabilidade, estética, conforto, entre outros tópicos relevantes.
Visto que o contexto do urbanismo insere a cidade e o grupo de 
medidas tomadas pela mesma, várias são as questões que juntas resultam 
no estudo e regulamento das áreas, sendo sempre utilizadas as razões 
econômicas, políticas e sociais. Segundo Portes (2020): 
A arquitetura permite aos seres humanos, com a ajuda 
dos meios técnicos criados e aperfeiçoados por eles, 
realizar a construção de todos os abrigos que lhes são 
necessários para sua vida coletiva ou em família. Nesse 
aspecto, ela é pura produção material, ou seja, um bem 
de consumo. Entretanto, a obra arquitetônica não ocupa 
somente essa função utilitária primordial. Com o auxílio 
das formas que essas necessidades provocam e que os 
meios técnicos permitem realizar, ela atinge uma das mais 
altas expressões da arte pela utilização estética dos seus 
espaços e de seu invólucro, o que configura sua finalidade. 
(PORTES, 2020, p.7) 
A atividade arquitetônica irá abranger toda tarefa organizada do 
homem buscando a aplicação na prática, tomando como características 
a criação de uma atividade das mais antigas do gênero humano. O 
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
35
arquiteto terá uma função importante na construção de edifícios ou 
de ambientes, podendo impactar positiva ou negativamente os seus 
usuários. Entre esses impactos, o autor busca causar uma percepção 
do seu ambiente construído para aqueles que irão desfrutar, nascendo 
assim impactos sociais, ambientais, culturais, físicos de cada cidade, 
onde cada uma vai priorizar uma característica distinta e será marcada 
pela arte desenvolvida nela.
Para que o estudante da área consiga alcançar o programa 
arquitetônico, terá que estudar o desenvolvimento e oportunidades da 
disciplina, sendo primordial que o mesmo se conecte com o aprendizado 
sensível, crítico e artístico ao longo de todo caminhar de sua formação.
Além dos aspectos arquitetônicos, a formação do arquiteto e 
urbanista irá abranger muito mais observações para o profissional, como 
afirma Saboya (2011): 
A formação do arquiteto e urbanista abrange o estudo 
do urbanismo, mas não se limita a este, englobando 
um espectro mais amplo de matérias e conteúdos 
curriculares. Por consequência, os profissionais formados 
em curso de urbanismo desmembrado da arquitetura têm 
campo distinto de atuação, não cabendo seu registro nos 
Conselhos de Arquitetura e Urbanismo. (SABOYA, 2011, p. 1)
Com isso, a relação da arquitetura e do urbanismo vai estar 
fundamentada entre uma visão poética e a consciência crítica. Sua 
dimensão artística irá se encontrar em suas concepções visuais, internas 
e externas, contendo volumes, texturas, planos e cores.
Espaços públicos
Para compreender melhor as questões sociais, econômicas 
e culturais da disciplina, é importante entender que cada cidade ou 
cada espaço contém uma determinada demanda e seu programa de 
necessidades. O mesmo será desenvolvido de acordo com a característica 
de cada população, formando assim a sua identidade e tornando aquele 
ambiente único e acessível para seus usuários. Pode-se observar que 
cada local se desenvolveu ao longo dos anos comsua própria cultura, 
onde a arquitetura tem sua participação com o objetivo de contribuir, 
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
36
de forma positiva, em suas relações econômicas e sociais, aumentando 
cada vez mais a união das pessoas através dos espaços projetados e 
desenvolvendo características culturais únicas.
As cidades têm, como de suma importância, o espaço público, 
uma vez que se torna assunto frequente no meio do urbanismo. Com a 
falta de um planejamento urbano eficaz, as cidades acarretam problemas 
como desvalorização e segregação desses espaços. Tais áreas, por sua 
vez, possuem funções de minimizar problemas nas cidades e trazerem 
benefícios na qualidade de vida dos cidadãos, onde precisam cumprir 
sua função ecológica, social, de encontro e lazer, mas devidamente de 
acordo com as prerrogativas funcionais, de conforto e segurança dos 
espaços públicos, transmitindo sensação de bem-estar e conforto para 
as pessoas.
VOCÊ SABIA?
Os autores Jan Gehl, Lars Gamzoe e Sai Karnaes sintetizaram 
12 itens que definiam se um espaço público era ou não 
de boa qualidade. Tais critérios são: (1) que pedestres 
possam se locomover pelas ruas com tranquilidade e não 
se preocupem em serem atingidos por algum veículo, 
(2) segurança em espaços públicos, (3) proteção contra 
experiências sensoriais desagradáveis, (4) espaços para 
caminhar, (5) espaços de permanência e contemplativas do 
seu entorno, (6) mobiliário urbano qualificado e equivalente 
ou maior à quantidade de indivíduos que frequentam 
determinado espaço, (7) garantia de paisagens visuais 
agradáveis ao público, para que desfrutem das perspectivas 
do meio urbano, (8) desenho e mobiliário planejados de 
forma a fomentar a interação social, (9) possibilidade dos 
cidadãos se relacionarem com a estrutura da cidade, 
levando em conta a perspectiva dos sentidos da visão, 
(10) escala humana, (11) utilização do clima como uma 
potencialidade e (12) experiências sensoriais.
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
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Figura 13 - Esboço da paisagem urbana em Hong Kong
Fonte: Freepik
No século XX, o processo de urbanização toma impulso juntamente 
com o processo de industrialização, onde surge uma causa chamada 
êxodo rural, desenvolvido através da mudança da população rural 
para a vida urbana. Assim, surge a urbanização, também fazendo parte 
da arquitetura. A mesma está ligada ao processo do crescimento das 
cidades, onde inclui a edificação de vários setores como moradias, 
escolas, hospitais, entre outros.
Economia, socialização e cultura
Os edifícios públicos possuem uma diversidade quanto a seu uso, 
podendo ser misto, comercial, residencial, entre outros espaços que 
complementam o ambiente em que se vive. O desenvolvimento do térreo 
livre também é um forte ponto da arquitetura moderna que complementa 
a estética dos projetos no país. Tais espaços são criados de tal forma 
que atendam as habitações e o uso coletivo e social, trazendo o edifício 
moderno a partir dos anos 50. Outra forma moderna dos edifícios é no que 
diz respeito à introdução dos pilotis.
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
38
O espaço de uso coletivo é desenvolvido através das atividades 
terciárias nas cidades, onde se tem um local de comércio ligado a uma 
nova arquitetura. Pode-se encontrar também nesses espaços, trocas de 
atividades entre a população, seja interna ou externa, onde é exposta a 
mercadoria, chamada recentemente de vitrine.
Segundo Vieira (2015), o termo mercado surge ao longo dos anos 
induzindo a comunidade, a troca e o poder de compras. Esses espaços, 
abertos, semicobertos e cobertos, permitem o desenvolvimento do 
conceito de espaço público, mantendo também interesses públicos. O 
autor também define:
Espaço público, por excelência, é o lugar onde uma 
pessoa pode estar sozinha sem dar impressão de estar 
solitária. [...] é importante saber que para ser considerado 
um “espaço público”, o espaço deve ser acessível a todos 
os moradores e visitantes, ao mesmo tempo em que esses 
cidadãos e visitantes devem ser capazes de interagir, 
livremente, na mesma base, independentemente de sua 
condição social. (VIEIRA, 2015, p. 98)
Para se ter uma boa condição de edifício público, é importante que 
o mesmo esteja inserido em locais de fácil acesso na cidade. Nem todos 
são considerados públicos por não atenderem todos os requisitos, apesar 
de alguns terem bom acesso.
Outra função importante dos edifícios públicos é o interesse 
descompromissado. Os pontos comerciais como, por exemplo, galerias, 
se tornam locais de passeio e convívio amplo, não estando diretamente 
ligadas ao comércio, mas fazendo com que as pessoas andem e sintam 
além de sua função de comércio estabelecida. Atualmente, com as 
novas tecnologias, os espaços encontram-se cada vez mais distantes do 
homem, fazendo necessário espaço ou edifícios que permitam a interação 
das pessoas umas com as outras, com disponibilidade do ócio e negócio, 
criando locais que ampliem a dinâmica da sociedade.
Galerias e shoppings centers são alguns dos edifícios públicos da 
fase moderna, sendo assim um local planejado, diferente das ruas que 
oferecem comércios, porém, são considerados espaços não planejados 
(VARGAS, 2001). 
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
39
Um fator determinante para os edifícios públicos é atualmente, 
permitir a evolução do conceito dos espaços ao longo dos anos no mundo 
ocidental, onde o comércio passa suas definições antigas para as atuais. 
Juntamente com o desenho viário e com o comércio, foi se formando de 
forma mais fechada, dando lugar aos edifícios modernos, com fachadas 
recuadas em forma de U. Assim, é definido o conceito principal dos 
edifícios públicos: fechados e acessíveis. 
Figura 14 - Relação entre comércio, residência e urbano
Fonte: Freepik
Atualmente, mais da metade da população brasileira reside em 
áreas urbanas. É comum vermos pessoas pausando suas rotinas para 
desfrutarem de áreas em que as recebem e transmitem bem-estar e 
oferecem o descanso que procuram. As pessoas buscam através desses 
lugares, se desconectar dos dias conturbados e se tranquilizarem em 
sintonia com o ambiente.
Toda habitação deve ter interesse social, onde deve manter o 
convívio das pessoas, suas culturas e costumes, promovendo áreas de 
lazer e bem-estar. As mesmas, destinadas à população mais carente, 
deve oferecer uma oportunidade do mercado imobiliário àqueles que têm 
menor poder de aquisição, com direitos básicos como a moradia digna 
para todos. O assunto leva aos estudos das habitações sociais de muitos 
pesquisadores ou estudantes que buscam desenvolver análises feitas 
a partir de critérios sobre a arquitetura e o urbano, social e cultural. As 
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
40
mesmas também relatam suas formas, implantação e volume, tendo em 
vista o aspecto dos locais e itens de habitação, gerando a comparação de 
qual se inseriu em determinado local. No século XX, nota-se um regresso 
nas políticas habitacionais brasileiras, onde os padrões de edifícios e áreas 
urbanas não levam em consideração a principal função da habitação, 
que é a de gerar moradias para famílias carentes, colaborando para a 
segregação da cidade. 
Até 1950, a realidade do Brasil era caracterizada por uma população 
rural, onde as principais ocupações estavam ligadas à exportação de 
produtos agrícolas. O início do método industrial dá-se em 1930, onde mais 
tarde também estaria associado a outros fatores, como a concentração 
fundiária e a mecanização do campo. 
Tal migração do homem do campo para a cidade, fez com que 
as cidades crescessem de forma desordenada e acelerada, ampliando 
também o setor de comércios e serviços. 
Com a grande concentração da população em grandes cidades, 
o homem também viu a necessidade de migrar para as cidades médias, 
buscando o seu interesse na geração de empregos e melhoria da 
qualidade de vida. 
Alguns fatorescontribuíram para que essa migração surgisse, 
como: a otimização e viabilização da alta produtividade, mecanismo das 
atividades rurais, aumento da escassez do campo, a queda da economia 
rural, a inconstância do trabalho, entre outras atividades. Com isso, 
grande parte da mão de obra era dispensada e as pessoas perdiam seus 
empregos por serem substituídas por máquinas, aumentando assim, o 
índice de desemprego. 
IMPORTANTE:
O assunto que estamos estudando possui aplicação prática 
relevante, sendo objeto de estudo para compreensão 
sobre a área do urbanismo nas cidades. Assim, para que 
você possa compreender melhor o desenvolvimento, faça 
a leitura na íntegra no material, Clique aqui.
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/geo/article/download/6981/4579/23346
41
À medida que o crescimento urbano toma conta das cidades, 
alguns pontos negativos também vêm a surgir, sendo eles: a falta de 
infraestrutura e investimento nas comunidades, fazendo com que 
pessoas fiquem sem moradias e dando oportunidade à desigualdade 
social, aumento da violência, desemprego, enaltecimento de imóveis em 
determinados pontos, como também a poluição ao meio ambiente de 
modo geral. 
As cidades se preparavam para receber as indústrias investindo 
em infraestrutura, energia elétrica, meios de comunicação e transporte, 
incentivos fiscais. Contudo, não se investia na produção de um 
espaço urbano mais humano e equânime. Ao contrário, a política 
desenvolvimentista atraia cada vez mais mão de obra formadora da 
reserva de mercado e oferecia pouca comodidade de serviços urbanos. 
(FERNANDES, 2018, p. 7)
Com toda a mudança e crescimento dos municípios, a preocupação 
do uso e ocupação do solo passa a existir, onde os poderes públicos 
passam a aplicar determinadas diretrizes de ordem constitucional para 
uma nova gestão e administração do espaço urbano, como por exemplo, 
o Plano Diretor para as cidades. 
Tal ordem busca nesses ambientes, juntamente com o Estatuto da 
Cidade, objetivos de gestão democrática com a ajuda do governo, a fim 
de planejar cidades sustentáveis e com correção do seu uso e ocupação 
do solo, com melhoria da qualidade do meio ambiente, como também a 
regularização fundiária e urbanização de alguns territórios ocupados pela 
população.
Segundo Fernandes (2018), as cidades planejavam receber 
as indústrias aplicando infraestrutura, energia elétrica, meios de 
comunicação, entre outros incentivos que mantinham a produção de um 
espaço urbano cada vez mais igualitário para todos. 
Apesar das diretrizes serem traçadas pelo Plano Diretor, nem 
sempre as mesmas são atingidas. Segundo Fernandes (2018), desde o 
início do século, uma grande dificuldade de tal processo é a crítica do 
consumismo e o reaprendizado da cidadania. Com isso, têm-se as cidades 
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
42
contemporâneas como um modelo capital, onde o homem é levado pelo 
consumismo, tornando-a um espaço que remete à perda da urbanidade 
em várias escalas.
Com o espaço urbano segregado, começam a surgir tais problemas 
urbanos, de origem política e econômica e assim, a reflexão sobre os 
espaços que serão construídos futuramente e sua importância. 
No entanto, há vários modelos de cidades, mas todas buscam de 
forma unitária os mesmos objetivos, áreas que tragam melhoria de vida 
e que consigam desenvolver atividades em que as pessoas socializem 
cada qual com sua própria história e característica individual, mas 
marcada por semelhanças e diferenças que as unem e as tornam grandes 
e sustentáveis.
A cidade é, sobretudo, contato, regulação, intercâmbio e 
comunicação. A convicção de que a população pode expandir 
infinitamente os espaços do assentamento humano é a primeira forma, 
geograficamente falando, de neutralizar o valor de qualquer espaço. 
(SENNETT, 1991, p. 9)
Contudo, os denominados “problemas ambientais urbanos” na 
atualidade estão sendo levados à reflexões sobre a cidade que possuímos 
e a cidade que desejamos. Visto que, a importância do arquiteto para que 
as cidades se desenvolvam é de extrema importância. 
As áreas que precisam de uma estrutura para que consigam exercer 
seu papel de melhorias de convívio e lazer, é de fundamental importância 
à visão de um profissional que projeta tais ambientes para que as pessoas 
se sintam os espaços como convidativos e queiram permanecer nos 
demais locais.
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
43
RESUMINDO:
Os estudos sobre tais preocupações necessitam da 
compreensão do sistema urbano brasileiro em toda sua 
totalidade, ou seja, incluindo as pequenas cidades também 
no discurso. Além das preocupações acadêmicas, também 
é de extrema importância a expressividade das políticas 
públicas, imprensa e sociedade em geral, mostrando sua 
diversidade e principalmente, suas dificuldades. As culturas 
que crescem em cada ambiente são devido à junção de 
várias pessoas no mesmo local. Os espaços urbanos 
tornam-se assim uma área de repouso e tranquilidade 
para seus usuários, levando em consideração que não são 
apenas edifícios e construções verticais que devem ser 
planejadas e bem estruturadas. O que definirá a economia, 
socialização e característica cultural daquele local será o 
resultado da utilização de espaços ociosos e que deve ser 
pensada, planejada, destinada e projetada à toda população. 
Assim, vemos a importância do papel do arquiteto para 
que os ambientes possam, além de disponibilizar impacto 
visual, oferecer conforto e bem-estar a todos.
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
44
REFERÊNCIAS
ALOMÁ, P. R. O espaço público, esse protagonista da cidade. 19 Dez 
2013. ArchDaily Brasil. Disponível em: https://bit.ly/3Bef2cl. Acesso em: 
20 dez. 2020.
CASTELNOU, A. Fundamentos da Arquitetura. 2014. Disponível em: 
https://bit.ly/36K8YdI. Acesso em: 20 dez. 2020.
FERNANDES, P. H. C. O urbano brasileiro a partir das pequenas 
cidades. 2018. Disponível em: https://bit.ly/3xR3eKX. Acesso em: 25 dez. 
2020.
GEHL, J. Cidade para pessoas, 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2010.
LIMA, A. C. B. R. Arquitetura, a historicidade de um conceito: 
um breve estudo sobre a mitologia da fundação da arquitetura. 2010. 
Disponível em: https://bit.ly/3hLrY1B. Acesso em: 01 jan. 2021.
LIRA, J. T. C. de. História e fundamentos da Arquitetura e do 
Urbanismo. 2020. Disponível em: https://bit.ly/2UmyeUv. Acesso em: 30 
jan. 2021.
MUMFORD, L. A cultura das cidades. Belo Horizonte: Itatiaia, 1961.
NETTO, V. M. O efeito da arquitetura: impactos sociais, econômicos 
e ambientais de diferentes configurações de quarteirão. 2006. Disponível 
em: https://bit.ly/3xPIKCh. Acesso em: 19 dez. 2020.
PORTES, R. Fundamentos de arquitetura. 2020. Disponível em: 
https://bit.ly/36KboJ2. Acesso em: 21 dez. 2020.
ROCHA, A. A. História da Arquitetura e do Urbanismo. Disponível 
em: https://bit.ly/3epYBji. Acesso em: 01 jan. 2021.
SABOYA, R. Arquitetura e Urbanismo: inevitavelmente 
vinculados? 2011. Disponível em: https://bit.ly/3euHGw2. Acesso em: 18 
dez. 2020.
SENNETT, R. La conciencia del Ojo. Barcelona: Ediciones Versal, 
1991.
VIEIRA, M. S. Conceito Poético: método de geração de ideias em 
arquitetura. 2015. Disponível em: https://bit.ly/3epYEvu. Acesso em: 01 
jan. 2021.
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
Fundamentos de 
Arquitetura e Urbanismo
Unidade 2
Fundamentos, teoria e crítica da arquitetura
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria
MIRELLA RAMALHO CAVALCANTE 
ALEXSANDRO PEREIRA
AUTORIA
Mirella Ramalho Cavalcante 
Sou formada em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de 
Ciências Sociais Aplicadas - UNIFACISA. Passei por escritórios de 
arquitetura e pela prefeitura de Campina Grande na Paraíba. Atualmente, 
atuo como profissional autônoma. A área de urbanismo e toda a sua 
história, desdeo início, como também pelo meu desenvolvimento do 
trabalho de conclusão de curso, me fascinam até hoje. Gosto de incentivar 
as pessoas a olhar com mais delicadeza à arquitetura e todas as áreas que 
a mesma abrange. 
Alexsandro Pereira
Sou Arquiteto e Urbanista graduado pela Universidade Federal 
de Juiz de Fora (2007) e Mestre pelo Programa de Pós Graduação em 
Arquitetura e Urbanismo (PPGAU) da Universidade Federal Fluminense 
(UFF) com enfoque na área de Habitação de Interesse Social. Membro do 
Corpo Docente do grupo ITEC, onde leciono para o Curso de Arquitetura 
e Urbanismo da Faculdade TECSOMA em diversas disciplinas ligadas a 
Projetos Arquitetônicos.
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Marcos históricos das linhas arquitetônicas ................................... 10
Aspectos históricos da arquitetura ..................................................................................... 10
Da Antiguidade à Idade Contemporânea .................................................. 11
Tecnologias da arquitetura - da prancheta ao CAD ..................... 18
Desenvolvimento da tecnologia .......................................................................................... 18
Da prancheta até a produção digital ................................................................................. 19
Desenho técnico ...........................................................................................................22
 A utilização do AutoCAD .......................................................................................22
Perfis profissionais da área de arquitetura ......................................28
O papel do arquiteto .....................................................................................................................28
Construção civil ............................................................................................................................... 30
Mercado da arquitetura e da construção civil ...............................36
História da arquitetura no Brasil .......................................................................................... 36
Formas de empreendedorismo ............................................................................................37
Mercado de trabalho no ramo da engenharia civil ............................................... 39
Principais tendências do empreendedorismo .......................................................... 40
Consultoria ........................................................................................................................ 41
Reforma de ambientes ............................................................................................. 41
Serviços especializados ..........................................................................................42
Franquias ............................................................................................................................42
Projetos residenciais ..................................................................................................43
Docências ..........................................................................................................................43
7
UNIDADE
02
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
8
INTRODUÇÃO
Com o passar dos anos, a arquitetura se desenvolveu de acordo 
com suas necessidades e com ideias e conceitos que vieram a evoluir ao 
longo do tempo. Os estilos de cada etapa levam a uma determinada época 
e local onde se desenvolve sua arte juntamente com sua individualidade. 
Você sabia que cada estilo arquitetônico pertence a uma época que 
obtém um costume diferente de cada população? Isso mesmo. Cada 
uso, aplicação, estética, materiais e proporções, servem para discernir 
um estilo particular de cada período da história da arquitetura. Ao longo 
desta unidade letiva, você analisará e compreenderá melhor onde a 
arquitetura se fundamentou e cada marco histórico que foi preciso para 
que fosse desenvolvida uma linha até chegar aos dias atuais. Vamos 
mergulhar nesse universo!
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade II. Nosso objetivo é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o 
término desta etapa de estudos:
1. Analisar e compreender os marcos históricos das linhas 
arquitetônicas. 
2. Discernir sobre os artefatos e tecnologias para a arquitetura, 
bem como seu desenvolvimento ao longo dos tempos, desde a 
prancheta e papel até a produção arquitetônica digital em CAD.
3. Avaliar o perfil do arquiteto e dos vários profissionais que atuam 
na área de arquitetura e da construção civil, compreendendo suas 
posições e interações.
4. Discernir sobre o mercado da arquitetura e da construção 
civil na atualidade, identificando oportunidades de trabalho e 
empreendedorismo.
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
10
Marcos históricos das linhas 
arquitetônicas
OBJETIVO:
Ao longo da caminhada do homem na face da terra atrás 
de moradia e com o surgimento de aldeias que logo se 
transformaram em cidades, deu-se o início da civilização. 
Essa evolução será fundamental para compreender melhor 
como se desenvolveu a base da arquitetura e seus marcos 
históricos. Ficou curioso? Então vamos lá!
Aspectos históricos da arquitetura
A arquitetura é vista como parte da história da arte e a mesma 
é subdividida em várias etapas. Essa área abrange o estudo de 
toda a evolução arquitetônica e suas respectivas características no 
decorrer de toda sua história. Para compreender melhor o estudo e os 
marcos históricos dessa linha de tempo, faz-se necessário entender 
primeiramente os pontos principais que fazem parte da mesma: a Pré-
História, a Antiguidade, a Antiguidade Clássica, a Idade Média, a Idade 
Moderna e a Idade Contemporânea, cada fase subdividida em etapas e 
características históricas marcadas por cada século. 
De acordo com a arqueologia, a primeira civilização urbana surge 
em IV a.C., limitados ao longo dos rios Tigres e Eufrates, mantendo áreas 
com extensa capacidade agrícola. 
Por ser um conteúdo amplo, a cronologia da evolução da arquitetura 
abrange e dispõe de várias obras distintas pelo mundo. É interessante 
ressaltar que cada país tem sua história, trazendo um estilo e cultura 
de arquitetura diferente de outros, onde se propõe trazer o conforto 
necessário para cada população. 
Segundo Mumford (1998), na Mesopotâmia cada cidade 
constituía-se um mundo separado. No Egito, as funções da cidade 
eram desempenhadas pela própria terra. O deserto e as montanhas 
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
11
constituíam a “muralha”, os grupos provinciais ou totêmicos formavam 
as “vizinhanças” e os túmulos e templos dos faraós serviam como 
“cidadelas”de outro mundo. 
Da Antiguidade à Idade Contemporânea 
A história da arte começa desde a Pré-História, marcada por um 
período em que o homem começa a ter domínio sobre suas técnicas 
com as pedras e vai desenvolvendo e criando o seu abrigo. As primeiras 
construções e grandes obras da arquitetura vão surgindo também no 
período da Antiguidade. 
Figura 01 - Marcos Históricos
Pré-História
Marcos 
históricos
Idade 
Contemporânea
Antiguidade
Idade 
Moderna
Antiguidade 
Clássica
Idade Média
Fonte: Elaborado pelo autor (2020)
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
12
No Egito, sobretudo nos primeiros tempos, os monumentos não 
constituíam o centro da cidade, mas eram logrados como uma cidade 
independente, divina e eterna. A cidade divina possuía as seguintes 
características: executada de pedra, habitada por formas geométricas 
como obeliscos, estátuas ou pirâmides. Com base na arqueologia, a 
civilização Egípcia é plenamente formada após a unificação do país.
Figura 02- Pirâmide Egípcia
Fonte: Freepik
A figura acima exibe a pirâmide projetada pelo arquiteto Imhotep 
referente a um marco de grande relevância para a arquitetura do Egito. 
Apesar desses lugares serem designados também como moradias, 
a maioria das edificações construídas nesse período era remetida às 
práticas religiosas.
VOCÊ SABIA?
A arquitetura foi de templos religiosos evoluindo até chegar 
a conjuntos de edificações que, atualmente, podem ser 
consideradas uma das sete maravilhas do mundo, como 
por exemplo, as pirâmides de Quéops e Miquerinos, 
que descrevem toda a história da arquitetura egípcia na 
antiguidade.
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
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No período da Antiguidade Clássica, os povos gregos e romanos 
eram os que dominavam, se sobressaindo aos egípcios. Os mesmos 
elegem a cidade como componente principal da vida política. Onde 
antes eram desenvolvidas arquiteturas religiosas e residenciais, passaram 
a proporcionar espaços públicos, caracterizados por templos que 
objetivavam a interação entre as pessoas em suas atividades do dia a dia.
A simetria e os elementos geométricos são uma das características 
mais significativas da arquitetura grega, que obtinha fortes influências 
de culturas mediterrâneas. Outra característica decisiva eram as colunas 
expostas, que marcavam as ordens, tais como: dórica, jônica e coríntia.
Figura 03 - Colunas na Grécia
Fonte: Pixabay
As colunas garantiam algumas das convicções como a ordem, a 
racionalidade e a geometria. Entre os anos 900 e 725 a.C., as construções 
eram pouco harmônicas e os templos apresentavam uma coluna central 
ou em fileiras como auxílio. 
Apesar de advir da Arquitetura Grega, a Arquitetura Romana 
distinguiu-se pela popularidade na Europa levando consigo características 
determinantes em suas edificações, tais como o aqueduto (canal para 
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
14
conduzir água), estradas, arcos do triunfo, pontes, panteão e a brasílica. 
As estátuas, mosaicos e pinturas faziam parte da luxuosa e grandiosa 
arquitetura romana, onde também eram inseridos materiais atuais como 
o cimento.
Podemos ver até os dias atuais a Arquitetura Romana inspirando 
grandes obras no nosso país, como é o caso dos Arcos da Lapa, localizado 
no Rio de Janeiro.
Para podermos compreender melhor o estilo da arquitetura da 
Idade Média, faz-se necessário um pouco de entendimento sobre 
arquitetura medieval. São estilos desarmônicos, complexos e com curvas, 
com iluminação e ornamentação pitorescas, buscando sempre despertar 
interesse do público. Um período distinto também por construções de 
catedrais em estilo gótico, sendo esse um dos mais marcantes da história 
da arquitetura durante o século XII.
O gótico trouxe a quebra de todos os estilos anteriores. As plantas 
eram desenvolvidas em crucifixos e os monumentos apresentavam 
paredes finas, leves e verticalizadas, buscando obras mais altas, iluminadas 
com a presença de vidro e vegetação. Um exemplo desse período gótico 
é a Catedral de Notre Dame.
Figura 04 - Detalhes da Catedral de Notre Dame, França
Fonte: Pixabay
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
15
Tais obras eram associadas à religião e à arquitetura sacra, pois a fé 
era uma importante convicção composta em suas obras. 
Por sua vez, a Idade Moderna reflete uma mudança radical na 
estrutura das construções. O período inclui a presença da Arquitetura 
Renascentista, o Maneirismo, a Arquitetura Barroca e a Neoclássica. 
A arquitetura Renascentista iniciou no século XIV e foi até o século 
XVI. A mesma trouxe mais liberdade aos artistas e procurou buscar 
inspiração das artes greco-romanas, criando uma maneira própria de 
desenvolvimento por parte dos conhecedores da arte. Com o surgimento 
na Itália, essa época pós-moderna modificou vários setores e trouxe novas 
manifestações políticas, culturais, econômicas e sociais. 
Com o objetivo de renovação e criação de novas ideias adquiridas 
para o desenvolvimento de suas obras, os artistas no período do 
Maneirismo buscam compor novos elementos em suas obras. Por ser uma 
transição entre o renascimento e o barroco, alguns artistas abandonaram 
as regras da arquitetura renascentista e criaram sua expressão particular. 
Segundo Ferreira (2018): 
As figuras maneiristas nos promovem estranhamento, há um exagero 
nas representações e no posicionamento alongado e distorcido dos corpos. 
Os artistas que representam o Maneirismo pareciam ter o objetivo não de 
formar uma escola com características definidas, mas de poder ter uma 
forma única e pessoal de se expressar. (FERREIRA, 2018, p. 1)
Sendo assim, o Maneirismo afasta a ideia naturalista do clássico e 
desfaz a harmonia das obras características do Renascimento. O Barroco, 
por sua vez, surge a partir do século XVII na Europa e América Latina, 
trazendo também ênfase às igrejas e catedrais, assim como o estilo 
gótico, em retorno à Reforma Protestante. Esse estilo é singular, uma vez 
que as igrejas eram dotadas de abóbadas, arcos, tetos transcendentes, 
com alusão ao infinito. A forma peculiar das obras estava no dinamismo, 
presente nos efeitos visuais, trazendo curiosidade ao observador.
No início do século XIX surge um novo movimento cultural na 
Europa chamado de Arquitetura Neoclássica. Ele sucedeu a Revolução 
Industrial e artes Decó e foi se expandindo pela Rússia, Estados Unidos 
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
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e América Latina. Esse período traz a racionalidade das composições 
tradicionais, sendo ajustada à modernidade. Constata-se também a 
procura da resolução de projetos na prática, com utilização de materiais 
mais elevados como o mármore, concreto e metal.
Chegando à Idade Contemporânea, a apresentação da Arquitetura 
Moderna não chega a ser apenas um movimento, mas sim uma soma de 
doutrinas arquitetônicas que se manifestam no século XIX e na metade 
do século XX. Uma das principais causas dessa época era deixar de lado 
toda a arquitetura precedente, buscando o racionalismo, economia e 
funcionalismo. 
Figura 05 - Vila Savoye de La Corbusier
Fonte: Wikimedia Commons
Por sua vez, os espaços apresentavam-se abstratos, a geometria 
bem definida, sem composição de ornamentos, com a presença de 
pilotis, vidro contínuo e tendo como um dos principais arquitetos: Oscar 
Niemeyer, Lúcio Costa e Paulo Mendes da Costa.
Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
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RESUMINDO:
Então, deu para entender um pouco sobre alguns 
pontos dos principais marcos das linhas arquitetônicas? 
Gostou? Para ser mais breve, vamos resumir essa linha 
de pensamento da melhor forma possível. Você deve ter 
compreendido que a arquitetura foi dividida em várias 
épocas, cada uma com suas características individuais. A 
Pré-História, onde foi o começo de tudo, com a presença 
da sua arquitetura Neolítica e características dos primeiros 
monumentos traçados pelo homem. A Antiguidade, com 
o desenvolvimento da arquitetura egípcia,

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