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CONTABILIDADE - UNIDADE II

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CONTABILIDADE – UNIDADE II
MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS
Mecanismo de débito e crédito: 
Método das Partidas Dobradas, que foi compilado pelo frei Luca Bartolomeu de Pacioli, um frade muito amigo do gênio Leonardo da Vinci que publicou o documento que seria a base da moderna contabilidade. Os contadores costumam registrar todas as operações que ocorrem em uma empresa nos livros contábeis. Os mais conhecidos são: livro diário e livro-razão.
O trabalho com o Método das Partidas Dobradas, débito e crédito também é conhecido no Brasil como escrituração contábil ou bookeeping, em inglês. O Método das Partidas Dobradas destaca que em qualquer operação há um débito e um crédito de igual valor, ou um débito (ou mais débitos) de valor idêntico a um crédito (ou mais créditos). Portanto, não há débitos sem créditos correspondentes. É o que dizem Iudícibus et al. (2010 p. 43):
A cada lançamento contábil, a soma dos créditos deve ser igual à soma dos débitos e vice-versa. Vejamos os passos do Método das Partidas Dobradas: ler a transação; identificar as contas; classificar as contas identificadas; mecanismo de crédito e débito para A/P/PL; lançar as operações no livro diário e/ou no livro-razão.
Como ocorre o lançamento das operações: descrição das transações; elaborações do livro diário; transcrição dos lançamentos do livro diário para o livro-razão; elaboração do balanço patrimonial no final do período.
Toda vez que o ativo aumenta; Toda vez que o passivo e o PL diminuem; Toda vez que as receitas diminuem; Toda vez que as despesas aumentam: Debita-se
Toda vez que o ativo diminui; Toda vez que o passivo e o PL aumentam; Toda vez que as receitas aumentam; Toda vez que as despesas diminuem: Creditase
A cada lançamento contábil, a soma dos créditos deve ser igual à soma dos débitos e vice-versa.
Registros Contábeis: livro diário e livro-razão
Dois livros que são fundamentais na contabilidade: Livro diário, no sentido exato do significado, são anotações em que os contadores registram, relatam todas as ações que ocorrem na empresa, os fatos contábeis. Esse registro, relato, denomina-se “partida de diário”, no qual se utiliza o método mundialmente adotado em todos os sistemas contábeis: o Método das Partidas Dobradas.
Os requisitos necessários de uma partida de livro diário são: a data de operação; a conta a ser debitada; a conta a ser creditada; o histórico da operação mencionando seus documentos comprobatórios; o valor da operação em moeda.
O livro-razão registra e sintetiza as operações contábeis por conta contábil. Abre-se um razão para cada conta contábil, com o intuito de controlar o movimento de cada conta contábil individualmente. O livro-razão não tem validade jurídica, é considerado um livro de serviço do contador.
 O livro-razão é expresso de forma didática por meio de razonetes, uma linha horizontal dividida por uma linha vertical em forma de T. Nesse T, por convenção, os valores a débito são sempre dispostos do lado esquerdo, e os valores a crédito são sempre dispostos do lado direito.
Soma de débito = Soma de crédito
Os elementos do balancete de verificação são: identificação da entidade; data a que se refere; abrangência; identificação das contas e respectivos grupos; saldos das contas, indicando se devedores ou credores; soma dos saldos devedores e credores.
VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Despesas, receitas e resultado: O balanço patrimonial nos apresenta a situação econômica e financeira de uma empresa, demonstrando os saldos do que ela possui em bens e direitos, assim como quanto ela deve a terceiros e aos sócios em determinado momento, e a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) nos aponta o desempenho de uma instituição ao longo de um período. A DRE acumula as vendas de operações de uma empresa ou entidade. Acumula, ainda, as despesas.
A diferença entre receitas e despesas gera o resultado do exercício no período analisado, indicando o valor que a empresa faturou ou qual a quantia que está devendo. Utilizamos as seguintes fórmulas práticas: Receitas – despesas = resultado do exercício Receita – venda de mercadorias, produtos ou serviços pela empresa Despesa – uso, consumo de bens ou serviços pela empresa Resultado – diferença entre receitas e despesas durante um determinado período Receita, despesa e resultado.
OBS: As contas de despesas e receitas são “de resultado”, ou seja, são encerradas ou zeradas ao final de cada exercício contábil. Para fins de controle interno, as contas de despesas e receitas são controladas em frações específicas para cada departamento da empresa ou até para cada funcionário! É o que se chama de centro de custo e centro de lucros.
A definição de despesa segundo Iudícibus et al. (2010, p. 66) é: O Consumo de bens ou serviços que, direta ou indiretamente, deverá produzir uma receita. Diminuindo o Ativo ou aumentando o Passivo, uma Despesa é realizada com a finalidade de se obter uma receita cujo valor será superior à diminuição que provoca no Patrimônio Líquido. Despesa é um gasto fundamentado, planejado, que carrega consigo a intenção de gerar vendas. Se isso não ocorrer, não se poderá considerar um gasto como despesa. 
 Iudícibus et al. (2010, p. 66) também ensinam a definição de receita: Entrada de elementos para o ativo, sob a forma de dinheiro ou direitos a receber, correspondentes, normalmente, à venda de mercadorias, de produtos ou à prestação de serviços. Da mesma forma que a despesa, receita não é qualquer venda realizada pela empresa. É a venda dos produtos e/ou serviços que a empresa se propõe a disponibilizar para seus clientes. Por exemplo, a venda de um veículo, totalmente à parte das atividades principais da empresa, não deve ser considerada como receita.
No regime de competência, o resultado é apurado quando as vendas são feitas pela empresa, independentemente de quando serão pagas, e quando as despesas são incorridas, ou seja, quando a empresa usa bens e serviços em suas atividades, independentemente de quando foram ou serão pagas.
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) indica o desempenho de uma empresa em determinado período. Conceitos de conta que existem dois tipos de contas contábeis: as contas patrimoniais e as contas de resultado.
Apuração do resultado e transferência para o patrimônio líquido:
Na contabilidade, no entanto, faz-se necessário, a cada apuração de resultado, zerar o saldo das contas contábeis que envolvem tal resultado, transferindo esses saldos para uma conta contábil em específico, a chamada ARE – Apuração do Resultado do Exercício –, e, posteriormente, para a conta de reservas de lucros e/ou prejuízos acumulados.
Registros das operações contábeis – regime de caixa e regime de competência
 Na contabilidade são utilizados dois regimes: Regime de caixa: o resultado é apurado quando as receitas são recebidas e quando as despesas são pagas; Regime de competência: o resultado é apurado quando as vendas são feitas pela empresa, independentemente de quando serão pagas, e quando as despesas são incorridas, ou seja, quando a empresa usa bens e serviços em suas atividades, independentemente de quando foram ou serão pagas.
O regime de competência segue o princípio contábil da competência, em que as despesas e receitas devem ser registradas em um mesmo período. No entanto, esse regime traz mais dificuldades e custos para o processamento, por isso, admite-se o emprego do regime de caixa.
Com a convergência contábil internacional, em que o Brasil alinha a sua contabilidade às IFRS — normas internacionais de contabilidade, estabelece-se que os lucros não devem mais ser acumulados, apenas os prejuízos. Se a organização tiver obtido lucros, deve dar-lhes alguma destinação imediatamente, e não acumulá-los.
Depreciação: é o desgaste pelo uso de máquinas e equipamentos. Também é uma despesa, mas com uma característica importante: não tem saída de caixa.

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