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Gestão de Financiamento
Aula 06
Financiamentos de curto prazo – escolha de um banco
Objetivos Específicos
• Conhecer os principais produtos oferecidos pelas instituições financeiras 
para o financiamento de curto prazo.
Temas
Introdução
1 Conceitos fundamentais
2 Operações financeiras
3 Critérios de análise
Considerações finais
Referências
Crisanto Soares Ribeiro
Professor
Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados
Gestão de Financiamento
2
Introdução
Olá, aluno!
Nesta aula, trataremos das operações financeiras existentes no mercado financeiro, 
visando ao adequado financiamento das atividades operacionais de uma empresa e, ainda, 
considerando quais os critérios normativos precisam ser observados na contratação dessas 
operações.
Por meio de exemplos práticos, mostraremos um comparativo de operações de capital 
de giro em quatro das maiores instituições financeiras do país, segundo a classificação do 
BACEN ([s. d.]).
1 Conceitos fundamentais
O mercado de crédito, segundo Assaf Neto (2010), tem por objetivo atender à demanda 
por recursos de curto e médio prazo da economia, e é constituído por todas as instituições 
financeiras bancárias ou monetárias. Atualmente no Brasil, esse mercado vem tendo uma 
contribuição significativa das cooperativas de crédito que se juntam aos bancos comerciais e 
múltiplos na oferta desses recursos para as pessoas físicas e jurídicas.
Os bancos múltiplos, conforme o BACEN ([s. d.]), são instituições financeiras públicas 
ou privadas estruturadas na forma de sociedades anônimas que operam com produtos de 
aplicação e captação de recursos e, ainda, com prestação de serviços e atividades auxiliares, 
tais como: leasing, financiamentos de ativos fixos e de giro, previdência privada, capitalização 
e seguros. O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, e uma delas, 
obrigatoriamente, precisa ser comercial ou de investimento. As instituições com carteira 
comercial podem captar depósitos à vista. Já as cooperativas de crédito são organizadas nas 
formas singular ou filiadas a centrais.
As cooperativas de crédito se dividem em: singulares, que prestam serviços financeiros 
de captação e de crédito apenas aos respectivos associados, podendo receber repasses 
de outras instituições financeiras e realizar aplicações no mercado financeiro; centrais, 
que prestam serviços às singulares filiadas, e são também responsáveis auxiliares por 
sua supervisão; e confederações de cooperativas centrais, que prestam serviços a 
centrais e suas filiadas. Observam, além da legislação e normas gerais aplicáveis ao 
sistema financeiro: a Lei Complementar nº 130, de 17 de abril de 2009, que institui o 
Sistema Nacional de Crédito Cooperativo; a Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, 
que institui o regime jurídico das sociedades cooperativas; e a Resolução nº 3.859, de 
27 de maio de 2010, que disciplina sua constituição e funcionamento (BACEN, [s. d.]).
Além desses dois grandes grupos no mercado brasileiro, temos a forte participação da 
Caixa Econômica Federal no mercado de crédito.
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Gestão de Financiamento
3
No site do Banco Central do Brasil, você poderá acessar outras informações 
sobre as instituições que operam no Brasil e conhecer as regras que elas devem 
observar para o pleno desempenho de suas atividades.
Conforme dados disponibilizados pela Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e 
Controle de Operações do Crédito Rural – Diorf do Banco Central do Brasil, nosso país tinha, 
em novembro de 2014, 132 Bancos Múltiplos, 22 Bancos Comerciais, 1 Caixa Econômica e 
1.165 Cooperativas de Crédito (BACEN, [s. d.]).
2 Operações financeiras
O financiamento de capital de giro é praticado pelos bancos que ou se utilizam de 
recursos próprios ou buscam captar no mercado esses recursos. As taxas de juros podem 
ser estabelecidas de forma pré-fixada ou pós-fixada (ASSAF NETO,2010). Então, um primeiro 
detalhe a ser observado na contratação de operações é a formatação das taxas de juros.
Saiba que a maior parte dos bancos nas modalidades de capital de giro tem atuado 
com uma taxa mista, ou seja, uma parte pré-fixada e outra pós. Normalmente, o indexador 
utilizado na modalidade pós-fixada é o CDI (BACEN, [s. d.]).
Você já conhece algumas das operações proporcionadas pelas instituições financeiras, 
por exemplo, hot-money, desconto de títulos, contas garantidas e crédito rotativo; porém, 
as operações de financiamento do giro não estão restritas a essas. Se pesquisarmos em 
sites de bancos, encontraremos diversas modalidades de financiamento de capital de giro. 
E algumas dessas operações podem ser simuladas e contratadas pela internet ou terminais 
de autoatendimento (ATM) e, também, contemplam a possibilidade de pagarmos apenas os 
juros mensalmente e o principal apenas ao final do contrato, de “pularmos” prestações e até 
obtermos carência para pagamento da primeira parcela. 
É fundamental que observemos quantas variáveis devem ser analisadas antes de 
contratarmos uma operação de crédito, pois já estudamos que o custo final é o que importa. 
Muitas vezes, a precipitação pode nos trazer sérios problemas no futuro.
Ross, Westerfield e Jaffe (2002) destacam a necessidade de avaliarmos dois elementos 
na tomada de decisão sobre a política a ser adotada para financiamento das necessidades de 
investimentos em giro: a magnitude dos investimentos (volume de recursos a serem aplicados 
em giro) e o próprio financiamento dos Ativos Circulantes, o qual, na percepção dos autores, 
deve equilibrar recursos tanto de curto quanto de longo prazo.
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Vamos, agora, apresentar exemplos de operações de diferentes instituições financeiras.
Exemplo 1
A instituição financeira A disponibiliza, para as empresas, diversas linhas de capital de 
giro que atendem não somente às necessidades de capital de giro mas também investimentos 
em Ativos Fixos – máquinas, equipamentos, inclusive utilitários, compatíveis com a atividade 
operacional da empresa. E as liberações do crédito para a conta corrente da empresa podem 
ser realizadas diretamente pelos terminais de autoatendimento ou por meio do gerenciador 
financeiro.
A modalidade liberada pelo gerenciador financeiro é conhecida como Giro Empresa 
Flex, e possibilita o pagamento das parcelas nas formas mensal, bimestral ou trimestral. O 
diferencial, em relação à concorrência, é a possibilidade de a empresa “pular” até três parcelas 
do financiamento a cada ano. No mercado, essa opção é denominada de Pula Parcela. O 
prazo de pagamento é de até 36 meses e as taxas são negociadas em face do maior ou menor 
relacionamento da empresa com o banco e os valores envolvidos dependem da análise de 
risco de crédito. O custo efetivo anual de operações de capital de giro com prazo superior a 
365 dias, atualmente é de 25,28% ao ano.
Exemplo 2
A Instituição financeira B oferece para as empresas com faturamento anual de até R$ 50 
milhões uma linha de capital de giro denominada Giro Fácil. Essa linha é acessível aos clientes 
com limites de crédito pré-aprovados, e os recursos podem ser movimentados através da 
internet ou dos terminais de autoatendimento. O limite mínimo é de R$ 1.000,00 e o máximo 
é estabelecido de acordo com avaliação de risco, limitado a R$ 2 milhões. As amortizações 
das parcelas mensais são calculadas pela Tabela PRICE e debitadas automaticamente na 
conta em que o crédito foi habilitado. Tomemos como exemplo a simulação de uma operação 
de R$ 20.000,00 a ser paga em 36 parcelas, com o primeiro pagamento para 02/03/2015. 
Utilizamos aqui o simulador disponível no site da Caixa Econômica Federal ([s. d.]).
Tabela 1 – Simulação
Simulação capital de giro financeira B
Prazo Prestação Iof Taxa de juros mensal
Taxa de 
juros anual
Valor 
contratado
Valor total 
a ser pago
36 875,61 365,81 2,38% 32,61% 20.000,00 31.521,96
Fonte: Caixa Econômica Federal ([s. d.]).Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados
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Exemplo 3
A instituição financeira C, disponibiliza limite pré-aprovado para sua empresa. 
O Capital de Giro Flex visa a suprir eventuais necessidades de caixa, e sua contratação é 
efetivada de forma simples pela internet ou mesmo pelos terminais do banco. O prazo de 
amortização é de no máximo 36 meses (ou parcelas), com valor limitado a R$ 25.000,00. A 
operação tem incidência de IOF com a possibilidade de ser incorporado nas parcelas que são 
debitadas automaticamente na conta da corrente da empresa. A simulação foi realizada no 
site do Banco Bradesco, com o primeiro pagamento para 02/03/2015.
Tabela 2 – Capital de giro
Simulação capital de giro financeira C
Prazo Prestação Iof Taxa de juros mensal
Taxa de 
juros anual
Valor 
contratado
Valor total 
a ser pago
36 1.430,86 374,55 6,33% 108,83% 20.000,00 51.510,96
Fonte: Bradesco ([s. d.]).
Exemplo 4
A instituição financeira D, através de seu portal ou de seus caixas eletrônicos, oferece 
crédito a seus clientes empresariais que apresentem faturamento anual inferior a R$ 6 milhões, 
com limites de créditos pré-aprovados, simulação e contratação de operação de capital de 
giro. O crédito é efetivado diretamente na conta corrente da empresa. Utilizamos o simulador 
disponível no site do Banco Itaú, mas a primeira prestação será paga 30 dias após a contratação, 
diferentemente dos demais bancos que concedem carência para a primeira parcela.
Tabela 3 – Capital de giro
Simulação capital de giro financeira D
Prazo Prestação Iof Taxa de juros mensal
Taxa de 
juros anual
Valor 
contratado
Valor total 
a ser pago
36 1.314,53 374,55 5,60% 94,13 20.000,00 47.323,08
Fonte: Itaú ([s. d.]).
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Ao visitar os sites das instituições financeiras, você poderá obter mais 
informações e realizar simulações diferentes das apresentadas em nossa aula. 
Saiba que, no site do BACEN, semanalmente são divulgadas as taxas médias 
praticadas pelas instituições financeiras.
Ross, Westerfield e Jaffe (2002) destacam que não podemos esperar que os Ativos 
Circulantes de uma empresa caiam a zero; afinal, em virtude da expansão das receitas, os 
mecanismos de financiamento serão uma constante, quer pelo fato já citado, quer pela 
condição sazonal das vendas ou, ainda, por variações diárias e imprevisíveis.
3 Critérios de análise
Devemos compreender que cada instituição financeira tem seus critérios internos, os 
quais, como qualquer empresa, constituem marcos estratégicos. Entretanto, algumas regras 
básicas são estabelecidas pelo Banco Central do Brasil.
O marco regulatório está respaldado na Resolução nº 2.682, de 21 de dezembro de 1999, 
que dispõe sobre critérios de classificação das operações de crédito e regras para constituição 
de provisão para créditos de liquidação duvidosa. Estabelece essa resolução, em seu primeiro 
artigo, que “[...] todos os clientes e operações serão classificados em nove níveis”, que são: 
AA, A, B, C, D, E, F, G e H (BACEN, 1999).
Assaf Neto (2010) destaca que as empresas, ao buscarem fundos de curto prazo para 
financiarem suas atividades cíclicas, assumem uma condição de maior risco pela dependência 
da renovação desses níveis estabelecidos pelo Banco Central do Brasil.
A classificação da operação no nível de risco correspondente é de responsabilidade da 
instituição concessora do crédito e deve ser efetuada com base em critérios consistentes e 
verificáveis, amparada por informações internas e externas, contemplando alguns aspectos, 
primeiramente em relação aos devedores e garantidores dos recursos tomados (BACEN, [s. 
d.]). Brigham e Houston (1999) corroboram com a orientação do Banco Central do Brasil 
ao afirmarem que “[...] os bancos têm diferentes políticas básicas quanto ao risco. Alguns 
adotarão políticas mais conservadoras; outros, mais criativas”.
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Quadro 1 – Variáveis de análise
Em relação ao devedor e seus garantidores
Situação econômico-financeira
Grau de endividamento
Capacidade de geração de resultados
Fluxo de caixa
Administração e qualidade de controles
Pontualidade e atrasos nos pagamentos
Contingências
Setor de atividade econômica
Limite de crédito
Fonte: BACEN ([s. d.]).
Os itens situação econômico-financeira, grau de endividamento, capacidade de geração 
de resultados e fluxo de caixa você já conhece. Os outros itens tratam de aspectos internos 
da empresa, por exemplo, as competências administrativas dos gestores e a qualidade dos 
controles de contas a pagar, a receber, os estoques, e a elaboração das demonstrações 
contábeis: Balanços Patrimoniais, Demonstrações de Resultado e Fluxo de Caixa (ASSAF 
NETO, 2010).
Os aspectos de pontualidade e atrasos de pagamentos podem ser verificados não só nos 
sistemas corporativos internos dos próprios bancos mas também em empresas de informações 
cadastrais. Como exemplos maiores, temos o Serasa Experian e o Serviço de Proteção ao 
Crédito (SPC) (ASSAF NETO, 2010). 
Acesse o site do Serasa Experian, pois você obterá diversas informações 
acerca do crédito – por exemplo, resultados de pesquisas sobre inadimplência 
e cheques devolvidos – e, ainda, poderá ler artigos muito interessantes sobre 
o tema.
As contingências, segundo Assaf Neto (2010), referem-se a possíveis passivos trabalhistas, 
fiscais e cíveis, que podem ser verificados junto a diversos órgãos como: Receita Federal, 
Receita Estadual, Tribunais Regionais do Trabalho e Superior do Trabalho, IBAMA, Justiças 
Estaduais e Federal. Essas entidades disponibilizam, em seus sites, a possibilidade de emissão 
ou não de certidões negativas e/ou positivas com efeitos de negativas. Havendo a emissão 
de negativas, pressupomos pela inexistência (naquela data) de indícios de contingências. E 
se houver a emissão de certidão positiva ou a não emissão de certidão, é recomendável ao 
analista de risco de crédito confirmar possíveis pendências.
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Para as empresas de capital aberto – que têm suas ações negociadas na bolsa de valores 
– ou as empresas consideradas de grande porte – com ativos totais iguais ou superiores a 
R$ 240 milhões e receitas operacionais brutas superiores a R$ 300 milhões –, fica mais fácil 
obter crédito, pelo fato de serem obrigadas por lei a elaborarem notas explicativas e parecer 
de auditoria independente (ASSAF NETO, 2010).
Em relação ao setor de atividades econômicas, Assaf Neto (2010) acrescenta que o analista 
deverá, inicialmente, buscar estudos internos que são desenvolvidos pela própria instituição 
financeira. Na ausência desses estudos, precisará buscar fontes seguras de informações, tais 
como: federações empresariais, universidades e institutos de pesquisas.
Por fim, os limites de crédito são definidos, em primeiro plano, de acordo com a 
capacidade de geração de resultados da empresa. As instituições financeiras poderão 
internamente estabelecer parâmetros ou pontes de corte nos limites em virtude de aspectos 
diversos, como: taxa de juros, inadimplência, inflação (BACEN, [s. d.]).
Muitas vezes, uma empresa pode apresentar condições favoráveis na análise como 
tomadora; no entanto, ao analisarmos uma operação, ela não poder ser efetivamente 
contratada.
O Banco Central do Brasil estabelece na Resolução nº 2.682/99 que, na análise de uma 
operação, deverão ser contemplados os seguintes critérios (BACEN, 1999):
Quadro 2 – Variáveis de análise
A natureza e finalidade da transação;
Características das garantias, particularmente quanto à suficiência e liquidez;
valor.
A natureza e a finalidade da operação é para financiar o giro ou os investimentos fixos 
(compra de máquinas, computadores, construção, veículos etc.). O item “garantias” contempla 
a suficiência, ou seja, qual é o percentual de cobertura exigido pelos bancos nesta ou naquela 
operação.Com relação às principais modalidades de garantias pessoais e reais, bem como, 
ao percentual exigido, por exemplo, o BNDES em suas operações exige equivalente a 120% 
do valor tomado.
Quanto à liquidez, segundo Assaf Neto (2010), devemos analisar que existem garantias 
que são de mais fácil conversão em espécie. Uma alienação fiduciária é mais líquida do que 
uma hipoteca ou, ainda, que a cessão de direitos creditórios (duplicatas ou faturas de cartão 
de crédito). E as aplicações financeiras também são mais líquidas do que uma alienação ou 
uma hipoteca.
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Finalmente em relação ao valor, devemos considerar que este é influenciado pelas taxas 
de juros e pelos prazos praticados. Logo, a capacidade de geração de caixa ou EBITDA de 
uma empresa pode não comportar a contratação de uma operação rotativa de curto prazo; 
todavia, poderá comportar uma operação parcelada, como as exemplificadas nesta aula.
E a classificação de risco, que varia de duplo A até H, determinará, segundo a Resolução 
nº 2.682/99, os níveis de aprovisionamento dos bancos para possíveis perdas decorrentes 
da inadimplência (BACEN, 1999). De acordo com essa resolução do Banco Central do Brasil, 
a provisão dos créditos de liquidação deverá ser constituída mensalmente, não podendo 
ser inferior ao somatório decorrente da aplicação dos percentuais a seguir mencionados, 
sem prejuízo da responsabilidade dos administradores das instituições pela constituição 
de provisão em montantes suficientes para fazer face a perdas prováveis na realização dos 
créditos (BACEN, 1999):
I. 0,5% sobre o valor das operações classificadas como de risco nível A;
II. 1% sobre o valor das operações classificadas como de risco nível B;
III. 3% sobre o valor das operações classificadas como de risco nível C;
IV. 10% sobre o valor das operações classificadas como de risco nível D;
V. 30% sobre o valor das operações classificadas como de risco nível E;
VI. 50% sobre o valor das operações classificadas como de risco nível F;
VII. 70% sobre o valor das operações classificadas como de risco nível G;
VIII. 100% sobre o valor das operações classificadas como de risco nível H.
Como podemos constatar, os níveis de aprovisionamento influenciam diretamente os 
custos das operações das instituições financeiras. Quanto maior forem os riscos, maiores 
serão as taxas praticadas por essas instituições junto aos seus clientes. Por isso, há tendência 
de as instituições financeiras se especializarem. Brigham e Houston (1999) comentam que 
os bancos maiores tendem a criar áreas especialistas para as diferentes modalidades de 
empréstimos.
Considerações finais
Nesta aula, inicialmente estudamos o mercado de crédito no Brasil, os seus principais 
agentes e o nível de concentração existente no mercado.
Realizamos um estudo comparativo de operações de financiamento de capital de giro 
envolvendo os quatro maiores bancos do país – Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica 
Federal, Itaú –, demonstrando a discrepância das taxas de juros praticadas.
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Finalmente, abordamos os critérios de análise de risco de crédito regulados pelo Banco 
Central do Brasil, destacando cada variável analisada que irão resultar em conceitos finais 
dos devedores e das operações, que estão dispostas em nove níveis de risco, indo do duplo 
AA ao H.
Referências
ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
BACEN. Resolução nº 2682, de 21 de dezembro de 1999. Dispõe sobre critérios de classificação 
das operações de crédito e regras para constituição de provisão para créditos de liquidação 
duvidosa. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 21 dez. 1999. Disponível em: <http://www.bcb.
gov.br/pre/normativos/res/1999/pdf/res_2682_v2_L.pdf>. Acesso em: 4 jan. 2015.
______. Sistema Financeiro Nacional [s. d.]. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/?sfn>. 
Acesso em: 4 jan. 2015.
______. Taxas de juros por instituição financeira. 2015. Disponível em: <http://
w w w. b c b . g o v. b r / p t - b r / s f n / i n f o p b a n / t x c r e d / t x j u r o s / P a g i n a s / R e l Tx J u r o s .
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BANCO DO BRASIL. BB Giro Empresa Flex. [s. d.]. Disponível em: <http://www.bb.com.br/portalbb/
page4,108,8304,8,0,1,2.bb?codigoNoticia=97&codigoMenu=113&codigoRet=242&bread=1_2>. 
Acesso em: 3 jan. 2015. 
BRADESCO. Crédito para realizar todos os seus planos. [s. d.]. Disponível em: <http://www.
bradesco.com.br/html/pessoajuridica/solucoes-integradas/emprestimo-e-financiamento/
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BRIGHAM, E. F.; HOUSTON, J. F. Fundamentos da moderna administração financeira. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 1999.
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Capital de Giro. [s. d.]. Disponível em: <http://www.caixa.gov.br/
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CUCOLO, E. Com fusões e fechamentos, quatro maiores bancos têm 71% do crédito. 2 jan. 2015. 
Folha de S. Paulo. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/01/1569591-
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ITAÚ. Capital de giro. [s. d.]. Disponível em: <https://www.itau.com.br/empresas/creditos-
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http://www.economiaemdia.com.br/
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/01/1569591-com-fusoes-e-fechamentos-quatro-maiores-bancos-tem-71-do-credito.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/01/1569591-com-fusoes-e-fechamentos-quatro-maiores-bancos-tem-71-do-credito.shtml
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https://www.itau.com.br/empresas/creditos-financiamentos/curto-prazo/capital-giro/
http://www.bcb/
http://gov.br/pre/normativos/res/1999/pdf/res_2682_v2_L.pdf
http://www.bcb.gov.br/?sfn
http://www.bb.com.br/portalbb/
http://2.bb/?codigoNoticia=97&codigoMenu=113&codigoRet=242&bread=1_2
http://bradesco.com.br/html/pessoajuridica/solucoes-integradas/emprestimo-e-financiamento/
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