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A administração de materiais consiste em ter os materiais necessários na quantidade certa, no local certo e no tempo certo à disposição dos órgãos que compõem o processo produtivo. Administração de recursos materiais Preocupação nas organizações de saúde Público Privado Orçamento restritos, precisam de maior controle do consumo Sujeitas as regras de mercado OBJETIVO Não difere de outras organizações, e consiste em colocar os recurso necessários ao processo produtivo com QUALIDADE, em QUANTIDADES ADEQUADAS, e no TEMPO correto e ao MENOR CUSTO.(VECINA, NETO , REINHARDT FILHO, 1998) Um aspecto fundamental no gerenciamento de recursos materiais nas organizações de saúde refere-se ao seu produto final ou atividade fim, que é a assistência aos clientes por meio de ações que não podem sofrer interrupções. Essas interrupções são atribuídas a fatores como insuficiência na quantidade ou falta de qualidade de materiais. PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS EM ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS ADMINISTRAÇÃO DE SUPRIMENTOS LOGÍSTICA PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS EM ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE Os termos: • Gerenciamento de recursos materiais, • Administração de recursos materiais, • Gerenciamento de suprimentos. • Logística. têm sido empregados, muitas vezes, como sinônimos. Cabe, no entanto, esclarecer algumas diferenças entre eles. PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS EM ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE Programação, Compra, Recepção, Armazenamento no almoxarifado, Movimentação de materiais, Transporte interno, Armazenamento no depósito de produtos acabados (CHIAVENATO, 1991). A administração de materiais envolve a totalidade dos fluxos de materiais de uma organização: PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS EM ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE Programação de materiais, compra, recepção, armazenamento no almoxarifado, movimentação de materiais e o transporte interno para abastecer as unidades produtivas. Não envolve o depósito de produtos acabados (CHIAVENATO, 1991). Suprimento designa todas as atividades que visam o abastecimento de materiais para a produção envolvendo: PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS EM ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE Distribuição física até o cliente. Seu objeto de atenção está mais relacionado à estocagem e à distribuição externa do material produzido, não incluindo a programação nem as compras (CHIAVENATO, 1991). Logística é empregado para o armazenamento dos produtos acabados e sua movimentação: O setor responsável pelo gerenciamento dos recursos materiais nas instituições hospitalares Está vinculado a área administrativa da estrutura organizacional Compreendendo os setores de compras e almoxarifado São desenvolvidas atividades por pessoa que geralmente não é da área de saúde ÁREAS DE ORGANIZAÇÃO MENOR CUSTO POSSÍVEL PRESTAÇÃO DE SEUS SERVIÇOS SOFRA INTERRUPÇÕES PREJUDICIAIS A SEUS CLIENTES COORDENAR TODAS AS ATIVIDADES GARANTIR SUPRIMENTOS ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS MATERIAIS PREOCUPAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE ASSISTÊNCIA AO CLIENTE SETOR PÚBLICO AVANÇOS TECNOLÓGICOS DEMANDA CRESCENTE DE RECURSOS MATERIAIS SETOR PRIVADO INTERRUPÇÕES IMPORTÂNCIA Controle de qualidade Licitação • Padronização • Classificação • Especificação • Previsão PROGRAMAÇÃO FLUXO DAS PRINCIPAIS ATIVIDADES DO GERENCIAMENTO DA CADEIA LOGÍSTICA COMPRA ARMAZENAMENTO DISTRIBUIÇÃO E CONTROLE CONTROLE QUANTIDADEQUALIDADE PODER DE DECISÃO PROGRAMAÇÃO Começa pela classificação, padronização, especificação dos materiais e estabelecimento da quantidade a ser adquirida. PADRONIZAÇÃO Melhora o controle de materiais e diminui o desperdício FINALIDADE: produtos específicos para procedimentos específicos RISCOS DE IMPACTOS: Biocompatibilidade Tempo de permanência Preço Segurança no uso CLASSIFICAÇÃO A mais comum é a classificação por finalidade como: • Medicamento; • Materiais médico-hospitalares; • Escritório; • Informática; • Gêneros alimentícios; • Higiene ESPECIFICAÇÃO Compreende uma descrição minuciosa do material É meio de comunicação entre a área técnica e área administrativa Tem início com o nome do produto e prazo de validade entre outros Devem ser consultados os órgãos oficiais: ABNT, ANVISA, MS, MT PREVISÃO A previsão, ou a quantidade Requisitada pelas unidades ALMOXARIFADO É determinada pelo perfil de consumo de cada unidade Estabelecendo-se uma cota de materiais Representa uma estimativa de gastos por um determinado período PREVISÃO A estimativa do material a ser comprado depende do consumo mensal das unidades hospitalares, ou seja, da soma das "cotas" de todas as unidades, cujos valores são calculados com base na média aritmética do consumo, podendo ser estimada pela seguinte expressão matemática: CM = CMM + ES CM = cota mensal; CMM = consumo médio mensal; ES = estoque de segurança. PREVISÃO Para calcular o CMM de seringas de 10 ml, seria o seguinte: Unidades Mensais Consumidas MarçoFevereiroJaneiroMaterial 220240 200Seringa 10 mL CMM = Soma do consumo dos 3 meses 3 meses CMM = 660 = 220 3 ESTOQUE DE SEGURANÇA O estoque de segurança (ES) ou estoque mínimo é a quantidade de cada item que deve ser mantida como reserva para garantir a continuidade do atendimento, caso haja elevação brusca no consumo ou atraso no suprimento (ROSA et al., 2001). A área de compras é responsável pelas atividades de apoio fundamental ao processo produtivo, suprindo-o com todas as necessidades de materiais. Pode ser, também, um excelente sistema de redução de custos da empresa, por meio da negociação de preço, na busca de materiais alternativos e de novos fornecedores (POZZO, 2001). ESTOQUE DE SEGURANÇA A forma mais simples e empírica de se calcular o ES é acrescentar, à cota mensal, 10 a 20% do CMM, somado ao consumo diário durante o tempo de reposição (CTR). ES = 10 a 20% do CMM + CTR CTR= CMM/30 X N N = número de dias de espera para reposição ESTOQUE DE SEGURANÇA O tempo de reposição varia de acordo com o sistema de compra do hospital. PROCESSO DE LICITAÇÃO HOSPITAIS PÚBLICOS 4 A 6 MESES Entre o início do processo de compra e o recebimento, armazenagem e distribuição interna do material. PROCESSO DE LICITAÇÃO Com a adoção da modalidade de compra por pregão, o tempo tem diminuído para cerca de um mês. Devido ao custo de se manterem estoques elevados, além do consumo e do tempo de ressuprimento, pode-se considerar a classificação do material obtido pela aplicação da curva ABC. CURVA ABC A curva ABC é adaptada à administração de materiais classifica-se em classes A, B, C obedecendo faixas tais como: Os de maior custo de vigilância prioritária rígida 20% do total dos itensA De vigilância prioritária normal 20% a 30% do total /itensB De vigilância prioritária moderada 50%C CURVA ABC • Para a construção da curva ABC, devem-se • Levantar a relação de todos os itens, • Os custos unitários, • O consumo anual de cada item, • O custo anual ou capital investido e, • Após a coleta, ordená-los segundo o custo anual. Os itens que atingirem o custo anual acumulado próximo de 50% do total do custo anual serão classificados como grupo A ESTOQUE DE SEGURANÇA O estoque de segurança deverá ser calculado por item e por classe, seguindo as seguintes fórmulas. ES de itens A = CMM X 1/3 do TR ES de itens B = CMM X 1/2 do TR ES de itens A = CMM X TR TR : Tempo de reposição ESTOQUE DE SEGURANÇA Classe Y: São de média criticidade, podendo ser substituídos por outros e encontrados no mercado com relativa facilidade. Classe Z: São imprescindíveis, não podendo ser substituídos por outros, ou são de difícil acesso no mercado. Por isso, precisam de um controle melhor, porque não podem faltar na organização. Outra classificação importante para auxiliar na decisão de quando comprar é a XY Z Classe X: São de baixacriticidade; sua falta não acarreta danos ou riscos e eles apresentam facilidade na sua obtenção ESTOQUE DE SEGURANÇA Qualquer que seja a finalidade da organização de saúde, o processo de compra deverá observar os requisitos de qualidade do material. A condução desse processo, no entanto, difere nas organizações públicas, pois, enquanto à administração privada é permitido fazer tudo o que a lei não proíbe, à administração pública só é permitido fazer o que a lei autoriza (Princípio da legalidade). LICITAÇÃO Para a licitação, é indispensável: • Caracterização detalhada do projeto do serviço ou objeto licitável; • Sem indicação de marca, salvo em casos excepcionais, o que reforça a importância da especificação do material; • Realizar orçamentos com, no mínimo, três fornecedores; • Recursos orçamentários disponíveis para compra; • Condições de armazenamento. LICITAÇÃO As modalidades de licitação constantes na Lei 8.666/93 são: CONVITE TOMADA DE PREÇOS LEILÃO PREGÃO CONCURSOS CONCORRÊNCIA LICITAÇÃO As modalidades de licitação constantes na Lei 8.666/93 são: CONVITE TOMADA DE PREÇOS CONCORRÊNCIA Escolhidos e convidados em número mínimo de três pela unidade administrativa; Utilizada entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento; Utilizada entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital; LICITAÇÃO As modalidades de licitação constantes na Lei 8.666/93 são: LEILÃO PREGÃO CONCURSOS Utilizada entre quaisquer interessados para venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados. Utilizada entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico. Essa modalidade vem ganhando espaço na Administração Pública por ser um processo mais dinâmico, que proporciona maior competitividade entre os concorrentes e maior transparência à gestão de compras, visto que a negociação é realizada em sessão pública. LICITAÇÃO As modalidades de licitação constantes na Lei 8.666/93 são: LEILÃO PREGÃO CONCURSOS Utilizada entre quaisquer interessados para venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados. Utilizada entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico. Essa modalidade vem ganhando espaço na Administração Pública por ser um processo mais dinâmico, que proporciona maior competitividade entre os concorrentes e maior transparência à gestão de compras, visto que a negociação é realizada em sessão pública. LICITAÇÃO Outra forma prevista nas Lei 8.666 e Lei 6.544 é o Sistema de Registro de Preços : Realiza-se ampla pesquisa de mercado, com a finalidade de aferir os preços de mercado praticados antes da realização do certame e, trimestralmente, para verificar a compatibilidade dos preços registrados com os praticados SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS ESTOQUE DE SEGURANÇA Existem vários modelos para se calcular o ponto de ressuprimento. A escolha do modelo depende de vários fatores, tais como: • Política financeira e de compras da organização; • Processo de compra; • Capacidade de armazenamento; • Facilidade de obtenção do material; • Pontualidade de entrega pelo fornecedor, entre outros. PAPEL DO ENFERMEIRO O enfermeiro, por assumir o gerenciamento das unidades de atendimento e coordenar toda a atividade assistencial, tem papel o enfermeiro papel preponderante no que diz respeito à determinação do material: • Consecução da assistência tanto nos aspectos quantitativos, como nos qualitativos; • Definição das especificações técnicas; • Estabelecimento do quantitativo; • Análise da qualidade; • Participação do processo de compra; • Estabelecimento de controle e avaliação. PAPEL DO ENFERMEIRO A operacionalização dessas atividades dependerá do sistema de gerenciamento de materiais implantado na organização hospitalar, isto é, se suas fases estão mais ou menos informatizadas. Independentemente disso, no entanto, o enfermeiro deve sempre estar envolvido nos processos de gerenciamento de recursos materiais, com a finalidade de garantir a eficácia da assistência de enfermagem. PAPEL DO ENFERMEIRO • Conhecer e acompanhar o perfil de consumo de materiais de sua unidade, não só os de consumo e medicamentos, mas, também, os esterilizados, encaminhados pelas Centrais de Material; • Promover estratégias de orientação e capacitação dos profissionais de enfermagem, no que se refere ao uso racional do material disponível, bem como de otimização dos recursos; PAPEL DO ENFERMEIRO • É fundamental, ainda, lembrar que as medidas de contenção de gastos de materiais dependem também do estilo de liderança, do processo comunicacional que se estabelece com os funcionários, da satisfação no trabalho e da adequação do espaço físico, entre outros. • É indispensável que o enfermeiro se mantenha atualizado em relação aos novos produtos lançados no mercado e às novas técnicas terapêuticas que exigem a adoção de outros materiais. No entanto, é preciso avaliar sempre o impacto da inclusão de novas tecnologias na assistência e no custo para a organização. PAPEL DO ENFERMEIRO A atuação do enfermeiro na administração de recursos materiais constitui conquista nas esferas da tomada de decisão, destacando, portanto, o importante papel do enfermeiro na dimensão técnico-administrativa inerente aos processos de cuidar e gerenciar, e não, apenas, na concepção de mais uma atividade burocrática que não agrega valor à profissão e ao cuidado. PAPEL DO ENFERMEIRO A atuação do enfermeiro na administração de recursos materiais constitui conquista nas esferas da tomada de decisão, destacando, portanto, o importante papel do enfermeiro na dimensão técnico-administrativa inerente aos processos de cuidar e gerenciar, e não, apenas, na concepção de mais uma atividade burocrática que não agrega valor à profissão e ao cuidado. 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