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CUIDADOS COM A PELE

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Prof.ª: Sara Goulart de Castro Santana
Mestre em Ciências e Tecnologias da Saúde / UnB 
ARA 1156 – SEMIOLOGIA E 
SEMIOTÉCNICA EM ENFERMAGEM 
TEMA 2: SAE NOS CUIDADOS COM A PELE
2.1 PROCESSO DE PREVENÇÃO E CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS
2.2 SEMIOTÉCNICA DA REALIZAÇÃO DO CURATIVO
2.3 APLICAÇÃO DE CALOR E FRIO
2.4 SEMIOTÉCNICA DA APLICAÇÃO DE BANDAGEM
3. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DE CLIENTES 
COM
2.2 SEMIOTÉCNICA DA REALIZAÇÃO DO CURATIVO
2.3 APLICAÇÃO DE CALOR E FRIO
2.4 SEMIOTÉCNICA DA APLICAÇÃO DE BANDAGEM
CONTEÚDO:
FERIDA:
• É a ruptura da integridade de um tecido, que pode apresentar diferentes
profundidades, podendo atingir a epiderme, a derme ou alcançar o tecido
celular subcutâneo, e o tecido muscular
CLASSIFICAÇÕES:
CAUSAS
CONTEÚDO MICROBIANO
TIPO DE CICATRIZAÇÃO
GRAU DE ABERTURA
TEMPO DE DURAÇÃO
CAUSAS:
CIRÚRGICA
TRAUMÁTICA
ULCERATIVA
Lesão programada e realizada em condições assépticas
Lesão imprevista
Lesão a partir dos vasos sanguíneos
CAUSAS:
CONTEÚDO MICROBIANO:
LIMPAS
LIMPAS CONTAMINADAS
CONTAMINADAS
INFECTADAS
Presença de agente infeccioso local e lesão com evidência de intensa 
reação inflamatória e destruição de tecidos, podendo haver pus
Lesão com tempo superior a 6 horas entre o trauma e o atendimento e 
com presença de contaminantes, mas sem processo infeccioso local
Lesão com tempo inferior a 6 horas entre o trauma e o atendimento e 
sem contaminação significativa
Lesão feita em condições assépticas e isenta de microrganismos
CONTEÚDO MICROBIANO:
TIPOS DE CICATRIZAÇÃO:
CICATRIZAÇÃO POR PRIMEIRA INTENÇÃO
CICATRIZAÇÃO POR SEGUNDA INTENÇÃO
CICATRIZAÇÃO POR TERCEIRA INTENÇÃO
Ocorre quando há união imediata das bordas da ferida, evolução
asséptica e cicatriz linear. As condições requeridas são a coaptação das
bordas e dos plano. Evolui em 4 a 10 dias.
As bordas da ferida não contatam entre si, por perda tecidual excessiva.
O espaço é preenchido por tecido de granulação, cuja superfície
posteriormente irá revitalizar. Pode durar dias a meses.
Processo que envolve limpeza, debridamento e formação de tecido de
granulação saudável para posterior coaptação das bordas da lesão
TIPOS DE CICATRIZAÇÃO:
GRAU DE ABERTURA:
ABERTA
Feridas em que há rupturas da pele 
A pele e/ou mucosa são lesionadas, mas permanecem íntegras
FECHADA
TEMPO DE DURAÇÃO:
AGUDA
5 – 7 dias – Feridas superficiais
7 – 10 dias – Ferida cirúrgica (pouco profunda)
28 dias – Ferida cirúrgica (profunda) 
CRÔNICA
Tempo de cicatrização maior que esperado devido a sua etiologia
TIPOS DE FERIDAS:
TIPOS DE FERIDAS:
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
HEMOSTASIA / COAGULAÇÃO
INFLAMATÓRIA
PROLIFERAÇÃO 
MATURAÇÃO / REMODELAÇÃO
HEMOSTASIA / COAGULAÇÃO
- O início é imediato após o surgimento da ferida.
- Essa fase depende da atividade plaquetária e da cascata de coagulação.
- Ocorre uma complexa liberação de produtos.
- Substâncias vasoativas, proteínas adesivas, fatores de crescimento e proteases
são liberadas e ditam o desencadeamento de outras fases.
- A formação do coágulo serve não apenas para coaptar as bordas das feridas,
mas também para cruzar a fibronectina, oferecendo uma matriz provisória, em
que os fibroblastos, células endoteliais e queratinócitos possam ingressar na
ferida
INFLAMATÓRIA
- Intimamente ligada à fase anterior, a inflamação depende, além de inúmeros
mediadores químicos, das células inflamatórias, como os leucócitos
polimorfonucleares (PMN), macrófagos e linfócitos.
- Os PMN chegam no momento da injúria tissular e ficam por período que
varia de três a cinco dias; são eles os responsáveis pela fagocitose das
bactérias.
- O macrófago é a célula inflamatória mais importante dessa fase. Permanece
do terceiro ao décimo dia. Fagocita bactérias, desbrida corpos estranhos e
direciona o desenvolvimento de tecido de granulação.
PROLIFERATIVA
- Dividida em três subfases, a proliferação é responsável pelo "fechamento" da
lesão propriamente dita.
- A primeira das fases da proliferação é a reepitelização. Faz-se a migração de
queratinócitos não danificados das bordas da ferida e dos anexos epiteliais,
quando a ferida é de espessura parcial, e apenas das margens nas de espessura
total.
- A segunda fase da proliferação inclui a fibroplasia e formação da matriz, que
é extremamente importante na formação do tecido de granulação (coleção de
elementos celulares, incluindo fibroblastos, células inflamatórias e
componentes neovasculares e da matriz, como a fibronectina, as
glicosaminoglicanas e o colágeno).
- A última fase da proliferação é a angiogênese, essencial para o suprimento de
oxigênio e nutrientes para a cicatrização.
MATURAÇÃO / REMODELAÇÃO:
- Essa é a última das fases; ocorre no colágeno e na matriz; dura meses e é
responsável pelo aumento da força de tensão e pela diminuição do tamanho
da cicatriz e do eritema.
- Reformulações dos colágenos, melhoria nos componentes das fibras
colágenas, reabsorção de água são eventos que permitem uma conexão que
aumenta a força da cicatriz e diminui sua espessura.
TIPOS DE TECIDOS:
TECIDO DE GRANULAÇÃO
É o crescimento de pequenos vasos sanguíneos e de tecido conectivo
para preencher feridas de espessura total. O tecido é saudável quando é
brilhante, vermelho vivo, lustroso e granular com aparência aveludada.
Quando o suprimento vascular é pobre, o tecido apresenta-se de
coloração rosa pálido ou esbranquiçado para o vermelho opaco.
TIPOS DE TECIDOS:
TECIDO COM ESFACELOS
Tecido necrosado de consistência delgada, mucoide, macia e de
coloração amarela. Formado por bactérias, fibrina, elastina, colágeno,
leucócitos intactos, fragmentos celulares, exsudato e grandes
quantidades DNA. Podem estar firmes ou frouxamente aderidos no leito
e nas bordas da ferida.
TIPOS DE TECIDOS:
TECIDO COM NECROSE
Manifestação final de uma célula que sofreu lesões irreversíveis e
representa um importante fator de risco para contaminação e
proliferação bacteriana, além de servir como barreira ao processo de
cicatrização.
• Liquefativa: Tecido
delgado, de coloração
amarelada.
• Coagulativa: As células
convertem-se em uma lápide
acidófila e opaca de
coloração negra.
TIPOS DE TECIDOS:
TECIDO DE EPITELIZAÇÃO
Novo tecido que é formado com o processo de cicatrização, com
coloração rosada
CLASSIFICAÇAO DAS LESÕES POR PRESSÃO:
CLASSIFICAÇAO DAS LESÕES POR PRESSÃO:
CLASSIFICAÇAO DAS LESÕES POR PRESSÃO:
CLASSIFICAÇAO DAS LESÕES POR PRESSÃO:
CLASSIFICAÇAO DAS LESÕES POR PRESSÃO:
CLASSIFICAÇAO DAS LESÕES POR PRESSÃO:
CLASSIFICAÇAO DAS LESÕES POR PRESSÃO:
CLASSIFICAÇAO DAS LESÕES POR PRESSÃO:
ESCALA DE BRADEN:
ESCALA DE NORTON:
ESCALA DE ELPO:
AVALIAÇÃO DA FERIDA:
CLASSIFICAÇÃO DA FERIDA
MENSURAÇÃO DA FERIDA
FOTOGRAFIA
FERRAMENTA – T I M E / RYB / MEASURE
AVALIAÇÃO DA FERIDA:
FERRAMENTA – T I M E
Identificar fatores que dificultam o processo cicatricial e elimina-los
• T – tissue non viable / tecido não viável 
• I – infection or inflammation / infecção ou inflamação
• M – moisture imbalace / umidade no leito 
• E – edge of wound advancing / margens da lesão 
AVALIAÇÃO DA FERIDA:
FERRAMENTA – R B Y (red/yellow/black)
Acompanhamento das lesões por pressão (avalia tecidos viáveis e não viáveis)
• Red – tecido de granulação 
• Yellow – esfarcelos (necrose de liquefação)
• Black – tecido necrosado (necrose de coagulação)
AVALIAÇÃO DA FERIDA:
FERRAMENTA – PUSH TOOL 
Acompanhamento das lesões por pressão (estadiamento pelo grau de lesão tissular)
AVALIAÇÃO DA FERIDA:
FERRAMENTA – M E A S U R E 
Avaliação de feridas crônicas
• M – measure / medida
• E – exudate / exsudato 
• A – appearance / aparência 
• S – suffering / dor
• U – undermining / deslocamento 
• R – reevaluation / reavaliação
• E – edge / borda 
Tipos de desbridamentos:
O desbridamento mecânico consiste na remoção do tecido aplicando-se uma
força mecânica ao esfregar a lesão. Este procedimento, entretanto,pode
prejudicar o tecido de granulação ou de epitelização, além de causar dor.
O desbridamento enzimático baseia-se no uso de enzimas para dissolver o
tecido necrótico. A escolha da enzima depende do tipo de tecido existente na
ferida. Nesta técnica, aplica-se topicamente a enzima apenas nas áreas com
tecido necrótico, evitando-se a irritação dos tecidos normais.
O desbridamento autolítico utiliza o emprego de enzimas do próprio corpo
para a destruição de tecido desvitalizado. É uma forma de desbridamento que
requer um tempo maior para a remoção de tecido desvitalizado, e é contra-
indicado em lesões infectadas.
Tipos de desbridamentos:
O desbridamento instrumental é um procedimento de enfermagem que se
caracteriza como técnicas que proporcionam o processo de cicatrização em
tecidos necróticos e desvitalizados.
Aplicação de calor e frio:
CURATIVOS:
• Os curativos são uma forma de tratamento das feridas cutâneas e sua escolha
depende de fatores intrínsecos e extrínsecos. O tratamento das feridas cutâneas é
dinâmico e depende, a cada momento, da evolução das fases de cicatrização
• Tipos de curativos: oclusivos, semi-oclusivos, compressivo e aberto
• Curativos primários e secundários
COBERTURAS:
Curativo com Sulfadiazina de Prata:
Composição: sulfadiazina de prata a 1% hidrofílica.
Mecanismo de ação: o íon prata causa a precipitação de proteínas e age diretamente na
membrana citoplasmática da célula bacteriana, exercendo ação bactericida imediata, e
ação bacteriostática residual, pela liberação de pequenas quantidades de prata iônica.
Indicação: feridas causadas por queimaduras ou que necessitem ação antibacteriana
Contra indicação: hipersensibilidade a sulfas, mulheres grávidas e crianças menores de
dois anos.
Modo de usar: remover o excesso de pomada e tecido desvitalizado. Lavar a ferida e
aplicar o creme, assepticamente, em toda extensão da lesão (5 mm de espessura).
Colocar gaze de contato úmida. Cobrir com curativo estéril.
Periodicidade de troca: no máximo a cada 12 horas ou quando a cobertura secundária
estiver saturada.
Exemplo comercial: Dermazine®; Pratazine®.
COBERTURAS:
Membrana regeneradora porosa e não porosa:
Composição: celulose.
Mecanismo de ação: substitui temporariamente a pele dopaciente, diminuindo a
dor, deixando transpor o exsudato e promove a cicatrização.
Indicação: queimaduras, escoriações, lesões por pressão, úlceras arteriais e
venosas, feridas do pé diabético, feridas cirúrgicas, lesões causadas por
epidermólise bolhosa, lesões pós-cauterização ou laser ou em qualquer outra
situação em que ocorra a falta da epiderme ou da derme.
Contra indicação: controle de hemorragias, lesões tunelares ou cavitárias, lesões
com suspeita de infecção, lesões malignas ou com suspeita de malignidade.
Modo de usar: Considere o tamanho e a forma da ferida para definir a dimensão
ideal da membrana, que deverá cobrir toda a área exposta da lesão e ter um
excesso mínimo de 1 cm nas bordas.
Periodicidade de troca: ate 14 dias, não esquecendo de trocar o cobertura
secundária.
Exemplo comercial: Membracel.
COBERTURAS:
Curativo com Pomada Enzimática – Colagenase:
Composição: colagenase clostridiopeptidase A e enzimas proteolíticas.
Mecanismo de ação: age degradando o colágeno nativo da ferida
(desbridamento enzimático) .
Indicação: feridas com tecido desvitalizado.
Contra indicação: feridas com cicatrização por primeira intenção.
Modo de usar: aplicar a pomada sobre a área a ser tratada. Colocar gaze
de contato úmida. Cobrir com gaze de cobertura seca e fixar.
Periodicidade de troca: a cada 24 horas.
Exemplo comercial: Iruxol®; Kollagenase®; Santyl®.
COBERTURAS:
Curativo com Ácidos Graxos Essenciais (AGE):
Composição: óleo vegetal composto por ácido linoleico, ácido caprílico, ácido cáprico,
vitamina A, E e lecitina de soja.
Mecanismo de ação: promove a quimiotaxia e a angiogênese, mantém o meio úmido e
acelera o processo de granulação tecidual. A aplicação em pele íntegra tem grande
absorção, forma uma película protetora na pele, previne escoriações devido à alta
capacidade de hidratação e proporciona nutrição celular local.
Indicação: prevenção de lesão por pressão, feridas abertas superficiais com ou sem
infecção.
Contra indicação: não relatada.
Modo de usar: remover o exsudato e o tecido desvitalizado. Espalhar o AGE no leito da
ferida ou embeber gazes estéreis de contato o suficiente para manter o leito da ferida
úmido até a próxima troca. Ocluir com cobertura secundária estéril de gaze e fixar.
Periodicidade de troca: sempre que o curativo secundário estiver saturado ou, no
máximo, a cada 24 horas.
Exemplo comercial: Agederm®; Ativoderme®; Dersani®
COBERTURAS:
Curativo com Hidrocolóides:
Composição: camada externa de espuma de poliuretano e outra interna composta de
gelatina, pectina e carboximetilcelulose sódica.
Mecanismo de ação: estimula a angiogênese e o desbridamento autolítico. Acelera o
processo de granulação tecidual.
Indicação: feridas abertas não infectadas, com leve a moderada exsudação. Prevenção ou
tratamento de lesão por pressão não infectadas.
Contra indicação: feridas colonizadas ou infectadas. Feridas com tecido desvitalizado ou
necrose e queimaduras de 3o grau.
Modo de usar: Escolher o hidrocolóide, com diâmetro que ultrapasse a borda da ferida
pelo menos 3 cm.
Periodicidade de troca: a cada um a sete dias, dependendo da quantidade de exsudação.
Vantagens: é à prova d’água e lavável, retém odores, tem boa aparência e formas variadas
que possibilitam adequação à área cruenta, podendo inclusive ser empregado em lesões da
articulações.
Desvantagens: a pele poderá ficar macerada se a exsudação se tornar abundante.
Exemplo comercial: Comfeel®; Duoderm®; Hydrocoll®; Tegasorb®.
COBERTURAS:
Curativo com Hidrogel:
Composição: gel transparente, incolor, composto por: água (77,7%), carboximetilcelulose
(CMC-2,3%) e propilenoglicol (PPG-20%).
Mecanismo de ação: amolece e remove tecido desvitalizado através de desbridamento
autolítico e seletivo. A água mantém o meio úmido, o CMC facilita a re-hidratação celular e o
desbridamento. O PPG estimula a liberação de exsudato.
Indicação: feridas superficiais moderada ou baixa exsudação. Remover as crostas, fibrinas,
tecidos desvitalizados ou necrosados.
Contra indicação: pele íntegra e incisões cirúrgicas fechadas.
Modo de usar: lavar o leito da ferida. Espalhar o curativo ou introduzi-lo na cavidade
assepticamente. Ocluir a ferida com cobertura secundária estéril. Periodicidade de troca: a
cada um a três dias, dependendo da quantidade de exsudato.
Vantagens: sensação de alívio na ferida e promove o desbridamento autolítico.
Desvantagens: desidrata rapidamente e é relativamente caro. Exemplo comercial: Duoderm
Gel®; Hydrosorb®; Hypergel®; Nu-Gel®.
COBERTURAS:
Curativo com Alginato de Cálcio:
Composição: fibras de puro alginato de cálcio derivado de algas marinhas. Mecanismo
de ação: o sódio presente no exsudato e no sangue interage com o cálcio presente no
curativo de alginato. A troca iônica auxilia no desbridamento autolítico, tem alta
capacidade de absorção, resulta na formação de um gel que mantém o meio úmido para a
cicatrização e induz a hemostasia.
Indicação: feridas abertas, sangrantes, altamente exsudativas com ou sem infecção, até a
redução do exsudato.
Contra indicação: lesões superficiais com pouca ou nenhuma exsudação; queimaduras.
Modo de usar: Modelar o alginato no interior da ferida umedecendo a fibra com solução
fisiológica. Não deixar que a fibra de alginato ultrapasse a borda da ferida. Ocluir com
cobertura secundária estéril.
Periodicidade de troca: feridas infectadas (24 horas), feridas limpas com sangramento
(48 horas), feridas limpas ou exsudação intensa (quando saturar). Trocar o curativo
secundário sempre que estiver saturado.
Vantagens: elevado poder de absorção e eficiente estímulo à granulação. Desvantagens:
poderá lesar as bordas da ferida pela sua função autolítica. Exemplocomercial:
Algoderm®; Curasorb®; Sorbalgon®; Tegagen®
COBERTURAS:
Curativos com Carvão Ativado:
Composição: tecido carbonizado e impregnado com nitrato de prata a 0,15%, envolto
por camada de tecido sem carvão ativado.
Mecanismo de ação: o carvão ativado absorve o exsudato e filtra o odor. A prata
exerce ação bactericida.
Indicação: feridas fétidas, infectadas e exsudativas.
Contra indicação: feridas limpas e lesões de queimaduras.
Modo de usar: remover o exsudato e o tecido desvitalizado. Colocar o curativo de
carvão ativado sobre a ferida, e oclui-la com cobertura secundária estéril.
Periodicidade de troca: a cada 1-4 dias, dependendo da quantidade de exsudação.
Vantagens: método eficaz para controle do mau odor e é de fácil aplicação.
Desvantagens: não pode ser cortado, pois ocorre liberação do carvão e da prata.
Exemplo comercial: Carboflex®; Vliwaktiv®
COBERTURAS:
Curativo Adesivo de Hidropolímero:
Composição: almofada de espuma composta de camadas sobrepostas de não tecido e
hidropolímero e revestida por poliuretano.
Mecanismo de ação: proporciona um ambiente úmido e estimula o desbridamento
autolítico. Absorve o exsudato e expande-se à medida que a absorção se faz.
Indicação: feridas abertas não infectadas com leve a moderada exsudação.
Contra indicação: feridas infectadas ou com tecidos necrosados.
Modo de usar: posicionar o curativo sobre o local de forma que a almofada de espuma
cubra a ferida e a parte central lisa fique sobre ela.
Periodicidade de troca: trocar o curativo sempre que houver presença de fluído nas
bordas da almofada de espuma ou, no máximo, a cada 7 dias.
Vantagens: é fácil de aplicar e absorve o exsudato presente.
Desvantagens: pode aderir quando a exsudação diminuir.
Exemplo comercial: Elasto-gel®; Hydrafoam®; Oprasorb®; Tielle®
COBERTURAS:
Curativo à vácuo:
Composição: esponja, tubos conectores, película adesiva, reservatório para secreções e
bomba de pressão negativa.
Mecanismo de ação: pressão negativa, contínua ou intermitente, que estimula
vascularização, granulação e retração da ferida.
Indicação: feridas agudas e crônicas, extensas e/ou de difícil resolução. Sobre enxertos
cutâneos. Contra indicação: tecidos necrosados, osteomielite ou malignidade na ferida.
Modo de usar: posicionar a esponja sobre a ferida e aplicar a película oclusiva. Conectá-la
ao reservatório e este ao sistema a vácuo. Ligar o aparelho.
Periodicidade de troca: dois a cinco dias ou quando saturar a esponja.
Vantagens: maior facilidade, velocidade e boa eficiência no manuseio de feridas profundas,
extensas ou complexas.
Desvantagens: custo elevado e necessidade de se manter conectado à bomba de vácuo.
Exemplo comercial: V.A.C.®
COBERTURAS:
Hidrofibra:
Composição: Fibras 100% carboximeticelulose sódica.
Mecanismo de ação: As fibras de carboximeticelulose sódica retém o exsudato da ferida e o
convertem em um gel translúcido, podendo absorver até 25 vezes do seu peso em fluidos. Cria
assim um ambiente úmido ideal para a cicatrização. Favorece o desbridamento autolítico.
Indicação: Tratamento de feridas com exsudato abundante com ou sem infecção; Feridas
Cavitárias e sanguinolentas.
Contra indicação: Em indivíduos sensíveis ao produto.
Modo de usar: Lavar a ferida com SF 0,9% em jatos e secar a pele circundante; - Selecionar o
curativo de hidrofibra de tamanho adequado para cobrir totalmente a ferida e deixar margem de
+- 1cm em pele íntegra; - Cobrir com cobertura secundária, podendo utilizar gaze seca com
fixação de micropore.
Periodicidade de troca: A hidrofibra pura pode permanecer por até 07 dias na lesão; A
hidrofibra associada a Prata pode permanecer até 14 dias na lesão.
Exemplo comercial: Aquacel®/Aquacel Ag®.
COBERTURAS:
COBERTURA DE SILICONE:
Composição: Tela de poliamida elástica, revestida de silicone suave.
Mecanismo de ação: Previne que o curativo externo fique aderido à ferida e, portanto,
minimiza o trauma e dor associados com as trocas de curativos. Isto resulta em menos
desconforto ao paciente, garantindo cicatrização rápida e estética.
Indicação: Previne que o curativo externo fique aderido à ferida e, portanto, minimiza o
trauma e dor associados com as trocas de curativos. Isto resulta em menos desconforto ao
paciente, garantindo cicatrização rápida e estética. Feridas traumáticas, queimaduras,
epidermólisebolhosa (EB), feridas crônicas, fixação de enxertos.
Contra indicação: Em indivíduos sensíveis ao produto.
Modo de usar: Lavar a ferida com SF 0,9% em jatos e secar a pele; - Aplicar cobertura em
todo leito da lesão como cobertura primária; - Utilizar cobertura secundária como proteção
(gaze algodão, etc).
Periodicidade de troca: Pode permanecer no leito da ferida por vários dias, dependendo
das condições da ferida.
Exemplo comercial: Mepitel®.
COBERTURAS:
BOTA DE UNNA:
Composição: bandagem impregnada com pasta à base de óxido de zinco, goma acácia,
glicerol, óleo de rícino e água deionizada.
Mecanismo de ação: Exerce força de compressão no membro acometido. - Aumenta o
fluxo venoso nos membros inferiores. - Promove fibrinólise e aumenta a pressão intersticial
local.
Indicação: é indicada para tratamento ambulatorial de úlcera venosa e edema linfático dos
membros inferiores.
Contra indicação: úlceras arteriais e úlceras mistas (comprometimento venoso e arterial).
Em indivíduos sensíveis ao produto.
Modo de usar: Iniciar a aplicação da bandagem pela base do pé, mantendo o pé e o
calcanhar em ângulo reto. A bota deverá envolver a perna sem apertar e sem deixar abertura
ou enrugamento; Aplicar a bandagem ao longo da perna até a altura do joelho;
Aplicar uma bandagem elástica ou faixa de crepe para fixação da Bota. Manter a pressão
uniforme recobrindo completamente a Bota de Unna; Aplicar um curativo secundário, gaze
estéril ou compressa cirúrgica no local da lesão para absorver a exsudação; Colocar outra
faixa de crepe para fixação do curativo absorvente; Trocar o curativo absorvente e sua faixa
de fixação sempre que sujos ou molhado. Para retirara - Levantar a borda livre da
bandagem desenrolando-a cuidadosamente ao longo da perna. Não é necessário cortar a
bandagem para remoção.
Periodicidade de troca: Até 7 dias. Podendo ser trocado a cobertura secundária.
Exemplo comercial: Curatec boa de unna.
BIBLIOGRAFIAS:
• POTTER, Patrícia A; PERRY, Anne G. Fundamentos de enfermagem. 8. ed. São
Paulo: Santos, 2013.
• SMELTZER, Suzane C; BARE, Brenda G. Brunner & Suddarth. Tratado de
enfermagem médico-cirúrgica. Rio de Janeiro, Guanabara: Koogan, 2014.
• ANDRIS, Debora et al. Semiologia. Bases para a prática assistencial. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2006.
• COMARt'J, M.N. - Paciente hospitalizado - Atuação da Enfermeira na prevenção de
limitações físicas. Rev. Bras. Enf.; RJ, 28 : 22-29, 1!J75 .
BIBLIOGRAFIAS:
• Barros ALBL. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no
adulto. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2010
• Bickley LS, Szilagyi PG. Bates: propedêutica médica. 10ª ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 2010 Jarvis C. Exame físico e avaliação de saúde para
enfermagem. 6ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2012
• Potter PA, Perry AG. Fundamentos de enfermagem. 7ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier;
2009
• Seidel HM, Ball JW, Daims JE, Benedict GW. Mosby: guia de exame físico. 6ª ed.
Rio de Janeiro: Elsevier; 2007
BIBLIOGRAFIAS:
• Coutinho Júnior NFL; Bezerra SMG; Branco NFLC; Carvalho MRD; Rocha Júnior K; Ferreira LFO; Rocha
ESB. Ferramenta TIME para avaliação de feridas: concordância interobservador. ESTIMA, Braz. J.
Enterostomal Ther., 18: e1720, 2020. https://doi.org/10.30886/estima.v18.875_PT.
• Costa, Juliana Borges. Critérios do enfermeiro entrevista na avaliação de feridas. Trabalho de conclusão de
curso, Universidade estadual da Paraíba, Centro de ciências biológicas da saúde, 2014.
• Santos VLCG, Azevedo MAJ, Silva TS, Carvalho VMJ, Carvalho VF. Adaptação transcultural do Pressure Ulcer
Scale for Healing (PUSH), para a língua portuguesa.Rev Latino-am Enfermagem 2005 maio-junho; 13(3):305-
13.
• Eskildesen, L. Forti, A. Paião, L. Magri, MA. Aplicação da escala ELPO em pacientes submetidos à cirurgias 
cardiovasculares. Cuid Enferm. 2019 jul.- dez.; 13(2):116-121. 
• Lopes CMM, Haas VJ, Dantas RAS, Oliveira CG, Galvão CM. Assessment scale of risk for surgical positioning
injuries. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2016;24:e2704. 
Prof.ª: Sara Goulart de Castro Santana
Mestre em Ciências e Tecnologias da Saúde / UnB 
OBRIGADA PELA ATENÇÃO!!!

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