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MONOGRAFIA - CULTURA DA SOJA

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Rash Dantas

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UniAGES 
Centro Universitário 
Bacharelado em Engenharia Agronômica 
 
 
 
 
 
 
 
CARLA DANTAS DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
CULTURA DA SOJA (Glycine max): 
uma abordagem sobre a viabilidade do cultivo no município de 
Ribeira do Pombal (BA) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paripiranga 
2021 
CARLA DANTAS DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
CULTURA DA SOJA (Glycine max): 
uma abordagem sobre a viabilidade do cultivo no 
município de Ribeira do Pombal (BA) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada no curso de 
graduação do Centro Universitário AGES 
como um dos pré-requisitos para obtenção 
do título de bacharel em Engenharia 
Agronômica. 
 
Orientador: Esp.Dalmo Moura Costa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paripiranga 
2021 
 
 
CARLA DANTAS DA SILVA 
 
 
 
 
 
CULTURA DA SOJA (Glycine max): 
uma abordagem sobre a viabilidade do cultivo no município de 
Ribeira do Pombal (BA) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada como exigência 
parcial para obtenção do título de bacharel em 
Engenharia Agronômica à Comissão 
Julgadora designada pela Coordenação de 
Trabalhos de Conclusão de Curso do 
UniAGES. 
 
Paripiranga, 09 de Dezembro de 2021. 
 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
Prof: Esp. Dalmo de Moura Costa 
UniAGES 
 
 
Prof: Fabio Luiz Oliveira de Carvalho 
UniAGES 
 
 
Prof: Wilson Deda Gonçalves Júnior 
UniAGES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Silva, Carla Dantas, 1996 
 CULTURA DA SOJA (Glycine max): uma abordagem sobre a viabilidade do 
cultivo no município de Ribeira do Pombal (BA)/ Carla Dantas da Silva. - 
Paripiranga, 2021. 
 84 f.: il. 
 
 Orientador (a): Prof.Esp. Dalmo de Moura Costa. 
 Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Agronômica) – 
UniAGES, Paripiranga, 2021. 
 1. Glycine Max. 2. Implantação 3. Manejo. I. Título. II. UniAGES 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente gostaria de agradecer a Deus pela vida, pelas bênçãos 
que tem me dado em todos estes anos e pelos momentos inesquecíveis que 
passei durante os cinco anos de graduação. Encerro aqui mais um ciclo em 
minha vida, com erros e acertos, mas acima de tudo com eterna gratidão por 
tudo que vivi e tudo que aprendi. 
À minha mãe Maria da Conceição e ao meu pai José Carlos que sempre 
lutaram por mim e fizeram de tudo para que não me falte nada em ter um conforto 
maior e melhor do que um dia já tiveram. Ao meu irmão mais novo Manoel Neto 
por ser um presente em minha vida, ainda pequeno me ensinou muito, além de 
me ensinar a ser uma boa irmã mais velha. Somos muito ligados e quem 
conhece sabe muito bem disso 
Aos meus avós paternos Dona Alaíde e Sr. Messias e meus avós 
maternos Dona Valdecir e Messias por sempre fazerem parte da minha vida e 
nunca deixaram de acreditar em mim como também nunca me esqueceram um 
minuto sequer. Não tenho palavras para descrever o quanto sou grata por tê-los 
comigo. 
À minha tia Menaíde por tudo e por tanto, uma mulher incrível em minha 
vida que se tornou como se fosse uma outra mãe. Esse meu ciclo que se termina 
é graças a ela que me ajudou com tudo que podia, meus pais sozinhos não 
conseguiriam, mas graças a ela pude chegar onde estou agora. Não tenho 
palavras para descrever a gratidão que tenho, só me orgulho da mulher incrível 
que é um exemplo de vida pra mim. 
À patroa da minha tia a famosa Dona Miriam que mesmo sem nem me 
conhecer pessoalmente me ajudou quando eu precisei. Quero evidenciar a 
minha gratidão e admiração por ter sido tão boa, gentil e com certeza, ter um 
coração repleto de luz bondade, seu nome merece estar aqui. 
À Maria de Lourdes (Bah ou Babah) por ser essa pessoa tão incrível e 
inspiradora, onde passa esmanja amor e encanta qualquer um com sua alegria 
e simplicidade, obrigada por ser quem é, esse ser de luz com um coração maior 
que o mundo e a minha tia Maria de Lourdes (Lulu) que mesmo estando longe e 
tendo muito tempo que não temos contato, fez parte dessa minha luta e trajetória 
me ajudando contribuindo para que pudesse chegar aqui. 
Ao meu namorado Ícaro por também sempre acreditar em mim e me 
animar todas as vezes que desacreditei da minha capacidade, imaginando ser 
incapaz de poder alcançar os meus sonhos. A cada conquista celebrou comigo, 
assim como nos meus piores momentos, foi meu reforço e estendeu a mão para 
poder me apoiar. 
Aos meus amigos de turma como também agora colegas de trabalho 
Evandro de Jesus, Lindomar Moraes, Hugo Albuquerque, Cleiton Cerqueira, 
Tiago Dantas, Mikaelle Carvalho, Joice Elias, Jariel Cleomar, Lucas Menezes 
por me acompanharem nessa jornada e terem me ensinado um pouquinho que 
cada um traz em sua bagagem. Agradeço por sempre me ajudarem, ter 
estendido a mãos nos perrengues e, sem sombra de dúvidas, por terem 
compartilhado comigo maravilhosos momentos de risadas e aprendizados, 
vocês foram e são essenciais na minha vida. 
Reforço meus agradecimentos para meus amigos Jariel Cleomar, Lucas 
Menezes e Tiago Dantas dos quais tive maiores vínculos. Com vocês eu 
compartilhei as melhores risadas, os melhores momentos e piores e com certeza 
as fofocas. Eu sei que, com vocês, eu sempre poderei contar e não há distância 
no mundo que faça mudar meu carinho por vocês. Vocês foram o melhor 
presente que a agronomia me deu. 
Às minhas companheiras de republica: Laís, Ana Gama, Ana Luísa 
(AnaLu), Ana Cláudia e Laura. Vivemos juntas por um bom tempo e fica 
impossível não criar vínculo. Compartilhei ótimas risadas e ótimos momentos, 
conviver com outras pessoas não é fácil, mas apesar de tudo, sempre nos 
entendemos muito bem e sempre foi nítido o carinho que conseguimos 
compartilhar desde o início. 
Aos meus professores Carlos Allan, Rafael Pombo, Lucimário Pereira e 
Núria Mariana sem vocês eu não teria chegado até aqui, seus ensinamentos 
foram e continuarão sendo essenciais e indispensáveis na minha vida, foram os 
melhores professores que tive em toda minha jornada de estudante. Seguirei 
cada passo e cada conselho dado assim como os levarei como inspirações na 
minha jornada de trabalho. 
 
RESUMO 
 
 
O presente trabalho tem como objetivo principal: evidenciar a viabilidade da 
produção da soja (Glycine max) no município de Ribeira do Pombal-BA, 
procurando, assim, analisar as características geográficas e climáticas da região 
para haver se há possibilidade da introdução da cultura no município. Dessa 
forma, essa cultura é de suma relevância econômica para os demais agricultores 
por ser de grande potencial produtivo e poder ser uma possível nova fonte de 
renda, além passar por processos de beneficiamento e ser vendido para outros 
produtores, agregando um maior valor à produção. Contudo, para que a Soja 
possa desempenhar todo seu potencial produtivo, é essencial que as condições 
ambientais atendam às necessidades da cultura e os manejos de implantação e 
produção sejam feitas de forma correta pois são fatores essenciais para o 
sucesso do cultivo. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Soja (Glycine max), Condições ambientais, Manejos de 
Produção, Implantação, Beneficiamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
This work has as main objective: to evidence the viability of soybean production 
(Glycine max) in the municipality of Ribeira do Pombal (BA), thus, trying to 
analyze the geographic and climatic characteristics of the region to determine 
whether there is a possibility of introducing this crop in the municipality. Thus, this 
crop is of great economic importance for other farmers because it has great 
productive potential and can be a possible new source of income, in addition to 
undergo for processing and being sold to other producers, adding greater value 
to production. However, for soybean to be able to perform its full productive 
potential, it is essential that the environmental conditions meet the needs of the 
crop and that implementationand production management are done correctly, as 
they are essential factors for the success of the crop. 
 
KEYWORDS: Soybean (Glycine max). Environmental conditions. Production 
Management. Implementation. Processing. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTAS 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
1: Ranking da agricultura, valor de produção no ano de 2020 ......................... 14 
2: Mapa temático da microrregião de Ribeira do Pombal-BA .......................... 19 
3: Delimitação da região Semiárida brasileira. ................................................. 24 
4: Plântula da soja. ........................................................................................... 27 
5: Estádios vegetativos da cultura da soja fundamentado na escala fenológica 
de Water R. Fer e Charles E. Caviness ........................................................... 29 
6:Rendimento comparado de plantas C3 e C4 ................................................ 31 
7: Soja sob plantio direto 8: Solo arado e gradeado .... 35 
9: Lagarta-da-soja, (Anticarsia gemmatalis Hübner) ........................................ 42 
10: Danos da lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens) na soja .......... 43 
11: Lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens) ..................................... 43 
12: Percevejo-verde (Nezara viridula); Percevejo-verde-pequeno (, Piezodorus 
guildinii) e Percevejo-marrom(Euschistusheros). ............................................. 44 
13: Lagarta-da-soja morta por Baculovirus anticarsia ...................................... 46 
14: Sementes de soja com sintomas de deterioração por umidade. À esquerda: 
sementes secas com enrugamento; no centro: sintoma .................................. 51 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
1: Dados pluviométricos do município de Ribeira do Pombal-Ba; Fonte: INEMA 
http://www.inema.ba.gov.br .............................................................................. 21 
2: Esquema ilustrativo da rotação de culturas.................................................. 38 
3: Organização do processo de aquisição dos estudos. .................................. 56 
4: Analítica para amostragem das 11 publicações reservadas para os resultados 
e discussões. .................................................................................................... 63 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 11 
2 DESENVOLVIMENTO .................................................................................. 13 
2.1 Referencial teórico ................................................................................. 13 
2.1.1 Importância da soja para o agronegócio ....................................... 13 
2.1.2 Cultura da Soja (Glycine max) ...................................................... 15 
2.1.2.1 Cultivares da soja ...................................................................... 16 
2.1.2.1.1 Cultivar RR.............................................................................. 17 
2.1.2.1.2 Cultivar de soja Intacta® ......................................................... 17 
2.1.2.1.3 Cultivar de soja convencional ................................................. 18 
2.2 Caracterização da área de estudo-Município de Ribeira do Pombal-BA.
 ..................................................................................................................... 19 
2.3 Mudanças climáticas na agricultura da região Nordeste ........................ 22 
2.4 Fatores que influenciam a produtividade da soja ................................... 26 
2.4.1 Morfologia e fisiologia da soja ....................................................... 27 
2.4.2 Metabolismo ................................................................................. 29 
2.4.3 Clima e temperatura ..................................................................... 31 
2.4.4 Estresse hídrico e irrigação .......................................................... 32 
2.4.5 Plantio ........................................................................................... 34 
2.4.5.1 Rotação de culturas ................................................................... 37 
2.4.5.2 Consórcio ................................................................................... 38 
2.4.6 Adubação ...................................................................................... 39 
2.4.7 Pragas .......................................................................................... 41 
2.4.8 Doenças ........................................................................................ 46 
2.4.9 Plantas daninhas .......................................................................... 49 
2.4.10 Colheita e pós-colheita ............................................................... 51 
3 METODOLOGIA ........................................................................................... 55 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................. 57 
5 CONSIDERAÇOES FINAIS .......................................................................... 68 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 70 
 
11 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
O cultivo da soja é exercido em todo o mundo, seu grão vegetal não é visto todos os dias 
na mesa e no dia a dia do consumidor, mas graças a sua grande demanda industrial, se encontra 
presente na alimentação de alguma forma. Uma ampla porcentagem de grãos dessa cultura é 
processada por muitas indústrias em que são transformados em diversos produtos e entregues 
aos consumidores podendo, então, estar presentes nas cozinhas, óleos, leite, proteína vegetal, 
carne animal e até na produção dos biocombustíveis. 
 Existem muitos fatores contribuintes para o consumo mundial da soja e dentre eles, há um 
crescente e grande poder aquisitivo da população nos países em processo de desenvolvimento, 
há consequências em que ocorrem mudanças nos seus hábitos alimentares. Contudo, torna-se 
notória a troca de cereais pela carne seja de origem bovina, suína ou de frango, resultando em 
uma maior demanda de soja que chega a compor cerca de 70% da ração para esses animais. 
Vale ressaltar sobre o crescente uso dos biocombustíveis fabricados a partir do grão, com isso, 
traz como bom resultado o interesse mundial tanto na produção quanto no consumo de energia 
renovável e limpa (FREITAS, 2011). 
Poder alcançar a máxima produtividade nas lavouras, é um dos grandes objetivos dos 
produtores para que assim também se possa alcançar o auge da sua produtividade. Para isso, é 
necessário que sejam feitas técnicas de manejo juntamente com um clima favorável ao cultivo. 
Tais técnicas que podem ser citadas desde o manejo do solo, plantas invasoras, pragas, doenças, 
sementes de qualidade como também a escolha de cultivares que se desenvolvam melhor de 
acordo com a região (CRUZ et al., 2016). 
O município de Ribeira do Pombal - BA, com o passar dos anos, cresce cada vez mais, 
não apenas nas atividades comerciais que dão valor e renda, mas também no ramo agrícola e 
agropecuário, pois quando ocorre a feira do munícipio, grande parte dos feirantes são agricultores 
da região, cultivam nas suas pequenas, médias e grandes propriedades no intuito de tirarem sua 
renda mensal. O ramo agropecuário também cresce, com os criadores de animais cada vez mais 
sérios e preocupados com a qualidade dos seus rebanhos afim de alimentá-los com produtos de 
qualidade e que estejam acessíveis com relação ao seu poder aquisitivo. 
Considerando o que foi exposto de que forma o agrônomo poderá intervir frente às 
condições que o município favorece para a implantação da cultura de acordo com as necessidades 
da mesma? Assim, o objetivo deste trabalhoé fazer uma avaliação da possibilidade do cultivo da 
12 
 
soja (Glycine max L.) de qualidade nas propriedades do município de Ribeira do Pombal-BA, de 
acordo com as condições edafoclimáticas e necessidade da cultura afim de trazer outra fonte de 
renda como também uma novidade para a região com ênfase nos fatores determinantes para 
alcançar boa produção como também nos fatores que possam prejudicar e trazer danos ao cultivo. 
Como objetivos específicos, tem-se descrever e caracterizar a área de estudo, analisando as 
condições climáticas e pluviométricas, visto que, a pesquisa trata da viabilidade da introdução da 
cultura, além de conhecer a morfologia, fisiologia e metabolismo, para assim, entender o 
comportamento do seu desenvolvimento de acordo com o ambiente, por fim, fazer uma análise 
das condições ideais para o cultivo da soja visando não apenas às exigências da cultura, mas 
também a melhor forma de plantio em todas as fases da planta. 
Portanto, o trabalho trata de uma revisão integrativa da literatura tendo como relevância 
tanto acadêmica e científica quanto social, por trazer questões associadas a uma nova cultivar para 
a região sendo uma possível nova fonte de renda local para os aqueles que tem como sustento 
as práticas agrícolas. Sabe-se que a soja possui uma grande cadeia produtiva no ramo do 
agronegócio que vai desde o fornecimento da matéria prima, os vendedores, produtores rurais, as 
revendas, o transporte como também cerealistas tendo outros envolvidos até chegar ao 
consumidor final. 
Com o decorrer dos anos e consequentemente com os avanços tecnológicos, os 
produtores rurais estão cada vez mais tendo acessos as informações com relação a área do 
agronegócio buscando, novidades como também bons resultados. Nesse tempo de buscarem 
conseguir bons resultados diversas vezes são esquecidos os conceitos básicos para um bom 
cultivo tais como: o conhecimento da cultura a ser introduzida, analise da região, do solo, as 
necessidades da planta e boas práticas de manejo onde podem se deixam levar apenas pelo 
possível lucro sem se darem conta que, para um cultura ser introduzida em um determinado local, 
é necessário fazer levantamentos básicos e correlacioná-los com a sua localidade. 
Diante do contexto, ressalta-se a importância desse estudo que está relacionado ao 
município escolhido e à possível viabilidade da implantação da cultura. Esta trará benefícios para 
a região em que podem originar maior ganho de produtividade agrícola, gerar não apenas renda 
ao produtor, mas também possíveis novos empregos e um destaque para a cidade. 
O trabalho é importante também a partir do momento que tem como intuito evidenciar a 
importância de se obter conhecimento da cultura implantada, do local escolhido e com essas 
informações fazer estudos e análises para verificar se a localidade, poderá atender as 
necessidades básicas da cultura bem como auxiliar na implantação de outras que se adequem ao 
município. 
13 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 Referencial teórico 
 
2.1.1 Importância da soja para o agronegócio 
 
A produção da soja, ao passar dos anos, conquistou grande valor econômico 
no agronegócio onde cresce cada vez mais. No território nacional, a cultura é o 
principal grão para comercialização, seu crescimento advém dos fatores de 
consolidação da oleaginosa ser uma importante fonte de proteína vegetal, em 
especial, para atender à grande demanda de setores voltados a produtos de origem 
animal; oferta de novas tecnologias que ajudem não apenas a expandir como também 
a explorar a produção de soja nas demais localidades do território nacional, visando 
novas produções que ajudam não apenas a quem cultiva, mas também na economia 
e na oferta do produto seja in natura ou derivado para atender a demanda populacional 
(HIRAKURI e LAZZAROTTO, 2014). 
Diante do exposto, o mercado da soja, em grande parte, é voltado para diversos 
setores alimentícios desde a comercialização in natura, farelo, óleos, derivados e até 
os biocombustíveis em que se encaixa no setor industrial de biodiesel. Então, em 
qualquer ângulo do agronegócio observado, são perceptíveis os grandes avanços que 
ocorreram ao passar dos anos, em que se tratando da soja, a sua expansão deve-se, 
em boa parte, ao aumento da importância dos grãos e seus derivados para o mercado 
interno e externo. Vale ressaltar que com o avanço das tecnologias e bons manejos 
de produção que proporcionam sustentabilidade para o Brasil, a melhor governança 
ajudou na maximização dos lucros do produtor (GAZZONI, 2012). 
A expansão da soja no Brasil ocorreu nos meados dos anos 70 tendo interesse 
na indústria dos óleos. Em 1975, a produção da cultura era feita com cultivares e 
técnicas que vinham de fora do país especificamente, os Estados Unidos, porém, o 
cultivo em grande escala apenas dava certo nas regiões do Sul em que as cultivares 
obtinham ambientes com condições parecidas a seu verdadeiro país de origem. Com 
isso, houve a criação da cultivar tropical para as regiões tropicais do solo brasileiro e, 
logo após, houve outras criações de novas cultivares que possam se adaptar às 
14 
 
demais localidades trazendo estabilidade. Vale ressaltar que o cultivo trouxe para o 
país um aumento no mercado de sementes dando estabilidade para uma maior 
exploração econômica em regiões onde as terras não tinham nada além de matas e 
cerrados (PONTES et al., 2009). 
Nesse sentindo, pode-se considerar que a cadeia produtiva da soja ajudou e 
ainda ajuda no setor econômico brasileiro, onde houve exploração para a 
implementação do cultivo em outras regiões com cultivares criadas para uma melhor 
adaptação e melhor produção, ressaltando que, além de ajudar no setor econômico 
do país, ajuda também no setor regional da localidade escolhida e o produtor 
responsável pelo cultiv,o usando as cultivares apropriadas e com técnicas de manejo 
mais eficazes para o plantio (HIRAKURI e LAZZAROTTO, 2014). 
 
Figura 1: Ranking da agricultura, valor de produção no ano de 2020 
Fonte: CONAB (2020) 
 
Enfatiza-se a região Nordeste, o enfoque deste trabalho, é caracterizada como 
a terceira maior extensão do país como também a terceira maior economia. A sua 
participação na Produção interno Bruto Brasileiro (PIB) foi cerca de 13% no ano de 
2008, porém, a região continua tendo o PIB mais baixo com um grande nível de 
pobreza. Sobre a produção de soja, é responsável por 17,3% do valor bruto da 
produção (VPB), obteve uma expansão anual de 26,9%. A Bahia passou a ter grande 
destaque mostrando representatividade na região, os principais municípios 
responsáveis da região baiana na produção de soja são: São Desidério, Formosa do 
15 
 
Rio Preto, Luís Eduardo Magalhães e Barreiras. Esses cinco municípios, juntos, 
possuem a responsabilidade de 75% da produção em todo o estado e 42,7% em toda 
região Nordeste (DE SOUZA, 2012). 
É perceptível que a região baiana tem se mostrado bastante produtiva no 
plantio da soja apresentando grande expansão como também demanda do produto 
em que tende a aumentar com o passar dos anos, um fator importante a ser 
considerado para fazer planejamentos de produção.Com esses bons resultados da 
produção de soja na região, haverá contribuição na melhora da economia do estado 
consequentemente ajudando a combater a fome e pobreza que afeta toda a região 
Nordeste em grande quantidade, pois o crescimento da economia além de importante, 
é indispensável para a redução da fome e pobreza no mundo. Vale ressaltar que, com 
o aumento do PIB de um país, em contribuição das atividades agrícolas, o efeito da 
redução da fome é bem maior se comparar ao aumento do PIB sem a contribuição 
das atividades agrícolas (BALERINI, 2013). 
 
2.1.2 Cultura da Soja (Glycine max) 
 
A soja é uma planta de origem asiática, o seu cultivo é totalmente diferente se 
for comparado a uns cinco milênios atrás em que eram plantas tipo rasteirasdesenvolvidas próximas a rios e lagos, nomeada de soja selvagem (MOZZAQUATRO 
et al., 2017). Com o passar dos anos, a sua evolução começou com o surgimento de 
novas plantas das quais eram originárias do acasalamento natural entre duas sojas 
silvestres, também domesticadas e aprimoradas pelos chineses (MORAES et al., 
2021). Como mencionado, é uma cultura de origem no continente asiático, mais 
especificamente chinesa, muito rica em proteínas, em que a sua introdução na 
agricultura foi feita há bastante tempo, com mais de 5.000 anos. 
 O primeiro registro dos grãos da soja foi feito no livro “Pen Ts’ao Kong Mu” em 
que nesse livro havia descrições das plantas na China para o imperador Sheng-Nung. 
Sua introdução no Ocidente apenas ocorreu por volta do século XV, no continente 
Europeu com uma finalidade totalmente diferente da China, em que, no lugar do seu 
uso para a alimentação, era feito para decoração nos jardins botânicos da França, 
Inglaterra e Alemanha (BERTRAND et al., 1987). Ainda afirmam que, para os chineses 
naquele tempo, a soja era um dos grandes pilares da agricultura, junto com o cultivo 
16 
 
do arroz, trigo, cevada e milheto. Seu papel perante a sociedade era muito importante 
no país, pois era utilizada como objeto de empréstimo usuário e ainda era um dos 
principais alimentos acumulados pelos monges budistas. 
A cultura é típica de países temperados, foi tropicalizada e atualmente é uma 
das culturas que mais se estabeleceu no território nacional. O início do seu cultivo 
deu-se nos estados da região Sul nos meados de 1970, progredindo para uma 
expansão na região do cerrado a partir da década de 80. Em 1990 as áreas onde se 
encontravam o cultivo da soja já tinham um grande progresso na parte central do país 
sendo bem associado à expansão da lavoura da soja no cerrado. Com o passar dos 
anos e o progresso do cultivo, o Brasil nos anos de 2003 e 2004 se tornou um grande 
exportador mundial, representando respectivamente 8% das exportações 
(DOMINGUES et al., 2014). 
 
2.1.2.1 Cultivares da soja 
 
O aumento das áreas cultivadas e o aumento de produtividade se deve ao 
melhoramento genético. O seu desenvolvimento, para a produção de novas cultivares, 
tendem a promover melhorias na cadeia produtiva com relação ao aumento e 
estabilidade da cultura. Entretanto, vale ressaltar a importância da avaliação dessas 
cultivares pelas regiões produtoras pelo fato de que os genótipos introduzidos podem 
afetar positivamente o desenvolvimento da planta em determinado local ou ser inviável 
em demais localidades (CORREIA et al., 2017). 
De acordo com os autores Silva e Duarte (2006), existem avaliações voltadas 
para a identificação de cultivares que possuem maior estabilidade no desenvolvimento 
e respostas previsíveis com relação às variações ambientais do qual vai depender do 
ambiente de cultivo que poderá influenciar positivamente ou negativamente nas 
características agronômicas da planta. 
As cultivares sejam do tipo determinadas, semideterminadas ou 
indeterminadas, possuem bom potencial de produção. Cultivares indeterminadas 
tender a ter um processo reprodutivo maior em que positivamente tendem a se 
recuperar melhor dos efeitos decorrentes do estresse hídrico, por escassez de água 
ou excesso. Necessitam de um cuidado maior se tratando de desfolha e controle de 
pragas nesse período (THOMAS, 2018). 
17 
 
Para a escolha da melhor cultivar que apresentará melhor desenvolvimento e 
desempenho por região deverá ser feita uma série de testes com outras cultivares 
fazendo, então, comparações com base nas características produtivas (CORREIA et 
al., 2017). 
 
2.1.2.1.1 Cultivar RR 
 
A utilização da soja transgênica Roundup Ready© que possui resistência ao 
glifosato foi uma grande revolução no mercado mundial da cultura da soja. Sua 
implantação no Brasil teve autorização no ano de 2005, aprovada pela Lei da 
Biossegurança. Nessa cultivar há a inoculação da sequência CP4 EPSPS no genoma 
das cultivares comerciais, em que há a tolerância do ingrediente ativo do glifosato. A 
utilização do herbicida glifosato é aplicada na pós-emergência na cultura da soja RR, 
considerada como boa alternativa para o controle de plantas invasoras por causa da 
sua viabilidade econômica (GRIS et al., 2013). 
O glifosato é um herbicida que pertence ao grupo químico dos derivados da 
glicina, possui amplo aspecto e também não seletivo para o controle das plantas 
daninhas. Seu mecanismo de ação é capaz de inibir a enzima 5-enolpiruvil-chiqui-
mato-3-fosfato-sintase (EPSPs) uma enzima que atua na biossíntese de aminoácidos 
aromáticos tais como a triptofano, fenilalanina e tirosina (CASTRO et al., 2017). 
O estado nutricional da soja RR pode ser influenciado pelo glifosato com uma 
diminuição nos teores da área foliar macro e micronutrientes. Os efeitos sobre a soja 
transgênica são dependentes dos fatores com relação à variedade, grupo de 
maturação e com a época de aplicação e dose, há também efeitos deletérios do efeito 
do glifosato com relação à nodulação, há muitas variedades da soja transgênica no 
território brasileiro (ZOBIOLE et al., 2012). 
 
2.1.2.1.2 Cultivar de soja Intacta® 
 
O uso dos inseticidas é de grande ajuda ao combate no controle de pragas se 
forem usados de forma adequada, pois com o uso inadequado pode acarretar a 
ineficiência do controle e também pode afetar os inimigos naturais dos quais ajudam 
no controle das pragas, é importante dar entrada às estratégias para redução do uso 
18 
 
de herbicidas. Como alternativa há a utilização de cultivares resistentes a insetos, no 
caso da soja, fez-se o uso da tecnologia transgênica através da introdução de um 
gene que dão maior resistência às plantas da soja, então, chamada de Intacta® 
(GOFFI et al., 2017). 
Ainda, segundo Goffi et al., (2017) Plantas transgênicas possuem uma proteína 
chamada de Cry1Ac, é derivada da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt) oferece à soja 
maior resistência aos insetos praga da ordem lepdoptera que atacam a cultura da soja. 
Quando as lagartas forem se alimentar, ingerem essa proteína se ligará ao seu tubo 
digestivo acarretando a morte da praga, pois promove o rompimento da membrana do 
intestino médio. 
As cultivares da soja que possuem a tecnologia Intacta® ficaram disponíveis 
no Brasil há pouco tempo e o seu cultivo foi liberado de acordo com a legislação 
brasileira no ano de 2010, porém a sua introdução no mercado foi por volta do ano de 
2013. Com essa tecnologia, espera-se que haja uma queda dos problemas causados 
pelas lagartas, como a lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis), falsa-medideira 
(Pseudoplusia includens e Rachiplusia nu), broca das axilas (Crocidosema aporema) 
e lagarta das maçãs (Heliothis virescens). Essa tecnologia permitirá que o produtor 
utilize menos inseticidas e como consequência positiva, a redução dos custos de 
produção da sua lavoura elevando a sua produtividade e lucro. Vale ressaltar que, 
para ter acesso e utilizar essa tecnologia, é imprescindível que se faça o pagamento 
de taxas tecnológicas chamados de “royalties”, onde eleva seu custo de produção 
(BASTOS,2020). 
 
 
2.1.2.1.3 Cultivar de soja convencional 
 
 
As sementes de soja que não possuem nenhum tipo de melhoramento genético 
podem ser denominadas de convencionais. Seu cultivo em média necessita cerca de 
duas a três aplicações de defensivos em mistura e, com isso, há aumento do custo da 
mão-de-obra e da matéria prima durante todo o processo de produção (DE MELO et 
al., 2016). 
19 
 
Um dos motivos para que os produtores deixassem de usar, cada vez mais, 
sementes convencionais foi por causa do auto custo de herbicidas para plantas 
daninhas que afetam as propriedades, o difícil controle de pragas que, na maioria das 
vezes, adquirem resistência aos agrotóxicos obrigando os produtores a aumentarem 
as dosagens para que a safra de soja convencional não sejaperdida. Além do auto 
custo para a produção e manejo o uso excessivo de produtos químicos, afetam 
drasticamente todo o ambiente natural trazendo, então, a soja transgênica como uma 
melhor opção e solução para o problema, além de garantir maior produtividade 
(PELAEZ et al., 2004). 
 
 
2.2 Caracterização da área de estudo - Município de Ribeira Do Pombal-BA 
 
 
 
Figura 2: Mapa temático da microrregião de Ribeira do Pombal-BA 
Fonte: GAMA e JESUS,2018. 
 
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a 
microrregião é pertencente à mesorregião Nordeste da Bahia com uma extensão 
territorial de 8.237,3 km², com uma população a cerca de 342.890habitantes 
(BRASIL, 2013; 2016), dividido nos municípios de: Adustina, Antas, Banzaê, Cícero 
Dantas, Cipó, Fátima, Heliópolis, Itapicuru, Nova Soure, Novo Triunfo, Olindina, 
Paripiranga, Ribeira do Amparo e Ribeira do Pombal totalizando em quatorze 
municípios respectivamente. 
O município de Ribeira do Pombal possui solos variáveis, distribuídos, ao 
extremo da região Nordeste de Podzólico Vermelho Amarelo., um pouco mais de 10%, 
20 
 
distribuído ao extremo Norte e Nordeste são de Podzólico Vermelho Amarelo 
Equivalente Eutrófico e, por fim, o Planossolo ao Leste com menos de 1% (EMBRAPA, 
1973; EMBRAPA, 2006). 
De acordo com Gama e Jesus (2018), afirma sobre os solos do município em 
que se pode, então, concluir que os solos da região são constituídos por tipos 
arenosos, quartzosos, profundos, permeáveis, pouco férteis e sua distribuição de 
relevo muito plano além do Latossolo Vermelho Amarelo, em que também pode ser 
encontrado em áreas de vegetação de floresta, como em campo cerrado, em relevo 
que pode variar de plano a um forte ondulado, caracterizado por seu estágio 
avançado de intemperização que são, então, formados por boa parte da fração areia-
quatzossa e argila com baixa atividade e baixa capacidade de troca catiônica. É 
Vermelho-Amarelo (LV), possui baixa presença do teor de ferro e valores da relação 
sílica/alumínio. 
O clima da região da área de estudo é tropical do tipo Bsh, podendo ser 
caracterizado como seco e quente, de acordo com a classificação Köppen. Sua 
localização se encontra na mesorregião do nordeste baiano, a 271 km de Salvador, 
na área do polígono das secas significando irregularidade na frequência das chuvas 
tendo como temperatura média anual de 23ºC a 24.4ºC (GAMA e JESUS, 2018). 
O clima tipo Bsh, ou seja, semiárido quente que está presente no Nordeste se 
caracteriza por pouca quantidade de chuva e distribuição, pouca nebulosidade, muita 
insolação, altos teores de evaporação assim como temperaturas médias elevadas, 
baixa umidade relativa do ar, pouca quantidade de chuvas durante o ano mesmo. 
Mesmo em épocas de chuva a irregularidade na distribuição da mesma ainda 
permanece podendo deixar de ocorrer e com isso gerar seca na região (GANEM, 
2017). 
Segundo Dos Santos et al. (2012) com relação à precipitação da região, houve 
registros de chuva em todos os meses do ano, variado de 85,0mm para seu máximo 
no mês de abril e de 30,2mm para seu mínimo em outubro, podendo então totalizar 
cerca de 745,5 mm durante o ano. 
A seguir, tem-se a tabela com os dados pluviométricos do município de Ribeira 
o Pombal-Ba decorrente dos últimos 10 anos: 
21 
 
 
Tabela 1: Dados pluviométricos do município de Ribeira do Pombal-B; 
 Fonte: INEMA http://www.inema.ba.gov.br 
 
Ao observar a tabela, nota-se que nos últimos 10 anos, houve variações nos 
índices pluviométricos do município, em que é perceptível uma diferença e 
variabilidade tantos nos meses quanto nos anos demostrando diminuição na 
quantidade de chuvas. É importante ressaltar que o conhecimento do comportamento 
das precipitações de um determinado local é de grande auxílio para poder auxiliar 
sobre os períodos mais críticos da localidade tendo condições para poder fornecer 
informações que ajude na redução das possíveis consequências causadas pelas 
inconstâncias das chuvas e secas (DE SIQUEIRA et al., 2007). 
 
 
 
 
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL 
2001 
 
160,8 122,2 124,6 10,4 22,6 26,3 31,2 
 
2001 194,2 49,5 25,5 15 46 76,8 35,2 36,2 35,5 0,8 15,5 66,5 596,7 
2003 16,8 
 
8,5 126,5 86,5 73,8 43,2 36,8 23 110,5 0 
 
2004 42,8 173,2 
 
2005 
 
107,2 59,5 8,5 0 100,2 13,8 
 
2006 5,5 7,8 19 83,8 54 163,5 72,2 50,8 60,2 73,8 29,2 37,5 657,31 
2007 5,8 122 101,2 68,5 78,5 67,8 53,5 44,8 29,8 15,2 25,5 8,5 621,1 
2008 23,8 40,5 72 35,2 123,2 64,8 55,2 44,8 23,8 1,8 3,8 47,5 536,41 
2009 70,8 14,5 0,5 53 95,2 66,2 66,2 62,5 23,2 98,2 0 39,5 589,8 
2010 26,5 15,2 98,8 194,5 30 96 217 43,8 63 
 
2011 
 
47,5 165,5 120,2 62,5 47,8 44,8 36 12,5 59,5 69,5 
 
2012 
 
5 23,5 19 38,8 58,8 
 
2013 43,5 1 2 45,8 112 66,2 102,2 60 51,2 89,2 43,8 116,8 733,7 
2014 5 31 48,5 57,8 53,2 77 92,2 60,2 25,8 45,2 79,5 35,8 611,2 
2015 22,5 49 22,5 24,5 167,2 63,5 63,2 83,8 9,2 10,5 
 
2016 237,8 45,8 
 
17 13 3 11,5 
 
2017 0,5 
 
168 22,5 10,2 49 
 
2019 
 
170,6 11,2 6 186,2 145,8 63 25,6 40 41,8 2 
 
2020 66 44,8 98,8 2,2 0 0 0 3,4 19,6 6,8 74 0,2 315,8 
2021 14,4 32,6 22,8 75 
 
54,8 125,4 37,4 
 
Média 51,73 48,18 65,21 53,35 69,85 81,06 83,23 53,7 36,48 32,64 42,19 32,85 650,47 
http://www.inema.ba.gov.br/
22 
 
2.3 Mudanças climáticas na agricultura da região Nordeste 
 
 
 De acordo com Delazeri (2015) analisando os estudos do Intergovernment 
Panel on Climate Change (IPCC) um dos efeitos mais discutidos e debatidos com 
relação à atividade econômica sobre o meio ambiente, de fato, são as variações 
climáticas causadas pelos gases do efeito estufa (GEE´S). Tornaram-se, cada vez 
mais perceptíveis, que as atividades humanas alteram e contribuem para a 
concentração dos GEE´S. O quinto relatório de avaliação, o IPCC traz um cenário 
otimista em que haverá um aumento de temperatura de 1,7ºC relacionado aos níveis 
pré-industriais, se as emissões dos gases persistirem em relação à atualidade. Já 
numa visão e cenário pessimista, o aumento de temperatura pode chegar até 4,8°C 
onde os países ainda em desenvolvimento sofrerão as maiores consequências que 
os demais. 
A procura de meios e métodos que ajudem a reduzir as emissões dos gases 
do efeito estufa (GEEs) dos quais causam grandes danos ao meio ambiente é uma 
preocupação que também atinge o ramo empresarial, uma consequência dos 
impactos gerados tanto pelo aquecimento global quanto para as mudanças climáticas 
podendo destacar principalmente daqueles dos quais sua produção depende dos 
insumos naturais como seus principais recursos (DE ANDRADE et al., 2013). 
Com o aumento dos gases do efeito estufa na alta troposfera sendo associada 
com a destruição da camada de ozônio resulta numa transformação da composição 
da camada atmosférica e também do mecanismo de seus gases. Nessa direção, além 
do aumento da temperatura ser o indicador das mudanças climáticas, outros fatores 
podem indicar as mudanças tais, por exemplo, diminuição de 10% da neve de todo o 
planeta desde 1960 (QUEIRÓS et al., 2006). 
Os efeitos do aquecimento global podem afetar de forma significativa a 
produção de alimentos em que as perdas de produção alcançariam cerca de R$ 7,4 
bilhões no ano de 2020, se agravando com o passar dos anos e esse valor aumentaria 
até R$ 14 bilhões até 2070. Tirando a cana-de-açúcar, todas as culturas seriam 
afetadas e consequentemente sofreriam uma redução das áreas de baixo custo 
podendo-se destacar: soja, milho e café. As culturas do milho, arroz, feijão, algodão e 
o girassol na região Nordeste sofrerão grande redução na área de baixo risco 
23 
 
acarretando também perdas de produção, já a mandioca obterá um ganho da área de 
baixo risco, porém na região perderia sua produtividade (MARENGO, 2014). 
No continente Brasileiro a elevaçãodo nível do mar pode afetar todas as 
regiões onde os desequilíbrios podem ocasionar alterações que causam aumento da 
ocorrência e intensidade de enchentes e épocas secas, maior expansão de doenças 
endêmicas, mudanças nos regimes hidrológicos, perdas na agricultura e as ameaças 
na biodiversidade. É perceptível que tanto o meio ambiente quanto o homem sentem 
os impactos causados pelas mudanças climáticas que preocupam toda a sociedade 
(DOS SANTOS et al., 2013). 
Assim, é perceptível que os impactos causados pela ocorrência das mudanças 
climáticas em todo o planeta são extremamente preocupantes, podem trazer 
transtornos e prejuízos na ordem econômica, social e no ramo agrícola da qual se 
beneficia e depende dos recursos naturais oferecidos pelo planeta. 
As mudanças climáticas produzem grandes impactos que não apenas podem 
como já possuem reflexos no meio ambiente onde essas mudanças vêm afetando 
padrões de precipitação e evapotranspiração nas regiões, onde tem repercutido e 
afetado em todo regime hidrológico, biológico e agrícola (PINTO et al, 2008). Esses 
impactos causados por conta dessas mudanças comprometem todo o funcionamento 
do ecossistema e agrossistema fazendo mudanças e alterações na oferta dos serviços 
ambientais onde consequentemente há redução do oferecimento de água, fertilidade, 
conservação do solo dos quais são de grande importância no ramo agrícola para o 
alcance de uma boa produção (DOS SANTOS et al., 2013). 
O Brasil possui grande influência e importância no ramo da agricultura, está 
entre um dos maiores produtores agrícolas do mundo. Isso pode ser explicado com 
relação ao país que possui diversos fatores contribuintes ao seu favor como 
vantagens no mercado, tais como as condições climáticas, pois em algumas regiões 
tendem a permitir produção ao longo de todo o ano, obtendo assim vantagens 
comerciais. Vale ressaltar que a prática da agricultura é dependente das condições 
ambientais, porém com o passar dos anos, houve mudanças no ecossistema em que 
atualmente presenciam-se mudanças dos eventos climáticos, desordenados com 
aumentos de temperatura, sazonalidade nos índices pluviométricos, derretimento das 
geleiras, casos de furacões, assim, há mudanças climáticas de todo o planeta 
(MORAES, 2011). 
24 
 
Ainda de acordo com Moraes (2011), é evidente que os fatores edafoclimáticos 
são essências para a agricultura, avalia-se, então, que qualquer alteração nos valores 
e condições climáticas podem afetar todo o zoneamento agrícola, produtividade e 
manejo que podem afetar modificando todo o cenário da agricultura trazendo 
consequências econômicas, sociais e, sem sombra de dúvidas, ambientais. 
As mudanças climáticas no Brasil interferem de forma negativa e dificulta o 
acesso à água. As rápidas alterações climáticas vindas no decorrer dos anos com 
combinações na forma da ausência ou então escassez das chuvas, altas 
temperaturas e altos índices de evaporação junto com as competições para obter 
recursos hídricos podem agravar de forma catastrófica uma crise. Vale ressaltar que 
aqueles mais afetados com todos esses acontecimentos são as regiões onde 
predominam maiores índices de temperaturas elevadas e baixas frequências de 
chuvas, ou seja, afetam a população mais carente como os agricultores do semiárido 
no Nordeste (MARENGO et al., 2011). 
 
 
Figura 3: Delimitação da região Semiárida brasileira. 
Fonte: (DELAZERI, 2015) 
 
As regiões semiáridas são conhecidas por possuírem baixas precipitações, 
deficiência hídrica, solos com baixo acúmulo de matéria orgânica e nutrientes, 
salientando que se caracteriza pelo alto índice de pobreza, altos índices de 
analfabetismo, indicadores socioeconômicos baixos, como também concentrada 
estrutura hídrica produtiva e social, boa parte situa-se mais no meio rural (TEIXEIRA 
e PIRES, 2017). 
25 
 
O Nordeste do Brasil possui cerca de aproximadamente 121.911.200hectares, 
60.246.021 desses hectares é chamada de polígono das secas área que Ribeira do 
Pombal está localizada. As irregularidades das chuvas, assim, como temperaturas 
elevadas são características decorrentes que afetam oito estados que vão do Piauí 
até a Bahia e um estado localizado na região sudeste do país, Minas Gerais. Com 
relação aos fatores físicos característicos de uma paisagem semiárida, os solos rasos 
e pedregosos cobertos da vegetação caatinga trazem desafios ao homem que usava 
esses recursos para a sua sobrevivência (RAMALHO, 2013). 
Para Pereira e Gonzalez (2014), as regiões Norte e Nordeste do país são as 
regiões que possuem mais vulnerabilidade e as que mais são afetadas com relação 
as mudanças climáticas. Se tratando da região Nordeste a quantidade das chuvas 
diminuiriam cerca de 2-2,5 mm/dia até 2100, consequentemente afetaria, de forma 
negativa, a agricultura e as pastagens não se esquecendo que também atinge o 
pastoreio dos animais em campo. 
Especificamente, o semiárido tem sua história voltada para a variabilidade 
climática em destaque as secas. O semiárido é uma região com bastante insolação e 
temperaturas elevadas com 300mm e 800mm em média. Contudo, há dois problemas 
a retratar: um deles é grande variabilidade interanual e intra-anual, em que alguns 
anos pode chover muito pouco, em poucos meses ou então semanas. O outro 
problema são as altas taxas de evapotranspiração, resultam que o balanço hídrico 
seja negativo em boa parte do ano (MENZES et al., 2011). 
Além da insegurança hídrica que os efeitos da escassez de água trazem para 
a agricultura, há tendências de sofrerem com o aumento das temperaturas e 
consequentemente aumento da evapotranspiração, substituindo a vegetação 
semiárida para uma vegetação de ambientes áridos. Esses acontecimentos tendem a 
resultar em situações onde o mapa agrícola é afetado e a segurança alimentar tende 
a diminuir, além de trazer resultados negativos com semelhança à relação comercial 
em que a exportação de alimentos tende a cair (ROJAS e FABRE, 2017). 
Diante do que foi exposto, é possível perceber que, conforme os 
acontecimentos do aumento de temperatura e a diminuição da disponibilidade hídrica 
na região semiárida, as mudanças no clima tendem a afetar e piorar de forma negativa 
as condições climáticas, sociais e econômicas. Da quais agravam as questões de 
pobreza, desigualdade de renda relacionadas às diversas variações climáticas 
26 
 
resultando na desistência dos moradores a permanecerem na zona rural fazendo com 
que migrem para localidades urbanas. 
 
2.4 Fatores que influenciam a produtividade da soja 
 
Para obter uma lavoura com população adequada, depende de muitos fatores, 
que variam de um bom preparo do solo, semeaduras feitas em épocas onde há melhor 
e maior disponibilidade hídrica, a utilização correta de herbicidas, regulagem da 
semeadora como a densidade e profundidade e, por fim, a obtenção de sementes com 
alta qualidade e procedência (VAZQUEZ et al., 2008). 
Segundo Vivan et al. (2013), a produtividade de uma cultura pode ser definida 
pela interação genótipo ambiente, ou seja, entre o genótipo da planta, o ambiente de 
produção e o seu manejo, então, quando ocorre a indisponibilidade de um desses 
fatores para o desenvolvimento, a tendência é o surgimento da interferência dos 
resultados, em que pode haver perdas na produção. Vale ressaltar que é importante 
obter o conhecimento dos estádios de seu desenvolvimento e a fisiologia onde juntos 
às interações com o ambiente possam alcançar elevados níveis de produtividade. 
Diante disso, é essencial fazer o zoneamento agrícola para cada região que 
determinará a melhor época de semeadura para cada município e, assim, possa 
permitir um melhor desenvolvimento do cultivo. O fotoperíodo e a temperatura 
possuem grande influência sobre o número de primórdios reprodutivos e a taxa de 
desenvolvimento, estes refletem na estatura de planta o ciclo e o seu potencial na 
produtividade de grãos(PEDROTTI, 2014). 
Conforme Wink (2017), a fenologia depende de vários fatores 
agrometereológicos em que as plantas possuem certa sensibilidade em cada estádio 
que se encontra do seu desenvolvimento. A ideia é, para poder otimizar a 
produtividade, é imprescindível que haja coincidência com os estágios fenológicos 
críticos junto com as condições do ambiente mais favoráveis diminuindo o estresse 
nos estágios mais vulneráveis e sensíveis. 
O autor ainda enfatiza que, dentro dos fatores limitantes para a produção de 
soja, pode-se dar destaque a época de semeadura, cultivares, adubação e o arranjo 
de plantas. Para mais precisão sobre os fatores limitantes, vale ressaltar a falta da 
27 
 
integridade da área foliar, a captação da luz solar e a capacidade da translocação dos 
fotoassimilados. 
 
2.4.1 Morfologia, fisiologia da soja e fenologia 
 
 
A soja é um vegetal herbáceo pertencente à família das Leguminosas, possui caule 
híspido, não muito ramificado com raízes do tipo pivotante, seu caule é do tipo herbáceo, ereto, 
revestido de pelos com altura média de 0,5 a 1,5 m. Possui três tipos de folhas: que são as 
cotiledonares, as simples e as trifolioladas. Suas folhas são do tipo alternadas, com pecíolos 
grandes de 7 a 15 cm de comprimento, suas flores são de fecundação autógama, com cores que 
variam de branca, roxa ou intermediária. Essa cultura desenvolve vagens levemente arqueadas 
que, de acordo com o amadurecimento, ocorre a mudança da cor verde para um marrom-claro, 
contendo de uma a cinco sementes lisas, elípticas ou globosas, com coloração amarelo pálido, de 
hilo preto, marrom ou amarelo-palha (SILVA, 2018). As sementes são arredondadas, achatadas 
ou então, alongadas de cores e tamanhos diferentes (NOGUEIRA et al., 2013). 
As flores da soja podem ser completas ou perfeitas, possui cálice e corola e órgãos sexuais 
que são o gineceu e androceu, então, hermafrodita e esse tipo de flor favorece autofecundação. 
Possui tamanho variando entre 3 a 10mm, inflorescência ocorre na parte das axilas das folhas 
como também na parte do ápice das ramificações do caule. A abertura das flores ocorre no período 
da manhã, influenciada por questões da temperatura e humidade (VIEIRA et al., 2010). 
 
Figura 4: Plântula da soja. 
Fonte: (Farias, 2007) 
28 
 
A semente da soja possui a germinação do tipo hipógea, os cotilédones continuam abaixo 
do solo e não há o desenvolvimento do hipocótilo e sim o do epicótilo. Os cotilédones são mais 
carnosos e ricos em nutrientes onde são usados para a germinação e no estabelecimento inicial. 
Vale ressaltar que necessitam de menos nutrientes para o desenvolvimento geralmente são 
encontrados em solos mais pobres. Essas espécies também não precisam de tanta luz para seu 
estabelecimento. Tais plantas que possuem esse tipo de germinação se estabelecem de forma 
mais lenta, porém em compensação crescem mais rápido do que plantas com germinação epígea, 
depois da fase de estabelecimento (GURGEL et al., 2012). 
Para a implantação de uma lavoura, um dos pontos que devem ser bastante considerados 
e de grande importância é o vigor das sementes, pois é um dos principais atributos com relação à 
qualidade fisiológica. Sementes que possuem baixo vigor tendem a não alcançar boa 
produtividade principalmente no crescimento inicial da cultura (SCHEEREN et al., 2010). 
Os processos fisiológicos tanto da germinação quanto o vigor são influenciados pelos 
teores de proteínas, lipídios, amido e açúcares onde as sementes de baixo vigor tem uma 
velocidade de emergência inferior comparada com sementes de alto vigor. As sementes de soja, 
vindas de outras cultivares, podem ter uma variância com relação à composição química por causa 
das condições ambientais da qual possa estar inserida com potenciais reflexos em relação à 
qualidade fisiológica (DELARMELINO-FERRARESI et al., 2014). 
As plantas da soja possuem duas fases do seu desenvolvimento: a vegetativa 
representada pelo V e a reprodutiva representada pelo F. Na fase vegetativa é subdividida em V1, 
V2 e V3 indo até o Vn. Os dois primeiros estádios não contam, pois ambos são caracterizados 
como estádio de emergência e estádio de cotilédone (VE e VC). O Vn caracteriza o último nó 
formado onde “n” variar em função das condições do ambiente que se encontra (FARIAS et al., 
2007). Retrata, ainda, que esse sistema de divisão dos estádios da soja em reprodutivos e 
vegetativos são uma metodologia proposta pelos estudos de Water R. Fer e Charles E. Caviness 
em 1977 os estádios são de grande utilidade para pesquisadores, agentes das assistências tanto 
técnicas quanto públicas e privadas, extensionistas e produtores. Utiliza-se em todo mundo 
apresentando todas essas características. 
 
29 
 
: 
Figura 5: Estádios vegetativos da cultura da soja fundamentado na escala fenológica de Water 
R. Fer e Charles E. Caviness 
 Fonte: (FARIAS et al, 2007). 
 
O estádio vegetativo representa a emergência dos cotilédones, depois da emergência o 
hipocotilio que está curvo se endireita, para seu crescimento e os cotilédones se abrem e também 
se expandem. No estádio VC os cotilédones estão abertos e expandidos, os seus bordos e as 
folhas unifolioladas não se tocam, porém a planta continua dependente das reservas dos 
cotilédones para as suas necessidades nutricionais (FARIAS et al., 2007). 
Tratando-se dos estádios reprodutivos da cultura da soja eles se constituem de quatro 
fases do seu desenvolvimento reprodutivo que são as fases do florescimento que vai do estádio 
R1 ao R2, o desenvolvimento da vagem ocorrendo do estádio R3 e R4, os desenvolvimentos dos 
grãos com os estádios R5 e R6 e por fim, a fase de maturação da planta, concluída pelos estádios 
R7 e R8 (BERNIS e VIANA, 2015). 
Durante todos os estádios, é importante que a planta esteja nutrida com boa disponibilidade 
para a absorção de água e nutrientes através do solo ou então via foliar. Cada nutriente possui um 
papel com relação ao metabolismo das plantas, qualquer desequilíbrio do seu fornecimento 
podem causar sérios danos ao desenvolvimento como também poderá causar a morte. O 
nitrogênio é o nutriente da qual a planta mais necessita, pois constitui-se de ácidos nucleicos, 
proteína e as moléculas. Por causa do seu alto teor de proteínas nos grãos, consequentemente 
há uma demanda maior da necessidade do Nitrogênio (BERNIS e VIANA, 2015). 
 
2.4.2 Metabolismo 
 
É uma planta do metabolismo fotossintético tipo C3, em que plantas pertencentes a este 
ciclo fotossintético recebem esse nome pelo ácido 3-fosfoglicérico, formado após a fixação do CO2 
abrangendo aquelas plantas que possuem somente a enzima Rubisco, que pertence ao Ciclo de 
30 
 
Calvin, uma alternativa para a fixação do carbono. As taxas de fotossíntese dessas plantas são 
elevadas o tempo todo, atingem as taxas máximas de fotossíntese em baixos índices de radiação 
solar. Vale ressaltar que são consideradas espécies que consomem muita água (VIEIRA et al., 
2010). 
Os estômatos de plantas C3 se abrem durante o dia, quando a absorção de CO2 torna-se 
necessária para que possa realizar a fotossíntese. A abertura dos estômatos ocorre em um 
período que necessita de grande demanda respiratória onde a captação do CO2 para o processo 
fotossintético vem acompanhado de uma alta perda de água (SILVEIRA, 2013). 
A perda de água decorrente da evaporação, principalmente da área foliar, via os estômatos 
abertos para a atmosfera se chama transpiração, quando gera tensões na translocação da água 
na planta e também do movimento passivo da água do solo para a planta. Ao sofrer com a menor 
disponibilidade de água, consequentemente ocorrerá uma certa diminuição da passagem de água 
para a atmosfera vindo da planta em que consequentemente acarreta um novo ajuste metabólico. 
Quando ocorre o fechamento estomático, apresenta-se como uma resposta ao déficit hídrico que 
a planta sofre no campo onde geralimitação da difusão do CO2 para dentro das folhas como 
também para evitar maiores perdas de água (FERRARI et al., 2017). 
De acordo com Ferrari et al (2017), a difusão do CO2 é restringida acarretando numa baixa 
concentração interna, afeta a fotossíntese da planta fazendo com que haja uma diminuição, 
prejudicando o funcionamento do rubisco. Grandes concentrações do CO2 na atmosfera 
favorecem o desenvolvimento das plantas, o mesmo é um componente básico da fotossíntese, o 
aumento da sua concentração pode então promover alterações no metabolismo , crescimento e 
também nos processos fisiológicos (LESSIN e GHINI, 2009). 
O CO2 sob altas concentrações pode aumentar a fotossíntese líquida de plantas com 
metabolismo C3 porque a enzima Rubisco participa tanto fixação de CO2 quanto na 
fotorrespiração. Assim, quando ocorre um aumento da concentração ambiente do CO2 também 
aumenta a concentração interna de CO2 e também a proporção CO2/O2 no sítio do Rubisco 
favorecendo a carboxilação sobre a oxigenação na ribulose1,5-bifosfato. Vale ressaltar que as 
elevadas concentrações do CO2 conseguem incrementar na assimilação em plantas tipo C3 pelas 
razões da redução da fotorrespiração e o aumento da disponibilidade do substrato Rubisco 
(FEITOSA, 2014). 
31 
 
 
Figura 6:Rendimento comparado de plantas C3 e C4 
 Fonte: BUCKERIDGE et al (2009) 
 
Em resposta à diminuição da quantidade de água fornecida no solo resulta no processo de 
expansão celular, processo do qual depende da turgência da planta. Quando ocorrem situações 
em que o déficit hídrico é mais severo, outros processos fisiológicos são afetados tais como: efeitos 
no acúmulo dos assimilados, redução da taxa de assimilação do carbono e o aumento da taxa 
respiratória (FIOREZE et al., 2011). 
 
2.4.3 Clima e temperatura 
 
A cultura da soja possui melhor adaptação em regiões que possuam temperaturas entre 
20°C e 30°C. 25°C é a temperatura para uma emergência rápida e uniforme. As regiões que 
tenham temperaturas menores que 10°C não são boas para o cultivo da soja, pois suas baixas 
temperaturas interferem no crescimento e desenvolvimento. A soja apenas florescerá se for 
induzida a temperaturas acima de 13°C mas, se for submetida a temperaturas acima de 40°C, 
ocorrerá o efeito adverso na sua taxa de crescimento, acarretando distúrbios na floração 
consequentemente a diminuição na altura da planta e diminuição da capacidade de retenção das 
vagens. Temperaturas elevadas também podem ocasionar maturação acelerada da soja, e 
quando associadas a alta umidade podem interferir na qualidade dos grãos. Todos esses 
problemas podem se agravar ao mesmo tempo, se a cultura sofrer déficits hídricos (FARIAS et al., 
2007). 
Segundo Soares (2016), temperaturas muito altas interferem na germinação do polém 
como também no crescimento do tubo polínico, além disso, os fatores de temperaturas elevadas 
prejudicam o crescimento vegetativo. As temperaturas mais amenas reduzem as atividades 
fotossintéticas e também o crescimento da planta por causa da diminuição da ativação e atividades 
32 
 
das enzimas diferente do que ocorre quando estão elevadas onde o primeiro efeito a acontecer é 
o processo de fotólise da água. O desenvolvimento reprodutivo da soja é o período mais sensível 
ao estresse, pois quando acontece durante o florescimento e a formação das vagens (estágio R1-
R4) há interferência no número de sementes e quando é no processo de enchimento de grãos 
(estágio R5-R6) acontece a redução da massa de sementes. 
Dito isto, para que haja melhor aproveitamento do desenvolvimento da cultura e seu 
rendimento, é essencial que se tenha o máximo do aproveitamento das condições climáticas 
oferecidas. E importante que o plantio seja feito em datas que se coincidam com os períodos 
críticos da soja junto com os de máxima disponibilidade hídrica. A duração dos subperíodos das 
fases do ciclo vegetativo da cultura depende da temperatura da qual é induzida em que estes 
subperíodos tendem a obter um decréscimo à medida que há aumento das temperaturas. 
A soja tem sensibilidade ao fotoperíodo essa sensibilidade pode variar de acordo com as 
cultivares. Plantas que possuem sensibilidade aos fotoperíodos são denominadas de plantas de 
dias curtos por terem o seu florescimento induzido quando há diminuição do fotoperíodo igual ou 
então maior do que a cultivar exige. Com o avanço de novas tecnologias, há programas de 
melhoramento genético em que foram obtidas plantas com genes capazes de prolongarem o 
período juvenil e serem adaptadas a regiões tropicais (EMBRAPA 2011). 
 
2.4.4 Estresse hídrico e irrigação 
 
 
O início do estresse hídrico se dá quando a planta para de fazer ajustes dos processos 
relacionados a absorção de água e transpiração e com isso, ocorrerá a limitação da transpiração 
pelo fato da ausência e água no solo. A planta vai possuir uma taxa de transpiração maior do que 
a taxa de absorção, nesse sentido, haverá perda de turgência tanto das células quanto dos tecidos 
vegetais. É importante saber que o estresse hídrico pode ocorrer de duas formas diferentes no solo 
que são a inundação ou estar seco. O solo estando seco pode-se, então, caracterizá-lo como um 
déficit hídrico (LOPEZ e LIMA, 2015). 
O déficit hídrico é o principal responsável pela perda de produção da soja, esse problema 
está associado ao fato de que na germinação-emergência tanto o excesso quanto o déficit de água 
ambos são prejudiciais para a obtenção da uniformidade na população de plantas. A semente no 
mínimo precisa absorver cerca de 50% de seu peso em água para que se tenha uma boa 
germinação, com relação ao conteúdo de água no solo o mesmo não pode ultrapassar os 85% 
33 
 
do total máximo de água disponível, mas também não pode ser inferior a 50%. A necessidade de 
água que a planta precisa, aumenta de acordo com o seu desenvolvimento, atingindo o seu 
máximo durante a floração-enchimento de grãos cerca de 7 a 8 mm/dia (BUAINAIN e VIEIRA, 
2011). 
Quando é submetida ao estresse, causado por deficiência de água, a planta possui pouco 
desenvolvimento, apresentando pequena estatura, diminuição da área foliar , os entrenós curtos, 
os tecidos vegetais tendem a ter um aspecto de murcha e os folíolos se fecham para diminuir a 
exposição da área foliar. Com a severidade do estresse, ou seja, com o agravamento das secas 
em muitos casos pode acarretar a morte da planta (FERRARI e SILVA, 2015). 
A ocorrência de estresse hídrico na planta causa uma redução do potencial de água via 
foliar como também abertura dos seus estômatos, consequentemente haverá menor regulação 
dos genes que estão relacionados à fotossíntese e acesso ao CO2 (BARBOSA, 2017) 
Para alcançar o máximo do potencial da produtividade de grãos, a soja necessita entre 450 
e 850 mm por ciclo. A variabilidade da distribuição das chuvas também é um fator limitante para o 
desenvolvimento da planta. Quando as instabilidades das precipitações aumentam, buscam-se 
alternativas para amenizar ou solucionar o problema, uma delas é o uso da irrigação (SILVA, 
2011). 
É perceptível que a falta de água é extremamente prejudicial para o desenvolvimento das 
plantas, assim, os produtores devem buscar melhorias com relação a este, adquiridas para 
minimizar tais problemas que se forem manejadas de forma correta podem, então, repor a água 
perdida pelo processo de evapotranspiração, evitando que a planta entre em estresse (BARBOSA, 
2017). 
De acordo com Gava et al (2016), uso da irrigação é umas das práticas mais eficazes para 
se obter melhorias com relação à produtividade e qualidade dos grãos tendo como uma boa 
vantagem é que as áreas irrigadas não terão problemas com relação às plantas não competirem 
por água. Vale ressaltar que a cultura da soja (Glycine Max, (L.) Merrill.) é uma planta que possui 
resistência ao estresse hídrico, porém essa condição não pode ocorrer nos estádios críticos da 
plantatais como na sua fase inicial, na fase de floração e enchimento de grãos. 
Segundo Barbosa (2017), com relação à Agência Nacional de Águas – ANA , o território 
nacional possui cerca de a 29,6 milhões de hectares que podem ser irrigados, porém, apenas 6,11 
milhões possuem o sistema de irrigação. Para que se possa aumentar a área irrigada é necessário 
conscientizar os produtores da importância do correto manejo de irrigação nas lavouras, feito isso, 
os resultados obtidos podem chegar até 90% de toda eficiência no uso dos recursos hídricos. 
34 
 
Nessa ótica, é essencial que seja determinado qual o momento ideal para fazer a realização da 
irrigação nas propriedades. 
Na irrigação há discussões sobre a possibilidade de evitar as perdas na produção da soja 
utilizando a irrigação suplementar que consistirá na irrigação ser feita nos períodos mais críticos da 
cultura e estando sob condições de déficit hídrico. A quantidade de água na irrigação deve atender 
as necessidades da cultura de forma sustentável, planejada tanto para localidades com chuvas 
significativas quanto para localidades com mais escassez (SILVA et al, 2020). 
A escolha do método de irrigação a ser usado na área deve ser baseada de acordo com 
as condições econômicas, ambientais, na viabilidade técnica e nos benefícios sociais. Estão 
incluídos nos métodos de irrigação por aspersão em que a água é expelida para o ar pelo aspersor 
simulando uma chuva artificial e o de irrigação localizada. No método da irrigação localizada a 
água é aplicada no solo diretamente na raiz da planta em menor intensidade e com maior 
frequência (PIMENTEL, 2021). 
 
2.4.5 Plantio 
 
A época de semeadura e o arranjo espacial são características que devem ser 
colocadas em práticas e obterem total atenção pois ambos os fatores afetam o 
rendimento, a arquitetura e o comportamento da planta. Com relação ao fator 
econômico a época de semeadura é a prática de manejo da qual melhora o 
desenvolvimento e o rendimento dos grãos com um número menor de recursos. Por 
isso, é de grande importância o estudo da época de semeadura (MEOTTI et al, 2012). 
Plantas que estejam mal distribuídas em campo não aproveitam os recursos 
disponíveis tais como água, luz e nutrientes. Os espaços vazios entre as plantas 
facilitam a infestação de plantas daninhas e diminui o porte da soja e com essa 
redução acarreta redução da produtividade além de dificultar a colheita mecanizada 
(GIBBERT et al, 2018). 
O cultivo da soja pode ser feito pelo sistema de plantio direto e o convencional, 
em que o Sistema de Plantio Direto(SPD) é de manejo em que a palha e os restos 
vegetais são deixados propositalmente na superfície do solo, revolvido no sulco em 
que são depositadas as sementes e os fertilizantes, diferente do plantio convencional 
utilizado técnicas para o preparo do solo e controle fitossanitário, fazendo arações e 
gradagem em que removem a vegetação do terreno, fazem destorroamento e 
35 
 
nivelamento, a semeadura, adubação e passada a etapa de plantio as culturas podem 
então ser tratadas (FERREIRA et al, 2015). 
O sistema de plantio direto torna-se uma boa opção para o cultivo da soja, pois 
durante os períodos de seca, as plantas de cobertura do solo protegem a planta contra 
variações de temperatura, diminui a evaporação de água, aumenta a infiltração da 
água no solo, aumenta, assim, o teor de água disponível para as plantas, resultando 
em maior resistência nos períodos de déficit hídrico. Vale ressaltar que nos períodos 
chuvosos, a cobertura do solo reduz os impactos das gotas de chuva diminuindo as 
perdas de solo pela erosão (PIRES et al., 2015). 
 
Figura 7: Soja sob plantio direto Figura 8: Solo arado e gradeado 
Fonte: KURTZ, Paulo Odilon Fonte: Ramon Costa Alvarenga 
 
Para que esse sistema seja efetivado, é fundamental que se solucionem os 
problemas por ocasião da sua instalação como os de compactação do solo, baixa 
disponibilidade de matéria orgânica, pouca fertilidade, presença de plantas daninhas, 
maior consumo de energia ocasionada pela escolha inadequada de maquinários. O 
revolvimento do solo deve ser mínimo, as máquinas para a semeadura devem cortar 
a palhada superficialmente e abrir o sulco para colocar o fertilizante na dosagem certa 
como também a profundidade e posições corretas. Logo após, o sulco deve ser 
fechado e em seguida, aberto para que as sementes possam ser colocadas (CASÃO 
JUNIOR e CAMPOS, 2004) 
É importante que se faça a correção da acidez do solo, através da calagem, 
pois esse é um dos primeiros passos para poder alcançar e adquirir altas 
produtividades em áreas recém descobertas, lembrando de não haver descuido em 
áreas já cultivadas. A disponibilidade de nutrientes no solo também é um dos fatores 
que mais afetam a produtividade, pode se apresentar naturalmente elevado, como 
36 
 
também pode-se construir ou, então, recuperar fazendo o manejo correto do solo 
(OLIVEIRA et al., 2008). 
Para ocorrer uma boa condução da lavoura de soja foram geradas novas 
tecnologias de plantio em que se destacam gradativamente, como o plantio cruzado, 
plantio em fileira dupla e plantio adensado. Independentemente de qual escolha seja 
feita o plantio deve possuir um bom manejo e planejamento adequado, pois esses 
dois fatores são quem determinam o sucesso ou insucesso da produtividade de 
qualquer lavoura (BISINELLA e SIMONETTI, 2017). 
O plantio cruzado possui a finalidade de obter ganhos produtivos, esse tipo de 
semeadura tende a distribuir as sementes em linhas paralelas da mesma forma que é 
realizado o método convencional, seguida de uma nova distribuição na área, em 
sentindo perpendicular ao primeiro plantio às linhas formam um ângulo de 90º 
desenvolvendo como se fosse uma linha de xadrez. Há também relatos que a 
produtividade da soja aumenta quando se faz uma redução do espaçamento entre 
linhas junto com à redução da densidade proporcionado melhor distribuição das 
plantas e produtividade (ANDRADE et al., 2016). 
Segundo Carvalho et al. (2013), no método convencional geralmente utilizam-
se combinações de espaçamentos de 40 a 50 cm com a população de mais ou menos 
40 plantas. No método da redução do espaçamento entre linhas tem sido uma prática 
vantajosa em que muitos experimentos obtiveram rendimentos. O adensamento de 
plantas provoca aumento de temperatura e umidade do ar, proporcionando ao 
ambiente o desenvolvimento de doenças, pois promove aos patógenos um ambiente 
favorável para a disseminação e maximização da infestação (ROESE et al., 2012). 
A semeadura feita em fileira dupla, permite haver alta intensidade de 
penetração de luz, de agroquímicos no dossel, ocasionando um aumento a taxa 
fotossintética, sanidade e a longevidade das folhas próximas ao solo podendo 
melhorar e acelerar a produtividade dos grãos de soja. Esse tipo de semeadura é feito 
em muitos países podendo destacar como principal os Estados Unidos. A 
probabilidade de infestação de plantas daninhas nesse arranjo pode ser maior por 
causa do menor fechamento do dossel referente ficarem mais expostas à 
luminosidade (BALBINOT et al., 2014). 
 
37 
 
2.4.5.1 Rotação de culturas 
 
A rotação de culturas tem recebido reconhecimento com o passar do tempo 
mediante o ponto de vista técnico se tratando de um cultivo de desenvolvimento 
sustentável. Nessa ótica, é primordial o uso de várias culturas com diferentes raízes 
agressivas e abundantes, uma vantagem para o produtor tendo como destaque o 
aumento da produção de grãos (THOMAS e COSTA, 2010). 
Aderiu-se, no Brasil, o sistema de rotação de culturas por causa do sistema de 
plantio direto, este é um dos princípios básicos do sistema. A rotação de culturas não 
consiste em fazer isto com diversas culturas em uma área, envolve um bom manejo 
para que dê certo.A utilização de material orgânico é indispensável para esse 
processo, pois os restos vegetais que ficam sobre o solo se decompõem contribuindo 
para a fertilidade do solo junto ao desenvolvimento da planta (AMADO et al, 2002). 
O sistema de plantio direto unido ao sistema de rotação de culturas dá ao solo 
melhor estrutura, em que se deve atentar à escolha da cultura, à matéria orgânica do 
solo e à sua textura, pois esses três fatores são muito importantes para atender a boa 
produtividade. Bons cuidados com o solo e o correto manejo irão influenciar sobre 
qualidade e estrutura em relação à água, nutrientes e desenvolvimento das raízes 
(MOTTIN et al., 2016). 
A rotação possui muitas vantagens com relação à monocultura sendo um deles 
a infestação de plantas daninhas. A monocultura favorece a incidência das plantas 
invasoras, surgimento de pragas e doenças dentro da lavoura. Contudo, a rotação é 
bem-vinda e traz muitos benefícios se tratando do solo diminuindo as pragas, 
doenças, incidências de plantas daninhas, consequentemente também diminuirá nos 
custos (Santos et al., 2014). 
Feita de forma correta e bem planejada, essa prática acarreta em resultados 
positivos como a dependência de insumos. Esses resultados ocorrem em 
consequência da promoção de nutrientes, a eficiência do ciclo e o uso dos recursos 
naturais como a água da qual auxilia na manutenção de produtividade do solo e 
também no controle de pragas e doenças. Pode também influenciar na ocorrência de 
algumas plantas daninhas, pois alguns organismos se desenvolvem mais uma planta 
do que em outra (MELLO, 2015). 
A escolha correta das espécies para a cobertura de solo para a rotação precisa 
ser adaptada para cada região, com ciclos compatíveis com a entre safra das 
38 
 
principais cultivares comerciais com resistência a pragas, doenças, raízes profundas 
que possam romper a compactação do solo e produzir biomassa que proporcione 
cobertura do solo. As espécies mais indicadas a serem utilizadas como adubo verde 
são aveia, milheto, diversas espécies de forrageiras, tremoço e girassol. O tremoço 
possui grande capacidade de fixação de nitrogênio do ar. Se tratando dos benefícios 
decorrentes pela utilização dessas culturas, vale ressaltar a elevação do teor de 
carbono no solo e menores perdas por lixiviação dos nutrientes solúveis em forma de 
nitrato (GONÇALVES et al., 2007). 
 
 
SOJA 
 
 MILHO 
 
 TRIGO 
 
 TREMOÇO 
Tabela 2: Esquema ilustrativo da rotação de culturas 
Fonte: Criação do autor (produzido em 2021) 
 
2.4.5.2 Consórcio 
 
O consórcio propõe o cultivo de mais de uma espécie em uma determinada 
área afim de obter maior produtividade. A exigência nutricional das plantas 
consorciadas pode sofrer alterações por conta da interação das plantas em 
comparação à adubação feita na monocultura. No consórcio, a soja se beneficia 
fornecendo nitrogênio vinda da fixação biológica que atende a sua exigência, além de 
melhorar a fertilidade do solo, o ponto negativo é que a fixação biológica feita pela 
cultura não atende às necessidades de consorte e, além disso, é essencial fornecer 
adubações com outros nutrientes com maiores teores (MARQUES et al., 2021). De 
acordo com Cunha et al., (2014) na maioria dos estudos feitos, são usadas na 
adubação dos consórcios iguais dosagens de nutrientes recomendadas na 
monocultura. 
Assim, corrigidas nutricionalmente, as plantas em consorte tendem a ter maior 
índice de produção e de rendimento podendo ser então destinadas à nutrição animal. 
O consórcio de milho e soja se torna viável para a produção e silagem sendo esta 
uma boa estratégia para a alimentação animal em sistemas de criação intensiva para 
39 
 
a produção de carne e leite, pois permite a armazenagem em grande quantidade no 
intuito de fornecer aos animais nas épocas em que a forragem se encontra mais 
escassa e com baixa qualidade nutricional (KLEIN et al., 2018). 
Para o sucesso no estabelecimento do consórcio, é importante cautela na 
escolha das cultivares visando entender que haverá competitividade entre as plantas 
por espaço e recursos para o desenvolvimento e crescimento das plantas. Nessa 
análise, é essencial haver grau de compatibilidade, característica de crescimento e as 
competições por água, luz e nutrientes para que não haja interferência na 
produtividade (HIRAKURI et al., 2012). 
 Para a consorciação com a soja, é importante o uso de cultivares adequadas 
e adaptadas a esse tipo de sistema, isso se dá pelos motivos de que o consorciamento 
de culturas possui características fisiológicas distintas dos monocultivos e necessita 
de cultivares com diferentes comportamentos no intuito da adequada adaptação ao 
consórcio (DE REZENDE et al., 2011). 
De acordo com Garcia (2016), a utilização de leguminosas consorciadas com 
gramíneas é uma estratégia para a fixação biológica de Nitrogênio que auxilia os 
teores e a disponibilidade do mesmo no solo, deixando disponível para a próxima 
cultura sucessora no sistema de plantio direto além da possibilidade da ensilagem do 
material no intuito de buscar um alimento de boa qualidade nutricional. 
Além de poderem contribuir com a fixação de nitrogênio, as leguminosas 
podem induzir a solubilização e o acúmulo de outros nutrientes na rizosfera como 
também nos vegetais que estão acima do solo. Essas também podem diminuir a 
emissão dos gases do efeito estufa como o dióxido de carbono e o oxido nitroso 
comparado com a fertilização mineral com nitrogênio, obtendo um papel importante 
com relação ao sequestro de carbono no solo (MORAIS e MEURER, 2015) 
2.4.6 Adubação 
 
As plantas retiram da natureza todos os nutrientes dos quais são necessários 
para seu total desenvolvimento e sobrevivência, tendo os orgânicos como o Carbono 
(C), Oxigênio (O), Hidrogênio (H) e os minerais. São divididos em dois grupos que são 
os macronutrientes e os micronutrientes. (Ca), Magnésio (Mg) e Enxofre (S). E os 
micronutrientes, classificam-se o Boro (B), Cloro (Cl), Cobre (Cu), Ferro (Fe), 
Manganês (Mn), Molibdênio (Mo), Zinco (Zn) e Níquel (Ni) (DOMINGOS et al., 2015). 
40 
 
Na cultura da soja, o Nitrogênio (N) é o nutriente do qual possui maior demanda 
e quantidade principalmente na fase reprodutiva, a maior parte está destinado para os 
grãos, enquanto a menor fica distribuída entre as folhas, caules e raízes. A adubação 
nitrogenada feita por fertilizantes não é tão utilizada pelos agricultores, pois a fixação 
biológica desse macronutriente tornou-se uma melhor alternativa para o seu 
fornecimento. Assim, a inoculação das bactérias do gênero Bradyrhizobium são 
utilizados, mas existem fatores que podem atrapalhar o funcionamento adequado das 
mesmas com relação ao processo de fixação de nitrogênio tais como: estresse hídrico, 
solos encharcados, compactação e níveis de acidez e fertilidade muito baixos. 
Quando se está submetida às condições impróprias para um bom funcionamento 
dessas bactérias, o fornecimento de nitrogênio via fertilizantes torne-se uma 
alternativa eficiente para as lavouras (BAHRY et al., 2013). 
Segundo Tavares et al., (2013) depois do Nitrogênio, o potássio é o segundo 
nutriente mais absorvido pela planta na cultura da soja, possui atuação em muitos 
aspectos estruturais, fisiológicos e bioquímicos das plantas. Uma suplementação 
adequada contribui na estrutura da planta em que ajuda a dificultar na penetração de 
patógenos e diminui a incidência ao acamamento. Apresenta ação enzimática como 
é um dos responsáveis pela abertura e fechamento dos estômatos e faz a regulação 
osmótica dos tecidos. A deficiência desse nutriente causa clorose interneval, necrose 
nas bordas no ápice das folhas mais velhas. 
Ainda é retratado que junto com a baixa disponibilidade desse nutriente há 
também as chances das perdas ocorrerem por lixiviação quando é aplicadodiretamente no solo, principalmente se este solo for arenoso, é importante reforçar e 
potencializar a importância do conhecimento e estudos sobre alternativas de formas 
como também fontes de aplicação para diminuir as perdas e os problemas envolvendo 
a adubação com potássio (TAVARES et al., 2013). 
O desenvolvimento da parte aérea da planta depende do sistema radicular com 
relação ao seu crescimento e também estabelecimento. A planta precisa de altas 
dosagens de fósforo no solo já no início do seu crescimento porque no estádio inicial 
do seu desenvolvimento, tem pouca capacidade de exploração no solo. Sua 
deficiência pode afetar a fotossíntese e a respiração, além da síntese do ácido 
nucleico e da proteína. Sua deficiência tem como resultado baixa estatura das plantas, 
emergência tardia das folhas, menores brotos, menor desenvolvimento das raízes e 
41 
 
por consequência perdas em toda a produtividade (HANSEL, 2013 ;GRANT et al., 
2001). 
O enxofre é absorvido na forma de sulfato, além dele ser essencial das 
proteínas, ajuda a manter a coloração verde das folhas, nodulação das fabáceas, 
estimula na formação das sementes e também no crescimento das plantas. A sua 
deficiência é de fácil visão em que as folhas mais novas ficam no tom de amarelado e 
as suas nervuras mais claras, colmos e caules escuros e também amarelados com 
decréscimo no desenvolvimento das plantas. A indisponibilidade desse nutriente se 
dá devido à utilização de adubos que na sua composição não contem enxofre, como 
solução, pode-se ser substituído por fontes tradicionais tais como supersimples e o 
sulfato de amônio (PRIMO et al., 2012). 
 
2.4.7 Pragas 
 
Os insetos-pragas são seres que constituem cerca de 80% de todas as 
espécies do reino animal destacando-se que fazem parte de um dos grupos mais bem 
sucedidos do reino animal. Esses seres podem se desenvolver em qualquer ambiente 
e desde muito tempo, o homem luta contra os insetos-pragas dos quais atacam os 
vegetais tendo como principais aqueles vegetais que são destinados principalmente 
para a alimentação humana e animal. O surgimento pode favorecer um certo 
desequilíbrio no ambiente proporcionando, então, uma grande demanda de pragas na 
localidade (NEGREIRO et al., 2004). 
Diversas espécies de insetos e ácaros atacam a cultura da soja e se alimentam 
de suas folhas causando grandes prejuízos a lavoura em que provocam redução da 
área foliar. Entre muitas espécies que causam danos a cultura as lagartas 
(principalmente os noctuídeos) e os coleópteros (principalmente os crisomelídeos) são 
os mais importantes podendo dar destaque à lagarta-da-soja , (Anticarsia gemmatalis 
Hübner), por conta da sua grande frequência nas regiões de todo o país, a largarta-
falsa-medideira (Chrysodeixis includens) e algumas espécies de Spodoptera são bem 
destacados como os principais desfoliadores da cultura (MOSCARDI, 2012). 
A lagarta-da-soja é considerada a principal praga desfoliadora da cultura onde 
toma um grande risco para as lavouras, pois essa praga se alimenta do limbo foliar 
podendo causar até 100% da perda de produtividade, possui uma coloração verde, 
42 
 
seus movimentos são semelhantes a lagarta-falsa-medideira, e tem cinco pares de 
pernas abdominais (CAMPOS et al., 2019). 
As fêmeas dessa espécie podem colocar seus ovos na parte inferior das folhas, 
ramos e também nos pecíolos. Cada fêmea pode por cerca de 1000 ovos e 80% 
destes são colocados com oito a dez dias de vida. Pode-se, então, afirmar a rapidez 
da multiplicação e ovoposição desses insetos, é fundamental obter cuidado e 
conhecimento para o seu combate. A fase larval dura até 25 dias, mas isso dependerá 
das condições de temperatura em que se encontra. O ciclo biológico dessa lagarta, 
ou seja, da fase larval até estar adulta é com cerca de 24 dias, mas isso dependerá 
das temperaturas (STECCA, 2011). 
É importante destacar que, quando a lagarta atinge seu terceiro estádio, já 
provoca perfurações nas folhas, porém as nervuras e centrais e laterais ficam intactas. 
Nos seus três primeiros estádios, o consumo da área foliar da planta não é grande, 
mas quando o inseto atinge seu quarto até sexto estádio o seu consumo aumenta 
drasticamente em que as lagartas podem consumir até 95% de toda a folha (DOS 
SANTOS et al., 2016). 
 
Figura 9: Lagarta-da-soja, (Anticarsia gemmatalis Hübner) 
Fonte: Moscardi et al., 2012 
 
A lagarta-falsa-medideira tem como características coloração verde-claro com 
linhas brancas no seu dorso, na região abdominal tem três pares de pernas falsas que 
resulta no seu deslocamento de forma rápida, semelhante a medir palmos. Possui alta 
capacidade reprodutiva, ou seja, se espalha e infesta bem rápido, em que, na 
deposição dos ovos, estes são inseridos na base das folhas no período da noite e com 
pouco tempo ocorre a eclosão dos ovos (CARVALHO et al., 2012). As lagartas dessa 
espécie possuem um alto poder de desfolha por se alimentarem das folhas da soja, 
porém não se alimentam das nervuras o que se confere a uma aparência de 
rendilhado nas folhas e dessa maneira, prejudicam o rendimento foliar da cultura. 
Essa praga se adapta e se beneficia mais no seu desenvolvimento e multiplicação em 
43 
 
climas tropicais favorecidas em épocas de seca. As lavouras que não possuem 
manejo adequado e inimigos naturais são as mais atacadas e prejudicadas. 
 
 Figura 10: Danos da lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens) na soja 
 Fonte: Moscard et al., 2012. 
 
 
 
 
 Figura 11: Lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens) 
 Fonte: Araújo, Sebastião José de, 2018. 
 
 
Os percevejos fitófagos (Nezara viridula, Piezodorus guildinii e Euschistus 
heros) conhecidos como o percevejo-verde, percevejo-verde-pequeno e o percevejo 
marrom também são considerados umas das principais pragas da cultura no Brasil, 
essas pragas se alimentam dos grãos afetando diretamente a qualidade e a 
produtividade da cultura. Quando provocam murcha e também má formação dos 
grãos e vagens, a soja não amadurece e permanece de coloração verde nas épocas 
de colheita (FREITAS, 2011). 
O percevejo-verde é um inseto que se adapta melhor em regiões mais frias, é 
polígrafo e a sua atividade pode permanecer durante todo o ano nas condições 
favoráveis para o seu desenvolvimento. Como características, possui cor de tom verde 
em todo corpo de formato oval. Este inseto-praga entra em hibernação em cascas das 
árvores ou em outros lugares que servem como abrigos depois da colheita da soja e 
nesta fase, há uma mudança de coloração ficando castanho arroxeado. Quando 
44 
 
adulto, o percevejo possui coloração verde e seu tamanho entre 12mm a 17mm, 
possui manchas vermelhas nos últimos segmentos das antenas. A fêmea posta seus 
ovos nas folhas e a quantidade de ovos varia em torno de 70 a 100 ovos por postura 
(DEGRANDE et al., 2010). 
O percevejo-verde-pequeno, quando adulto, mede 9mm, como característica 
possui uma listra no sentido transversal de cor marrom-avermelhada na parte do tórax, 
seus ovos são escuros dispostos em massas de fileiras duplas contendo de 15 a 20 
ovos, são depositados nas vagens, na parte inferior das folhas, na haste principal e 
nos ramos laterais. Essa espécie possui tolerância aos inseticidas. No verão, essa 
espécie pode chegar até três gerações da soja (DEGRANDE et al., 2010). 
O percevejo-marrom é uma praga chave na cultura da soja em muitos lugares 
do Brasil principalmente em regiões mais quentes. Os ovos dessa praga são 
depositados sobre as folhas e vagens, sua eclosão ocorre com cerca de 7 dias ou 
menos. Para o desenvolvimento completo deste inseto, ou seja, da fase ninfa até a 
fase adulta tem duração de até 38 dias. Vale ressaltar que este insetopode colonizar 
a soja nas fases V6-V8, nessa época, saem da diapausa, ou então, dos hospedeiros 
alternativos. Dessa forma, a sua população tende a aumentar provocando danos no 
período R5.1-R6, ou seja, no período de enchimento dos grãos (RIBEIRO et al., 2016). 
A intensidade dos danos que são causados pelos percevejos, dependerá da 
espécie como também do estádio de desenvolvimento da planta. Nas fases R5-R6 
das quais são o período do enchimento dos grãos da soja, os percevejos podem ser 
encontrados em maior quantidade na lavoura. Estes insetos se alimentam dos grãos 
em que resulta no atrofiamento e consequentemente menor peso e baixa qualidade 
(CAMPOS et al., 2019). 
 
 
Figura 12: Percevejo-verde (Nezara viridula); Percevejo-verde-pequeno (, 
Piezodorus guildinii) e Percevejo-marrom(Euschistusheros). 
Fonte: Jovenil José da Silva 
 
45 
 
É muito importante ressaltar que a biologia dos insetos possui uma correlação 
com a oferta térmica em que quando acontecem pequenas alterações ocasionando 
um aumento de temperatura ainda que seja mínima, acontecerá a redução da duração 
do ciclo do inseto, colonização mais precoce e também aumento do número de 
gerações de insetos pragas, como a Agemmatalis, em certos cultivos (GAZZONI, 
2012). 
De acordo com Conte et al. (2014), as densidades populacionais das pragas 
são descendentes das condições climáticas e do manejo adotado nas lavouras, porém 
quando atingem altos índices que causem grandes danos às pragas necessitam de 
um controle. O manejo integrado de pragas visa usar táticas de controle de forma 
isolada ou associada junto às estratégias que consistem nas tomadas de decisão 
otimizando o controle de todas as classes de pragas de uma maneira sustentável sem 
a utilização exclusiva de inseticidas, também viável economicamente. 
Mesmo que o MIP tenha como base muitas formas de controle de pragas, ainda 
que usadas de formas integrada, as principais táticas de controle são química e 
biológica. A biológica, ressalta-se sobre sua importância, pois a estratégia é feita pela 
incrementação, liberação e conservação dos inimigos naturais de determinadas 
pragas podendo ser parasitoides, predadores e também microrganismos dos quais 
são capazes de deter esses insetos invasores, evitando maiores perdas e danos na 
plantação tendo como principal vantagem, não permitir a existências de resíduos 
tóxicos no ambiente (OLIVEIRA e ÁVILA, 2010). 
O desconhecimento sobre as vantagens do controle biológico da soja ainda é 
um problema atual, associado ao fato de que em grande parte o agente de controle 
possui um pequeno tamanho que dificulta na sua visualização e o seu efeito benéfico, 
infelizmente não é nem visto e nem percebido pelos agricultores. Portanto, a 
divulgação de informações sobre a importância e os benefícios desse método de 
controle é muito relevante, pois os produtores rurais poderão estar mais cientes ao 
acesso às tecnologias resultando na redução de produtos químicos, redução no custo 
da produção da cultura, como também menores proporções e intensidades dos riscos 
de contaminação na água e no solo (SIMONATO et al., 2014). A amostragem é um 
método utilizado para que possa ser feita a verificação da população de pragas e 
também dos inimigos naturais existentes numa lavoura em que os mais utilizados 
pelos agricultores nas propriedades são a rede entomológica e o pano-de-batida (DOS 
SANTOS et al., 2016). 
46 
 
Os autores ainda relatam que a cultura da soja é um dos maiores exemplos a 
ser citado quando o assunto é sobre os programas de controle biológico podendo dar 
como exemplo o programa MIP-Soja desenvolvido pela Embrapa Soja (CNPSo) - 
Centro Nacional de pesquisa de soja junto a outras instituições, desenvolveu-se, 
então, o uso do Baculovirus anticarsia para o controle da lagarta-da-soja. 
 
 
Figura 13: Lagarta-da-soja morta por Baculovirus anticarsia 
Foto: Daniel R. Sosa-Gómez. 
 
Os vírus do Baculovírus são os mais estudados por possuírem maior facilidade 
de serem encontrados na natureza como também a sua capacidade de causar 
epizootias no campo do qual ajuda no controle do nível populacional dos insetos, 
deixando-os abaixo do nível de danos econômicos. Esses vírus possuem muitas 
vantagens com relação ao uso dos inseticidas químicos em que seu manuseio pode 
ser feito pelo MIP. Uma de suas vantagens é a sua alta especificidade com relação 
ao hospedeiro não sendo prejudicial aos insetos benéficos presentes, outra vantagem 
desses patógenos é a boa persistência ao ambiente e, por fim, é que podem ser 
produzidos no insetos-hospedeiro, em que dispensará a mão-de-obra intensiva e 
consequentemente terá menos custos (PESSÔA, 2012). 
 
2.4.8 Doenças 
 
A cultura da soja é de grande importância para o Brasil onde o terror dos 
agricultores está relacionado às doenças da soja que trazem perdas na produtividade 
da cultura e aumento nos custos de produção. Muitas doenças já foram identificadas, 
47 
 
sua importância econômica dependerá das condições edafoclimáticas de cada região 
onde a cultura for implantada (TONNELO, 2017). 
As doenças estão classificadas entre os principais fatores que limitam e 
prejudicam o rendimento e produção da cultura. São especificamente 40 doenças 
causadas por fungos, bactérias, vírus e nematoides que já forem identificados no 
território brasileiro, em que os danos registrados anualmente podem chegar a cerca 
de até 20%, porém existem doenças que podem prejudicar a produção e ocasionar 
danos de até 100% (HENNING et al, 2014). 
A grande maioria das doenças sejam da parte aérea ou de solo são 
ocasionadas pelo transporte ou transmissão através das sementes. É importante que 
estas sejam de alta qualidade e certificadas, porém a ocorrência do uso de sementes 
certificadas é baixa. No intuito de economizar são mais utilizadas as sementes 
próprias, razão muito preocupante, pois em grande parte dos casos o processo de 
beneficiamento das sementes é feito de forma inadequada (JUHASZ, 2013). 
O tratamento químico de sementes é a forma mais utilizada para o controle 
patógenos que podem se propagar pelas sementes O tratamento químico apenas 
será eficiente se o produto utilizado for capaz de acabar com os patógenos presentes 
nas sementes, não ser perigoso e nem prejudicial às plantas, nem para o homem e a 
natureza, possuir estabilidade, aderência e cobertura, não pode ser corrosivo, não ser 
de custo elevado, fácil acesso, além de ser compatível com outros produtos 
(LUDWING et al., 2011). 
A ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi) é uma das principais 
doenças da cultura podendo surgir em qualquer estádio de desenvolvimento sendo 
altamente destrutiva para o cultivo. A doença foi relatada pela primeira vez no Brasil 
no ano de 2001, com o passar dos anos, constatou-se em todas as regiões produtoras 
do país. Seus sintomas provem de pequenos pontos escuros no tecido sadio da folha, 
a coloração é de tom esverdeado a um cinza-esverdeado. O melhoramento genético 
é a forma mais viável para o controle dessa doença, utilizando cultivares resistentes, 
porém o controle químico ainda é o mais usado e o mais eficiente (ALVES e JULIATTI, 
2018). 
Os fungicidas utilizados para o controle das doenças são pertencentes aos 
grupos das estrobilurinas, triazois e carboxamidas. Por mais que haja cultivares que 
possuam resistência genética aindaé utilizado o controle químico com o uso do uso 
dos fungicidas pois a resistência genética não é totalmente efetiva principalmente do 
48 
 
fungo possuir grande variabilidade genética. Vale ressaltar que ainda não há muitas 
cultivares que possuam resistência à doença e à sua utilização, mas sempre estará 
associada à utilização do controle químico (MARQUES, 2014). 
O fungo Rhizoctonia solani é um dos principais patógenos que atacam a cultura 
da soja nas fases iniciais de desenvolvimento, é um habitante natural do solo em que 
a plantase infecta através de ferimentos ou revestimento do micélio, se tornando mais 
agressivo com temperaturas a cerca de 15ºC a 18ºC como também em solos úmidos. 
A planta infectada possui lesões de coloração marrom avermelhada, tanto na raiz 
principal quanto na base do hipocótilo das plantas jovens. Na ocorrência de grande 
severidade, o desenvolvimento fica comprometido induzindo à morte da planta. Na 
fase de emergência a doença produz cancros fundos nas plântulas, ocasionando o 
estrangulamento e consequentemente o dampingoff de pré e pós emergência (LES et 
al., 2020). 
A Septoriose ou mancha-parda, causada pelo fungo Septoria glycines é uma 
doença de final de ciclo, mas também ocorre no início da cultura, podendo ser de 
baixa ou alta severidade. Seu desenvolvimento acontece em altas temperaturas e 
umidade relativa. A planta doente apresenta machas necróticas e o halo de tom 
amarelo nas folhas, pode causar desfolha prematura e uma má formação nas vagens. 
É necessário muito cuidado com relação às sementes e aos restos culturais, pois o 
fungo pode sobreviver em ambos os ambientes (ITO, 2013). 
A antracnose (Colletotrichum dematium), é uma doença do qual o seu patógeno 
produz manchas necróticas e escurecimento nas nervuras, afeta diretamente o 
desenvolvimento da planta do qual pode ser agravado se o patógeno estiver sob 
condições favoráveis para o seu desenvolvimento tais como as altas temperaturas de 
28ºC a 34ºC, altos índices pluviométricos principalmente nos estágios finais da cultura. 
As sementes podem ser as principais fontes de inoculo do patógeno. Quando 
infectadas, possuem manchas deprimidas de cor castanho-escuro e as plantas que 
forem originárias podem apresentar necrose dos cotilédones que consequentemente 
se estendem para o hipocódilo e assim ocorre tombamento. Vale ressaltar que a 
doença também pode ser transmitida pela parte aérea da planta (MENDES et al., 
2014). 
A mancha-alvo (Corynespora cassiicola) é uma doença do qual seu 
desenvolvimento acontece nas temperaturas em torno de 18ºC, 20ºC e 30ºC como 
também sob elevados teores de umidade. Seus sintomas podem ser notados nas 
49 
 
folhas com pequenas pontuações de cor amarela progredindo para manchas maiores 
de cor castanha em que se formam anéis no centro é necrótico envolvido por um halo 
de cor amarela, semelhante a um alvo, daí veio o nome da doença. O patógeno pode 
sobreviver a restos culturais, sementes e outras plantas hospedeiras, então, é de 
suma importância cuidados nos sistemas de manejo de plantio direto com relação às 
coberturas utilizadas para a implementação da cultura (COSTA, 2020). 
O mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum) é uma doença de grande risco 
produtivo nas lavouras e o seu desenvolvimento se torna mais propício a temperaturas 
muito baixas e altos índices umidade, o florescimento é a melhor fase do 
desenvolvimento da doença, mas pode infectar qualquer parte da planta. Ao ser 
infectada, a planta tende a apresentar sintomas na área foliar de murcha e seca das 
folhas, podridão aquosa na haste, com tom de verde-claro que muda para o tom de 
castanho-avermelhado, mas seu principal sintoma é a formação de micélios brancos 
bem visíveis que podem se espalhar rapidamente. O fungo sobrevive aos restos 
culturais e no solo permanecendo durante anos podendo causar problemas para 
culturas futuras (ARRUDA, 2014). 
Depois que a doença infesta, toda a área praticamente se torna impossível a 
erradicação do fungo naquele local é, então, a principal medida de controle a 
prevenção da doença, ou seja, evitar que a mesma chegue à lavoura. Quando a 
doença é constatada na propriedade é importante que seja feita o manejo integrado 
no intuito de reduzir o número de inóculo por área. O uso de sementes sadias e o 
tratamento de sementes com fungicidas são as melhores alternativas para medidas 
de controle (PAULA JUNIOR et al., 2014). 
 
 
2.4.9 Plantas daninhas 
 
A interferência ocasionada pelas plantas infestantes é um dos fatores mais 
importantes e limitantes com relação à produtividade e qualidade dos produtos 
agrícolas. A intensidade da interferência é variável de acordo com as suas 
circunstâncias, mas é definido de acordo com resultados dos prejuízos que foram 
causados pela comunidade das plantas daninhas seja diretamente pela competição 
entre plantas com relação à absorção de água e nutrientes, fatores alelopáticos, 
50 
 
interferência na colheita, ou então de forma indireta, podendo hospedar pragas e 
patógenos causadores de danos na cultura (VITORINO, 2013). 
De acordo com Minozzi et al. (2016), quando a cultura da soja atinge cerca de 
10 a 50 dias da sua emergência, é nesse tempo que a planta está mais sensível e 
sujeita à competição com as plantas daninhas. Então, desenvolveu-se a soja tolerante 
ao glifosato denominada de RR, essa tecnologia foi rapidamente pelo agricultor. 
Apenas no Brasil na safra de 2011/2012, cerca de 87% de todo o cultivo da soja, 
utilizou-se essa tecnologia. O uso se torna possível com relação ao do glifosato 
quando é feita após a emergência das plantas do qual mostra como uma nova 
alternativa de controle com relação à eficiência, funcionalidade, viabilidade econômica 
sem se esquecer do mais fácil manejo. 
 Atualmente, as daninhas que possuem resistência ao glifosato preocupam 
bastante os produtores em suas lavouras. Dentre as espécies, podem-se citar como 
exemplos das que possuem resistências a Buva (Coniza Bunariensis), Leiteira 
(Euphorbia heterophylla), Poaia (Richardia Brasiliensis), Azevém (Lolium Multiflorum) 
e Corriola (Ipomoea Sp.) (MINOZZI et al., 2016). Essa resistência aos herbicidas pode 
ser caracterizada por uma resistência herdável em que a planta consegue sobreviver 
mesmo após a exposição ao produto químico. Para que haja prevenção desse 
problema, é importante que se tenha conhecimento do mecanismo de ação do qual 
será utilizado, não apenas isso como também é viável que seja feita a rotação de 
culturas, uso de equipamentos devidamente higienizados evitando assim a 
disseminação de sementes, redução e monitoramento de plantas suspeitas de serem 
resistentes antes da multiplicação são também fatores indispensáveis que auxiliam no 
manejo das plantas daninhas resistentes (BARROS, 2011). 
A seleção dos biótipos das plantas invasoras resistentes aos herbicidas pode 
ser influenciada pela intensidade do uso, eficiência junto à sua persistência, 
especificidade do mecanismo de ação, baixa eficiência dos métodos de controle 
alternativos comparados com os químicos. Assim, vale levar em consideração que as 
práticas agronômicas como rotação do mecanismo de ação do herbicida, a rotação 
de culturas e associação de métodos de controle devem são essenciais e precisam 
ser adotadas para poder diminuir a ocorrência dos casos de resistência aos herbicidas 
(ULGUIN et al., 2013). 
51 
 
2.4.10 Colheita e pós-colheita 
 
A colheita é muito importante no processo produtivo da soja principalmente pelos riscos 
que a lavoura está destinada, pois o processo é muito delicado, é fundamental fazê-la no momento 
adequado. Antes de tudo para que se possa, então reduzir as perdas, é indispensável que se 
saibam as causas podendo ser físicas ou fisiológicas tais como: topografia e superfície do solo, 
cultivares não adaptadas, retardamento da colheita, umidade, inadequação do espaçamento e da 
densidade (LORINI et al, 2020). 
A colheita deve ser efetuada próximo do ponto da maturidade fisiológica das 
sementes, no momento em que seu grau de umidade e as condições climáticas do 
local favorecerem. As sementes do campo, na maioria das vezes, possuem teor de 
água incompatível com o manuseio e armazenamento, precisando do processo de 
secagem artificial (DA SILVA et al., 2011). 
O processo de maturação de uma semente possui diversas alterações morfológicas, 
fisiológicas e funcionais. No processo de formação e maturação, verifica-se se há alteraçõesde 
massa da matéria seca, o grau de umidade, tamanho, germinação e o vigor sendo que a qualidade 
de uma semente se dá e é observada no estádio da maturidade fisiológica na soja ocorre no 
estádio R7. Este é importante, pois nesse estágio, a semente não possui mais dependência 
fisiológica da planta e, a partir disso, sofre mais influência das condições ambientais (LAMEGO et 
al., 2013). 
O grau de umidade é um importante fator contribuinte para a perda de qualidade das 
sementes em que quando ocorre de forma mecanizada, as sementes colhidas que possuam alto 
teor de umidade tem um decréscimo na sua viabilidade. As que possuem baixo teor de umidade 
também sofrem perdas na sua qualidade, pois ficam sujeitas ao trincamento que irá refletir no 
rompimento dos tecidos contribuindo também para a perda de viabilidade. É importante que, para 
a realização da colheita mecanizada, o teor de umidade das sementes esteja entre 12% a 14%. 
(DE CARVALHO & NOVEMBRE, 2012). 
 
 
Figura 144: Sementes de soja com sintomas de deterioração por umidade. À esquerda: 
sementes secas com enrugamento; no centro: sintoma 
Fonte: José de Barros França-Neto 
 
52 
 
O processo de secagem é uma das principais operações a serem feitas no período de pós-
colheita dos grãos, pois pode possibilitar um melhor e seguro armazenamento por um período 
mais longo de tempo. No decorrer do processo retira-se a água, promovendo alterações nas 
caraterísticas físicas como também mudanças qualitativas indesejáveis (coloração, oxidação, 
trinca/ou quebra dos grãos), esse processo também irá minimizar os riscos da venda do produto 
(BOTELHO, 2015). 
A secagem feita quando a colheita dos grãos é realizada antes do prazo indicado ou 
quando são colhidos com alta umidade acarreta num fator crítico de danos. Essa etapa conduzida 
de forma inadequada ou a falta da mesma é uma das principais causas de deterioração dos grãos 
durante o armazenamento (REGINATO et al, 2014). 
Esse processo de secagem pode ser feito de forma natural ou artificial, mas a escolha 
dependerá do volume das sementes. Feitas de forma natural, as sementes serão secadas por 
radiação solar e o vento como mediador nos grãos em campo. Na forma artificial, a fonte de calor 
é vinda dos aparelhos mecânicos ou elétricos. O uso desses métodos é imprescindível para 
manter a qualidade, porém o método e o tipo do secador do qual será utilizado irá depender do 
nível de produção, das condições do ambiente e a qualidade desejada (PEREIRA e DAMACENO, 
2015). 
Os parâmetros que devem ser analisados são a temperatura do ar e o tempo de secagem. 
Por conta deste processo, é imprescindível que haja uma procura de alternativas de secagem que 
possuam menor custo visando aos desperdícios que podem acontecer durante o cultivo além dos 
sistemas que diminuam a degradação ambiental como também aqueles que promovem maior 
eficiência energética no momento da secagem (PEREIRA e DAMACENO, 2015). 
Uma semente de qualidade é adquirida de acordo com os resultados das condições do 
seu cultivo no campo, após a colheita, as sementes possuem, no meio dos lotes, materiais 
indesejáveis que precisam ser removidos para facilitar e obter melhor rendimento na secagem, 
armazenagem e posteriormente a semeadura. Nesse processo conhecido como beneficiamento; 
utilizam-se equipamentos para a separação dos materiais considerados indesejáveis e transporte 
de sementes diminuindo danos mecânicos não causando misturas (CONRAD, 2016). 
O beneficiamento de sementes possui grande relevância na produção de sementes de 
qualidade, é feito um conjunto de operações que a semente é submetida desde a sua recepção 
da unidade de beneficiamento até as etapas de embalagem e distribuição. Estes processos visam 
melhorar as características físicas do lote das sementes. O caminho que a semente percorre 
durante esse processo é longo e geralmente são causadas injúrias mecânicas provocadas pelo 
manuseio onde dão abertura a agentes patogênicos (DA SILVA et al., 2011). 
53 
 
Os equipamentos de transporte, secagem, limpeza e classificação devem fazer com que 
as sementes tenham fluxo contínuo, desde a chegada até o embarque e distribuição. A sequência 
do arranjo dos equipamentos não deve afetar a qualidade das sementes, é importante o descarte 
de poeiras e matérias indesejáveis retiradas nas operações de limpeza e classificação de 
sementes (REGINATO et al., 2014). 
 
. 
 
Figura 15:Sequência da unidade de beneficiamento da soja 
Fonte:(Budet e Vilela, 2007). 
 
Para o beneficiamento das sementes de soja, utilizam-se os equipamentos de pré-limpeza, 
secador, máquina de ar, separador de espiral, padronizadora por largura e a mesa de gravidade. 
As sementes colhidas são enviadas para a UBS, onde passam pela máquina de pré-limpeza para 
retirar as impurezas. Para redução do grau de umidade, as sementes são enviadas a um secador. 
Em seguida, são passadas pela máquina de ar ou pela de pré-limpeza que separará as sementes 
por tamanho além de completar a operação de remoção das impurezas, logo após as sementes 
seguem para o separador em espiral separando as sementes de acordo com sua forma 
(FRANÇA-NETO et al, 2016). 
Depois que saem dos espirais, as sementes vão para o padronizador, equipamento de 
peneiras planas de furos em forma de círculo, classificam a semente pelo tamanho. Assim que for 
padronizada por tamanho, a semente passará pela mesa dessimétrica que separará a semente 
menos densa, de menor vigor. Estes materiais indesejáveis encontrados nos lotes das sementes 
também precisam ser removidos até a etapa final de produção da semente (FRANÇA-NETO et 
al., 2016). 
O armazenamento de sementes é um dos fatores mais importantes no quesito de 
qualidade, pois essa etapa é fundamental para a característica fisiológica e nutricional das 
sementes. O período de armazenagem de grãos pode levar alguns meses podendo prolongar 
para anos, é de grande importâncias que os produtos estejam armazenados em locais adequados 
54 
 
Esse processo precisa ser compatível com as características e a quantidade das sementes, pois 
assim será possível haver melhor controle e manejo no período em que as sementes estão 
armazenadas (DE LIMA et al., 2013) 
Quando as sementes de soja são mantidas em condições de armazenamento com 
temperaturas entre 20 a 25 °C, e umidade relativa do ar de 65 a 70%, auxilia na permanência de 
germinação por um período de 6 a 8 meses. Em condições mais drásticas com temperaturas não 
recomendadas, ocorrem quedas de germinação em um período menor, de 60 a 90 dias. Podendo 
ser ainda mais curto, dependendo dos níveis iniciais de vigor e as condições de temperatura e 
umidade relativa do ar no período de armazenamento (KAEFER et al., 2019). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
3 METODOLOGIA 
 
 
O estudo científico abordado trata-se de uma revisão integrativa da literatura 
com abordagem qualitativa, elaborado no Centro Universitário AGES, em 
Paripiranga/Bahia. A revisão integrativa consiste numa metodologia que proporciona 
sintetizar os resultados de pesquisas de algum tema em questão de uma forma mais 
organizada e abrangente, ou seja, traça uma análise do conhecimento já existente em 
outras pesquisas feitas, gerando novos conhecimentos que são pautados em outros 
trabalhos (BOTELHO et al., 2011). 
A produção da monografia aconteceu entre os meses de agosto a novembro 
de 2021. Utilizaram-se os seguintes descritores: “estresse hídrico na cultura da soja”, 
época de semeadura para o cultivo da soja”, “tecnologia de sementes”, “manejo 
fitossanitário na cultura da soja”. No período da produção, foram realizadas pesquisas 
sistemáticas diante do tema proposto do trabalho. Os limites temporais utilizados 
foram de 2010-2020 onde tiveram como base de dados Scientific Electronic Library 
Online (SciELLO), Base de dados de pesquisa agropecuária (BDP@), Sistema Abertoe Integrado e Informação à Agricultura (Sabiia Embrapa) , Acesso Livre à Informação 
Científica da Embrapa (Alice Embrapa) e Repositório de Informação Tecnológica da 
Embrapa (Infoteca-e). 
Reuniram-se 95 estudos no total na primeira seleção, destes, foram excluídos 
os duplicados sobrando 64 publicações. Em seguida, houve avaliação dos títulos e 
dos resumos gerando a exclusão dos estudos que não atendiam às exigências da 
pesquisa sobrando 20 estudos. Estes foram analisados a leitura na íntegra, em 
seguida, fez-se a exclusão dos estudos que não atendiam ao proposto nesta 
pesquisa. Assim, restaram somente 11 estudos, dos quais foram reservados para a 
produção dos resultados e discussões, os dados podem ser observados na tabela a 
seguir: 
 
 
 
 
 
56 
 
 
 
Tabela 3: Organização do processo de aquisição dos estudos. 
Fonte: Dados do autor (desenvolvido em 2021). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Organização do processo de 
aquisição dos estudos 
 
 
Identificação 
95 estudos - Base de dados: SciELLO, 
BDP@(Base de dados de pesquisa 
agropecuária0, Sabiia Embrapa, Alice Embrapa 
e Infoteca-e. 
 
 
Triagem 
 
Após exclusão de estudos repetitivos restaram 
64 publicações. 23 estudos permaneceram 
posterior a apreciação de titulos e leitura dos 
resumos. 
 
 
Elegibilidade 
4 1 e s tud o s n ão ve rsa vam sob re o tema 
correspondente ao pesquisado após leituras 
dos resumos. 
 
Incorporação 
 
20 estudos analisados após leitura completar e 
exclusão dos que não satisfaziam aos 
objetivos. 11 estudos reservados apenas para 
os resultados e discussões. 
57 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Na tabela a seguir serão apresentadas as características dos artigos utilizados, 
demonstrando dados analíticos, informando títulos, autores/anos, métodos e 
conclusões dos documentos que foram selecionados para elaboração desta etapa. 
Dessa forma, com a aplicação de uma análise sintetizada, é possível verificar as 
principais contribuições dos autores em relação ao tema do trabalho. 
 
Títulos dos 
estudos 
 Autores/Anos Métodos Conclusões 
Risco climático 
para soja no 
Brasil em 
cenários de 
mudanças 
climáticas no 
período 2011-
2040 
(Monteiro et al., 
2015). 
A metodologia 
usada no seguinte 
estudo fez-se com 
um cálculo da 
estimativa da 
disponibilidade 
hídrica para a 
cultura da soja 
utilizando o 
aparelho de modelo 
Bipzon. Foram 
realizadas 
simulações para os 
ciclos de cultivo, a 
partir dos resultados 
das simulações, fez-
se o índice de 
satisfação das 
necessidades de 
água e também o 
mapa de risco. 
É indicado 
aumento de 
temperatura em 
todo território 
nacional, redução 
nas precipitações 
resultando um 
agravamento das 
restrições hídricas 
para a produção 
agrícola no futuro. 
A região 
semiárida é 
considerada de 
alto risco se 
estendendo por 
todos os estados 
do Nordeste por 
conta dos poucos 
meses de chuva e 
altos índices de 
elevadas 
temperaturas, ou 
seja, regiões das 
quais já possuem 
problemas com 
temperaturas e 
ocorrências das 
chuvas são as que 
mais sofrerão com 
as consequências 
das mudanças 
climáticas. 
58 
 
Efeito do 
Estresse Hídrico 
em Cultivo de 
Soja 
(Oliveira et al., 
2020). 
Estudo feito a partir 
de experimentos 
utilizando uma 
cultivar de soja a 
EMBRAPA 
BRS7581 RR a 
submetendo ao 
estresse ao hídrico 
em diferentes 
níveis. 
Percebeu-se que 
o déficit hídrico 
causou perdas na 
produção de todo 
o ciclo, diminuindo 
a área foliar como 
também 
rendimento. 
Ainda, concluiu-
se que pode 
utilizar déficits de 
até 50% da ETc 
sem que afetem a 
produtividade 
Efeito do 
estresse hídrico 
nas fases 
vegetativa e 
reprodutiva da 
soja sobre o 
rendimento de 
grãos 
 
 
(Correia et al., 
2018). 
Estudo experimental 
de campo utilizando 
cinco tipos de 
genótipos (1Ea15, 
2Ha11, 2la4, BR16 
e BR184) da cultura 
da soja com e sem 
genes de tolerância 
à seca para que 
possam determinar 
a influência do 
regime hídrico da 
qual estão 
condicionadas ao 
campo. 
De acordo com os 
estudos e os 
experimentos 
feitos, o estresse 
hídrico na fase 
reprodutiva da 
cultura reduz a 
produção de 
grãos da mesma 
em todos os 
genótipos 
estudados, porém 
alguns genótipos 
sofrem mais com 
o estresse que 
outros. Pode-se 
concluir que há 
genótipos mais 
resistentes com 
relação a menor 
disponibilidade de 
água para a 
cultura. Tal fato 
não significa que 
esteja isento às 
consequências 
com relação ao 
rendimento, 
porém os 
genótipos mais 
resistentes são os 
mais indicados 
para as 
localidades com 
menor índices 
pluviométricos 
59 
 
valendo ressaltar 
que, ainda assim, 
a cultura com este 
genótipo 
necessita de um 
correto manejo e 
atenção desde o 
início da 
produção. 
A importância da 
época de 
semeadura para o 
sucesso da 
cultura da soja 
(Silva e Aguila, 
2020). 
Este trabalho se trata 
de uma revisão de 
literatura do tipo 
narrativa. Esse tipo 
 de revisão não 
utiliza uma 
metodologia definida 
para o 
desenvolvimento 
onde fica a escolha 
dos autores, a 
identificação e a 
seleção dos seus 
estudos para a 
análise de 
interpretação e uma 
adequada 
fundamentação 
(CORDEIRO et al., 
2007). 
A época de 
semeadura é um 
dos principais 
fatores que possui 
efeito no sucesso 
da produtividade 
da soja com 
grande influência 
no 
desenvolvimento 
da cultura. 
Semeaduras feitas 
fora de época 
podem afetar o 
porte da planta, 
seu ciclo e 
consequentemente 
seu rendimento, 
acarretando 
aumento das 
perdas de 
produção. 
Efeitos da época 
de semeadura 
sobre a 
composição 
química e a 
produtividade de 
grãos de diversas 
cultivares de soja 
no Oeste da 
Bahia 
(Cruz et al., 
2010). 
A metodologia deste 
trabalho foi a base de 
experimentos feitos 
em campo 
experimental, 
utilizando cinco 
cultivares de soja 
(Msoy 8411, BRS 
Corisco, BRS 263, 
BRS Barreiras, Msoy 
9350) em quatro 
repetições para 
avaliar seus teores 
de óleo e proteínas. 
O cultivo feito em 
épocas 
preferenciais da 
cultura tenderam a 
aumentar os teores 
de óleo e reduzir os 
teores de proteína, 
aqueles de 
semeadura tardia 
não obtiveram 
resultados maiores 
para a soja no 
Oeste da Bahia. 
Os teores de 
60 
 
proteínas e óleo 
encontrados na 
semente de soja 
podem ser 
influenciados pelo 
ambiente do qual 
está inserido 
dando destaque na 
fase do 
enchimento de 
grãos onde a 
exposição da 
cultura da soja em 
determinadas 
épocas expõe a 
planta ao estresse 
ambiental no 
campo. 
Desempenho de 
plântulas e 
produtividade de 
soja submetida a 
diferentes 
tratamentos 
químicos nas 
sementes 
(Conceição et al., 
2014). 
O estudo foi feito de 
forma experimental 
com duas etapas 
com experimento em 
laboratório e em 
campo utilizando três 
cultivares de soja 
precoce (NA 4823 
RG, BMX Turbo RR 
e Fundacep 62 RR) 
submetidas a 
diferentes 
tratamentos. 
O tratamento 
adequado das 
sementes 
proporciona 
melhor e maior 
qualidade 
fisiológica da 
planta a 
protegendo contra 
patógenos. Com 
os resultados dos 
estudos, 
percebeu-se que 
as sementes 
tratadas com 
fungicida e 
inseticida e 
micronutrientes 
não tiveram efeitos 
tóxicos nas 
sementes, maior 
proteção das 
sementes no 
campo, é eficiente 
no controle dos 
patógenos como 
também não 
obtiveram efeitos 
significativos com 
relação à 
produtividade. 
 
61 
 
Eficiência 
agronômica do 
tratamento de 
sementes de soja 
com fungicidas, 
inseticida e 
bioestimulador. 
(Henning et al., 
2015). 
Fez-se um 
experimento com 
tratamento de 
sementes na cultivar 
BRS 359 RR em 
laboratórios, casa de 
vegetação e em 
campo. 
Os rendimentos 
dos grãos foram 
afetados com 
relação às 
condições de seca 
e temperaturas 
elevadas na fase 
do enchimento de 
grãos da soja mas 
foi retratado 
diferença de 
estatísticas com 
relação aos 
tratamentos. 
Conclui-se que, 
dentre os vários 
produtos utilizados 
no experimento, o 
Broadacre® CMZ e 
o Braodacre® 
Extra não afetaram 
a fase da 
emergênciae o 
desenvolvimento 
das plântulas, não 
caracterizado com 
um problema e nas 
condições de 
estresse hídrico 
não foram vistos 
efeitos 
significativos com 
relação ao 
enchimento de 
grãos, não sendo 
um resultado 
diferente dos 
demais se tratando 
das condições de 
estresse já que 
todos os 
experimentos 
tiveram seu 
rendimento 
afetado. 
 
 
 
62 
 
Influência do 
glifosato na 
eficiência 
nutricional do 
nitrogênio, 
manganês, ferro, 
cobre e zinco em 
soja resistente 
ao glifosato. 
(Serra et al., 
2011). 
Desenvolveu-se um 
experimento em 
casa de vegetação 
utilizando a cultivar 
de soja a ‘P98R31 
RR’ das quais as 
sementes foram 
inoculadas por duas 
bactérias. A 
aplicação do 
glifosato foi feita no 
estádio V3 e a coleta 
dos resultados no 
estádio V8. 
A utilização do 
glifosato afeta a 
fixação biológica 
do Nitrogênio em 
cultivares RR por 
causa da 
intolerância das 
bactérias ao 
ingrediente ativo 
causando 
diminuição dos 
teores de massa 
seca dos nódulos 
em que a massa 
seca diminui a 
partir do aumento 
da dosagem de 
glifosato. 
A importância da 
fixação biológica 
para a cultura da 
soja 
(Alves e Aguila, 
2020). 
A metodologia do 
trabalho procedeu 
de uma revisão de 
literatura narrativa. 
Esse tipo de revisão 
não utiliza uma 
metodologia definida 
para o 
desenvolvimento em 
que fica a escolha 
dos autores a 
identificação e a 
seleção dos seus 
estudos para a 
análise de 
interpretação e uma 
adequada 
fundamentação 
(CORDEIRO et al., 
2007). 
 
A fixação biológica 
de nitrogênio é 
importante porque, 
com o seu uso, são 
alcançados bons 
índices produtivos 
com menor custo 
de produção além 
que o ambiente 
também é 
favorecido. 
63 
 
Fixação 
biológica de 
nitrogênio em 
genótipos de 
soja com 
diferentes níveis 
de tolerância ao 
estresse hídrico 
(Cerezini et al., 
2012). 
Experimento 
realizado na 
Embrapa Soja sob 
condições 
controladas, 
utilizando cinco 
genótipos de soja 
dos quais três 
genótipos possuíam 
maior tolerância e 
manter FBN em 
condições de seca 
os outros dois 
submetidos com e 
sem indução ao 
estresse hídrico. 
As condições de 
estresse hídrico 
influenciaram e 
comprometeram 
as plantas de 
genótipo padrão 
acarretando 
menores acúmulos 
de N na área foliar 
da planta diferente 
dos genótipos dos 
quais a capacidade 
de manter a 
fixação biológica 
submetidos à seca 
demostrando 
maior resistência 
quando há fatores 
adversos no 
ambiente. 
Comparação do 
desempenho 
ambiental da 
soja em sistema 
convencional e 
em manejo 
integrado de 
pragas e de 
doenças (mip-
mid) por meio da 
metodologia de 
avaliação do 
ciclo de vida 
(ACV) 
 
(Lucas et al., 
2018). 
O inventário do 
sistema 
convencional 
cinstruiu-se por meio 
de consultas a 
produtores da 
microbacia do 
Ribeirão Lagosta, no 
município de 
Rolândia – PR, e o 
inventário do 
sistema MIP-MID, 
feito por meio de 
dados obtidos junto 
ao programa 
estadual de boas 
práticas agrícolas. 
O manejo 
integrado tanto de 
pragas quanto o de 
doenças é a 
melhor alternativa 
de manejo, pois 
tende a diminuir o 
uso dos 
agrotóxicos, 
consequentemente 
tende a melhorar o 
desempenho do 
ambiente para o 
cultivo da soja 
valendo ressaltar 
da importância da 
escolha correta de 
insumos para 
poder ajudar no 
desempenho 
ambiental. 
Tabela 4: Analítica para amostragem das 11 publicações reservadas para os resultados e discussões. 
Fonte: Criação do autor (Produzido em 2021). 
 
 
64 
 
 
De acordo com os estudos e exploração dos documentos, verificou-se a 
sensibilidade da cultura da soja em resposta às condições ambientais da qual a cultura 
está inserida, nota-se o quanto o desenvolvimento da planta é afetado para alcançar 
boa produtividade. De acordo com as análises feitas por Monteiro et al., (2015), as 
mudanças climáticas afetam todo o planeta trazendo grandes danos e na agricultura 
não é diferente, pois os efeitos dessa mudança alteram a produtividade agrícola. A 
área em estudo deste trabalho está localizada na região Nordeste no polígono das 
secas, ou seja, é uma área semiárida nordestina, regularmente enfrenta problemas 
de estiagem. Regiões que já possuem problemas com regularidade das chuvas e 
temperaturas mais elevadas são as que mais sofrem com os efeitos do aquecimento 
global em que agravam ainda mais as condições climáticas já existentes na região, 
assim, dificultando as atividades agrícolas decorrentes de cada localidade. 
 Comparando com os estudos de Monteiro et al., (2015); Henning et al., (2015); 
conceição et al., (2014), tais mudanças climáticas decorrentes dos efeitos do 
aquecimento global poderão causar impactos no cultivo dos grãos de soja, por ser 
uma cultura sensível a elevadas temperaturas e a poucos índices pluviométricos. Tais 
mudanças climáticas causarão variações entre clima e temperatura. Tornam-se 
importante os avanços tecnológicos e a utilização destes na lavoura, das quais 
auxiliem no desenvolvimento da cultura em ambientes e situações adversas podendo 
citar a tecnologia de sementes vinculadas às estratégias e conhecimentos existentes 
para melhor e correto manejo da cultura. 
Os autores Oliveira et al., (2020); Correia et al., (2018) demonstram que cultura 
da soja é bastante afetada pelos fatores hídricos. As áreas que não possuem irrigação 
ficam dependentes dos fatores ambientais principalmente com relação às variações 
das distribuições de chuvas sendo então um dos fatores que acarretam riscos na 
produção, valendo ressaltar que no período reprodutivo e do enchimento de grãos as 
plantas da soja sofrem maiores danos. Para que os danos causados por esses fatores 
sejam menores, são produzidas cultivares que tenham melhores adaptações nos 
demais ambientes De acordo com o resultado dos estudos desses autores, em ambos 
experimentos, as cultivares estudadas tiveram interferência em seus 
desenvolvimentos com relação ao estresse hídrico, obtiveram menor número com 
relação ao rendimentos dos grãos sendo que dentre as cultivares umas se 
sobressaíram mais que outras, ainda que estando sob déficit hídrico mostrando maior 
65 
 
tolerância em situações de escassez de água. Deve-se considerar que mesmo 
possuindo maiores tolerâncias ao déficit hídrico, essas cultivares não ficam isentas 
das interferências causadas por essas condições. 
Silva e Aguila, (2020) demonstraram em seu trabalho que outro fator de 
extrema importância para o sucesso do cultivo da soja está relacionado às épocas de 
semeadura isso porque quando a cultura é semeada dentro do período indicado, o 
seu comportamento reagirá de forma positiva com os fatores ambientais. As fases de 
germinação e emergência das plântulas acontecem de melhor forma quando a época 
de semeadura se concilie e coincida com o período do ano de determinada região 
para obter melhor e maior probabilidade de armazenamento de água. Se tratando das 
fases reprodutivas e do enchimento de grão não é diferente ambas precisam de uma 
boa distribuição pluviométrica no decorrer do desenvolvimento junto com os níveis 
adequados de temperatura e radiação solar. 
No trabalho de Cruz et al. (2010), constata-se que não apenas o seu rendimento 
como também os teores de óleo e proteína dos grãos podem ter herança por conta da 
sua genética, porém são bastante influenciáveis pelos fatores do ambiente. A soja 
cultivada em determinada época pode ser exposta ao estresse no campo 
principalmente em uma fase especifica da qual exerce maiores exigências podendo 
durar em todo o processo de cultivo. Concluiu-se que, as semeaduras feitas no 
período exigido, promovem aumentar os teores de óleo e diminuem os teores de 
proteína diferente das semeaduras tardias que não tiveram maiores produtividades. 
Os estudos de Conceição et al., (2014) corroboram que o tratamentode 
sementes traz benefícios ao que se refere sobre a qualidade de cultivo e a proteção 
contra patógenos indesejados. Plantas destinadas a campo com suas sementes 
tratadas com fungicidas e polímeros possuem bons resultados com relação à proteção 
das sementes e plântulas como também para o estabelecimento e manutenção do 
estande, porém podem ocorrer resultados sem tanta relevância com relação à 
produtividade, pois as condições ambientais da qual a cultura foi inserida podem afetar 
o seu processo em seu tempo no campo. Quando há períodos de estiagem não 
havendo condições favoráveis, pode ocorrer retardamento da emergência das 
plântulas, consequentemente, as sementes ficam sujeitas à exposição ao ataque de 
patógenos indesejados mostrando a ação do tratamento naquela situação. Por essa 
razão, no intuito de proteger as sementes contra contras demais adversidades, os 
produtos fitossanitários como os fungicidas, inseticidas são aplicados nas sementes. 
66 
 
 Os autores Conceição et al., (2014); Henning et al., (2015) abordam análises 
semelhantes no decorrer dos seus estudos sobre a utilização do tratamento de 
sementes sob condições favoráveis para o desenvolvimento da cultura, a qual 
contribui para a germinação e também a emergência de plântula pode não haver 
respostas positivas com relação aos tratamentos podendo apresentar fitotoxidade, 
mas submetidas há campo sob condições ambientais desfavoráveis, as respostas se 
tornam maiores. O rendimento dos grãos ainda é influenciado pelas condições 
térmicas e pluviométricas, assim como sua qualidade genética que possui duas fases 
críticas e ocorre da semeadura até a emergência; a segunda é a floração e o 
enchimento de grãos. Se em quaisquer dessas fases houver um déficit hídrico, 
ocorrerão problemas no desenvolvimento e rendimento. 
Nos estudos feitos por Alves e Aguila, (2020); Cerezini et al., (2012), o 
nitrogênio é essencial para o desenvolvimento da soja, atua no incremento da 
fitomassa, é o nutriente mais demandado para o alcance de altas produtividades. A 
fixação biológica do Nitrogênio é prejudicada com a aplicação do glifosato, pois os 
microrganismos fixadores desse nutriente, os Bradyrhizobium possuem a enzima 
EPSPS, suscetível ao glifosato e em altas doses afeta o crescimento e possivelmente 
a morte. Outro fator que pode prejudicar a fixação biológica desse nutriente está 
correlacionado aos fatores ambientais dando destaque às temperaturas, pois quando 
muito altas, afetam a sobrevivência das bactérias. É primordial conciliar e utilizar 
genótipos que possuam capacidade de manter a fixação biológica como também 
possuam tolerância ao estresse hídrico e altas temperaturas para que não haja a 
inibição da translocação e assimilação do N-ureído na parte área, nos nódulos inibindo 
a atividade nitrogênas e resultando em menores quantidades de Nitrogênio essenciais 
na planta. 
Por meio de inventário e pela consulta com outros produtores, o estudo de 
Lucas et al., (2019) pode reafirmar que o manejo e controle fitossanitário nas 
produções agrícolas sempre foi algo preocupante devido aos riscos trazidos ao meio 
ambiente com a utilização de produtos químicos que possuem toxidade. O manejo 
integrado de pragas e doenças é essencial para a sustentabilidade, assim, 
melhorando o desempenho ambiental. Tratamentos feitos de forma convencional 
tendem a utilizar níveis elevados de agrotóxicos como também maiores quantidades, 
sua utilização na lavoura pode afetar o desempenho ambiental como destaque o solo 
e a água. Combinados com os fatores ambientais o uso de tratamentos convencionais 
67 
 
pode acarretar na resistência dos inimigos da lavoura dificultando ainda mais o 
controle. As técnicas de manejo integrado tanto para doenças quanto para as pragas 
é o melhor meio de controle para ajudar e contribuir no desempenho ambiental no 
cultivo da soja visando compreender e saber fazer a escolha e o uso de insumos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
68 
 
5 CONSIDERAÇOES FINAIS 
 
 
A construção deste trabalho de conclusão de curso, em seu início, houve 
muitas fontes de pesquisa e publicações devido à cultura da soja ser um tema diverso 
e seu cultivo ser de grande demanda justamente por ser uma das principais culturas 
do país, pois os produtos são responsáveis pelo crescimento do agronegócio, 
principalmente na economia. 
Existem diversos fatores de produção e técnicas de manejo que influenciam no 
desenvolvimento da soja. É salutar entender e saber como esses fatores influenciam 
e afetam a cultura para alcançar bons resultados no final. O município de Ribeira do 
Pombal-BA é uma região localizada no sertão nordestino, já conhecido pelo baixo 
índice pluviométrico e altas temperaturas durante todo o ano. Evidencia-se que o 
município apresenta certas variações pluviométricas decorrentes com o passar dos 
anos das quais em alguns dados obtidos o índice pluviométrico diminui. A cultura da 
soja precisa de 450 a 850mm por ciclo. De acordo com os dados obtidos, o município 
atende à demanda da necessidade hídrica que a planta exige, porém deve-se levar 
em consideração os fatores das mudanças climáticas decorrentes em que há 
inconsistência da quantidade de chuvas. 
 No ano de 2020, o índice pluviométrico decaiu para 315,5mm, ressaltando que 
nos períodos chuvosos do município não houve incidência de chuvas mostrando a 
inviabilidade da introdução da cultura naquele ano. O fenômeno do aquecimento 
global em que as regiões das quais mais possuem problemas correlacionado com 
pouca quantidade de chuva e elevadas temperaturas tendem a sofrer mais com esse 
fenômeno que prejudica tanto no setor de produtividade agrícola quanto no setor 
econômico. 
Evidencia-se a importância do conhecimento da cultura e do seu 
comportamento diante o ambiente, a soja é uma cultura de metabolismo C3 
significando que possui grande necessidade de demanda hídrica para poder 
desempenhar todo seu potencial produtivo principalmente no seu desenvolvimento 
inicial, floração e enchimento de grãos, assim, sensível à falta de água como também 
a temperaturas elevadas. 
De acordo com os dados obtidos e estudados, a implantação da cultura da soja 
se torna viável ao município dependendo das condições ambientais que oferece. Seria 
69 
 
de boa escolha que seja feito um cultivo de forma irrigada para que, no manejo de 
irrigação, possa fazer como um meio de manutenção, pois a cultura não suporta 
estresse hídrico constantes nas três primeiras fases se tornando uma opção a 
manutenção hídrica na fase de floração ou enchimento de grãos das plantas para que 
assim não haja perdas de produção. 
Para tal, o produtor necessitaria de um poder aquisitivo maior com relação ao 
cultivo da soja tanto para o manejo da cultura quanto para a aquisição de sementes 
de boa qualidade e variedades tolerantes ao déficit hídrico, mas vale ressaltar da 
aquisição do conhecimento sobre o desenvolvimento e comportamento da cultura no 
ambiente para que assim possa-se fazer o manejo mais adequado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
70 
 
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