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COMPETÊNCIAS DA ENGENHARIA CLÍNICA II ERGONOMIA E FATORES HUMANOS PARTE I ERGONOMIA CONCEITOS A ergonomia é o estudo da relação entre o homem e seu ambiente de trabalho. Esse termo não abrange somente o ambiente propriamente dito, como também envolve os instrumentos, as máquinas, o mobiliário, os métodos e a organização do trabalho (ALEXANDRE, 1998; PETZHOLD; VIDAL, 2003). A evolução da tecnologia permite projetar ferramentas, máquinas, equipamentos e serviços com um alto desempenho, porém os projetos devem respeitar as exigências para que sejam adequados aos limites e capacidades do ser humano (MONDELO; GREGORI; BARRAU, 1999). ERGONOMIA CONCEITOS A Ergonomia cuida do ajuste entre o usuário de equipamento e de seus ambientes, buscando a melhor forma de executar uma tarefa com o menor desperdício de energia levando em conta as capacidades, as limitações e as características de cada operador. Ergonomia Física está preocupada com a anatomia humana e alguns dos antropométricos, fisiológicas e características da biomecânica, como eles, relacionados com a física; Ergonomia Cognitiva trata de processos mentais, tais como percepção, memória, raciocínio e resposta motora, conforme afetam interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. ERGONOMIA OBJETIVOS - Segurança. - Satisfação e o bem-estar dos trabalhadores no seu relacionamento com sistemas produtivos (IIDA, 2005). - Melhorar a qualidade de vida dos usuários, tanto para o profissional durante a utilização do equipamento, quanto para o paciente. - Redução de erros, aumentando a qualidade dos serviços e o bem-estar dos usuários, (MONDELO; GREGORI; BARRAU, 1999). ERGONOMIA OBJETIVOS É relevante na concepção de coisas como móveis seguros e fácil de usar interfaces para máquinas e equipamentos. Um design ergonômico adequado é necessário para evitar lesões por esforços repetitivos e outras perturbações musculoesqueléticas, que podem se desenvolver ao longo do tempo e podem levar à incapacidade em longo prazo. ERGONOMIA OBJETIVOS Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe descrever uma análise ergonômica do trabalho onde se usa o equipamentos medico assistenciasis em estudo, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido na NR-17. ERGONOMIA OBJETIVOS Os parâmetros a serem analisados em um ambiente de trabalho incluem: • Levantamento, transporte e descarga individual de materiais; • Mobiliário do posto de trabalho; • Equipamentos nos postos; • Condições ambientais; • Organização do trabalho; • Capacitação dos trabalhadores; • Condições sanitárias de conforto; • Programas de saúde ocupacional e de prevenção de riscos ambientais; • Disposições transitórias. ERGONOMIA USABILIDADE CONCEITOS Segundo a ISO 9241-11, pela ótica da ergonomia, a usabilidade é definida como: “a capacidade de um produto ser usado por usuários específicos para atingir objetivos específicos com eficácia, eficiência e satisfação em um contexto específico de uso” (ISO, 1998, tradução própria). ERGONOMIA USABILIDADE A usabilidade pode ser compreendida como uma característica do fator humano relacionada à facilidade de uso, efetividade, eficiência e satisfação do usuário, e deve ser considerada desde o desenvolvimento do produto. Em seu sentido mais amplo, a usabilidade da interação humano- computador, por exemplo, não abrange apenas o sistema informatizado, mas o equipamento e o mobiliário incluídos no ambiente de trabalho, fazendo interseção com a usabilidade de produtos. ERGONOMIA USABILIDADE RISCOS DE EQUIPAMENTO COM USABILIDADE RUIM - Modificações de alto custo. - Insatisfação do cliente. - Grande número de atendimento ao cliente. - Alto número de chamadas de serviço. - Reclamações, perda de produtividade. - Recalls. - Perda de receita. ERGONOMIA USABILIDADE IMPORTÂNCIA Sobrevivência das empresas desenvolvedoras de equipamentos médicos. Mais de um terço dos incidentes envolvendo dispositivos médicos tinham envolvidas questões de usabilidade e, em média, 195.000 pessoas morrem nos hospitais americanos anualmente por causa de erros médicos. (relatório publicado pelo FDA). Interfaces de equipamentos médicos tem se tornado cada vez mais complexas e, sem dúvida, podem contribuir e muito para o problema. ERGONOMIA USABILIDADE A norma ABNT NBR IEC 62366: Aplicação de Engenharia de Usabilidade para Produtos para a Saúde é um padrão internacional que aponta diretamente para redução do risco de erros na utilização de produtos para a saúde, focada para fabricantes, para ser aplicada durante o desenvolvimento do produto. ERGONOMIA USABILIDADE FATORES • Atitude – devem ser considerados custos humanos aceitáveis em termos de fadiga, estresse, frustração, desconforto e satisfação. • Flexibilidade – o produto deve ser capaz de lidar com um limite razoável de variação de tarefas. • Facilidade de aprendizagem – deve permitir que os usuários alcancem níveis de desempenho aceitáveis. • Utilidade percebida do produto – o maior indicador da usabilidade de um produto é se ele é usado. ERGONOMIA USABILIDADE FATORES • Adequação à tarefa – um produto “usável” deve apresentar uma adequação aceitável entre as funções oferecidas pelo sistema e as necessidades e requisitos dos usuários. • Características da tarefa – a frequência com que uma tarefa pode ser desempenhada e o grau no qual a tarefa pode ser modificada. • Características dos usuários – incluída nas definições de usabilidade que se refere ao conhecimento, habilidade e motivação da população usuária. Objetivos de usabilidade Medidas de Eficiência Medidas de Eficácia Medidas de Satisfação Usabilidade global Porcentagem de objetivos alcançados Tempo para completar uma tarefa Escala de satisfação Usabilidade global Porcentagem de usuários completando a tarefa com sucesso Tarefas completadas por unidade de tempo Frequência de uso Usabilidade global Média das tarefas completas Custo monetário de realização da tarefa Frequência de reclamações ERGONOMIA USABILIDADE ESPECIFICAÇÕES A especificação da usabilidade deve conter, de acordo com a Norma: • Especificação da aplicação; • Riscos relacionados ao uso do e quipamento; • Erros de uso previstos; • Cenários de uso do equipamento; • Ações do operador; • Requisitos da interface equipamento-operador; • Requisitos para determinar se as operações são reconhecidas pelo operador. COMPETÊNCIAS DA ENGENHARIA CLÍNICA II ERGONOMIA E FATORES HUMANOS PARTE II ERGONOMIA PROBLEMAS As lesões do sistema músculo esquelético têm despertado a atenção de pesquisadores do mundo inteiro, visto que são uma das mais importantes causas de morbidade e de incapacidade de adultos, e também pelos custos econômicos que acarretam. A elucidação de fatores que causam lesões no sistema osteomuscular tem sido objeto de numerosos trabalhos que atualmente se voltam para aspectos amplos como fatores psicológicos, condições socioeconômicas, defeitos posturais e estilo de vida. ERGONOMIA PROBLEMAS Determinadas posturas e movimentações adotadas por um trabalhador repetidamente, durante anos, pode afetar a sua musculatura e a sua constituição ósseo-articular, principalmente a da coluna e dos membros, resultando, em curto prazo, em dores que se prolongam além do horário de trabalho. Em longo prazo podem resultar em lesões permanentes e deformidades. ERGONOMIA PROBLEMAS Entre essas afecções estão incluídas as enfermidades da coluna vertebral sendo que as dores e queixas crônicas relacionadas com a coluna vertebral constituem um complexo desafio para a Saúde Ocupacional. Há uma associação entre os problemas na coluna vertebral com a movimentação de pacientes acamados e com o excesso de esforço físico ao transportá-los. ERGONOMIA PROBLEMAS Já se sabe inclusive que durante a realizaçãodesses procedimentos, o peso levantado por funcionários de enfermagem igualam-se ou mesmo excedem as recomendações. Além disso, são realizados sob condições desfavoráveis, com uma equipe insuficiente e com equipamentos inadequados e sem manutenção ERGONOMIA PROBLEMAS Para avaliar a manipulação de um paciente, além de todas as variáveis já citadas, deve-se pensar em fatores como disponibilidade de auxílios mecânicos; tipos de transportes; equipamentos utilizados; espaço físico disponível; e, finalmente, não se pode esquecer da segurança e conforto do próprio paciente. ERGONOMIA SOLUÇÕES LAVADORA BANHO DE PACIENTE CARROS ERGONOMICOS https://www.osha.gov/ergonomics/guidelines/nursinghome/images ERGONOMIA SOLUÇÕES Tranferencia lateral reposicionamento ficar em pé ERGONOMIA PROBLEMAS Fonte http://www.uib.no/en/rg/physther/84760/self-reported-and-tested-function-health-care-workers-musculoskeletal-disorders fonte http://enhs.umn.edu/current/6120/2007/nursinghome/lifting.gif ERGONOMIA EQUIPAMENTOS ERGONOMIA EQUIPAMENTOS - CASO PRÁTICO Implementou uma política de realizar todas as transferências de pacientes assistidos com elevadores mecânicos, e comprou leitos ajustáveis eletricamente. De acordo com Wyandot nenhuma lesão nas costas do levantamento residente ocorreu em mais de cinco anos (Wyandot County Nursing Home, Ohio) Os custos de compensação dos trabalhadores diminuíram de uma média de quase US $ 140.000 por ano para menos de US $ 4.000 por ano, absentismo reduzido e horas extras resultaram em economias anuais de aproximadamente US $ 55.000 e uma redução nos custos associados Salvou um adicional de US $ 125.000 (Wyandot County Nursing Home, Ohio) FATORES HUMANOS INTERFACE USUÁRIO QUESTÕES RELEVANTES O menu é de fácil entendimento e bem visível? Os comandos do equipamento são de fácil utilização? O equipamento apresenta alguma sequência de comando para sua utilização com segurança? As funções para utilização do equipamento são de fácil aprendizado? Os botões e comandos do equipamento apresentam claramente qual a sua função? FATORES HUMANOS INTERFACE USUÁRIO EXEMPLO MONITOR MULTIPARAMETRICO http://www.medicalmed. com.br/home/produto/ monitorizacao/monitor- multiparametrico/monit or-multiparametrico- bm5-bionet-52131.html Fonte: http://www.medicalmed.com.br/home/produto/monitorizacao/ monitor-multiparametrico/monitor-multiparametrico-bm5-bionet-52131.html FATORES HUMANOS INTERFACE USUÁRIO FADIGA DE ALARME Fonte: http://www.sfgate.com/health/article/Medical-equipment-generates-millions-of-alerts-5884480.php Os alarmes são recursos que equipam maciçamente todos os equipamentos eletromédicos, constituindo-se em um dos principais recursos encontrados pela indústria para alertar os profissionais de saúde para os desvios a partir de um predeterminado estado de normalidade, denotando supostamente a melhoria da segurança do paciente. FATORES HUMANOS INTERFACE USUÁRIO FADIGA DE ALARME Essa falsa sensação de segurança poderá contribuir para o fenômeno fadiga de alarmes, que se manifesta quando um grande número de alarmes sobrecarrega a equipe, contribuindo para que um evento de risco de vida verdadeiro se perca em uma cacofonia de ruídos de alarmes concorrentes. Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-xCnN1beCtJY/T9db4Kwi3- /AAAAAAAAACA/geO7Xnm265E/s1600/alarm-fatigue- infographic.png COMPETÊNCIAS DA ENGENHARIA CLÍNICA II REDES DE COMUNICAÇÃO - TELEFONIA PARTE I REDES DE COMUNICAÇÃO CONCEITOS ● As redes de comunicações estão sendo aperfeiçoadas constantamente para suportar a transmissão cada vez maior de informações. ● A introdução de novas tecnologias precisa ser implementada em todos os componentes de uma rede de comunicação, tais como: - Equipamentos da rede (elementos de rede), - Meios de transmissão (redes de transporte), - Sistemas de gerenciamento de rede. REDES DE COMUNICAÇÃO CONCEITOS ● Uma rede de telecomunicações pode ser composta de várias sub-redes, dependentes do tipo de serviço que é provido ao consumidor. ● Os serviços utilizados pelos assinantes são dispostos em categorias. ● As categorias mais comuns são: - Telefonia fixa - Telefonia celular - Telefonia pública - Comunicação de dados REDE TELEFÔNICA CONCEITOS ● Rede Telefônica: sistema integrado de fios, de cabos, de terminais (aparelhos utilizados pelos usuários) e de um vasto conjunto de acessórios. - Objetivo: interligar os usuários (assinantes) à uma central telefónica e a várias centrais telefônicas entre si. ● Sistema telefónico: permite comunicação de dois assinantes, através do telefone. - Divisão de um sistema telefónico: - Rede de Comutação, - Rede de Acesso, - Rede de Transmissão - Infra-estrutura REDE TELEFÔNICA DIVISÕES DO SISTEMA TELEFÔNICO ● Rede de Comutação: equipamentos necessários à seleção do caminho que possibilita a comunicação entre os usuários. ● Rede de Acesso: equipamentos e suporte físico necessários para a comunicação até o usuário. ● Rede de Transmissão: equipamentos e suporte físico que permite a propagação da informação. ● Infra-estrutura para Sistemas de Telecomunicações: sistemas secundários que fornecem apoio aos equipamentos de transmissão e comutação, como, por exemplo, o sistema de energia que alimenta eletricamente os componentes dos outros sistemas. SISTEMAS DE TRANSMISSÃO CONCEITOS ● A rede de transmissão ou rede de transporte de informações (voz, dados e sinais) é composta dos sistemas de transmissão através dos quais são realizadas as interconexões entre as centrais de comutação. ● Os sistemas usam os meios de transmissão para o envio das informações. ● Os meios de transmissão podem ser de dois tipos: - Meios físicos (wired ou com-fio): cabos coaxial ou fibra óptica - Meios não-físicos (wireless ou sem-fio): espaço livre. MEIOS DE TRANSMISSÃO CONCEITOS ● Meio de transmissão é todo suporte que transporta as informações entre os terminais telefônicos, desde a origem (central telefônica na origem da chamada) até o destino (central telefônica no destino da chamada) e vice-versa. ● São exemplos de meios de suporte à transmissão: - telefone, - linha de assinante, - percurso interno nas centrais telefônicas, - linhas físicas, - multiplex, - rádio, - atmosfera. MEIOS DE TRANSMISSÃO CONCEITOS ● Linhas físicas são caracterizadas por condutores elétricos metálicos geralmente utilizando o cobre, que interligam duas centrais telefônicas quaisquer. ● Tipos de linhas físicas: - Pares de Condutores Elétricos: atualmente são agrupados para formar cabos de alta capacidade, conhecidos como cabos multipares. Onde em um cabo possuem diversos pares, (50 x 1) isso é: em apenas 01 cabo possuem 50 pares. - Cabos Coaxiais: são compostos por um conjunto de condutores cilíndricos, um maciço e outro oco, isolados elétrica e magneticamente, agrupados numa estrutura protetora comum. - Fios: raramente usados hoje em dia, normalmente entre postes para interligar centrais de comutação IU (interurbana). REDES DE COMUNICAÇÃO CONCEITOS ● O conceito de comunicação, em telecomunicações, pode ser entendido como o transporte da informação de um lugar para outro, da origem ao destino. ● Para que se possa realizar uma comunicação, é necessário o uso de sinais. ● O sinal é um fenômeno físico ao qual se associa a informação. - Por exemplo, no caso da telefonia, a fala humana transformada em corrente elétrica que transporta a voz pelo telefone são sinais. REDES DE COMUNICAÇÃO CONCEITOS SOBRE SOM ● O som é uma onda mecânica que se propaga por vibrações (oscilações) no ar. Precisa de um meio físico para se propagar e portanto possui velocidade de propagação. ● As vibrações (compressões e descompressões no ar) causam uma estimulação neurológica no ouvido humano, reproduzindo a sensação da audição. ● O som pode serrepresentado por um sinal analógico com forma de uma onda: REDES DE COMUNICAÇÃO CONCEITOS SOBRE SOM ● Tempo (Duração) – variação no eixo horizontal medida em segundos. ● Amplitude (Volume ou Intensidade) – variação no eixo vertical, que indica o volume do som (maior amplitude mais alto o som). - A amplitude (altura do som) é normalmente medida em decibéis (dB). - Quanto maior a pressão exercida, mais alto o som e maior é a quantidade de decibéis (120 decibéis é o limite de dor suportável). - Freqüência (F) ou Tom – variação assinalada no plano X-Y, e que é determinada pelo número de ciclos em um segundo (Hz ou Hertz). O ouvido humano percebe freqüências entre 20 Hz e 20.000 Hz. REDES DE COMUNICAÇÃO CONCEITOS ● Uma simplificação de um sistema de telecomunicações é: FONTE >> TRANSMISSOR >> MEIO + RUÍDO >> RECEPTOR >> DESTINO REDES DE COMUNICAÇÃO CONCEITOS ● Central privada ou PABX (Private Automatic Branch Exchange) comuta chamadas entre telefones de um usuário, em geral uma empresa, e é ligada a uma central local por um número chave. ● O uso de PABX é particular e normalmente é interligada através de linhas tronco a uma central de comutação telefônica pública, que permite a seus terminais, denominados ramais, o acesso à Rede de Telecomunicações interna ou externa, através de comutação. ● As centrais para controle de chamadas de enfermagem utilizadas em hospitais utilizam as funcionalidades de centrais privadas de comutação (PABX). REDES DE COMUNICAÇÃO CENTRAL PRIVADA OU PABX ● PABX é uma central telefônica onde chegam as linhas da rede pública e saem os ramais para os usuários. ● Em um ambiente corporativo normalmente existem muito mais ramais do que linhas telefônicas, principalmente devido ao custo, havendo a necessidade de um ponto central para gerenciar e distribuir as chamadas. ● A central PABX torna-se também um elemento de controle dos usuários de ramais, podendo gerenciar permissões de uso individuais ou por grupo. ● Nesta central também podem ser conectados o interfone para tocar direto no telefone e muitas outras funções, como conferência, chamada em espera, etc. ● No ambiente hospitalar, as funções das centrais de PABX podem ser usadas para interligar a equipe de enfermagem aos leitos e quartos dos pacientes. SISTEMA DE COMUNICAÇÃO INTERNA MOTIVAÇÃO fonte: Fabio Arantes/ SECOM CHAMADAS DE ENFERMAGEM EXEMPLOS COMPETÊNCIAS DA ENGENHARIA CLÍNICA II REDES DE COMUNICAÇÃO – DADOS PARTE II REDES DE COMUNICAÇÃO DE DADOS CONCEITOS ● Redes de Computadores: Conjunto de módulos processadores capazes de trocar informações e compartilhar recursos, interligados por um sistema de comunicação. ● Sistema de Comunicação: arranjo topológico interligando vários módulos processadores através de enlaces físicos (meios de transmissão) e protocolos. ● Protocolos: Conjunto de regras com o objetivo de organizar a comunicação. REDES DE COMUNICAÇÃO DE DADOS CLASSIFICAÇÃO DE REDES EM FUNÇÃO DA DISTÂNCIA ● PAN – Personal Area Network – Pequenas distâncias. Altas taxas de transmissão, baixo custo, baixa taxa de erros. ● LAN – Local Area Network – Alguns metros até alguns quilômetros. ● MAN – Metropolitan Area Network – Até algumas centenas de quilômetros. WAN – Wide Area Network – Distâncias Intercontinentais. Taxas de transmissão menores, custo elevado, maiores taxas de erros de transmissão, enlaces públicos e compartilhados. REDES DE COMUNICAÇÃO DE DADOS CLASSIFICAÇÃO DE REDES EM FUNÇÃO DA DISTÂNCIA REDES DE COMUNICAÇÃO DE DADOS TIPOS DE INTERLIGAÇÃO DE REDES Ligações Ponto-a-Ponto: Caracterizam-se pela presença de apenas 2 dispositivos de comunicação, um em cada extremidade do enlace em questão. Ligações Multiponto: Caracterizam-se pela presença de 3 ou mais dispositivos de comunicação com possibilidade de utilização do enlace. Ponto-a- Ponto Multipont o REDES DE COMUNICAÇÃO DE DADOS Formas de utilização do Meio Físico ● Simplex: A transmissão é realizada em apenas um dos sentidos de transmissão. ● Ex: Sistemas de broadcast (Rádio e TV) ● Half-Duplex: A transmissão é realizada nos dois sentidos de transmissão mas não simultaneamente. Ex: Sistemas Trunking (rádio Nextel), walkie-talkie ● Full-Duplex: A transmissão é realizada nos dois sentidos de transmissão simultaneamente. Ex: Telefone. ● Simple x ● Half- Duplex ● Full- Duplex REDES DE COMUNICAÇÃO DE DADOS MODELO OSI - ISO ● O modelo OSI de padronização de comunicação proposto pela ISO é composto originalmente por 7 camadas estruturais. ● Este modelo especifica os requisitos e funcionalidades que devem ser atendidos por cada camada do modelo de comunicação. ● Na verdade o modelo OSI não é uma arquitetura de rede, pois não especifica os protocolos empregados em cada camada. ● Devido ao rápido crescimento da Internet, que utiliza o modelo TCP-IP original da rede ARPANET com 4 camadas, foi definido uma adequação ao modelo OSI de 7 camadas para padronização dos requisitos e funcionalidades dos protocolos de comunicação. REDES DE COMUNICAÇÃO DE DADOS MODELO OSI x TCP-IP HTTP, FTP, Telnet, SMTP, POP TCP, UDP IP Ethernet Protocolos REDES DE COMUNICAÇÃO DE DADOS Topologias de Rede ● É a maneira como as estações estão conectadas para a troca de informações. Estas topologias variam em função da distância coberta pela rede. ● A determinação da viabilidade de uma topologia de rede depende de parâmetros como distância, taxa de dados (throughput), confiabilidade e segurança. REDES DE COMUNICAÇÃO DE DADOS Tipos de Topologias de Rede ● Topologia em anel: As estações são ligadas através de enlaces simplex, fazendo com que o fluxo de mensagens tenha um sentido de rotação. ● Esta topologia apresenta baixo número de ligações, minimizando o custo. ● Apresenta altos retardos de transmissão e baixa confiabilidade, uma vez que os enlaces são compartilhados e a ocorrência de problemas em qualquer um dos enlaces irá causar a parada total da rede. REDES DE COMUNICAÇÃO DE DADOS Tipos de Topologias de Rede ● Topologia Parcialmente lnterligada: nem todos pares de estações estão ligados. ● Caminhos alternativos são usados em caso de falha ou congestionamento de rota. ● Apresenta custo intermediário compensado pela maior confiabilidade. REDES DE COMUNICAÇÃO DE DADOS Tipos de Topologias de Rede ● Topologia em Barra: Esta topologia foi muito usada na fase inicial da adoção da tecnologia de rede de computadores para a interligação de máquinas em curtas distâncias. Ficou defasada tecnologicamente e praticamente não é mais usada. REDES DE COMUNICAÇÃO DE DADOS Tipos de Topologias de Rede ● Topologia Estrela: atualmente mais usada para ligação de estações em rede local. ● Nesta topologia todas as estações estão ligada a um nó central através de ligações ponto-a-ponto, full duplex. ● Toda a comunicação passa por um nó central, que age como controlador de rede. REDES DE COMUNICAÇÃO DE DADOS Topologia Estrela ● Para a ligação das estações ao nó central são usados cabos de par trançado, normalmente sem blindagem (UTP). Em ambiente com ruído eletromagnético são usados cabos com blindagem (STP). ● São usados conectores RJ-45 nas duas extremidades do enlace (placa de rede e nó central). ● Os cabos possuem 8 condutores metálicos (4 pares) trançados, identificados por 4 cores sólidas (normalmente verde, laranja, azul e marron) e quatro condutores brancos entrelaçados aos coloridos. ● O tamanho máximo de cada enlace sem repetidor pode ser de até 100 metros. REDES DE COMUNICAÇÃO DE DADOS Topologia Estrela – Cabos par trançado e contector RJ-45 ● ● Cabo sem blindagem - UTP ● Cabo com blindagem - STP ● Conectores RJ-45 REDES DE COMUNICAÇÃO DE DADOS Tendências dos serviços de Comunicação ● Usuários conectados à internet de forma constante e com mobilidade ● Redes Celulares de alta capacidade: 4G LTE (100 Mbps), 5G (Gbps?) ... ● Aplicativos de comunicação digital e redes sociais: skype, whats app, … ● Leitos hospitalares modernos:central de comunicação multimídia ● Internet das coisas (IOT – Internet Of things): dispositivos vestíveis, RFID, etc. COMPETÊNCIAS DA ENGENHARIA CLÍNICA II VIDEO CONFERENCIA, CIRURGIA A DISTANCIA E BANCO DE DADOS PARTE I VIDEO CONFERENCIA CONCEITOS Programa Telessaúde Brasil Redes O Programa é uma iniciativa instituída em âmbito nacional pelo Ministério da Saúde, desde 2007, para fortalecer e ampliar as ofertas de Educação Permanente em Saúde para os profissionais e trabalhadores do SUS utilizando tecnologia de comunicação e informação. VIDEO CONFERENCIA CONCEITOS Programa Telessaúde Brasil Redes A rede Telessaúde é composta por Núcleos que fazem a cobertura e acompanhamento das necessidades educacionais dos profissionais e trabalhadores do SUS, principalmente da Estratégia da Saúde da Família, oferecendo: Teleconsultoria: serviço estruturado de perguntas e respostas entre profissionais sobre procedimentos clínicos ou dúvidas do processo de trabalho e gestão em saúde Tele-educação: oferta de atividades educacionais a distância de acordo com as necessidades previamente diagnosticadas. VIDEO CONFERENCIA CONCEITOS Programa Telessaúde Brasil Redes Telediagnóstico: elaboração de laudos a distância. Segunda Opinião Formativa: biblioteca pública de perguntas e respostas sobre questões levantadas pelos profissionais e trabalhadores do SUS. VIDEO CONFERENCIA CONCEITOS VIDEO CONFERENCIA CONCEITOS O nascimento da telecirurgia não aconteceu com os procedimentos cotidianos em mente. De fato foram assuntos longe da Terra que deram início ao movimento do médico robótico. Logo que as pessoas começaram a considerar factíveis as viagens espaciais, elas começaram a imaginar como eles cuidaram de um humano a milhares de milhas distantes de um médico. VIDEO CONFERENCIA CONCEITOS Na década de 1970, a NASA sugeriu que pesquisadores investigassem a opção de robôs controlados remotamente para operar astronautas. Desde então, NASA e o Exército dos EUA têm trabalhado firmemente para criar robôs confiáveis que pudessem operar alguém a distância. Em 2006, Anvari usou um robô para costurar um paciente que vivia no oceano, na base Submerse Aquarius, para simular como a telecirugia espacial poderia ser. http://unasus.gov.br/noticia/cirurgioes-realizam-cirurgias-distancia-no-canada CIRURGIA A DISTÂNCIA CONCEITOS O robô cirurgião Da Vinci por controle remoto executa uma cirurgia http://unasus.gov.br/noticia/cirurgioes-realizam-cirurgias-distancia-no-canada CIRURGIA A DISTÂNCIA CONCEITOS O robô de Anvari, chamado Zeus, atua de um hospital comunitário que necessita das mesmas instalações e expertise que as do médico. Mas fora o local, ele afirma que não há muita diferença. “É o mesmo que eu estivesse na sala de cirurgia, ” confirma. “Tenho ambas as mãos no robô do mesmo jeito que teria instrumentos em ambas as mãos. ” Ele movimenta a câmera robótica que lhe serve de olhos, e pode falar com as enfermeiras na sala de cirurgia com o paciente para lhes dar instruções. “Basicamente, é o mesmo que se eu estivesse próximo ao paciente, apenas usando telecomunicação e robóticas. Não parece ser diferente em nada. CIRURGIA A DISTÂNCIA CONCEITOS Mehran Anvari controla seu robô cirurgião, conduzindo uma cirurgia guiada (St Joseph's Healthcare) CIRURGIA A DISTÂNCIA SISTEMAS ESPECIALISTAS A crescente capacidade dos sistemas de TI permitiu aos desenvolvedores implementar sistemas que tentam entender e imitar o comportamento humano. Estes sistemas já tiveram efeitos profundos na sociedade, embora a sua eficácia seja largamente determinada pela exatidão dos algoritmos que os sustentam. O uso crescente de robótica, inteligência artificial (AI) e sistemas especialistas levanta uma série de questões éticas: Por exemplo, em que ponto os seres humanos devem entregar a tomada de decisão chave a um computador? Os robôs deveriam ter os mesmos direitos que os seres humanos? Que impactos sociais podem surgir com a substituição de trabalhadores humanos ou a criação de armas inteligentes? CIRURGIA A DISTÂNCIA SISTEMAS ESPECIALISTAS Complicação de decisões clínicas justifica a utilização de sistemas de informação como a inteligência artificial (por exemplo, sistemas especialistas e redes neurais) para alcançar melhores decisões. Estes sistemas têm demonstrado muitas vantagens tais como a utilização dos conhecimentos dos especialistas, adquirindo conhecimento raro, mais tempo para a avaliação da decisão, as decisões mais consistentes, e mais curto processo de tomada de decisão. CIRURGIA A DISTÂNCIA SISTEMAS ESPECIALISTAS Há desafios à frente do desenvolvimento e utilização de tais sistemas, incluindo a manutenção, os especialistas necessários, a introdução de dados dos pacientes no sistema, problemas para aquisição de conhecimento, problemas na modelagem de conhecimento médico, avaliação e validação de desempenho do sistema, Recomendações e responsabilidades, domínios limitados desses sistemas e necessidade de integrar tais sistemas nos fluxos de trabalho de rotina BANCO DE DADOS BASES DE DADOS EM SAÚDE A Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) foi estabelecida em 1998 como modelo, estratégia e plataforma operacional de cooperação técnica da Organização Pan- Americana da Saúde (OPAS) para gestão da informação e conhecimento em saúde na Região AL&C. A BVS é uma Rede de Redes construída coletivamente e coordenada pela BIREME. É desenvolvida, por princípio, de modo descentralizado, por meio de instâncias nacionais (BVS Argentina, BVS Brasil etc.) e redes temáticas de instituições relacionadas à pesquisa, ensino ou serviços (BVS Enfermagem, BVS Ministério da Saúde etc.). O Portal Regional da BVS é o espaço de integração de fontes de informação em saúde que promove a democratização e ampliação do acesso à informação científica e técnica em saúde na América Latina e Caribe (AL&C). BANCO DE DADOS COMPETÊNCIAS DA ENGENHARIA CLÍNICA II VIDEO CONFERENCIA, CIRURGIA A DISTANCIA E BANCO DE DADOS PARTE II BANCO DE DADOS DE IMAGENS BANCO DE DADOS DE IMAGENS DICOM É o padrão internacional para imagens médicas e informações relacionadas (ISO 12052). Define os formatos para imagens médicas que podem ser trocadas com os dados e qualidade necessários para uso clínico. O DICOM é implantado em quase todos os aparelhos de radiologia, cardiologia e radioterapia (radiografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética, ultra-som, etc.) BANCO DE DADOS DE IMAGEM DICOM DICOM revolucionou a prática da radiologia, permitindo a substituição de filmes de raios-X com um fluxo de trabalho totalmente digital. Assim como a Internet tornou-se a plataforma para novas aplicações de informação ao consumidor, a DICOM permitiu aplicações avançadas de imagens médicas que "mudaram a face da medicina clínica". BANCO DE DADOS DE IMAGEM DICOM O padrão DICOM facilita a interoperabilidade dos equipamentos de imagem médica, especificando: • Para comunicações de rede, um conjunto de protocolos a serem seguidos por dispositivos que alegam conformidade com o Padrão. • A sintaxe e semântica de Comandos e informações associadas que podem ser trocadas usando esses protocolos. • Informações que devem ser fornecidas com uma implementação para a qual a conformidade com a Norma é reivindicada. BANCO DE DADOS DICOM ● Para comunicação com a mídia, um conjunto de serviços de armazenamento de mídia a ser seguido por dispositivos que alegam conformidade. Bem como um formato de arquivo e uma estrutura de diretório médico para facilitar o acesso às imagens e informações relacionadas armazenadas no intercâmbio da mídia. Fonte: http://timedicina.blogspot.com.br/2010_10_01_archive.html IMAGEM DIGITAL fonte:http://www.materia.coppe.ufrj.br/sarra/artigos/artigo10297/ fonte:http://www.materia.coppe.ufrj.br/sarra/artigos/artigo10297/ BANCO DE DADOSDICOM Os primeiros pacotes de informação em um arquivo de imagem DICOM constituem o "cabeçalho". Ele armazena informações demográficas sobre o paciente, parâmetros de aquisição para o estudo de imagem, dimensões de imagem, tamanho da matriz, espaço de cor e uma série de informações adicionais de não-intensidade exigidas pelo O computador para exibir corretamente a imagem. BANCO DE DADOS Nome do elemento DICOM Tag Descrição SOP Instance UID (0008,0018) Unique identifier for the Study of the Contributing SOP Instances. Study Date (0008,0020) Date the Study started, if any previous procedure steps within the same study have already been performed. Acquisition Date (0008,022) The date the acquisition of data that resulted in sources started Modality (0008,0060) Type of equipment that originally acquired the data used to create the images in this Series. Manufacturer (0008,0070) Manufacturer of the equipment that produced the sources. Institution Name (0008,0080) Institution or organization to which the identified individual is responsible or accountable. Study Description (0008,1030) Description of the Study Series Description (0008,103e) Description of the Series Manufacturer's Model Name (0008,1090) Manufacturer’s model name of the equipment that produced the sources. Patient's Sex (0010,0040) Sex of the named patient. Enumerated Values: M = male, F = female, O = other Legenda: SOP - Conjunto de regras para serem enviadas junto com a imagem. UID - Identificador único DICOM DESVANTAGENS Embora as imagens DICOM tiveram larga aceitação na prática médica, têm duas desvantagens: ● O tamanho da imagem é muito grande e ● É requerido software especial para vê-los em computadores pessoais. Fora do departamento de radiologia, a maioria dos computadores pessoais é executada no sistema operacional Windows®, que não reconhece a estrutura de arquivos DICOM. Assim, para incorporar imagens em apresentações PowerPoint®, criar arquivos de ensino ou publicar em páginas da Web, as imagens DICOM precisam ser convertidas em formatos de imagem que podem ser reconhecidos pelo Windows® BANCO DE DADOS DICOM O sistema PACS (Picture Archiving and Communication System – Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens) refere-se a um sistema que lida com a digitalização, pós-processamento, distribuição e armazenamento de imagens médicas. As imagens são obtidas de equipamentos como os de de ultrassonografia, ressonância magnética, tomografia computadorizada, endoscopia, mamografia, radiografia, entre outras modalidades de sistemas médico. PACS Para a conexão entre os dispositivos é necessário que os parâmetros de quem está enviando e de quem está recebendo estejam nos dois lados: Endereço IP e Número da porta do aplicativo PACS As principais funcionalidades do PACS são: facilidade e agilidade na busca de pacientes, worklist da estação de trabalho, integração entre sistemas, manipulação de imagens, acessibilidade, reconciliação de dados e segurança. O conceito de PACS começou a ser estruturado durante a década de 80 e foi apresentado como solução para o gerenciamento de imagens digitais em radiologia, possibilitando a troca de dados de maneira consistente e automática. SISTEMA INTEGRADO DE INFORMAÇÃO HOSPITALAR A integração do PACS com os Sistemas de Informação em Radiologia (Radiology Information System, RIS) e de Informação Hospitalar (Hospital Information System, HIS), forma a base para o adequado funcionamento de um serviço de radiologia. O PACS, em conjunto com os Sistemas de Informação em Radiologia (Radiology Information System, RIS) e de Informação Hospitalar (Hospital Information System, HIS), forma a base para um serviço de radiologia sem filme (filmless). SISTEMA INTEGRADO DE INFORMAÇÃO HOSPITALAR Fonte: http://www.meddiff.com/enterprise-instapacs.html COMPETÊNCIAS DA ENGENHARIA CLÍNICA II ILUMINAÇÃO, RUÍDO, VENTILAÇÃO, REFRIGERAÇÃO E GASES MEDICINAIS PARTE I ILUMINAÇÃO CONCEITOS A boa iluminação no ambiente de trabalho propicia elevada produtividade, melhor qualidade do produto final, redução do número de acidentes, diminuição do desperdício de materiais, redução da fadiga ocular e geral, melhor supervisão do trabalho, maior aproveitamento do espaço, mais ordem e limpeza das áreas e elevação da moral dos funcionários. No Brasil, o assunto é tratado legalmente pela NR-17 (Ergonomia) da Portaria Nº 3214/78, onde, através da NBR 5413 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), recomenda os níveis mínimos de iluminação para os ambientes de trabalho. ILUMINAÇÃO CONCEITOS Para o caso do ambiente hospitalar a questão da iluminação deve ser, principalmente, enfocada nas salas cirúrgicas e no campo operatório. A má iluminação nestes casos pode acarretar em graves prejuízos ao profissional e ao paciente. Para diminuir os riscos nas salas de cirurgia, a alimentação elétrica de focos cirúrgicos deve ser feita com 24 volts. Dentre outras variáveis e preciso levar-se em consideração a elevação da temperatura do campo operatório, proporcionado por lâmpadas cirúrgicas. A elevação da temperatura deve ser minimizada fazendo-se uso de filtros de luz que eliminam o comprimento da onda de espectro infra-vermelho, responsável pelo fenômeno. ILUMINAÇÃO CONCEITOS Outro aspecto a considerar é a cor. A iluminação adotada deve reproduzir fielmente a cor, de modo a permitir a identificação dos tecidos pelo cirurgião. Alem disso, a luz empregada tem que permitir ao cirurgião a visualização adequada, mesmo em cirurgias mais profundas, como no caso de laparotomia exploradora ou cirurgia cardíaca. A adequação da iluminação nas salas de tricotomia também, contribui muito para a redução de acidentes nesse processo de preparo do paciente para intervenções cirúrgicas ou mesmo em simples exames de eletrocardiografia. ILUMINAÇÃO CONCEITOS Assim recomenda-se que os ambientes dos EAS antigamente considerados fechados - como UTI, Recuperação Pós-Anestésica, Centro Cirúrgico e Obstétrico tenham a propriedade de receber a iluminação natural - tanto como fator de diminuição do custos de energia consumida mas, principalmente, como fator de equilibrio do ciclo metábolico. Tanto para pacientes como para funcionários. ILUMINAÇÃO CONCEITOS Fonte:https://g37.com.br/c/estadual/sala- cirurgica-hibrida-uma-nova-realidade-em- minas-gerais Fonte:http://www.instagramator.com/media/143981877239471656 74276229693 https://g37.com.br/c/estadual/sala-cirurgica-hibrida-uma-nova-realidade-em-minas-gerais https://g37.com.br/c/estadual/sala-cirurgica-hibrida-uma-nova-realidade-em-minas-gerais https://g37.com.br/c/estadual/sala-cirurgica-hibrida-uma-nova-realidade-em-minas-gerais http://www.instagramator.com/media/1439818772394716567 http://www.instagramator.com/media/1439818772394716567 RUÍDO CONCEITOS Nos estabelecimentos de saúde, onde os pacientes normalmente encontram-se com sensibilidade mais apurada, a compreensão pelo projetista da dimensão psicológica na percepção humana do som é de suma importância na definição da programação arquitetônica. Geralmente são enfatizados o controle do ruído, em virtude da irritação e malefícios à saúde que trazem. Redução da fonte do ruído: Os ruídos produzidos por alguns equipamentos (compressores, motores, geradores) em determinadas zonas de atividades de um ES podem ser reduzidos através do amortecimento de suas vibrações mecânicas. RUÍDO NORMAS A portaria do Ministério do Trabalho de 08/06/78 que define normas regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho (NR 15), apresenta os limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente de 85 -115 dB (8hs - 7min). A Norma Brasileria NRB 10152-95 estabelece os níveis de ruído aceitáveis para diferentes atividades. Sendo para hospitais de 30-45 dB. RUÍDO FADIGA DE ALARMES A fadigade alarmes ocorre quando um grande número de alarmes encobre aqueles clinicamente significativos, possibilitando que alarmes relevantes sejam desabilitados, silenciados ou ignorados pela equipe. O número excessivo de alarmes torna a equipe indiferente, reduzindo seu estado de alerta, levando à desconfiança do sentido de urgência dos alarmes, resultando em falta de resposta a alarmes relevantes. RUÍDO FADIGA DE ALARMES Fonte:http://www.healinghealth.com/news/decreasing- noise-decreases-alarm-fatigue/alarm-fatigue/ Fonte:https://www.ucsf.edu/news/2013/10/109881/ battling-alarm-fatigue-nursing-school-leads- research-dangerous-problem-hospital RUÍDO FADIGA DE ALARMES ESTRATÉGIAS PROPOSTAS Políticas e procedimentos devem abordar o seguinte: • Definições clinicamente apropriadas para sinais de alarme. • Quando os sinais de alarme podem ser desativados. • Quando os parâmetros de alarme podem ser alterados. • Identificar quem na organização tem autoridade para definir e alterar parâmetros de alarme e desativá-los. • Um plano para monitorar e responder a sinais de alarme. • Um processo para verificar os sinais de alarme individuais para ajustes precisos, operação adequada e detectabilidade. RUÍDO FADIGA DE ALARMES ESTRATÉGIAS PROPOSTAS Algumas já adotadas : • Criação de uma equipe multiprofissional com liderança clínica para lidar com a fadiga dos alarmes em todos os ambientes de atendimento. • Desenvolver um processo de melhoria contínua para otimizar constantemente as configurações de alarme e medir o ruído a acústico nos ambientes clínicos. • Eliminação auto-reset de alarmes para instalar software para analisar dados de alarme e recalibrar configurações de alarme. RUÍDO FADIGA DE ALARMES ESTRATÉGIAS PROPOSTAS Algumas já adotadas : • Treinamento de enfermeiros para individualizar os limites dos parâmetros e níveis de alarme dos pacientes. • Modificação do software de monitoramento para promover a audibilidade de alarmes críticos. Resultados: Os alarmes críticos do monitor foram reduzidos em 43%.(Johns Hopkins) Os alarmes sonoros semanais médios totais diminuíram 89%. (Boston Medical Center) Fonte: http://burroughshealthcare.com/knowledge-library/healthcare-reform/strategies-for-managing-alarm- fatigue-on-the-floor/ COMPETÊNCIAS DA ENGENHARIA CLÍNICA II ILUMINAÇÃO, RUÍDO, VENTILAÇÃO, REFRIGERAÇÃO E GASES MEDICINAIS PARTE II VENTILAÇAO E REFRIGERAÇÃO CLIMATIZAÇÃO RDC 50 Deverá ser desenvolvido um programa básico das instalações de ar condicionado e ventilação mecânica do EAS, destinado a compatibilizar o projeto arquitetônico com as diretrizes básicas a serem adotadas no desenvolvimento do projeto, contendo quando aplicáveis: - Proposição das áreas a serem climatizadas (refrigeração, calefação, umidificação, pressurização, ventilação e câmaras frigoríficas); - Descrição básica do sistema de climatização, mencionando: filtros, água gelada, "self" a ar, etc; VENTILAÇAO E REFRIGERAÇÃO CLIMATIZAÇÃO RDC 50 - Previsão do consumo de água; - Previsão de consumo de energia elétrica; - Elaboração do perfil da carga térmica; - Elaboração do estudo comparativo técnico e econômico das alternativas técnicas para o sistema; - Localização da central de casa de máquinas em função dos sistemas propostos; - Pré-localização do sistema de distribuição, prumadas dos dutos e redes de água em unifilares da alternativa proposta. VENTILAÇAO E REFRIGERAÇÃO CLIMATIZAÇÃO RDC 50 A partir das diretrizes estabelecidas no programa básico e baseado no projeto básico arquitetônico, deverá ser elaborado o projeto básico de instalações de ar condicionado e ventilação mecânica, contendo quando aplicáveis: - Definição dos pesos e dimensões dos equipamentos para o sistema proposto; - Confirmação da alternativa do sistema a ser adotado; - Confirmação das áreas a serem climatizadas; VENTILAÇAO E REFRIGERAÇÃO CLIMATIZAÇÃO RDC 50 Continuação: - Confirmação das áreas a serem ventiladas; - Confirmação dos consumos de água e energia elétrica; - Compatibilização com os projetos básicos de instalações elétrica e hidráulica com o sistema adotado; - Proposição das redes de dutos unifilares com dimensionamento das linhas tronco de grelhas, difusores, etc.; - Localização dos pontos de consumo elétrico com determinação de potência, tensão e número de fases; - Localização dos pontos de consumo hidráulico (água e drenagem). VENTILAÇAO E REFRIGERAÇÃO VENTILAÇÃO NATURAL Projetar considerando o conforto dos usuários e a economia de energia elétrica vem se tornando, cada vez mais, uma tendência mundial. A concepção de projetos mais eficientes que reduzam os impactos ambientais, melhorando a integração do edifício com o entorno e a obtenção de conforto é a tendência atual. No Brasil, destaca-se o trabalho do arquiteto João Filgueiras Lima (Lelé),devido à utilização, em suas obras, de estratégias de ventilação e iluminação naturais. Através da criação de soluções diferenciadas de conforto, onde integra princípios funcionais, econômicos e ambientais, reduzindo os gastos com a energia elétrica e, principalmente, tornando os espaços menos herméticos, mais agradáveis e humanizados. VENTILAÇAO E REFRIGERAÇÃO VENTILAÇÃO NATURAL EXEMPLOS PRÁTICOS O grande destaque de sua produção arquitetônica são os hospitais da Rede Sarah, considerdos exemplos de arquitetura bioclimática. GASES MEDICINAIS NORMAS E REDES DE DISTRIBUIÇÃO As redes de distribuição atenderão as necessidades de pressão exigidas para instalações de uso medicinal, conforme NBR 12.188 da ABNT e cap. 7.3.3 da RDC n° 50 - Ministério da Saúde. Toda a tubulação será embutida em alvenarias e forros com exceção das áreas técnicas onde serão aparentes. Caso seja necessária a instalação de tubulações embutidas em contrapiso as mesmas deverão ser protegidas contra corrosão eletrolítica através de revestimento com fita a base de cloreto de polivinila (PVC) com adesivo de borracha sensível a pressão. GASES MEDICINAIS NORMAS E REDES DE DISTRIBUIÇÃO As tubulações não aparentes que atravessam vias de veículos, arruamentos, estacionamentos ou outras áreas sujeitas a cargas de superfície, devem ser protegidas por dutos ou encamisamento tubular, respeitando-se a profundidade mínima de 1,20m. Nos demais a profundidade pode ser de no mínimo 80cm. As tubulações embutidas no forro deverão ter fixações com braçadeiras e vergalhões galvanizados conforme detalhe de projeto. A fixação no teto será com chumbador adequado de acordo com o material da laje. Não deverão ser fixadas tubulações em suportes de outras instalações. GASES MEDICINAIS NORMAS E REDES DE DISTRIBUIÇÃO Nas tubulações de gases e vácuo devem ser aplicadas etiquetas adesivas com largura mínima de 30 mm e com o fundo na cor branca, de acordo com: a) o nome do gás respectivo em letras na altura mínima de 15 mm, em caixa alta e na cor preta; b) uma seta na cor preta, em altura mínima de 10 mm, indicando o sentido do fluxo; c) é aceitável a aplicação de faixa com o nome do gás e, nas extremidades da faixa, o sentido do fluxo, desde que o nome seja aplicado conforme letra a); GASES MEDICINAIS NORMAS E REDES DE DISTRIBUIÇÃO Nas tubulações de gases e vácuo devem ser aplicadas etiquetas adesivas com largura mínima de 30 mm e com o fundo na cor branca, de acordo com: d) aplicadas a cada 5 m, no máximo, nos trechos em linha reta; e) aplicadas no início de cada ramal; f) nas descidas dos postos de utilização; g) de cada lado das paredes, forros e assoalhos, quando estes são atravessados pela tubulação; h) em qualquer ponto onde for necessário assegurar a identificação. GASES MEDICINAIS NORMAS E REDES DE DISTRIBUIÇÃO GASES MEDICINAIS NORMAS E REDES DE DISTRIBUIÇÃO CODIFICAÇÃO DE CORES Ar comprimido medicinal Amarelo- segurança Óxido nitroso medicinal Azul - marinho Oxigênio medicinal Verde-emblemaVácuo clínico Cinza-claro Nitrogênio medicinal Preta Dióxido de carbono medicinal Branco-gelo GASES MEDICINAIS NORMAS E REDES DE DISTRIBUIÇÃO SISTEMAS DE MONITORAMENTO Sistemas de alarmes instalados em locais onde sempre permanece uma pessoa durante as 24 horas do dia. Painéis de alarmes identificados e com duas fontes de alimentação elétrica. Para monitoramento da rede de distribuição contra queda de pressão e vácuo, com de painéis de alarmes de emergências, sonoros e visuais. É obrigatória a instalação de alarmes de emergência regionais em: ● Centro Cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva, Unidade Respiratória,Unidade Neonatal, Unidade Coronariana, na própria central de gases e sala de segurança GASES MEDICINAIS NORMAS E REDES DE DISTRIBUIÇÃO SISTEMAS DE MONITORAMENTO Pressão de Alarme Ativado Incremento (Tolerância) Pressão de Alarme Desativado Incremento (Tolerância) Ar Comprimido O2 N2O Vácuo 4,5 Kgf/cm 2 +/- 2% 5 Kgf/cm2 +/-2% 4,5 Kgf/cm2 +/- 2% 450 mmHg +/- 2% 5,0 Kgf/c m 2 +/-2% 5,5 Kgf/cm2 +/-2% 5,0 Kgf/cm2 +/-2% 550 mmHg +/-2%
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