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COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO CRACK Qual a composição química do crack? O crack é obtido a partir da mistura da pasta-base de coca ou cocaína refinada (feita com folhas da planta Erythroxylum coca), com bicarbonato de sódio e água. Quando aquecido a mais de 100ºC, o composto passa por um processo de decantação, em que as substâncias líquidas e sólidas são separadas. O resfriamento da porção sólida gera a pedra de crack, que concentra os princípios ativos da cocaína. Segundo o químico e perito criminal da Polícia Federal (PF) Adriano Maldaner o nome ‘crack’ vem do barulho que as pedras fazem ao serem queimadas durante o uso. “A diferença entre a cocaína em pó e o crack é apenas a forma de uso, mas o princípio ativo é o mesmo”, afirma Maldaner. Por ser produzido de maneira clandestina e sem qualquer tipo de controle, há diferença no nível de pureza do crack, que também pode conter outros tipos de substâncias tóxicas – cal, cimento, querosene, ácido sulfúrico, acetona, amônia e soda cáustica são comuns. “A pureza vai depender do valor pago na matéria-prima pelo produtor. Se a cocaína for cara, é misturada com outras substâncias, para render mais. Se for de uma qualidade inferior, pouca coisa ou nada é adicionado”, diz Maldaner . OBS: O crack é obtido através de uma mistura de cloridrato de cocaína com bicarbonato de sódio. O crack é obtido a partir da mistura da pasta-base de coca ou cocaína refinada (feita com folhas da planta Erythroxylum coca), com bicarbonato de sódio e água. Quando aquecido a mais de 100ºC, o composto passa por um processo de decantação, em que as substâncias líquidas e sólidas são separadas. O resfriamento da porção sólida gera a pedra de crack, que concentra os princípios ativos da cocaína. Segundo o químico e perito criminal da Polícia Federal (PF) Adriano Maldaner o nome ‘crack’ vem do barulho que as pedras fazem ao serem queimadas durante o uso. “A diferença entre a cocaína em pó e o crack é apenas a forma de uso, mas o princípio ativo é o mesmo”, afirma Maldaner. Por ser produzido de maneira clandestina e sem qualquer tipo de controle, há diferença no nível de pureza do crack, que também pode conter outros tipos de substâncias tóxicas - cal, cimento, querosene, ácido sulfúrico, acetona, amônia e soda cáustica são comuns. “A pureza vai depender do valor pago na matéria-prima pelo produtor. Se a cocaína for cara, é misturada com outras substâncias, para render mais. Se for de uma qualidade inferior, pouca coisa ou nada é adicionado”, diz Maldaner. Forma de uso e ação no organismo O crack geralmente é fumado com cachimbos improvisados, feitos de latas de alumínio e tubos de PVC (policloreto de vinila), que permitem a aspiração de grande quantidade de fumaça. A pedra, geralmente com menos de 1 grama, também pode ser quebrada em pequenos pedaços e misturada a cigarros de tabaco ou maconha – o chamado mesclado, pitico ou basuco. “Ao aquecer a pedra, ela se funde e vira gás, que depois de inalado é absorvido pelos alvéolos pulmonares e chega rapidamente à corrente sanguínea”, conta Maldaner. Enquanto a cocaína em pó leva cerca 15 minutos para chegar ao cérebro e fazer efeito depois de aspirada, a chegada do crack ao sistema nervoso central é quase imediata: de 8 a 15 segundos, em média. CRACK E COCAÍNA existe bem pouca diferença entre o crack e a cocaína, quimicamente falando. A única diferença é a remoção do cloridrato, o que torna possível fumá-lo. É como se a cocaína fosse açúcar refinado, e o crack, rapadura. O que torna o crack mais potente é a forma de consumi-lo: fumar leva a droga rapidamente aos pulmões, fazendo com que o efeito seja mais rápido e mais intenso do que cheirar pó. Para piorar, a pedra de crack é barata –custa 10 reais, enquanto o grama de cocaína é vendido a 50 reais. Ou seja, o crack, ao contrário da cocaína, é acessível aos miseráveis. Então não há diferença entre crack e cocaína? Primeiro, existem as diferenças entre os processos. · Para fazer a cocaína, a pasta-base é diluída em acetona e misturada com uma solução de éter e ácido clorídrico. O resultado é um “sal” branco, o cloridrato de cocaína (COC+), insolúvel em acetona, que se acumula ao fundo do pote. Filtrado e seco, se torna o que conhecemos como cocaína, ou pó. · Já para fazer o crack, a pasta-se é misturada com água e soda cáustica. Quando a mistura é aquecida, forma-se uma camada de água e pasta-base liquefeita. Quando ela esfria, a cocaína líquida volta ao estado sólido e é repartida em pequenas pedras de crack. Além delas, temos as diferenças entre intensidade e efeitos. Embora sejam parecidos, os efeitos fumar crack são muito mais fortes do que o de cheirar cocaína. Isso porque qualquer droga faz um efeito mais rápido vindo pelo pulmão do que pelo nariz. Depois, porque a molécula neutra do crack (COC°) entra mais facilmente no cérebro. A euforia chega e se vai de uma vez, o que deixa o usuário na fissura por outra dose. Um estudo de 2004 identificou sintomas de dependência em cinco a 12% dos usuários de cocaína. Entre os usuários de crack, esses sintomas foram de duas a três vezes mais comuns. Cocaína e crack: a cocaína é encontrada nas folhas de coca, um arbusto sul-americano da espécie Erythroxylum coca. O tratamento químico das folhas de coca é capaz de extrair um sal, o cloridrato de cocaína. O crack é uma forma diferente de administração da cocaína, ou seja, encontra-se na forma neutra (Fonseca, 2013). Na cocaína é possível identificar a presença do íon amônio e dos grupos éster. No crack – forma neutra – identifica-se amina terciária e, do mesmo modo, grupos ésteres. Os ésteres são derivados dos ácidos carboxílicos, têm um grupo alcóxido (-OR) em vez da hidroxila (-OH) presente no ácido carboxílico (Bruice, 2006).