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Neurose de Fobia

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Neurose de fobia
 Referências: ZIMERMAN. Fundamentos Psicanalíticos: Teoria, Técnica e Clínica – uma abordagem didática. 1999. Cap. 17.
Ansiedade de engolfamento - resultante do medo
de chegar perto demais e absorver ou ser absorvido
pelo outro; 
Ansiedade de separação - pelo risco imaginário de
perder o objeto.
 A neurose fóbica se caracteriza por ser um medo
irracional, um pavor desenvolvido frente a uma situação
bem determinada (objeto externo muito específico). É
um medo incapacitante, acompanhado por uma postura
de evitação em relação ao objeto. 
 Assim, desde uma situação em que estão presentes
alguns traços fóbicos na personalidade (sob a forma de
inibições, por exemplo), passando pela possibilidade de
uma caracterologia fobia, caracterizada por uma
modalidade evitativa de conduta, aliada a um típico
estilo de comunicação e de lógica, pode-se atingir uma
configuração clínica de uma típica neurose fóbica, sendo
que em certos casos é tal o grau de comprometimento
do sujeito, que não é exagero designar como psicose
fóbica. 
 Embora não incomum que a fobia seja a manifestação
única, tal é a sua predominância no paciente, o que
costuma acontecer é que, como sintomas isolados, ela
venha associada no mesmo indivíduo a outras
configurações, como as histéricas e, principalmente, as
obsessivas e as paranóides, suas legítimas “primas-
irmãs”
 A etiologia da neurose fóbica se dá nas angustias de
castração, na ansiedade de aniquilamento e no medo do
desamparo. Entretanto, há evidências de que a fobia
também pode estar radicada na fase anal, até mesmo
porque essa etapa coincide com os processos de
“separação e individuação” da criança. 
 Além dessas origens, destacamos a intensa relação
simbiótica com a mãe, que gera prejuízos nas etapas de
individualização (fase anal) e a figura do pai
desvalorizada e excluída frente ao discurso da mãe. Há
também de ser ressaltado a permanente simbolização e
deslocamento da ansiedade (ex. medo do escuro, medo
de perder o amor materno).
 Na neurose fóbica verificamos uma dupla ansiedade: 
Estados fóbicos sempre acompanhados de
manifestações paranóides e obsessivas, e sempre
estão encobrindo uma depressão subjacente
Má elaboração das pulsões agressivas.
Tendência a manifestações de natureza
psicossomática.
Uso de uma “técnica de evitação” de todas as
situações que lhe pareçam perigosas. Essa
sensação de perigo decorre do fato de que a
situação exterior está sendo o cenário onde estão
sendo projetados, deslocados e simbolizados os
aspectos dissociados das pulsões e objetos
internos, representados no ego como perigosos.
“Técnica de dissimulação”, por vezes, até ao nível
de um falso self, tal é o seu grau de culpa, vergonha
e humilhação diante de seus temores ilógicos.
Muitas outras vezes, a fobia não aparece
manifestamente, e ela somente pode ser detectada
pelo seu oposto, isto é, de sua conduta contrafóbica.
Escolha de pessoas que se prestem ao papel de
“acompanhantes” – e de continuadores – da
mesma fobia.
Na situação analítica: técnica da regulação da
distância afetiva com o terapeuta, de modo a não
ficar nem próximo demais, para não correr o risco
de ser “engolfado”, e nem tão longe que possa
correr o risco de perder o vínculo e o controle sobre
o necessitado analista. “Análise em capítulos”
 A fobia adquire uma importância na etiologia o tipo de
discurso dos pais, repletos com os respectivos
significados fóbicos, nos quais prevalecem as palavras
“cuidado”; “é perigoso”, “faz mal”, etc. e que refletem
uma excessiva carga de identificações projetivas dos
temores dos pais na mente da criança. 
 Ver o medo transformado em palavras que dão um
significado e um nome ao que lhe é desconhecido, é
aquilo que todo paciente, muito particularmente o que
estiver bastante regressivo, espera do seu analista.
 São características clínicas de pacientes fóbicos:
1.
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4.
5.
6.
7.

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