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TUTORIA SP 1.5 - VÁRIAS PEDRAS NO CAMINHO

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Mariana Tainá Oliveira de Freitas | Universidade Potiguar | Turma XXIX C | 2022.2
TUTORIA SP 1.5 - Várias pedras no caminho
Termos desconhecidos—------------------------------
Cristais de OXALATO DE CÁLCIO: possuem formato de envelope, identificados através da análise microscópica
da urina durante o exame de urina tipo 1, também chamado de EAS. O cálcio pode se combinar com várias
substâncias e formar cristais, um dos mais comuns são os de oxalato, que estão presentes em suplementos de
vitamina C ou em alimentos como o espinafre. Os cristais oxalato de cálcio na urina podem ser um prenúncio
de um cálculo renal. Esses cristais, além do cristal de oxalato de cálcio, outros cristais podem ser identificados
na urina, como cristal de fosfato triplo, leucina ou de ácido úrico, cuja causa deve ser identificada e tratada.
Ureia: substância produzida principalmente no fígado, sendo que, após ser metabolizada, é filtrada pelos rins e
eliminada através da urina e do suor. Entretanto, se existir falha no funcionamento dos rins, a quantidade de
ureia no sangue pode se elevar significativamente, já que sua eliminação através da urina ficará prejudicada.
Essa elevação pode ser altamente tóxica para o organismo. Clinicamente essa condição é denominada uremia
Creatinina: substância encontrada no sangue e ligada diretamente ao funcionamento dos rins. Ela é produzida
pelos músculos através da ingestão da fosfocreatina, uma proteína obtida mediante ao consumo dos alimentos e
devido ao trabalho exercido pelos órgãos do sistema digestivo, como o fígado, estômago e o pâncreas. A
fosfocreatina possui a função de fornecer a energia necessária aos músculos para que eles possam executar
suas atividades diárias. Em consequência do uso da fosfocreatina pelos músculos, a creatinina é transportada na
corrente sanguínea até os rins, e por meio de uma filtragem realizada no próprio sangue, a substância é
eliminada pela urina. A quantidade de creatinina no organismo do paciente permite que o médico consiga
examinar a saúde dos rins e se o órgão está funcionando de maneira adequada, filtrando o sangue
corretamente.
Cálculo renal: também chamado de pedra no rim, nefrolitíase ou litíase renal, é uma doença muito comum,
provocada pela cristalização de sais minerais presentes na urina, que se agrupam e formam, literalmente, uma
pequena pedra dentro do trato urinário. Quando essa pedra é grande o suficiente para obstruir o escoamento
da urina, as estruturas internas do rim podem ficar dilatadas, provocando a chamada cólica renal. A cólica renal
pode ser um dos eventos mais dolorosos que o paciente experimenta durante a vida, sendo muitas vezes
descrita como pior que a do parto, de uma fratura óssea, de ferimentos por arma de fogo ou queimaduras.
Cálculo renal e urolitíase são os termos médicos usados para designar as pedras nos rins. Os rins têm como
função equilibrar o volume de água no organismo e filtrar algumas das impurezas que circulam na corrente
sanguínea, produzindo a urina. Ela fica armazenada na bexiga e é posteriormente eliminada do corpo. Quando
pequenos cristais (que podem ser resultantes, por exemplo, do próprio processo de filtragem do sangue que
possui um excesso de certas substâncias, como o cálcio e o ácido úrico) se aglomeram e formam pedrinhas, que
ficam alojadas nos rins e em outras partes do sistema urinário, a pessoa é diagnosticada com cálculo renal.
Existem quatro tipos de cálculo renal. São eles: cálculo de cálcio (é o mais comum), cálculo de cistina (que surge
em pessoas com uma doença renal crônica chamada de cistinúria), cálculo de estruvita (os que mais crescem e
podem bloquear os pontos do sistema urinário onde se encontram) e o cálculo de ácido úrico, que é mais
comum nos pacientes do sexo masculino.
Mariana Tainá Oliveira de Freitas | Universidade Potiguar | Turma XXIX C | 2022.2
Sistema urinário—--------------------------------
Funções
Os rins desempenham muitas funções homeostáticas importantes, incluindo as seguintes:
• Excreção de produtos indesejáveis do metabolismo e de substâncias químicas estranhas.
• Regulação do equilíbrio de água e dos eletrólitos.
• Regulação da osmolalidade dos líquidos corporais e da concentração de eletrólitos.
• Regulação da pressão arterial. Regulação do equilíbrio ácido-base. Regulação da produção de hemácias.
• Secreção, metabolismo e excreção de hormônios.
• Gliconeogênese.
Filtração glomerular —-----------------------------
O primeiro passo na formação de urina é a filtração de grandes quantidades de líquidos através dos capilares
glomerulares para dentro da cápsula de Bowman - quase 180 Lao dia.
A maior parte desse filtrado é reabsorvida, deixando apenas cerca de 1L de líquido para excreção diária, embora
a taxa de excreção renal de líquidos possa ser muito variável, dependendo da ingestão.
A elevada taxa de filtração glomerular depende da alta taxa de fluxo sanguíneo renal, bem como de
propriedades especiais das membranas nos capilares glomerulares.
COMPOSIÇÃO DO FILTRADO GLOMERULAR:
Como a maioria dos capilares, os capilares glomerulares são relativamente impermeáveis às proteínas, assim, o
líquido filtrado (chamado filtrado glomerular é essencialmente livre de proteinas e desprovido de elementos
celulares como as hemácias.
As concentrações de outros constituintes do filtrado glomerular, incluindo a maioria dos sais e moléculas
orgânicas, são similares às concentrações no plasma.
Quase metade do cálcio e a maioria dos ácidos graxos plasmáticos estão ligadas às proteínas plasmáticas e essa
parte ligada não é filtrada pelos capilares glomerulares.
A FG é determinada pelo (1) balanço das forças hidrostáticas e coloidosmóticas, atuando através da membrana
capilar; e (2) o coeficiente de filtração capilar (Kf), o produto da permeabilidade e da área de superfície de
filtração dos capilares.
Os capilares glomerulares têm elevada intensidade de filtração, muito maior que a maioria dos outros capilares,
devido à alta pressão hidrostática glomerular e ao alto Kf.
No ser humano adulto médio, a FG é de cerca de 125 mL/min, ou 180 L/dia. A fração do fluxo plasmático renal
filtrado (a fração de filtração) é, em média, de 0,2, significando que cerca de 20% do plasma, que fluem pelos
rins, são filtrados pelos capilares glomerulares.
Mariana Tainá Oliveira de Freitas | Universidade Potiguar | Turma XXIX C | 2022.2
MEMBRANA CAPILAR GLOMERULAR:
A membrana capilar glomerular é semelhante à encontrada em outros capilares, exceto por ter três (em vez de
duas) camadas principais: (1) o endotélio capilar; (2) a membrana basal; e (3) a camada de células epiteliais
(podócitos), sobre a superfície externa da membrana basal capilar. Juntas, essas camadas compõem uma
barreira à filtração que, apesar das três camadas, filtra diversas centenas de vezes mais água e solutos do que a
membrana capilar normal. Mesmo com essa alta intensidade da filtração, a membrana capilar glomerular
normalmente não filtra proteínas plasmáticas. O endotélio capilar é perfurado por milhares de pequenos
orifícios chamados fenestrações, embora menores que as fenestrações do fígado.
Embora as fenestrações sejam relativamente grandes, as proteínas das células endoteliais são ricamente
dotadas de cargas fixas negativas que impedem a passagem das proteínas plasmáticas.
A membrana basal que consiste em uma trama de colágeno e fibrilas proteoglicanas com grandes espaços, pelos
quais grande quantidade de água e de pequenos solutos pode ser filtrada. A membrana basal evita de modo
eficiente a filtração das proteínas plasmáticas, em parte devido às fortes cargas elétricas negativas associadas
aos proteoglicanos. A camada de células epiteliais que recobre a superfície externa do glomérulo não é
contínua, mas têm longos processos semelhantes a pés (podócitos) que revestem a superfície externa dos
capilares. Os podócitos são separados por lacunas, chamadas fendas de filtração, pelas quais o filtrado
glomerular se desloca.
Apesar da altaintensidade da filtração, a barreira de filtração glomerular é seletiva na determinação de quais
moléculas serão filtradas, com base no seu tamanho e em sua carga elétrica. Eletrólitos, tais como sódio e
pequenos compostos orgânicos como a glicose, são livremente filtrados. Conforme o peso molecular da
molécula se aproxima ao da albumina, a filtrabilidade rapidamente diminui em direção ao de zero. O diâmetro
molecular da proteína plasmática albumina é de apenas cerca de 6 nanômetros, enquanto se supõe que os poros
da membrana glomerular tenham cerca de 8 nanômetros (80 ângstrons).
No entanto, a albumina tem filtração restrita por causa da sua carga negativa e da repulsão eletrostática
exercida pelas cargas negativas dos proteoglicanos presentes na parede dos capilares glomerulares. Em certas
Mariana Tainá Oliveira de Freitas | Universidade Potiguar | Turma XXIX C | 2022.2
doenças renais, as cargas negativas, na membra na basal, são perdidas até mesmo antes que ocorram alterações
histológicas dignas de nota, condição referida como nefropatia com alteração mínima.
Como resultado dessa perda das cargas negativas nas membranas basais, algumas das proteínas, com baixo
peso molecular, especialmente a albumina, são filtradas e aparecem na urina, condição conhecida como
proteinúria ou albuminúria.
Equilíbrio hidroeletrolítico —-------------------------
Caso o ganho exceda a excreção, a quantidade de água e de eletrólitos no corpo aumentará. Caso o ganho seja
menor que a excreção, a quantidade de água e de eletrólitos no corpo diminuirá. A entrada de água e de muitos
eletrólitos é controlada principalmente pelos hábitos da ingestão de sólidos e de líquidos da pessoa, requerendo
que os rins ajustem suas intensidades de excreção para coincidir com a ingestão de várias substâncias.
Cerca de 2 a 3 dias, após a elevação da ingesta de a excreção renal também aumenta para aproximadamente 300
mEq/dia, de modo que o equilíbrio entre a ingestão e a excreção é restabelecido rapidamente. Entretanto,
durante os 2 a 3 dias de adaptação renal, à alta entrada de sódio, ocorre acúmulo modesto de sódio que
discretamente eleva o volume de líquido extracelular e desencadeia alterações hormonais e outras respostas
compensatórias. Essas respostas sinalizam os rins para que aumente a excreção de sódio. A capacidade dos rins
de alterar a excreção de sódio em resposta às alterações na ingestão de sódio é enorme.
Mecanismo endócrino e neural —-------------------------
Endócrino
Dois hormônios atuam de maneira importante no controle do sistema excretor (urinário): hormônio
antidiurético (ADH ou vasopressina) e aldosterona. O primeiro é produzido no hipotálamo e, através da
circulação sanguínea, atinge os néfrons promovendo o aumento da reabsorção de água e, consequentemente,
reduzindo o volume urinário. O segundo, por outro lado, é sintetizado pelas suprarrenais e atua nos rins
promovendo maior retenção de sais minerais. É importante ressaltar que, apesar de terem as funções
apontadas anteriormente, estes hormônios também ajudam a controlar a pressão sanguínea. Um efeito direto
do ADH, por exemplo, é aumentar o volume de líquido nos vasos sanguíneos ou, em outras palavras, aumentar a
quantidade de sangue circulante. A aldosterona atua de maneira mais indireta. Ao elevar a taxa de sais na
circulação, ela favorece a captação de líquidos e acaba chegando ao mesmo resultado que a vasopressina. Um
cuidado particularmente importante quanto a estes hormônios diz respeito à ingestão de bebidas alcoólicas,
uma vez que o etanol inibe a produção de ADH. Assim, quanto mais um indivíduo bebe, menos secreta este
mensageiro, e maior é a vontade de urinar. Como consequência da eliminação excessiva de água pode haver
desidratação severa que leva à ressaca.
Mariana Tainá Oliveira de Freitas | Universidade Potiguar | Turma XXIX C | 2022.2
Formação e composição da urina —------------------------
As intensidades com que as diferentes substâncias são excretadas na urina representam a soma de três
processos renais: (1) filtração glomerular; (2) reabsorção de substâncias dos túbulos renais para o sangue; e (3)
secreção de substâncias do sangue para os túbulos renais.
A formação da urina começa quando grande quantidade de líquido praticamente sem proteínas é filtrada dos
capilares glomerulares para o interior da cápsula de Bowman. A maior parte das substâncias no plasma, exceto
as proteínas, é livremente filtrada, de modo que a concentração dessas substâncias no filtrado glomerular da
cápsula de Bowman é a mesma do plasma. Conforme o líquido filtrado sai da cápsula de Bowman e flui pelos
túbulos, é modificado pela reabsorção de água e solutos específicos, de volta para os capilares peritubulares ou
pela secreção de outras substâncias dos capilares peritubulares para os túbulos.
A substância, mostrada no painel A, é livremente filtrada pelos capilares glomerulares, mas não é reabsorvida e
nem tampouco secretada. Portanto, a intensidade da excreção é igual à intensidade com que foi filtrada. Certas
substâncias indesejáveis no corpo, tais como a creatinina, são depuradas pelos rins dessa maneira, permitindo
a excreção de praticamente todo o filtrado.
No painel B, a substância é livremente filtrada, mas também é parcialmente reabsorvida pelos túbulos de volta
para a corrente sanguínea. Portanto, a intensidade da excreção urinária é menor que a da filtração pelos
capilares glomerulares. Nesse caso, a intensidade da excreção é calculada como a intensidade da filtração
menos a da reabsorção. Esse padrão é típico para muitos eletrólitos corporais, como os íons sódio e cloreto.
No painel C, a substância é livremente filtrada pelos capilares glomerulares, mas não é excretada na urina
porque toda a substância filtrada é reabsorvida pelos túbulos de volta para a corrente sanguínea. Esse padrão
ocorre para algumas substâncias nutricionais que estão presentes no sangue, como aminoácidos e glicose. Esse
tipo de depuração permite a conservação dessas substâncias nos líquidos corporais.
A substância no painel D é livremente filtrada pelos capilares glomerulares, não sendo reabsorvida, mas
quantidades adicionais dessa substância são secretadas do sangue capilar peritubular para os túbulos renais.
Esse padrão frequentemente ocorre com os ácidos e as bases orgânicas e permite que essas substâncias sejam
Mariana Tainá Oliveira de Freitas | Universidade Potiguar | Turma XXIX C | 2022.2
rapidamente retiradas do sangue, para serem excretadas, em grande quantidade, na urina. A intensidade da
excreção, nesse caso, é calculada como a intensidade da filtração mais a de secreção tubular.
Para cada substância plasmática, ocorre combinação de filtração, reabsorção e secreção. A intensidade com que
cada substância é excretada na urina depende das intensidades relativas desses três processos renais básicos.
Fisiopatologia da insuficiência renal—-----------------------
As doenças renais graves podem ser divididas em duas categorias principais:
1. Injúria renal aguda (IRA), na qual se produz uma perda brusca da função renal em um prazo de dias: o termo
insuficiência renal aguda deve ser reservado para lesões renais agudas e graves, nas quais os rins subitamente
param de funcionar de modo total ou quase total, sendo necessário um tratamento de substituição renal, por
exemplo, diálise. Em alguns casos, os pacientes com lesão renal aguda, podem posteriormente recuperar uma
função renal quase normal.
2. Doença renal crônica (DRC), na qual há perda progressiva da função de número crescente de néfrons que, de
modo gradual, vão diminuindo a função geral dos rins.
INJÚRIA RENAL AGUDA
As causas da injúria renal aguda podem ser divididas em três categorias principais:
1. A injúria renal aguda decorrente da diminuição do aporte sanguíneo para os rins. Essa condição é conhecida
como injúria renal aguda pré-renal, por refletir uma anormalidade originada fora dos rins. Por exemplo, a
insuficiência renal aguda pré-renalpode ser consequência de insuficiência cardíaca, com redução do débito
cardíaco e pressão sanguínea baixa, ou de condições associadas a menor volume de sangue e pressão sanguínea
baixa, como nas hemorragias graves.
2. Injúria renal aguda intrarrenal, decorrente de anormalidades nos próprios rins, incluindo as que afetam os
vasos sanguíneos, os glomérulos ou os túbulos.
Mariana Tainá Oliveira de Freitas | Universidade Potiguar | Turma XXIX C | 2022.2
3. Injúria renal aguda pós-renal, decorrente da obstrução do sistema coletor de urina, em qualquer ponto,
desde os cálices até a saída da bexiga. As causas mais comuns de obstrução do trato urinário fora do rim são
cálculos renais causados por precipitação de cálcio, urato ou cistina.
A DOENÇA RENAL CRÔNICA É FREQUENTEMENTE ASSOCIADA A UMA PERDA IRREVERSÍVEL DE
NÉFRONS FUNCIONAIS
A DRC é definida normalmente como a presença de um dano renal ou uma redução da função renal que
persiste durante pelo menos 3 meses. Frequentemente está associada a perda progressiva e irreversível de
grande número de néfrons funcionais. Normalmente, não ocorrem sintomas clínicos sérios até que o número
de néfrons funcionais diminua, pelo menos, a 70% a 75% abaixo do normal. Na
verdade, concentrações relativamente normais da maioria dos eletrólitos e dos volumes de líquidos corporais
normais ainda podem se manter até o número de néfrons funcionais cair abaixo de 20% a 25% do normal.
Em geral, a nefropatia crônica, bem como a insuficiência renal aguda, pode ocorrer devido a distúrbios nos
vasos sanguíneos, nos glomérulos, nos túbulos, no interstício renal e no trato urinário inferior. A respeito da
grande variedade de doenças capazes de levar à nefropatia crônica, o resultado final é essencialmente o mesmo
- a redução do número de néfrons funcionais.
Algumas causas da DRC: Distúrbios Metabólicos
Diabetes melito; Obesidade; Amiloidose; Hipertensão
Distúrbios Vasculares Renais
estabelecimentos para os quais os pacientes que precisam do cuidado deverão ser encaminhados.
A Terapia Renal Substitutiva é uma das modalidades de substituição da função renal por meio dos seguintes
procedimentos:
Aterosclerose; Nefrosclerose-hipertensão;
• diálise peritoneal;
• transplante renal.
Fatores biopsicossociais—----------------------------
O Sistema Unico de Saúde (SUS) é responsável por 87,2% do custo total da terapia de substituição renal (TSR). De
acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), no Brasil, existem 684 centros de tratamento dialítico.
Dentre as diversas definições de qualidade de vida, pode-se citar a proposta pela Organização Mundial da
Saúde, que compreende este conceito como a "percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto de
sua cultura e no sistema de valores em que vive e em relação a suas expectativas, seus padrões e suas
preocupações"(3).
As mudanças no estilo devida acarretadas pela insuficiência renal crônica e pelo tratamento dialítico ocasionam
limitações físicas, sexuais, psicológicas, familiares e sociais, que podem afetar a qualidade de vida. Na vivência
cotidiana com estes pacientes, os mesmos expressam sentimentos negativos, como medo do prognóstico, da
incapacidade, da dependência econômica e da alteração da autoimagem. Por outro lado, eles também
reconhecem que o tratamento lhes possibilita a espera pelo transplante renal e, com isso, uma expectativa de
melhorar sua qualidade de vida. As mudanças decorrentes do tratamento atingem seus familiares, pois esses
Mariana Tainá Oliveira de Freitas | Universidade Potiguar | Turma XXIX C | 2022.2
necessitam ajustar sua rotina diária às necessidades de apoio ao familiar que apresenta insuficiência renal
crônica. Desse modo, faz-se necessário que os trabalhadores da saúde e da Enfermagem, em particular,
considerem a relevância dessas questões na sua abordagem e na elaboração do seu plano de cuidados.
Neste sentido, a Enfermagem vem desenvolvendo pesquisas voltadas para a melhoria da qualidade de vida de
pacientes acometidos por doenças crônicas, acompanhando a tendência da área da saúde, pois, além do esforço
e investimento direcionados ao aumento de anos de vida, com êxito, faz-se necessária a preocupação com a
qualidade na vida aos anos a mais que foram conquistados.
Para tanto, acredita-se ser necessário atuar de modo mais próximo a estes pacientes; conhecer suas percepções
frente às limitações enfrentadas e ao tratamento dialítico; descobrir os possíveis comprometimentos
decorrentes destas situações, bem como as adaptações necessárias em suas vidas para a concretização do
tratamento.
As percepções do impacto da doença e do tratamento dialítico
A insuficiência renal crônica representa a perda gradativa, lenta e progressiva da função de alguns néfrons,
mantendo outros, com suas funções em condições adequadas até a irreversibilidade do comprometimento das
funções renais. É também uma condição silenciosa, pois o paciente só começa a perceber que apresenta alguma
alteração renal quando inicia o aparecimento dos sintomas urêmicos, ou seja, quando os rins perdem
aproximadamente 50% de sua função.
Após a descoberta do diagnóstico de IRC, os pacientes passam por um processo de rejeição/aceitação frente à
necessidade do tratamento dialítico, podendo apresentar diferentes reações e modos de agir durante o
processo de enfrentamento.
A hemodiálise acarreta sentimentos ambíguos de aceitação e revolta nos sujeitos que necessitam deste
tratamento para sobreviver, pois ao mesmo tempo em que garante a vida, torna a pessoa dependente da
tecnologia. Há um simbolismo atribuído à hemodiálise, tratando a mesma como uma relação de "vida e morte",
considerando que a sobrevivência é possível pelo procedimento de hemodiálise.
Os sentimentos relatados pelos pacientes incluem angústia,
insegurança, pânico, depressão, desânimo, sensação de prisão da máquina, medo relacionado às limitações
decorrentes desta situação e das suas repercussões e modificações no modo de ser e viver, com possíveis
alterações em sua qualidade de vida.
A IRC e a necessidade de realizar um tratamento dialítico provocam sucessivas mudanças na vida dos pacientes,
tanto físicas, quanto psicológicas e sociais. Há a necessidade de mudar hábitos na alimentação: evitar o sal, a
gordura e o excesso de líquidos, exigindo um controle que antes não era realizado por estes pacientes.
A modificação de hábitos alimentares e hídricos foi necessária para que estes pacientes melhorassem sua
qualidade de vida. Para tanto, foi fundamental a ação educativa da equipe de saúde esclarecendo os
questionamentos relativos à dieta e suas restrições; o controle da ingestão hídrica e, também, os nutrientes
indispensáveis para uma adequada ao quadro clínico.
Essas mudanças nos hábitos de vida não se restringem à alimentação e hidratação. Quando se apresenta uma
doença crônica, a necessidade de mudanças pode se estender a hábitos relacionados com a atividade física,
lazer e trabalho. Além disso, o paciente permanece dependente de tecnologias, podendo ser necessária a
Mariana Tainá Oliveira de Freitas | Universidade Potiguar | Turma XXIX C | 2022.2
utilização contínua de medicações, assim como a dependência de familiares, de profissionais de saúde e ou de
outros cuidadores. Assim, a vida pode tornar-se um desafio.
A restrição física de um dos braços, em decorrência da fístula arteriovenosa FAV), e do desconforto causado
pelo cateter no pescoço provocou mudanças no desempenho das atividades diárias e profissionais dos
pacientes, tornando-os mais inseguros no cuidado consigo mesmo.
A interrupção das atividades profissionais em decorrência do diagnóstico e do tratamento dialítico, na visão
destes pacientes, foi influenciada por vários fatores, dentre os quais ressaltam o fato de ter que se submeter às
sessões de tratamento dialítico, de modo contínuo, por três dias na semana, necessitando ausentar-se do seu
local de trabalho repetidamente e por muito tempo.
Além do trabalho, essas mudançasatingem outras dimensões da vida social, pois as relações sociais que
estabeleciam no ambiente de trabalho, nas atividades de lazer e nas viagens são alteradas pelo tratamento. A
alegria de viver associada ao prazer de viajar, de visitar a família, valorizada por eles como importantes para
manter sua qualidade de vida, ficam comprometidas, inicialmente, por sentirem-se inseguros com o cuidado
com a fístula e, também, por estarem receosos em realizar o tratamento dialítico em outra instituição de saúde
com uma equipe desconhecida da sua, em outra cidade. Posteriormente, quando se habituam ao tratamento,
passam a superar as limitações e os desconfortos ocasionados pelo tratamento, realizando as adaptações
necessárias, e readequando suas atividades de acordo com que lhes é possível como portadores de uma doença
crônica.
Rede de atenção especializada para pacientes renais—------------------
Acesso e regulação das doenças renais crônicas:
É papel da Atenção Básica a atuação na prevenção dos fatores de risco e proteção para a doença renal crônica.
Os profissionais de saúde desse nível de atenção devem estar preparados para identificar, por meio da
anamnese e do exame clínico, os casos com suspeita e referenciá-los para a Atenção Especializada para
investigação diagnóstica definitiva e tratamento.
A Atenção Especializada, por sua vez, é composta por unidades hospitalares e ambulatoriais, serviços de apoio
diagnóstico e terapêutico responsáveis pelo acesso às consultas e exames especializados. Logo, o acesso à
Atenção
Especializada é baseado em protocolos de regulação gerenciados pelas Secretarias Estaduais e Municipais de
Saúde, as quais competem organizar o atendimento dos pacientes na rede assistencial, definindo os
estabelecimentos para os quais os pacientes que precisam do cuidado deverão ser encaminhados.
A Terapia Renal Substitutiva é uma das modalidades de substituição da função renal por meio dos seguintes
procedimentos:
Aterosclerose; Nefrosclerose-hipertensão;
• diálise peritoneal;
• transplante renal.
Para os pacientes com Doença Crônica Renal, o SUS oferta duas modalidades de Terapia Renal Substitutiva
(TRS), tratamentos que substituem a função dos rins: a hemodiálise, que bombeia o sangue através de uma
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máquina e um dialisador, para remover as toxinas do organismo. O tratamento acontece em clínica
especializada três vezes por semana.
A diálise peritoneal feita diariamente na casa do paciente e a diálise peritoneal, feita por meio da inserção de
um cateter flexível no abdome do paciente, é feita diariamente na casa do paciente, normalmente no período
noturno.
Transplante renal:
Para começar, é preciso estar inscrito no Cadastro Técnico Único - CTU (antes conhecido como Lista Única).
Nesta lista de espera são aceitos potenciais receptores, como você, que estejam com diagnóstico de
insuficiência renal crônica.
O Cadastro Técnico Único, é formado pelos potenciais receptores brasileiros (natos ou naturalizados) e
estrangeiros residentes no país, inscritos para transplante. Cada tipo de órgão, tecido, célula ou parte do corpo
tem sua própria lista. O CTU não é como uma fila comum. Além da ordem de inscrição, os critérios são
elaborados e regulamentados pelo Ministério da Saúde e analisados pelo seu médico para que o órgão
selecionado para você seja o mais adequado possível a sua necessidade.
Em lista de transplantes, quando um paciente é priorizado significa que ele se encaixa nos critérios de
gravidade estabelecidos e pré-determinados pelo Ministério da Saúde. Para transplante de rim, o critério é
impossibilidade técnica total e permanente para obtenção de acesso para a realização de qualquer das
modalidades de diálise. A solicitação de priorização de um paciente é de competência da equipe médica
transplantadora munida dos documentos que comprovem a gravidade do quadro clínico. Estes são enviados a
Central de Transplantes, que por sua vez lança no sistema a priorização.

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