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Abordagem Propedeutica e Nutricional na HAS e na ICC

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ABORDAGEM PROPEDÊUTICA E NUTRICIONAL NA HAS E NA ICC
Aula 1 - Prof. José dos Reis
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA – HAS
● DEFINIÇÃO: É caracterizada por elevação persistente da pressão arterial, ou seja,
PAS maior ou igual a 140 mmHg e PAD maior ou igual a 90 mmHg. Deve ser medida
com a técnica correta, em pelo menos DUAS ocasiões diferentes, sendo pelo menos
1 fora do ambiente hospitalar e nos dois braços.
● TÉCNICA CORRETA: Dispositivo Eletrônico/Digital de Braço (sendo preferível pelas
diretrizes, desde que validado pelo inmetro) – Artéria Braquial mais calibrosa e com
menor risco se de alterar, se comparada com artéria radial.
→ Palpar pulso radial, insuflar o manguito até o pulso radial não ser palpável, logo em
seguida Insuflar +20 mmHg (Ex. parei de sentir o pulso em 140 mmHg, eu insuflo até 160
mmHg), o esteto estará na fossa cubital (onde passa a artéria braquial) para fazer a
ausculta dos sons de Korotkoff e a desinsuflação tem que ser de forma lenta (cerca de 5
mmHg) por segundo até auscultar o primeiro som.
→ Sons de Korotkoff:
1. Transição do silêncio para a fase I: primeiro ruído = Pressão Sistólica.
2. Fase II e III: sons de ruído.
3. Fase IV para Fase V: Pressão Diastólica.
→ Orientações Importantes:
- Paciente sentado, com os pés apoiados no chão, pernas descruzadas e costas
relaxadas sobre a cadeira.
- Usar manguito apropriado para o tamanho do braço do paciente (Ex. um maguito
pequeno para o braço do paciente vai superestimar a pressão arterial, dando um
valor acima do que realmente está). No caso de paciente obesos, na ausência do
tamanho, deve-se aferir no antebraço.
- Aferir os dois braços, para verificar se há divergência entre as pressões, tanto
sistólica quanto diastólica, pois Caso ocorra uma diferença >15 mmHg da PAS entre
os braços, há o aumento do risco CV, o qual pode estar relacionado com a doença
vascular aterosclerótica.
- Nos casos de grandes refeições e atividade física, verificar PA após 1h. Com relação
a atividade física, será normal a elevação da PA, depois ela retorna ao normal.
- Paciente fumantes, deve-se aguardar 30 min após fumar para aferir.
- Paciente no consultório, aguardar de 3 a 5 minutos após sentar/repouso.
- Paciente hipertenso e diabético, deve-se pesquisar Hipotensão Postural, verifica-se
a pressão do paciente sentado e depois solicitar que ele fique em pé por no mínimo
2 min (ideal 5 min). Se na PAS ≥ 20 mmHg ou na PAD ≥ 10 mmHg, é risco grande
do paciente com Hipotensão.
(Ex. paciente sentado tem PA = 130x80 mmHg e em pé ele tem PA = 110x70 mmHg).
● CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL:
Ex.:
1. Paciente PA 140/100= Hipertensão Estágio II
2. Paciente PA 160/90= Hipertensão Estágio III
OBS.: Para classificar o paciente sempre devo considerar o MAIOR valor do Estágio,
independente se for PAS ou PAD.
→ Hipertensão Sistólica Isolada: PAS ≥ 140 mmHg e PAD está normal.
* Muito comum nos pacientes idosos, por causa do enrijecimento dos vasos.
→ Hipertensão Diastólica Isolada: PAS < 140 mmHg e PAD ≥ 90 mmHg.
→ Consultório X MAPA:
- Consultório Normal + Mapa Normal = Normotensão Verdadeira.
- Consultório Anormal + Mapa Normal = Hipertensão do Avental Branco.
- Consultório Normal + Mapa Anormal – com todos os fatores de risco = Hipertensão
Mascarada.
- Consultório Anormal + Mapa Anormal = Hipertensão Sustentada.
→ MAPA: Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial, o aparelho monitora a PA por
24h, a cada 20 min de dia e a cada 30 min a noite. *Bom para avaliar Hipertensão
Mascarada e do Avental Branco.
→ MRPA: Monitorização Residencial da Pressão Arterial.
→ AMPA: Auto Medida da Pressão Arterial, definição validada pelas diretrizes, paciente em
casa mede e anota, sendo ideal todos os dias no mesmo horário de 7 a 14 dias.
Ex. Clínico: Paciente no ambulatório afere PA de forma aleatória e está 190x110 mmHg,
relata que nunca subiu e não sente nada, não precisa medicar de imediato para ↓ essa PA,
mas pode iniciar tratamento com anti hipertensivo → Janela da oportunidade + encaminhar
pra UBS.
→ Lesão de Órgão Alvo:
- Avaliar todos 1x ao ano;
- Fazer exame de Fundo de Olho
- Índice Tornozelo Braquial (ITB): Relação PAS membro superior (braço) dividido
pela PAS membro inferior (perna) – faz a divisão e essa relação tem que ser maior
que 0,9.
- ECG: dá sinais através do eletrocardiograma, avaliar sobrecarga ventricular
esquerda (se positivo já remete a lesão de órgão alvo)
- Função renal: Calcular a Taxa de filtração glomerular, através da creatinina e uréia,
também solicitar albuminúria e/ou microalbuminúria uma vez ao ano.
● FATORES DE RISCO CV ASSOCIADO AO PACIENTE HIPERTENSO:
1. Tabagismo
2. Dislipidemia
3. DM
4. Sexo Masculino
5. Obesidade
6. Idade: > 55 anos - Homens e > 65 anos - Mulheres
7. História Familiar (pai, mãe, tios, avós)
Ex. Clínico:
- LOA + DRC + DM + DCV = Risco Alto.
- Paciente Pré-hipertenso + LOA + DRC + DM + DCV = Alto Risco.
OBS.: Se tiver 3 ou mais FV já considera paciente de Alto Risco.
● CAUSAS SECUNDÁRIAS:
- É a Hipertensão decorrente de uma causa identificável que pode ser tratada,
determinando melhora ou cura.
- Prevalência de 10 a 20% dos casos.
→ INDÍCIOS (que vão me levar a suspeitar de uma Hipertensão Secundária):
1. Estágio 3 antes dos 30 anos ou após os 55 anos
2. Hipertensão residente ou refratária
3. Utilização de Hormônios
4. Apnéia do sono
5. Fácies Típicas – Cushing
6. Sopros ou massas abdominais – Sopro de estenose renal
7. Assimetria de pulsos – a favor de aterosclerose
→ Causas Não Endócrinas:
1. DRC parenquimatosa
2. Estenose Artéria Renal – aparecimento súbito
3. Apnéia Obstrutiva do sono
→ Endócrinas:
1. Feocromocitoma – tríade (cefaleia, sudorese, palpitação)
2. Hipo/Hipertireoidismo
3. Síndrome de Cushing
4. Obesidade
→ Medicamentos:
1. Aines
2. Simpaticomiméticos – neosoro faz pressão arterial subir.
3. Reposição hormonal
● TRATAMENTO NUTRICIONAL:
- Prevenção primária.
- Dieta Dash: + eficaz, controla e ↓ pressão pressórica.
- Dieta Mediterrânea: azeite de oliva, nozes e castanhas.
- Sódio: limite máx. de 2g/sódio (= 5g/sal). *80% do consumo vem de alimentos
processados.
- Potássio: Queda de 5,3 / 3,1 – (feijão, ervilhas, folhas verdes, banana e melão),
ajuda a reduzir a PA e controle pressórico.
- Laticínios: Efeito hipotensor modesto e laticínios pobres em gordura.
- Chocolate: redução de 4,2 / 2,5 mmHg, cuidado com as calorias.
- Café: Aumento agudo – uso contínuo leva a tolerância, não existem dados que
mostram aumento sustentado.
- Vitamina D - efeito nulo.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA – ICC
● DIAGNÓSTICO: É clínico, os exames vão apenas classificar.
● CLASSIFICAÇÃO: É conforme Fração de Ejeção do Ventrículo Esquerdo (FEVE)
através do Ecocardiograma Transtorácico, sintomas e/ou evolução do quadro clínico
da doença.
- FE Preservada: FE ≥ 50%
- FE Reduzida: FE ≤ 40 %
- FE Levemente Reduzida: FE entre 40 e 50%
- FE Melhorada: Paciente infartou, fez eco e deu 38%, inicia tratamento e volta após
um ano e a fração que era de 38% foi para 52% – fração de ejeção melhorada.
* Em todos os casos, o paciente apresenta sintomas de IC.
● ABORDAGEM NUTRICIONAL DO PACIENTE COM IC:
1. Restrição de Sal: Controverso, não tem estudos com ou sem restrição de sal –
Sabe-se que no Paciente com IC mais sintomática, o consumo em excesso de sal
faz ele reter mais líquido, irá ficar mais congesto (prejudicial porque irá piorar os
sintomas) – a diretriz recomenda o consumo de até 7g/sal por dia.
2. Restrição Hídrica: Paciente internado e descompensado a restrição hídrica é
vantajosa por melhorar os sintomas (1000ml dia), mas o paciente que está bem e
estável clinicamente não deve-se recomendar.
3. Perda de Peso: Paradoxo da Obesidade, baixo peso maior associação com
mortalidade e muito obeso também. IMC de 30 a 35% melhor sobrevida – Faixa
segura (chamada de paradoxo da obesidade).

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