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NP2 / Ψ INTERDISCIPLINAR 7º/8º SEMESTRE SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO SENSAÇÃO: Procedimento neurológico responsável por organizar as informações recebidas do ambiente (interno corpo e externo mundo) para que sejam usadas, de forma apropriada, no dia a dia. Gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos variados, originados fora ou dentro do organismo, que produzem as alterações nos órgãos receptores, estimulando os. Quando o cérebro processa as sensações de forma eficaz, as respostas adaptativas são geradas, de modo que a pessoa consegue lidar com o seu ambiente e manter uma rotina sem problemas. PERCEPÇÃO: Tomada de conhecimento sensorial de objetos ou de fatos exteriores, mais ou menos, complexos. Toda percepção fornece ao indivíduo um percepto, mais ou menos, definido. OLHO: Recebe a informação para que ela seja tratada em processos neurais que ocorrem no cérebro, para ser decodificada. PERCEPÇÃO VISUAL: Elaboração cortical das informações que a retina transmite ao cérebro através das vias visuais percepção de objetos. RECONHECIMENTO DE PADRÕES: Identificação ou reconhecimento de estímulos bi ou tridimensionais equiparação com a informação armazenada. ÁREA CEREBRAL: LOBOS OCCIPITAIS, COM FUNÇÃO DE RECEBER E PROCESSAR INFORMAÇÕES VISUAIS. ÁREAS ASSOCIATIVAS: Interpretação do mundo visual e do transporte da experiência visual para a fala. DISFUNÇÕES: Córtex visual: cegueira cortical, alucinações visuais e ilusões visuais. FUNÇÃO TÁTIL: ÁREA CEREBRAL: LOBO PARIETAL. FUNÇÃO AUDITIVA: ÁREA CEREBRAL: LOBO TEMPORAL. FUNÇÃO OLFATIVA: ÁREA CEREBRAL: CÓRTEX ORBITOFRONTAL. FUNÇÃO GUSTATIVA: ÁREA CEREBRAL: O BULBO RECEBE A INFORMAÇÃO, ENVIA PARA O TÁLAMO E, DEPOIS, PARA O CÓRTEX. ALTERAÇÕES QUALITATIVAS DA SENSOPERCEPÇÃO: (SISTEMA SENSORIAL ENVOLVIDO, CIRCUNSTÂNCIAS DE APARECIMENTO). ILUSÃO: Fenômeno psicopatológico; ocorre, principalmente, em situações de alteração qualitativa da consciência. Percepção deformada e alterada, de um objeto real e presente. ALUCINAÇÃO: Percepção de um objeto, sem que este esteja presente, sem o estímulo sensorial respectivo. A clínica registra os indivíduos que percebem, perfeitamente, uma voz ou uma imagem, com todas as características de uma percepção normal, sem a presença real do objeto. PSEUDOALUCINAÇÃO: Percepção sem que haja qualquer estímulo sensorial, mas o paciente mantém a crítica, assume a vivência como não real. AGNOSIA: Incapacidade de o indivíduo reconhecer as pessoas ou os objetos, mesmo quando as modalidades sensoriais estão intactas. Causas: Danos ao cérebro decorrentes de lesão; derrame; demências; traumatismos e doenças neurológicas. PROSOPAGNOSIA: Prejuízo no reconhecimento de uma face conhecida. Em casos mais graves, a pessoa não consegue reconhecer a própria imagem no espelho. Lesão: occipitotemporal (porções inferiores: giros lingual e fusiforme), principalmente, direita. SÍNDROME DA NEGLIGÊNCIA: Desatenção aos estímulos próprios ou ambientais em um dimídio corporal (geralmente, à esquerda). NP2 / Ψ INTERDISCIPLINAR 7º/8º SEMESTRE MEMÓRIA “Memória é a aquisição, a formação, a conservação e a evocação de informações. A aquisição é também chamada de aprendizagem: só se “grava” aquilo que foi aprendido. A evocação é também chamada de recordação, lembrança, recuperação. Só lembramos aquilo que gravamos, aquilo que foi aprendido”. (IZQUIERDO, 2018). ÁREA CEREBRAL ENVOLVIDA NOS PROCESSOS DE MEMÓRIA: Sistema límbico, sobretudo, o Hipocampo, localizado nas Áreas mesiais do Lobo Temporal. AS TRÊS FASES DA MEMÓRIA: 1. Aquisição; 2. Consolidação; 3. Evocação das informações. SISTEMAS DE MEMÓRIA: MEMÓRIA DECLARATIVA: Está relacionada à habilidade de armazenar e recordar fatos e eventos. EPISÓDICA: Relacionadas aos eventos, os quais podemos ter participado ou, simplesmente, assistido. Estas memórias são autobiográficas. SEMÂNTICA: Referentes aos nossos conhecimentos gerais. MEMÓRIA DE TRABALHO: Pode ser considerada como um armazenamento temporário de informações recentes que serão úteis para o raciocínio imediato e a resolução de problemas, mantendo as durante alguns segundos ou poucos minutos, enquanto estão sendo processadas. MEMÓRIA NÃO DECLARATIVA: Relacionada às memórias de capacidades, ou habilidades motoras ou sensoriais; é o que chamamos de “hábitos”; CONDICIONAMENTO SIMPLES E APRENDIZAGEM ASSOCIATIVA SIMPLES: Adquiridas através da associação de um estímulo com um outro estímulo ou com uma resposta (Pavlov); PRÉ ATIVAÇÃO (PRIMING): São as memórias evocadas através de dicas. PROCESSUAL: Relacionadas ao “saber como”, isto é, para que possamos demonstrar que as temos, precisamos fazer (exemplos: andar de bicicleta, nadar, saltar. Duração: curto prazo, longo prazo e remota. ALTERAÇÕES DA MEMÓRIA: AMNÉSIA: Perda parcial ou total da memória, prejudicando o indivíduo na sua capacidade de reter e evocar as informações. AMNÉSIA RETRÓGRADA: Caracteriza se pela perda da memória para os eventos anteriores ao trauma (se esquece de coisas que já sabia). AMNÉSIA ANTERÓGRADA: Dificuldade da capacidade de consolidar novos conhecimentos após um trauma cerebral. AMNÉSIA GLOBAL TRANSITÓRIA: Envolve um período bem mais curto, na qual um acesso repentino de amnésia anterógrada dura, apenas, um período de minutos a dias, acompanhada por uma amnésia retrógrada para os eventos recentes que precederam o ataque. AMNÉSIA DISSOCIATIVA OU PSICOGÊNICA: Conhecida como psicológica. Decorre de síndromes emocionais ou traumas, sendo, geralmente, temporária. HIPERMNÉSIA: Não possui relação com o nível intelectual, e pode ser permanente ou temporária. Fatores que podem contribuir: Resposta sensorial incomum aos estímulos. SINESTESIA: Fenômeno em que os estímulos sensoriais evocam as sensações, normalmente, associadas com os estímulos de outra natureza. DESVANTAGENS DA SUPERMEMÓRIA: As sensações complexas evocadas pelos estímulos, interferiam na sua habilidade de integrar e lembrar se de coisas mais complexas. NP2 / Ψ INTERDISCIPLINAR 7º/8º SEMESTRE ESTADOS DE CONSCIÊNCIA CONSCIÊNCIA: Conhecimento compartilhado com outro e, por extensão, o conhecimento “compartilhado consigo mesmo”, apropriado pelo indivíduo. (ZENAN et al. al., 1997) É a percepção pessoal dos estímulos internos (sensações corpóreas e noções de identidade) e externos (eventos do ambiente). DEFINIÇÃO NEUROPSICOLÓGICA: Estado de estar desperto, acordado, vígil, lúcido. DEFINIÇÃO PSICOLÓGICA: Soma total das experiências conscientes de um indivíduo em determinado momento. Relação do “eu” com o meio ambiente; é a capacidade do indivíduo entrar em contato com a realidade, perceber e conhecer os seus objetos. DEFINIÇÃO ÉTICO FILOSÓFICA: Capacidade de tomar ciência dos deveres éticos e assumir as responsabilidades, os direitos e os deveres concernentes a essa ética. ÁREAS CEREBRAIS: Para a atividade mental consciente, observa se a participação do lobo parietal direito (relacionado ao reconhecimento do próprio corpo, dos objetos e do mundo, e na apreensão daquilo que denomina se realidade), e as áreas frontais que são fundamentais na organização da atividade mental consciente. A consciência pode sofrer alterações por processos fisiológicos e patológicos. São divididos em alterações quantitativas (rebaixamento do nível de consciência) e alterações qualitativas (algum grau de rebaixamento mínimo). ALTERAÇÕES COMUNS DA CONSCIÊNCIA: SONO: é um estado comportamental, e uma fase fisiológica normal e necessária do organismo. Perda do nível de consciência por um período limitado de tempo. Se divide em sono REM e não REM. NÃO REM: Sincronizado sem os movimentos oculares rápidos com quatro estágios. REM: Movimentos oculares rápidos e conjugados associado a um relaxamento muscular profundo e generalizado.O ciclo do sono é repetido, por noite, cerca de quatro vezes, havendo uma mudança na duração da Fase REM. O sonho é um fenômeno associado ao sono e pode ser considerado uma “alteração normal” da consciência. São vivências, predominantemente, visuais, raramente ocorrendo percepções auditivas, olfativas ou táteis. Duração de 5 a 30 minutos – 25% ALTERAÇÕES DA CONSCIÊNCIA NP2 / Ψ INTERDISCIPLINAR 7º/8º SEMESTRE ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS: OBNUBILAÇÃO OU TURVAÇÃO DA CONSCIÊNCIA: Rebaixamento da consciência em grau leve a moderado. Diminuição do grau de clareza do sensório, com a lentidão da compreensão e a dificuldade de concentração. Dificuldade para integrar as informações sensoriais oriundas do ambiente, não conseguindo reagir a certos estímulos externos. SOPOR: Estado no qual o paciente pode ser despertado, apenas, por um estímulo enérgico, sobretudo, de natureza dolorosa. Mostra se sonolento, pode apresentar reações de defesa, mas é incapaz de qualquer ação espontânea. A psicomotricidade encontra se mais inibida do que nos estados de obnubilação. COMA: Impossibilidade de qualquer atividade voluntária consciente e ausência de qualquer indício de consciência. Os graus de intensidade são classificados em: 1. grau I: (semicoma), 2. grau II: (coma superficial), 3. grau III (coma profundo) 4. grau IV (coma dépassé). SÍNDROMES PSICOPATOLÓGICAS ASSOCIADAS AO REBAIXAMENTO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: DELIRIUM: é uma síndrome neurocomportamental, causada pelo comprometimento transitório da atividade cerebral, invariavelmente secundário aos distúrbios sistêmicos; estão menos conscientes do ambiente, distraem se, facilmente, e têm dificuldade para concentrar se e seguir os comandos. Manifestações de pensamento desorganizado, alteração do nível de consciência, alterações perceptuais (alucinações e ilusões visuais), distúrbios do ciclo sono, vigília, atividade motora aumentada ou diminuída, e piora ao anoitecer. Mudanças relacionadas com a idade do cérebro predispõem as pessoas idosas ao delirium durante os distúrbios fisiológicos, que são tolerados em indivíduos mais jovens. ALTERAÇÕES QUALITATIVAS: ESTADOS CREPUSCULARES: Estado patológico transitório no qual uma obnubilação da consciência (mais ou menos perceptível) é acompanhada de relativa conservação da atividade motora coordenada (POROT, 1967 apud DALGALARRONDO, 2000). Ocorrem atos explosivos violentos e episódios de descontrole emocional. Geralmente, ocorre a amnésia lacunar para o episódio, onde o indivíduo se lembra de alguns fragmentos isolados. DISSOCIAÇÃO DA CONSCIÊNCIA: Fragmentação ou a divisão do campo da consciência, ocorrendo a perda da unidade psíquica do ser humano. Observa se uma dissociação da consciência, um estado semelhante ao sonho, geralmente, desencadeada por acontecimentos psicologicamente significativos. TRANSE: Estado de dissociação da consciência que se assemelha a sonhar acordado; presença de atividade motora automática e estereotipada acompanhada de suspensão parcial dos movimentos voluntários. ALTERAÇÕES DEVIDO O ABUSO DE DROGAS: As drogas são substâncias utilizadas para produzir as mudanças nas sensações, na consciência e nas emoções. Estas alterações variam de acordo com: características da pessoa, droga utilizada e circunstâncias do uso. Tipos: Depressoras da atividade mental: álcool, ansiolíticos ou tranquilizantes, e solventes ou inalantes. Estimulantes da atividade mental: anfetaminas, cocaína e crack. Perturbadoras da atividade mental: maconha, LSD, chá de cogumelo; As drogas provocam alterações em várias regiões cerebrais, predominantemente, em córtex pré-frontal e regiões temporais; Prejudicam diversas capacidades cognitivas, tais como a atenção, a memória e as funções executivas. Há fortes indícios sugerindo que os déficits cognitivos persistam por algum tempo, mesmo após a retirada das drogas. NP2 / Ψ INTERDISCIPLINAR 7º/8º SEMESTRE MOTIVAÇÃO Necessidade ou desejo que energiza o comportamento e o direciona para um objetivo. Motivos: necessidades, carências, interesses e desejos que impulsionam as pessoas em certas direções. TEORIA DO INSTINTO: Comportamento complexo, não aprendido, com um padrão fixo em uma espécie. COMPORTAMENTO HUMANO: Orientado por necessidades fisiológicas e por desejos psicológicos. PRESSUPOSTO BÁSICO: Os genes predispõem o comportamento típico da espécie. TEORIA DA REDUÇÃO DO IMPULSO: Quando uma necessidade fisiológica aumenta, também aumenta o impulso psicológico: um estado de excitação motivado. HOMEOSTASE: Manutenção de um estado interno estável, estado de equilíbrio ou estabilidade fisiológica. TEORIA DO INCENTIVO: Somos determinados pelas nossas necessidades, mas também somos pressionados pelos incentivos. Estímulos positivos ou negativos que nos atraem ou repelem, objetivo externo capaz de motivar o comportamento. Alguns comportamentos motivados aumentam a excitação, ao invés de reduzir uma necessidade fisiológica ou de minimizar a tensão. Motivação intrínseca: Parte das condições internas do indivíduo e depende dos reforços relacionados à própria realização da atividade. Motivação extrínseca: Depende mais das influências externas e se refere às consequências das atividades realizadas pelo indivíduo. MOTIVAÇÃO DE MASLOW: Propõe um ponto de equilíbrio entre necessidades biológicas e sociais e integra muitos conceitos motivacionais, estabelecendo uma hierarquia, na qual há uma organização sistemática de necessidades segundo suas prioridades. As necessidades básicas ou primárias (1 e 2 no diagrama) têm de ser primeiramente satisfeitas para que as menos básicas ou secundárias (3, 4 e 5 no diagrama) sejam despertadas. NP2 / Ψ INTERDISCIPLINAR 7º/8º SEMESTRE A fome surge em função de variações na química corporal, incluindo hormônios que aumentam ou reduzem a fome. O comportamento alimentar é mediado pela fome (química corporal) e pelos fatores ambientais, que determinam do que temos fome. ANOREXIA NERVOSA: Perda de peso acima do normal (15% ou mais) por baixa ingestão de alimentos, mas a percepção é de um corpo maior, o que perpetua a limitação na ingesta alimentar. BULIMIA NERVOSA: Episódios repetidos de superalimentação, seguidos de vômitos provocados compensatórios, uso de laxantes, jejum ou exercício excessivo. Há preocupação com comida, com excesso de peso e humor deprimido ou ansiedade. A motivação sexual se origina da ação recíproca entre nossa fisiologia e nosso ambiente, mas os estímulos psicológicos (nossa fantasia/imaginação) também exercem papel fundamental. ÁREA CEREBRAL: HIPOTÁLAMO ALTERAÇÕES: APRAXIAS: São perturbações da atividade gestual, em que o indivíduo perde a capacidade de realizar atos motores. Não são explicadas nem por um dano motor, sensitivo ou por alteração intelectual. São classificadas como: APRAXIA REFLEXIVA: Ações dirigidas ao próprio corpo. Ex.: beber água; APRAXIA NÃO REFLEXIVA: Ações dirigidas ao externo. Ex.: pintar uma parede. Causas: resultam de disfunções nos hemisférios cerebrais, sobretudo o Lobo Parietal. NP2 / Ψ INTERDISCIPLINAR 7º/8º SEMESTRE As emoções são respostas adaptativas do nosso corpo e podem ser entendidas a partir de três perspectivas (Myers). Fisiológica: (ex.: batimentos cardíacos acelerados). Comportamental: (ex.: apressar o passo). Cognitiva: Experiência consciente, incluindo pensamentos e sentimentos. Emoção: Impulso neural que move um organismo para a ação, é um estado psicofisiológico. Sentimento: Emoção filtrada pelos centros cognitivos do cérebro (especificamente do lobo frontal), produzindo uma mudança fisiológica em acréscimo à mudança psicofisiológica. TEORIAS DA EMOÇÃO: James Lange: Propõe que a experiência da emoção deriva de nossa percepção das reações fisiológicas aos estímulos que despertama emoção. Cannon Bard: As respostas corporais não são distintas o suficiente para evocar emoções diferentes (taquicardia pode ser decorrência do medo, da raiva ou do amor). A resposta fisiológica e nossas experiências emocionais ocorrem ao mesmo tempo. Teoria de Schachter dos Dois Fatores da Emoção: A experiência da emoção cresce a partir da consciência da resposta corporal, as emoções têm dois componentes: excitação física e rótulo cognitivo. Segundo Damásio (2000), o substrato para a representação de emoções está em um grupo razoavelmente restrito de regiões subcorticais, começando no nível do tronco cerebral, do hipotálamo, do prosencéfalo basal e da amígdala. Uma vez ativados nessas áreas os padrões potenciais de atividade, representarão no cérebro a emoção como um objeto neural, modificando o estado corporal, com a liberação de mensagens químicas, neurais e a ativação de áreas cerebrais, criando um estado emocional. EMOÇÃO TRANSTORNOS DE HUMOR: Transtornos nos quais a perturbação fundamental é uma alteração do humor ou do afeto, no sentido de uma depressão (com ou sem ansiedade associada) ou de uma elação. Em geral se acompanham de uma modificação do nível global de atividade. A maioria desses transtornos tende a ser recorrente e a ocorrência dos episódios individuais podem frequentemente estar relacionada com situações ou fatos estressantes. Esse grupo é composto pelas seguintes categorias no CID X: episódio maníaco, transtorno afetivo bipolar, episódios depressivos, transtorno depressivo recorrente, transtorno de humor (afetivos) persistentes, outros transtornos do humor (afetivos), transtorno do humor (afetivo) não especificado. Apresentam causas multifatoriais: fatores endógenos, (neurobiológicos, genéticos) e fatores exógenos (psicossociais). Existe um modelo neuro anatômico de estruturas cerebrais envolvidas na fisiopatologia dos transtornos do humor, baseado nas suas funções de regulação, expressão e reconhecimento de emoções específicas. Córtex pré-frontal, amígdala, hipocampo, tálamo e gânglios da base. NP2 / Ψ INTERDISCIPLINAR 7º/8º SEMESTRE PENSAMENTO Constitui se a partir de elementos sensoriais que podem fornecer substrato para o processo do pensar: são as imagens perceptivas e as representações de qualquer modalidade sensorial que estejam armazenadas na memória. Deve se inicialmente distinguir os elementos constitutivos do pensamento: o conceito, o juízo e o raciocínio das diferentes dimensões do processo de pensar, delimitadas como continuidade, forma e conteúdo do pensamento. CONTINUIDADE: Circunstancialidade (fala de coisas irrelevantes, mas volta ao ponto) ou bloqueio do pensamento (interrompe o fluxo do pensamento/ideia em questão e pode esquecer do que estava falando). FORMA: processo de pensamento, à maneira pela qual o paciente articula suas ideias (associações). PRODUÇÃO: abundância ou pobreza de ideias, pensamento rápido (fuga de ideias) ou lentificado CONTEÚDO: o que a pessoa pensa (ideias, crenças, preocupações, obsessões [ideias/pensamentos intrusivos], compulsões [práticas repetitivas], fobias, planos e intenções). ASPECTOS HISTÓRICOS DA LINGUAGEM: Em 1836, Dax percebe a relação de distúrbios da linguagem e lesões no hemisfério esquerdo. Em 1861, Paul Broca postulou que a fala expressiva estava associada a uma região localizada no cérebro. Um ano depois, Trousseau mencionou pela primeira vez o termo afasia. Em 1873, Carl Wernicke descobriu que a capacidade de compreensão também estava associada a uma região cerebral. Essas estruturas são unidas por numerosas fibras associativas em particular pelo feixe arqueado, núcleos cinzentos centrais e o tálamo. ÁREAS DA LINGUAGEM: Área de Broca: Terço posterior do giro frontal inferior esquerdo está relacionado à fala. Lesões nessa área causam afasia. Afasia de Broca: Afasia não fluente, porque mesmo o órgão fonador estando preservado, a fala do indivíduo apresenta dificuldades, é trabalhosa e lenta e a articulação se encontra prejudicada. Decorrente de lesões dos giros frontais póstero inferiores esquerdo e geralmente acompanhada de uma hemiparesia à direita, mais acentuada no braço. Área de Wernicke: Terço posterior do giro temporal superior esquerdo. Lesões prejudicam a capacidade de uma pessoa compreender a fala humana. Afasia de Wernicke: Afasia fluente, o indivíduo pode continuar falando, mas a fala é muito defeituosa, às vezes incompreensível, devido a erros na escolha das palavras e dos fonemas. Não há hemiparesias associadas e ocorre por lesões das áreas temporais esquerdas pósteros superiores. AFASIA- DEFINIÇÃO: Alteração adquirida da linguagem de causa neurológica, caracterizada pelo comprometimento linguístico da produção e compreensão de material verbal, da leitura e da escrita. A afasia exclui toda perturbação causada associada a déficits motores e/ou sensoriais, deficiência mental, perturbações psiquiátricas (COLAÇO, 2008). Esse distúrbio é causado por lesões cerebrais ocasionadas por: Acidente vascular cerebral (AVC); Lesões cefálicas; Tumores cerebrais; Demências. NP2 / Ψ INTERDISCIPLINAR 7º/8º SEMESTRE ESQUIZOFRENIA O termo esquizofrenia vem de (esquizo = cisão; frenia = mente), introduzido pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler , em 1911, caracterizada pela cisão do pensamento, do afeto, da vontade e do sentimento subjetivo da personalidade. Principais sintomas (positivos): Delírios, alucinações e alterações do pensamento; Principais sintomas (negativos): Alterações da afetividade, diminuição da motivação e empobrecimento do conteúdo do pensamento. Essas formas de sintomas têm sido correlacionadas com alterações funcionais em diferentes regiões cerebrais, a forma negativa foi associada a uma alteração de perfusão no córtex pré-frontal. Sintomas positivos associados a alterações no lobo temporal médio. ESQUIZOFRENIA EM GEMEOS Pesquisas realizadas com gêmeos monozigóticos e dizigóticos têm se mostrado úteis quando o objetivo é verificar o peso de variáveis genéticas e ambientais na constituição de uma habilidade ou de um comportamento desviante. • Como a esquizofrenia é considerada resultante de herança multifatorial, ou seja, determinada simultaneamente por fatores genéticos e ambientais, as pesquisas que possibilitam comparar taxas de concordância e de correlação entre gêmeos monozigóticos e dizigóticos ajudam a determinar a extensão da influência genética sobre esse quadro psicopatológico.
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