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UniAGES Centro Universitário Bacharelado em Engenharia Agronômica CARLA DANTAS DA SILVA CULTURA DA SOJA (Glycine max): uma abordagem sobre a viabilidade do cultivo no município de Ribeira do Pombal (BA) Paripiranga 2021 CARLA DANTAS DA SILVA CULTURA DA SOJA (Glycine max): uma abordagem sobre a viabilidade do cultivo no município de Ribeira do Pombal (BA) Monografia apresentada no curso de graduação do Centro Universitário AGES como um dos pré-requisitos para obtenção do título de bacharel em Engenharia Agronômica. Orientador: Esp.Dalmo Moura Costa Paripiranga 2021 CARLA DANTAS DA SILVA CULTURA DA SOJA (Glycine max): uma abordagem sobre a viabilidade do cultivo no município de Ribeira do Pombal (BA) Monografia apresentada como exigência parcial para obtenção do título de bacharel em Engenharia Agronômica à Comissão Julgadora designada pela Coordenação de Trabalhos de Conclusão de Curso do UniAGES. Paripiranga, 09 de Dezembro de 2021. BANCA EXAMINADORA Prof: Esp. Dalmo de Moura Costa UniAGES Prof: Fabio Luiz Oliveira de Carvalho UniAGES Prof: Wilson Deda Gonçalves Júnior UniAGES Silva, Carla Dantas, 1996 CULTURA DA SOJA (Glycine max): uma abordagem sobre a viabilidade do cultivo no município de Ribeira do Pombal (BA)/ Carla Dantas da Silva. - Paripiranga, 2021. 84 f.: il. Orientador (a): Prof.Esp. Dalmo de Moura Costa. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Agronômica) – UniAGES, Paripiranga, 2021. 1. Glycine Max. 2. Implantação 3. Manejo. I. Título. II. UniAGES AGRADECIMENTOS Primeiramente gostaria de agradecer a Deus pela vida, pelas bênçãos que tem me dado em todos estes anos e pelos momentos inesquecíveis que passei durante os cinco anos de graduação. Encerro aqui mais um ciclo em minha vida, com erros e acertos, mas acima de tudo com eterna gratidão por tudo que vivi e tudo que aprendi. À minha mãe Maria da Conceição e ao meu pai José Carlos que sempre lutaram por mim e fizeram de tudo para que não me falte nada em ter um conforto maior e melhor do que um dia já tiveram. Ao meu irmão mais novo Manoel Neto por ser um presente em minha vida, ainda pequeno me ensinou muito, além de me ensinar a ser uma boa irmã mais velha. Somos muito ligados e quem conhece sabe muito bem disso Aos meus avós paternos Dona Alaíde e Sr. Messias e meus avós maternos Dona Valdecir e Messias por sempre fazerem parte da minha vida e nunca deixaram de acreditar em mim como também nunca me esqueceram um minuto sequer. Não tenho palavras para descrever o quanto sou grata por tê-los comigo. À minha tia Menaíde por tudo e por tanto, uma mulher incrível em minha vida que se tornou como se fosse uma outra mãe. Esse meu ciclo que se termina é graças a ela que me ajudou com tudo que podia, meus pais sozinhos não conseguiriam, mas graças a ela pude chegar onde estou agora. Não tenho palavras para descrever a gratidão que tenho, só me orgulho da mulher incrível que é um exemplo de vida pra mim. À patroa da minha tia a famosa Dona Miriam que mesmo sem nem me conhecer pessoalmente me ajudou quando eu precisei. Quero evidenciar a minha gratidão e admiração por ter sido tão boa, gentil e com certeza, ter um coração repleto de luz bondade, seu nome merece estar aqui. À Maria de Lourdes (Bah ou Babah) por ser essa pessoa tão incrível e inspiradora, onde passa esmanja amor e encanta qualquer um com sua alegria e simplicidade, obrigada por ser quem é, esse ser de luz com um coração maior que o mundo e a minha tia Maria de Lourdes (Lulu) que mesmo estando longe e tendo muito tempo que não temos contato, fez parte dessa minha luta e trajetória me ajudando contribuindo para que pudesse chegar aqui. Ao meu namorado Ícaro por também sempre acreditar em mim e me animar todas as vezes que desacreditei da minha capacidade, imaginando ser incapaz de poder alcançar os meus sonhos. A cada conquista celebrou comigo, assim como nos meus piores momentos, foi meu reforço e estendeu a mão para poder me apoiar. Aos meus amigos de turma como também agora colegas de trabalho Evandro de Jesus, Lindomar Moraes, Hugo Albuquerque, Cleiton Cerqueira, Tiago Dantas, Mikaelle Carvalho, Joice Elias, Jariel Cleomar, Lucas Menezes por me acompanharem nessa jornada e terem me ensinado um pouquinho que cada um traz em sua bagagem. Agradeço por sempre me ajudarem, ter estendido a mãos nos perrengues e, sem sombra de dúvidas, por terem compartilhado comigo maravilhosos momentos de risadas e aprendizados, vocês foram e são essenciais na minha vida. Reforço meus agradecimentos para meus amigos Jariel Cleomar, Lucas Menezes e Tiago Dantas dos quais tive maiores vínculos. Com vocês eu compartilhei as melhores risadas, os melhores momentos e piores e com certeza as fofocas. Eu sei que, com vocês, eu sempre poderei contar e não há distância no mundo que faça mudar meu carinho por vocês. Vocês foram o melhor presente que a agronomia me deu. Às minhas companheiras de republica: Laís, Ana Gama, Ana Luísa (AnaLu), Ana Cláudia e Laura. Vivemos juntas por um bom tempo e fica impossível não criar vínculo. Compartilhei ótimas risadas e ótimos momentos, conviver com outras pessoas não é fácil, mas apesar de tudo, sempre nos entendemos muito bem e sempre foi nítido o carinho que conseguimos compartilhar desde o início. Aos meus professores Carlos Allan, Rafael Pombo, Lucimário Pereira e Núria Mariana sem vocês eu não teria chegado até aqui, seus ensinamentos foram e continuarão sendo essenciais e indispensáveis na minha vida, foram os melhores professores que tive em toda minha jornada de estudante. Seguirei cada passo e cada conselho dado assim como os levarei como inspirações na minha jornada de trabalho. RESUMO O presente trabalho tem como objetivo principal: evidenciar a viabilidade da produção da soja (Glycine max) no município de Ribeira do Pombal-BA, procurando, assim, analisar as características geográficas e climáticas da região para haver se há possibilidade da introdução da cultura no município. Dessa forma, essa cultura é de suma relevância econômica para os demais agricultores por ser de grande potencial produtivo e poder ser uma possível nova fonte de renda, além passar por processos de beneficiamento e ser vendido para outros produtores, agregando um maior valor à produção. Contudo, para que a Soja possa desempenhar todo seu potencial produtivo, é essencial que as condições ambientais atendam às necessidades da cultura e os manejos de implantação e produção sejam feitas de forma correta pois são fatores essenciais para o sucesso do cultivo. PALAVRAS-CHAVE: Soja (Glycine max), Condições ambientais, Manejos de Produção, Implantação, Beneficiamento. ABSTRACT This work has as main objective: to evidence the viability of soybean production (Glycine max) in the municipality of Ribeira do Pombal (BA), thus, trying to analyze the geographic and climatic characteristics of the region to determine whether there is a possibility of introducing this crop in the municipality. Thus, this crop is of great economic importance for other farmers because it has great productive potential and can be a possible new source of income, in addition to undergo for processing and being sold to other producers, adding greater value to production. However, for soybean to be able to perform its full productive potential, it is essential that the environmental conditions meet the needs of the crop and that implementationand production management are done correctly, as they are essential factors for the success of the crop. KEYWORDS: Soybean (Glycine max). Environmental conditions. Production Management. Implementation. Processing. LISTAS LISTA DE FIGURAS 1: Ranking da agricultura, valor de produção no ano de 2020 ......................... 14 2: Mapa temático da microrregião de Ribeira do Pombal-BA .......................... 19 3: Delimitação da região Semiárida brasileira. ................................................. 24 4: Plântula da soja. ........................................................................................... 27 5: Estádios vegetativos da cultura da soja fundamentado na escala fenológica de Water R. Fer e Charles E. Caviness ........................................................... 29 6:Rendimento comparado de plantas C3 e C4 ................................................ 31 7: Soja sob plantio direto 8: Solo arado e gradeado .... 35 9: Lagarta-da-soja, (Anticarsia gemmatalis Hübner) ........................................ 42 10: Danos da lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens) na soja .......... 43 11: Lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens) ..................................... 43 12: Percevejo-verde (Nezara viridula); Percevejo-verde-pequeno (, Piezodorus guildinii) e Percevejo-marrom(Euschistusheros). ............................................. 44 13: Lagarta-da-soja morta por Baculovirus anticarsia ...................................... 46 14: Sementes de soja com sintomas de deterioração por umidade. À esquerda: sementes secas com enrugamento; no centro: sintoma .................................. 51 LISTA DE TABELAS 1: Dados pluviométricos do município de Ribeira do Pombal-Ba; Fonte: INEMA http://www.inema.ba.gov.br .............................................................................. 21 2: Esquema ilustrativo da rotação de culturas.................................................. 38 3: Organização do processo de aquisição dos estudos. .................................. 56 4: Analítica para amostragem das 11 publicações reservadas para os resultados e discussões. .................................................................................................... 63 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 11 2 DESENVOLVIMENTO .................................................................................. 13 2.1 Referencial teórico ................................................................................. 13 2.1.1 Importância da soja para o agronegócio ....................................... 13 2.1.2 Cultura da Soja (Glycine max) ...................................................... 15 2.1.2.1 Cultivares da soja ...................................................................... 16 2.1.2.1.1 Cultivar RR.............................................................................. 17 2.1.2.1.2 Cultivar de soja Intacta® ......................................................... 17 2.1.2.1.3 Cultivar de soja convencional ................................................. 18 2.2 Caracterização da área de estudo-Município de Ribeira do Pombal-BA. ..................................................................................................................... 19 2.3 Mudanças climáticas na agricultura da região Nordeste ........................ 22 2.4 Fatores que influenciam a produtividade da soja ................................... 26 2.4.1 Morfologia e fisiologia da soja ....................................................... 27 2.4.2 Metabolismo ................................................................................. 29 2.4.3 Clima e temperatura ..................................................................... 31 2.4.4 Estresse hídrico e irrigação .......................................................... 32 2.4.5 Plantio ........................................................................................... 34 2.4.5.1 Rotação de culturas ................................................................... 37 2.4.5.2 Consórcio ................................................................................... 38 2.4.6 Adubação ...................................................................................... 39 2.4.7 Pragas .......................................................................................... 41 2.4.8 Doenças ........................................................................................ 46 2.4.9 Plantas daninhas .......................................................................... 49 2.4.10 Colheita e pós-colheita ............................................................... 51 3 METODOLOGIA ........................................................................................... 55 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................. 57 5 CONSIDERAÇOES FINAIS .......................................................................... 68 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 70 11 1 INTRODUÇÃO O cultivo da soja é exercido em todo o mundo, seu grão vegetal não é visto todos os dias na mesa e no dia a dia do consumidor, mas graças a sua grande demanda industrial, se encontra presente na alimentação de alguma forma. Uma ampla porcentagem de grãos dessa cultura é processada por muitas indústrias em que são transformados em diversos produtos e entregues aos consumidores podendo, então, estar presentes nas cozinhas, óleos, leite, proteína vegetal, carne animal e até na produção dos biocombustíveis. Existem muitos fatores contribuintes para o consumo mundial da soja e dentre eles, há um crescente e grande poder aquisitivo da população nos países em processo de desenvolvimento, há consequências em que ocorrem mudanças nos seus hábitos alimentares. Contudo, torna-se notória a troca de cereais pela carne seja de origem bovina, suína ou de frango, resultando em uma maior demanda de soja que chega a compor cerca de 70% da ração para esses animais. Vale ressaltar sobre o crescente uso dos biocombustíveis fabricados a partir do grão, com isso, traz como bom resultado o interesse mundial tanto na produção quanto no consumo de energia renovável e limpa (FREITAS, 2011). Poder alcançar a máxima produtividade nas lavouras, é um dos grandes objetivos dos produtores para que assim também se possa alcançar o auge da sua produtividade. Para isso, é necessário que sejam feitas técnicas de manejo juntamente com um clima favorável ao cultivo. Tais técnicas que podem ser citadas desde o manejo do solo, plantas invasoras, pragas, doenças, sementes de qualidade como também a escolha de cultivares que se desenvolvam melhor de acordo com a região (CRUZ et al., 2016). O município de Ribeira do Pombal - BA, com o passar dos anos, cresce cada vez mais, não apenas nas atividades comerciais que dão valor e renda, mas também no ramo agrícola e agropecuário, pois quando ocorre a feira do munícipio, grande parte dos feirantes são agricultores da região, cultivam nas suas pequenas, médias e grandes propriedades no intuito de tirarem sua renda mensal. O ramo agropecuário também cresce, com os criadores de animais cada vez mais sérios e preocupados com a qualidade dos seus rebanhos afim de alimentá-los com produtos de qualidade e que estejam acessíveis com relação ao seu poder aquisitivo. Considerando o que foi exposto de que forma o agrônomo poderá intervir frente às condições que o município favorece para a implantação da cultura de acordo com as necessidades da mesma? Assim, o objetivo deste trabalhoé fazer uma avaliação da possibilidade do cultivo da 12 soja (Glycine max L.) de qualidade nas propriedades do município de Ribeira do Pombal-BA, de acordo com as condições edafoclimáticas e necessidade da cultura afim de trazer outra fonte de renda como também uma novidade para a região com ênfase nos fatores determinantes para alcançar boa produção como também nos fatores que possam prejudicar e trazer danos ao cultivo. Como objetivos específicos, tem-se descrever e caracterizar a área de estudo, analisando as condições climáticas e pluviométricas, visto que, a pesquisa trata da viabilidade da introdução da cultura, além de conhecer a morfologia, fisiologia e metabolismo, para assim, entender o comportamento do seu desenvolvimento de acordo com o ambiente, por fim, fazer uma análise das condições ideais para o cultivo da soja visando não apenas às exigências da cultura, mas também a melhor forma de plantio em todas as fases da planta. Portanto, o trabalho trata de uma revisão integrativa da literatura tendo como relevância tanto acadêmica e científica quanto social, por trazer questões associadas a uma nova cultivar para a região sendo uma possível nova fonte de renda local para os aqueles que tem como sustento as práticas agrícolas. Sabe-se que a soja possui uma grande cadeia produtiva no ramo do agronegócio que vai desde o fornecimento da matéria prima, os vendedores, produtores rurais, as revendas, o transporte como também cerealistas tendo outros envolvidos até chegar ao consumidor final. Com o decorrer dos anos e consequentemente com os avanços tecnológicos, os produtores rurais estão cada vez mais tendo acessos as informações com relação a área do agronegócio buscando, novidades como também bons resultados. Nesse tempo de buscarem conseguir bons resultados diversas vezes são esquecidos os conceitos básicos para um bom cultivo tais como: o conhecimento da cultura a ser introduzida, analise da região, do solo, as necessidades da planta e boas práticas de manejo onde podem se deixam levar apenas pelo possível lucro sem se darem conta que, para um cultura ser introduzida em um determinado local, é necessário fazer levantamentos básicos e correlacioná-los com a sua localidade. Diante do contexto, ressalta-se a importância desse estudo que está relacionado ao município escolhido e à possível viabilidade da implantação da cultura. Esta trará benefícios para a região em que podem originar maior ganho de produtividade agrícola, gerar não apenas renda ao produtor, mas também possíveis novos empregos e um destaque para a cidade. O trabalho é importante também a partir do momento que tem como intuito evidenciar a importância de se obter conhecimento da cultura implantada, do local escolhido e com essas informações fazer estudos e análises para verificar se a localidade, poderá atender as necessidades básicas da cultura bem como auxiliar na implantação de outras que se adequem ao município. 13 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 Referencial teórico 2.1.1 Importância da soja para o agronegócio A produção da soja, ao passar dos anos, conquistou grande valor econômico no agronegócio onde cresce cada vez mais. No território nacional, a cultura é o principal grão para comercialização, seu crescimento advém dos fatores de consolidação da oleaginosa ser uma importante fonte de proteína vegetal, em especial, para atender à grande demanda de setores voltados a produtos de origem animal; oferta de novas tecnologias que ajudem não apenas a expandir como também a explorar a produção de soja nas demais localidades do território nacional, visando novas produções que ajudam não apenas a quem cultiva, mas também na economia e na oferta do produto seja in natura ou derivado para atender a demanda populacional (HIRAKURI e LAZZAROTTO, 2014). Diante do exposto, o mercado da soja, em grande parte, é voltado para diversos setores alimentícios desde a comercialização in natura, farelo, óleos, derivados e até os biocombustíveis em que se encaixa no setor industrial de biodiesel. Então, em qualquer ângulo do agronegócio observado, são perceptíveis os grandes avanços que ocorreram ao passar dos anos, em que se tratando da soja, a sua expansão deve-se, em boa parte, ao aumento da importância dos grãos e seus derivados para o mercado interno e externo. Vale ressaltar que com o avanço das tecnologias e bons manejos de produção que proporcionam sustentabilidade para o Brasil, a melhor governança ajudou na maximização dos lucros do produtor (GAZZONI, 2012). A expansão da soja no Brasil ocorreu nos meados dos anos 70 tendo interesse na indústria dos óleos. Em 1975, a produção da cultura era feita com cultivares e técnicas que vinham de fora do país especificamente, os Estados Unidos, porém, o cultivo em grande escala apenas dava certo nas regiões do Sul em que as cultivares obtinham ambientes com condições parecidas a seu verdadeiro país de origem. Com isso, houve a criação da cultivar tropical para as regiões tropicais do solo brasileiro e, logo após, houve outras criações de novas cultivares que possam se adaptar às 14 demais localidades trazendo estabilidade. Vale ressaltar que o cultivo trouxe para o país um aumento no mercado de sementes dando estabilidade para uma maior exploração econômica em regiões onde as terras não tinham nada além de matas e cerrados (PONTES et al., 2009). Nesse sentindo, pode-se considerar que a cadeia produtiva da soja ajudou e ainda ajuda no setor econômico brasileiro, onde houve exploração para a implementação do cultivo em outras regiões com cultivares criadas para uma melhor adaptação e melhor produção, ressaltando que, além de ajudar no setor econômico do país, ajuda também no setor regional da localidade escolhida e o produtor responsável pelo cultiv,o usando as cultivares apropriadas e com técnicas de manejo mais eficazes para o plantio (HIRAKURI e LAZZAROTTO, 2014). Figura 1: Ranking da agricultura, valor de produção no ano de 2020 Fonte: CONAB (2020) Enfatiza-se a região Nordeste, o enfoque deste trabalho, é caracterizada como a terceira maior extensão do país como também a terceira maior economia. A sua participação na Produção interno Bruto Brasileiro (PIB) foi cerca de 13% no ano de 2008, porém, a região continua tendo o PIB mais baixo com um grande nível de pobreza. Sobre a produção de soja, é responsável por 17,3% do valor bruto da produção (VPB), obteve uma expansão anual de 26,9%. A Bahia passou a ter grande destaque mostrando representatividade na região, os principais municípios responsáveis da região baiana na produção de soja são: São Desidério, Formosa do 15 Rio Preto, Luís Eduardo Magalhães e Barreiras. Esses cinco municípios, juntos, possuem a responsabilidade de 75% da produção em todo o estado e 42,7% em toda região Nordeste (DE SOUZA, 2012). É perceptível que a região baiana tem se mostrado bastante produtiva no plantio da soja apresentando grande expansão como também demanda do produto em que tende a aumentar com o passar dos anos, um fator importante a ser considerado para fazer planejamentos de produção.Com esses bons resultados da produção de soja na região, haverá contribuição na melhora da economia do estado consequentemente ajudando a combater a fome e pobreza que afeta toda a região Nordeste em grande quantidade, pois o crescimento da economia além de importante, é indispensável para a redução da fome e pobreza no mundo. Vale ressaltar que, com o aumento do PIB de um país, em contribuição das atividades agrícolas, o efeito da redução da fome é bem maior se comparar ao aumento do PIB sem a contribuição das atividades agrícolas (BALERINI, 2013). 2.1.2 Cultura da Soja (Glycine max) A soja é uma planta de origem asiática, o seu cultivo é totalmente diferente se for comparado a uns cinco milênios atrás em que eram plantas tipo rasteirasdesenvolvidas próximas a rios e lagos, nomeada de soja selvagem (MOZZAQUATRO et al., 2017). Com o passar dos anos, a sua evolução começou com o surgimento de novas plantas das quais eram originárias do acasalamento natural entre duas sojas silvestres, também domesticadas e aprimoradas pelos chineses (MORAES et al., 2021). Como mencionado, é uma cultura de origem no continente asiático, mais especificamente chinesa, muito rica em proteínas, em que a sua introdução na agricultura foi feita há bastante tempo, com mais de 5.000 anos. O primeiro registro dos grãos da soja foi feito no livro “Pen Ts’ao Kong Mu” em que nesse livro havia descrições das plantas na China para o imperador Sheng-Nung. Sua introdução no Ocidente apenas ocorreu por volta do século XV, no continente Europeu com uma finalidade totalmente diferente da China, em que, no lugar do seu uso para a alimentação, era feito para decoração nos jardins botânicos da França, Inglaterra e Alemanha (BERTRAND et al., 1987). Ainda afirmam que, para os chineses naquele tempo, a soja era um dos grandes pilares da agricultura, junto com o cultivo 16 do arroz, trigo, cevada e milheto. Seu papel perante a sociedade era muito importante no país, pois era utilizada como objeto de empréstimo usuário e ainda era um dos principais alimentos acumulados pelos monges budistas. A cultura é típica de países temperados, foi tropicalizada e atualmente é uma das culturas que mais se estabeleceu no território nacional. O início do seu cultivo deu-se nos estados da região Sul nos meados de 1970, progredindo para uma expansão na região do cerrado a partir da década de 80. Em 1990 as áreas onde se encontravam o cultivo da soja já tinham um grande progresso na parte central do país sendo bem associado à expansão da lavoura da soja no cerrado. Com o passar dos anos e o progresso do cultivo, o Brasil nos anos de 2003 e 2004 se tornou um grande exportador mundial, representando respectivamente 8% das exportações (DOMINGUES et al., 2014). 2.1.2.1 Cultivares da soja O aumento das áreas cultivadas e o aumento de produtividade se deve ao melhoramento genético. O seu desenvolvimento, para a produção de novas cultivares, tendem a promover melhorias na cadeia produtiva com relação ao aumento e estabilidade da cultura. Entretanto, vale ressaltar a importância da avaliação dessas cultivares pelas regiões produtoras pelo fato de que os genótipos introduzidos podem afetar positivamente o desenvolvimento da planta em determinado local ou ser inviável em demais localidades (CORREIA et al., 2017). De acordo com os autores Silva e Duarte (2006), existem avaliações voltadas para a identificação de cultivares que possuem maior estabilidade no desenvolvimento e respostas previsíveis com relação às variações ambientais do qual vai depender do ambiente de cultivo que poderá influenciar positivamente ou negativamente nas características agronômicas da planta. As cultivares sejam do tipo determinadas, semideterminadas ou indeterminadas, possuem bom potencial de produção. Cultivares indeterminadas tender a ter um processo reprodutivo maior em que positivamente tendem a se recuperar melhor dos efeitos decorrentes do estresse hídrico, por escassez de água ou excesso. Necessitam de um cuidado maior se tratando de desfolha e controle de pragas nesse período (THOMAS, 2018). 17 Para a escolha da melhor cultivar que apresentará melhor desenvolvimento e desempenho por região deverá ser feita uma série de testes com outras cultivares fazendo, então, comparações com base nas características produtivas (CORREIA et al., 2017). 2.1.2.1.1 Cultivar RR A utilização da soja transgênica Roundup Ready© que possui resistência ao glifosato foi uma grande revolução no mercado mundial da cultura da soja. Sua implantação no Brasil teve autorização no ano de 2005, aprovada pela Lei da Biossegurança. Nessa cultivar há a inoculação da sequência CP4 EPSPS no genoma das cultivares comerciais, em que há a tolerância do ingrediente ativo do glifosato. A utilização do herbicida glifosato é aplicada na pós-emergência na cultura da soja RR, considerada como boa alternativa para o controle de plantas invasoras por causa da sua viabilidade econômica (GRIS et al., 2013). O glifosato é um herbicida que pertence ao grupo químico dos derivados da glicina, possui amplo aspecto e também não seletivo para o controle das plantas daninhas. Seu mecanismo de ação é capaz de inibir a enzima 5-enolpiruvil-chiqui- mato-3-fosfato-sintase (EPSPs) uma enzima que atua na biossíntese de aminoácidos aromáticos tais como a triptofano, fenilalanina e tirosina (CASTRO et al., 2017). O estado nutricional da soja RR pode ser influenciado pelo glifosato com uma diminuição nos teores da área foliar macro e micronutrientes. Os efeitos sobre a soja transgênica são dependentes dos fatores com relação à variedade, grupo de maturação e com a época de aplicação e dose, há também efeitos deletérios do efeito do glifosato com relação à nodulação, há muitas variedades da soja transgênica no território brasileiro (ZOBIOLE et al., 2012). 2.1.2.1.2 Cultivar de soja Intacta® O uso dos inseticidas é de grande ajuda ao combate no controle de pragas se forem usados de forma adequada, pois com o uso inadequado pode acarretar a ineficiência do controle e também pode afetar os inimigos naturais dos quais ajudam no controle das pragas, é importante dar entrada às estratégias para redução do uso 18 de herbicidas. Como alternativa há a utilização de cultivares resistentes a insetos, no caso da soja, fez-se o uso da tecnologia transgênica através da introdução de um gene que dão maior resistência às plantas da soja, então, chamada de Intacta® (GOFFI et al., 2017). Ainda, segundo Goffi et al., (2017) Plantas transgênicas possuem uma proteína chamada de Cry1Ac, é derivada da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt) oferece à soja maior resistência aos insetos praga da ordem lepdoptera que atacam a cultura da soja. Quando as lagartas forem se alimentar, ingerem essa proteína se ligará ao seu tubo digestivo acarretando a morte da praga, pois promove o rompimento da membrana do intestino médio. As cultivares da soja que possuem a tecnologia Intacta® ficaram disponíveis no Brasil há pouco tempo e o seu cultivo foi liberado de acordo com a legislação brasileira no ano de 2010, porém a sua introdução no mercado foi por volta do ano de 2013. Com essa tecnologia, espera-se que haja uma queda dos problemas causados pelas lagartas, como a lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis), falsa-medideira (Pseudoplusia includens e Rachiplusia nu), broca das axilas (Crocidosema aporema) e lagarta das maçãs (Heliothis virescens). Essa tecnologia permitirá que o produtor utilize menos inseticidas e como consequência positiva, a redução dos custos de produção da sua lavoura elevando a sua produtividade e lucro. Vale ressaltar que, para ter acesso e utilizar essa tecnologia, é imprescindível que se faça o pagamento de taxas tecnológicas chamados de “royalties”, onde eleva seu custo de produção (BASTOS,2020). 2.1.2.1.3 Cultivar de soja convencional As sementes de soja que não possuem nenhum tipo de melhoramento genético podem ser denominadas de convencionais. Seu cultivo em média necessita cerca de duas a três aplicações de defensivos em mistura e, com isso, há aumento do custo da mão-de-obra e da matéria prima durante todo o processo de produção (DE MELO et al., 2016). 19 Um dos motivos para que os produtores deixassem de usar, cada vez mais, sementes convencionais foi por causa do auto custo de herbicidas para plantas daninhas que afetam as propriedades, o difícil controle de pragas que, na maioria das vezes, adquirem resistência aos agrotóxicos obrigando os produtores a aumentarem as dosagens para que a safra de soja convencional não sejaperdida. Além do auto custo para a produção e manejo o uso excessivo de produtos químicos, afetam drasticamente todo o ambiente natural trazendo, então, a soja transgênica como uma melhor opção e solução para o problema, além de garantir maior produtividade (PELAEZ et al., 2004). 2.2 Caracterização da área de estudo - Município de Ribeira Do Pombal-BA Figura 2: Mapa temático da microrregião de Ribeira do Pombal-BA Fonte: GAMA e JESUS,2018. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a microrregião é pertencente à mesorregião Nordeste da Bahia com uma extensão territorial de 8.237,3 km², com uma população a cerca de 342.890habitantes (BRASIL, 2013; 2016), dividido nos municípios de: Adustina, Antas, Banzaê, Cícero Dantas, Cipó, Fátima, Heliópolis, Itapicuru, Nova Soure, Novo Triunfo, Olindina, Paripiranga, Ribeira do Amparo e Ribeira do Pombal totalizando em quatorze municípios respectivamente. O município de Ribeira do Pombal possui solos variáveis, distribuídos, ao extremo da região Nordeste de Podzólico Vermelho Amarelo., um pouco mais de 10%, 20 distribuído ao extremo Norte e Nordeste são de Podzólico Vermelho Amarelo Equivalente Eutrófico e, por fim, o Planossolo ao Leste com menos de 1% (EMBRAPA, 1973; EMBRAPA, 2006). De acordo com Gama e Jesus (2018), afirma sobre os solos do município em que se pode, então, concluir que os solos da região são constituídos por tipos arenosos, quartzosos, profundos, permeáveis, pouco férteis e sua distribuição de relevo muito plano além do Latossolo Vermelho Amarelo, em que também pode ser encontrado em áreas de vegetação de floresta, como em campo cerrado, em relevo que pode variar de plano a um forte ondulado, caracterizado por seu estágio avançado de intemperização que são, então, formados por boa parte da fração areia- quatzossa e argila com baixa atividade e baixa capacidade de troca catiônica. É Vermelho-Amarelo (LV), possui baixa presença do teor de ferro e valores da relação sílica/alumínio. O clima da região da área de estudo é tropical do tipo Bsh, podendo ser caracterizado como seco e quente, de acordo com a classificação Köppen. Sua localização se encontra na mesorregião do nordeste baiano, a 271 km de Salvador, na área do polígono das secas significando irregularidade na frequência das chuvas tendo como temperatura média anual de 23ºC a 24.4ºC (GAMA e JESUS, 2018). O clima tipo Bsh, ou seja, semiárido quente que está presente no Nordeste se caracteriza por pouca quantidade de chuva e distribuição, pouca nebulosidade, muita insolação, altos teores de evaporação assim como temperaturas médias elevadas, baixa umidade relativa do ar, pouca quantidade de chuvas durante o ano mesmo. Mesmo em épocas de chuva a irregularidade na distribuição da mesma ainda permanece podendo deixar de ocorrer e com isso gerar seca na região (GANEM, 2017). Segundo Dos Santos et al. (2012) com relação à precipitação da região, houve registros de chuva em todos os meses do ano, variado de 85,0mm para seu máximo no mês de abril e de 30,2mm para seu mínimo em outubro, podendo então totalizar cerca de 745,5 mm durante o ano. A seguir, tem-se a tabela com os dados pluviométricos do município de Ribeira o Pombal-Ba decorrente dos últimos 10 anos: 21 Tabela 1: Dados pluviométricos do município de Ribeira do Pombal-B; Fonte: INEMA http://www.inema.ba.gov.br Ao observar a tabela, nota-se que nos últimos 10 anos, houve variações nos índices pluviométricos do município, em que é perceptível uma diferença e variabilidade tantos nos meses quanto nos anos demostrando diminuição na quantidade de chuvas. É importante ressaltar que o conhecimento do comportamento das precipitações de um determinado local é de grande auxílio para poder auxiliar sobre os períodos mais críticos da localidade tendo condições para poder fornecer informações que ajude na redução das possíveis consequências causadas pelas inconstâncias das chuvas e secas (DE SIQUEIRA et al., 2007). ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL 2001 160,8 122,2 124,6 10,4 22,6 26,3 31,2 2001 194,2 49,5 25,5 15 46 76,8 35,2 36,2 35,5 0,8 15,5 66,5 596,7 2003 16,8 8,5 126,5 86,5 73,8 43,2 36,8 23 110,5 0 2004 42,8 173,2 2005 107,2 59,5 8,5 0 100,2 13,8 2006 5,5 7,8 19 83,8 54 163,5 72,2 50,8 60,2 73,8 29,2 37,5 657,31 2007 5,8 122 101,2 68,5 78,5 67,8 53,5 44,8 29,8 15,2 25,5 8,5 621,1 2008 23,8 40,5 72 35,2 123,2 64,8 55,2 44,8 23,8 1,8 3,8 47,5 536,41 2009 70,8 14,5 0,5 53 95,2 66,2 66,2 62,5 23,2 98,2 0 39,5 589,8 2010 26,5 15,2 98,8 194,5 30 96 217 43,8 63 2011 47,5 165,5 120,2 62,5 47,8 44,8 36 12,5 59,5 69,5 2012 5 23,5 19 38,8 58,8 2013 43,5 1 2 45,8 112 66,2 102,2 60 51,2 89,2 43,8 116,8 733,7 2014 5 31 48,5 57,8 53,2 77 92,2 60,2 25,8 45,2 79,5 35,8 611,2 2015 22,5 49 22,5 24,5 167,2 63,5 63,2 83,8 9,2 10,5 2016 237,8 45,8 17 13 3 11,5 2017 0,5 168 22,5 10,2 49 2019 170,6 11,2 6 186,2 145,8 63 25,6 40 41,8 2 2020 66 44,8 98,8 2,2 0 0 0 3,4 19,6 6,8 74 0,2 315,8 2021 14,4 32,6 22,8 75 54,8 125,4 37,4 Média 51,73 48,18 65,21 53,35 69,85 81,06 83,23 53,7 36,48 32,64 42,19 32,85 650,47 http://www.inema.ba.gov.br/ 22 2.3 Mudanças climáticas na agricultura da região Nordeste De acordo com Delazeri (2015) analisando os estudos do Intergovernment Panel on Climate Change (IPCC) um dos efeitos mais discutidos e debatidos com relação à atividade econômica sobre o meio ambiente, de fato, são as variações climáticas causadas pelos gases do efeito estufa (GEE´S). Tornaram-se, cada vez mais perceptíveis, que as atividades humanas alteram e contribuem para a concentração dos GEE´S. O quinto relatório de avaliação, o IPCC traz um cenário otimista em que haverá um aumento de temperatura de 1,7ºC relacionado aos níveis pré-industriais, se as emissões dos gases persistirem em relação à atualidade. Já numa visão e cenário pessimista, o aumento de temperatura pode chegar até 4,8°C onde os países ainda em desenvolvimento sofrerão as maiores consequências que os demais. A procura de meios e métodos que ajudem a reduzir as emissões dos gases do efeito estufa (GEEs) dos quais causam grandes danos ao meio ambiente é uma preocupação que também atinge o ramo empresarial, uma consequência dos impactos gerados tanto pelo aquecimento global quanto para as mudanças climáticas podendo destacar principalmente daqueles dos quais sua produção depende dos insumos naturais como seus principais recursos (DE ANDRADE et al., 2013). Com o aumento dos gases do efeito estufa na alta troposfera sendo associada com a destruição da camada de ozônio resulta numa transformação da composição da camada atmosférica e também do mecanismo de seus gases. Nessa direção, além do aumento da temperatura ser o indicador das mudanças climáticas, outros fatores podem indicar as mudanças tais, por exemplo, diminuição de 10% da neve de todo o planeta desde 1960 (QUEIRÓS et al., 2006). Os efeitos do aquecimento global podem afetar de forma significativa a produção de alimentos em que as perdas de produção alcançariam cerca de R$ 7,4 bilhões no ano de 2020, se agravando com o passar dos anos e esse valor aumentaria até R$ 14 bilhões até 2070. Tirando a cana-de-açúcar, todas as culturas seriam afetadas e consequentemente sofreriam uma redução das áreas de baixo custo podendo-se destacar: soja, milho e café. As culturas do milho, arroz, feijão, algodão e o girassol na região Nordeste sofrerão grande redução na área de baixo risco 23 acarretando também perdas de produção, já a mandioca obterá um ganho da área de baixo risco, porém na região perderia sua produtividade (MARENGO, 2014). No continente Brasileiro a elevaçãodo nível do mar pode afetar todas as regiões onde os desequilíbrios podem ocasionar alterações que causam aumento da ocorrência e intensidade de enchentes e épocas secas, maior expansão de doenças endêmicas, mudanças nos regimes hidrológicos, perdas na agricultura e as ameaças na biodiversidade. É perceptível que tanto o meio ambiente quanto o homem sentem os impactos causados pelas mudanças climáticas que preocupam toda a sociedade (DOS SANTOS et al., 2013). Assim, é perceptível que os impactos causados pela ocorrência das mudanças climáticas em todo o planeta são extremamente preocupantes, podem trazer transtornos e prejuízos na ordem econômica, social e no ramo agrícola da qual se beneficia e depende dos recursos naturais oferecidos pelo planeta. As mudanças climáticas produzem grandes impactos que não apenas podem como já possuem reflexos no meio ambiente onde essas mudanças vêm afetando padrões de precipitação e evapotranspiração nas regiões, onde tem repercutido e afetado em todo regime hidrológico, biológico e agrícola (PINTO et al, 2008). Esses impactos causados por conta dessas mudanças comprometem todo o funcionamento do ecossistema e agrossistema fazendo mudanças e alterações na oferta dos serviços ambientais onde consequentemente há redução do oferecimento de água, fertilidade, conservação do solo dos quais são de grande importância no ramo agrícola para o alcance de uma boa produção (DOS SANTOS et al., 2013). O Brasil possui grande influência e importância no ramo da agricultura, está entre um dos maiores produtores agrícolas do mundo. Isso pode ser explicado com relação ao país que possui diversos fatores contribuintes ao seu favor como vantagens no mercado, tais como as condições climáticas, pois em algumas regiões tendem a permitir produção ao longo de todo o ano, obtendo assim vantagens comerciais. Vale ressaltar que a prática da agricultura é dependente das condições ambientais, porém com o passar dos anos, houve mudanças no ecossistema em que atualmente presenciam-se mudanças dos eventos climáticos, desordenados com aumentos de temperatura, sazonalidade nos índices pluviométricos, derretimento das geleiras, casos de furacões, assim, há mudanças climáticas de todo o planeta (MORAES, 2011). 24 Ainda de acordo com Moraes (2011), é evidente que os fatores edafoclimáticos são essências para a agricultura, avalia-se, então, que qualquer alteração nos valores e condições climáticas podem afetar todo o zoneamento agrícola, produtividade e manejo que podem afetar modificando todo o cenário da agricultura trazendo consequências econômicas, sociais e, sem sombra de dúvidas, ambientais. As mudanças climáticas no Brasil interferem de forma negativa e dificulta o acesso à água. As rápidas alterações climáticas vindas no decorrer dos anos com combinações na forma da ausência ou então escassez das chuvas, altas temperaturas e altos índices de evaporação junto com as competições para obter recursos hídricos podem agravar de forma catastrófica uma crise. Vale ressaltar que aqueles mais afetados com todos esses acontecimentos são as regiões onde predominam maiores índices de temperaturas elevadas e baixas frequências de chuvas, ou seja, afetam a população mais carente como os agricultores do semiárido no Nordeste (MARENGO et al., 2011). Figura 3: Delimitação da região Semiárida brasileira. Fonte: (DELAZERI, 2015) As regiões semiáridas são conhecidas por possuírem baixas precipitações, deficiência hídrica, solos com baixo acúmulo de matéria orgânica e nutrientes, salientando que se caracteriza pelo alto índice de pobreza, altos índices de analfabetismo, indicadores socioeconômicos baixos, como também concentrada estrutura hídrica produtiva e social, boa parte situa-se mais no meio rural (TEIXEIRA e PIRES, 2017). 25 O Nordeste do Brasil possui cerca de aproximadamente 121.911.200hectares, 60.246.021 desses hectares é chamada de polígono das secas área que Ribeira do Pombal está localizada. As irregularidades das chuvas, assim, como temperaturas elevadas são características decorrentes que afetam oito estados que vão do Piauí até a Bahia e um estado localizado na região sudeste do país, Minas Gerais. Com relação aos fatores físicos característicos de uma paisagem semiárida, os solos rasos e pedregosos cobertos da vegetação caatinga trazem desafios ao homem que usava esses recursos para a sua sobrevivência (RAMALHO, 2013). Para Pereira e Gonzalez (2014), as regiões Norte e Nordeste do país são as regiões que possuem mais vulnerabilidade e as que mais são afetadas com relação as mudanças climáticas. Se tratando da região Nordeste a quantidade das chuvas diminuiriam cerca de 2-2,5 mm/dia até 2100, consequentemente afetaria, de forma negativa, a agricultura e as pastagens não se esquecendo que também atinge o pastoreio dos animais em campo. Especificamente, o semiárido tem sua história voltada para a variabilidade climática em destaque as secas. O semiárido é uma região com bastante insolação e temperaturas elevadas com 300mm e 800mm em média. Contudo, há dois problemas a retratar: um deles é grande variabilidade interanual e intra-anual, em que alguns anos pode chover muito pouco, em poucos meses ou então semanas. O outro problema são as altas taxas de evapotranspiração, resultam que o balanço hídrico seja negativo em boa parte do ano (MENZES et al., 2011). Além da insegurança hídrica que os efeitos da escassez de água trazem para a agricultura, há tendências de sofrerem com o aumento das temperaturas e consequentemente aumento da evapotranspiração, substituindo a vegetação semiárida para uma vegetação de ambientes áridos. Esses acontecimentos tendem a resultar em situações onde o mapa agrícola é afetado e a segurança alimentar tende a diminuir, além de trazer resultados negativos com semelhança à relação comercial em que a exportação de alimentos tende a cair (ROJAS e FABRE, 2017). Diante do que foi exposto, é possível perceber que, conforme os acontecimentos do aumento de temperatura e a diminuição da disponibilidade hídrica na região semiárida, as mudanças no clima tendem a afetar e piorar de forma negativa as condições climáticas, sociais e econômicas. Da quais agravam as questões de pobreza, desigualdade de renda relacionadas às diversas variações climáticas 26 resultando na desistência dos moradores a permanecerem na zona rural fazendo com que migrem para localidades urbanas. 2.4 Fatores que influenciam a produtividade da soja Para obter uma lavoura com população adequada, depende de muitos fatores, que variam de um bom preparo do solo, semeaduras feitas em épocas onde há melhor e maior disponibilidade hídrica, a utilização correta de herbicidas, regulagem da semeadora como a densidade e profundidade e, por fim, a obtenção de sementes com alta qualidade e procedência (VAZQUEZ et al., 2008). Segundo Vivan et al. (2013), a produtividade de uma cultura pode ser definida pela interação genótipo ambiente, ou seja, entre o genótipo da planta, o ambiente de produção e o seu manejo, então, quando ocorre a indisponibilidade de um desses fatores para o desenvolvimento, a tendência é o surgimento da interferência dos resultados, em que pode haver perdas na produção. Vale ressaltar que é importante obter o conhecimento dos estádios de seu desenvolvimento e a fisiologia onde juntos às interações com o ambiente possam alcançar elevados níveis de produtividade. Diante disso, é essencial fazer o zoneamento agrícola para cada região que determinará a melhor época de semeadura para cada município e, assim, possa permitir um melhor desenvolvimento do cultivo. O fotoperíodo e a temperatura possuem grande influência sobre o número de primórdios reprodutivos e a taxa de desenvolvimento, estes refletem na estatura de planta o ciclo e o seu potencial na produtividade de grãos(PEDROTTI, 2014). Conforme Wink (2017), a fenologia depende de vários fatores agrometereológicos em que as plantas possuem certa sensibilidade em cada estádio que se encontra do seu desenvolvimento. A ideia é, para poder otimizar a produtividade, é imprescindível que haja coincidência com os estágios fenológicos críticos junto com as condições do ambiente mais favoráveis diminuindo o estresse nos estágios mais vulneráveis e sensíveis. O autor ainda enfatiza que, dentro dos fatores limitantes para a produção de soja, pode-se dar destaque a época de semeadura, cultivares, adubação e o arranjo de plantas. Para mais precisão sobre os fatores limitantes, vale ressaltar a falta da 27 integridade da área foliar, a captação da luz solar e a capacidade da translocação dos fotoassimilados. 2.4.1 Morfologia, fisiologia da soja e fenologia A soja é um vegetal herbáceo pertencente à família das Leguminosas, possui caule híspido, não muito ramificado com raízes do tipo pivotante, seu caule é do tipo herbáceo, ereto, revestido de pelos com altura média de 0,5 a 1,5 m. Possui três tipos de folhas: que são as cotiledonares, as simples e as trifolioladas. Suas folhas são do tipo alternadas, com pecíolos grandes de 7 a 15 cm de comprimento, suas flores são de fecundação autógama, com cores que variam de branca, roxa ou intermediária. Essa cultura desenvolve vagens levemente arqueadas que, de acordo com o amadurecimento, ocorre a mudança da cor verde para um marrom-claro, contendo de uma a cinco sementes lisas, elípticas ou globosas, com coloração amarelo pálido, de hilo preto, marrom ou amarelo-palha (SILVA, 2018). As sementes são arredondadas, achatadas ou então, alongadas de cores e tamanhos diferentes (NOGUEIRA et al., 2013). As flores da soja podem ser completas ou perfeitas, possui cálice e corola e órgãos sexuais que são o gineceu e androceu, então, hermafrodita e esse tipo de flor favorece autofecundação. Possui tamanho variando entre 3 a 10mm, inflorescência ocorre na parte das axilas das folhas como também na parte do ápice das ramificações do caule. A abertura das flores ocorre no período da manhã, influenciada por questões da temperatura e humidade (VIEIRA et al., 2010). Figura 4: Plântula da soja. Fonte: (Farias, 2007) 28 A semente da soja possui a germinação do tipo hipógea, os cotilédones continuam abaixo do solo e não há o desenvolvimento do hipocótilo e sim o do epicótilo. Os cotilédones são mais carnosos e ricos em nutrientes onde são usados para a germinação e no estabelecimento inicial. Vale ressaltar que necessitam de menos nutrientes para o desenvolvimento geralmente são encontrados em solos mais pobres. Essas espécies também não precisam de tanta luz para seu estabelecimento. Tais plantas que possuem esse tipo de germinação se estabelecem de forma mais lenta, porém em compensação crescem mais rápido do que plantas com germinação epígea, depois da fase de estabelecimento (GURGEL et al., 2012). Para a implantação de uma lavoura, um dos pontos que devem ser bastante considerados e de grande importância é o vigor das sementes, pois é um dos principais atributos com relação à qualidade fisiológica. Sementes que possuem baixo vigor tendem a não alcançar boa produtividade principalmente no crescimento inicial da cultura (SCHEEREN et al., 2010). Os processos fisiológicos tanto da germinação quanto o vigor são influenciados pelos teores de proteínas, lipídios, amido e açúcares onde as sementes de baixo vigor tem uma velocidade de emergência inferior comparada com sementes de alto vigor. As sementes de soja, vindas de outras cultivares, podem ter uma variância com relação à composição química por causa das condições ambientais da qual possa estar inserida com potenciais reflexos em relação à qualidade fisiológica (DELARMELINO-FERRARESI et al., 2014). As plantas da soja possuem duas fases do seu desenvolvimento: a vegetativa representada pelo V e a reprodutiva representada pelo F. Na fase vegetativa é subdividida em V1, V2 e V3 indo até o Vn. Os dois primeiros estádios não contam, pois ambos são caracterizados como estádio de emergência e estádio de cotilédone (VE e VC). O Vn caracteriza o último nó formado onde “n” variar em função das condições do ambiente que se encontra (FARIAS et al., 2007). Retrata, ainda, que esse sistema de divisão dos estádios da soja em reprodutivos e vegetativos são uma metodologia proposta pelos estudos de Water R. Fer e Charles E. Caviness em 1977 os estádios são de grande utilidade para pesquisadores, agentes das assistências tanto técnicas quanto públicas e privadas, extensionistas e produtores. Utiliza-se em todo mundo apresentando todas essas características. 29 : Figura 5: Estádios vegetativos da cultura da soja fundamentado na escala fenológica de Water R. Fer e Charles E. Caviness Fonte: (FARIAS et al, 2007). O estádio vegetativo representa a emergência dos cotilédones, depois da emergência o hipocotilio que está curvo se endireita, para seu crescimento e os cotilédones se abrem e também se expandem. No estádio VC os cotilédones estão abertos e expandidos, os seus bordos e as folhas unifolioladas não se tocam, porém a planta continua dependente das reservas dos cotilédones para as suas necessidades nutricionais (FARIAS et al., 2007). Tratando-se dos estádios reprodutivos da cultura da soja eles se constituem de quatro fases do seu desenvolvimento reprodutivo que são as fases do florescimento que vai do estádio R1 ao R2, o desenvolvimento da vagem ocorrendo do estádio R3 e R4, os desenvolvimentos dos grãos com os estádios R5 e R6 e por fim, a fase de maturação da planta, concluída pelos estádios R7 e R8 (BERNIS e VIANA, 2015). Durante todos os estádios, é importante que a planta esteja nutrida com boa disponibilidade para a absorção de água e nutrientes através do solo ou então via foliar. Cada nutriente possui um papel com relação ao metabolismo das plantas, qualquer desequilíbrio do seu fornecimento podem causar sérios danos ao desenvolvimento como também poderá causar a morte. O nitrogênio é o nutriente da qual a planta mais necessita, pois constitui-se de ácidos nucleicos, proteína e as moléculas. Por causa do seu alto teor de proteínas nos grãos, consequentemente há uma demanda maior da necessidade do Nitrogênio (BERNIS e VIANA, 2015). 2.4.2 Metabolismo É uma planta do metabolismo fotossintético tipo C3, em que plantas pertencentes a este ciclo fotossintético recebem esse nome pelo ácido 3-fosfoglicérico, formado após a fixação do CO2 abrangendo aquelas plantas que possuem somente a enzima Rubisco, que pertence ao Ciclo de 30 Calvin, uma alternativa para a fixação do carbono. As taxas de fotossíntese dessas plantas são elevadas o tempo todo, atingem as taxas máximas de fotossíntese em baixos índices de radiação solar. Vale ressaltar que são consideradas espécies que consomem muita água (VIEIRA et al., 2010). Os estômatos de plantas C3 se abrem durante o dia, quando a absorção de CO2 torna-se necessária para que possa realizar a fotossíntese. A abertura dos estômatos ocorre em um período que necessita de grande demanda respiratória onde a captação do CO2 para o processo fotossintético vem acompanhado de uma alta perda de água (SILVEIRA, 2013). A perda de água decorrente da evaporação, principalmente da área foliar, via os estômatos abertos para a atmosfera se chama transpiração, quando gera tensões na translocação da água na planta e também do movimento passivo da água do solo para a planta. Ao sofrer com a menor disponibilidade de água, consequentemente ocorrerá uma certa diminuição da passagem de água para a atmosfera vindo da planta em que consequentemente acarreta um novo ajuste metabólico. Quando ocorre o fechamento estomático, apresenta-se como uma resposta ao déficit hídrico que a planta sofre no campo onde geralimitação da difusão do CO2 para dentro das folhas como também para evitar maiores perdas de água (FERRARI et al., 2017). De acordo com Ferrari et al (2017), a difusão do CO2 é restringida acarretando numa baixa concentração interna, afeta a fotossíntese da planta fazendo com que haja uma diminuição, prejudicando o funcionamento do rubisco. Grandes concentrações do CO2 na atmosfera favorecem o desenvolvimento das plantas, o mesmo é um componente básico da fotossíntese, o aumento da sua concentração pode então promover alterações no metabolismo , crescimento e também nos processos fisiológicos (LESSIN e GHINI, 2009). O CO2 sob altas concentrações pode aumentar a fotossíntese líquida de plantas com metabolismo C3 porque a enzima Rubisco participa tanto fixação de CO2 quanto na fotorrespiração. Assim, quando ocorre um aumento da concentração ambiente do CO2 também aumenta a concentração interna de CO2 e também a proporção CO2/O2 no sítio do Rubisco favorecendo a carboxilação sobre a oxigenação na ribulose1,5-bifosfato. Vale ressaltar que as elevadas concentrações do CO2 conseguem incrementar na assimilação em plantas tipo C3 pelas razões da redução da fotorrespiração e o aumento da disponibilidade do substrato Rubisco (FEITOSA, 2014). 31 Figura 6:Rendimento comparado de plantas C3 e C4 Fonte: BUCKERIDGE et al (2009) Em resposta à diminuição da quantidade de água fornecida no solo resulta no processo de expansão celular, processo do qual depende da turgência da planta. Quando ocorrem situações em que o déficit hídrico é mais severo, outros processos fisiológicos são afetados tais como: efeitos no acúmulo dos assimilados, redução da taxa de assimilação do carbono e o aumento da taxa respiratória (FIOREZE et al., 2011). 2.4.3 Clima e temperatura A cultura da soja possui melhor adaptação em regiões que possuam temperaturas entre 20°C e 30°C. 25°C é a temperatura para uma emergência rápida e uniforme. As regiões que tenham temperaturas menores que 10°C não são boas para o cultivo da soja, pois suas baixas temperaturas interferem no crescimento e desenvolvimento. A soja apenas florescerá se for induzida a temperaturas acima de 13°C mas, se for submetida a temperaturas acima de 40°C, ocorrerá o efeito adverso na sua taxa de crescimento, acarretando distúrbios na floração consequentemente a diminuição na altura da planta e diminuição da capacidade de retenção das vagens. Temperaturas elevadas também podem ocasionar maturação acelerada da soja, e quando associadas a alta umidade podem interferir na qualidade dos grãos. Todos esses problemas podem se agravar ao mesmo tempo, se a cultura sofrer déficits hídricos (FARIAS et al., 2007). Segundo Soares (2016), temperaturas muito altas interferem na germinação do polém como também no crescimento do tubo polínico, além disso, os fatores de temperaturas elevadas prejudicam o crescimento vegetativo. As temperaturas mais amenas reduzem as atividades fotossintéticas e também o crescimento da planta por causa da diminuição da ativação e atividades 32 das enzimas diferente do que ocorre quando estão elevadas onde o primeiro efeito a acontecer é o processo de fotólise da água. O desenvolvimento reprodutivo da soja é o período mais sensível ao estresse, pois quando acontece durante o florescimento e a formação das vagens (estágio R1- R4) há interferência no número de sementes e quando é no processo de enchimento de grãos (estágio R5-R6) acontece a redução da massa de sementes. Dito isto, para que haja melhor aproveitamento do desenvolvimento da cultura e seu rendimento, é essencial que se tenha o máximo do aproveitamento das condições climáticas oferecidas. E importante que o plantio seja feito em datas que se coincidam com os períodos críticos da soja junto com os de máxima disponibilidade hídrica. A duração dos subperíodos das fases do ciclo vegetativo da cultura depende da temperatura da qual é induzida em que estes subperíodos tendem a obter um decréscimo à medida que há aumento das temperaturas. A soja tem sensibilidade ao fotoperíodo essa sensibilidade pode variar de acordo com as cultivares. Plantas que possuem sensibilidade aos fotoperíodos são denominadas de plantas de dias curtos por terem o seu florescimento induzido quando há diminuição do fotoperíodo igual ou então maior do que a cultivar exige. Com o avanço de novas tecnologias, há programas de melhoramento genético em que foram obtidas plantas com genes capazes de prolongarem o período juvenil e serem adaptadas a regiões tropicais (EMBRAPA 2011). 2.4.4 Estresse hídrico e irrigação O início do estresse hídrico se dá quando a planta para de fazer ajustes dos processos relacionados a absorção de água e transpiração e com isso, ocorrerá a limitação da transpiração pelo fato da ausência e água no solo. A planta vai possuir uma taxa de transpiração maior do que a taxa de absorção, nesse sentido, haverá perda de turgência tanto das células quanto dos tecidos vegetais. É importante saber que o estresse hídrico pode ocorrer de duas formas diferentes no solo que são a inundação ou estar seco. O solo estando seco pode-se, então, caracterizá-lo como um déficit hídrico (LOPEZ e LIMA, 2015). O déficit hídrico é o principal responsável pela perda de produção da soja, esse problema está associado ao fato de que na germinação-emergência tanto o excesso quanto o déficit de água ambos são prejudiciais para a obtenção da uniformidade na população de plantas. A semente no mínimo precisa absorver cerca de 50% de seu peso em água para que se tenha uma boa germinação, com relação ao conteúdo de água no solo o mesmo não pode ultrapassar os 85% 33 do total máximo de água disponível, mas também não pode ser inferior a 50%. A necessidade de água que a planta precisa, aumenta de acordo com o seu desenvolvimento, atingindo o seu máximo durante a floração-enchimento de grãos cerca de 7 a 8 mm/dia (BUAINAIN e VIEIRA, 2011). Quando é submetida ao estresse, causado por deficiência de água, a planta possui pouco desenvolvimento, apresentando pequena estatura, diminuição da área foliar , os entrenós curtos, os tecidos vegetais tendem a ter um aspecto de murcha e os folíolos se fecham para diminuir a exposição da área foliar. Com a severidade do estresse, ou seja, com o agravamento das secas em muitos casos pode acarretar a morte da planta (FERRARI e SILVA, 2015). A ocorrência de estresse hídrico na planta causa uma redução do potencial de água via foliar como também abertura dos seus estômatos, consequentemente haverá menor regulação dos genes que estão relacionados à fotossíntese e acesso ao CO2 (BARBOSA, 2017) Para alcançar o máximo do potencial da produtividade de grãos, a soja necessita entre 450 e 850 mm por ciclo. A variabilidade da distribuição das chuvas também é um fator limitante para o desenvolvimento da planta. Quando as instabilidades das precipitações aumentam, buscam-se alternativas para amenizar ou solucionar o problema, uma delas é o uso da irrigação (SILVA, 2011). É perceptível que a falta de água é extremamente prejudicial para o desenvolvimento das plantas, assim, os produtores devem buscar melhorias com relação a este, adquiridas para minimizar tais problemas que se forem manejadas de forma correta podem, então, repor a água perdida pelo processo de evapotranspiração, evitando que a planta entre em estresse (BARBOSA, 2017). De acordo com Gava et al (2016), uso da irrigação é umas das práticas mais eficazes para se obter melhorias com relação à produtividade e qualidade dos grãos tendo como uma boa vantagem é que as áreas irrigadas não terão problemas com relação às plantas não competirem por água. Vale ressaltar que a cultura da soja (Glycine Max, (L.) Merrill.) é uma planta que possui resistência ao estresse hídrico, porém essa condição não pode ocorrer nos estádios críticos da plantatais como na sua fase inicial, na fase de floração e enchimento de grãos. Segundo Barbosa (2017), com relação à Agência Nacional de Águas – ANA , o território nacional possui cerca de a 29,6 milhões de hectares que podem ser irrigados, porém, apenas 6,11 milhões possuem o sistema de irrigação. Para que se possa aumentar a área irrigada é necessário conscientizar os produtores da importância do correto manejo de irrigação nas lavouras, feito isso, os resultados obtidos podem chegar até 90% de toda eficiência no uso dos recursos hídricos. 34 Nessa ótica, é essencial que seja determinado qual o momento ideal para fazer a realização da irrigação nas propriedades. Na irrigação há discussões sobre a possibilidade de evitar as perdas na produção da soja utilizando a irrigação suplementar que consistirá na irrigação ser feita nos períodos mais críticos da cultura e estando sob condições de déficit hídrico. A quantidade de água na irrigação deve atender as necessidades da cultura de forma sustentável, planejada tanto para localidades com chuvas significativas quanto para localidades com mais escassez (SILVA et al, 2020). A escolha do método de irrigação a ser usado na área deve ser baseada de acordo com as condições econômicas, ambientais, na viabilidade técnica e nos benefícios sociais. Estão incluídos nos métodos de irrigação por aspersão em que a água é expelida para o ar pelo aspersor simulando uma chuva artificial e o de irrigação localizada. No método da irrigação localizada a água é aplicada no solo diretamente na raiz da planta em menor intensidade e com maior frequência (PIMENTEL, 2021). 2.4.5 Plantio A época de semeadura e o arranjo espacial são características que devem ser colocadas em práticas e obterem total atenção pois ambos os fatores afetam o rendimento, a arquitetura e o comportamento da planta. Com relação ao fator econômico a época de semeadura é a prática de manejo da qual melhora o desenvolvimento e o rendimento dos grãos com um número menor de recursos. Por isso, é de grande importância o estudo da época de semeadura (MEOTTI et al, 2012). Plantas que estejam mal distribuídas em campo não aproveitam os recursos disponíveis tais como água, luz e nutrientes. Os espaços vazios entre as plantas facilitam a infestação de plantas daninhas e diminui o porte da soja e com essa redução acarreta redução da produtividade além de dificultar a colheita mecanizada (GIBBERT et al, 2018). O cultivo da soja pode ser feito pelo sistema de plantio direto e o convencional, em que o Sistema de Plantio Direto(SPD) é de manejo em que a palha e os restos vegetais são deixados propositalmente na superfície do solo, revolvido no sulco em que são depositadas as sementes e os fertilizantes, diferente do plantio convencional utilizado técnicas para o preparo do solo e controle fitossanitário, fazendo arações e gradagem em que removem a vegetação do terreno, fazem destorroamento e 35 nivelamento, a semeadura, adubação e passada a etapa de plantio as culturas podem então ser tratadas (FERREIRA et al, 2015). O sistema de plantio direto torna-se uma boa opção para o cultivo da soja, pois durante os períodos de seca, as plantas de cobertura do solo protegem a planta contra variações de temperatura, diminui a evaporação de água, aumenta a infiltração da água no solo, aumenta, assim, o teor de água disponível para as plantas, resultando em maior resistência nos períodos de déficit hídrico. Vale ressaltar que nos períodos chuvosos, a cobertura do solo reduz os impactos das gotas de chuva diminuindo as perdas de solo pela erosão (PIRES et al., 2015). Figura 7: Soja sob plantio direto Figura 8: Solo arado e gradeado Fonte: KURTZ, Paulo Odilon Fonte: Ramon Costa Alvarenga Para que esse sistema seja efetivado, é fundamental que se solucionem os problemas por ocasião da sua instalação como os de compactação do solo, baixa disponibilidade de matéria orgânica, pouca fertilidade, presença de plantas daninhas, maior consumo de energia ocasionada pela escolha inadequada de maquinários. O revolvimento do solo deve ser mínimo, as máquinas para a semeadura devem cortar a palhada superficialmente e abrir o sulco para colocar o fertilizante na dosagem certa como também a profundidade e posições corretas. Logo após, o sulco deve ser fechado e em seguida, aberto para que as sementes possam ser colocadas (CASÃO JUNIOR e CAMPOS, 2004) É importante que se faça a correção da acidez do solo, através da calagem, pois esse é um dos primeiros passos para poder alcançar e adquirir altas produtividades em áreas recém descobertas, lembrando de não haver descuido em áreas já cultivadas. A disponibilidade de nutrientes no solo também é um dos fatores que mais afetam a produtividade, pode se apresentar naturalmente elevado, como 36 também pode-se construir ou, então, recuperar fazendo o manejo correto do solo (OLIVEIRA et al., 2008). Para ocorrer uma boa condução da lavoura de soja foram geradas novas tecnologias de plantio em que se destacam gradativamente, como o plantio cruzado, plantio em fileira dupla e plantio adensado. Independentemente de qual escolha seja feita o plantio deve possuir um bom manejo e planejamento adequado, pois esses dois fatores são quem determinam o sucesso ou insucesso da produtividade de qualquer lavoura (BISINELLA e SIMONETTI, 2017). O plantio cruzado possui a finalidade de obter ganhos produtivos, esse tipo de semeadura tende a distribuir as sementes em linhas paralelas da mesma forma que é realizado o método convencional, seguida de uma nova distribuição na área, em sentindo perpendicular ao primeiro plantio às linhas formam um ângulo de 90º desenvolvendo como se fosse uma linha de xadrez. Há também relatos que a produtividade da soja aumenta quando se faz uma redução do espaçamento entre linhas junto com à redução da densidade proporcionado melhor distribuição das plantas e produtividade (ANDRADE et al., 2016). Segundo Carvalho et al. (2013), no método convencional geralmente utilizam- se combinações de espaçamentos de 40 a 50 cm com a população de mais ou menos 40 plantas. No método da redução do espaçamento entre linhas tem sido uma prática vantajosa em que muitos experimentos obtiveram rendimentos. O adensamento de plantas provoca aumento de temperatura e umidade do ar, proporcionando ao ambiente o desenvolvimento de doenças, pois promove aos patógenos um ambiente favorável para a disseminação e maximização da infestação (ROESE et al., 2012). A semeadura feita em fileira dupla, permite haver alta intensidade de penetração de luz, de agroquímicos no dossel, ocasionando um aumento a taxa fotossintética, sanidade e a longevidade das folhas próximas ao solo podendo melhorar e acelerar a produtividade dos grãos de soja. Esse tipo de semeadura é feito em muitos países podendo destacar como principal os Estados Unidos. A probabilidade de infestação de plantas daninhas nesse arranjo pode ser maior por causa do menor fechamento do dossel referente ficarem mais expostas à luminosidade (BALBINOT et al., 2014). 37 2.4.5.1 Rotação de culturas A rotação de culturas tem recebido reconhecimento com o passar do tempo mediante o ponto de vista técnico se tratando de um cultivo de desenvolvimento sustentável. Nessa ótica, é primordial o uso de várias culturas com diferentes raízes agressivas e abundantes, uma vantagem para o produtor tendo como destaque o aumento da produção de grãos (THOMAS e COSTA, 2010). Aderiu-se, no Brasil, o sistema de rotação de culturas por causa do sistema de plantio direto, este é um dos princípios básicos do sistema. A rotação de culturas não consiste em fazer isto com diversas culturas em uma área, envolve um bom manejo para que dê certo.A utilização de material orgânico é indispensável para esse processo, pois os restos vegetais que ficam sobre o solo se decompõem contribuindo para a fertilidade do solo junto ao desenvolvimento da planta (AMADO et al, 2002). O sistema de plantio direto unido ao sistema de rotação de culturas dá ao solo melhor estrutura, em que se deve atentar à escolha da cultura, à matéria orgânica do solo e à sua textura, pois esses três fatores são muito importantes para atender a boa produtividade. Bons cuidados com o solo e o correto manejo irão influenciar sobre qualidade e estrutura em relação à água, nutrientes e desenvolvimento das raízes (MOTTIN et al., 2016). A rotação possui muitas vantagens com relação à monocultura sendo um deles a infestação de plantas daninhas. A monocultura favorece a incidência das plantas invasoras, surgimento de pragas e doenças dentro da lavoura. Contudo, a rotação é bem-vinda e traz muitos benefícios se tratando do solo diminuindo as pragas, doenças, incidências de plantas daninhas, consequentemente também diminuirá nos custos (Santos et al., 2014). Feita de forma correta e bem planejada, essa prática acarreta em resultados positivos como a dependência de insumos. Esses resultados ocorrem em consequência da promoção de nutrientes, a eficiência do ciclo e o uso dos recursos naturais como a água da qual auxilia na manutenção de produtividade do solo e também no controle de pragas e doenças. Pode também influenciar na ocorrência de algumas plantas daninhas, pois alguns organismos se desenvolvem mais uma planta do que em outra (MELLO, 2015). A escolha correta das espécies para a cobertura de solo para a rotação precisa ser adaptada para cada região, com ciclos compatíveis com a entre safra das 38 principais cultivares comerciais com resistência a pragas, doenças, raízes profundas que possam romper a compactação do solo e produzir biomassa que proporcione cobertura do solo. As espécies mais indicadas a serem utilizadas como adubo verde são aveia, milheto, diversas espécies de forrageiras, tremoço e girassol. O tremoço possui grande capacidade de fixação de nitrogênio do ar. Se tratando dos benefícios decorrentes pela utilização dessas culturas, vale ressaltar a elevação do teor de carbono no solo e menores perdas por lixiviação dos nutrientes solúveis em forma de nitrato (GONÇALVES et al., 2007). SOJA MILHO TRIGO TREMOÇO Tabela 2: Esquema ilustrativo da rotação de culturas Fonte: Criação do autor (produzido em 2021) 2.4.5.2 Consórcio O consórcio propõe o cultivo de mais de uma espécie em uma determinada área afim de obter maior produtividade. A exigência nutricional das plantas consorciadas pode sofrer alterações por conta da interação das plantas em comparação à adubação feita na monocultura. No consórcio, a soja se beneficia fornecendo nitrogênio vinda da fixação biológica que atende a sua exigência, além de melhorar a fertilidade do solo, o ponto negativo é que a fixação biológica feita pela cultura não atende às necessidades de consorte e, além disso, é essencial fornecer adubações com outros nutrientes com maiores teores (MARQUES et al., 2021). De acordo com Cunha et al., (2014) na maioria dos estudos feitos, são usadas na adubação dos consórcios iguais dosagens de nutrientes recomendadas na monocultura. Assim, corrigidas nutricionalmente, as plantas em consorte tendem a ter maior índice de produção e de rendimento podendo ser então destinadas à nutrição animal. O consórcio de milho e soja se torna viável para a produção e silagem sendo esta uma boa estratégia para a alimentação animal em sistemas de criação intensiva para 39 a produção de carne e leite, pois permite a armazenagem em grande quantidade no intuito de fornecer aos animais nas épocas em que a forragem se encontra mais escassa e com baixa qualidade nutricional (KLEIN et al., 2018). Para o sucesso no estabelecimento do consórcio, é importante cautela na escolha das cultivares visando entender que haverá competitividade entre as plantas por espaço e recursos para o desenvolvimento e crescimento das plantas. Nessa análise, é essencial haver grau de compatibilidade, característica de crescimento e as competições por água, luz e nutrientes para que não haja interferência na produtividade (HIRAKURI et al., 2012). Para a consorciação com a soja, é importante o uso de cultivares adequadas e adaptadas a esse tipo de sistema, isso se dá pelos motivos de que o consorciamento de culturas possui características fisiológicas distintas dos monocultivos e necessita de cultivares com diferentes comportamentos no intuito da adequada adaptação ao consórcio (DE REZENDE et al., 2011). De acordo com Garcia (2016), a utilização de leguminosas consorciadas com gramíneas é uma estratégia para a fixação biológica de Nitrogênio que auxilia os teores e a disponibilidade do mesmo no solo, deixando disponível para a próxima cultura sucessora no sistema de plantio direto além da possibilidade da ensilagem do material no intuito de buscar um alimento de boa qualidade nutricional. Além de poderem contribuir com a fixação de nitrogênio, as leguminosas podem induzir a solubilização e o acúmulo de outros nutrientes na rizosfera como também nos vegetais que estão acima do solo. Essas também podem diminuir a emissão dos gases do efeito estufa como o dióxido de carbono e o oxido nitroso comparado com a fertilização mineral com nitrogênio, obtendo um papel importante com relação ao sequestro de carbono no solo (MORAIS e MEURER, 2015) 2.4.6 Adubação As plantas retiram da natureza todos os nutrientes dos quais são necessários para seu total desenvolvimento e sobrevivência, tendo os orgânicos como o Carbono (C), Oxigênio (O), Hidrogênio (H) e os minerais. São divididos em dois grupos que são os macronutrientes e os micronutrientes. (Ca), Magnésio (Mg) e Enxofre (S). E os micronutrientes, classificam-se o Boro (B), Cloro (Cl), Cobre (Cu), Ferro (Fe), Manganês (Mn), Molibdênio (Mo), Zinco (Zn) e Níquel (Ni) (DOMINGOS et al., 2015). 40 Na cultura da soja, o Nitrogênio (N) é o nutriente do qual possui maior demanda e quantidade principalmente na fase reprodutiva, a maior parte está destinado para os grãos, enquanto a menor fica distribuída entre as folhas, caules e raízes. A adubação nitrogenada feita por fertilizantes não é tão utilizada pelos agricultores, pois a fixação biológica desse macronutriente tornou-se uma melhor alternativa para o seu fornecimento. Assim, a inoculação das bactérias do gênero Bradyrhizobium são utilizados, mas existem fatores que podem atrapalhar o funcionamento adequado das mesmas com relação ao processo de fixação de nitrogênio tais como: estresse hídrico, solos encharcados, compactação e níveis de acidez e fertilidade muito baixos. Quando se está submetida às condições impróprias para um bom funcionamento dessas bactérias, o fornecimento de nitrogênio via fertilizantes torne-se uma alternativa eficiente para as lavouras (BAHRY et al., 2013). Segundo Tavares et al., (2013) depois do Nitrogênio, o potássio é o segundo nutriente mais absorvido pela planta na cultura da soja, possui atuação em muitos aspectos estruturais, fisiológicos e bioquímicos das plantas. Uma suplementação adequada contribui na estrutura da planta em que ajuda a dificultar na penetração de patógenos e diminui a incidência ao acamamento. Apresenta ação enzimática como é um dos responsáveis pela abertura e fechamento dos estômatos e faz a regulação osmótica dos tecidos. A deficiência desse nutriente causa clorose interneval, necrose nas bordas no ápice das folhas mais velhas. Ainda é retratado que junto com a baixa disponibilidade desse nutriente há também as chances das perdas ocorrerem por lixiviação quando é aplicadodiretamente no solo, principalmente se este solo for arenoso, é importante reforçar e potencializar a importância do conhecimento e estudos sobre alternativas de formas como também fontes de aplicação para diminuir as perdas e os problemas envolvendo a adubação com potássio (TAVARES et al., 2013). O desenvolvimento da parte aérea da planta depende do sistema radicular com relação ao seu crescimento e também estabelecimento. A planta precisa de altas dosagens de fósforo no solo já no início do seu crescimento porque no estádio inicial do seu desenvolvimento, tem pouca capacidade de exploração no solo. Sua deficiência pode afetar a fotossíntese e a respiração, além da síntese do ácido nucleico e da proteína. Sua deficiência tem como resultado baixa estatura das plantas, emergência tardia das folhas, menores brotos, menor desenvolvimento das raízes e 41 por consequência perdas em toda a produtividade (HANSEL, 2013 ;GRANT et al., 2001). O enxofre é absorvido na forma de sulfato, além dele ser essencial das proteínas, ajuda a manter a coloração verde das folhas, nodulação das fabáceas, estimula na formação das sementes e também no crescimento das plantas. A sua deficiência é de fácil visão em que as folhas mais novas ficam no tom de amarelado e as suas nervuras mais claras, colmos e caules escuros e também amarelados com decréscimo no desenvolvimento das plantas. A indisponibilidade desse nutriente se dá devido à utilização de adubos que na sua composição não contem enxofre, como solução, pode-se ser substituído por fontes tradicionais tais como supersimples e o sulfato de amônio (PRIMO et al., 2012). 2.4.7 Pragas Os insetos-pragas são seres que constituem cerca de 80% de todas as espécies do reino animal destacando-se que fazem parte de um dos grupos mais bem sucedidos do reino animal. Esses seres podem se desenvolver em qualquer ambiente e desde muito tempo, o homem luta contra os insetos-pragas dos quais atacam os vegetais tendo como principais aqueles vegetais que são destinados principalmente para a alimentação humana e animal. O surgimento pode favorecer um certo desequilíbrio no ambiente proporcionando, então, uma grande demanda de pragas na localidade (NEGREIRO et al., 2004). Diversas espécies de insetos e ácaros atacam a cultura da soja e se alimentam de suas folhas causando grandes prejuízos a lavoura em que provocam redução da área foliar. Entre muitas espécies que causam danos a cultura as lagartas (principalmente os noctuídeos) e os coleópteros (principalmente os crisomelídeos) são os mais importantes podendo dar destaque à lagarta-da-soja , (Anticarsia gemmatalis Hübner), por conta da sua grande frequência nas regiões de todo o país, a largarta- falsa-medideira (Chrysodeixis includens) e algumas espécies de Spodoptera são bem destacados como os principais desfoliadores da cultura (MOSCARDI, 2012). A lagarta-da-soja é considerada a principal praga desfoliadora da cultura onde toma um grande risco para as lavouras, pois essa praga se alimenta do limbo foliar podendo causar até 100% da perda de produtividade, possui uma coloração verde, 42 seus movimentos são semelhantes a lagarta-falsa-medideira, e tem cinco pares de pernas abdominais (CAMPOS et al., 2019). As fêmeas dessa espécie podem colocar seus ovos na parte inferior das folhas, ramos e também nos pecíolos. Cada fêmea pode por cerca de 1000 ovos e 80% destes são colocados com oito a dez dias de vida. Pode-se, então, afirmar a rapidez da multiplicação e ovoposição desses insetos, é fundamental obter cuidado e conhecimento para o seu combate. A fase larval dura até 25 dias, mas isso dependerá das condições de temperatura em que se encontra. O ciclo biológico dessa lagarta, ou seja, da fase larval até estar adulta é com cerca de 24 dias, mas isso dependerá das temperaturas (STECCA, 2011). É importante destacar que, quando a lagarta atinge seu terceiro estádio, já provoca perfurações nas folhas, porém as nervuras e centrais e laterais ficam intactas. Nos seus três primeiros estádios, o consumo da área foliar da planta não é grande, mas quando o inseto atinge seu quarto até sexto estádio o seu consumo aumenta drasticamente em que as lagartas podem consumir até 95% de toda a folha (DOS SANTOS et al., 2016). Figura 9: Lagarta-da-soja, (Anticarsia gemmatalis Hübner) Fonte: Moscardi et al., 2012 A lagarta-falsa-medideira tem como características coloração verde-claro com linhas brancas no seu dorso, na região abdominal tem três pares de pernas falsas que resulta no seu deslocamento de forma rápida, semelhante a medir palmos. Possui alta capacidade reprodutiva, ou seja, se espalha e infesta bem rápido, em que, na deposição dos ovos, estes são inseridos na base das folhas no período da noite e com pouco tempo ocorre a eclosão dos ovos (CARVALHO et al., 2012). As lagartas dessa espécie possuem um alto poder de desfolha por se alimentarem das folhas da soja, porém não se alimentam das nervuras o que se confere a uma aparência de rendilhado nas folhas e dessa maneira, prejudicam o rendimento foliar da cultura. Essa praga se adapta e se beneficia mais no seu desenvolvimento e multiplicação em 43 climas tropicais favorecidas em épocas de seca. As lavouras que não possuem manejo adequado e inimigos naturais são as mais atacadas e prejudicadas. Figura 10: Danos da lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens) na soja Fonte: Moscard et al., 2012. Figura 11: Lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens) Fonte: Araújo, Sebastião José de, 2018. Os percevejos fitófagos (Nezara viridula, Piezodorus guildinii e Euschistus heros) conhecidos como o percevejo-verde, percevejo-verde-pequeno e o percevejo marrom também são considerados umas das principais pragas da cultura no Brasil, essas pragas se alimentam dos grãos afetando diretamente a qualidade e a produtividade da cultura. Quando provocam murcha e também má formação dos grãos e vagens, a soja não amadurece e permanece de coloração verde nas épocas de colheita (FREITAS, 2011). O percevejo-verde é um inseto que se adapta melhor em regiões mais frias, é polígrafo e a sua atividade pode permanecer durante todo o ano nas condições favoráveis para o seu desenvolvimento. Como características, possui cor de tom verde em todo corpo de formato oval. Este inseto-praga entra em hibernação em cascas das árvores ou em outros lugares que servem como abrigos depois da colheita da soja e nesta fase, há uma mudança de coloração ficando castanho arroxeado. Quando 44 adulto, o percevejo possui coloração verde e seu tamanho entre 12mm a 17mm, possui manchas vermelhas nos últimos segmentos das antenas. A fêmea posta seus ovos nas folhas e a quantidade de ovos varia em torno de 70 a 100 ovos por postura (DEGRANDE et al., 2010). O percevejo-verde-pequeno, quando adulto, mede 9mm, como característica possui uma listra no sentido transversal de cor marrom-avermelhada na parte do tórax, seus ovos são escuros dispostos em massas de fileiras duplas contendo de 15 a 20 ovos, são depositados nas vagens, na parte inferior das folhas, na haste principal e nos ramos laterais. Essa espécie possui tolerância aos inseticidas. No verão, essa espécie pode chegar até três gerações da soja (DEGRANDE et al., 2010). O percevejo-marrom é uma praga chave na cultura da soja em muitos lugares do Brasil principalmente em regiões mais quentes. Os ovos dessa praga são depositados sobre as folhas e vagens, sua eclosão ocorre com cerca de 7 dias ou menos. Para o desenvolvimento completo deste inseto, ou seja, da fase ninfa até a fase adulta tem duração de até 38 dias. Vale ressaltar que este insetopode colonizar a soja nas fases V6-V8, nessa época, saem da diapausa, ou então, dos hospedeiros alternativos. Dessa forma, a sua população tende a aumentar provocando danos no período R5.1-R6, ou seja, no período de enchimento dos grãos (RIBEIRO et al., 2016). A intensidade dos danos que são causados pelos percevejos, dependerá da espécie como também do estádio de desenvolvimento da planta. Nas fases R5-R6 das quais são o período do enchimento dos grãos da soja, os percevejos podem ser encontrados em maior quantidade na lavoura. Estes insetos se alimentam dos grãos em que resulta no atrofiamento e consequentemente menor peso e baixa qualidade (CAMPOS et al., 2019). Figura 12: Percevejo-verde (Nezara viridula); Percevejo-verde-pequeno (, Piezodorus guildinii) e Percevejo-marrom(Euschistusheros). Fonte: Jovenil José da Silva 45 É muito importante ressaltar que a biologia dos insetos possui uma correlação com a oferta térmica em que quando acontecem pequenas alterações ocasionando um aumento de temperatura ainda que seja mínima, acontecerá a redução da duração do ciclo do inseto, colonização mais precoce e também aumento do número de gerações de insetos pragas, como a Agemmatalis, em certos cultivos (GAZZONI, 2012). De acordo com Conte et al. (2014), as densidades populacionais das pragas são descendentes das condições climáticas e do manejo adotado nas lavouras, porém quando atingem altos índices que causem grandes danos às pragas necessitam de um controle. O manejo integrado de pragas visa usar táticas de controle de forma isolada ou associada junto às estratégias que consistem nas tomadas de decisão otimizando o controle de todas as classes de pragas de uma maneira sustentável sem a utilização exclusiva de inseticidas, também viável economicamente. Mesmo que o MIP tenha como base muitas formas de controle de pragas, ainda que usadas de formas integrada, as principais táticas de controle são química e biológica. A biológica, ressalta-se sobre sua importância, pois a estratégia é feita pela incrementação, liberação e conservação dos inimigos naturais de determinadas pragas podendo ser parasitoides, predadores e também microrganismos dos quais são capazes de deter esses insetos invasores, evitando maiores perdas e danos na plantação tendo como principal vantagem, não permitir a existências de resíduos tóxicos no ambiente (OLIVEIRA e ÁVILA, 2010). O desconhecimento sobre as vantagens do controle biológico da soja ainda é um problema atual, associado ao fato de que em grande parte o agente de controle possui um pequeno tamanho que dificulta na sua visualização e o seu efeito benéfico, infelizmente não é nem visto e nem percebido pelos agricultores. Portanto, a divulgação de informações sobre a importância e os benefícios desse método de controle é muito relevante, pois os produtores rurais poderão estar mais cientes ao acesso às tecnologias resultando na redução de produtos químicos, redução no custo da produção da cultura, como também menores proporções e intensidades dos riscos de contaminação na água e no solo (SIMONATO et al., 2014). A amostragem é um método utilizado para que possa ser feita a verificação da população de pragas e também dos inimigos naturais existentes numa lavoura em que os mais utilizados pelos agricultores nas propriedades são a rede entomológica e o pano-de-batida (DOS SANTOS et al., 2016). 46 Os autores ainda relatam que a cultura da soja é um dos maiores exemplos a ser citado quando o assunto é sobre os programas de controle biológico podendo dar como exemplo o programa MIP-Soja desenvolvido pela Embrapa Soja (CNPSo) - Centro Nacional de pesquisa de soja junto a outras instituições, desenvolveu-se, então, o uso do Baculovirus anticarsia para o controle da lagarta-da-soja. Figura 13: Lagarta-da-soja morta por Baculovirus anticarsia Foto: Daniel R. Sosa-Gómez. Os vírus do Baculovírus são os mais estudados por possuírem maior facilidade de serem encontrados na natureza como também a sua capacidade de causar epizootias no campo do qual ajuda no controle do nível populacional dos insetos, deixando-os abaixo do nível de danos econômicos. Esses vírus possuem muitas vantagens com relação ao uso dos inseticidas químicos em que seu manuseio pode ser feito pelo MIP. Uma de suas vantagens é a sua alta especificidade com relação ao hospedeiro não sendo prejudicial aos insetos benéficos presentes, outra vantagem desses patógenos é a boa persistência ao ambiente e, por fim, é que podem ser produzidos no insetos-hospedeiro, em que dispensará a mão-de-obra intensiva e consequentemente terá menos custos (PESSÔA, 2012). 2.4.8 Doenças A cultura da soja é de grande importância para o Brasil onde o terror dos agricultores está relacionado às doenças da soja que trazem perdas na produtividade da cultura e aumento nos custos de produção. Muitas doenças já foram identificadas, 47 sua importância econômica dependerá das condições edafoclimáticas de cada região onde a cultura for implantada (TONNELO, 2017). As doenças estão classificadas entre os principais fatores que limitam e prejudicam o rendimento e produção da cultura. São especificamente 40 doenças causadas por fungos, bactérias, vírus e nematoides que já forem identificados no território brasileiro, em que os danos registrados anualmente podem chegar a cerca de até 20%, porém existem doenças que podem prejudicar a produção e ocasionar danos de até 100% (HENNING et al, 2014). A grande maioria das doenças sejam da parte aérea ou de solo são ocasionadas pelo transporte ou transmissão através das sementes. É importante que estas sejam de alta qualidade e certificadas, porém a ocorrência do uso de sementes certificadas é baixa. No intuito de economizar são mais utilizadas as sementes próprias, razão muito preocupante, pois em grande parte dos casos o processo de beneficiamento das sementes é feito de forma inadequada (JUHASZ, 2013). O tratamento químico de sementes é a forma mais utilizada para o controle patógenos que podem se propagar pelas sementes O tratamento químico apenas será eficiente se o produto utilizado for capaz de acabar com os patógenos presentes nas sementes, não ser perigoso e nem prejudicial às plantas, nem para o homem e a natureza, possuir estabilidade, aderência e cobertura, não pode ser corrosivo, não ser de custo elevado, fácil acesso, além de ser compatível com outros produtos (LUDWING et al., 2011). A ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi) é uma das principais doenças da cultura podendo surgir em qualquer estádio de desenvolvimento sendo altamente destrutiva para o cultivo. A doença foi relatada pela primeira vez no Brasil no ano de 2001, com o passar dos anos, constatou-se em todas as regiões produtoras do país. Seus sintomas provem de pequenos pontos escuros no tecido sadio da folha, a coloração é de tom esverdeado a um cinza-esverdeado. O melhoramento genético é a forma mais viável para o controle dessa doença, utilizando cultivares resistentes, porém o controle químico ainda é o mais usado e o mais eficiente (ALVES e JULIATTI, 2018). Os fungicidas utilizados para o controle das doenças são pertencentes aos grupos das estrobilurinas, triazois e carboxamidas. Por mais que haja cultivares que possuam resistência genética aindaé utilizado o controle químico com o uso do uso dos fungicidas pois a resistência genética não é totalmente efetiva principalmente do 48 fungo possuir grande variabilidade genética. Vale ressaltar que ainda não há muitas cultivares que possuam resistência à doença e à sua utilização, mas sempre estará associada à utilização do controle químico (MARQUES, 2014). O fungo Rhizoctonia solani é um dos principais patógenos que atacam a cultura da soja nas fases iniciais de desenvolvimento, é um habitante natural do solo em que a plantase infecta através de ferimentos ou revestimento do micélio, se tornando mais agressivo com temperaturas a cerca de 15ºC a 18ºC como também em solos úmidos. A planta infectada possui lesões de coloração marrom avermelhada, tanto na raiz principal quanto na base do hipocótilo das plantas jovens. Na ocorrência de grande severidade, o desenvolvimento fica comprometido induzindo à morte da planta. Na fase de emergência a doença produz cancros fundos nas plântulas, ocasionando o estrangulamento e consequentemente o dampingoff de pré e pós emergência (LES et al., 2020). A Septoriose ou mancha-parda, causada pelo fungo Septoria glycines é uma doença de final de ciclo, mas também ocorre no início da cultura, podendo ser de baixa ou alta severidade. Seu desenvolvimento acontece em altas temperaturas e umidade relativa. A planta doente apresenta machas necróticas e o halo de tom amarelo nas folhas, pode causar desfolha prematura e uma má formação nas vagens. É necessário muito cuidado com relação às sementes e aos restos culturais, pois o fungo pode sobreviver em ambos os ambientes (ITO, 2013). A antracnose (Colletotrichum dematium), é uma doença do qual o seu patógeno produz manchas necróticas e escurecimento nas nervuras, afeta diretamente o desenvolvimento da planta do qual pode ser agravado se o patógeno estiver sob condições favoráveis para o seu desenvolvimento tais como as altas temperaturas de 28ºC a 34ºC, altos índices pluviométricos principalmente nos estágios finais da cultura. As sementes podem ser as principais fontes de inoculo do patógeno. Quando infectadas, possuem manchas deprimidas de cor castanho-escuro e as plantas que forem originárias podem apresentar necrose dos cotilédones que consequentemente se estendem para o hipocódilo e assim ocorre tombamento. Vale ressaltar que a doença também pode ser transmitida pela parte aérea da planta (MENDES et al., 2014). A mancha-alvo (Corynespora cassiicola) é uma doença do qual seu desenvolvimento acontece nas temperaturas em torno de 18ºC, 20ºC e 30ºC como também sob elevados teores de umidade. Seus sintomas podem ser notados nas 49 folhas com pequenas pontuações de cor amarela progredindo para manchas maiores de cor castanha em que se formam anéis no centro é necrótico envolvido por um halo de cor amarela, semelhante a um alvo, daí veio o nome da doença. O patógeno pode sobreviver a restos culturais, sementes e outras plantas hospedeiras, então, é de suma importância cuidados nos sistemas de manejo de plantio direto com relação às coberturas utilizadas para a implementação da cultura (COSTA, 2020). O mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum) é uma doença de grande risco produtivo nas lavouras e o seu desenvolvimento se torna mais propício a temperaturas muito baixas e altos índices umidade, o florescimento é a melhor fase do desenvolvimento da doença, mas pode infectar qualquer parte da planta. Ao ser infectada, a planta tende a apresentar sintomas na área foliar de murcha e seca das folhas, podridão aquosa na haste, com tom de verde-claro que muda para o tom de castanho-avermelhado, mas seu principal sintoma é a formação de micélios brancos bem visíveis que podem se espalhar rapidamente. O fungo sobrevive aos restos culturais e no solo permanecendo durante anos podendo causar problemas para culturas futuras (ARRUDA, 2014). Depois que a doença infesta, toda a área praticamente se torna impossível a erradicação do fungo naquele local é, então, a principal medida de controle a prevenção da doença, ou seja, evitar que a mesma chegue à lavoura. Quando a doença é constatada na propriedade é importante que seja feita o manejo integrado no intuito de reduzir o número de inóculo por área. O uso de sementes sadias e o tratamento de sementes com fungicidas são as melhores alternativas para medidas de controle (PAULA JUNIOR et al., 2014). 2.4.9 Plantas daninhas A interferência ocasionada pelas plantas infestantes é um dos fatores mais importantes e limitantes com relação à produtividade e qualidade dos produtos agrícolas. A intensidade da interferência é variável de acordo com as suas circunstâncias, mas é definido de acordo com resultados dos prejuízos que foram causados pela comunidade das plantas daninhas seja diretamente pela competição entre plantas com relação à absorção de água e nutrientes, fatores alelopáticos, 50 interferência na colheita, ou então de forma indireta, podendo hospedar pragas e patógenos causadores de danos na cultura (VITORINO, 2013). De acordo com Minozzi et al. (2016), quando a cultura da soja atinge cerca de 10 a 50 dias da sua emergência, é nesse tempo que a planta está mais sensível e sujeita à competição com as plantas daninhas. Então, desenvolveu-se a soja tolerante ao glifosato denominada de RR, essa tecnologia foi rapidamente pelo agricultor. Apenas no Brasil na safra de 2011/2012, cerca de 87% de todo o cultivo da soja, utilizou-se essa tecnologia. O uso se torna possível com relação ao do glifosato quando é feita após a emergência das plantas do qual mostra como uma nova alternativa de controle com relação à eficiência, funcionalidade, viabilidade econômica sem se esquecer do mais fácil manejo. Atualmente, as daninhas que possuem resistência ao glifosato preocupam bastante os produtores em suas lavouras. Dentre as espécies, podem-se citar como exemplos das que possuem resistências a Buva (Coniza Bunariensis), Leiteira (Euphorbia heterophylla), Poaia (Richardia Brasiliensis), Azevém (Lolium Multiflorum) e Corriola (Ipomoea Sp.) (MINOZZI et al., 2016). Essa resistência aos herbicidas pode ser caracterizada por uma resistência herdável em que a planta consegue sobreviver mesmo após a exposição ao produto químico. Para que haja prevenção desse problema, é importante que se tenha conhecimento do mecanismo de ação do qual será utilizado, não apenas isso como também é viável que seja feita a rotação de culturas, uso de equipamentos devidamente higienizados evitando assim a disseminação de sementes, redução e monitoramento de plantas suspeitas de serem resistentes antes da multiplicação são também fatores indispensáveis que auxiliam no manejo das plantas daninhas resistentes (BARROS, 2011). A seleção dos biótipos das plantas invasoras resistentes aos herbicidas pode ser influenciada pela intensidade do uso, eficiência junto à sua persistência, especificidade do mecanismo de ação, baixa eficiência dos métodos de controle alternativos comparados com os químicos. Assim, vale levar em consideração que as práticas agronômicas como rotação do mecanismo de ação do herbicida, a rotação de culturas e associação de métodos de controle devem são essenciais e precisam ser adotadas para poder diminuir a ocorrência dos casos de resistência aos herbicidas (ULGUIN et al., 2013). 51 2.4.10 Colheita e pós-colheita A colheita é muito importante no processo produtivo da soja principalmente pelos riscos que a lavoura está destinada, pois o processo é muito delicado, é fundamental fazê-la no momento adequado. Antes de tudo para que se possa, então reduzir as perdas, é indispensável que se saibam as causas podendo ser físicas ou fisiológicas tais como: topografia e superfície do solo, cultivares não adaptadas, retardamento da colheita, umidade, inadequação do espaçamento e da densidade (LORINI et al, 2020). A colheita deve ser efetuada próximo do ponto da maturidade fisiológica das sementes, no momento em que seu grau de umidade e as condições climáticas do local favorecerem. As sementes do campo, na maioria das vezes, possuem teor de água incompatível com o manuseio e armazenamento, precisando do processo de secagem artificial (DA SILVA et al., 2011). O processo de maturação de uma semente possui diversas alterações morfológicas, fisiológicas e funcionais. No processo de formação e maturação, verifica-se se há alteraçõesde massa da matéria seca, o grau de umidade, tamanho, germinação e o vigor sendo que a qualidade de uma semente se dá e é observada no estádio da maturidade fisiológica na soja ocorre no estádio R7. Este é importante, pois nesse estágio, a semente não possui mais dependência fisiológica da planta e, a partir disso, sofre mais influência das condições ambientais (LAMEGO et al., 2013). O grau de umidade é um importante fator contribuinte para a perda de qualidade das sementes em que quando ocorre de forma mecanizada, as sementes colhidas que possuam alto teor de umidade tem um decréscimo na sua viabilidade. As que possuem baixo teor de umidade também sofrem perdas na sua qualidade, pois ficam sujeitas ao trincamento que irá refletir no rompimento dos tecidos contribuindo também para a perda de viabilidade. É importante que, para a realização da colheita mecanizada, o teor de umidade das sementes esteja entre 12% a 14%. (DE CARVALHO & NOVEMBRE, 2012). Figura 144: Sementes de soja com sintomas de deterioração por umidade. À esquerda: sementes secas com enrugamento; no centro: sintoma Fonte: José de Barros França-Neto 52 O processo de secagem é uma das principais operações a serem feitas no período de pós- colheita dos grãos, pois pode possibilitar um melhor e seguro armazenamento por um período mais longo de tempo. No decorrer do processo retira-se a água, promovendo alterações nas caraterísticas físicas como também mudanças qualitativas indesejáveis (coloração, oxidação, trinca/ou quebra dos grãos), esse processo também irá minimizar os riscos da venda do produto (BOTELHO, 2015). A secagem feita quando a colheita dos grãos é realizada antes do prazo indicado ou quando são colhidos com alta umidade acarreta num fator crítico de danos. Essa etapa conduzida de forma inadequada ou a falta da mesma é uma das principais causas de deterioração dos grãos durante o armazenamento (REGINATO et al, 2014). Esse processo de secagem pode ser feito de forma natural ou artificial, mas a escolha dependerá do volume das sementes. Feitas de forma natural, as sementes serão secadas por radiação solar e o vento como mediador nos grãos em campo. Na forma artificial, a fonte de calor é vinda dos aparelhos mecânicos ou elétricos. O uso desses métodos é imprescindível para manter a qualidade, porém o método e o tipo do secador do qual será utilizado irá depender do nível de produção, das condições do ambiente e a qualidade desejada (PEREIRA e DAMACENO, 2015). Os parâmetros que devem ser analisados são a temperatura do ar e o tempo de secagem. Por conta deste processo, é imprescindível que haja uma procura de alternativas de secagem que possuam menor custo visando aos desperdícios que podem acontecer durante o cultivo além dos sistemas que diminuam a degradação ambiental como também aqueles que promovem maior eficiência energética no momento da secagem (PEREIRA e DAMACENO, 2015). Uma semente de qualidade é adquirida de acordo com os resultados das condições do seu cultivo no campo, após a colheita, as sementes possuem, no meio dos lotes, materiais indesejáveis que precisam ser removidos para facilitar e obter melhor rendimento na secagem, armazenagem e posteriormente a semeadura. Nesse processo conhecido como beneficiamento; utilizam-se equipamentos para a separação dos materiais considerados indesejáveis e transporte de sementes diminuindo danos mecânicos não causando misturas (CONRAD, 2016). O beneficiamento de sementes possui grande relevância na produção de sementes de qualidade, é feito um conjunto de operações que a semente é submetida desde a sua recepção da unidade de beneficiamento até as etapas de embalagem e distribuição. Estes processos visam melhorar as características físicas do lote das sementes. O caminho que a semente percorre durante esse processo é longo e geralmente são causadas injúrias mecânicas provocadas pelo manuseio onde dão abertura a agentes patogênicos (DA SILVA et al., 2011). 53 Os equipamentos de transporte, secagem, limpeza e classificação devem fazer com que as sementes tenham fluxo contínuo, desde a chegada até o embarque e distribuição. A sequência do arranjo dos equipamentos não deve afetar a qualidade das sementes, é importante o descarte de poeiras e matérias indesejáveis retiradas nas operações de limpeza e classificação de sementes (REGINATO et al., 2014). . Figura 15:Sequência da unidade de beneficiamento da soja Fonte:(Budet e Vilela, 2007). Para o beneficiamento das sementes de soja, utilizam-se os equipamentos de pré-limpeza, secador, máquina de ar, separador de espiral, padronizadora por largura e a mesa de gravidade. As sementes colhidas são enviadas para a UBS, onde passam pela máquina de pré-limpeza para retirar as impurezas. Para redução do grau de umidade, as sementes são enviadas a um secador. Em seguida, são passadas pela máquina de ar ou pela de pré-limpeza que separará as sementes por tamanho além de completar a operação de remoção das impurezas, logo após as sementes seguem para o separador em espiral separando as sementes de acordo com sua forma (FRANÇA-NETO et al, 2016). Depois que saem dos espirais, as sementes vão para o padronizador, equipamento de peneiras planas de furos em forma de círculo, classificam a semente pelo tamanho. Assim que for padronizada por tamanho, a semente passará pela mesa dessimétrica que separará a semente menos densa, de menor vigor. Estes materiais indesejáveis encontrados nos lotes das sementes também precisam ser removidos até a etapa final de produção da semente (FRANÇA-NETO et al., 2016). O armazenamento de sementes é um dos fatores mais importantes no quesito de qualidade, pois essa etapa é fundamental para a característica fisiológica e nutricional das sementes. O período de armazenagem de grãos pode levar alguns meses podendo prolongar para anos, é de grande importâncias que os produtos estejam armazenados em locais adequados 54 Esse processo precisa ser compatível com as características e a quantidade das sementes, pois assim será possível haver melhor controle e manejo no período em que as sementes estão armazenadas (DE LIMA et al., 2013) Quando as sementes de soja são mantidas em condições de armazenamento com temperaturas entre 20 a 25 °C, e umidade relativa do ar de 65 a 70%, auxilia na permanência de germinação por um período de 6 a 8 meses. Em condições mais drásticas com temperaturas não recomendadas, ocorrem quedas de germinação em um período menor, de 60 a 90 dias. Podendo ser ainda mais curto, dependendo dos níveis iniciais de vigor e as condições de temperatura e umidade relativa do ar no período de armazenamento (KAEFER et al., 2019). 55 3 METODOLOGIA O estudo científico abordado trata-se de uma revisão integrativa da literatura com abordagem qualitativa, elaborado no Centro Universitário AGES, em Paripiranga/Bahia. A revisão integrativa consiste numa metodologia que proporciona sintetizar os resultados de pesquisas de algum tema em questão de uma forma mais organizada e abrangente, ou seja, traça uma análise do conhecimento já existente em outras pesquisas feitas, gerando novos conhecimentos que são pautados em outros trabalhos (BOTELHO et al., 2011). A produção da monografia aconteceu entre os meses de agosto a novembro de 2021. Utilizaram-se os seguintes descritores: “estresse hídrico na cultura da soja”, época de semeadura para o cultivo da soja”, “tecnologia de sementes”, “manejo fitossanitário na cultura da soja”. No período da produção, foram realizadas pesquisas sistemáticas diante do tema proposto do trabalho. Os limites temporais utilizados foram de 2010-2020 onde tiveram como base de dados Scientific Electronic Library Online (SciELLO), Base de dados de pesquisa agropecuária (BDP@), Sistema Abertoe Integrado e Informação à Agricultura (Sabiia Embrapa) , Acesso Livre à Informação Científica da Embrapa (Alice Embrapa) e Repositório de Informação Tecnológica da Embrapa (Infoteca-e). Reuniram-se 95 estudos no total na primeira seleção, destes, foram excluídos os duplicados sobrando 64 publicações. Em seguida, houve avaliação dos títulos e dos resumos gerando a exclusão dos estudos que não atendiam às exigências da pesquisa sobrando 20 estudos. Estes foram analisados a leitura na íntegra, em seguida, fez-se a exclusão dos estudos que não atendiam ao proposto nesta pesquisa. Assim, restaram somente 11 estudos, dos quais foram reservados para a produção dos resultados e discussões, os dados podem ser observados na tabela a seguir: 56 Tabela 3: Organização do processo de aquisição dos estudos. Fonte: Dados do autor (desenvolvido em 2021). Organização do processo de aquisição dos estudos Identificação 95 estudos - Base de dados: SciELLO, BDP@(Base de dados de pesquisa agropecuária0, Sabiia Embrapa, Alice Embrapa e Infoteca-e. Triagem Após exclusão de estudos repetitivos restaram 64 publicações. 23 estudos permaneceram posterior a apreciação de titulos e leitura dos resumos. Elegibilidade 4 1 e s tud o s n ão ve rsa vam sob re o tema correspondente ao pesquisado após leituras dos resumos. Incorporação 20 estudos analisados após leitura completar e exclusão dos que não satisfaziam aos objetivos. 11 estudos reservados apenas para os resultados e discussões. 57 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES Na tabela a seguir serão apresentadas as características dos artigos utilizados, demonstrando dados analíticos, informando títulos, autores/anos, métodos e conclusões dos documentos que foram selecionados para elaboração desta etapa. Dessa forma, com a aplicação de uma análise sintetizada, é possível verificar as principais contribuições dos autores em relação ao tema do trabalho. Títulos dos estudos Autores/Anos Métodos Conclusões Risco climático para soja no Brasil em cenários de mudanças climáticas no período 2011- 2040 (Monteiro et al., 2015). A metodologia usada no seguinte estudo fez-se com um cálculo da estimativa da disponibilidade hídrica para a cultura da soja utilizando o aparelho de modelo Bipzon. Foram realizadas simulações para os ciclos de cultivo, a partir dos resultados das simulações, fez- se o índice de satisfação das necessidades de água e também o mapa de risco. É indicado aumento de temperatura em todo território nacional, redução nas precipitações resultando um agravamento das restrições hídricas para a produção agrícola no futuro. A região semiárida é considerada de alto risco se estendendo por todos os estados do Nordeste por conta dos poucos meses de chuva e altos índices de elevadas temperaturas, ou seja, regiões das quais já possuem problemas com temperaturas e ocorrências das chuvas são as que mais sofrerão com as consequências das mudanças climáticas. 58 Efeito do Estresse Hídrico em Cultivo de Soja (Oliveira et al., 2020). Estudo feito a partir de experimentos utilizando uma cultivar de soja a EMBRAPA BRS7581 RR a submetendo ao estresse ao hídrico em diferentes níveis. Percebeu-se que o déficit hídrico causou perdas na produção de todo o ciclo, diminuindo a área foliar como também rendimento. Ainda, concluiu- se que pode utilizar déficits de até 50% da ETc sem que afetem a produtividade Efeito do estresse hídrico nas fases vegetativa e reprodutiva da soja sobre o rendimento de grãos (Correia et al., 2018). Estudo experimental de campo utilizando cinco tipos de genótipos (1Ea15, 2Ha11, 2la4, BR16 e BR184) da cultura da soja com e sem genes de tolerância à seca para que possam determinar a influência do regime hídrico da qual estão condicionadas ao campo. De acordo com os estudos e os experimentos feitos, o estresse hídrico na fase reprodutiva da cultura reduz a produção de grãos da mesma em todos os genótipos estudados, porém alguns genótipos sofrem mais com o estresse que outros. Pode-se concluir que há genótipos mais resistentes com relação a menor disponibilidade de água para a cultura. Tal fato não significa que esteja isento às consequências com relação ao rendimento, porém os genótipos mais resistentes são os mais indicados para as localidades com menor índices pluviométricos 59 valendo ressaltar que, ainda assim, a cultura com este genótipo necessita de um correto manejo e atenção desde o início da produção. A importância da época de semeadura para o sucesso da cultura da soja (Silva e Aguila, 2020). Este trabalho se trata de uma revisão de literatura do tipo narrativa. Esse tipo de revisão não utiliza uma metodologia definida para o desenvolvimento onde fica a escolha dos autores, a identificação e a seleção dos seus estudos para a análise de interpretação e uma adequada fundamentação (CORDEIRO et al., 2007). A época de semeadura é um dos principais fatores que possui efeito no sucesso da produtividade da soja com grande influência no desenvolvimento da cultura. Semeaduras feitas fora de época podem afetar o porte da planta, seu ciclo e consequentemente seu rendimento, acarretando aumento das perdas de produção. Efeitos da época de semeadura sobre a composição química e a produtividade de grãos de diversas cultivares de soja no Oeste da Bahia (Cruz et al., 2010). A metodologia deste trabalho foi a base de experimentos feitos em campo experimental, utilizando cinco cultivares de soja (Msoy 8411, BRS Corisco, BRS 263, BRS Barreiras, Msoy 9350) em quatro repetições para avaliar seus teores de óleo e proteínas. O cultivo feito em épocas preferenciais da cultura tenderam a aumentar os teores de óleo e reduzir os teores de proteína, aqueles de semeadura tardia não obtiveram resultados maiores para a soja no Oeste da Bahia. Os teores de 60 proteínas e óleo encontrados na semente de soja podem ser influenciados pelo ambiente do qual está inserido dando destaque na fase do enchimento de grãos onde a exposição da cultura da soja em determinadas épocas expõe a planta ao estresse ambiental no campo. Desempenho de plântulas e produtividade de soja submetida a diferentes tratamentos químicos nas sementes (Conceição et al., 2014). O estudo foi feito de forma experimental com duas etapas com experimento em laboratório e em campo utilizando três cultivares de soja precoce (NA 4823 RG, BMX Turbo RR e Fundacep 62 RR) submetidas a diferentes tratamentos. O tratamento adequado das sementes proporciona melhor e maior qualidade fisiológica da planta a protegendo contra patógenos. Com os resultados dos estudos, percebeu-se que as sementes tratadas com fungicida e inseticida e micronutrientes não tiveram efeitos tóxicos nas sementes, maior proteção das sementes no campo, é eficiente no controle dos patógenos como também não obtiveram efeitos significativos com relação à produtividade. 61 Eficiência agronômica do tratamento de sementes de soja com fungicidas, inseticida e bioestimulador. (Henning et al., 2015). Fez-se um experimento com tratamento de sementes na cultivar BRS 359 RR em laboratórios, casa de vegetação e em campo. Os rendimentos dos grãos foram afetados com relação às condições de seca e temperaturas elevadas na fase do enchimento de grãos da soja mas foi retratado diferença de estatísticas com relação aos tratamentos. Conclui-se que, dentre os vários produtos utilizados no experimento, o Broadacre® CMZ e o Braodacre® Extra não afetaram a fase da emergênciae o desenvolvimento das plântulas, não caracterizado com um problema e nas condições de estresse hídrico não foram vistos efeitos significativos com relação ao enchimento de grãos, não sendo um resultado diferente dos demais se tratando das condições de estresse já que todos os experimentos tiveram seu rendimento afetado. 62 Influência do glifosato na eficiência nutricional do nitrogênio, manganês, ferro, cobre e zinco em soja resistente ao glifosato. (Serra et al., 2011). Desenvolveu-se um experimento em casa de vegetação utilizando a cultivar de soja a ‘P98R31 RR’ das quais as sementes foram inoculadas por duas bactérias. A aplicação do glifosato foi feita no estádio V3 e a coleta dos resultados no estádio V8. A utilização do glifosato afeta a fixação biológica do Nitrogênio em cultivares RR por causa da intolerância das bactérias ao ingrediente ativo causando diminuição dos teores de massa seca dos nódulos em que a massa seca diminui a partir do aumento da dosagem de glifosato. A importância da fixação biológica para a cultura da soja (Alves e Aguila, 2020). A metodologia do trabalho procedeu de uma revisão de literatura narrativa. Esse tipo de revisão não utiliza uma metodologia definida para o desenvolvimento em que fica a escolha dos autores a identificação e a seleção dos seus estudos para a análise de interpretação e uma adequada fundamentação (CORDEIRO et al., 2007). A fixação biológica de nitrogênio é importante porque, com o seu uso, são alcançados bons índices produtivos com menor custo de produção além que o ambiente também é favorecido. 63 Fixação biológica de nitrogênio em genótipos de soja com diferentes níveis de tolerância ao estresse hídrico (Cerezini et al., 2012). Experimento realizado na Embrapa Soja sob condições controladas, utilizando cinco genótipos de soja dos quais três genótipos possuíam maior tolerância e manter FBN em condições de seca os outros dois submetidos com e sem indução ao estresse hídrico. As condições de estresse hídrico influenciaram e comprometeram as plantas de genótipo padrão acarretando menores acúmulos de N na área foliar da planta diferente dos genótipos dos quais a capacidade de manter a fixação biológica submetidos à seca demostrando maior resistência quando há fatores adversos no ambiente. Comparação do desempenho ambiental da soja em sistema convencional e em manejo integrado de pragas e de doenças (mip- mid) por meio da metodologia de avaliação do ciclo de vida (ACV) (Lucas et al., 2018). O inventário do sistema convencional cinstruiu-se por meio de consultas a produtores da microbacia do Ribeirão Lagosta, no município de Rolândia – PR, e o inventário do sistema MIP-MID, feito por meio de dados obtidos junto ao programa estadual de boas práticas agrícolas. O manejo integrado tanto de pragas quanto o de doenças é a melhor alternativa de manejo, pois tende a diminuir o uso dos agrotóxicos, consequentemente tende a melhorar o desempenho do ambiente para o cultivo da soja valendo ressaltar da importância da escolha correta de insumos para poder ajudar no desempenho ambiental. Tabela 4: Analítica para amostragem das 11 publicações reservadas para os resultados e discussões. Fonte: Criação do autor (Produzido em 2021). 64 De acordo com os estudos e exploração dos documentos, verificou-se a sensibilidade da cultura da soja em resposta às condições ambientais da qual a cultura está inserida, nota-se o quanto o desenvolvimento da planta é afetado para alcançar boa produtividade. De acordo com as análises feitas por Monteiro et al., (2015), as mudanças climáticas afetam todo o planeta trazendo grandes danos e na agricultura não é diferente, pois os efeitos dessa mudança alteram a produtividade agrícola. A área em estudo deste trabalho está localizada na região Nordeste no polígono das secas, ou seja, é uma área semiárida nordestina, regularmente enfrenta problemas de estiagem. Regiões que já possuem problemas com regularidade das chuvas e temperaturas mais elevadas são as que mais sofrem com os efeitos do aquecimento global em que agravam ainda mais as condições climáticas já existentes na região, assim, dificultando as atividades agrícolas decorrentes de cada localidade. Comparando com os estudos de Monteiro et al., (2015); Henning et al., (2015); conceição et al., (2014), tais mudanças climáticas decorrentes dos efeitos do aquecimento global poderão causar impactos no cultivo dos grãos de soja, por ser uma cultura sensível a elevadas temperaturas e a poucos índices pluviométricos. Tais mudanças climáticas causarão variações entre clima e temperatura. Tornam-se importante os avanços tecnológicos e a utilização destes na lavoura, das quais auxiliem no desenvolvimento da cultura em ambientes e situações adversas podendo citar a tecnologia de sementes vinculadas às estratégias e conhecimentos existentes para melhor e correto manejo da cultura. Os autores Oliveira et al., (2020); Correia et al., (2018) demonstram que cultura da soja é bastante afetada pelos fatores hídricos. As áreas que não possuem irrigação ficam dependentes dos fatores ambientais principalmente com relação às variações das distribuições de chuvas sendo então um dos fatores que acarretam riscos na produção, valendo ressaltar que no período reprodutivo e do enchimento de grãos as plantas da soja sofrem maiores danos. Para que os danos causados por esses fatores sejam menores, são produzidas cultivares que tenham melhores adaptações nos demais ambientes De acordo com o resultado dos estudos desses autores, em ambos experimentos, as cultivares estudadas tiveram interferência em seus desenvolvimentos com relação ao estresse hídrico, obtiveram menor número com relação ao rendimentos dos grãos sendo que dentre as cultivares umas se sobressaíram mais que outras, ainda que estando sob déficit hídrico mostrando maior 65 tolerância em situações de escassez de água. Deve-se considerar que mesmo possuindo maiores tolerâncias ao déficit hídrico, essas cultivares não ficam isentas das interferências causadas por essas condições. Silva e Aguila, (2020) demonstraram em seu trabalho que outro fator de extrema importância para o sucesso do cultivo da soja está relacionado às épocas de semeadura isso porque quando a cultura é semeada dentro do período indicado, o seu comportamento reagirá de forma positiva com os fatores ambientais. As fases de germinação e emergência das plântulas acontecem de melhor forma quando a época de semeadura se concilie e coincida com o período do ano de determinada região para obter melhor e maior probabilidade de armazenamento de água. Se tratando das fases reprodutivas e do enchimento de grão não é diferente ambas precisam de uma boa distribuição pluviométrica no decorrer do desenvolvimento junto com os níveis adequados de temperatura e radiação solar. No trabalho de Cruz et al. (2010), constata-se que não apenas o seu rendimento como também os teores de óleo e proteína dos grãos podem ter herança por conta da sua genética, porém são bastante influenciáveis pelos fatores do ambiente. A soja cultivada em determinada época pode ser exposta ao estresse no campo principalmente em uma fase especifica da qual exerce maiores exigências podendo durar em todo o processo de cultivo. Concluiu-se que, as semeaduras feitas no período exigido, promovem aumentar os teores de óleo e diminuem os teores de proteína diferente das semeaduras tardias que não tiveram maiores produtividades. Os estudos de Conceição et al., (2014) corroboram que o tratamentode sementes traz benefícios ao que se refere sobre a qualidade de cultivo e a proteção contra patógenos indesejados. Plantas destinadas a campo com suas sementes tratadas com fungicidas e polímeros possuem bons resultados com relação à proteção das sementes e plântulas como também para o estabelecimento e manutenção do estande, porém podem ocorrer resultados sem tanta relevância com relação à produtividade, pois as condições ambientais da qual a cultura foi inserida podem afetar o seu processo em seu tempo no campo. Quando há períodos de estiagem não havendo condições favoráveis, pode ocorrer retardamento da emergência das plântulas, consequentemente, as sementes ficam sujeitas à exposição ao ataque de patógenos indesejados mostrando a ação do tratamento naquela situação. Por essa razão, no intuito de proteger as sementes contra contras demais adversidades, os produtos fitossanitários como os fungicidas, inseticidas são aplicados nas sementes. 66 Os autores Conceição et al., (2014); Henning et al., (2015) abordam análises semelhantes no decorrer dos seus estudos sobre a utilização do tratamento de sementes sob condições favoráveis para o desenvolvimento da cultura, a qual contribui para a germinação e também a emergência de plântula pode não haver respostas positivas com relação aos tratamentos podendo apresentar fitotoxidade, mas submetidas há campo sob condições ambientais desfavoráveis, as respostas se tornam maiores. O rendimento dos grãos ainda é influenciado pelas condições térmicas e pluviométricas, assim como sua qualidade genética que possui duas fases críticas e ocorre da semeadura até a emergência; a segunda é a floração e o enchimento de grãos. Se em quaisquer dessas fases houver um déficit hídrico, ocorrerão problemas no desenvolvimento e rendimento. Nos estudos feitos por Alves e Aguila, (2020); Cerezini et al., (2012), o nitrogênio é essencial para o desenvolvimento da soja, atua no incremento da fitomassa, é o nutriente mais demandado para o alcance de altas produtividades. A fixação biológica do Nitrogênio é prejudicada com a aplicação do glifosato, pois os microrganismos fixadores desse nutriente, os Bradyrhizobium possuem a enzima EPSPS, suscetível ao glifosato e em altas doses afeta o crescimento e possivelmente a morte. Outro fator que pode prejudicar a fixação biológica desse nutriente está correlacionado aos fatores ambientais dando destaque às temperaturas, pois quando muito altas, afetam a sobrevivência das bactérias. É primordial conciliar e utilizar genótipos que possuam capacidade de manter a fixação biológica como também possuam tolerância ao estresse hídrico e altas temperaturas para que não haja a inibição da translocação e assimilação do N-ureído na parte área, nos nódulos inibindo a atividade nitrogênas e resultando em menores quantidades de Nitrogênio essenciais na planta. Por meio de inventário e pela consulta com outros produtores, o estudo de Lucas et al., (2019) pode reafirmar que o manejo e controle fitossanitário nas produções agrícolas sempre foi algo preocupante devido aos riscos trazidos ao meio ambiente com a utilização de produtos químicos que possuem toxidade. O manejo integrado de pragas e doenças é essencial para a sustentabilidade, assim, melhorando o desempenho ambiental. Tratamentos feitos de forma convencional tendem a utilizar níveis elevados de agrotóxicos como também maiores quantidades, sua utilização na lavoura pode afetar o desempenho ambiental como destaque o solo e a água. Combinados com os fatores ambientais o uso de tratamentos convencionais 67 pode acarretar na resistência dos inimigos da lavoura dificultando ainda mais o controle. As técnicas de manejo integrado tanto para doenças quanto para as pragas é o melhor meio de controle para ajudar e contribuir no desempenho ambiental no cultivo da soja visando compreender e saber fazer a escolha e o uso de insumos. 68 5 CONSIDERAÇOES FINAIS A construção deste trabalho de conclusão de curso, em seu início, houve muitas fontes de pesquisa e publicações devido à cultura da soja ser um tema diverso e seu cultivo ser de grande demanda justamente por ser uma das principais culturas do país, pois os produtos são responsáveis pelo crescimento do agronegócio, principalmente na economia. Existem diversos fatores de produção e técnicas de manejo que influenciam no desenvolvimento da soja. É salutar entender e saber como esses fatores influenciam e afetam a cultura para alcançar bons resultados no final. O município de Ribeira do Pombal-BA é uma região localizada no sertão nordestino, já conhecido pelo baixo índice pluviométrico e altas temperaturas durante todo o ano. Evidencia-se que o município apresenta certas variações pluviométricas decorrentes com o passar dos anos das quais em alguns dados obtidos o índice pluviométrico diminui. A cultura da soja precisa de 450 a 850mm por ciclo. De acordo com os dados obtidos, o município atende à demanda da necessidade hídrica que a planta exige, porém deve-se levar em consideração os fatores das mudanças climáticas decorrentes em que há inconsistência da quantidade de chuvas. No ano de 2020, o índice pluviométrico decaiu para 315,5mm, ressaltando que nos períodos chuvosos do município não houve incidência de chuvas mostrando a inviabilidade da introdução da cultura naquele ano. O fenômeno do aquecimento global em que as regiões das quais mais possuem problemas correlacionado com pouca quantidade de chuva e elevadas temperaturas tendem a sofrer mais com esse fenômeno que prejudica tanto no setor de produtividade agrícola quanto no setor econômico. Evidencia-se a importância do conhecimento da cultura e do seu comportamento diante o ambiente, a soja é uma cultura de metabolismo C3 significando que possui grande necessidade de demanda hídrica para poder desempenhar todo seu potencial produtivo principalmente no seu desenvolvimento inicial, floração e enchimento de grãos, assim, sensível à falta de água como também a temperaturas elevadas. De acordo com os dados obtidos e estudados, a implantação da cultura da soja se torna viável ao município dependendo das condições ambientais que oferece. Seria 69 de boa escolha que seja feito um cultivo de forma irrigada para que, no manejo de irrigação, possa fazer como um meio de manutenção, pois a cultura não suporta estresse hídrico constantes nas três primeiras fases se tornando uma opção a manutenção hídrica na fase de floração ou enchimento de grãos das plantas para que assim não haja perdas de produção. Para tal, o produtor necessitaria de um poder aquisitivo maior com relação ao cultivo da soja tanto para o manejo da cultura quanto para a aquisição de sementes de boa qualidade e variedades tolerantes ao déficit hídrico, mas vale ressaltar da aquisição do conhecimento sobre o desenvolvimento e comportamento da cultura no ambiente para que assim possa-se fazer o manejo mais adequado. 70 REFERÊNCIAS ALVES, A. C. de O; AGUILA, L. S. H. D. 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