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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS DE ARAPIRACA AGNA110-A ENTOMOLOGIA AGRÍCOLA I Arapiraca – AL 2022.1 Ellyton da Silva Levantamento de insetos associados à cultura do fumo (Nicotiana tabacum) na região Agreste de Alagoas Trabalho solicitado pelo Docente Dr. Edmilson Santos Silva como requisito avaliativo na disciplina de AGNA110-A Entomologia Agrícola I componente curricular obrigatório do curso de Agronomia. Arapiraca – AL 2022.1 Levantamento de insetos associados à cultura do fumo (Nicotiana tabacum) na região Agreste de Alagoas RESUMO O fumo (Nicotiana tabacum) deu reconhecimento nacional a cidade de Arapiraca – AL, e ainda hoje é bastante cultivado. E a incidência de insetos que são consideradas pragas e benéficos a cultura é bastante efetiva na região agreste de Alagoas devido a monocultora da mesma. Esse trabalho teve como objetivo, de levantamento de insetos associados à cultura do fumo na região agreste de Alagoas, apresentado a descrição das espécies, seus respectivos estágios no qual o inseto irá se tornar praga/benéficos e seus respectivos danos a planta e consequentemente traz um grande prejuízo aos produtores, justamente por que a maioria desses insetos pragas atacam as folhas, que é a área de maior interesse econômico da cultura fumo. ABSTRACT Tobacco (Nicotiana tabacum) gave national recognition to the city of Arapiraca - AL, and it is still widely cultivated today. And the incidence of insects that are considered pests and beneficial to the crop is quite effective in the harsh region of Alagoas due to its monoculture. This work aimed to survey insects associated with tobacco cultivation in the wild region of Alagoas, presenting the description of the species, their respective stages in which the insect will become a pest/beneficial and their respective damage to the plant and consequently brings a great damage to producers, precisely because most of these insect pests attack the leaves, which is the area of greatest economic interest for tobacco. INTRODUÇÃO O fumo (Nicotiana tabacum), é uma planta pertencente à família das Solanáceas Originaria nas Américas, tendo os indígenas como seus cultivadores. Não se sabe com clareza como essa cultura chegou ao Brasil, porém a forma provável é que o fumo teria surgido nos vales orientais dos Andes Bolivianos, e então, graças aos indígenas brasileiros, ocorreu uma difusão dessa cultura. A princípio, a produção localizava-se em áreas entre as cidades de Recife e Salvador, região conhecida como Recôncavo Baiano. No final do século XIX, começou-se a produzir fumo na cidade de Arapiraca, dividindo se em quatro estágios evolutivos. No primeiro estágio era plantada em currais de gado com a terra adubada naturalmente, cujo na época Francisco Magalhães foi o pioneiro dessa cultura em Arapiraca e através desse primeiro estágio deu-se a origem da expressão “curral de fumo”. Posteriormente tem-se o segundo estágio, no início do século XX, eram plantadas nos chamados “baixios”. Semeava-se o fumo nos currais e, após determinado tempo de crescimento, era transplantada para canteiros nos referidos “baixios”. No terceiro estágio, a cultura passou a se desenvolver com mais intensidade, e a ocupar mais espaços e áreas de terra a semeadura passou a ser feita em terrenos mais altos e planos e deu-se início a utilização de estrume de gado como forma de adubação. Já no terceiro estágio, a cultura passou a se desenvolver com mais intensidade, e a ocupar mais espaços e áreas de terra a semeadura passou a ser feita em terrenos mais altos e planos e deu-se início a utilização de estrume de gado como forma de adubação. Já emancipada politicamente, Arapiraca apresentava notável desenvolvimento, a produção do fumo do município abastecia as cidades circunvizinhas, transportadas, em tropas de burros. Nessa época, ocorrem inovações na preparação do fumo em rolo, introduzindo utensílios de madeira, a exemplo da “macaca” e a enrolação do fumo nos “sáris”, para em seguida serem transformados em bolas de fumo. Até essa fase, eram desconhecidos na região, agreste para a preparação do fumo em rolo, e secagem e posterior secagem das folhas, que até então eram feitas à sombra dos arvores, passou a ser em sequeiros. Métodos esses ainda empregados pelos fumicultores de Arapiraca na cultura tradicional e primitiva. No começo do século XXI o fumo em rolo era vendido pela primeira vez, para fora do Estado, cujo no ano de 1945, surgiram os grandes armazéns e salões de fumo para compra de folhas. De acordo com os registros históricos, a primeira fábrica de charutos, foi denominada “Fábrica de Charutos Leda”. A cultura de fumo em Arapiraca e mais nove cidades em seu entorno, erram desenvolvidas em pequenas propriedades, com a utilização da mão de obra da agricultura familiar. Nessa fase de desenvolvimento da cultura do fumo Arapiraca e região chegou a possuir a maior área continua de fumo da América Latina e uma reforma agrária natural. A cultura de fumo em Arapiraca e mais nove cidades do estado na região agreste do estado, erram desenvolvidas em pequenas propriedades, com a utilização da mão de obra da agricultura familiar. Nessa fase de desenvolvimento da cultura do fumo Arapiraca e região chegou a possuir a maior área continua de fumo da América Latina e uma reforma agrária natural. O desenvolvimento, o trabalho constante e persistente dos agricultores arapiraquenses, motivou a fundação em 30 de outubro de 1949, do Clube dos Fumicultores de Arapiraca, fundado por José Lúcio de Melo e demais integrantes da família Lúcio a exemplo de Dalmácia Lúcio Severínia Lúcio e outros membros de tradicionais famílias que desenvolviam a cultura do fumo. Em 1950, se instala em Arapiraca a primeira firma internacional, a Exportadora Garrido dirigida por Galeno. A partir daí, com o desenvolvimento da cultura, ocorre o quarto e último estágio, substituição do adubo orgânico (torta de mamona, esterco bovino, cama de frango) por adubo químico (formulados (N, P, K), salitre, ureia entre outros). Através dos manejos realizado na época e do consecutivo plantio (monocultura) da lavoura de fumo começou-se a ter alguns entraves no aparecimento de pragas/doenças que se proliferam rapidamente, que prejudicava não apenas redução e qualidade na produção, mais também em contaminação ao meio ambiente e social, devido na época não se tinha conhecimento e assistência técnica em como maneja essas pragas e contorna essa problemática, acabavam utilizando uso excessivo de agrotóxicos que resultava em contaminações ao meio ambiente e saúde humana. OBJETIVO Este trabalho de levantamento, tem como objetivo apresentar os principais insetos que são associados a cultura do fumo (Nicotiana tabacum) tanto os que causa danos a cultura e os que são considerados benéficos, apresentado suas descrições da espécie, seu estágio no qual o inseto irá se tornar praga/benéficos e seus respectivos danos a planta (Tabela1). MATERIAL E MÉTODOS As coletas foram realizadas no mês de setembro e outubro do ano de 2022 no terreno de plantio (Imagem 01), situado no município de São Sebastião, sendo este, pertencente a região da unidade de tabuleiros costeiros, apresentando uma altitude média de 59 a 100 m acima do nível do mar, com coordenadas 9°51′28.2"S 36°31'46.3"W Possuindo assim, uma extensão total de 305,73km². Os mecanismos de coleta adotados na captura dos insetos foram à ativa, que consiste na utilização de equipamentos simples:potes plásticos e até mesmo as mãos, além disto, foi empregada a técnica passiva direcionada a utilização da rede entomológica, a qual permite a captura seletiva de determinados insetos, na grande maioria dos casos os alados, como as mariposas (Ordem Lepidoptera). Após a captura, os insetos foram colocados em potes plásticos e condicionados em temperaturas amenas, com o intuito de diminuir o metabolismo, resultando assim na morte dos mesmos. Em seguida, a técnica de alfinetagem foi aplicada para que em seguida fossem colocados na estufa para serem secos, onde foram submetidos a temperatura de 60° C. Convém ressaltar que, alguns insetos foram mantidos em Eppendorf preenchidos com álcool 70%, garantindo a conservação das estruturas dos insetos de tamanho reduzido, onde a técnica de alfinetagem não pode ser aplicada. Para a classificação e identificação dos insetos, as chaves dicotômicas foram utilizadas, sendo possível contatar as ordens desses insetos. Em seguida realizou-se a identificação dos insetos através da chave de identificação GALLO et al. (2002), e posteriormente montado em uma caixa entomológica com o tamanho de 15x15 cm. Imagem 01: Imagem via satélite da área de coleta. Fonte:https://www.google.com.br/maps/place/9%C2%B051'28.2%22S+36%C2%B031'46.3%22W/@9.8577163, 36.529738,184m/data=!3m1!1e3!4m5!3m4!1s0x0:0x0!8m2!3d-9.8578392!4d-36.5295199. RESULTADOS E DISCURSOES A cultura do fumo é muito atrativa para alguns insetos, cujo alguns deles acaba sendo praga da cultura como no caso da lagarta Mandarová do fumo Manduca sexta paphus, cujo a mesma pertence a ordem das (Lepidópteras) e família (Sphingidae), que quando está em fase de lagarta (larva) (Imagem 02) traz grandes prejuízos à cultura do fumo, pois, a mesma devora as folhas da planta, que é a parte de interesse econômico dessa cultura, na fase adulta (Imagem 02) a mesma é uma mariposa de, aproximadamente, 100 mm de envergadura, com asas anteriores acinzentadas, escuras, com linhas transversais brancas e pretas asas anteriores mais claras, com três faixas brancas orladas de preto, possui proboscídeo com cerca de 10 cm a 11 cm, corpo robusto, com abdome com manchas dorsolaterais amarelas, as lagartas têm coloração verde escura, com faixas oblíquas laterais de cor branca. Porém vale ressaltar que a Manduca sexta paphus possui um papel importante na biodiversidade natural, pois as mesmas são polinizadoras diurnos, ajudando a manter as populações de plantas diversas e abundantes como a Ruellia humilis (Acanthaceae), Hancornia speciosa (Apocynaceae), Caryocar brasiliensis (Caryocaraceae), Inga laurina (Fabaceae), Guaba (Fabaceae), Guettarda viburnoides (Rubiaceae), Tocoyena formosa (Rubiaceae), Serjania erecta (Sapindaceae), Cestrum megalophyllum(Solanaceae), cujo sem a presença dessas plantas, animais como pássaros e morcegos que dependem deles para alimentação, estariam em risco. Imagem 02: Mandarová do fumo Manduca sexta paphus (Esquerda: larva; Direita: adulta) Ainda em relação a Mandarová do fumo Manduca sexta paphus tem-se uma vespa parasitoide pertence a ordem (Hymenoptera) é a família (Braconidae), cujo o seu gênero é Cotesia. A fêmea da vespa Cotesia congregata (Imagem 03), ataca seu hospedeiro (Manduca sexta paphus), inseri seu ovipositor através da cutícula na hemocele e depositará seus ovos dentro da lagarta. As larvas da vespa se desenvolvem dentro do hospedeiro da lagarta, alimentando-se da hemolinfa e, eventualmente, emergem para girar pequenos casulos brancos na cutícula do hospedeiro. Quando as fêmeas de Cotesia congregata ovipositam na hemocele de seu hospedeiro larval, elas injetam simultaneamente o veneno e um vírus simbiótico chamado polidnavírus (um dos bracovírus) na hemocele, cujo o vírus injetado impede que o sistema imunológico do hospedeiro ataque e mate os ovos da vespa através do encapsulamento. O polidnavírus simbiótico também impede a formação de proteínas de armazenamento do hospedeiro, deixando mais recursos disponíveis na hemolinfa em conjunto com o polidnavírus para deter o desenvolvimento do hospedeiro larval. A lagarta passa a diminuir ou cessar completamente a alimentação nesse período, definhando, enquanto as pupas começam a emergir após a primeira semana de parasitismo. O processo entre a identificação dos sintomas e a emergência das vespas adultas leva em torno de cinco dias, e leva o hospedeiro a morte. As vespas analisadas possuíam coloração preta, antenas longas e de mesma coloração, ultrapassando o comprimento do corpo, pernas de coloração marrom claro e mancha escura nas asas anteriores e peças bucais de mastigação. Os adultos são pequenos, com cerca de 2-3 mm de comprimento. Imagem 03: Vespa parasitoide gênero Cotesia, Cotesia congregata (Esquerda: larva e adultas no hospedeiro; Direita: adulta) Um outro inseto obtido no levantamento, e que acaba sendo considerado praga da cultura é o pulgão-verde da espécie Myzus persicae, (Imagem 04), com desenvolvimento partenogenético (fêmea não necessita ser fecundada pelo macho), cujas fêmeas possuem a forma corporal elíptica (oval) e medem cerca de 1 e 2 mm. A coloração varia grandemente, desde o verde e suas variações até rosa ou vermelho. Myzus persicae quando alado possui grandes asas translúcidas, têm cabeça e tórax negros, com um abdómen verde-amarelo e uma grande mancha escura na parte central do dorso abdominal, sua forma imatura das fêmeas dessa espécie possuem na maioria das vezes a coloração rosa ou vermelha enquanto que os machos possuem coloração amarelada. Diversos danos diretos e indiretos podem ocorrer pelo ataque de pulgões no fumo. Um primeiro deles está ligado a sucção da seiva das folhas, ocasionando o encarquilha mento destas, acarretando em perda de peso e qualidade das folhas. Um segundo dano está ligado a liberação de exsudatos açucarados nos locais lesionados, os quais favorecem o desenvolvimento de fumagina, um fungo que cresce sobre a superfície das folhas e que dificulta a fotossíntese. Um terceiro dano refere-se ao potencial de transmissão de viroses dessas espécies de pulgão, tal como virose do mosaico-do-fumo, causada pelo TMV (Tobacco mosaic virus). Imagem 04: Pulgão-verde da espécie Myzus persicae (Esquerda: larva; Direita: adulta) Em relação ao pulgão-verde da espécie Myzus persicae, foi encontrado no levantamento a joaninha, que é considerada controle biológico do pulgão em diversas culturas agrícolas. A joaninha pertence à ordem (Coleópteros), e da família das (Coccinellidae), (Imagem 05). As espécies desta família, possuem um corpo geralmente arredondado ou semiesférico, cabeça pequena e antenas curtas, 6 patas e asas membranosas bem desenvolvidas e protegidas por uma carapaça quitinosa (chamada élitro), que geralmente apresenta cores vistosas (vermelho, amarelo, etc.), podem medir de 0,8 mm até 1,8 centímetros de comprimento, possuem duas antenas curtas (com 8 a 11 segmentos) que servem para captar o cheiro e o sabor As larvas, geralmente, têm corpo achatado e longo, com tubérculos ou espinhos e faixas coloridas ao longo do seu corpo. As joaninhas são organismos dioicos, ou seja, existem fêmeas e machos, que são morfologicamente diferentes, a fecundação é interna e pode ocorrer diversas vezes ao ano, sendo que em cada ciclo reprodutivo, a fêmea pode colocar de 150 a mais de 200 ovos por postura. A maioria das joaninhas são excelentes predadores de pulgões, cochonilhas e larvas de outros insetos, cujo desempenha um grande papel no controle biológico. Imagem 05: Joaninha família Coccinellidae (Esquerda: adulta; Direita: adulta) Outro inseto praga que foi obtido no levantamento foi a vaquinha verde amarela Diabrotica speciosa, (Imagem 06)que pertencea ordem (Coleóptera) e família (Chrysomelidae), a mesma causa danos significativos a planta em sua fase jovens e adultos, em sua fase jovem (larval) a vaquinha se alimenta das raízes e interfere na absorção de nutrientes e água, e também reduz o poder de sustentação da planta ao solo, que pode derrubar a planta em ocorrência de ventos fortes ou alta precipitação pluviométrica. Já em sua fase adulta, essa praga se alimenta das folhas, que além de causar diminuição da fotossíntese, justamente por causa da diminuição da área fotossintética da planta, a folha é a parte comercial do fumo, como já foi mencionado proporcionando desvalorização e perca de rendimento agrícola e podem ser vetores de viroses TMV (Tobacco mosaic virus). As fêmeas adultas de Diabrotica speciosa depositam seus ovos geralmente em solos úmidos, ao redor das plantas, esses ovos são de cor amarelada, e vão dar origem às larvas. As larvas, por sua vez, são de cor branca e medem cerca de 10 mm. Os adultos são besouros de corpo verde com manchas amarelas e cabeça avermelhada, que medem cerca de 6 mm de comprimento. Imagem 06: Vaquinha verde amarela Diabrotica speciosa (Esquerda: adulta) Foi obtida também no levantamento uma praga que pode ser considerada recente pra cultura do fumo na região agreste de Alagoas, que é a Lagarta-falsa-medideira Chrysodeixis includens, (Imagem 07), cujo a mesma pertence a ordem das (Lepidoptera) e a família (Noctuidae). São facilmente identificadas no campo, pois se locomovem como se estivessem “medindo palmos”, devido à presença de apenas dois pares de pernas abdominais mais o par de pernas caudal (por isso o nome popular da espécie, lagarta- falsa-medideira). Os adultos possuem asa acinzentada, com estigma e mácula prateados, contornados de marrom escuro brilhante e a parte basal da asa é mais clara. Os ovos são colocados isoladamente na superfície das folhas e apresentam coloração verde. As lagartas (larvas) são de coloração verde-clara, com listras longitudinais brancas e pontuações pretas, atingindo de 40 a 45 mm de comprimento em seu último estádio larval, apresentam seis instares e possuem processos internos na mandíbula, característica que os distingui da lagarta Trichoplusia ni. A pupa é marrom-esverdeada e encontra-se nas folhas enroladas, presa por fios de seda, e seu ciclo biológico dura em média 25 dias. Quando jovens (1º e 2º instar), as lagartas de Chrysodeixis includens, apenas raspam as folhas. Porém, à medida que crescem, passam a atacar de forma mais profunda as folhas, chegando a destruir o limbo foliar, deixando apenas as nervuras, o que, consequentemente, reduz a capacidade fotossintética das plantas e afeta diretamente a produtividade da cultura. Essa característica de consumo foliar, com exceção da nervura, é um sinal característico dessa praga que a distingue das demais pragas desfolhadoras, que consomem a folha toda. Além de proporcionar a redução da área fotossintética, consequentemente perca de rendimento agrícola e desvalorização do produto final do fumo, a Chrysodeixis includens faz raspagem e galerias na gema apical (pendão floral), cujo esse dano proporciona a “capação” precoce da cultura, inibindo a emissão de brotações laterais, proporcionando um grande dano e perca de produtividade. Imagem 07: Lagarta-falsa-medideira Chrysodeixis includens (Esquerda: larva; Direita: larva; Esquerda abaixo: adulta) É por fim do levantamento foi obtido a formiga saúva limão Atta sexdens rubropilosa, (Imagem 08), que pertence a ordem (Hymenoptera) e família (Formicidae). As formigas operárias causam grande desfolha principalmente em plantas jovens, sendo consideradas pragas secundárias em culturas estabelecidas. Atacam quase todas as culturas, cortando folhas e ramos tenros, podendo destruir completamente as plantas. As formigas carregam as folhas para seus formigueiros a fim de criarem um fungo que constitui o seu alimento exclusivo, as folhas e outras partes de plantas (tanto monocotiledôneas como dicotiledôneas) cortadas pelas saúvas, depois de levadas para o interior do formigueiro servem de substrato para o cultivo de um fungo mutualista do qual as formigas se alimentam. Os ovos bem cuidados dão origem a formigas aladas, as fêmeas (tanajuras); os ovos mal cuidados dão origem a machos (bitus), no voo nupcial, macho e fêmea acasalam, cujo o macho (bitu) morre, e a fêmea volta ao chão, arranca suas asas e funda um novo formigueiro. Depois de uma semana, ela já produz ovos e, depois de 45 dias, os ovos chegam à idade adulta. Depois de uns anos, os ovos bem tratados viram formigas aladas que dão origens aos novos formigueiros. A fêmea guarda uma bolota de fungo que é alimento para as saúvas. As saúvas apresentam três pares de espinhos e as quenquéns quatro pares, cabeças grandes, cor avermelhada, as operárias possuem cabeça brilhante. Imagem 08: Formiga saúva limão Atta sexdens rubropilosa Tabela 0l: Insetos pragas/benéficos, estágio no qual poderá ser considerado praga e seus respectivos danos a planta. Nome popular Nome cientifico Praga/Benéfico em estágio Dano/Beneficio Formiga saúva Atta spp Adulta Diminuição da área foliar Joaninha Cycloneda sanguinea Larva/Adulta Predadoras de pulgões, alimentando-se tanto da forma adulta quanto da larva. Controle biológico Lagarta-falsa- medideira Chrysodeixis includens Larva Diminuição da área foliar/ raspagem na gema apical, inibindo a emissão de brotações laterais. Mandarová-do-fumo Manduca sexta paphus Larva Diminuição da área foliar/ Tombamento Pulgão-do-fumo Myzus persicae Larva Perda de valor econômico da folha por causa de deformação/vetor de viroses TMV Vaquinha-Patriota Diabrotica speciosa Larva/Adulta Diminuição da área foliar/ Vespa do gênero Cotesia Cotesia congregata Larva/Adulta Parasita da Mandarová- do-fumo, Controle biológico CONCLUSÃO A predominância de insetos na cultura do fumo, podemos observar a diversidade que se encontra em uma única cultura desde insetos que ocasionam dano a cultura e ao mesmo tempo temos outros insetos que contribuir no controle dos mesmos proporcionando equilíbrio no agro ecossistema. O levantamento por sua natureza preliminar sugere um maior aprofundamento, havendo a possibilidade de como está a incidência de ambos indivíduos. REFERENCIAS: A cultura do Fumo e suas evoluções em Arapiraca. Sete Segundos. Disponível em: <https://arapiraca. 7segundos.com.br/blogs/homem-do-campo/43968/a-cultura-do- fumo-e suas-evolucoes-em-arapiraca. html>. Acesso em: dia 08 de outubro de 2022. Gallo, D., Nakano, O., Silveira Neto, S., Carvalho, R. P. L., Baptista, G. C. de, Berti Filho, E., et al. Entomologia agrícola. Piracicaba: FEALQ. 2002. História de Arapiraca. Arapiraca Alagoas Câmara municipal. Disponível em: <https://www.arapiraca.al.leg.br/institucional/historia/historia-de-arapiraca#Fumo>. Acesso em: dia 08 de outubro de 2022. Pulgão.AGROLINK. Disponível em: https: <//www.agrolink.com.br/problemas/pulgao- verde_327.html>. Acesso em: dia 08 de outubro de 2022. Mandarová do fumo. AGROLINK. Disponível em: <https://www.agrolink.com.br/problemas/mandarova-do-fumo_307.html>. Acesso em: dia 08 de outubro de 2022. Lagarta-falsa-medideira. AGROLINK. Disponível em: https://www.agrolink.com.br/problemas/falsa-medideira_3083.html>. Formiga saúva. AGROLINK. 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