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tintas - Materiais de construçao

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MATERIAIS DE 
CONSTRUÇÃO
André Luis Abitante
Ederval de Souza Lisboa
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
A148m Abitante, André Luís.
Materiais de construção [recurso eletrônico] / 
André Luís Abitante, Ederval de Souza Lisboa. – 
Porto Alegre : SAGAH, 2017.
Editado como livro impresso em 2017.
ISBN 978-85-9502-009-2
1. Materiais de construção. I. Lisboa, Ederval de Souza. 
CDU 691
Livro_Materiais_construcao.indb IILivro_Materiais_construcao.indb II 12/01/2017 15:07:4812/01/2017 15:07:48
Tintas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Explicar o que são sistemas de pintura.
 Reconhecer os materiais de pintura.
 Identifi car os principais materiais de pintura.
Introdução
O método de construção no país é, em sua maioria, de fachadas cons-
truídas em revestimentos argamassados, sendo que internamente todas as 
edificações necessitam de um acabamento confortável. As mais diversas 
atividades humanas levam as tintas ao patamar de insubstituíveis. Portanto, 
é imprescindível que, você, como profissional, tenha conhecimentos sobre 
as tintas, visto que toda obra ao seu final geralmente irá receber pintura.
Tintas para construção civil
A forma mais comum de combater a deterioração dos materiais é proteger as 
superfícies com a aplicação de uma película resistente que impede a ação dos 
agentes de destruição ou corrosão. Essa película pode ser obtida pela aplicação 
de tintas, vernizes, lacas ou esmaltes.
As tintas são materiais geralmente líquidos ou em pó solúvel, constituídos 
pela dispersão de um ou mais pigmentos em um veículo (resina), solventes e 
aditivos, que, quando aplicada em uma camada adequada, forma um filme 
opaco e aderente no substrato; portanto, quando de composição líquida pig-
mentada, se converte em película sólida ao ser aplicada. Tem a função básica 
de proteger as superfícies contra a ação do sol, chuva, maresia e diversos outros 
agentes, além de tornar a estrutura visualmente mais bonita.
Os pigmentos são partículas (pó) sólidas e insolúveis, que podem ser divi-
didos em dois grandes grupos: ativos e inertes. Os pigmentos ativos conferem 
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cor e poder de cobertura à tinta, enquanto os inertes (ou cargas) se encarregam 
de proporcionar lixabilidade, dureza, consistência entre outras características.
O veículo, constituído por resinas, é responsável pela formação da película 
protetora na qual se converte a tinta depois de seca.
Os solventes são utilizados em diversas fases de fabricação das tintas, ou 
seja, para facilitar o empastamento dos pigmentos, regular à viscosidade da 
pasta de moagem, facilitar a fluidez dos veículos e das tintas prontas na fase 
de enlatamento. Na obra empregam-se solventes para melhorar a aplicabili-
dade da tinta, alastramento, etc. Entre os solventes mais comuns estão: água, 
aguarrás, álcoois, acetonas, xilol e outros.
Os aditivos são, geralmente, produtos químicos sofisticados, com alto grau 
de eficiência, capazes de modificar, significativamente, as propriedades da 
tinta. Os aditivos mais comuns são os secantes, molhados, antiespumantes, 
plastificantes, dispersantes, engrossantes, bactericidas, etc. 
Atualmente são fabricadas tintas para as mais diversas finalidades, 
como, por exemplo, as tintas luminescentes, que inibem o ataque de fungos, 
bactérias, algas e outros organismos e são resistentes ao calor, à prova de 
fogo, etc. A indústria de tintas é caracterizada pela produção em lotes, o 
que facilita o ajuste da cor e o acerto final das propriedades do produto. 
Nas etapas de fabricação predominam as operações físicas (mistura, disper-
são, completagem, filtração e envase), sendo que as conversões químicas 
acontecem na produção dos componentes da tinta e na secagem do filme 
após aplicação. O processo de fabricação da tinta segue uma série de etapas 
sequenciadas que devem ser rigidamente observadas e obedecidas durante 
sua formulação:
1. Avaliação e controle de qualidade da matéria-prima.
2. Pesagem das matérias-primas, obedecendo à formulação.
3. Pré-mistura: mistura de pigmentos, aditivos e resinas em equipamento 
de alta precisão.
4. Moagem: a pasta obtida na pré-mistura passa pelo moinho para ser 
finamente dividida em pequenas partículas.
5. Dispersão: o produto obtido na moagem é levado para tanques equipados 
com agitadores, onde se completa a formulação, por meio da adição de 
solventes, resinas e demais matérias-primas da formulação.
6. Tingimento: é a etapa em que se acerta a cor da tinta, conforme o 
padrão estabelecido.
7. Controle de qualidade: nesta etapa, os produtos são submetidos a ri-
gorosas análises para observação de viscosidade, brilho, cobertura, 
Materiais de construção94
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cor e secagem. Após aprovação, são liberados para enchimento nas 
embalagens.
8. Embalagem: os produtos são filtrados e enlatados para serem enviados 
à expedição.
Tinta é um composto na forma líquida, aquosa, em gel ou pó, que quando aplicado 
sobre uma superfície, forma um filme transparente ou opaco, aderente ao substrato e 
flexível, com finalidade de proteger e decorar a superfície e proporcionar uma melhor 
qualidade de vida aos ambientes construídos.
Qualidade das tintas, vernizes e complementos
Baseando-se em algumas características das tintas, de fácil observação, po-
demos verifi car, na obra, as condições de utilização do material, notadamente 
as seguintes:
  Pintabilidade: facilidade de aplicação − a tinta deve espalhar-se com 
facilidade e resistir ao deslizamento do pincel ou rolo.
  Nivelamento: as marcas de pincel ou rolo devem desaparecer pouco 
tempo após a aplicação da tinta deixando uma película uniforme.
  Secagem: a secagem de uma tinta não deve ser tão rápida, nem tão lenta, 
deve permitir o espalhamento e o repasse uniformes, não atrasando a 
aplicação das demãos posteriores.
  Poder de cobertura: função da qualidade e quantidade de resinas e 
pigmentos utilizados na formulação da tinta. A tinta deve cobrir com-
pletamente a superfície pintada, com o menor nº de demãos.
  Rendimento: também função da qualidade e quantidade de resinas e 
pigmentos utilizados na formulação da tinta. Terá maior rendimento a 
tinta que cobrir a maior área por galão, com igual poder de cobertura.
  Estabilidade: deve apresentar estabilidade durante o armazenamento; 
ao abrir uma lata de tinta pela primeira vez, esta não deve apresentar 
excesso de sedimentação, coagulação, empedramento, separação dos 
pigmentos, formação de nata (pele), de tal maneira, que não se torne 
95Tintas
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homogênea através da simples agitação manual. A tinta nunca deve 
apresentar odores pútridos ou vapores tóxicos.
  Propriedades de resistência/ durabilidade: é a capacidade da tinta 
em permanecer maior ou menor tempo igual ao seu aspecto inicial de 
aplicação (sem sofrer alterações), resistindo às intempéries, ação de 
chuva, raios solares, maresia, etc.
  Lavabilidade: capacidade de uma tinta resistir à limpeza com agentes 
químicos de uso doméstico, por exemplo: sabão, detergente, amoníaco, 
etc.
  Transferência: capacidade de uma tinta, no momento da aplicação, 
passar do rolo à parede sem esforço, e de não respingar.
  Cheiro: característica de uma tinta para que seu odor não atrapalhe o 
aplicador, e após a aplicação desapareça do ambiente no menor tempo 
possível.
Sistemas de pinturas usuais
O sistema de pintura é o conjunto de ações interdependentes que visam garantir 
um processo técnico efi ciente e uma qualidade e durabilidade no revestimento 
fi nal de tintas. O que chamamos de pintura não deve ser entendido apenas 
como a tinta de acabamento;a pintura é composta por fundos, massas e por 
fi m da tinta de acabamento.
Conforme a superfície ou substrato a ser pintado, as tintas desempenham 
funções específicas, tais como: proteção, acabamento, decoração, distribuição 
de luz, sanidade, etc.
Cada conjunto destes forma um sistema de pintura. Os fundos selam as 
superfícies (substratos) proporcionando uma economia das tintas de acaba-
mento que são mais caras, as massas em geral proporcionam uma superfície 
mais lisa e homogênea sendo, porém, dispensáveis. O acabamento poderá ser 
aplicado sobre o intermediário ou sobre o fundo, ou ainda, diretamente sobre 
o substrato; etapas intermediárias podem ser usadas / aplicadas sobre o fundo 
(deve-se evitar aplicação do intermediário diretamente sobre o substrato).
Os tipos de superfície (substratos) mais comuns encontrados na construção 
civil são: alvenaria comum (tijolo, bloco de concreto e reboco), alvenaria es-
pecial (tijolo aparente, concreto aparente, reboco especial), madeiras, metais 
ferrosos, alumínio e galvanizados.
Dependendo do tipo de superfície, seu estado e localização, há vários 
sistemas de pintura como acabamento em látex PVA, látex acrílico, esmaltes, 
Materiais de construção96
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óleos e vernizes. A norma brasileira ABNT (Associação Brasileira de Normas 
Técnicas), prescreve que cada fabricante seja responsável pelo seu sistema 
de pintura, logo a opção de produtos de vários fabricantes em um mesmo 
sistema, passa a ser responsabilidade do profissional especificador e não 
mais dos fabricantes.
  Paredes internas: sistemas com tinta látex, esmalte ou tinta a óleo.
  Paredes externas: sistemas com tinta látex acrílico.
  Tijolo aparente: tinta à base de silicone, verniz acrílico.
  Madeiras: verniz, esmalte ou tinta a óleo.
  Metais ferrosos: tinta a óleo ou esmalte sobre fundo anticorrosivo.
  Alumínio e galvanizados: tinta a óleo ou esmalte sobre fundo para promover 
aderência.
Procedimentos
a) Pintura sobre alvenarias e reboco: este deve estar completamente 
curado, o que demora cerca de 28 dias. Caso contrário, a tinta poderá 
descascar, porque a impermeabilidade da própria tinta dificultará a 
saída da umidade e as trocas gasosas necessárias à carbonatação (cura) 
do reboco, sem a qual ele tende a esfarelar-se sob a película da tinta, 
causando descascamento. Rebocos fracos, com pouco cimento, apre-
sentam superfícies pouco coesas, fato que se verifica esfregando-se a 
mão sobre o reboco, constatando-se a existência de partículas soltas 
(grãos de areia). As pinturas evitam esse esfarelamento do material, 
além da absorção da água de chuva e da sujeira, de impedir o desen-
volvimento do mofo, de distribuir a luz e possui grande participação na 
decoração de ambientes, acrescentando cor, textura e brilho. A pintura 
é feita com aplicação do selador, seguidas de duas demãos de látex. 
Se desejar uma superfície nivelada, lisa, aplicam-se duas demãos de 
massa corrida, lixadas, antes do látex. Dependendo das condições da 
parede e da qualidade dos materiais, mais demãos são necessárias. Se 
o reboco apresentar mofo, este deve ser eliminado com escovação e 
água sanitária.
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Figura 1. Pintura com rolo sobre substrato de alvenaria com reboco.
Fonte: Oleksandr Berezko / Shutterstock.com.
 
b) Pintura sobre madeira: na primeira pintura deve-se lixar e eliminar 
farpas. Em seguida, uma demão de branco fosco e posterior acaba-
mento com esmalte sintético. Para acabamento em verniz utiliza-se 
inicialmente o selador para madeira, seguido de duas ou mais demãos 
do verniz. Para nivelar as superfícies, utiliza-se massa a óleo antes do 
esmalte, em pelo menos, duas demãos, lixadas, acabamento que se 
recebe o nome de laqueação. Além de contribuir para o efeito decorativo, 
a pintura é a solução para o problema de absorção de água e de umidade 
que geram rachaduras e o apodrecimento do material.
Figura 2. Pintura com pincel, em verniz, sobre substrato de madeira.
Fonte: Freedom_Studio / Shutterstock.com.
 
Materiais de construção98
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c) Pintura sobre metais ferrosos: Superfícies novas, sem indícios de 
ferrugem devem receber uma demão de fundo de óxido de ferro, se-
guida das demãos de acabamento em esmalte. Se já houver ferrugem, 
deve-se fazer a remoção com lixa ou escova de aço, aplicar uma ou 
duas demãos de zarcão ou cromato de zinco, antes da pintura final. Se 
desejar nivelar a superfície, usa-se massa plástica lixada. Também para 
eliminar ferrugem pode-se fazer uso do PCF (Produto Convertedor de 
Ferrugens), seguido da pintura. A tinta é a solução mais econômica 
reconhecida até hoje para combater a corrosão.
d) Pintura sobre metais não ferrosos: recomenda-se a pintura para 
prolongar a vida dos sistemas de proteção.
Principais defeitos em pintura
Os próprios materiais de construção empregados na preparação e no acaba-
mento das paredes são quimicamente agressivos, podendo, consequentemente, 
atacar e destruir as tintas aplicadas sobre elas. Todos os substratos deverão ser 
preparados adequadamente, a fi m de garantir o sucesso do sistema de pintura. 
Este procedimento é de máxima importância, e sua não observância pode 
causar graves problemas no revestimento de pintura, sendo os mais comuns: 
a) Descascamento: ocorre quando se utiliza látex sobre caiação, que é 
uma camada de pó. É necessária a limpeza da superfície (raspando e 
escovando) e a aplicação de selador. O descascamento pode ocorrer 
também quando a primeira demão de látex não foi diluída de maneira 
adequada.
b) Desagregamento: é o esfarelamento que ocorre quando a tinta foi 
aplicada sobre reboco não totalmente curado.
c) Eflorescência: são manchas esbranquiçadas que surgem se a pintura 
for aplicada sobre reboco úmido. A secagem do reboco se dá pela 
eliminação de água por evaporação, que arrasta o hidróxido de cálcio 
do interior para a superfície, que é quando ocorre a mancha.
d) Saponificação: são manchas com aspecto pegajoso podendo até ocorrer 
óleo. Causada pela alcalinidade natural da cal e do cimento do reboco 
que, na presença da umidade reage com acidez característica de alguns 
tipos de resina.
e) Fissuras: normalmente ocorre pelo tempo insuficiente de hidratação 
da cal antes da aplicação do reboco ou camada muito grossa do reboco 
ou ainda, excesso de cimento na mistura com a consequente retração.
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f) Manchas de pingos de chuva: quando chove a tinta não está comple-
tamente seca.
g) Bolhas: ocorrem normalmente em paredes com massa corrida PVA, 
se houver umidade.
h) Defeitos em pintura sobre madeira: ocorrem pelo retardamento da 
secagem ou pela sua desuniformidade, em vista da combinação das 
resinas da tinta com as da madeira.
Os principais equipamentos usados na aplicação de tintas são: escovas de aço, lixas, 
blocos abrasivos e esponja abrasiva, pincéis e trinchas, rolos, espátulas, desempenadeira 
de aço, bandejas, revólveres ou pistolas de pintura (sistema air less: pintura a base d’água 
e base solvente, sistema de pressão, com recipiente central de tinta).
Tintas comerciais para construção civil
Na prática, os leigos escolhem a tinta pelo acabamento: fosco, acetinado 
(também chamado de semibrilho) e brilhante − materiais que infl uenciam na 
aparência e durabilidade. Quanto mais brilho tiver a tinta, mais durável ela 
será porque contém mais resina, e o seu preço de custo também será maior. 
Por outro lado, quanto mais brilhante é a tinta, mais aparecem as imperfeições 
da parede e mais difícil é a remoção e repintura. 
a) Linha PVA (acetato de polivinila): 
 ■Látex PVA: produto à base de resina de acetato de polivinila, pig-
mentos e solventes. Sobre rebocos rende 10 a 12 m² por litro, e sobre 
massa corrida 12 a 15 m² por litro (por demão).
 ■ Massa corrida: também à base de resina PVA, utilizada para nivelar 
e corrigir imperfeições da superfície interna de reboco, rende de 2 
a 3 m² por litro.
 ■ Líquido selador: à base de resina de PVA, aditivos e solventes, indi-
cado para selar paredes internas de reboco absorvente e uniformizar 
a absorção. Rende 10 a 13 m² por litro.
Materiais de construção100
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 ■ Líquido brilho: aplicado como última demão, para regular o brilho da 
parede; incolor após a secagem; melhora as condições de lavabilidade.
 ■ Corantes: vendidos em frascos plásticos de 60 cc, bisnagas, para 
coloração de látex, acrílico e tintas solúveis em água como caiação 
e outras em pó, e também para colorir rejuntamentos de azulejos e 
pisos. 
b) Vernizes: são soluções de gomas ou resinas, naturais ou sintéticas, em 
um veículo (óleo secativo, solvente volátil), soluções que são convertidas 
em uma película útil transparente ou translúcida. Existem dois tipos: à 
base de óleo ou à base de solventes. 
 ■ Verniz filtro solar: à base de resinas alquídicas, aditivos e solventes, 
indicado para pintura de superfícies internas e externas de madeira. 
Rende 8 a 12 m² por litro, por demão.
 ■ Verniz poliuretano: também à base de resinas alquídicas, aditivos 
e solventes, para madeiras internas e externas e possui o mesmo 
rendimento.
 ■ Verniz copal: também à base de resinas alquídicas, aditivos e solven-
tes, indicado para interiores, tendo o mesmo rendimento.
 ■ Lacas: são compostas de um veículo volátil, uma resina sintética, 
um plastificante, cargas e, ocasionalmente, um corante.
 ■ Selador para madeiras: à base de resina nitrocelulose, aditivos e 
solventes para preparação das madeiras internas. Rende o mesmo 
que os vernizes. 
c) Linha esmalte ou óleo: são obtidas adicionando-se pigmentos aos 
vernizes ou às lacas, resultando daí uma verdadeira tinta caracterizada 
pela capacidade de formar um filme excepcionalmente liso. 
 ■ Esmalte sintético: à base de resina alquídica, pigmentos, aditivos 
especiais e solventes, indicado para pintura de superfícies de madeira 
e ferro. Rende 10 a 12 m² por litro, por demão.
 ■ Fundo branco fosco: indicado como primeira pintura para madeira 
nova, como isolante e nivelador.
 ■ Massa a óleo: para corrigir e nivelar superfícies de madeira.
 ■ Zarcão: anticorrosivo e antioxidante para proteção das superfícies 
ferrosas.
 ■ Aguarrás: à base de solventes alifáticos e aromáticos, indicado para 
diluição de esmalte sintético.
 ■ Silicone líquido: à base de resina de silicone, aditivos e solventes 
alifáticos e aromáticos, indicados para superfícies externas de tijolo 
101Tintas
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a vista, reboco, concreto, evita a infiltração de água. Rende de 1 a 
1,5 m² por litro, por demão. 
d) Linha Acrílica: 
 ■ Látex acrílico: semibrilho e fosco − à base de resina acrílica esti-
renada, pigmentos, aditivos e solventes, indicado para pinturas de 
reboco, blocos de concreto, amianto, massa acrílica, massa corrida 
e repinturas. Rende 12 a 15 m²/ litro/ demão.
 ■ Massa acrílica: também a base de resina acrílica estirenada, pigmen-
tos, aditivos e solventes. Para nivelar ou corrigir imperfeições de 
reboco, blocos, concreto, etc. Rende 2 a 2,5 m² por litro, por demão.
 ■ Verniz acrílico: a mesma base, indicado para concreto aparente, 
rende 12 a 15 m² por litro, por demão.
 ■ Selador acrílico: a mesma base de resina acrílica estirenada, pigmen-
tos, aditivos e solventes, indicados para pinturas internas e externas, 
dando aparência texturada. Rende 1 a 2 m² por litro/ demão. 
 ■ Acrílico para pisos: a mesma base, utilizado em pisos de quadras 
poliesportivas, áreas de estacionamento, quintais, lojas etc. Rende 4 
a 6 m² por litro/ demão. Tinta acrílica lisa é indicada para uso interno 
ou externo como acabamento de piso em concreto ou cimentado com 
textura lisa. Tinta acrílica rugosa é indicada para uso interno ou 
externo como acabamento de piso em concreto ou cimentado com 
textura rugosa. 
e) Tintas para caiação: água de cal com ou sem adição de corantes; indi-
cadas para construções econômicas e aplicadas com trinchas e brochas.
f) Tintas especiais: tintas resistentes ao calor, tintas retardadoras de 
combustão, tintas inibidoras do desenvolvimento de organismos e 
tintas luminescentes. Estas tintas são indicadas principalmente para 
superfícies porosas conferindo-lhe uma completa repelência à água.
 ■ Pintura impermeabilizante: tinta de silicone ou betuminosa.
 ■ Pintura de piso: além das acrílicas, a tinta epóxi diluída em água é 
indicada para uso interno ou externo em áreas sujeitas a solicitações 
médias (cozinhas, laboratórios). A tinta epóxi diluída em solvente é 
indicada para áreas de solicitações fortes, possuindo boa resistência 
à abrasão e ao ataque químico (oficinas, almoxarifados, garagens, 
laboratórios). A tinta epóxi com adição de sílica é indicada para 
demarcação de faixas de segurança, em ambientes internos. A tinta 
poliuretano alifático alto desempenho é indicada para uso interno ou 
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externo, onde é requerida elevada resistência à abrasão e ao ataque 
químico. A tinta para demarcação de tráfego à base de borracha 
clorada é indicada para uso interno ou externo, especialmente para 
pintura de faixas de demarcação viária em todos os tipos de pavi-
mentos (concreto, asfalto) possuindo alta resistência. A tinta para 
demarcação de tráfego de base alquídica, assim como a de base de 
borracha clorada, é indicada para uso interno ou externo para pinturas 
de faixas de demarcação viária, em todos os tipos de pavimentos 
(concreto, asfalto) possuindo média resistência.
 ■ Pintura antipichação: tinta de alto desempenho para proteção de 
superfícies, é aplicada como acabamento de superfícies externas, e 
possui resistência a pichações. O verniz de alto desempenho também 
serve para proteção de superfícies contra pichações e é aplicado em 
superfícies de concreto e pedras.
1. Qual dos tipos abaixo não é uma 
tinta de acabamento: 
a) Betuminosa.
b) Látex.
c) Esmaltes sintéticos.
d) Resinas epóxi.
e) Resina de poliuretano.
2. Qual dos itens abaixo não se 
trata de um dos constituintes 
das tintas: 
a) Resina.
b) Pigmentos.
c) Solventes.
d) Aditivos.
e) Agregados.
3. Qual das etapas abaixo está 
fora de ordem no processo de 
fabricação das tintas: 
a) Controle da matéria-prima.
b) Pesagem.
c) Pré-mistura.
d) Embalagem.
e) Dispersão.
4. Qual dos itens relativos à 
classificação das tintas mais 
influencia no preço das 
mesmas: 
a) Uso final.
b) Substrato.
c) Composição.
d) Cura.
e) Aspecto.
5. A durabilidade das tintas: 
a) Não define sua vida útil.
b) Não define o preço.
c) Não é afetada pela radiação.
d) Não é afetada pelo clima.
e) Não é afetada por poluentes.
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 11702:2011. Tintas para 
construções civis: tintas para edificações não industriais: classificação. Rio de Janeiro: 
ABNT, 2011.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 13245:2011. Tintas para 
construção civil — Execução de pinturas em edificações não industriais — Preparação 
de superfície. Rio de Janeiro: ABNT, 2011.
BEMA TINTAS. Tecnologia de pintura imobiliária. Belo Horizonte: Bema Tintas, 2000. 
FAZANO, C. A. T.V. Tintas: métodos de controle de pinturas e superfícies, São Paulo: 
Hemus, [2015?]. 
FAZENDA, J. M. R. (Coord.). Tintas &vernizes – ciências e tecnologia, 3. ed. São Paulo: 
Edgard Blücher, 2005.
SISTEMA TINTOMÉTRICO E HARMONIZAÇÃO DE CORES. Apostila. Belo Horizonte: 
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TOMAZ, E. Tecnologia, gerenciamento e qualidade na construção. São Paulo: Pini, 2001;
YAZIG, W. A Técnica de edificar. São Paulo: Pini, 2001.
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