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CINEANTROPOMETRIA
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul do 
Estado do Espírito Santo, com unidades presenciais 
em Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, 
Nova Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória, 
e com a Educação a Distância presente 
em todo estado do Espírito Santo, e com 
polos distribuídos por todo o país. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, 
destacando-se pela oferta de cursos de 
graduação, técnico, pós-graduação e 
extensão, com qualidade nas quatro 
áreas do conhecimento: Agrárias, Exatas, 
Humanas e Saúde, sempre primando 
pela qualidade de seu ensino e pela 
formação de profissionais com consciência 
cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto grupo de 
Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 
instituições avaliadas no Brasil, apenas 
15% conquistaram notas 4 e 5, que são 
consideradas conceitos de excelência em 
ensino. Estes resultados acadêmicos 
colocam todas as unidades da Multivix 
entre as melhores do Estado do Espírito 
Santo e entre as 50 melhores do país.
 MISSÃO
Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.
 VISÃO
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconhecida 
nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
R E I TO R
GRUPO
MULTIVIX
R E I
2
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
3
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte)
Daniel Vicentini de Oliveira
Cineantropometria / Oliveira, de V.DA - Multivix, 2022
Catalogação: Biblioteca Central Multivix 
 2020 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei. 
4
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE FIGURAS
UNIDADE 1
 Movimento do corpo 11
 Tipos de testes 13
 Flexão de braço 14
 Teste de ergoespirometria 16
 Avaliação 16
 Avaliação 19
 Escolha 22
 Medição do tempo 23
 Formas de medição 25
UNIDADE 2
 Figura 1 – Crescimento físico 29
 Figura 2 – Altura 31
 Figura 3 – Turma de crianças 33
 Figura 4 – Anamnese 35
 Figura 5 – Desenvolvimento humano 37
 Figura 6 – Desenvolvimento musculoesquelético do bebê 38
 Figura 7 – Primeira infância 39
 Figura 8 – Segunda infância 40
 Figura 9 – Final da adolescência 41
 Figura 10 – Maturação dental 43
 Figura 11 – Criança pulando 45
UNIDADE 3
 Figura 1 – Avaliação corporal 50
 Figura 2 – Estatura 51
 Figura 3 – Balança 53
 Figura 4 – Gordural corporal e fatores de risco 54
5
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE FIGURAS
UNIDADE 3
 Figura 5 – Estrutura óssea 57
 Figura 7 – Homem Vitruviano – medidas corporais 59
 Figura 8 – Paquímetro 60
 Figura 8 – Medindo circunferências 62
 Figura 9 – Dobra cutânea 63
 Figura 10 – medida da cintura 66
UNIDADE 4
 Figura 1 – Prática de exercício físico 72
 Figura 2 – Futebol de campo 73
 Figura 3 – Futsal 74
 Figura 4 – Basquetebol 75
 Figura 5 – Ciclismo de estrada 76
 Figura 6 – Natação 77
 Figura 7 – Ergoespirometria 81
 Figura 8 – Dinamômetro manual 86
UNIDADE 5
 Figura 1 – Capacidade funcional do idoso e sua participação social. 94
 Figura 2 – Exame de ressonância magnética do quadríceps de um 
triatleta de 70 anos e um homem sedentário de 74 anos 97
 Figura 3 – Alongamento de membros inferiores 102
 Figura 4 – Força de membros superiores 103
 Figura 5 – Comunidade com 65 anos 105
6
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE FIGURAS
UNIDADE 6
 
 Figura 1 – Modelos de gráficos 116
 Figura 3 – Peso corporal 118
 Figura 3 – Valores de referência para o IMC 121
 Figura 4 – Estresse 124
7
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
1UNIDADE
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 9
1. INTRODUÇÃO À CINEANTROPOMETRIA: MEDIDAS DE AVALIAÇÃO 11
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 11
1.1 DEFINIÇÃO DE CINEANTROPOMETRIA 12
1.1 TESTAR 14
1.2 MEDIR 16
1.3 AVALIAR 17
2.1 MODALIDADES DE AVALIAÇÃO 20
2.2 VALIDADE 22
2.3 ERROS DE MEDIDAS E VALORES DE REFERÊNCIA 26
2 AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO FÍSICO E MATURAÇÃO BIOLÓGICA 30
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 30
2.1 CRESCIMENTO FÍSICO 30
2.2 MATURAÇÃO BIOLÓGICA 38
3 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E COMPOSIÇÃO CORPORAL 50
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 50
3.1 MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS 50
3.2 MEDIDAS DE COMPOSIÇÃO CORPORAL 66
4 TESTES PARA DESEMPENHO FÍSICO 72
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 72
4.1 DESEMPENHO FÍSICO 72
4.2 COMO E O QUE AVALIAR EM ATLETAS? 80
5 AVALIAÇÃO FÍSICA E FUNCIONAL 94
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 94
5.1 CAPACIDADE FUNCIONAL 94
5.2 TESTES FUNCIONAIS 103
5.2.2 TESTES DE AGILIDADE E EQUILÍBRIO 106
6 APLICANDO OS DADOS OBTIDOS 112
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 112
6.1 APLICABILIDADE DAS MEDIDAS E AVALIAÇÕES 112
6.2 APLICAÇÃO DOS RESULTADOS 118
2UNIDADE
3UNIDADE
4UNIDADE
5UNIDADE
5UNIDADE
8
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
ICONOGRAFIA
9
CINEANTROPOMETRIA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Caro aluno, seja bem-vindo à disciplina de Cineantropometria, na qual 
iremos nos aprofundar em conhecimentos sobre Formas de Medidas de 
Avaliação do curso de Educação Física da Faculdade Multivix.
Para que seu estudo seja mais proveitoso e prazeroso, esta disciplina foi 
organizada em 6 unidades com temas e subtemas, atendendo aos objetivos 
do processo de ensino-aprendizagem.
Dessa forma, a disciplina Cineantropometria, que trata da utilização 
da medida e estuda o tamanho, a forma, a proporção, a composição e a 
maturação do corpo humano, perpassará por temas como introdução à 
cineantropometria, avaliação do crescimento físico e maturação biológica, 
avaliação antropométrica e composição corporal, testes para desempenho 
físico, avaliação física e funcional e, por fim, aplicação dos dados obtidos por 
meio de testes.
Esperamos realmente promover reflexões sobre o assunto e desejamos 
sucesso e bons estudos!
UNIDADE 1
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
10
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CINEANTROPOMETRIA
• Definir e diferenciar 
medidas, testes e 
avaliação.
• Reconhecer a 
importância das 
medidas e avaliações 
na educação física.. 
11
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CINEANTROPOMETRIA
1. INTRODUÇÃO À 
CINEANTROPOMETRIA: MEDIDAS 
DE AVALIAÇÃO
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
 
Olá! Esta unidade introduzirá você ao universo da cineantropometria. 
Neste momento, iremos entender conceitos que definem esse tema. A 
cineantropometria envolve a utilização da medida no estudo do tamanho, da 
forma, da proporção, da composição e da maduração do corpo humano, com 
o objetivo de um melhor conhecimento do comportamento humano em 
relação ao crescimento, ao desenvolvimento e ao envelhecimento, à atividade 
física (exercício, rendimento) e ao estado nutricional.
Para tanto, vamos compreender, definir e diferenciar o que são testes, 
medidas e avaliações. Esses três componentes são fundamentais para a 
cineantropometria, dando principal destaque sobre a avaliação. Iremos 
abordar ainda os tipos deavaliação e a importância da interpretação dos 
dados objetivos por meio de testes e medições. 
Além disso, vamos aprender sobre como a validade influencia a qualidade 
de um instrumento e quais são os critérios que definem a validade e a 
reprodutibilidade de uma medida. Por último, aprenderemos sobre os fatores 
que influenciam a avaliação, bem como os tipos de erros e como podemos 
mitigá-los. 
Para isso, o conteúdo está estruturado em dois tópicos: 
1. Definição de cineantropometria, que contempla os subtópicos: testar, 
medir e avaliar. 
2. Modalidades de avaliação, que contempla os subtópicos: modalidades 
de avaliação, validade e erros de medidas e valores de referência. 
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CINEANTROPOMETRIA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
1.1 DEFINIÇÃO DE CINEANTROPOMETRIA 
A cineantropometria estuda “a forma, dimensão, proporção, composição, 
maturação e o desenvolvimento do corpo na ontogênese humana em relação 
ao crescimento, ao desporto, à atividade física e a nutrição” (SANTOS et al., 
2011, p. 307).
A cineantropometria está envolvida no teste, na medição e na avaliação 
de diferentes aspectos humanos em movimento, tais como suas 
características físicas, com o objetivo de estudar as variações inter-humanas. 
A cineantropometria não está somente envolvida nas características e 
qualidades de um indivíduo, mas também está interessada na variação 
encontrada dentro de uma população específica e nas modificações que 
ocorrem entre as populações ao longo do tempo (BEUNEN; BORMS, 1990).
MOVIMENTO DO CORPO
Fonte: Freepik (2022).
#PraCegoVer: ilustração de três mulheres fazendo movimentos distintos com os braços e as 
pernas.
Na Educação Física, ao longo dos anos, os termos biometria e antropometria 
foram lentamente substituídos por cineantropometria, incluindo os itens a 
seguir: 
Componentes da constituição corporal: 
Medidas corporais, proporções, forma, composição e maturação física;
Qualidades físicas e neuromotoras: 
Força, flexibilidade, velocidade, equilíbrio, coordenação e características 
cardiorrespiratórias;
13
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CINEANTROPOMETRIA
Medição do nível de atividade física:
 Atividade física diária e habilidades esportivas.
Em geral, o tema central da cineantropometria é a medição do indivíduo em 
uma variedade de perspectivas morfológicas e sua aplicação ao movimento 
em suas variadas formas e aos fatores que influenciam o movimento. Vamos 
entender melhor como esse tema está relacionado a quatro aspectos? Confira 
o recurso a seguir:
Identificação: Cineantropometria envolve os 
movimentos, o ser humano e a medição.
Especificação: Para o estudo do ser humano, 
devemos conhecer o tamanho, a forma, a 
proporção, a composição, a maturação e a função.
Aplicação: Nos ajuda a entender o crescimento, o 
exercício, a performance e a nutrição.
14
CINEANTROPOMETRIA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Relevância: Há implicações da cineantropometria 
na medicina, na educação e até no governo.
Uma vez que a cineantropometria cresceu a partir da antropometria e/ou 
biometria e como sua finalidade é também a construção e o aprimoramento 
de técnicas de medição para estudar a variação inter-humana, essas técnicas 
de medição devem ser aplicáveis em pesquisas populacionais. Isso quer 
dizer que as medições devem ser aplicáveis em situação de campo, fora do 
laboratório e devem permitir o estudo de grandes amostras de sujeitos de 
teste em um curto período de tempo (MICHELS, 2000).
Para isso, a cineantropometria utiliza de testes, medidas e avaliações. Embora 
comumente os três termos sejam usados como sinônimos, deve-se estar 
atento ao seu uso, pois eles se referem a diferentes modos de interpretação. A 
seguir, iremos abordar cada um desses fatores e as diferenças entre si. 
1.1 TESTAR
Testar significa submeter a um teste ou experiência, ou seja, consiste em 
verificar o desempenho através de situações previamente organizadas 
chamadas testes. 
TIPOS DE TESTES
Fonte: Freepik (2022).
#PraCegoVer: ilustração de um homem e uma mulher que realizam. Ao lado deles está uma 
mulher pronta para treinar.
15
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CINEANTROPOMETRIA
No campo da educação física, os testes são uma 
das principais formas de se obter se dados, pois são 
práticos e objetivos em relação à sua informação, 
resultado. Entretanto, os educadores devem ter 
em mente as limitações de seu uso, pois nem 
todos os resultados podem ser medidos ou 
verificados por meio de testes, por exemplo, alguns 
comportamentos desejados.
Os testes têm protocolos específicos e podem ser de campo ou de laboratório. 
Os testes de campo são normalmente mais baratos e fáceis de administrar. Os 
testes de laboratório usualmente têm um custo mais elevado, dependendo 
de um ambiente controlado, sendo mais confiáveis e reprodutíveis. Alguns 
exemplos de testes são: teste de sentar-se e levantar da cadeira, teste de flexão 
de antebraço, teste de Cooper, ergoespirometria etc. 
FLEXÃO DE BRAÇO
Fonte: Freepik (2022).
#PraCegoVer: mulher fazendo flexão de braço com pés em uma escada de arquibancada e 
mãos no chão. 
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CINEANTROPOMETRIA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
1.2 MEDIR 
Geralmente, sempre fazemos algum tipo de medição. O que de fato significa 
isso? Medir significa determinar a quantidade, a extensão ou o grau de algo, 
baseado em um sistema de unidades convencionais. A medição é encontrada 
em todos os processos de avaliação que visam compreender uma capacidade 
ou habilidade e é obtida através de um instrumento, procedimento ou 
técnica que atribuem um valor numérico. Em nossa vida diária, usamos 
constantemente unidades de medida, como metro, quilo, litro, unidades de 
tempo etc. O resultado de uma medida sempre é expresso em números, 
portanto, tem objetividade e precisão. 
Um exemplo de medida é o peso e a estatura, que 
utilizam um sistema convencional de medida, que 
são o quilograma e o metrô. Outros exemplos são 
o percurso realizado por um indivíduo no teste de 
Cooper e o número de repetições realizado no teste 
de flexão de cotovelo. 
É importante destacar que as medidas podem ser obtidas de forma direta 
ou indireta. Por exemplo, o consumo de oxigênio pode ser medido de forma 
direta pelo teste de ergoespirometria e indiretamente pelo percurso do 
indivíduo no teste de Cooper. 
17
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CINEANTROPOMETRIA
TESTE DE ERGOESPIROMETRIA
Fonte: Freepik (2022).
#PraCegoVer: homem fazendo teste no aparelho elíptico com uma máscara no rosto e 
eletrodos nos braços e peito. Ao seu lado há uma médica com um tablete. À frente há um 
monitor indicativo cardíaco e nível de oxigênio.
1.3 AVALIAR
Avaliar é julgar ou apreciar alguém ou algo, base de uma escala de valores. 
A avaliação consiste, portanto, em coletar dados quantitativos e interpretar 
esses resultados de acordo com critérios definidos. Desse modo, não é 
suficiente somente testar e medir, pois os resultados obtidos através desses 
instrumentos devem ser interpretados em termos de avaliação. 
AVALIAÇÃO
Fonte: Freepik (2022).
#PraCegoVer: foto de uma mão segurando uma lapiseira sobre um papel.
18
CINEANTROPOMETRIA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Assim, a avaliação é um processo interpretativo, sendo um meio mais 
abrangente, pois enquanto os testes e as medidas se limitam ao uso de dados 
e instrumentos quantitativos, a avaliação também requer o uso de dados e 
instrumentos qualitativos.
Você sabe a diferença entre pesquisa e dados quantitativos e qualitativos? 
Clique nos títulos a seguir e descubra.Pesquisa qualitativa: 
Busca compreender os fenômenos humanos, para obter uma visão 
detalhada e complexa deles por meio da análise científica pelo 
pesquisador. Esse tipo de pesquisa está focado no significado e 
nos processos sociais e leva em conta as motivações, os valores e as 
representações que são encontradas nas relações sociais (KNECHTEL, 
2014).
Pesquisa quantitativa:
 É um tipo de pesquisa que atua sobre um problema humano ou 
social, baseia-se no teste de uma teoria e é composta por variáveis 
numéricas, que são analisadas por estatística, a fim de determinar se 
as generalizações previstas são verdadeiras ou não (KNECHTEL, 2014).
Após vermos a diferença entre teste, medida e avaliação, podemos dizer 
que, enquanto a mensuração é basicamente um processo descritivo (pois 
consiste em descrever quantitativamente um fenômeno), a avaliação é um 
processo interpretativo, visto que consiste em um julgamento tendo como 
base padrões ou critérios.
Em geral, os três termos não são sinônimos, embora seus respectivos se 
justaponham, sendo que seus conceitos se complementam, pois diferem na 
extensão de seu significado. Por exemplo, medição é um termo mais amplo 
do que teste, pois teste é uma das formas de medida. Já a avaliação apresenta 
um conceito mais amplo do que os outros dois, pois inclui o uso tanto de 
instrumentos quantitativos quanto de dados qualitativos. 
A figura a seguir mostra o escopo dos conceitos:
19
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CINEANTROPOMETRIA
Fonte: Haydt (1998, p.291).
Mas como aplicar e diferenciar esses conceitos? Vamos citar uma situação:
O professor/técnico quer verificar se o aluno 
está atingindo os objetivos de um determinado 
treinamento/exercício, como um processo de 
aumento de força muscular. Para isso, ele aplica 
um teste físico, por exemplo, teste de 1 RM, teste 
de levantar e sentar da cadeira cinvo vezes. Após 
a aplicação, atribui um valor (kg ou tempo em 
segundos) de acordo com o desempenho do aluno. 
Esse é o processo de mensuração. Entretanto, ot 
professor não sabe o que esse valor isolado significa. 
Por isso, ele compara os resultados dos testes 
aplicados anteriormente com o mesmo aluno 
e de outros alunos e faz um julgamento sobre o 
seu rendimento, considerando-o bom, regular ou 
insuficiente. Isso é avaliar.
Nesse sentido, percebemos que o importante não é o processo de testar, 
medir ou avaliar, mas, sim, determinar o progresso/status do indivíduo em 
relação a ele mesmo, a um grupo ou população. 
No próximo tópico, iremos aprofundar as formas de avaliações e validade dos 
testes e das medidas. 
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CINEANTROPOMETRIA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
2. MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Como vimos no tópico anterior, a avaliação consiste na interpretação de dados 
qualitativos e quantitativos, fazendo um julgamento sobre os resultados de 
testes e medidas. Dessa forma, a avaliação pode ser útil para orientar tanto 
o aluno quanto o professor: fornece informações ao aluno para melhor 
sua performance e dá elementos ao professor para aperfeiçoar e ajustar 
procedimentos didáticos. 
2.1 MODALIDADES DE AVALIAÇÃO
Quando nos referimos à avaliação do processo de ensino-aprendizagem, 
tanto na área educacional quanto na área esportiva, estamos nos referindo 
à verificação do nível de aprendizagem ou performance de um aluno. Nesse 
sentido, a avaliação apresenta três funções: a de diagnosticar, a de controlar 
e a de classificar. 
Relacionada à sua função, existem três modalidades de avaliação:
• Avaliação diagnóstica.
• Avaliação formativa.
• Avaliação somativa. 
AVALIAÇÃO
Fonte: Plataforma Deduca (2022).
#PraCegoVer: foto de uma pessoa preenchendo um papel com uma caneta.
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MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CINEANTROPOMETRIA
A avaliação diagnóstica é aquela realizada no início de um curso, período 
letivo, unidade de ensino, protocolo de treinamento. Ela é realizada com a 
intenção de constatar se os alunos apresentam ou não os pré-requisitos 
necessários e se têm conhecimento e habilidades imprescindíveis para novas 
aprendizagens. É também utilizada para caracterizar uma amostra. 
No contexto escolar da Educação Física, um exemplo 
de avaliação diagnóstica é verificar, no início do 
período letivo, a forma de correr de cada aluno. No 
contexto do treinamento esportivo, um exemplo 
de avaliação diagnóstica é verificar, no início de um 
protocolo de treinamento, a força muscular para a 
aplicação de determinado exercício. 
Já a avaliação formativa tem a função de controle. Essa avaliação é realizada 
durante todo o decorrer do período letivo ou protocolo de treinamento, 
por exemplo. Tem o intuito de verificar se os alunos estão atingindo o 
objetivo previsto, isto é, quais resultados estão sendo alcançados durante o 
desenvolvimento das atividades. A avaliação formativa consegue controlar e 
orientar a prática do professor, a fim de acompanhar a evolução do aluno. 
Um exemplo no treinamento esportivo é a verificação da força muscular 
após um determinado período de tempo, a fim de verificar a evolução do 
aluno. Dessa forma, a avaliação formativa está relacionada ao mecanismo de 
feedback: “À medida que também permite ao professor detectar e identificar 
deficiências na forma de ensinar, possibilitando reformulação no seu trabalho 
didático, visando aperfeiçoá-lo” (HAYDT, 1988, p. 18).
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CINEANTROPOMETRIA
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Feedback: A palavra feedback vem do inglês e 
representa a junção de feed (alimentar) e back (de 
volta), ou seja, essa tradução pode ser tida como o 
ato de realimentar, dar resposta a uma atitude ou 
comportamento. 
Por último, a avaliação somativa tem a função de classificar e normalmente 
realiza-se ao fim de um período (ano letivo, protocolo de treinamento). A 
avaliação somativa consiste em classificar os alunos de acordo com o sucesso 
ou limiares previamente estabelecidos, geralmente com o objetivo de avançar 
o aluno para o próximo nível.
É fundamental enfatizar que essas três formas de avaliação, a avaliação 
diagnóstica, formativa e somativa, estão intimamente ligadas. E para garantir 
o sucesso do processo ensino-aprendizagem, o professor deve fazer uso 
combinado das três modalidades. 
Entretanto, apesar de haver diversos aspectos que possam ser avaliados e 
diversos instrumentos que tenham essa proposta, isso não significa que 
qualquer teste possa ser empregado e utilizado para qualquer medida. 
Portanto, é necessário que o profissional conheça o método que corresponde 
e melhor atende aos objetivos, estabelecendo critérios para isso.
No tópico a seguir, você aprenderá mais sobre a validade de testes, medições 
e avaliações.
2.2 VALIDADE
A fim de obter resultados mais precisos e corretos, o profissional deve 
determinar o que será testado e em quem será realizada a avaliação, para assim 
buscar o melhor teste para o objetivo em questão. Para a seleção do teste mais 
adequado, a escolha deve ser realizada baseada em três princípios: a validade, 
a fidedignidade ou confiabilidade e a objetividade ou reprodutibilidade.
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MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
CINEANTROPOMETRIA
ESCOLHA
Fonte: Freepik (2022).
#PraCegoVer: foto de uma mão com o indicador tocando um pequeno círculo dentre vários.
Além da validade de medida, outro elemento 
essencial para avaliar a qualidade de um 
instrumento de medida é a fidelidade ou 
confiabilidade. Podemos definir a confiabilidade 
como a precisão e consistência alcançadas 
quando os instrumentos de medição são usados. 
Ou seja, verificar se o instrumento de medida é 
fiel ao que está medindo e que produz resultados 
semelhantes em circunstâncias comparáveis. 
Portanto, a fidelidade ou confiabilidadeé medida 
na forma do coeficiente de correlação (r) (SOUZA 
et al., 2015).
A validade de um teste é o grau de precisão (garantia) com que o instrumento 
mede o que é suposto, ou seja, se um teste consegue medir o que se propõe 
a medir. 
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A validade da medida depende da adequação do instrumento em relação 
àquilo que se quer medir, ou seja, a adequação do instrumento dependerá 
do uso pretendido. Por exemplo, existem vários instrumentos para medir o 
tempo: desde a posição do sol; o relógio de areia; os relógios que marcam 
horas, minutos e segundos até aqueles mais precisos que determinam frações 
de segundos. Bem, usar um ou outro dependerá do que será medido.
Um jogo de futebol necessita de um relógio que assinale até segundos. Esse 
mesmo relógio não será suficiente para cronometrar uma competição de 
natação, que difere o ganhador por frações de segundos. Dessa forma, a 
validade de uma medida ou de instrumentos nunca é absoluta, mas sempre 
relativa, pois depende do que se quer medir. 
MEDIÇÃO DO TEMPO
Fonte: Plataforma Deduca (2022).
#PraCegoVer: foto de uma mão segurando um cronômetro.
Em relação aos testes de aptidão física da Educação Física, a validade consiste 
na capacidade de um teste medir acuradamente, com o mínimo de erro, 
determinado componente da aptidão física. Segundo isso, Heyward (2013, p. 
61) afirma:
São utilizados métodos de referência ou de critério para obter 
medidas diretas de componentes da aptidão física. Contudo, alguns 
componentes da aptidão física nem sempre podem ser medidos 
diretamente, exigindo medidas indiretas para estimar o valor da 
medida de referência. Por exemplo, os fisiologistas do exercício 
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consideram a medição direta do V ̇ O2máx (a coleta e a análise de 
amostras de gás expirado) durante exercícios máximos a medida-
padrão da aptidão cardiorrespiratória. A medição direta do V ̇O2máx, 
contudo, exige equipamento caro e considerável perícia técnica. 
Assim, em laboratório, o V ̇ O2máx é normalmente estimado por 
meio de fórmulas para converter a quantidade de trabalho produzida 
durante um TEP em consumo de oxigênio. Em testes de campo, são 
utilizadas equações de predição para estimar o V ̇ O2máx a partir da 
combinação de variáveis fisiológicas, demográficas e prognósticas de 
desempenho.
Independentemente disso, existem quatro fatores que são utilizados para 
verificar se um instrumento é válido, sendo: a validade de conteúdo, a validade 
de critério, a validade de predição e a validade de construção.
A validade de conteúdo refere-se ao grau em que cada elemento de um 
instrumento de medida é relevante e representativo de um específico 
constructo com um propósito particular de avaliação, baseado na larga 
utilização e opinião de especialistas. A validade de conteúdo é fundamental 
no processo de desenvolvimento e adaptação de instrumento de medida.
A validade de critério refere-se ao resultado do instrumento por meio de 
meios estatísticos, comparando o resultado com outros testes já validados. 
Esse critério é um padrão com o qual se julga a validade do instrumento. 
Quanto mais os resultados do instrumento de medidas se relacionam com o 
padrão, maior é a sua validade de critério. 
A validade de predição está relacionada à capacidade de prever, em linhas 
gerais, o resultado obtido considerando o avaliado. Já a validade de construção 
representa a consistência teórica que sustenta o teste, também delimitando 
se ele é capaz de medir o que pretende.
Além de considerar todas essas variáreis de validade na escolha de um teste, 
também precisamos estar atentos aos erros de medida de um instrumento 
válido. 
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2.3 ERROS DE MEDIDAS E VALORES DE 
REFERÊNCIA
A precisão de um instrumento e de uma medida é fundamental para uma 
avaliação de qualidade. A imprecisão das informações influencia totalmente 
os resultados, a interpretação e a finalidade do teste. A precisão depende da 
exatidão dos instrumentos e da aplicação pelos avaliadores. Uma coleta de 
dados deve ser feita cuidadosamente, para que os resultados obtidos nos 
testes sejam úteis para efeito de análise. 
FORMAS DE MEDIÇÃO
Fonte: Freepik (2022).
PraCegoVer: ilustração de pessoas segurando instrumentos de medição, como haltere, fita 
métrica e balança.
 Entretanto, apesar dos cuidados na tentativa de obter medidas na melhor 
qualidade possível, erros de medidas de certa magnitude sempre deverão 
ocorrer com certa regularidade em qualquer levantamento de dados. Esses 
erros são devido às alterações que podem ocorrer em relação aos avaliadores, 
avaliados e aos instrumentos utilizados. Para tanto, sempre precisamos 
considerar esses três fatores (avaliadores, avaliados a instrumentos) a fim de 
reduzir os erros a níveis minimamente tolerados. 
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Erro de instrumento: 
Quando o instrumento não é adequado ao que se prepõe aferir ou o 
equipamento não está calibrado. 
Erro de avaliador: 
Quando o avaliador erra ou não consegue efetuar a leitura do 
resultado. 
Erro do avaliado: 
Quando o avaliado não coopera ou não consegue realizar o teste 
proposto. Exemplo: influência da dor ou humor. 
Os erros de medida podem ser classificados em erros sistemáticos e aleatórios. 
O erro sistemático é a parte previsível do erro correspondente ao erro médio. O 
erro sistemático não pode ser eliminado, podendo ser reduzido e/ou corrigido. 
Por outro lado, o erro aleatório é a parte imprevisível e vem de variações 
temporais ou espaciais. Ao contrário do erro sistemático, o erro aleatório não 
pode ser eliminado ou corrigido, mas geralmente reduzido.
Erros sistemáticos são aqueles relacionados a diferenças biológicas ambientais, 
como aqueles relacionados ao tamanho, à flexibilidade ou à postura – variáveis 
que dependem do horário do dia.
Nesse sentido, é importante compreender que a avaliação na Educação Física 
depende de diversos fatores, sendo um processo completo, que exigem o 
conhecimento de saberes técnicos que vão desde à compreensão de conceitos 
até procedimentos que envolvem a escolha, a aplicação e a interpretação de 
um teste. 
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CONCLUSÃO
Caro aluno, esta unidade apresentou os conceitos básicos que envolvem a 
cineantropometria e os princípios das medidas de avaliação da Educação 
Física. Pudemos compreender que três termos aparecem com frequência 
quando nos referimos à cineantropometria: testar, medir e avaliar, sendo 
essencial compreender cada um deles individualmente. 
Compreendemos que cabe ao profissional escolher o melhor instrumento de 
avaliação de acordo com alguns critérios, como a validade e a especificidade da 
tarefa. Apesar do mesmo instrumento medir a mesma variável, dependendo 
do contexto, um instrumento será mais confiável que outro. 
UNIDADE 2
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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• apresentar 
diferentes parâmetros 
que visem a mensurar 
o prognóstico de 
desenvolvimento e 
crescimento de um 
indivíduo;
• Rconhecer diferentes 
instrumentos que 
avaliem o crescimento 
e a maturação 
biológica. 
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2 AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO 
FÍSICO E MATURAÇÃO BIOLÓGICA 
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Chegou o momento de falarmos sobre crescimento e maturação biológica. 
Para tanto,nesta unidade, você compreenderá os parâmetros que visam a 
mensurar o prognóstico de desenvolvimento e crescimento de um indivíduo. 
Mas, afinal, o que é o crescimento físico? Essa e outras perguntas serão 
respondidas no decorrer da unidade.
Aqui, você terá a oportunidade de conhecer os recursos utilizados na avaliação 
do crescimento físico, as medidas e suas análises, a maturação biológica e 
muito mais. 
2.1 CRESCIMENTO FÍSICO
Um dos indicadores de avaliação cineantropométrica que o profissional de 
educação física precisa levar em consideração, em sua prática profissional, é 
o crescimento físico.
FIGURA 1 – CRESCIMENTO FÍSICO
 
Fonte: Freepik (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a ilustração de crescimento de uma criança, desde 
bebê à terceira idade.
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O crescimento humano é o aumento de massa no corpo. Gallahue e Ozman 
(2006) apontam que o crescimento corresponde a medidas quantitativas do 
corpo ou de partes específicas dele em suas dimensões.
RECURSOS UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO DO 
CRESCIMENTO FÍSICO
Entre os recursos utilizados na avaliação do crescimento físico, temos as curvas 
de crescimento. As curvas de crescimento humano são importantes medidores 
quantitativos sobre os mais variados tipos de crescimento do corpo humano. 
Elas podem aferir os diferentes tipos de crescimento. Veja-os a seguir.
Crescimento geral: 
Altura e peso.
Crescimento neural: 
Estruturas do Sistema Nervoso Central (SNC).
Crescimento linfoide: 
Estruturas do sistema imunológico.
Crescimento genital:
 Estruturas do sistema reprodutor.
Agora, vamos entender algumas das curvas de crescimento humano e suas 
finalidades. 
Retomando o tema curvas, cabe dizer que são apontamentos gráficos de 
um determinado número de dados sobre diferentes medidas do corpo, que 
apresentam variabilidade. As curvas de crescimento servem para acompanhar 
o crescimento e o estado nutricional das crianças, sendo obtidas a partir do 
cálculo entre idade da criança e variáveis, como peso, altura e perímetro da 
cabeça. 
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FIGURA 2 – ALTURA
Fonte: Freepik (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de uma criança em cima de um banquinho, 
com um livro, verificando a altura de outra criança, que está em pé, encostada no batente 
da porta.
Os parâmetros utilizados são padronizados para 
qualquer criança, sendo o sexo a única variável. 
Por meio da curva, problemas como desnutrição, 
obesidade, sobrepeso são identificados; e 
estratégias podem ser elaboradas brevemente.
As curvas utilizadas são as referendadas pela Organização Mundial da Saúde 
(OMS) e pelo National Center for Health Statistics (NCHS). O material do NCHS 
foi organizado com base em dados da população americana, ao passo que o 
da OMS foi baseado em um estudo populacional realizado com crianças de 
até cinco anos em cinco países: Brasil, Gana, Índia, Omã e Estados Unidos. 
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Essa curva é a indicada pelo Ministério da Saúde, 
pois corresponde à referência adequada para a 
avaliação nutricional das crianças e dos adolescentes, 
do nascimento aos 19 anos. 
Para construir uma curva de crescimento, é necessário se construir amostras, 
ou seja, fazer uma avaliação na/no criança/aluno para saber seus dados. Veja 
como essa curva é realizada no recurso a seguir.
Novas medições: 
A partir do número medido, o professor irá fazer novas medições em 
um determinado tempo, em que serão adicionados novos pontos, 
construindo a curva. Os dados utilizados, para construir uma curva, são 
peso, estatura, Índice de Massa de Corporal (IMC) e perímetros.
Análise do crescimento:
 A partir desses dados, o professor pode fazer uma análise do 
crescimento da sua turma, comparando o aluno consigo mesmo 
e com os demais, por meio de percentis, que, segundo a OMS, são 
dados analisados de crianças de todo o mundo, ao longo de anos, e 
que geraram uma média de peso, estatura e crescimento de bebês e 
crianças.
As quedas nas curvas são interessantes em caso de sobrepeso, porém, 
uma queda brusca pode ser referente a aspectos de má-alimentação ou 
desnutrição.
Para o professor construir um gráfico de curvas de crescimento com seus 
alunos, é importante realizar as medições com método rigoroso, para evitar 
erros. Para isso, é necessário fazer um acompanhamento que consista em torno 
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de três a quatro medições ao ano, para que se tenha dados observáveis sobre 
os percentis e para construir a linha. Os resultados podem ser comparados do 
aluno com ele mesmo, fazendo uma análise individual do aluno, com a turma, 
o que dará um retrato geral, e, ainda, podem ser feitas análises comparativas 
com os dados da OMS. 
FIGURA 3 – TURMA DE CRIANÇAS
Fonte: Freepik (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de cinco crianças em frente à lousa, sorrindo 
e dando risada.
2.1.2 MEDIDAS E SUAS ANÁLISES
Uma das medidas de análise de crescimento físico é a perimetria óssea e 
muscular. A perimetria é um tipo de avaliação física na qual é avaliada, em 
centímetros, a circunferência dos segmentos corporais. Pode se ramificar 
em segmentos ósseos e musculares. Outra medida é o peso corporal, uma 
medida antropométrica de massa, considerado um termo coloquial, que é 
utilizado para explicitar quanto um indivíduo equivale em quilogramas. 
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Nessa medida, não é possível discriminar quanto 
desse peso corporal seria de massa magra, de 
gordura ou de massa óssea.
Já a massa corporal é uma medida que engloba os três segmentos da 
composição corporal: músculo, osso e gordura. A partir de medidas de 
massa corporal, é possível averiguar qual o percentual ou a quantidade de 
quilogramas que o indivíduo apresenta de massa óssea, massa magra ou 
massa adiposa.
A estatura é uma medida de dimensão corporal, especificamente classificada 
como uma medida antropométrica longitudinal, na qual é especificado, em 
centímetros, quanto um indivíduo mede, do ponto mais elevado do crânio 
até os pés.
A envergadura é uma medida antropométrica transversal, que consiste na 
avaliação, em centímetros, da máxima distância entre as extremidades dos 
dedos médios da mão esquerda e direita, com os ombros abduzidos a 90° 
durante a medição.
Esses indicadores cineantropométricos 
mencionados são alguns dos elementos que o 
futuro profissional de educação física poderá aplicar 
em sua prática profissional. 
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2.1.3 REFERENCIAIS NORMATIVOS
Neste tópico, examinaremos ferramentas e diferentes protocolos de 
avaliação cineantropométrica que o profissional de educação f ísica poderá 
aplicar em diferentes setores de prática profissional, da saúde ao lazer, do 
esporte à escola. Há, de fato, uma gama de ferramentas, referenciais marcas 
e modelos, bem como protocolos para avaliação cineantropométrica. 
FIGURA 4 – ANAMNESE
Fonte: Freepik (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de uma mãe segurando uma caneta sobre 
um formulário.
Vamos começar abordando a anamnese. É um questionário que pode ser 
padronizado pelo estabelecimento no qual o profissional de educação física 
atua, e pode ser adaptado de acordo com a especificidade da amostra a 
ser avaliada. Em geral, o questionário de anamnese contém um cabeçalho, 
identificando o instrumento, seguido de alguns campos dedicados ao 
preenchimento de informações pessoais e contatos do avaliado.
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Dependendo da necessidade e dos propósitos 
da avaliação física, a anamnese poderá ser 
composta por questões relacionadas à condição 
socioeconômica do avaliado, ao histórico familiar de 
doenças, à escolaridade, aos hábitos alimentares, 
ao uso contínuo de medicamentos, às cirurgias ou 
às próteses até às preferências ou às restrições a 
exercícios físicos. 
Em termos de aplicação, a anamnese pode acontecer em formato de entrevista 
entre o avaliador e o avaliado; ou até mesmo ser preenchida manualmente 
pelo avaliado. As questões poderão ser abertas ou fechadas, com múltipla 
escolha, mas sempre é preciso testar a aplicabilidade. É fundamental o 
indicador cineantropométrico escolhido estar alinhado às especificidades do 
aluno e/ou cliente, bem como do desporto a ser avaliado.
Há, de fato, uma gama de medidas 
cineantropométricas que você poderá empregar 
em diferentes setores de sua prática profissional.
Em geral, na linha de frente, marcam presença, em quase todas as avaliações 
cineantropométricas, as medidas de peso corporal e de estatura, assim como 
as medidas de perimetria óssea e muscular, além da envergadura. E, mesmo 
entre essas medidas básicas, há uma variedade de métodos e protocolos que 
podem ser adaptados, frente à sua realidade de prática profissional. 
O peso corporal de jovens nadadores, por exemplo, pode ficar acima da média 
em termos de faixa etária e estatura, mas isso, nem de longe, determina 
que estejam acima do peso, pois, com a natação, há um desenvolvimento 
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acentuado da musculatura esquelética, principalmente de membro superior, 
fato que poderá repercutir no ganho de peso corporal. 
2.2 MATURAÇÃO BIOLÓGICA
O processo maturacional é utilizado para descrever os eventos que marcam 
o início e o fim do desenvolvimento humano, apresenta-se sequencialmente 
ordenado e o conduz ao estado adulto (ou maduro). 
FIGURA 5 – DESENVOLVIMENTO HUMANO
Fonte: Freepik (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa uma ilustração de crescimento de uma criança, 
desde bebê à terceira idade.
Observa-se que ela possui uma ordem de eventos, pela qual todas as pessoas 
passam, não havendo variações individuais quanto a isso — apenas em relação 
ao ritmo de passagem por essa ordem sequencial. Assim, há indivíduos que 
apresentam um ritmo normal; outros, com ritmo precoce (acelerado); e 
alguns, com ritmo tardio (lento) de maturação.
Esse processo de maturação é regulado geneticamente, mas sofre influência 
do meio ambiente, sendo, portanto, resultado da interação entre genética e 
meio ambiente. 
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A partir do nascimento, inicia-se uma complexa 
relação entre o bebê e o ambiente que o cerca, cujas 
estruturas neurológicas já estão razoavelmente 
bem formadas, sobretudo o cérebro e as funções 
sensoriais exteroceptivas (visão, audição, tato, 
paladar e olfato), possibilitando a sua interação com 
o seu entorno.
Do nascimento aos dois anos, um período também chamado de lactância, 
a maior preocupação dos pais se refere às anomalias reais ou presumidas 
do desenvolvimento neuromotor ou musculoesquelético. Nesse contexto, 
alguns movimentos reflexos são próprios da idade e ocorrem em quase todos 
os bebês, sendo inibidos nos meses subsequentes, devido, principalmente, 
ao amadurecimento do cerebelo e do córtex frontal, iniciando-se, assim, 
o surgimento de movimentos voluntários e mais organizados, como a 
locomoção, a manipulação de objetos e o controle postural. 
FIGURA 6 – DESENVOLVIMENTO MUSCULOESQUELÉTICO DO BEBÊ
Fonte: Freepik (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto das pernas de um bebê pisando 
em um tapete.
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Já o desenvolvimento neural apresenta uma rápida evolução (anatômica, 
estrutural e funcional) no início da vida, de modo que, por volta dos três anos, 
o cérebro e suas estruturas relacionadas já atingiram aproximadamente 70% 
do seu tamanho na idade adulta. 
Dos dois aos cinco anos, um período chamado de primeira infância, a criança 
tem os primeiros contatos com a creche/escola. Em relação ao processo 
de maturação, ela passa por acentuadas mudanças em sua composição 
corporal (a gordura e a massa magra crescem gradativamente, com o 
aumento do tamanho corporal) e melhora seus padrões de marcha e as 
habilidades motoras. 
FIGURA 7 – PRIMEIRA INFÂNCIA
Fonte: Pixabay (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de duas crianças na primeira infância de 
mãos dadas.
Já no período chamado de segunda e terceira infâncias, que compreende a 
faixa entre seis e 12 anos, o crescimento das crianças é lento e estável, quanto 
à estatura e ao peso corporal. A maturação começa a diferenciar meninos 
e meninas, à medida que estas se tornam mais altas e robustas do que os 
meninos da mesma idade, uma vez que a puberdade acontece mais cedo 
nelas. Já a composição corporal sofre poucas modificações, havendo discreta 
redução na gordura corporal ou se mantendo inalterada, com as meninas 
tendo valores superiores aos meninos. O corpo apresenta ajustes referentes 
à sua proporcionalidade, sendo observado um aumento maior nos membros 
do que no tronco.
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FIGURA 8 – SEGUNDA INFÂNCIA
Fonte: Pixabay (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de duas crianças na segunda infância, em 
frente a um notebook.
A fase entre 13 e 15 anos, conhecida como início da adolescência, trata-se 
daquelas cujas características maturacionais mais expressivas incluem o 
acelerado aumento nas dimensões corporais — ou estirão do crescimento — e 
a maturação sexual do adolescente. Contudo, a idade, a duração e a intensidade 
em que ocorrem são geneticamente predeterminadas, apresentando grande 
variação entre os jovens. Há também mudanças na composição corporal, 
evidenciadas por um aumento considerável da massa muscular (maior que 
em qualquer outra fase da vida), com incremento mais discreto da gordura 
corporal. 
Todas essas características terão influências 
importantes no desempenho em atividades físicas 
e esportes dos jovens.
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Por fim, no período subsequente, conhecido como final da adolescência (dos 
16 aos 20 anos), a maioria dos jovens já atingiu a maturação completa. Seus 
níveis hormonais, que tiveram pico de produção na fase anterior (início da 
adolescência), estão em processo de estabilização, já sua taxa de crescimento 
diminui consideravelmente. 
FIGURA 9 – FINAL DA ADOLESCÊNCIA
Fonte: Pixabay (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de uma adolescente com shorts alaranjado e 
uma camiseta branca.
Desse modo, suas grandes diferenças de estatura, muito comuns no período 
anterior, tendem a desaparecer. 
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As crianças com história de maturação ou 
crescimento físico tardio podem estar seguras de 
que se equipararão aos seus colegas nessa fase 
final da adolescência.
2.2.1 IDADE CRONOLÓGICA X IDADE 
BIOLÓGICA
O corpo humano tem duas idades diferentes: a idade biológica e a idade 
cronológica. A idade biológica funcional é a idade do sistema corporal. Dada 
a grande complexidade das diversas partes que interagem na composição 
e fisiologia corporal, não é uma “idade” simples de calcular, até porque cada 
sistema corporal pode apresentar “idades biológicas” diferentes.
 
A idade cronológica é marcada pelo tempo de vida 
da pessoa,geralmente em anos.
2.2.2 MEDIDAS PARA ESTIMAR IDADE 
BIOLÓGICA
A avaliação da maturação biológica é importante por diversos motivos, por 
exemplo, para verificar se um comportamento motor está ocorrendo em uma 
fase maturacional esperada, precoce ou tardia. 
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CINEANTROPOMETRIA
Entre os instrumentos avaliativos mais utilizados, estão maturação sexual 
(aparecimento das características sexuais secundárias), maturação morfológica 
(alcance de diferentes proporções em relação à estatura adulta), maturação 
dental (erupção de dentes temporários e permanentes) e maturação 
esquelética (ossificação e fusões epifisiais). Entre essas técnicas de avaliação 
do processo de maturação biológica adequadas para se usar durante a fase 
da puberdade, a mais difundida tem sido a da maturação sexual, de acordo 
com estágios. 
FIGURA 10 – MATURAÇÃO DENTAL
Fonte: Freepik (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de menina com o dedo indicador no 
 dente sorrindo.
Há uma relação razoavelmente linear entre o desenvolvimento das 
características sexuais secundárias e o estágio de maturação biológica em que 
o jovem se está. Na prática, isso significa que um adolescente precoce para 
o desenvolvimento dessas características também o será em sua curva de 
crescimento de estatura, assim, quanto mais adiantado for o desenvolvimento 
genital, mais adiantado e próximo da estatura adulta o sujeito estará e 
vice-versa.
Dessa forma, a partir da relação entre a curva de crescimento e o 
desenvolvimento de genitais, foi proposta uma classificação em cinco estágios 
indicativos da maturação biológica. 
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Em muitos casos, gera-se também um 
constrangimento, devido à necessidade de se 
apresentar nu diante do avaliador. Contudo, ela é 
muito importante e pode ser realizada com maior 
aceitabilidade pelos jovens, quando o avaliador 
assume uma postura mais profissional.
Em suma, o processo de maturação biológica, que tem início antes mesmo 
do nascimento, compreende um conjunto de transformações qualitativas no 
organismo, refletindo um desenvolvimento funcional aprimorado e ocorrendo 
eventos maturacionais diferentes em cada fase da vida até a adulta. 
2.2.3 TESTES FÍSICOS UTILIZADOS PARA 
ACOMPANHAMENTO DO 
DESEMPENHO MOTOR
A literatura abrange uma série de instrumentos e escalas para a avaliação 
de crianças na pré-infância e no início da infância. Entre eles, destacam-se 
a Escala motora de Peabody e o Teste Motoriktest für vier- bis sechsjährige 
Kinder (MOT 4-6). Vamos conhecê-los no recurso a seguir.
Escala motora de Peabody: 
É um instrumento amplamente utilizado para avaliar o 
desenvolvimento motor fino e global de bebês e das crianças até 
os sete anos. Esse instrumento é composto de cinco subtestes, que 
avaliam a preensão fina, a integração visomotora, o controle postural, 
a locomoção e a manipulação de objetos. Cada um é constituído por 
tarefas motoras ajustadas à idade e colocadas em uma sequência 
crescente de dificuldades. 
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Teste MOT 4-6: 
Foi criado pelos alemães Zimmer e Volkamer, em 1987, para avaliar 
as habilidades motoras fundamentais de crianças entre quatro e 
seis anos. Seu resultado possibilita detectar também o seu atraso ou 
a sua deficiência. O teste demora em torno de 15 e 20 minutos por 
criança e apresenta 18 itens avaliativos, que incluem a locomoção, a 
estabilidade, o controle de objetos e a motricidade fina, para os quais a 
escala de classificação vai de zero (habilidade não dominada) até dois 
(habilidade dominada).
Dezenas de testes foram criados para a avaliação das habilidades em crianças 
e adolescentes. Entre eles, os mais utilizados são o de Desenvolvimento motor 
grosso, o de Movimento-ABC, o de proficiência motora de Bruininks-Oseretsky 
e o instrumento de avaliação de padrões motores fundamentais.
O Teste de desenvolvimento motor grosso mede o desempenho do movimento 
de coordenação motora grossa de crianças entre três e 10 anos, é administrado 
em 15 a 20 minutos e inclui habilidades de locomoção (correr, galopar, pular, 
saltar, saltar em distância e deslizar) e controle de objetos (golpear uma 
bola parada, drible estacionário, pegar, chutar, arremessar sobre o ombro e 
rolar) — sendo que o avaliado deve executar cada item duas vezes. Quando o 
desempenho está correto, assinala-se a pontuação um; já se a performance é 
incorreta, assinala-se zero, e a soma de ambos representa a pontuação final 
para cada item.
FIGURA 11 – CRIANÇA PULANDO
Fonte: Freepik (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de um menino pulando com braços e 
pernas estendidas.
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A bateria de avaliação de movimento para crianças (Teste de movimento-
ABC) avalia o desempenho nas habilidades motoras com foco na detecção de 
atraso ou deficiência no desenvolvimento de crianças entre quatro e 12 anos. 
Ele é composto de 32 itens, subdivididos em quatro faixas etárias, nas quais se 
realiza oito itens que avaliam destreza manual, habilidades de manipulação 
de bola e equilíbrio — avalia-se cada um deles em uma escala de classificação 
de zero (melhor desempenho) a cinco (desempenho mais fraco). A aplicação 
do teste dura em torno de 20 a 30 minutos.
O teste de proficiência motora de Bruininks-Oseretsky pode ser aplicado em 
crianças de quatro a 14 anos e fornece informações sobre a motricidade do 
sujeito avaliado, por meio de seu desempenho em determinadas habilidades 
motoras. A partir disso, estima-se seu padrão de desenvolvimento motor, 
comparando seu desempenho com tabelas normativas. O teste apresenta 
duas versões, a bateria completa (46 tarefas) e a forma curta (14 tarefas 
derivadas da bateria completa). As duas versões são compostas de oito 
subtestes, que avaliam velocidade de corrida, de resposta e dos membros 
superiores, agilidade, equilíbrio, coordenação bilateral, força, coordenação dos 
membros superiores, controle visuomotor e destreza.
O instrumento de avaliação de padrões motores fundamentais, proposto por 
McClenaghan e Gallahue, em 1976, é utilizado para avaliar o desenvolvimento 
das habilidades motoras fundamentais, as quais são adquiridas dos dois aos 
sete anos, aproximadamente. Por isso, ele permite apenas comparar o seu 
desenvolvimento em diferentes momentos de avaliações, e não com outras 
crianças. A sua versão original permite avaliar o padrão de cinco habilidades 
motoras: correr, saltar, arremessar, receber e chutar; já a versão expandida é 
projetada para avaliar mais 20 habilidades fundamentais. 
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CINEANTROPOMETRIA
CONCLUSÃO
Chegamos ao final de mais uma unidade. Aqui, você pôde entender melhor 
sobre o crescimento físico e, mais especificamente, sobre a curva de 
crescimento físico. Entendemos também sobre maturação biológica e as 
formas de avaliá-la.
Por fim, estudamos sobre as formas de se avaliar o desenvolvimento motor, 
por meio de escalas e testes específicos, além de termos conhecido mais 
profundamente alguns deles.
UNIDADE 3
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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• apresentar técnicas 
de avaliação 
de medidas 
antropométricas;
• conhecer diferentes 
técnicas de medidas 
de composição 
corporal. 
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3 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
E COMPOSIÇÃO CORPORAL
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Boas-vindas a maisuma unidade de nossa disciplina. Aqui, você irá apreender 
mais sobre o universo da cineantropometria, com enfoque na avaliação 
antropométrica e composição corporal. Para isso, esse e-book será subdividido 
em dois tópicos principais: avaliação antropométrica e composição corporal.
No primeiro momento, serão apresentadas as técnicas de avaliação das 
medidas antropométricas, bem como sua importância e aplicação. Você será 
introduzido às medidas de estrutura, massa e Índice de Massa Corporal (IMC), 
seus instrumentos e protocolos de avaliação. Além disso, você aprenderá sobre 
técnicas de mensuração de diâmetros (distância entre duas extremidades 
ósseas) e comprimentos (distâncias projetadas entre dois pontos de referência 
anatômica, estabelecidas paralelamente ao eixo longitudinal do segmento). 
Por fim, você será apresentado aos perímetros e às dobras cutâneas. 
Em um segundo momento, compreenderemos as medidas de composição 
corporal. A composição corporal é um instrumento muito válido para 
diagnosticar diversas doenças, então, você aprenderá sobre algumas formas 
de avaliação, equações preditivas e implicações para a prática clínica. 
3.1 MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
As medidas antropométricas são medidas corporais quantitativas não 
invasivas. De acordo com os centros de controle e prevenção de doenças, a 
antropometria é uma avaliação valiosa do estado nutricional de crianças e 
adultos. Em crianças, as medidas antropométricas são usadas normalmente 
para avaliar a saúde geral, sua adequação e seu padrão de crescimento e 
desenvolvimento e servem de referência para monitorar a saúde e o bem-
estar. Em adultos, as medidas corporais podem ajudar no estado de saúde, na 
dieta e no risco de doenças futuras. As medidas também podem ser usadas 
para determinar a composição corporal em adultos, para ajudar a determinar 
o estado nutricional subjacente e diagnosticar a obesidade.
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FIGURA 1 – AVALIAÇÃO CORPORAL
Fonte: Freepik (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a ilustração de uma prancheta ao fundo, com uma 
mulher avaliando dois sujeitos. 
Os elementos centrais da antropometria são altura, peso, circunferência da 
cabeça, IMC e circunferências do corpo, para avaliar a adiposidade e dobras 
cutâneas. De acordo com a American Academy of Pediatrics and the Child 
Health and Disability Prevention Program Health Assessment Guidelines, 
medições antropométricas seriadas precisas podem ajudar a identificar 
problemas médicos, nutricionais ou sociais subjacentes em crianças. 
As medidas antropométricas também podem avaliar a composição corporal 
em atletas. Foi demonstrado que isso otimiza o desempenho competitivo de 
atletas e ajuda a identificar problemas médicos subjacentes, como distúrbios 
alimentares. Medidas antropométricas também são utilizadas para avaliar a 
condição de gestantes e avaliar pacientes obesos.
Entretanto, medidas confiáveis e reprodutíveis são necessárias para obter 
dados significativos de medidas antropométricas. Para isso, o profissional 
deve garantir o uso de equipamentos de qualidade e bem calibrados, que 
sejam verificados regularmente quanto à precisão. A lista de equipamentos 
típicos necessários para obter medições antropométricas inclui: balança de 
peso, estadiômetro., paquímetros e fita métrica.
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3.1.1 ALTURA, MASSA E ÍNDICE DE MASSA 
CORPORAL
A estatura é o maior indicador do corpo geral e reflete o comprimento total 
do corpo. Conhecer a estatura de uma pessoa serve para vários propósitos: 
crescimento de adolescente para verificação do estado nutricional, para 
a seleção de atletas para determinadas modalidades de esporte e para o 
diagnóstico de doenças e dosagem de determinados medicamentos. 
FIGURA 2 – ESTATURA
Fonte: Freepik (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de uma mulher segurando uma fita 
métrica esticada.
O estadiômetro é o equipamento que é utilizado para medir a estatura de um 
sujeito. Existem vários modelos de estadiômetro, entretanto, todos possuem 
características semelhantes: deve ser de material firme (madeira ou metal), 
possuir uma base fixa acima da cabeça, para fazer a aferição correta, e possuir 
uma fita métrica. Além disso, o equipamento deve ter altura suficiente, para 
que possa ser usado em indivíduos com estatura elevada, ou seja, com, pelo 
menos, dois metros de altura. Existem alguns procedimentos para realizar a 
medida correta da estatura de um indivíduo.
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Primeiro: 
O avaliado deve estar descalço ou usando meias finas, além de estar 
vestindo pouca roupa. O avaliado deve permanecer em pé, na base do 
estadiômetro, posicionando-se de costas para o aparelho e tocando as 
costas, glúteos e os calcanhares no suporte vertical do aparelho. 
Segundo: 
A cabeça deverá estar posicionada no plano de Frankfurt e o 
olhar deve estar fixo para o horizonte, para que a parte móvel do 
equipamento possa ser posicionada corretamente, e o peso deverá 
estar distribuído igualmente em ambos os pés.
Terceiro: 
O avaliado deverá permanecer imóvel, respirando normalmente. A 
parte móvel do estadiômetro deverá tocar a parte superior da cabetta. 
O avaliador deverá fazer uma compressão, suficiente para pressionar o 
cabelo até tocar a caixa craniana. 
Para uma medida ter boa acurácia, devem ser realizadas duas ou três medidas 
consecutivas, com o indivíduo que está sendo avaliado se movendo para fora do 
aparelho e retornando imediatamente. Esse processo dará maior exatidão da 
medida, não podendo ultrapassar um centímetro. Casa ocorra uma diferença 
maior que um centímetro, uma nova medida deverá ser realizada. Deverá ser 
realizada uma média das três medidas e esse valor deverá ser registrado. É 
essencial que esse procedimento seja realizado, principalmente em casos de 
acompanhamento de variações de crescimento de crianças e adolescentes 
ou para pessoas que recebam algum suporte nutricional ou medicamentoso. 
A medida é registrada com precisão de 0,1 centímetro.
A massa corporal é a medida antropométrica usualmente mais mensurada. 
Também deve ser mensurada com extremo rigor, principalmente em casos 
de dosagem de medicamentos.
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FIGURA 3 – BALANÇA
 
Fonte: Freepik (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de pés de uma pessoa em cima de 
uma balança.
A balança é o equipamento utilizado para a mensuração da massa corporal. 
Em geral, existem dois modelos de balança: com pêndulos móveis e balança 
digital. Em ambas as balanças, a precisão deve ser de 0,1 quilograma. É 
importante ressaltar que há uma variação da medida de massa corporal entre 
balanças, devendo ser realizada sempre no mesmo aparelho, para maior 
exatidão da medida. 
Para a realização da medida, alguns procedimentos devem ser tomados: 
1. o avaliado deve estar descalço e com o menor número de roupa pos-
sível. Recomenda-se uma padronização no tipo de roupa para maior 
acurácia da medida;
2. o avaliado deverá se posicionar de frente ou de costas para o marca-
dor;
3. o peso deverá estar distribuído em ambos os pés. Para a correta men-
suração da medida, deve-se realizar duas medidas consecutivas 
(CORTEZ; MARTINS, 2012) 
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Caso ocorra diferença superior a 1,0 quilograma, 
medidas sucessivas deverão ser realizadas. O valor 
médio das duas medidas com diferença inferior a 
1,0 quilograma será registrado.
O IMC é uma medida valiosa para a classificação da obesidade; e suas 
vantagens são amplamente exploradas e utilizadas,para avaliar o estado 
nutricional em estudos populacionais na prática clínica. Os principais fatores 
para a sua ampla utilização se referem ao seu baixo custo, à facilidade de 
treinamento e à forte associação com a gordura corporal e com fatores de 
riscos ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e metabólicas. 
FIGURA 4 – GORDURAL CORPORAL E FATORES DE RISCO
Fonte: Freepik (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a ilustração de um médico segurando uma 
prancheta e uma mulher em uma balança. Ao lado dela, há ícones com elementos de risco 
de obesidade, como coração, fígado, sangue e osso.
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Para a obtenção do IMC, é realizada o seguinte cálculo: 
IMC = massa corporal(kg)/ estatura(m)²
O resultado desse cálculo é usado para verificar se estes apresentam peso 
adequado, sobrepeso ou obesidade. A tabela abaixo apresenta os valores de 
referência para a classificação de acordo com o cálculo do IMC.
TABELA 1 – CLASSIFICAÇÃO DA OBESIDADE A PARTIR DO IMC
Classificação simplificada a partir do IMC (estabelecida para adultos acima de 20 anos)
Valor do IMC Classificação
Menor do que 18,5 Baixo peso ou magreza
Entre 18,5 e 24,9 Normal
Entre 25 e 29,9 Sobrepeso, obesidade grau I
Entre 30 e 39,9 Obesidade grau II
40 ou mais Obesidade grau III
Fonte: Adaptado de Mitchell et al. (2011, p. 21).
Entretanto, como todas as medidas antropométricas, o IMC é apenas uma 
medida subjetiva da gordura corporal e possui algumas desvantagens, como 
mostra o exemplo abaixo. 
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Como muitos americanos, Jermaine Mayberry, de 
27 anos, tem um alto IMC. Com 39,6 kg/m², ele se 
classifica com obesidade Grau II, com associação 
muito grave de comorbidades. Se olharmos 
somente para o IMC, poderíamos dizer que 
Jermaine está correndo um grave risco de saúde e 
é obeso. 
O fato é que Jermaine é um jogador de futebol 
americano de sucesso da National Football 
League (NFL), do Philadelphia Eagles. Ele pesa 
148 quilogramas e tem 1,93 metros de altura. Sua 
massa corporal magra é de ≈120 quilogramas e seu 
teor de gordura corporal é provavelmente inferior 
a 20%. Isso está substancialmente abaixo dos 40 
+ % que seriam previstos para o homem médio 
com um IMC tão alto quanto seu. Esse simples 
exemplo serve para nos lembrar que as três formas 
mais comuns de avaliar a obesidade – peso, IMC e 
circunferência da cintura – não medem a gordura 
corporal; e essa medida deve ser realizada com 
cautela, considerando outros fatores. 
3.1.2 DIÂMETROS E COMPRIMENTOS
Os diâmetros ósseos correspondem à distância entre duas extremidades 
ósseas. Normalmente são utilizados para avaliar a estrutura corporal e o 
componente de mesomorfia do somatotipo, para fins ergonômico, assimetrias 
aplicadas à área esportiva, acompanhar o crescimento e a proporcionalidade. 
Os instrumentos utilizados, para a medição dos diâmetros, são o paquímetro 
e o antropômetro (MEDEIROS et al., 2015). 
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FIGURA 5 – ESTRUTURA ÓSSEA
Fonte: Freepik (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a ilustração da estrutura óssea das costas.
É importante destacar que os diâmetros podem ser realizados em ambos os 
lados, mas se prefere que a medida seja realizada no lado direito do corpo 
do avaliado. As protuberâncias ósseas podem ser identificadas pelas pontas 
dos dedos indicadores e demarcados com lápis dermatográfico, seguido do 
posicionamento do equipamento paquímetro/antropômetro. As pontas dos 
equipamentos devem pressionar a região medida, sem grande interferência 
dos demais tecidos. Além disso, destaca-se que as medidas de diâmetros 
devem ser realizadas pelo menos três vezes seguidas; e o valor mediano das 
três medidas deve ser considerado. Os principais diâmetros utilizados estão 
elencados a seguir.
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Biacromial: 
Para essa medida, o sujeito deve posicionar em pé, de forma ereta. O 
avaliador deve se posicionar atrás do indivíduo avaliado, para melhor 
localização dos pontos de reparo. A medida biacromial corresponde 
“[...] à distância entre as bordas que mais se projetam lateralmente 
dos processos acromiais direito e esquerdo das escápulas.” (GUEDES; 
GUEDES, 2006, p. 43).
Bicrista-ilíaca: 
Para essa medida, o sujeito deve se posicionar em pé, de forma ereta. 
O avaliador deve se posicionar em frente ao indivíduo avaliado. A 
medida bicrista-ilíaca corresponde “[...] à distância dos pontos mais 
salientes e projetados lateralmente da crista do ilíaco.” (GUEDES; 
GUEDES, 2006, p. 44).
Biepicondilar do fêmur: 
Para essa medida, o indivíduo avaliado deve se posicionar sentado, 
com os joelhos flexionados a 90 graus, com os pés apoiados no chão. 
O avaliador deve se posicionar agachado, de frente para o avaliado. A 
medida biepicondilar do fêmur corresponde “[...] à distância projetada 
entre os epicôndilos medial e lateral do fêmur.” (GUEDES; GUEDES, 
2006, p. 45).
 Bimaleolar: 
Para essa medida, o indivíduo avaliado deve se sentar, com os 
pés afastados e apoiados no chão. O avaliador deve se posicionar 
agachado, de frente para o avaliado. A medida corresponde “[...] à 
distância entre as projeções mais salientes dos maléolos fibular e 
tibial.” (GUEDES; GUEDES, 2006, p. 45).
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Biepicondilar do úmero:
Para essa medida, o indivíduo avaliado deve estar sentado, com os 
braços estendidos horizontalmente à frente, na altura dos ombros, os 
antebraços elevados com cotovelos e ombros em flexão de 90 graus, 
com as mãos em posição de supinação. O avaliador deve se posicionar 
em frente ao indivíduo avaliado. A medida corresponde “[...] à distância 
projetada entre as bordas mais extremas dos epicôndilos medial e 
lateral do úmero.” (GUEDES; GUEDES, 2006, p. 45).
 Biestiloide: 
Para essa medida, o sujeito deve se posicionar em pé, de forma ereta. 
O avaliador deve se posicionar em frente ao indivíduo avaliado. A 
medida corresponde “[...] à distância projetada entre as apófises do 
rádio e da ulna.” (GUEDES; GUEDES, 2006, p. 46).
Comprimentos corporais podem ser definidos como “[...] distâncias projetadas 
entre dois pontos de referência anatômica, estabelecidas paralelamente ao 
eixo longitudinal do segmento.” (GUEDES; GUEDES, 2006, p. 46).
FIGURA 7 – HOMEM VITRUVIANO – MEDIDAS CORPORAIS
Fonte: Freepik (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a ilustração do homem vitruviano de Da Vinci, com 
braços e pernas esticados.
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Os comprimentos corporais podem ser muito úteis em diversos 
seguimentos, como ergonomia, arquitetura e engenharia. Na área esportiva, 
os comprimentos corporais ajudam a entender o melhor desempenho em 
determinados esportes, como, por exemplo, de atletas que apresentam maior 
comprimento de membros superiores e apresentam melhores resultados 
na natação, basquete e voleibol; ou atletas com maior comprimento de 
membros inferiores, que se destacam em esportes, como corrida com 
barreira. Dessa forma, os comprimentos corporais são muito utilizados nas 
análises biomecânicas. 
FIGURA 8 – PAQUÍMETRO
Fonte: Pixabay (2022).
#TodosVerem: a imagem representa a foto de um paquímetro. 
A técnica de mensuração dos comprimentos é bem próxima da dos diâmetros: 
pode ser realizada em ambos os membros, mas se recomenda a preferência 
para o lado direito do avaliado. Além disso, recomenda-se que sejam realizadas 
duas medidas; e, no caso de elas diferirem, que seja realizada uma terceiramedida, considerando a média das três. Também se recomenda a marcação 
dos pontos anatômicas com caneta hidrográfica. 
O equipamento utilizado, para a realização das medições do comprimento, 
é o antropômetro. Os principais comprimentos utilizados são: membros 
inferiores, coxa, perna, membros superiores, braço e antebraço. Para todas as 
mensurações, o avaliado deve se posicionar em pé, na posição ereta e com 
peso distribuído nos dois pés. Conheça as técnicas de medições a seguir.
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Técnica de medição membros inferiores:
A referência anatômica utilizada é a distância entre o trocânter maior 
e a planta dos pés. O protocolo de Guedes e Guedes considera o 
comprimento do membro inferior do trocânter até o solo (GUEDES; 
GUEDES, 2006).
Técnica de medição da coxa: 
A referência anatômica utilizada é a distância entre o maior e a 
protuberância da tíbia.
Técnica de medição da perna:
A referência anatômica utilizada é a distância entre a protuberância da 
tíbia e o maléolo lateral.
Técnica de medição de membros superiores: 
A referência anatômica utilizada é a distância entre processo acromial 
e o ponto dáctilo.
Técnica de medição do braço: 
A referência anatômica utilizada é a distância entre processo acromial 
e o processo olecrano.
Técnica de medição do antebraço: 
A referência anatômica utilizada é a distância entre a superfície 
posterior do olecrano e o processo estiloide do rádio.
3.1.3 PERÍMETROS E DOBRAS CUTÂNEAS
Os perímetros corporais podem ser definidos como medidas circulares 
(circunferências) de segmentos específicos, obtidos no plano horizontal, 
perpendicularmente ao eixo longitudinal do corpo. Para realizar a medida das 
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circunferências, é utilizada uma fita métrica, expressa em milímetros.
FIGURA 8 – MEDINDO CIRCUNFERÊNCIAS
 
Fonte: Freepik (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de uma mulher medindo circunferência 
abdominal com fita métrica.
Em relação ao procedimento de coleta, a fita métrica deve circundar 
o segmento que será medido. É importante destacar o cuidado com a 
correta posição da fita, de maneira horizontal ao plano definido. A pressão 
da fita também deve ser controlada, sendo realizada sobre a pele nua, sem 
interferência de tecidos. 
 
Recomenda-se realizar duas vezes a medida 
do perímetro. E, caso os resultados dessas duas 
medidas forem diferentes, sugere-se realizar uma 
terceira medida e considerar a média das três.
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• Perímetro do braço: circunferência obtida na distância média entre a borda 
mais lateral do acrômio e o olecrano;
• Perímetro do antebraço: circunferência obtida no ponto de maior volume 
identificado nesse segmento anatômico;
• Perímetro da coxa: circunferência obtida na distância média entre os pontos 
trocantérico e tibial lateral;
• Perímetro da perna medial: circunferência obtida no ponto de maior volume 
geminal;
• Perímetro da cintura: circunferência obtida no menor ponto de volume da 
região abdominal;
• Perímetro do quadril: circunferência obtida no maior volume da região do 
glúteo, sobre os trocânteres. 
Em relação às dobras cutâneas, elas podem ser definidas como “[...] as 
medidas da espessura das dobras cutâneas correspondem às medidas de 
uma camada dupla de pele e de tecidos subcutâneos destacados em pontos 
anatômicos específicos.” (GUEDES; GUEDES, 2066, p. 52). 
FIGURA 9 – DOBRA CUTÂNEA
Fonte: Freepik (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de uma mulher de costas, segurando dobra 
cutânea, logo abaixo do sutiã.
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As medidas de espessura de dobras cutâneas são os indicadores mais 
utilizados, entretanto, certos cuidados devem ser tomados no uso dessa 
técnica, para garantir a precisão de suas medidas, como a necessidade 
de estabelecer uma localização do ponto anatômico a ser medido; e de o 
avaliador dominar perfeitamente a medição e o uso de medidores de um tipo 
específico com calibração constante. Além disso, devido às características das 
medidas de espessura de dobras cutâneas, os vieses intra e interexaminadores 
geralmente se tornam altos, comprometendo a exatidão e a precisão dos 
valores de gordura corporal.
O instrumento de medida das dobras cutâneas é realizado por meio de 
compassos específicos, com características específicas para essa finalidade. 
Para a correta medição das dobras cutâneas, deve-se estar atento à sua forma 
de coleta: a definição das dobras deve ser realizada com os dedos polegar e 
indicador da mão esquerda na região que será medida, com uma distância 
aproximada de seis a oito centímetros. Sem desprender da dobra cutânea, 
o compasso deve ser posicionado a um centímetro abaixo dos dedos do 
avaliados e com profundidade idêntica à que se encontra o dedo polegar do 
avaliador. Devem ser realizadas três medidas sucessivas no mesmo local e se 
considera o valor mediano como medida representativa. 
As principais dobras cutâneas são: tricipital, subescapular, suprailíaca, 
abdominal, axilar média, coxa média e panturrilha medial (MACHADO, 2008).
Mais detalhes sobre procedimentos de mensuração 
das dobras cutâneas podem ser encontrados no 
artigo: MACHADO, F. Dobras cutâneas: localização e 
procedimentos. Motricidade, v. 4, n. 2, 2008. p. 42-
46. Disponível em: https://www.redalyc.org/
pdf/2730/273020552005.pdf. Acesso em: 22 jun. 
2022.
https://www.redalyc.org/pdf/2730/273020552005.pdf
https://www.redalyc.org/pdf/2730/273020552005.pdf
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3.2 MEDIDAS DE COMPOSIÇÃO CORPORAL
A composição corporal é conhecida por estar associada a diversas doenças, 
como doenças cardiovasculares, diabetes, câncer, osteoporose e osteoartrite; e 
são úteis para verificar a eficácia de intervenções nutricionais e para monitorar 
as mudanças associadas ao crescimento e ao desenvolvimento de doença. 
As alterações, na composição corporal, ocorrem quando há um descompasso 
entre a ingestão de nutrientes, como em casos de desnutrição ou supernutrição, 
que leva à obesidade. 
Podemos definir a composição corporal por 
técnicas chamadas unicamente indireta ou 
duplamente indireta. As técnicas unicamente 
indiretas são as que dependem somente de 
uma medida, como a pesagem hidrostática ou 
o deslocamento do ar. As técnicas duplamente 
indiretas consistem em medidas antropométricas, 
como dobras, circunferências, diâmetros; ou na 
impedância elétrica do corpo. E, dessa forma, 
por meio de equações, estima-se a densidade. É 
importante destacar que as técnicas com menor 
número de estimativas têm maior precisão. 
A seguir, serão apresentadas algumas técnicas. 
3.2.1 TÉCNICAS DE MEDIDA
Existem basicamente dois tipos de métodos para a realização da mensuração 
da composição corporal: métodos de campo e métodos de laboratório. Os 
métodos de campo são mais baratos e fáceis de aplicar. Em contrapartida, 
os métodos de laboratório possuem alto custo e necessitam de pessoal 
especializado para a sua aplicação. Entretanto, métodos de laboratório são 
mais confiáveis quando comparados a métodos de campo. 
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Conheça os métodos de campo.
• Antropometria: as medidas antropométricas não são invasivas e auxiliam 
na avaliação do estado nutricional, identificando indivíduos de risco, 
monitorando a eficácia de uma intervenção nutricional e fornecendo 
informações sobre os estoques de gordura e músculo do corpo (KURIYAN, 
2018);
• IMC: é amplamente utilizadopara estimar a gordura corporal por ser 
simples e barato. A classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é 
comumente utilizada para categorizar o IMC (KURIYAN, 2018);
• Circunferência da cintura: a circunferência da cintura é usada em crianças e 
adultos como indicador de gordura intra-abdominal. Os indicadores de risco 
baseados na circunferência da cintura são ≥102 centímetros em homens e 
≥88 centímetros em mulheres (KURIYAN, 2018);
FIGURA 10 – MEDIDA DA CINTURA
Fonte: Freepik (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de uma mulher segurando uma fita métrica 
em volta da cintura.
• Relação cintura-quadril: a relação cintura-quadril é usada como uma medida 
substituta da distribuição de gordura corporal inferior e superior e mede 
onde a gordura corporal é armazenada. Uma alta relação cintura-quadril 
sugere risco aumentado de problemas de saúde relacionados à obesidade. A 
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precisão da relação cintura-quadril, na avaliação da gordura visceral, diminui 
com o aumento dos níveis de gordura. A relação cintura-quadril é calculada 
pela divisão da circunferência da cintura pela circunferência do quadril e os 
indicadores de risco são ≥1,0 para homens e ≥0,85 para mulheres (KURIYAN, 
2018);
• Medidas de dobras cutâneas: a técnica de dobras cutâneas é uma medida 
de gordura subcutânea, estimando a densidade corporal para derivar a 
porcentagem de gordura corporal. As medidas são feitas em locais como 
bíceps, tríceps, subescapular e suprailíaco, que são utilizados em equações 
específicas para idade e sexo, para chegar a valores de densidade corporal. 
A gordura corporal é obtida a partir de densidade corporal, usando uma 
fórmula de conversão específica da população (KURIYAN, 2018);
• Análise de impedância bioelétrica (BIA): a técnica de análise de 
impedância bioelétrica é usada para prever a composição corporal com 
base nas propriedades condutoras elétricas do corpo. O instrumento BIA é 
portátil, seguro, fácil de usar, custo relativamente baixo com carga mínima do 
participante, tornando-se assim uma ferramenta útil para grandes estudos 
(KURIYAN, 2018).
Já os métodos de laboratório incluem a hidrodensitometria (pesagem 
subaquática), a pletismografia de deslocamento de ar, o método de diluição 
de isótopos (hidrometria), a absorciometria de raios X de dupla energia (DEXA), 
a tomografia computadorizada, a ressonância magnética e o contador de 
potássio de corpo inteiro (KURIYAN, 2018).
3.2.2 EQUAÇÕES PREDITIVAS
A escolha das equações preditivas, para avaliar a composição corporal, deve 
levar alguns fatores em consideração: população, etnia, idade, sexo, populações 
especiais (obesos, atletas, pessoas saudáveis). Cada grupo e população possui 
suas especificidades. Portanto, a equação escolhida deve ter validade científica, 
caso contrário, os resultados obtidos podem subestimar ou sobrestimar o 
percentual de gordura corporal (LANCHA JUNIOR; LANCHA, 2016).
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 LANCHA JUNIOR, A. H.; LANCHA, L. O. P. (Org.). 
Avaliação e prescrição de exercícios físicos: 
normas e diretrizes. Barueri: Manole, 2016. Disponível 
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/
books/9788520451656. Acesso em: 29 jan. 2022. O 
capítulo 3, “Composição corporal”, apresenta 
diversas equações preditivas para estimar a massa 
adiposa e a densidade corporal para ambos os 
sexos. 
Para saber mais sobre todas as equações preditivas, acesse o livro:
3.2.3 IMPLICAÇÕES
A escolha da melhor técnica para a validação da composição corporal deve 
levar em consideração a população para qual foi desenvolvida, além de 
ter uma padronização das meninas a serem feitas, podendo utilizar essas 
medidas para comparações em momentos diferentes (LANCHA JUNIOR; 
LANCHA, 2016). 
Destaca-se a importância do uso de equipamentos adequados e um bom 
treinamento, pois estes são aspectos fundamentais para uma boa validade e 
reprodutibilidade das avaliações. 
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CONCLUSÃO
Esta unidade objetivo apresentar as técnicas de avaliação de medidas 
antropométricas e as diferentes técnicas de medidas de composição corporal. 
Ao final desta unidade, esperamos que você tenha aprendido a escolher a 
melhor técnica de acordo com cada especificidade.
UNIDADE 4
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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• compreender a 
importância da 
avaliação para 
o desempenho 
físico de atletas 
e a diferenciação 
entre modalidades 
esportivas;;
• verificar os principais 
testes aplicados 
para avaliação 
da resistência 
cardiorrespiratória, 
força, resistência e 
potência muscular. 
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4 TESTES PARA DESEMPENHO 
FÍSICO
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Agora, chegou a hora de falarmos sobre alguns testes para avaliação do 
desempenho físico. Para tanto, nesta unidade, você compreenderá sobre 
desempenho físico e suas variáveis em diferentes modalidades esportivas, 
além de por que e como avaliar essas variáveis tão importantes. 
4.1 DESEMPENHO FÍSICO
O desempenho físico, ou melhor, a melhora do desempenho físico, é muito 
amplo. Esse tema está associado a alterações benéficas, devido ao estímulo 
proveniente de exercícios e de esportes específicos em diferentes sistemas 
que causarão melhorias ao indivíduo.
A importância de bons níveis de desempenho físico, para a manutenção 
da saúde, do rendimento e da qualidade de vida, está cada vez sendo mais 
discutida pelos órgãos de saúde. 
A atividade física e a prática orientada de exercícios físicos podem ser utilizadas 
como uma ferramenta para a promoção da saúde e, consequentemente, para 
a adoção de um estilo de vida ativo e saudável. 
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FIGURA 1 – PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO
Fonte: Plataforma Pixabay (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de uma atleta de ginástica praticando 
exercício físico de alongamento.
A prática habitual de atividade física proporciona ao indivíduo uma aptidão 
física que se relaciona a duas abordagens: ao desempenho esportivo, que 
evidencia a agilidade, o equilíbrio, a velocidade e a resistência anaeróbica; 
e à saúde, que evidencia a força e a resistência muscular, a flexibilidade, a 
resistência aeróbica e a composição corporal. Vejamos um pouco mais sobre 
o desempenho físico e como avaliá-lo.
DIFERENTES MODALIDADES ESPORTIVAS - 
CAPACIDADE FÍSICA 
As modalidades esportivas possuem demandas diferentes no que se refere 
a capacidades físicas. Nesse sentido, analisar as demandas específicas de 
determinado esporte é de suma importância para o desenvolvimento de um 
programa de treinamento físico (BOMPA; HAFF, 2012).
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É preciso conhecer a modalidade a ser trabalhada, 
para que um programa de treinamento seja 
desenvolvido de maneira eficiente, levando em 
consideração todas as valências físicas envolvidas, 
sobretudo as prioritárias, com o objetivo de melhorar 
o desempenho.
Entre as principais capacidades físicas envolvidas nos esportes, podemos 
destacar a resistência cardiorrespiratória, a força muscular (e suas variáveis), 
a agilidade, a flexibilidade e a velocidade. A partir delas, podemos analisar as 
modalidades esportivas em relação à sua especificidade (BOMPA; HAFF, 2012).
Para exemplificar algumas modalidades coletivas, comecemos com o caso 
do futebol de campo. É importante destacarque se trata de uma modalidade 
mista, que envolve, de maneira importante, a força, a velocidade e a resistência. 
FIGURA 2 – FUTEBOL DE CAMPO
Fonte: Plataforma Pixabay (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de dois atletas jogando futebol de campo.
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De todo modo, trata-se de um esporte considerado predominantemente de 
resistência, devido à duração de cada partida — 90 minutos, divididos em dois 
tempos de 45 minutos corridos, com intervalo de 15 minutos entre eles — 
e pelo fato de 37,7% e 31,4% do volume total realizado pelos atletas estarem 
relacionados a permanecerem parados ou caminhando (0 a 6,0 km/h) e 
trotando (6,1 a 12,0 km/h), respectivamente. 
Apesar disso, são as ações em curto espaço de tempo envolvendo força e 
velocidade — bem como o produto das duas, denominado potência — que 
normalmente definem o resultado das partidas, como na realização de 
aceleração máxima, no atingimento e na manutenção de alta velocidade 
durante o sprint de um atacante para chegar à bola antes do marcador e 
conseguir finalizar a jogada; ou até mesmo nos saltos realizados por defensores 
e atacantes durante disputas de bolas aéreas após cobrança de escanteio.
No que tange ao futsal, sobretudo devido às dimensões reduzidas do campo 
de jogo, ao menor tempo de partida — 40 minutos, divididos em dois tempos 
de 20 minutos não corridos, com 10 minutos de intervalo entre eles — e à 
possibilidade de se fazer várias substituições durante uma partida, inclusive 
com o mesmo atleta podendo sair e voltar para o jogo minutos depois, o que 
se sobressai é a necessidade de velocidade e força em relação à resistência, 
se comparado ao futebol de campo, por exigir maiores ações de aceleração, 
desaceleração e deslocamento em alta intensidade durante a partida.
FIGURA 3 – FUTSAL
Fonte: Plataforma Pixabay (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de quatro atletas jogando futsal.
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O mesmo pode ser observado em relação ao basquete, em que o cronômetro 
também para quando a bola não está em jogo e o tempo total de disputa 
é de 40 minutos, disposto em quatro tempos de 10 minutos com intervalos 
de dois minutos entre o primeiro e segundo quartos e entre o terceiro e o 
quarto quartos, bem como 15 minutos de intervalo entre o segundo e terceiro 
quartos.
FIGURA 4 – BASQUETEBOL
Fonte: Plataforma Pixabay (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de atletas jogando basquetebol.
Além disso, entre as ações físicas demandadas na modalidade, assim como 
no futsal, pode-se destacar a aceleração, a desaceleração e a mudança de 
direção, porém com maior importância para os saltos. Nesse sentido, o perfil 
morfológico e físico dos atletas difere de maneira importante, sendo mais 
altos, pesados e fortes do que os atletas do futsal, devido à alta demanda 
de contato corporal entre os jogadores durante a competição, sobretudo 
durante os bloqueios e as disputas de bola aéreas, como se vê em um rebote 
disputado por dois pivôs.
Vejamos alguns exemplos de modalidades individuais. Quando analisamos 
a modalidade de ciclismo estrada ou de rua na categoria elite masculina, 
caracterizada por distâncias acima de 100 quilômetros, podemos considerar 
a maior importância da resistência em relação à força e à velocidade.
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FIGURA 5 – CICLISMO DE ESTRADA
Fonte: Plataforma Pixabay (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de diversos atletas pedalando em uma rua.
De todo modo, não se pode ignorar as valências físicas de força e velocidade 
no programa de treinamento para essa modalidade, pois tais capacidades são, 
de fato, importantes em alguns momentos da prova, sobretudo em trechos 
de subida e sprint final. Ainda em relação ao ciclismo, no caso da prova de 200 
metros em pista, observamos maior demanda de velocidade e força e menor 
demanda de resistência, devido à sua curta duração.
De modo similar, podemos observar diferenças em provas dentro de uma 
mesma modalidade. Assim, a prova de 100 metros livres, na natação, apresenta 
maior prevalência das capacidades físicas de força e velocidade em relação 
à resistência. Porém, quando comparamos com a prova de 800 metros, 
observamos maior importância da resistência. Nesse caso, o treinamento de 
resistência predominante e necessário para o desempenho na prova de 800 
metros trará bem pouca ou nenhuma vantagem se aplicado no atleta que 
compete na prova de 200 metros. 
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FIGURA 6 – NATAÇÃO
Fonte: Plataforma Pixabay (2013).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de um atleta nadando na piscina.
O mesmo vale para as modalidades de corrida de 100 metros rasos e maratona, 
em que, na primeira, há predominância quase que exclusiva da velocidade, 
devido à sua brevíssima duração (na casa dos nove e 10 segundos para homens 
e mulheres de categoria elite mundial, respectivamente), e a segunda está 
relacionada predominantemente à resistência, devido à longa distância a ser 
percorrida (42,195 quilômetros) e ao longo tempo de duração (pouco mais de 
duas horas de duração para indivíduos de elite mundial) (BOMPA; HAFF, 2012).
Já ao analisar a modalidade de levantamento de peso olímpico, podemos 
observar especificidade quase que exclusiva da capacidade física de força 
em relação à velocidade e à resistência. Mas vale lembrar que a velocidade 
específica, para a realização dos movimentos de arranque e de arremesso, é 
importante para o desempenho e, por isso, precisa ser inclusa no treinamento.
IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DO 
DESEMPENHO FÍSICO EM ATLETAS
A cobrança pelo desempenho em alto nível de equipes e atletas, alimentada 
pela expectativa de investidores, financiadores, empresários, dirigentes e 
torcedores, resulta a evolução, cada vez maior, do treinamento físico, técnico, 
tático e psicológico daqueles envolvidos com o esporte. 
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O alto nível de competitividade faz com que 
diferentes estratégias sejam adotadas, com o 
intuito de servir como diferencial em um contexto 
equilibrado. Nos últimos anos, vem ganhando 
importância a análise de desempenho, ferramenta 
que permite avaliar tanto o adversário, como a 
própria equipe.
A análise de desempenho permite analisar elementos técnicos, físicos e táticos, 
individuais e coletivos, seja da própria equipe, do atleta ou do adversário. 
Diante disso, é possível adotar estratégias para buscar o melhor rendimento 
da equipe, dos jogadores e dos atletas, assim como para explorar os pontos 
fracos do adversário. 
A análise de desempenho permite reunir informações diversas sobre o 
comportamento do adversário, como a forma de correr ou jogar, por exemplo, 
de que maneira este normalmente atua, além de analisar e corrigir possíveis 
questões da própria equipe ou do atleta, sendo utilizada tanto em partidas 
quanto em treinamentos. 
4.1.3 TESTES DIRETOS E INDIRETOS
Existem diferentes métodos para realizar a análise de desempenho, sendo 
possível agrupar esses métodos de forma simplificada. 
De forma direta: 
Possibilidade de análise in loco; recolhimento direto dos dados; 
oportunidade de conhecimento do adversário; oportunidade de 
conhecimento das condições externas ao jogo; e observação realizada 
por scouters/observadores. 
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De forma indireta: P
possibilidade de análise em vídeo; recolhimento de dados 
sistematizados relativos à equipe adversária, ao atletaadversário e aos 
jogadores; utilização de ferramentas tecnológicas; e possibilidade de 
utilização de informações complementares à observação direta.
O processo de observação inerente à análise de desempenho evoluiu com 
o passar dos anos, já que, inicialmente, costumava ser feito com simples 
anotações assistemáticas e subjetivas em cadernetas, passando pela anotação 
associada ao relato gravado pelo observador, com um pequeno aparelho 
gravador, evoluindo para gravações com câmeras de vídeo, que registravam e 
armazenavam a competição, até finalmente chegar aos softwares específicos 
de aquisição e análise de competições.
4.2 COMO E O QUE AVALIAR EM ATLETAS?
4.2.1 TESTES DE RESISTÊNCIA 
CARDIORRESPIRATÓRIA
A resistência cardiorrespiratória é um elemento fundamental para o ser 
humano. Sem ela, o indivíduo não conseguiria resistir às demandas e às 
atividades realizadas no dia a dia, muito menos em modalidades esportivas 
que necessitam dessa capacidade física. Para isso, é necessário o bom 
funcionamento do Sistema Nervoso Central (SNC), do sistema circulatório e 
muscular e do sistema respiratório. 
Na educação física, a resistência cardiorrespiratória se torna mais importante 
a partir do momento em que é um sustentáculo para a prática correta dos 
exercícios, evitando que a fadiga chegue de forma imediata. Além disso, o 
exercício contínuo passa a ser um estimulador da resistência, aprimorando e 
fazendo com que o aluno/atleta alcance melhores resultados.
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CINEANTROPOMETRIA
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Este tópico abordará testes que têm por objetivo 
mensurar a capacidade cardiorrespiratória. Hoje em 
dia, há diversos testes que possibilitam a avaliação 
dessa capacidade; e estes podem ser executados 
de várias formas, há: os testes de campo ou exames 
indiretos (considerados todos os testes feitos fora 
do ambiente laboratorial ou em laboratórios}; e os 
exames diretos. 
Para a realização desses testes, duas variáveis são extremamente importantes, 
pois estão ligadas à capacidade cardiorrespiratória, assim como à prescrição e 
ao controle do exercício: a Frequência Cardíaca (FC). Sugere-se que deva ser 
medida antes do teste.
A FC mede a quantidade de pulsações que o 
coração faz por minuto.
Preferencialmente, deve ser medida com os medidores adequados conhecidos 
como frequencímetros, relógios, pulseira ou cinta cardíaca. Caso não se 
tenha, pode ser feito por palpação. Indica-se que o indivíduo seja avaliado em 
repouso, antes do teste e imediatamente após o final do teste.
Voltando aos testes, o mais importante método de avaliação da capacidade 
cardiorrespiratória é a ergoespirometria. Esse teste é realizado em laboratórios 
e infere: a integridade dos sistemas respiratório e cardiovascular e muscular; e 
ainda suas adaptações após um período de treinamento físico ou após outras 
intervenções sobre esses sistemas.
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CINEANTROPOMETRIA
FIGURA 7 – ERGOESPIROMETRIA
Fonte: Plataforma Wikimedia (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de uma mulher realizando teste de 
ergoespirometria.
Nesse teste, o indivíduo usa uma máscara e um cabo de coleta, que darão 
informações sobre os parâmetros respiratórios, tais como: do VO2, do limiar 
anaeróbico, do limiar de compensação respiratória, da produção de gás 
carbônico, da ventilação pulmonar e da frequência respiratória. 
A ergoespirometria permite uma completa 
avaliação de atletas, indivíduos fisicamente ativos, 
sedentários, cardiopatas, pneumopatas etc. Esse é 
um teste considerado padrão-ouro, ou seja, serve 
de comparação para outros testes, pois é feita de 
medida direta. 
Entre os principais protocolos da ergoespirometria, estão os seguintes:
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Incremental: 
Nesse teste, após um aquecimento de três minutos a 5 km/h, o 
princípio se inicia com 9 km/h, incrementando 1 km/h a cada três 
minutos e pausas de 20 segundos entre os estágios, sendo o teste 
mantido até a exaustão voluntária.
Rampa: 
Esse teste não tem estágios, pois o incremento da carga se dá 
de maneira contínua durante todo o tempo de esforço. O tempo 
geralmente varia entre oito e 12 minutos. O protocolo desse teste 
sugere uma velocidade inicial e final, assim como uma inclinação 
inicial e final, buscando atingir o VO2 proposto no tempo desejado.
Bruce: 
Esse teste inicia com o testado caminhando a uma velocidade de 2,74 
km/h, com a esteira inclinada a 10%. A cada estágio, que muda a cada 
três minutos, modifica-se a velocidade e a inclinação. 
Bruce modificado: 
Esse teste estabelece o primeiro estágio com a velocidade de 1,7 MPH 
ou 2,7 km/h, igual à do Bruce original, porém, sem inclinação, por três 
minutos. O segundo estágio se constitui da velocidade de 2,7 km/h, 
com inclinação de 5%. Segue-se o protocolo original a partir do terceiro 
estágio.
Além dos testes laboratoriais, há os testes que não necessitam de 
equipamentos especializados, são os chamados testes de campo. Agora, 
abordaremos, neste tópico, os testes que não necessitam de grandes 
aparelhos e os testes de campos, que podem ser facilmente adaptados a 
outros locais. Vejamos alguns testes.
• Teste de milha: foi desenvolvido por Dr. Rippe et al., no ano de 1986, e é 
indicado para indivíduos de 20 a 69 anos. O teste consiste em realizar uma 
caminhada rápida de 1.609 metros (uma milha) e é especialmente usado para 
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pessoas sedentárias ou idosas. Consiste em ver quanto tempo a pessoa leva 
para caminhar a distância proposta. Esse teste é baseado na determinada 
da FC em determinado nível de esforço (tempo que leva para realizar a 
caminhada). É recomendado que, antes do teste, faça-se um exame médico 
e a verificação da FC. Ao final do teste, aplica-se a seguinte equação:
Em que:
• P = peso em kg; 
• I = idade; 
• S = sexo (0 para feminino e 1 para masculino);
• T = tempo (em minutos e centésimos de minutos);
• FC = frequência cardíaca (após o teste).
• Teste de 12 minutos (Cooper): esse teste foi idealizado pelo médico e 
preparador físico americano Kenneth Cooper, em 1968, e tinha como 
objetivo inicial usar para testar a aptidão das forças armadas. Consiste em 
correr a maior distância possível em 12 minutos. O teste deve ser realizado 
em superfície plana e pode ser realizado a partir dos 13 anos por ambos os 
sexos. Ao final do teste, o avaliador apitará e os avaliados devem parar de 
correr no ponto em que estiverem. É recomendado que, antes do teste, faça-
se a verificação da FC.
Em que:
• D = distância em metros. 
• Teste de caminhada 1.200 metros (Canadian Aerobic Fites Test): é realizado 
em indivíduos de baixa aptidão física (VO2máx. inferior a 30 mlkg.min-1). 
Antes da aplicação do teste, é preciso coletar os dados do avaliado referente 
ao seu peso corporal e à sua idade. A caminhada de 1.200 metros deve ser 
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feita com o tempo cronometrado. Após o final do teste, deve-se, o mais 
rápido possível, fazer a medição da FC, durante 15 segundos, e o resultado é 
multiplicado por quatro, para obter a FC do minuto. A fórmula é:
Em que:
• P = peso (kg);
• I = idade (ano mais próximo); 
• S = (1) masculino, ou (0) feminino;
• T = tempo gasto na caminhada (min.); 
• FC = frequência cardíaca da última volta.
4.2.2 TESTES DE FORÇA/RESISTÊNCIA
A força mede a potência com a qual as unidades miotendíneas atuam por meio 
do sistema osso-articulação/alavanca-braço para a produção de movimentos 
ativos ou para resistir passivamente contra gravidade e resistências variáveis.
A força muscular é definida comoforça exercida 
por um músculo ou mesmo por um grupo de 
músculos, para vencer uma certa resistência 
em um esforço máximo, sendo os principais 
métodos para mensurá-la o teste manual e a 
avaliação instrumental com equipamentos, como 
dinamômetros. Além da diferença no método 
de avaliação, também é possível avaliar a força 
muscular em diferentes situações de contração 
muscular, ou seja, a avaliação da força pode ocorrer 
durante o movimento isométrico ou durante o 
movimento isocinético.
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O teste manual, ou Teste Muscular Manual (TMM), visa a testar e graduar a 
força muscular com base no arco do movimento, na gravidade e na resistência 
aplicada manualmente pelo profissional. Nele, a força é medida pela avaliação 
isométrica, sendo o avaliado posicionado de modo que o músculo ou o grupo 
muscular a ser testado precise se manter ou se mover contra a resistência 
da gravidade. Se for possível realizar esse movimento, testa-se outro grau de 
força, ou seja, o avaliador aplica resistência manual gradualmente até a região 
distal da parte do corpo em que o músculo está localizado e na direção oposta 
ao torque produzido pelo músculo sendo testado.
Embora essa avaliação seja de fácil aplicação e sem 
custo direto, ela é subjetiva e dependente do 
conhecimento e da quantificação de resistência do 
profissional. Uma alternativa mais objetiva e 
confiável, para a medir a força muscular, é a 
utilização de equipamentos que mensurem, de 
forma numérica, essa força.
O aparelho chamado dinamômetro contempla essa mensuração, permitindo 
medir e quantificar a força aplicada em um sistema que se baseia em 
células de carga. O aparelho é colocado em contato com o membro que 
está realizando o movimento e, dessa forma, irá indicar a força muscular 
gerada neste. A dinamometria é um método de verificar a capacidade 
de resistência dos músculos, aferindo a força máxima da região corpórea 
desejada (por exemplo, ombro, joelho e região lombar).
Os dinamômetros são divididos nos tipos de análise de movimento isométrico 
(estático), como o dinamômetro de preensão manual; ou isocinético 
(velocidade constante), como o dinamômetro isocinético. 
O dinamômetro de preensão manual é um dos tipos mais utilizados para 
realizar avaliação isométrica, uma vez que é barato e fácil de manusear e seus 
resultados são bem aceitos em pesquisas e avaliações clínicas. 
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FIGURA 8 – DINAMÔMETRO MANUAL
Fonte: Wikimedia Commons (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de um dinamômetro de preensão manual.
O dinamômetro isocinético, por outro lado, carece de equipamento caro e de 
difícil operação, além de exigir recursos humanos treinados, no entanto, ele 
apresenta maior confiabilidade, segurança, desempenho e reprodutibilidade, 
pois fornece dados sobre biomecânica, como torque, trabalho e potência, os 
quais são úteis para avaliar músculos fortes.
Há diversos tipos de equipamentos de dinamometria isométricos, os quais 
podem ser analógicos (Figura 7) ou digitais. A unidade de força utilizada 
no Sistema Internacional de Unidades é a Newton (N), no entanto, na 
prática, geralmente se usa quilograma-força (kgf). Algumas das limitações 
relacionadas a essa técnica são: uso limitado, quando não é possível executar 
movimento contra a resistência; necessidade de melhor padronização das 
posições testadas (sentado ou em posição supina) em doentes críticos; posição 
do membro e ângulo articular do grupo muscular testado; bem como tempo 
de contração e de encorajamento verbal.
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CINEANTROPOMETRIA
O dinamômetro isocinético é um dispositivo computadorizado eletromecânico 
estacionário, que controla a velocidade de um segmento corporal em 
movimento, variando a resistência de acordo com a quantidade de força 
pelo arco do movimento. Dessa forma, o avaliador seleciona o segmento 
que será avaliado e estabelece uma velocidade angular. O equipamento 
mede o esforço do avaliado, de modo que o segmento não acelera além da 
velocidade angular preestabelecida, ou seja, independentemente de quanta 
força o indivíduo avaliado aplique, a velocidade não irá variar. A partir disso, o 
equipamento mede o torque muscular de forma objetiva e reprodutível.
Esse método pode ser usado para mensurar, principalmente, o desempenho 
muscular (torque) e a amplitude de movimento em função do tempo, bem 
como o trabalho e a potência. O torque é a medida que corresponde à força 
muscular vezes a distância percorrida; e varia de acordo com o arco de 
movimento e a alavanca exercida pelo músculo. Ele é produzido durante as 
contrações isométricas, as concêntricas e as excêntricas (sendo essa última 
apenas em alguns modelos), já que o aparelho permite avaliar a força, de 
forma mais ampla, em diferentes tipos de contração.
É possível observar, portanto, medidas de 
desempenho muscular, de trabalho e de potência, 
sendo a principal variável em relação ao primeiro 
o pico de torque (torque máximo). A relação da 
atividade muscular de músculos agonistas e 
antagonistas, como isquiotibiais/quadríceps e 
rotadores externos/internos do ombro; e o Índice 
Excêntrico/Concêntrico (Índice EC) e a comparação 
com o lado oposto também têm sido observados, 
a fim de avaliar o equilíbrio de forças entre os dois 
lados. A resistência também pode ser medida ao 
analisar o tempo necessário para o pico de torque 
diminuir em torno de 50%.
A relação agonista/antagonista é uma forma de normalizar os dados, 
considerando a necessidade de equilíbrio entre a ação do músculo agonista 
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(contração concêntrica) e antagonista (contração excêntrica) sobre uma 
articulação. Essa variável auxilia na detecção de desequilíbrios na ação 
muscular e permite a prescrição de exercícios específicos e adequados para a 
necessidade do indivíduo. 
O Índice EC é expresso pelo torque máximo excêntrico dividido pelo torque 
máximo concêntrico, sendo diretamente proporcional à velocidade do 
movimento. Esse índice diminui na presença de doenças e pode indicar lesão 
por falha do controle neuromotor.
Os testes de carga máxima são altamente precisos 
no direcionamento do programa de treinamento 
físico, mesmo que representem a maior força de, 
apenas, um grupo muscular ou de uma região 
corporal. 
O teste de uma Repetição Máxima (1RM) pode ser realizado utilizando 
máquinas, pesos livres ou uma estação apropriada. Seu principal objetivo 
é determinar o peso máximo que o indivíduo é capaz de levantar de uma 
vez (PITANGA, 2008). Permite, ainda, que vários grupos musculares sejam 
avaliados, como nas atividades mencionadas a seguir: agachamento e/ou leg 
press: extensores do joelho; mesa ou cadeira flexora: flexores do joelho; supino: 
peitoral, tríceps, deltoides; e rosca direta: bíceps braquial.
4.2.3 TESTES DE POTÊNCIA
A potência muscular se define como a contração do músculo no menor 
tempo possível, o que combina esforço com velocidade e coordenação dos 
movimentos. A potência muscular pode ser avaliada por meio dos testes: 
impulsão vertical e impulsão horizontal (para os membros inferiores); e 
arremesso de medicine ball (para os membros superiores). 
A avaliação de impulsão vertical e horizontal fornece um indicador da potência 
do corpo como um todo, mas principalmente dos membros inferiores, 
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sendo comumente utilizado pela comunidade desportiva e esportiva. Para a 
realização do teste de impulsão vertical, deve-se utilizar um quadro ou uma 
cartolina fixada em uma parede. Os avaliados devemcolocar pó de giz nos 
dedos e permanecer em pé de lado para o quadro ou para a cartolina. Eles 
devem permanecer com os braços totalmente estendidos e acima da cabeça, 
sempre o mais alto possível; e manter as plantas dos pés em contato com 
o solo. Uma medida deve ser feita conforme a marca dos dedos na posição 
mais alta que elas alcançaram. Nós chamamos essa medida de baseline.
Esse teste consiste em a pessoa saltar o mais alto possível, sendo permitidos 
a flexão dos membros inferiores e o balanço dos braços. O resultado deve 
ser computado em centímetros, subtraindo a marca mais alta do salto da 
medida de baseline. Devem ser realizadas três tentativas, com intervalo de 
cinco minutos, sendo anotado o melhor desempenho.
Teste de impulsão horizontal: 
Para a realização do teste de impulsão horizontal, deve ser utilizada 
uma fita adesiva (ou qualquer marcação), que delimita a linha de 
partida de onde o avaliado deve saltar; além de uma trena metálica, 
para medir a distância do salto, conforme recomendado 
pelo protocolo. 
Avaliado: 
O avaliado deverá, partindo da posição ortostática, com seus pés 
paralelos e um afastamento lateral pequeno (não ultrapassando 
a largura dos ombros), saltar a maior distância possível à frente, 
realizando uma flexão e extensão dos joelhos e dos quadris, podendo 
utilizar o balanço dos braços. 
Resultado: 
O resultado será computado em centímetros, a partir da distância 
entre a linha de partida (o início do salto) e o calcâneo (a aterrissagem). 
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Protocolo: 
Segundo o protocolo, devem ser realizadas três tentativas, com 
um intervalo de cinco minutos entre elas, sendo anotado o melhor 
desempenho.
O teste de arremesso de medicine avalia a potência muscular de membros 
superiores. A execução deste consiste em três tentativas de arremessar uma 
bola de medicine ball de três quilogramas com as duas mãos, partindo da 
posição sentado, com a bola colocada na altura do peito, abaixo do queixo, 
com os cotovelos próximos ao corpo. O teste geralmente é realizado com o 
indivíduo sentado no chão, mas pode também ser com ele sentado em uma 
cadeira, com o avaliador sustentando-o com uma faixa elástica.
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CONCLUSÃO
Chegamos ao final demais uma unidade da disciplina Cineantropometria. 
Aqui você pôde entender melhor sobre a importância do desempenho físico 
em modalidades esportivas e, principalmente, como avaliar algumas variáveis 
desse desempenho: resistência cardiorrespiratória, força muscular e potência.
UNIDADE 5
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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• conhecer os 
diferentes níveis 
de função física e 
a aplicabilidade de 
testes para cada nível;
• apresentar diferentes 
testes funcionais 
para avaliar a força 
muscular, o equilíbrio, 
a agilidade e a 
flexibilidade. 
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5 AVALIAÇÃO FÍSICA E FUNCIONAL
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, vamos conhecer os diferentes níveis de função física, 
suas peculiaridades e algumas baterias de testes funcionais. Em adição, 
conheceremos diferentes testes de campo para avaliar a força muscular, o 
equilíbrio, a flexibilidade e a marcha muscular. 
Com o processo de envelhecimento, as alterações, nos processos biológicos e 
fisiológicos, acarretam diminuição na força muscular, no equilíbrio, na marcha, 
na flexibilidade e na agilidade. Todos esses fatores influenciam diretamente 
a capacidade funcional dos idosos e sua qualidade de vida. A capacidade 
funcional, por sua vez, é a habilidade para a realização de atividades básicas 
e instrumentais da vida diária, que garantem independência e autonomia ao 
idoso. 
Conhecer e saber a aplicabilidade dos testes, para a avaliação da capacidade 
funcional, é imprescindível, para evitar futuros déficits e/ou corrigir alterações 
físicas previamente. 
5.1 CAPACIDADE FUNCIONAL 
“O envelhecimento é um processo caracterizado por alterações morfológicas, 
fisiológicas, bioquímicas e psicológicas que levam a uma diminuição da 
capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente.” (SPIRDUSO, 2005, 
[n. p.]). Essas alterações levam a declínios na função física, aumento do risco 
de incapacidade física e perda de independência funcional, que, em conjunto, 
levam o idosos a desenvolver maior risco de hospitalização, institucionalização, 
quedas e morte.
Entender quais são as alterações na capacidade funcional, na funcionalidade 
e na independência de idosos e como avaliá-lo, para, então, propor uma 
intervenção, é fundamental, para mitigar os efeitos do envelhecimento na 
pessoa idosa e, assim, garantir sua plena autonomia. 
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5.1.1 CONCEITO DE CAPACIDADE FUNCIONAL 
X FUNCIONALIDADE X INDEPENDÊNCIA
Os conceitos de capacidade funcional, funcionalidade e independência 
muitas vezes se confundem, apesar de se integrarem de diversas formas. 
FIGURA 1 – CAPACIDADE FUNCIONAL DO IDOSO E SUA PARTICIPAÇÃO SOCIAL.
Fonte: Plataforma Pexels (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a ilustração de quatro desenhos de idosos 
realizando diferentes atividades: assistindo TV e fazendo crochê, sentando conversando, 
jogando bingo e fazendo atividades físicas de lazer.
A capacidade funcional pode ser definida como a habilidade para realizar 
atividades que possibilitam à pessoa cuidar de si mesmo e viver de forma 
independente. Além disso, pode ser dividida em dois aspectos: aspecto 
relacionado às Atividades Básicas da Vida Diária (ABVD); e aspectos 
relacionados às Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD) (WORLD 
HEALTH ORGANIZATION, 2005, [n. p.]). 
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As ABVD são referentes ao autocuidado, como, 
por exemplo, tomar banho, andar pela casa, 
vestir-se, alimentar-se ou usar o banheiro. As AIVD 
são referentes às ações mais complexas, como, 
por exemplo, realizar trabalhos domésticos, fazer 
compras, usar o telefone, preparar refeições ou 
dirigir e usar meios de transporte coletivo.
A independência é entendida como a habilidade de executar funções 
relacionadas à vida diária, isto é, a capacidade de viver, independentemente, 
na comunidade, com alguma ou nenhuma ajuda dos outros (WORLD HEALTH 
ORGANIZATION, 2005, [n. p.]). 
Já funcionalidade é um termo que abrange todas as funções do corpo, 
atividades e participação. O termo funcionalidade faz parte da Classificação 
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), que consiste em 
duas listas: uma lista de funções e estruturas do corpo e uma lista de domínios 
de atividade e participação (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2005).
Nesse sentido, a capacidade está relacionada à capacidade de o indivíduo 
realizar atividades básicas e instrumentais da vida diária, a independência 
está relacionada ao grau de autonomia para realizar essas atividades e a 
funcionalidade perpassa esses dois conceitos, principalmente em relação à 
execução de tarefas físicas e motoras. 
Outros conceitos importantes que merecem destaque e que fazem parte da 
capacidade funcional são:
Autonomia: 
É a habilidade “[...] de controlar, lidar e tomar decisões pessoais 
sobre como se deve viver diariamente, de acordo com suas próprias 
preferências.” (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2005, [n. p.]).
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Qualidade de vida:
 É a “[...] percepção que o indivíduo tem de sua posição na vidadentro 
do contexto de sua cultura e do sistema de valores que vive, e em 
relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. É 
um conceito muito amplo que incorpora de uma maneira complexa 
a saúde física de uma pessoa, seu estado psicológico, seu nível 
de dependência, suas relações sociais, suas crenças e sua relação 
com características proeminentes no ambiente.” (WORLD HEALTH 
ORGANIZATION, 2005, [n. p.]).
Expectativa de vida saudável/sem incapacidades físicas: 
“Enquanto a expectativa de vida ao nascer permanece uma medida 
importante do envelhecimento da população, o tempo de vida que 
as pessoas podem esperar viver sem precisar de cuidados especiais 
é extremamente importante para uma população em processo de 
envelhecimento.” (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2005, [n. p.]).
5.1.2 NÍVEIS DE FUNÇÃO FÍSICA EM IDOSOS 
O funcionamento físico dos idosos e do muito idosos pode ser categorizado 
em cinco níveis de função física: fisicamente dependente, fisicamente 
frágil, fisicamente independente, fisicamente condicionado e a elite física 
(SPIRDUSO, 2005). Embora cada nível de função física forneça descrição 
das capacidades individuais, essas categorias foram criadas para trazer 
organização sobre o entendimento da função física de idosos, em que as 
capacidades se diferem muito.
A imagem abaixo exemplifica a diferença de massa muscular e a infiltração 
de gordura em dois indivíduos idosos de faixa etárias bem próximas, 70 e 74 
anos. Observando a imagem, supomos que a capacidade funcional desses 
dois indivíduos é muito diferente: o primeiro é inativo, com grande infiltração 
de gordura e pouca massa muscular; o segundo, fisicamente ativo durante 
sua vida e conseguiu manter níveis excelentes de massa muscular. Observe a 
diferença visual significativa entre o homem sedentário versus atletas masters.
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FIGURA 2 – EXAME DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DO QUADRÍCEPS DE UM TRIATLETA 
DE 70 ANOS E UM HOMEM SEDENTÁRIO DE 74 ANOS
Fonte: Wroblewski et al. (2011, [n. p.]).
#PraTodosVerem: a imagem representa duas fotos do corte de uma ressonância magnética 
do músculo da coxa. A primeira imagem é composta por pouco músculo e muita gordura. 
A segunda imagem é composta por grande tecido muscular.
Homem sedentário de 74 anos
Triatleta de 74 anos
Homem sedentário de 74 anos
Triatleta de 74 anos
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Nesse sentido, compreender os diferentes níveis de função física é fundamental 
para escolher os testes funcionais mais adequados para cada nível. O quadro 
abaixo exemplifica as capacidades físicas realizadas por cada nível.
QUADRO 1 – HIERARQUIA DA FUNÇÃO FÍSICA DOS IDOSOS
Grupo Atividades realizadas
Elite física Esportes de competição, Olimpíadas Sênior
Esportes de alto risco e potência (ex.: asa delta e levantamento de 
peso)
Fisicamente 
condicionados
Trabalho físico moderado
Todos os esportes de resistência
A maioria dos hobbies
Fisicamente 
independentes
Trabalho físico muito leve; hobbies (ex.: caminhadas, jardinagem) 
Atividades de baixa demanda física (ex.: golfe, dança de salão, 
trabalhos manuais, viagens e dirigir automóveis)
Realiza todas as AIVD
Fisicamente 
frágeis
Trabalhos domésticos leves
Preparo de refeição
Compra de mantimentos 
Realiza todas as AIVD e algumas ABVD
Fisicamente 
dependentes
Não realiza algumas ou todas as ABVD: caminhar, tomar banho, 
vestir-se, alimentar-se se transferir
Precisa de cuidados, em casa ou em instituições
Fonte: Adaptado de Spirduso (2005, p. 382).
Dessa forma, conhecer o nível de função física é fundamental para a escola 
adequada de instrumentos que consigam avaliar a sua capacidade física. 
Por exemplo, não faz sentido aplicar uma avaliação que verifica a execução 
de ABVD em uma pessoafisicamente independente, condicionado ou 
classificado como elite física. Da mesma forma, não faz sentido aplicar um 
protocolo de Blake, que se refere ao consumo de oxigênio por meio de teste 
de esteira, em uma pessoa fisicamente dependente, que não consegue tomar 
banho sem assistência. 
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Nesse sentido, é fundamental a avaliação da capacidade, independentemente 
do seu nível de função física, pois a avaliação se torna necessária para:
a. predizer se o indivíduo está sob risco de se tornar funcionalmente dependente 
e quais devem ser os cuidados para mitigar ou reverter esse estado;
b. estender a expectativa de vida quanto for possível;
c. fornecer uma base de função pela qual a efetividade de programas de 
prevenção e reabilitação possa ser avaliada. 
No próximo tópico, iremos discorrer sobre baterias de testes de desempenho. 
5.1.3 BATERIA DE TESTES
Algumas baterias de testes funcionais são amplamente utilizadas e aplicadas 
para a avaliação da função físic. Essas baterias são compostas por testes que 
podem ser realizados em campo, com pouco ou nenhum material. 
Alguns exemplos são: 
Short Physical Performance Battery (SPPB): 
A SPPB é um instrumento prático e eficaz para a avaliação 
do desempenho físico e o rastreamento de riscos futuros de 
incapacidades (NAKANO, 2007) .
Senior Fitness Test (SFT):
 o SFT é uma bateria de testes criada para avaliar a aptidão física (RIKLI; 
JONES, 2011). 
American Alliance for Health, Physical Education, 
Recreation and Dance (AAHPERD): 
A AAHPERDé uma bateria utilizada para a avaliação da aptidão 
funcional, composta de cinco testes físicos, e avalia os componentes 
da aptidão funcional: agilidade/equilíbrio dinâmico; coordenação; 
flexibilidade de membros inferiores; força dos membros superiores; 
resistência aeróbia geral; e habilidade de andar. 
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A bateria de testes usualmente mais utilizada por pesquisadores na área da 
saúde é a Senior Fitness Test (SFT) de Rikli e Jones (2001). A bateria é composta 
pelos testes de levantar e sentar da cadeira, teste de flexão de antebraço, teste 
de sentar e alcançar, teste Timed Up and Go (TUG), teste de alcançar atrás das 
costas e caminhada de seis minutos. 
A bateria motora STF é extremamente utilizada 
na literatura nacional e internacional, pois é uma 
bateria de fácil aplicação e de baixo custo; e possui 
valores normativos para a população brasileira. 
Outro ponto importante é que a SFT é composta 
por testes que verificam capacidades físicas 
essenciais para a manutenção da saúde, como 
força de membros inferiores, agilidade, equilíbrio e 
velocidade da marcha. 
A seguir, cada teste da bateria será apresentado e descrito.
Teste de flexão de antebraço: 
“O teste de flexão de antebraço avalia a força e resistência do membro 
superior. O participante inicia o teste na posição sentada e segura um 
halter (2kg para mulheres e 4 kg para homens) com o braço estendido 
perto da cadeira e perpendicular ao chão. Ao sinal, o participante gira 
sua palma para cima enquanto flexiona o braço em amplitude total de 
movimento e então retorna o braço para uma posição completamente 
estendida. Na posição inicial, o peso deve retornar para a posição de 
empunhadura de aperto de mão. O avaliado é encorajado a executar 
tantas repetições quanto possível em 30 segundos. O número total de 
flexões corretas é anotado.” (RIKLI; JONES, 2011, [n. p.]). 
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Teste sentar e alcançar: 
O teste sentar e alcançar avalia a flexibilidade dos membros inferiores. 
O participante é orientado a encostar na cadeira somente o glúteo, 
manter uma perna flexionada, com o pé no chão e os joelhos paralelos, 
voltados para frente. A outra perda deverá ser estendidaà frente 
do quadril, com o calcanhar no chão e com dorsiflexão plantar a 
aproximadamente 90º. Com a perna estendida, o participante deverá 
se inclinar lentamente para a frente, mantendo a coluna o mais ereta 
possível e a cabeça alinhada à coluna (RIKLI; JONES, 2011).
Teste TUG:
 O teste TUG avalia a mobilidade funcional e equilíbrio dinâmico. O 
protocolo consiste no voluntário se levantar de uma cadeira, caminhar 
até uma linha no chão a 2,44 metros de distância, virar, voltar pelo 
mesmo percurso e sentar na cadeira novamente, em um ritmo 
confortável e seguro. O tempo em segundos gastos para completar o 
teste é registrado (PODSIADLO; RICHARDSON, 1991). 
Teste alcançar atrás das costas: 
O teste alcançar atrás das costas avalia a flexibilidade dos membros 
superiores. Em pé, o participante coloca a mão de preferência sobre 
o mesmo ombro, com a palma aberta e os dedos estendidos, alcança 
o meio das costas tanto quanto possível. A mão do outro braço será 
colocada atrás das costas e irá tentar tocar ou sobrepor os dedos 
médios estendidos de ambas as mãos (RIKLI; JONES, 2011).
Teste de caminhada de seis minutos: 
O teste de caminhada de seis minutos avalia a capacidade 
cardiorrespiratória do indivíduo. O participante é instruído a caminhar, 
por seis minutos, a maior distância possível, em terreno plano, em 
velocidade habitual. Ao final dos seis minutos, o avaliador mede a 
distância total percorrida (RIKLI; JONES, 2011). 
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FIGURA 3 – ALONGAMENTO DE MEMBROS INFERIORES
Fonte: Plataforma Pexels (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de um senhor de cabelo branco sentado no 
chão, com pernas e braços estendidos e com as mãos em direção aos pés.
5.2 TESTES FUNCIONAIS 
5.2.1 TESTES DE FORÇA DE MEMBROS 
INFERIORES E SUPERIORES
A força de membros superiores é crucial para a execução das AVD, como 
carregar mantimentos, levantar uma mala, realizar tarefas domésticas e 
pegar netos. Além disso, os indivíduos que realizavam mais atividades físicas 
diárias (trabalhos de casa, caminhar e jardinagem) mantêm maiores níveis de 
força, o que contribui para a independência física e funcional dessas pessoas 
(LANCHA JUNIOR; LANCHA, 2016).
A deterioração, em qualquer uma das funções do 
braço, mas principalmente naquelas que envolvem 
a flexão do cotovelo, pode causar incapacidade de 
realizar AVD. Dessa forma, é fundamental identificar 
declínios relacionados à idade na força e resistência 
dos músculos do braço, para o rastreamento de 
possíveis declínios na capacidade funcional. 
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A maioria dos testes de membros superiores inclui componentes de força 
e resistência. O American College of Sports Medicine sugere protocolos de 
força isotônico de 1 Repetição Máxima (1RM) e 6 a 8RM, utilizando máquinas 
e pesos livres. No entanto, esse método carece de portabilidade e pode ser 
inadequado com alguns grupos de idosos funcionalmente limitados. Sendo 
assim, outros testes podem ser utilizados para a aferição da força, como a flexão 
de antebraço por 30 segundos e a força de preensão manual (AMERICAN 
COLLEGE OF SPORTS MEDICE, 2009).
FIGURA 4 – FORÇA DE MEMBROS SUPERIORES
Fonte: Plataforma Pexels (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de um homem idoso segurando pesos.
Teste de 1RM: 
O teste se constitui pela maior carga que pode ser movida por uma 
amplitude de movimento, sendo feita uma única vez e por meio da 
execução correta. Ele é um dos principais guias, para prescrever o 
treinamento resistido, tendo em vista cada objetivo, além disso, ele 
tem ampla aplicação na investigação científica, para se determinar 
os níveis de força das pessoas em pré e pós-treinamento. No entanto, 
alguns autores ressaltam a contraindicação do teste de 1RM à 
população idosa, assim como a crianças e a cardiopatas e sugerem 
dezenas de fórmulas indiretas, para a determinação do seu valor, sem 
a necessidade de realização do esforço máximo.
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Teste de preensão manual: 
Entre todos os testes de função muscular, a mensuração da força de 
preensão manual tem ganhado destaque como um instrumento para 
mensuração de força de membros superiores simples e não invasivos, 
bem adequado para uso clínico. 
Como mensurar a força de preensão manual: 
A força de membros superiores deve ser avaliada por meio do 
dinamômetro de preensão manual, com escala de medida variando 
de zero a 100 quilogramas força (kgf). O teste deve ser realizado com 
o sujeito em posição sentada, com o ombro levemente aduzido, 
cotovelo posicionado a 90° de flexão e antebraço e punho em posição 
neutra. Após o posicionamento, devem ser realizados três movimentos 
máximos de preensão, com um minuto de intervalo de recuperação, 
sendo utilizada a média das três tentativas (FERNANDES; MARINS, 
2011, [n. p.]).
Teste de flexão de cotovelo: 
A explicação da realização desse teste foi realizada no tópico anterior.
Membros inferiores: 
A manutenção da integridade muscular dos membros inferiores é 
importante, para prevenir e retardar o aparecimento de incapacidade, 
fragilidade física e dependência; e está associada à deterioração de 
variáveis de desempenho, como marcha, subir escadas, levantar de 
uma cadeira e equilíbrio.
Os principais testes utilizados, para verificar a força de membros inferiores, 
são: teste de 1RM e 6 a 8RM, teste de sentar e levantar da cadeira cinco vezes 
em 30 segundos e teste de flexão e extensão de joelho no dinamômetro 
isocinético.
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Outros testes incluem:
• dinamômetro portátil;
• célula de carga: força isométrica máxima e taxa de desenvolvimento de força;
• teste muscular manual: por meio da escala de graduação;
• teste de 1RM;
• teste de 10RM.
5.2.2 TESTES DE AGILIDADE E EQUILÍBRIO
As alterações do equilíbrio, da postura e da locomoção levam a importantes 
limitações na realização das AVD, sendo as principais causas de queda. As 
quedas são a principal causa de morbidade e mortalidade em idosos, por 
exemplo. Aproximadamente uma em cada três pessoas da comunidade 
com 65 anos ou mais cairá, pelo menos, uma vez por ano; e o risco de queda 
aumenta com a idade.
FIGURA 5 – COMUNIDADE COM 65 ANOS
Fonte: Plataforma Pexels (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a foto de uma mulher idosa sob uma perna só.
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Dessa forma, é essencial avaliar a agilidade e o equilíbrio da população, 
principalmente de idosos. O equilíbrio pode ser definido como a capacidade 
de manter a posição do corpo sobre sua base, seja essa base estacionária ou 
móvel. 
Diversas escalas são utilizadas para a avaliação funcional do equilíbrio, como 
a Performance Oriented Mobility Assessment (POMA), o Balance Evaluation 
Systems Test (BESTest), a Short Physical Performance Battery (SPPB) e a 
Berg Balance Scale (BBS). Esses instrumentos avaliam diferentes tarefas de 
controle postural, incluindo estratégias sensoriais, estabilidade, alinhamento 
postural e ajustes posturais antecipatórios.
• TUG: avalia a mobilidade funcional e o equilíbrio dinâmico. A descrição do 
protocolo de avaliação desse teste foi apresentada anteriormente. 
Entretanto, podemos adicionar que a realização do teste em um tempo mais 
rápido indica um melhor desempenho funcional e a pontuação de ≥13,5 
segundos é usada como ponto de corte, para identificar aqueles com maior 
risco de quedas no ambiente comunitário. No entanto, os valores de limiar 
relatados variam de 10 a 33 segundos na literatura.
• Berg Balance Scale (BBS):A escala de equilíbrio de Berg foi desenvolvida em 
1989, para mensurar o equilíbrio. A escala é composta por 14 itens, pontuados 
de zero a quatro, que são somados para um escore total entre zero e 56, em 
que uma pontuação mais alta indica melhor equilíbrio. Os itens variam em 
dificuldade – desde sentar em uma cadeira até ficar de pé em uma perna. A 
escala de equilíbrio de Berg leva aproximadamente 10 a 15 minutos para ser 
concluída. Requer uma cadeira, um cronômetro, uma régua e um degrau. 
• Tinetti Performance Oriented Mobility Assessment (POMA): O POMA é 
uma medida clínica amplamente utilizada, que fornece uma visão sobre as 
anormalidades no equilíbrio e na march;, e que tem a capacidade de prever 
o risco de queda.
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Para saber mais sobre a bateria POMA, leia o artigo: 
“Aplicação do teste de Poma para avaliar risco de 
quedas em idosos” (LIMA; FARENSENA, 2005), 
disponível no link: https://cdn.publisher.gn1.link/
ggaging.com/pdf/v6n2a11.pdf.
5.2.3 TESTES DE FLEXIBILIDADE
Flexibilidade pode ser definida como a máxima variação da Amplitude De 
Movimento (ADM) de uma ou de várias articulações, sendo também definida 
como a relação entre a alteração do comprimento e da tensão do músculo, 
quando este é passivamente alongado. Em geral, a flexibilidade é maior na 
mulher do que no homem, ao longo de toda vida, e atinge o auge aos 10 anos 
e diminui ao longo da vida.
A flexibilidade pode ser aferida de diversas formas:
• teste do terceiro dedo solo;
• teste de flexibilidade global;
• índice de Stibor (flexibilidade da coluna vertebral);
• avaliação da flexibilidade geral no banco de Wells;
• teste de flexibilidade de isquiotibiais;
• teste de alcançar atrás das costas;
• teste de flexibilidade de membros inferiores (teste de sentar e alcançar).
A marcha é caracterizada por uma sequência de movimentos, que permite o 
deslocamento do homem de um local ao outro. Pode-se considerar que uma 
das características mais evidentes do envelhecimento se refere à velocidade 
da caminhada das pessoas idosas. O processo de envelhecimento faz com que 
haja uma resposta mais lenta a estímulos e, dessa forma, os idosos planejam 
e executam os movimentos coordenados da marcha mais lentamente, 
refletindo uma velocidade de caminhada mais lenta. 
https://cdn.publisher.gn1.link/ggaging.com/pdf/v6n2a11.pdf
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É importante destacar que a velocidade da marcha 
tem sido destacada como uma ferramenta de triagem 
potencialmente adequada para a identificação 
precoce de indivíduos com risco aumentado de 
queda. Tanto a baixa quanto a alta velocidade da 
marcha se associam a quedas. A alta velocidade 
da marcha está associada a quedas ao ar livre e a 
níveis mais altos de atividade; e a baixa velocidade 
da marcha está associada a quedas em ambientes 
fechados e declínio na saúde (KYRDALEN et al., 2019).
Diversos protocolos de velocidade da marcha são utilizados. Entre os mais 
comuns, estão:
• velocidade de marcha usual de quatro metros;
• teste de velocidade máxima da marcha de 10 metros;
• velocidade da marcha usual e máxima com dupla tarefa – cálculo da dupla tarefa. 
A lentidão na marcha em dupla tarefa, também 
conhecida como custo de dupla tarefa, pode ser 
interpretada como o aumento do custo de 
envolvimentos dos processos de atenção cortical, 
durante a caminhada; e podem levar ao aumento 
do risco de quedas.
Independentemente do tamanho do percurso (quatro ou 10 metros), o teste 
sempre deve ser realizado com dois metros de aceleração e desaceleração. Por 
exemplo, se o teste de velocidade da marcha de quatro metros for realizado, 
o procedimento será o seguinte: o indivíduo percorrerá, em linha reta, um 
percurso de oito metros, havendo cones, demarcando o ponto inicial e final; 
será cronometrado o tempo percorrido nos quatro metros intermediários; o 
indivíduo será orientado a caminhar de um cone ao outro na sua velocidade 
usual, como se estivesse caminhando normalmente na rua. 
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CONCLUSÃO
Nesta unidade, aprendemos sobre conceitos importantes de capacidade 
funcional, independência e funcionalidade; e sobre instrumentos para 
avaliação das aptidões físicas que envolvem a função física. 
A capacidade funcional é um conceito importante, visto o aumento do número 
de indivíduos com incapacidades físicas. O envelhecimento populacional é 
um fenômeno generalizado e sem precedentes em quase todos os países, 
independentemente do seu desenvolvimento. Nesse sentido, compreender 
as mudanças relacionadas à idade fisiológica e suas consequências é 
essencial, para o desenvolvimento de estratégias para o cuidado da saúde 
da população. Além disso, é essencial entender e compreender quais são os 
testes físicos que podem ser aplicados nessa população.
Ao final desta unidade, pôde-se identificar e ser capaz de aplicar diferentes 
baterias de testes funcionais ou testes específicos para avaliação de uma 
valência física.
 
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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UNIDADE 6
• interpretar os dados 
obtidos por meio 
das medidas e das 
avaliações;
• compreender 
como realizar a 
aplicabilidade dos 
resultados obtidos.
. 
112
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6 APLICANDO OS DADOS OBTIDOS
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, abordaremos a aplicação dos dados obtidos nas avaliações 
cineantropométricas. Afinal, de nada adianta avaliarmos, se não soubermos 
colocar em prática os dados coletados. Estudaremos sobre a aplicabilidade 
das medidas e avaliações em cineatropometria, com foco na coleta, na 
organização e na análise dos dados obtidos.
6.1 APLICABILIDADE DAS MEDIDAS E 
AVALIAÇÕES
Sabemos que não é de hoje que o ato de medir e estimar, a fim de antever 
resultados e possibilidades de rendimento, está inserido na rotina do 
profissional de educação física. Todavia, quando o assunto em debate é a 
cineantropometria, não é somente a medida estática o foco da análise, mas 
há também espaço para o componente dinâmico ou cinemático atrelado ao 
movimento corporal.
De forma geral, a cineantropometria é uma área científica emergente 
da antropometria, que estuda especificamente a forma, a dimensão e a 
proporção do corpo humano. 
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Uma vez aplicada na área da educação física, como 
instrumento de trabalho, a cineantropometria 
engloba, por exemplo, as medidas de composição 
corporal, a maturação e o desenvolvimento do 
corpo em relação ao seu crescimento, assim como 
o engajamento em diferentes desportos.
Diante disso, qual é o “melhor” método de avaliação, a fim de otimizar o 
desempenho físico? O “melhor” parâmetro é aquele que é o mais adequado 
para responder aos propósitos da investigação, levando em consideração a 
especificidade da amostra. Da saúde à doença, do esporte à escola, eis uma 
gama de possibilidades de prática profissional que você, futuro profissional 
de Educação Física, poderá se aventurar, tendo como base esse horizonte 
formativo da cineantropometria. E o que também se faz importante é: como 
aplicar as avaliações e as medidas encontradas?
A avaliação cineantropométrica é um dos conteúdos contemplados na 
formação do profissional de educação física, pois, no final das contas, tanto 
na escola, quanto na academia, avaliar o crescimento e o desenvolvimento ou 
o desempenho físico faz parte da rotina doprofessor de educação física ou 
poderia agregar na sua prática profissional.
Em termos práticos, o que muda é o foco que a avaliação cineantropométrica 
acaba recebendo, a fim de adaptar os meios aos fins almejados, tendo em vista 
as limitações e facilidades do ambiente em que o protocolo será conduzido. 
É claro que a educação física escolar não está a serviço do rendimento 
desportivo; porém, visa a avaliar o estado nutricional dos alunos, a fim de dar 
feedback à gestão escolar e aos pais ou responsáveis. Já nas academias, nos 
clubes e nos centros de reabilitação, nos quais a avaliação cineantropométrica 
é a porta de entrada para iniciar a prática de exercícios físicos, faz-se necessário 
conduzir a avaliação física antes, durante e após um determinado programa 
de intervenção.
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6.1.1 ORGANIZAÇÃO DOS DADOS
Após coletarmos os dados brutos em uma avaliação, é preciso organizá-los e 
apresentá-los de maneira correta e adequada, para serem, depois, analisados 
e para se realizar a conclusão. 
Organizar os dados deve ser realizado por meio de 
critérios de classificação, sendo em ordem alfabética, 
nos casos de dados qualitativos; ou em ordem 
crescente, nos casos de dados quantitativos. Para 
facilitar a análise, é importante dispor corretamente 
os dados. Isso também inibirá que o erro aconteça 
ou que algum dado não seja considerado.
Depois de organizados, os dados precisam ser apresentados em forma de 
gráficos, tabelas ou até mesmo de histogramas, pois, dessa forma, ficarão 
mais evidentes para análise. Os dados quantitativos, por exemplo, permitem 
a análise por meio de medidas descritivas que constituem uma síntese 
das características analisadas. Os principais exemplos dessas medidas são 
as médias e as medidas de dispersão. Estas correspondem a uma maneira 
generalizada de notar o conjunto de elementos como um todo, classificando-
os descritivamente quando possível.
6.1.2 ANÁLISE DOS DADOS 
As médias são as medidas de tendência central mais populares para 
representar e analisar dados quantitativos. Entretanto, vale destacar que 
existem diferentes tipos de média, como a média aritmética simples, a média 
aritmética ponderada, a média harmônica e a média geométrica (DANCEY; 
REIDY; ROWE, 2017). 
Embora seja amplamente utilizada, a média é uma medida de tendência 
central que, por uniformizar os valores de um conjunto de observações, não 
representa bem os conjuntos de valores extremos, ou seja, com valores muito 
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altos ou muito baixos.
A média aritmética é a medida de tendência central mais frequente e popular 
nas representações de um conjunto de observações. A média simples de um 
conjunto de observações corresponde à soma de todos os dados da amostra, 
dividida pelo número de elementos da amostra, conforme demonstra a 
fórmula a seguir.
Média=Soma dos dados (valores observados) / Número total de observações
Veja um exemplo prático: a partir da Tabela 1, calcule a média aritmética da 
massa corporal dos estudantes de enfermagem de uma faculdade. 
TABELA 1 – MASSA CORPORAL DOS ESTUDANTES DE UMA TURMA DO 
ENSINO MÉDIO DE UM COLÉGIO ESTADUAL
Alunos (massa corporal) Frequência
45 2
50 2
78 2
80 1
85 1
Total 8
 
Fonte: Elaborada pelo autor (2022).
• Resolução: 
6.1.3 RESULTADOS
Neste tópico, aprenderemos como podemos representar as informações 
obtidas de determinado banco de dados (que pode ser de seus futuros 
clientes/alunos), identificando quando podemos utilizar tabelas e/ou gráficos 
para representar os seus achados. É de extrema importância ficar atento 
aos conceitos, porque, por meio deles, podemos compreender melhor a 
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apresentação de tabelas e gráficos encontrados em jornais, revistas, artigos 
e outros, podendo, assim, analisar e interpretar as informações transmitidas.
Tabulação e organização: 
É comum, no universo das avaliações, que os profissionais, em sua 
maioria, não destinem muito tempo e muita atenção para o processo 
de tabulação e organização dos dados. 
Tabelas:
 Uma das melhores formas de organizar e apresentar os dados 
coletados é por meio de tabelas, embora, em inúmeras vezes, as 
tabelas não sejam utilizadas da maneira adequada. 
As tabelas podem ser definidas como: quadros (sem que se fechem por 
completo as linhas e as colunas, pois, caso contrário, seria uma grade), 
organizados em formas de linhas e colunas, que procuram, de forma clara e 
simples, expor alguma informação. Veja um exemplo na Tabela 1, apresentada 
anteriormente.
Outra forma de representação de resultados muito famosa corresponde aos 
gráficos, que são representações visuais, cuja finalidade é a representação de 
dados quantitativos ou qualitativos de determinada amostragem, possuindo 
uma aplicação variada no cenário científico e na sociedade como um todo.
A apresentação dos resultados de um banco de 
dados por meio de gráficos é considerada uma 
forma complementar e importante da apresentação 
tabular. Quando comparados às tabelas, os gráficos 
apresentam as mesmas informações, mas de uma 
maneira mais simples, clara e dinâmica, promovendo 
uma rápida visualização das distribuições dos 
valores ou da frequência. 
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Dessa forma, é de suma importância que a apresentação dos resultados 
apresente uma ordem básica, para que os dados apresentados sejam 
relevantes. Primeiro ponto: um gráfico não deve conter informações e 
traços desnecessários. Essa estratégia é muito útil para minimizar o excesso 
de informações. Segundo: o gráfico deve representar, de forma correta e 
adequada, os dados estatísticos do fenômeno investigado. Por fim, um gráfico 
deve expressar informações verídicas a respeito do fenômeno estudado. Além 
disso, todo gráfico deve possuir um título e uma escala, para que seus valores 
sejam interpretados corretamente.
O gráfico de linhas tem como objetivo apresentar as tendências e os 
progressos ao longo de determinado tempo. Esse tipo de gráfico é muito 
utilizado quando se quer representar séries temporais que cobrem grande 
período. Assim, o gráfico de linhas pode ser mais adequado para apresentação 
de dados contínuos e que possuem diferentes categorias. O gráfico de linhas 
pode ser usado para mostrar a evolução de crescimento físico dos alunos, por 
exemplo. Veja, abaixo, alguns exemplos de gráficos.
 FIGURA 1 – MODELOS DE GRÁFICOS
Fonte: Freepik (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a ilustração de diferentes modelos de gráficos.
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O gráfico em colunas visa a representar uma série estatística por meio de 
retângulos organizados em colunas verticais. Vale destacar que esse tipo de 
representação chama mais atenção, uma vez que as colunas verticais podem 
ter grande espessura, sem que se perca a precisão na leitura e na interpretação 
dos dados.
O gráfico em barras apresenta características semelhantes às do gráfico de 
colunas, mas a principal diferença se refere à disposição das barras, que devem 
estar na horizontal, no gráfico de barras. O gráfico de barras é mais adequado 
para o realce da variação (mínimo e máximo) de duas ou mais variáveis no 
eixo vertical. 
O gráfico em setores, conhecido popularmente como gráfico de pizza, 
possui simples representação dos dados, além de ser claro e objetivo, uma 
vez que representa uma série estatística em um círculo por meio de setores 
com ângulos centrais proporcionais às frequências observadas. Esse gráfico 
apresenta mais de uma função, podendo representar tanto frequênciasabsolutas, como também percentuais. Esse tipo de gráfico é representado, 
em sua maioria, em séries geográficas e específicas e em categorias em nível 
nominal, desde que não apresentem muitas categorias (no máximo sete).
6.2 APLICAÇÃO DOS RESULTADOS 
Após realizada a coleta dos dados, por meio de avaliações corporais (sejam 
físicas ou fisiológicas), é necessário compreender os valores de referência de 
cada variável (caso haja) e, é claro, saber o que fazer com os dados coletados.
6.2.1 VALORES DE REFERÊNCIA
Os valores de referência, ou intervalos de referência, compreendem indicadores 
que servem para apontar níveis de determinada condição esperada dentro 
de uma análise. 
Por exemplo, para que possamos indicar os níveis positivos de crescimento de 
uma criança, em uma determinada idade, há valores de referência da maioria 
da população mundial (ou mesmo brasileira), da mesma idade dessa criança. 
Outro exemplo são valores de referência para exames laboratoriais, para o 
Índice de Massa Corporal (IMC), o peso, a Relação Cintura Quadril (RCQ), as 
dobras cutâneas, a força muscular, a potência muscular, a flexibilidade etc.
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FIGURA 3 – PESO CORPORAL
Fonte: Pixabay (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa a ilustração dos valores de referência para o índice 
de massa corporal.
Determinar-se o valor de referência por meio de uma média verificada dentro 
de uma amostra populacional considerada saudável, geralmente mundial, mas 
há também valores de referência para cada país, como o Brasil. Dos resultados 
dessa amostragem, obtêm-se os números dessa média, correspondendo ao 
valor de referência. 
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Os valores de referência são utilizados na indicação 
das faixas de normalidade esperadas para o 
resultado de avaliação de diferentes variáveis
6.2.2 PLANO DE AÇÃO - O QUE FAZER COM 
OS DADOS OBTIDOS
Na cineantropometria, há a avaliação de muitas variáveis; e precisamos saber 
o que fazer com os dados obtidos, principalmente após organizarmos e 
analisarmos. As variáveis da aptidão física, por exemplo, são recorrentemente 
avaliadas.
A aptidão física voltada à saúde se refere à complexa relação de adaptação 
fisiológica à necessidade que cada um de nós tem para exercer nossas tarefas 
diariamente. Isso significa que a aptidão física não está relacionada apenas à 
capacidade/habilidade/potencialidade de exercer determinadas tarefas. 
Para melhor compreender as relações da aptidão física relacionadas à saúde, 
há dois objetivos bastante claros:
•	 desenvolver capacidade, habilidade e potencialidade de realizar tarefas 
necessárias e presentes no cotidiano;
•	 demonstrar traços e capacidades associados ao baixo desenvolvimento 
de distúrbios orgânicos que podem ser provocados por baixa ou 
nenhuma realização de atividade física. 
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A aptidão física está relacionada aos componentes 
que estão diretamente ligados ao bem-estar obtido 
por meio da atividade física
A aptidão física está relacionada a quatro dimensões corporais: a dimensão 
morfológica, a dimensão funcional-motora, a dimensão fisiológica e a 
dimensão corporal. Cada uma dessas dimensões engloba componentes 
que estão relacionados ao estado de bem-estar e à capacidade/habilidade/
potencialidade de exercer tarefas cotidianas.
Os diferentes componentes são indissociáveis para atingir o estado de bem-
estar e, muitas vezes, estão diretamente relacionados. Ou seja, as alterações, 
na dimensão morfológica, como a obesidade, por exemplo, podem provocar 
alterações na função cardiorrespiratória, na pressão sanguínea e, por 
consequência, na tolerância ao estresse. Portanto, é importante destacar 
que o corpo humano não deve ser visto de forma dicotomizada, em que o 
privilégio de uma dimensão sustentaria as demais.
A dimensão morfológica é composta pela composição corporal e pela 
distribuição da gordura corporal. Em tese, a composição corporal é obtida 
pelo fracionamento do peso corporal a partir de quatro elementos – gordura, 
ossos, músculos e resíduos – e pode ser definida como a proporção entre a 
massa corporal magra e a gorda (GALLAHUE; OZMUN, 2013). Os valores, para 
a composição corporal, são obtidos, em grande parte das vezes, por meio da 
razão entre as variáveis de altura e do peso corporal, isto é, o IMC (IMC = kg/
m²).
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FIGURA 3 – VALORES DE REFERÊNCIA PARA O IMC
Fonte: Wikimedia Commons (2021).
#PraTodosVerem: a imagem representa a ilustração de uma balança e de uma fita métrica.
Por sua vez, a distribuição da gordura corporal compreende a prevalência de 
tecidos adiposos em determinadas zonas corporais, como, por exemplo, a 
incidência de gordura no abdome, nos braços (gordura subcutânea) ou nos 
órgãos, como o coração e o fígado (gordura visceral). Já é bastante conhecido 
que o excesso de gordura corporal compromete a saúde e pode ocasionar o 
desenvolvimento de diversas doenças, entre as quais se destacam as doenças 
coronarianas, como a insuficiência cardíaca; o acidente vascular cerebral; a 
elevação da pressão arterial sistólica; a elevação dos níveis de colesterol; a 
intolerância à glicose; e a presença de hipertrofia ventricular esquerda. 
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Muitas dessas doenças citadas, como a obesidade 
e a insuficiência cardíaca, se não forem tratadas, e 
não tiverem seus quadros revertidos, são associadas 
à mortalidade.
A obesidade e o excesso de gordura corporal estão diretamente relacionados 
às dietas hipercalóricas e à falta de atividade física cotidiana. Ou seja, o tecido 
adiposo, em muitos dos casos de excesso, está relacionado a uma ingestão 
de calorias maior do que o dispêndio energético diário. Nessa perspectiva, 
aliados ao consumo de uma alimentação balanceada, as atividades físicas e os 
programas de treinamento demonstram ser muito efetivos no controle e na 
diminuição de peso e de gordura corporal, possibilitando uma vida saudável.
A dimensão funcional-motora envolve as capacidades de consumo máximo 
de oxigênio, de força, de resistência muscular e de flexibilidade. O consumo 
máximo de oxigênio (VO2 max) é a capacidade máxima que cada indivíduo 
tem de captar, de transportar e de metabolizar o oxigênio no corpo humano 
(WILMORE; COSTILL; KENNY, 2015). A força pode ser entendida como o esforço 
que os músculos exercem sobre uma massa, resultando movimento, cessação 
do movimento ou resistência em relação a um corpo. A resistência muscular 
se trata da capacidade do músculo ou de um grupo de músculos de realizar 
um trabalho de forma repetida, contra uma resistência moderada.
Flexibilidade: 
A flexibilidade consiste na capacidade das várias articulações do corpo de 
ir até o fim da sua amplitude de movimento (GALLAHUE; OZMUN, 2013). 
Atividades diárias: 
Essas capacidades, como podemos imaginar, são necessárias para 
realizar as inúmeras atividades diárias, como trabalhar, utilizar o 
transporte público, vestir-se ou realizar compras, por exemplo. 
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Com o passar dos anos, a ausência de atividades físicas resulta um declínio 
gradual dessas capacidades e, consequentemente, a perda de tempo de 
reação, de equilíbrio e, inclusive, de caminhar. Nesse aspecto, as atividades 
físicas, sobretudo as que são realizadas por meio de exercícios físicos, são 
fundamentais para a manutenção dessas capacidades.
A dimensão fisiológica envolve a pressão sanguínea, a tolerânciaà glicose e 
a sensibilidade à insulina, a oxidação de substratos e dos níveis de lipídeos 
sanguíneos e o perfil de lipoproteínas. A pressão sanguínea é resultante da 
interação entre o trabalho do músculo cardíaco e a elasticidade dos vasos 
sanguíneos. A tolerância à glicose e a sensibilidade insulínica correspondem ao 
transporte de moléculas de glicose para o interior das membranas celulares. 
A oxidação de substratos se refere à metabolização de substratos energéticos, 
em especial os lipídeos e os carboidratos, com vistas à sua transformação em 
energia pelas células. Esse fator está ligado aos níveis de lipídeos sanguíneos 
e ao perfil de lipoproteínas, que, por sua vez, estão relacionados aos acúmulos 
de gordura corporal. 
As taxas inadequadas dessas variáveis podem 
levar a consequências negativas sobre a saúde 
dos indivíduos, como problemas relacionados a 
aterosclerose, hipertensão, diabetes melito e maior 
acúmulo de gordura corporal no abdome e no 
quadril.
Dessa forma, os programas voltados à atividade física têm se mostrado 
eficientes quanto à manutenção e à promoção da saúde, impedindo a variação 
negativa desses indicadores e até mesmo a reversão de índices negativos.
A dimensão comportamental envolve a tolerância ao estresse, que pode 
ser entendido como a reação do organismo, com componentes físicos e/ou 
psicológicos, causada por alterações psicofisiológicas que ocorrem quando 
uma pessoa se confronta com uma situação que, de um modo ou de 
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outro, irrite-a, amedronte-a, excite-a ou a confunda, ou mesmo que a faça 
imensamente feliz. 
FIGURA 4 – ESTRESSE
Fonte: Freepik (2022).
#PraTodosVerem: a imagem representa uma trabalhadora massageando a ponte nasal na 
mesa de trabalho do escritório. Ela parece exausta e estressada com o dia de trabalho.
Esses sintomas estão relacionados às incidências de risco de doenças cardíacas. 
Indivíduos estressados têm maior facilidade em aderir a hábitos de vida 
prejudiciais à saúde, como o uso de drogas, o excesso de consumo de bebidas 
alcoólicas e a ingestão exagerada de alimentos. Nessa perspectiva, a atividade 
física regular pode contribuir com a diminuição de níveis de estresse, uma 
vez que, ao se exercitar, o organismo produz hormônios capazes de produzir 
uma sensação de relaxamento e de bem-estar. Além disso, a atividade física 
pressupõe uma mudança nos hábitos, sobretudo quando orientada por um 
profissional e praticada em contextos sociais que adotam hábitos saudáveis.
Assim, podemos reconhecer que a avaliação exerce um papel fundamental 
na busca e na manutenção da aptidão física em suas diversas dimensões 
e componentes; e que é essencial aos cuidados para a saúde dos avaliados. 
Evidentemente, nem todas essas variáveis são bastante visíveis, tendo a atenção 
dos setores da saúde e do próprio indivíduo somente quando apresentam 
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sinais e sintomas muito evidentes, já necessitando de uma intervenção, 
como é o caso da hipertensão, por exemplo. Nesse sentido, o profissional de 
educação física deve entender: 
Qual é o papel do profissional de educação física?
 É a promoção da saúde e a prevenção de doenças, incentivando 
os indivíduos, desde muito cedo, a terem hábitos saudáveis e a se 
engajarem em atividades físicas e em programas de exercícios físicos, 
sendo a avaliação o primeiro passo para a concretização desses 
processos. 
Como promover o bem-estar e a qualidade de vida das 
pessoas?
As ações, quando conduzidas de modo que respeitem as 
individualidades e atendam às necessidades de cada pessoa, 
contribuem para a condução dos sujeitos a uma vida de pleno estado 
de bem-estar e de qualidade.
6.2.3 QUANDO REALIZAR A REAVALIAÇÃO?
Na cineantropometria, a reavaliação se faz necessária sempre que um indivíduo 
aparentar melhorias físicas e fisiológicas e/ou quando desejamos conhecer 
seu estado de saúde física, no momento. Com a reavaliação física, é possível 
mensurar e detectar o estágio de condicionamento desse indivíduo e suas 
capacidades físicas atuais, além de verificar se a intervenção com exercício 
físico está surgindo efeitos no indivíduo. 
De forma geral, uma reavaliação pode ser realizada a qualquer momento e 
sempre que o profissional achar necessário. Não adianta fazer reavaliações o 
tempo todo, sem que o organismo do indivíduo tenha tempo suficiente de 
ter ganhos. 
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CONCLUSÃO
Chegamos ao final de mais uma unidade da disciplina Cineantropometria. 
Aqui, você pôde entender melhor sobre a importância de saber como 
organizar os dados coletados em uma avaliação. Além disso, foi importante 
compreendermos quando realizamos uma reavaliação.
Nesta disciplina, foi possível estudarmos a definição de cineantropometria; e 
as medidas e avaliações utilizadas nessa área. Vimos algumas modalidades de 
avaliação, além de sua validade, de erros de medidas e de valores de referência.
Compreendemos o crescimento físico, os recursos utilizados na avaliação do 
crescimento físico, as medidas e suas análises, além de referenciais normativos, 
tão importantes para a atuação na cineantropometria. Estudamos sobre 
maturação biológica, idade cronológica x idade biológica, medidas para 
estimar idade biológica, testes físicos utilizados para acompanhamento do 
desempenho motor, medidas antropométricas, como altura, massa e IMC. 
Também aprofundamos o conhecimento sobre diâmetros, comprimentos, 
perímetros, dobras cutâneas, medidas de composição corporal, técnicas de 
medida e equações preditivas,
Em um outro momento, estudamos sobre a capacidade física nas diferentes 
modalidades esportivas, a importância da avaliação do desempenho físico 
em atletas, os testes diretos e indiretos e como e o que avaliar em atletas. 
Testes de resistência cardiorrespiratória, força/resistência, potência, capacidade 
funcional, níveis de função física em idosos, bateria de testes, testes funcionais, 
testes de força de membros inferiores e superiores, de agilidade e equilíbrio e 
de flexibilidade foram abordados também.
Por fim, compreendemos melhor sobre a aplicabilidade das medidas e das 
avaliações, a organização dos dados, a análise dos dados e a aplicação dos 
resultados.
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	Movimento do corpo
	Tipos de testes
	Flexão de braço
	Teste de ergoespirometria
	Avaliação
	Avaliação
	Escolha
	Medição do tempo
	Formas de medição
	Figura 1 – Crescimento físico
	Figura 2 – Altura
	Figura 3 – Turma de crianças
	Figura 4 – Anamnese
	Figura 5 – Desenvolvimento humano
	Figura 6 – Desenvolvimento musculoesquelético do bebê
	Figura 7 – Primeira infância
	Figura 8 – Segunda infância
	Figura 9 – Final da adolescência
	Figura 10 – Maturação dental
	Figura 11 – Criança pulando
	Figura 1 – Avaliação corporal
	Figura 2 – Estatura
	Figura 3 – Balança
	Figura 4 – Gordural corporal e fatores de risco
	Figura 5 – Estrutura óssea
	Figura 7 – Homem Vitruviano – medidas corporais
	Figura 8 – Paquímetro
	Figura 8 – Medindo circunferências
	Figura 9 – Dobra cutânea
	Figura 10 – medida da cintura
	Figura 1 – Prática de exercício físico
	Figura 2 – Futebol de campo
	Figura 3 – Futsal
	Figura 4 – Basquetebol
	Figura 4 – Ciclismo de estrada
	Figura 5 – Natação
	Figura 6 – Ergoespirometria
	Figura 7 – Dinamômetro manual
	Figura 1 – Capacidade funcional do idoso e sua participação social.
	Figura 2 – Exame de ressonância magnética do quadríceps de um triatleta de 70 anos e um homem sedentário de 74 anos
	Figura 3 – Alongamento de membros inferiores
	Figura 4 – Força de membros superiores
	Figura 5 – Comunidade com 65 anos
	 Figura 1 – Modelos de gráficos
	Figura 3 – Peso corporal
	Figura 3 – Valores de referência para o IMC
	Figura 4 – Estresse
	Apresentação da disciplina
	1. INTRODUÇÃO À CINEANTROPOMETRIA: MEDIDAS DE AVALIAÇÃO
	INTRODUÇÃO DA UNIDADE
	1.1 DEFINIÇÃO DE CINEANTROPOMETRIA 
	1.1 TESTAR
	1.2 MEDIR 
	1.3 AVALIAR
	2.3 ERROS DE MEDIDAS E VALORES DE REFERÊNCIA
	2.2 VALIDADE
	2.1 MODALIDADES DE AVALIAÇÃO
	2 AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO FÍSICO E MATURAÇÃO BIOLÓGICA 
	INTRODUÇÃO DA UNIDADE
	2.1 CRESCIMENTO FÍSICO
	2.2 MATURAÇÃO BIOLÓGICA
	3 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E COMPOSIÇÃO CORPORAL
	INTRODUÇÃO DA UNIDADE
	3.1 MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
	3.2 MEDIDAS DE COMPOSIÇÃO CORPORAL
	4 TESTES PARA DESEMPENHO FÍSICO
	INTRODUÇÃO DA UNIDADE
	4.1 DESEMPENHO FÍSICO
	4.2 COMO E O QUE AVALIAR EM ATLETAS?
	5 AVALIAÇÃO FÍSICA E FUNCIONAL
	INTRODUÇÃO DA UNIDADE
	5.1 CAPACIDADE FUNCIONAL 
	5.2 TESTES FUNCIONAIS 
	5.2.2 TESTES DE AGILIDADE E EQUILÍBRIO
	6 APLICANDO OS DADOS OBTIDOS
	INTRODUÇÃO DA UNIDADE
	6.1 APLICABILIDADE DAS MEDIDAS E AVALIAÇÕES
	6.2 APLICAÇÃO DOS RESULTADOS 
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