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Princípios e Estrutura Conceitual da Contabilidade

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Aula 09
SEFAZ-PA (Auditor Fiscal) Auditoria -
2022 - (Pós-Edital)
Autor:
Guilherme Sant Anna, Tonyvan de
Carvalho Oliveira
06 de Fevereiro de 2022
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Sumário 
MOTIVAÇÃO DA AULA .......................................................................................................................... 2 
1. CONTEXTUALIZAÇÃO ........................................................................................................................ 3 
2. PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE ......................................................................................................... 5 
3. NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL ................................................................................................. 14 
4. NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL .................................................................................................. 25 
4.1 - Objetivo, utilidade e limitações do relatório financeiro de propósito geral ....................................... 25 
4.2 – Características qualitativas de informações financeiras úteis ............................................................. 26 
4.3 – Restrições do custo sobre relatórios financeiros úteis ....................................................................... 32 
4.4 – Elementos das Demonstrações Contábeis ........................................................................................ 33 
4.5 – Reconhecimento dos Elementos das Demonstrações Contábeis ...................................................... 34 
4.6 – Mensuração dos Elementos das Demonstrações Contábeis ............................................................. 35 
5. LISTA DE QUESTÕES ....................................................................................................................... 39 
6. GABARITO .................................................................................................................................... 48 
7. QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................................................... 49 
8. RESPOSTAS DAS QUESTÕES SUBJETIVAS ........................................................................................... 71 
9. RESUMO EM MAPAS E ESQUEMAS .................................................................................................... 75 
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................... 82 
 
 
Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira
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MOTIVAÇÃO DA AULA 
Vamos pensar um pouco no tema da aula de hoje? Tente responder as perguntas a seguir. 
LISTA DE PERGUNTAS 
1) Quais são os princípios de contabilidade previstos na Res. CFC nº 750/93? 
2) Qual é o alcance da NBC TSP Estrutura Conceitual? 
3) O que é o Relatório Contábil de Propósito Geral das Entidades do Setor Público (RCPG)? 
4) Quais os objetivos da elaboração e divulgação da informação contábil? 
5) Quais os usuários dos RCPGs? 
6) Quais as características qualitativas da informação incluída nos RCPGs, segundo a NBC TSP 
Estrutura Conceitual? 
7) O que é Relevância? 
8) Quais as características da representação fidedigna? 
8) Explique a característica da Tempestividade. 
9) Explique a característica da Comparabilidade. 
10) Diferencie comparabilidade de consistência. 
11) Explique a característica da Verificabilidade. 
12) Quais os elementos das Demonstrações Contábeis, segundo a NBC TSP Estrutura Conceitual? 
E segundo a NBC TG Estrutura Conceitual? 
13) Quais as características qualitativas fundamentais da informação, segundo a NBC TG 
Estrutura Conceitual ? 
14) Quais as características qualitativas de melhoria da informação, segundo a NBC TG Estrutura 
Conceitual? 
Se você não tem certeza de uma ou algumas das respostas a esses questionamentos, não se 
preocupe. Fique atento que esses temas serão abordados ao longo da aula de hoje! 
 
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1. CONTEXTUALIZAÇÃO 
No Brasil, um dos primeiros documentos que tratou da estrutura conceitual para a Contabilidade foi 
a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) nº 750/1993 – um dos temas desta nossa 
aula. Tal documento descrevia – basicamente – o que à época se denominava de Princípios 
Fundamentais de Contabilidade, bem como as características básicas que precisavam estar contidas 
na informação contábil. 
Com o advento da Lei nº 11.638/07, e a decisão pela convergência da Contabilidade brasileira às 
Normas Internacionais, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) emitiu – em 2008 – seu 
Pronunciamento Conceitual Básico – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das 
Demonstrações Contábeis (também conhecido como CPC 00). Já em 2011, o CPC 00 foi revisto e 
atualizado, passando a ser designado CPC 00 (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e 
Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro. 
Em paralelo ao surgimento do CPC 00, foi publicada a NBC TG Estrutura Conceitual (outro tema de 
estudo desta nossa aula), normativo que praticamente replica o conteúdo do primeiro (CPC 00). 
As novidades trazidas pelo CPC 00 e pela NBC TG Estrutura Conceitual dizem respeito às definições 
dos principais elementos contábeis: ativo, passivo, receita e despesa. Adicionalmente, esses 
normativos não utilizam a denominação de princípios fundamentais (previstos na Res. CFC nº 
750/93), ou de princípios contábeis geralmente aceitos, etc. Em seu lugar, são apresentadas as 
chamadas Características Qualitativas da Informação Contábil (relevância, materialidade, 
representação fidedigna, etc.). De maneira mais efetiva, o grande diferencial desses documentos 
reside na sua muito maior aderência ao conceito da Primazia da Essência Sobre a Forma, conceito 
essa adotado de maneira efusiva pelas normas internacionais. 
A despeito da não previsão dos Princípios de Contabilidade tanto pelo CPC 00 quanto pela NBC TG 
Estrutura Conceitual, tais institutos permaneceram no ordenamento normativo até a publicação, no 
ano de 2016, da NBC TSP - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Informação Contábil 
de Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público (mais um tema de estudo da aula de hoje). É 
que a NBC TSP Estrutura Conceitual, que também segue a linha de convergência às normas 
internacionais, revogou expressamente a Res. CFC nº 750/93 (e as resoluções posteriores que a 
alteraram). 
Normativos como a NBC TG Estrutura Conceitual e a NBC TSP Estrutura Conceitual têm a 
característica de não significar uma norma, uma regra, mas sim um conjunto básico de princípios a 
serem seguidos na elaboração das normas propriamente ditas, bem como na sua aplicação. 
A NBC TSP – Estrutura Conceitual norteia toda a Contabilidade Pública. Um dos principais pontos da 
norma é a definição da sociedade como usuária principal da informação contábil, o que facilita a 
transparência e o controle social de forma geral. 
Estão submetidos à norma os governos nacionais, estaduais, distritais e municipais e seus 
respectivos poderes, incluindo os Tribunais de Contas, Defensorias e Ministério Público. Ainda, 
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incluem-se órgãos, secretarias, departamentos, agências, autarquias, fundações instituídas e 
mantidas pelo poder público, dentre outros. 
Apresentamos, a seguir, a linha do tempo dos normativos tratados nesta nossa aula (e outros 
correlatos), desdea publicação da Res. CFC nº 750/93, até sua revogação – ocorrida com a 
publicação da NBC TSP Estrutura Conceitual. 
 
 
 
 
 
1993
• Publicação da Res. CFC nº 750/1993, que dispunha sobre os “Princípios 
Fundamentais de Contabilidade” (PFC).
2008
• Resolução CFC nº 1.111/2008 - Interpretação dos PFC sob a perspectiva do setor 
público. NBC T 16.1 a 16.10.
2010
• Alteração da Res. CFC nº 750/1993 - Passou a dispor sobre os “Princípios de 
Contabilidade”. Exclusão do princípio da atualização monetária.
2011 
• Nova redação da NBC TG – Estr. Conceitual para Elaboração e Divulgação de 
Relatório Contábil Financeiro (correlata ao “CPC 00” R1)
2016
• Revog. da Res. CFC nº 750/1993 e Aprovação da NBC TSP – Estr. Conceitual para 
Elab. e Divulg. de Inform. Contábil de Prop. Geral pelas Ent. do Setor Público .
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2. PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE 
Um princípio contábil é um axioma da doutrina e das teorias relativas às disciplinas contábeis, sendo, 
portanto, imutável no tempo e espaço. 
Quando da publicação da resolução CFC nº 750/1993, utilizava-se a denominação Princípios 
Fundamentais da Contabilidade, sendo eles – em total de 07 (sete) – os seguintes: o princípio da 
Entidade, da Continuidade, da Oportunidade, do Registro pelo Valor Original, da Atualização 
Monetária, da Competência e da Prudência. Após a publicação da Res. CFC nº 1.282/2010, que 
alterou a 750/93, foi excluído o princípio da Atualização Monetária, restando apenas 06 (seis) 
postulados, que passaram a ser denominados Princípios de Contabilidade. 
Como dito na seção Contextualização, com a publicação da NBC TSP Estrutura Conceitual, em 
04/10/2016 – com efeitos a partir de 01/01/2017, foram revogadas as resoluções 750/93 e as 
posteriores que a alteraram (incluída a Res. 1.282/10). 
Em que pese a revogação da Res. CFC nº 750/1993, os princípios contábeis subsistem, porque a 
doutrina ainda os reconhece. Atualmente, no entanto, não há base legal para sustentá-los. 
Independentemente de qualquer controvérsia, para nós o importante é que alguns Editais ainda 
preveem os Princípios de Contabilidade, sendo comum sua cobrança em provas ainda nos dias de 
hoje. 
Segundo a Resolução CFC nº750/1993, os Princípios de Contabilidade: 
✓ São de observância obrigatória no exercício da profissão; 
✓ Constituem condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC); 
✓ Traduzem a prevalência da essência sobre a forma; 
✓ Representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade 
 
São Princípios de Contabilidade: 
I) o da ENTIDADE; 
II) o da CONTINUIDADE; 
III) o da OPORTUNIDADE; 
IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; 
V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
VI) o da COMPETÊNCIA; e 
VII) o da PRUDÊNCIA. 
 
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Princípio da Entidade: 
✓ Reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade; 
✓ Afirma a autonomia patrimonial e a necessidade de diferenciação de um Patrimônio 
particular no universo dos patrimônios existentes; 
✓ O patrimônio da sociedade ou instituição não se confunde com o patrimônio dos sócios ou 
proprietários; 
✓ O Patrimônio pertence à Entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação 
contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova Entidade, mas numa unidade de 
natureza econômico-contábil. 
 
Princípio da Continuidade 
✓ Pressuposto de que a entidade continuará em operação no futuro; 
✓ A mensuração e a apresentação dos componentes patrimoniais levam em conta tal 
premissa. 
 
Princípio da Oportunidade 
✓ Refere-se ao processo de mensuração e apresentação de informações íntegras e 
tempestivas; 
✓ A falta de integridade e tempestividade na produção e divulgação da informação contábil 
pode ocasionar a perda de sua relevância; 
 
Princípio do Registro pelo Valor Original 
✓ Determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos 
valores originais das transações, expressos em moeda nacional; 
✓ As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, 
ao longo do tempo, de diferentes formas: 
Bases de Mensuração 
 ATIVO PASSIVO 
Custo Histórico Valor pago na data da aquisição 
Valores recebidos ou aqueles necessários para 
liquidação no curso normal das operações 
Custo Corrente 
Valores pagos para aquisição na data 
do balanço/demonstrações contábeis 
Valor para liquidar a obrigação na data do 
balanço/demonstrações contábeis 
Valor Realizável 
Valores obtidos pela venda de forma 
ordenada 
Valor para liquidar a obrigação no curso 
normal das operações da Entidade 
Valor Presente 
Valor presente do fluxo futuro de 
entradas esperado no curso normal 
Valor presente do fluxo futuro de saídas 
esperado para liquidação no curso normal 
Valor Justo 
Valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes 
conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos 
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Além das mencionadas anteriormente, uma das bases de mensuração previstas no escopo do 
Princípio do Registro pelo Valor Original é a Atualização Monetária (antes considerada um Princípio 
“autônomo”). 
De acordo com esta base de mensuração, os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda 
nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão 
formal dos valores dos componentes patrimoniais. 
São resultantes da adoção da atualização monetária: 
I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade 
constante em termos do poder aquisitivo; 
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é 
necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam 
substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do 
Patrimônio Líquido; e 
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento dos 
valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos 
aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período. 
 
 
 
 
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==2267bb==
 
 
 
 
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Princípio da Competência 
✓ As receitas e despesas (ou “os efeitos das transações e outros eventos”) devem ser 
reconhecidas nos períodos a que se referem, independente de recebimento ou pagamento; 
✓ Pressupões simultaneidade da confrontação de receitas e despesas correlatas; 
Princípio da Prudência 
✓ Em alternativas igualmente válidas, deve-se adotar o menor valor para o ativo e do maior 
valor para o passivo; 
✓ Exige precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em condições de 
incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e 
despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de 
mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. 
 
 
 
(CETRO - Auditor Fiscal Tributário Municipal de São Paulo - Gestão Tributária - 2014) Segundo a 
Resolução CFC nº 750/1993, atualizada pela Resolução CFC nº 1.282/2010, marque V para 
verdadeiro ou F para falso e, em seguida, assinalea alternativa que apresenta a sequência correta. 
( ) O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam 
reconhecidos nos períodos a que se referem, dependendo do recebimento ou pagamento. 
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( ) O Princípio da Prudência determina sempre a adoção do menor valor para os componentes do 
Ativo e do maior para os do Passivo, sempre que se apresentem alternativas diferentes para a 
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
( ) O Princípio da Entidade reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a 
autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no universo 
dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de 
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins 
lucrativos. 
 a) V/ V/ V 
b) F/ V/ F 
c) F/ F/ V 
d) V/ V/ F 
e) F/ F/ F 
Comentários: 
Comentário de cada alternativa: 
I. FALSO. O erro está na palavra “dependendo”, pois o correto seria “independentemente”. Veja: 
Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam 
reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. 
II. FALSO. O erro está na palavra “diferentes”, pois o correto seria “igualmente válidas”. 
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do 
ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas 
para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
III. VERDADEIRO, nos termos do Art. 4º, da Res. CFC nº 750/93 (abaixo transcrito). 
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a 
autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo 
dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de 
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins 
lucrativos. 
Portanto, alternativa correta é C. 
 
(FCC - AC TCE PR/TCE-PR/Jurídica - 2011) Na análise dos demonstrativos contábeis, um auditor 
deparou-se com valores inconsistentes. Diante desse fato, após a verificação da validade das 
alternativas, para a execução da auditoria ele adotou o menor valor para os componentes do ativo 
e o maior para os do passivo. A medida tomada pelo auditor atendeu ao princípio da 
a) entidade. 
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b) prudência. 
c) razoabilidade. 
d) oportunidade. 
e) competência. 
Comentários: 
Segundo a Resolução CFC nº 750/1993, atualizada pela Resolução CFC nº 1.282/2010, 
“PRUDÊNCIA: determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior 
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a 
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.” 
Portanto, alternativa correta é B. 
 
(CESPE - Analista Judiciário (TRT 7ª Região) / Administrativa / Contabilidade/CESPE - 2017) Uma 
loja estava ofertando uma máquina de lavar e secar roupas por determinado preço, que poderia 
ser parcelado em quatro vezes iguais e sem acréscimo. Se o cliente pagasse à vista, teria um 
desconto de 10% sobre o valor anunciado. Um cliente, ao certificar-se das condições de venda 
nessa loja, dirigiu-se a outras lojas, a fim de conferir o preço do bem, e constatou que, nessas 
outras lojas, o preço à vista era igual ao preço com desconto de 10% que estava sendo oferecido 
pela primeira loja. 
Nessa situação hipotética, o preço do bem com 10% de desconto corresponde ao 
a) custo corrente. 
b) valor presente. 
c) valor justo. 
d) valor realizável. 
Comentários: 
Questão aborda uma das bases de mensuração do ativo – valor justo. O Princípio do Registro pelo 
Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados 
pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. 
As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao 
longo do tempo, de diferentes formas: 
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Portanto, alternativa correta é C. Segundo a Resolução CFC nº750/1993, “Valor justo é o valor 
pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, 
dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos”. Esse conceito está alinhado ao CPC 46 
(Mensuração do Valor Justo), que estabelece normas acerca da mensuração de um ativo ou 
passivo a valor justo. Veja: 
Definição de valor justo 
9. Esta Norma define valor justo como o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que 
seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes 
do mercado na data de mensuração. [grifo nosso] 
A alternativa demonstra um caso prático que se encaixa no conceito de valor justo, qual seja: “Se 
o cliente pagasse à vista, teria um desconto de 10% sobre o valor anunciado. Um cliente, ao 
certificar-se das condições de venda nessa loja, dirigiu-se a outras lojas, a fim de conferir o preço 
do bem, e constatou que, nessas outras lojas, o preço à vista era igual ao preço com desconto de 
10% que estava sendo oferecido pela primeira loja”. 
Analisando as alternativas: 
Letra A) ERRADA. Verifica-se que há avaliação do valor do ativo no momento da negociação 
conforme o preço de mercado, e não na data do balanço. 
Letra B) ERRADA. Não há informações suficientes sobre descontos de fluxos de caixa para 
evidenciar o valor do ativo caso fosse comprado à vista. 
Letra D) ERRADA. Quando se fala em valor realizável, o ativo é mensurado pelo seu valor de saída, 
ou seja, no momento da venda. Veja que a situação do enunciado ainda está na fase de aquisição 
(compra). 
(FCC – Agente de Defensoria Pública (DPE SP)/Contador - 2013) Em relação aos Princípios de 
Contabilidade, considere: 
Bases de Mensuração 
 ATIVO PASSIVO 
Custo Histórico Valor pago na data da aquisição 
Valores recebidos ou aqueles necessários para 
liquidação no curso normal das operações 
Custo Corrente 
Valores pagos para aquisição na data 
do balanço/demonstrações contábeis 
Valor para liquidar a obrigação na data do 
balanço/demonstrações contábeis 
Valor Realizável 
Valores obtidos pela venda de forma 
ordenada 
Valor para liquidar a obrigação no curso 
normal das operações da Entidade 
Valor Presente 
Valor presente do fluxo futuro de 
entradas esperado no curso normal 
Valor presente do fluxo futuro de saídas 
esperado para liquidação no curso normal 
Valor Justo 
Valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes 
conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos 
 
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I. Na aplicação dos Princípios de Contabilidade, há situações concretas em que os aspectos formais 
devem prevalecer sobre a essência das transações. 
II. O Princípio da competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de 
despesas correlatas. 
III. Os princípios do Registro pelo Valor Original, Atualização Monetária, Competência e Prudência 
são princípios de contabilidade.IV. O princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos 
componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. 
De acordo com a Resolução CFC no 750/93 e alterações posteriores, está correto o que se afirma 
APENAS em 
a) II e IV. 
b) I e III. 
c) II, III e IV. 
d) I e IV. 
e) I e II. 
Comentários: 
Analisando cada item: 
I. Errado. Está invertido. O correto seria a prevalência da essência sobre a forma. 
II. Correto. 
III. Errado. A Atualização Monetária deixou de ser um princípio contábil “autônomo” desde 2010. 
IV. Correto. 
Gabarito: A. 
 
(FCC –Auditor do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo - 2013) Em relação aos fatores que 
podem ocasionar variações nos componentes patrimoniais, ativos e passivos, após serem 
integrados ao Patrimônio, considere as afirmativas a seguir: 
I. Atualização Monetária: os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem 
ser reconhecidos nos registros contábeis por meio do ajustamento da expressão formal dos 
valores dos componentes patrimoniais. 
II. Valor Justo: os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais 
teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no 
período das demonstrações contábeis. 
III. Custo Corrente: os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, 
não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das 
demonstrações contábeis. 
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IV. Valor Presente: os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de 
entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações de 
uma entidade. 
Está correto o que se afirma em 
a) I, II e III, apenas. 
b) II e III, apenas. 
c) I, III e IV, apenas. 
d) II e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
Comentários: 
Analisando cada item: 
I. Correto. 
II. Errado. Foi apresentado o conceito de Custo corrente. 
III. Correto. 
IV. Correto. 
Gabarito: C. 
 
 
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3. NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL 
A Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral 
pelas Entidades do Setor Público estabelece os conceitos que devem ser aplicados no 
desenvolvimento das demais Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público 
(NBCs TSP) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Além disso, tais conceitos são aplicáveis à 
elaboração e à divulgação formal dos Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Entidades do 
Setor Público (RCPGs). 
O objetivo principal da maioria das entidades do setor público, segundo a norma, é prestar serviços 
à sociedade, ao invés vez de obter lucros e gerar retorno financeiro aos investidores. Em 
consequência, o desempenho de tais entidades pode ser apenas parcialmente avaliado por meio da 
análise de sua situação patrimonial, desempenho e fluxos de caixa. Os RCPGs fornecem informações 
aos seus usuários para subsidiar os processos decisórios e a prestação de contas e responsabilização 
(accountability). Portanto, os usuários dos RCPGs das entidades do setor público precisam de 
informações para subsidiar as avaliações de algumas questões, tais como: 
(a) se a entidade prestou seus serviços à sociedade de maneira eficiente e eficaz; 
(b) quais são os recursos atualmente disponíveis para gastos futuros, e até que ponto há restrições 
ou condições para a utilização desses recursos; 
(c) a extensão na qual a carga tributária, que recai sobre os contribuintes em períodos futuros para 
pagar por serviços correntes, tem mudado; e 
(d) se a capacidade da entidade para prestar serviços melhorou ou piorou em comparação com 
exercícios anteriores. 
A seguir, apresentaremos – na veia – um extrato dos principais tópicos da NBC TSP Estrutura 
Conceitual. 
3.1 Função 
A estrutura conceitual estabelece os conceitos que fundamentam a elaboração e a divulgação dos 
Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Entidades do Setor Público (RCPGs), os quais devem 
ser elaborados com base no regime de competência. O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) 
aplicará estes conceitos no desenvolvimento das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao 
Setor Público (NBCs TSP) e nas demais disposições aplicáveis à elaboração e divulgação dos RCPGs. 
 
3.2 Relatório Contábil de Propósito Geral das Entidades do Setor Público (RCPG) 
Os RCPGs são os componentes centrais da transparência da informação contábil dos governos e de 
outras entidades do setor público, aprimorando-a e favorecendo-a. Os RCPGs são relatórios 
contábeis elaborados para atender às necessidades dos usuários em geral, não tendo o propósito 
de atender a finalidades ou necessidades específicas de determinados grupos de usuários. 
 
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3.3 Alcance da estrutura conceitual e das NBCs TSP 
Esta estrutura conceitual e as demais NBCs TSP aplicam-se, obrigatoriamente, às entidades do setor 
público quanto à elaboração e divulgação dos RCPGs. Estão compreendidos no conceito de 
entidades do setor público: os governos nacionais, estaduais, distrital e municipais e seus 
respectivos poderes (abrangidos os tribunais de contas, as defensorias e o Ministério Público), 
órgãos, secretarias, departamentos, agências, autarquias, fundações (instituídas e mantidas pelo 
poder público), fundos, consórcios públicos e outras repartições públicas congêneres das 
administrações direta e indireta (inclusive as empresas estatais dependentes). 
As empresas estatais dependentes são empresas controladas que recebem do ente controlador 
recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal, despesas de custeio em geral ou 
despesas de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação 
acionária. 
 
3.4 Objetivos da elaboração e divulgação da informação contábil 
Os objetivos da elaboração e divulgação da informação contábil estão relacionados ao 
fornecimento de informações sobre a entidade do setor público que são úteis aos usuários dos 
RCPGs (os cidadãos, primariamente) para a prestação de contas e responsabilização 
(accountability) e tomada de decisão. 
A elaboração e a divulgação de informação contábil não são um fim em si mesmas. O propósito é o 
de fornecer informações úteis aos usuários dos RCPGs. Os objetivos da elaboração e divulgação da 
informação contábil são determinados com base nos usuários dos RCPGs e suas necessidades de 
informações. 
 
3.5 Usuários dos RCPGs 
Governos e outras entidades do setor público obtêm recursos dos contribuintes, doadores, 
credores por empréstimos e de outros provedores de recursos para serem utilizados na prestação 
de serviços aos cidadãos e aos outros usuários. Essas entidades são responsáveis pela gestão e 
utilização dos recursos perante os usuários desses serviços. Aqueles que proveem os recursos 
também requerem informações que sirvam de base para a tomada de decisão. 
Consequentemente, os RCPGs devem ser elaborados e divulgados, principalmente, para atender às 
necessidades de informações dos usuários dos serviços e dos provedores de recursos, quando 
estes não detêm a prerrogativa de exigir que a entidade do setor público divulgue as informações 
que atendam às suas necessidades específicas. Os membros do poder Legislativo são também 
usuários primários dos RCPGs e utilizamextensiva e continuamente esses relatórios enquanto atuam 
como representantes dos interesses dos usuários de serviços e dos provedores de recursos. Assim, 
para os propósitos desta estrutura conceitual, os usuários primários dos RCPGs são os usuários dos 
serviços e seus representantes e os provedores de recursos e seus representantes (doravante 
identificados como usuários dos serviços e provedores de recursos, a não ser que sejam identificados 
de outra forma). 
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Os cidadãos recebem os serviços do governo e de outras entidades do setor público e proveem parte 
dos recursos para esse fim. Assim, eles são usuários primários dos RCPGs. Alguns usuários dos 
serviços e alguns provedores de recursos que dependem dos RCPGs para obter informações que eles 
necessitam para os propósitos de prestação de contas e responsabilização (accountability) e tomada 
de decisão podem não ser cidadãos, como, por exemplo: indivíduos que pagam tributos e recebem 
benefícios e não são considerados cidadãos; agências bilaterais ou multilaterais; provedores de 
recursos e corporações que realizam transações com o governo; bem como aqueles que financiam 
e/ou se beneficiam dos serviços fornecidos por organizações governamentais internacionais. Na 
maioria dos casos, os governos que proveem recursos para as organizações governamentais 
internacionais são dependentes dos RCPGs daquelas organizações para fins de prestação de contas 
e responsabilização (accountability) e tomada de decisão. 
 
NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL 
Função: estabelece os conceitos que fundamentam a elaboração e a divulgação dos 
Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Entidades. 
Relatório Contábil de Propósito Geral das Entidades do Setor Público (RCPG): são 
relatórios contábeis elaborados para atender às necessidades dos usuários em geral, não 
tendo o propósito de atender a finalidades ou necessidades específicas de determinados 
grupos de usuários. 
Alcance da estrutura conceitual e das NBCs TSP: aplicam-se, obrigatoriamente, às 
entidades do setor público quanto à elaboração e divulgação dos RCPGs. Estão 
compreendidos no conceito de entidades do setor público: os governos nacionais, 
estaduais, distrital e municipais e seus respectivos poderes (abrangidos os tribunais de 
contas, as defensorias e o Ministério Público), órgãos, secretarias, departamentos, 
agências, autarquias, fundações (instituídas e mantidas pelo poder público), fundos, 
consórcios públicos e outras repartições públicas congêneres das administrações direta e 
indireta (inclusive as empresas estatais dependentes). 
Objetivos da elaboração e divulgação da informação contábil: estão relacionados ao 
fornecimento de informações sobre a entidade do setor público que são úteis aos 
usuários dos RCPGs para a prestação de contas e responsabilização (accountability) e 
tomada de decisão. 
A elaboração e a divulgação de informação contábil não são um fim em si mesmas. O 
propósito é o de fornecer informações úteis aos usuários dos RCPGs. Os objetivos da 
elaboração e divulgação da informação contábil são determinados com base nos usuários 
dos RCPGs e suas necessidades de informações. 
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Usuários dos RCPGs: Governos e outras entidades do setor público obtêm recursos dos 
contribuintes, doadores, credores por empréstimos e de outros provedores de recursos 
para serem utilizados na prestação de serviços aos cidadãos e aos outros usuários. Assim, 
para os propósitos desta estrutura conceitual, os usuários primários dos RCPGs são os 
usuários dos serviços e seus representantes e os provedores de recursos e seus 
representantes. 
 
3.6 Características Qualitativas 
Os RCPGs apresentam informações financeiras e não financeiras sobre fenômenos econômicos, 
além de outros fenômenos. As características qualitativas da informação incluída nos RCPGs são 
atributos que tornam a informação útil para os usuários e dão suporte ao cumprimento dos 
objetivos da informação contábil. O objetivo da elaboração e divulgação da informação contábil é 
fornecer informação para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability) e tomada 
de decisão. 
As características qualitativas da informação incluída nos RCPGs são a relevância, a representação 
fidedigna, a compreensibilidade, a tempestividade, a comparabilidade e a verificabilidade. 
As restrições inerentes à informação contida nos RCPGs são a materialidade, o custo-benefício e o 
alcance do equilíbrio apropriado entre as características qualitativas. 
Cada uma das características qualitativas é integrada e funciona em conjunto com as outras 
características, de modo a fornecer informação útil nos RCPGs para cumprir os objetivos da 
informação contábil. Entretanto, na prática, talvez não seja possível alcançar todas as características 
qualitativas e, nesse caso, um equilíbrio ou compensação entre algumas delas poderá ser necessário. 
As características qualitativas se aplicam a todas as informações financeiras e não financeiras 
apresentadas nos RCPGs, inclusive às informações histórica e prospectiva, além da informação 
explicativa. Contudo, pode haver variação no grau que as características qualitativas podem ser 
alcançadas, dependendo do nível de incerteza e de avaliação subjetiva envolvidos na compilação das 
informações financeiras e não financeiras. A necessidade de orientação adicional na interpretação e 
aplicação das características qualitativas àquilo que estende o alcance da informação contábil para 
além das demonstrações contábeis deve ser considerada no desenvolvimento de qualquer NBC TSP 
ou de outras disposições do CFC inerentes às entidades do setor público e que tratam de tais 
questões. 
 
a) Relevância 
As informações financeiras e não financeiras são relevantes caso sejam capazes de influenciar 
significativamente o cumprimento dos objetivos da elaboração e da divulgação da informação 
contábil. As informações financeiras e não financeiras são capazes de exercer essa influência quando 
têm valor confirmatório, preditivo ou ambos. A informação pode ser capaz de influenciar e, desse 
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modo, ser relevante, mesmo se alguns usuários decidirem não considerá-la ou já estiverem cientes 
dela. 
 
b) Representação fidedigna 
Para ser útil como informação contábil, a informação deve corresponder à representação fidedigna 
dos fenômenos econômicos e outros que se pretenda representar. A representação fidedigna é 
alcançada quando a representação do fenômeno é completa, neutra e livre de erro material. A 
informação que representa fielmente um fenômeno econômico ou outro fenômeno retrata a 
substância da transação, a qual pode não corresponder, necessariamente, à sua forma jurídica. 
Na prática, pode não ser possível ter certeza ou saber se a informação apresentada nos RCPGs está 
completa, neutra e livre de erro material. Entretanto, a informação deve estar completa, neutra e 
livre de erro material tanto quanto possível. 
A neutralidade da informação contábil corresponde à ausência de viés. Isso significa que a seleção 
e a apresentação das informações financeiras e não financeiras não devem ser feitas com a intenção 
de se atingir um resultado particular predeterminado, por exemplo, para influenciar a avaliação dos 
usuários acerca da prestação de contas e responsabilização (accountability) por parte da entidade, 
para uma decisão oujulgamento que está para ser feito, ou, ainda, para induzir a determinado 
comportamento. 
A informação neutra representa fielmente os fenômenos econômicos e outros fenômenos que ela 
se propõe a representar. Contudo, exigir que a informação incluída nos RCPGs seja neutra não 
significa que não haja propósito ou que não influencie algum comportamento. A relevância é uma 
característica qualitativa, e, por definição, a informação relevante é capaz de influenciar as 
avaliações e as decisões dos seus usuários. 
 
c) Compreensibilidade 
A compreensibilidade é a qualidade da informação que permite que os usuários compreendam o 
seu significado. Os RCPGs devem apresentar a informação de maneira que corresponda às 
necessidades e à base do conhecimento dos usuários, bem como a natureza da informação 
apresentada. Por exemplo, as explicações acerca das informações financeiras e não financeiras e as 
informações adicionais acerca da prestação de serviços e outros resultados durante o exercício, além 
das expectativas para os períodos futuros, devem ser escritas em linguagem simples e apresentadas 
de maneira que sejam prontamente compreensíveis pelos usuários. A compreensão é aprimorada 
quando a informação é classificada e apresentada de maneira clara e sucinta. A comparabilidade 
pode também aprimorar a compreensibilidade. 
 
d) Tempestividade 
Tempestividade significa ter informação disponível para os usuários antes que ela perca a sua 
capacidade de ser útil para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability) e 
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tomada de decisão. Ter informação disponível mais rapidamente pode aprimorar a sua utilidade 
como insumo para processos de avaliação da prestação de contas e responsabilização 
(accountability) e a sua capacidade de informar e influenciar os processos decisórios. A ausência de 
tempestividade pode tornar a informação menos útil. 
 
e) Comparabilidade 
Comparabilidade é a qualidade da informação que possibilita aos usuários identificar semelhanças 
e diferenças entre dois conjuntos de fenômenos. A comparabilidade não é uma qualidade de item 
individual de informação, mas, antes, a qualidade da relação entre dois ou mais itens de informação. 
A comparabilidade difere da consistência. A consistência se refere à utilização dos mesmos 
princípios ou políticas contábeis e da mesma base de elaboração, seja de período a período dentro 
da entidade ou de um único período entre duas ou mais entidades. A comparabilidade é o 
objetivo, enquanto que a consistência auxilia a atingi-lo. Em alguns casos, os princípios ou políticas 
contábeis adotados pela entidade podem ser revisados para melhor representar determinada 
transação ou evento nos RCPGs. Nesses casos, a inclusão de evidenciação ou explicação adicional 
pode ser necessária para satisfazer às características da comparabilidade. 
A comparabilidade também difere da uniformidade. Para que a informação seja comparável, coisas 
semelhantes devem parecer semelhantes e coisas distintas devem parecer distintas. A ênfase 
demasiada na uniformidade pode reduzir a comparabilidade ao fazer com que coisas distintas 
pareçam semelhantes. A comparabilidade da informação nos RCPGs não é aprimorada ao se fazer 
com que coisas distintas pareçam semelhantes, assim como ao fazer com que coisas semelhantes 
pareçam distintas. 
 
f) Verificabilidade 
A verificabilidade é a qualidade da informação que ajuda a assegurar aos usuários que a 
informação contida nos RCPGs representa fielmente os fenômenos econômicos ou de outra 
natureza que se propõe a representar. A suportabilidade, ou seja, a qualidade referente àquilo que 
dá suporte a algo, algumas vezes é utilizada para descrever esta qualidade, quando aplicada em 
relação à informação explicativa e à informação quantitativa financeira e não financeira prospectiva 
divulgada nos RCPGs. Quer referida como verificabilidade ou como suportabilidade, a característica 
implica que dois observadores esclarecidos e independentes podem chegar ao consenso geral, mas 
não necessariamente à concordância completa, em que: 
(a) a informação representa os fenômenos econômicos e de outra natureza, os quais se pretende 
representar sem erro material ou viés; ou 
(b) o reconhecimento apropriado, a mensuração ou o método de representação foi aplicado sem 
erro material ou viés. 
Para ser verificável, a informação não precisa ser um ponto único estimado. Um intervalo de 
possíveis valores e suas probabilidades relacionadas também pode ser utilizado. 
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A verificação pode ocorrer de forma direta ou indireta. Com a verificação direta, o montante ou 
outra representação podem ser verificados em si mesmos, tais como: pela contagem de caixa; pela 
observação de títulos negociáveis e suas cotações de preço; ou pela confirmação de que os fatores 
identificados que influenciaram o desempenho passado estejam presentes e relacionados com os 
efeitos identificados. Com a verificação indireta, o montante ou outra representação podem ser 
verificados ao se checar os dados e recalcular os resultados utilizando a mesma convenção ou 
metodologia contábil. Um exemplo corresponde à verificação do valor contábil do estoque por meio 
da conferência das entradas (quantidades e custos) e do recálculo do estoque final utilizando o 
mesmo método de mensuração (por exemplo, custo médio ou “primeiro que entra, primeiro que 
sai” (PEPS)). 
 
 
 
3.7 Restrições acerca da informação incluída nos RCPGs 
a) Materialidade 
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A informação é material se a sua omissão ou distorção puder influenciar o cumprimento do dever 
de prestação de contas e responsabilização (accountability), ou as decisões que os usuários tomam 
com base nos RCPGs elaborados para aquele exercício. A materialidade depende tanto da natureza 
quanto do montante do item analisado dentro das particularidades de cada entidade. Os RCPGs 
podem englobar informação qualitativa e quantitativa acerca do cumprimento da prestação de 
serviços durante o período de referência e das expectativas sobre a prestação de serviço e o 
desempenho no futuro. Consequentemente, não é possível especificar um limite quantitativo 
uniforme no qual determinada informação se torna material. 
 
b) Custo-benefício 
A informação contábil impõe custos, e seus benefícios devem justificá-los. Avaliar se os benefícios 
da informação justificam seus custos é, com frequência, uma questão de julgamento de valor, pois 
não é possível identificar todos os custos e todos os benefícios da informação incluída nos RCPGs. 
Os custos, para fornecerem a informação, incluem os de coleta, de processamento e de verificação 
e/ou de apresentação das premissas e das metodologias que dão suporte a elas, além dos de 
disseminação. Os usuários incorrem nos custos da análise e interpretação. A omissão da informação 
útil também impõe custos, inclusive aqueles em que os usuários incorrem na obtenção de 
informação necessária de terceiros, além dos custos advindos da tomada de decisão utilizando 
dados incompletos fornecidos pelos RCPGs. 
 
c) Características-chave de entidade do setor público que reporta a informação contábil 
As características-chave de entidade do setor público que reporta a informação contábil são: 
(a) ser uma entidade que capta recursos da sociedade ou em nome desta e/ou utiliza recursos para 
realizar atividades em benefíciodela; e 
(b) existir usuários de serviços ou provedores de recursos dependentes de informações contidas nos 
RCPGs para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability) e tomada de decisão. 
 
3.8 Elementos das Demonstrações Contábeis 
As demonstrações contábeis retratam os efeitos financeiros e não financeiros das transações e 
outros eventos ao agrupá-los em classes amplas que compartilham características econômicas 
comuns. Essas classes amplas são denominadas elementos das demonstrações contábeis. Os 
elementos correspondem às estruturas básicas a partir das quais as demonstrações contábeis são 
elaboradas. Essas estruturas fornecem um ponto inicial para reconhecer, classificar e agregar dados 
e atividades econômicas de maneira a fornecer aos usuários informação que satisfaça aos objetivos 
e atinja as características qualitativas da informação contábil, levando em consideração as restrições 
sobre a informação incluída nos RCPGs. 
 
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(FCC – Auditor Fiscal/SEFAZ GO – 2018) As normas brasileiras de contabilidade constituem 
importante paradigma de conduta profissional na condução dos trabalhos previstos na Resolução 
CFC nº 560/83, de 28 de outubro de 1983, e correlatos. Iniciadas pelo acrônimo “NBC”, dividem-
se em normas técnicas, que recebem o primeiro sufixo “T”, e profissionais, que recebem o 
primeiro sufixo “P”. 
Acerca da NBC TSP, é correto afirmar que 
(A) normas técnicas regionalizadas, como a atual ESTRUTURA CONCEITUAL, permanecerão válidas 
até 2019, quando então darão lugar às normas internacionais convergidas (IFAC-IPSAS). 
(B) não é candidata ao processo de convergência com as normas internacionais (IFAC-IPSAS), posto 
que contém muitas peculiaridades locais. 
(C) é norma técnica que inclui peculiaridades das sociedades domiciliadas no Estado de São Paulo. 
(D) sua estrutura conceitual não faz menção a orçamento. 
(E) embora as estatísticas de finanças públicas e as demonstrações contábeis do setor público 
tenham muito em comum, são reguladas por diretrizes com objetivos diferentes. 
Comentários: 
Elementos das Demonstrações Contábeis - NBC TSP Estrutura Conceitual::
Ativo é um recurso controlado no presente pela entidade como resultado de
evento passado.
Passivo é uma obrigação presente, derivada de evento passado, cuja extinção
deva resultar na saída de recursos da entidade.
Receita corresponde a aumentos na situação patrimonial líquida da entidade
não oriundos de contribuições dos proprietários.
Despesa corresponde a diminuições na situação patrimonial líquida da
entidade não oriundas de distribuições aos proprietários.
Contribuição dos proprietários corresponde a entrada de recursos para a
entidade a título de contribuição de partes externas, que estabelece ou
aumenta a participação delas no patrimônio líquido da entidade.
Distribuição aos proprietários corresponde a saída de recursos da entidade a título de
distribuição a partes externas, que representa retorno sobre a participação ou a
redução dessa participação no patrimônio líquido da entidade.
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Embora essa fosse uma questão diferente e – em certa medida – difícil, poderíamos buscar o 
gabarito por eliminação. 
Analisando as alternativas: 
As NBC TSPs são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público, convergentes 
com as Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Público, emitidas pela International 
Federation of Accountants (Ifac); e as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor 
Público editadas por necessidades locais, sem equivalentes internacionais. Essa informação já 
eliminaria a alternativas “b”. 
Segundo a Estrutura Conceitual: 
Importância do orçamento público 
8. O governo e outras entidades do setor público elaboram orçamentos. No Brasil, a Constituição 
exige a elaboração do orçamento anual, a sua aprovação pelo poder Legislativo e a sua 
disponibilização à sociedade. A legislação brasileira define o que a peça orçamentária deve 
conter. A sociedade fiscaliza a gestão das entidades públicas diretamente, respaldada pela 
Constituição, ou indiretamente, por meio de representantes. O orçamento aprovado é utilizado 
como base para a definição dos níveis de tributação e de outras receitas, compondo o processo de 
obtenção de autorização legislativa para a realização do gasto público. 
9. Devido à importância do orçamento público aprovado, as informações que possibilitam aos 
usuários compararem a execução orçamentária com o orçamento previsto facilitam a análise 
quanto ao desempenho das entidades do setor público. Tais informações instrumentalizam a 
prestação de contas e a responsabilização (accountability) e fornecem subsídios para o processo 
decisório relativo aos orçamentos dos exercícios subsequentes. A elaboração de demonstrativo 
que apresenta e compara a execução do orçamento com o orçamento previsto é o mecanismo 
normalmente utilizado para demonstrar a conformidade com os requisitos legais relativos às 
finanças públicas. [grifos não constantes no original] 
Assim, eliminaríamos a alternativa “d”, uma vez que as informações orçamentárias 
instrumentalizam a prestação de contas e a responsabilização (accountability) e fornecem 
subsídios para o processo decisório relativo aos orçamentos dos exercícios subsequentes 
A letra “c”, em nossa opinião, quis fazer uma brincadeira. Rs... Misturou SP – de Setor Público com 
o Estado de São Paulo. 
A estrutura conceitual não é regionalizada. Assim, “a” está errada. 
Então, sobraria apenas a alternativa “e”. Os trechos a seguir da NBC TSP confirmam a correção da 
assertiva: 
22. As demonstrações contábeis e os relatórios de EFP têm muito em comum. Ambas as 
estruturas de relatórios estão voltadas para (a) informação contábil, baseada no regime de 
competência, (b) ativos, passivos, receitas e despesas governamentais e (c) informações 
abrangentes sobre os fluxos de caixa. Há uma considerável sobreposição entre as duas estruturas 
de relatórios que sustentam essas informações. 
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23. No entanto, as NBCs TSP e as diretrizes para relatórios de EFP têm objetivos diferentes. O 
objetivo das demonstrações contábeis das entidades do setor público é o fornecimento de 
informações úteis sobre a entidade que reporta a informação, voltadas para os usuários dos RCPGs 
para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability) e para a tomada de decisão. 
Os relatórios de EFP são utilizados, principalmente, para: (a) analisar opções de política fiscal, 
definir essas políticas e avaliar os seus impactos; (b) determinar o impacto sobre a economia; e (c) 
comparar os resultados fiscais nacional e internacionalmente. O foco é sobre a avaliação do 
impacto do SGG e do setor público em geral sobre a economia, no âmbito da estrutura conceitual 
das estatísticas macroeconômicas. 
Portanto, alternativa correta é E. 
 
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4. NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL 
A Resolução CFC nº 1.374/2011 deu nova redação à NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL - Estrutura 
Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, tendo em vista a 
publicação do CPC 00 (R1). Reiteramos que a NBC TG Estrutura Conceitualpraticamente replica o 
conteúdo presente no CPC 00. Ao final de 2019, houve uma atualização no conteúdo da norma. 
A NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de 
Relatório Contábil-Financeiro “norteia” toda a Contabilidade Privada. Vários dos conceitos e 
institutos nela presentes são parecidos com aqueles previstos na NBC TSP – Estrutura Conceitual 
(aplicável às entidades do setor público). 
A seguir, apresentaremos – na veia – um extrato dos principais tópicos da NBC TG Estrutura 
Conceitual. Sabemos que são muitas as informações a serem transmitidas. Fiquem atentos aos 
nossos destaques e esquemas! 
4.1 - Objetivo, utilidade e limitações do relatório financeiro de propósito geral 
O objetivo do relatório financeiro para fins gerais é fornecer informações financeiras sobre a 
entidade que reporta que sejam úteis para investidores, credores por empréstimos e outros 
credores, existentes e potenciais, na tomada de decisões referente à oferta de recursos à entidade. 
Essas decisões envolvem comprar, vender ou manter instrumento de patrimônio e de dívida; 
conceder ou liquidar empréstimos ou outras formas de crédito; ou exercer direitos de votar ou de 
outro modo influenciar os atos da administração que afetam o uso dos recursos econômicos da 
entidade. 
Decisões a serem tomadas por investidores existentes e em potencial relacionadas a comprar, 
vender ou manter instrumentos patrimoniais e instrumentos de dívida dependem dos retornos que 
os existentes e potenciais investidores, credores por empréstimos e outros credores esperam, por 
exemplo, dividendos, pagamentos de principal e juros ou aumentos no preço de mercado. As 
expectativas dos investidores, credores por empréstimos e outros credores quanto aos retornos 
dependem de sua avaliação do valor, da época e da incerteza (perspectivas) de futuros fluxos de 
entrada de caixa líquidos para a entidade e de sua avaliação da gestão de recursos da administração 
sobre os recursos econômicos da entidade. Investidores, credores por empréstimos e outros 
credores, existentes e potenciais, precisam de informações para ajudá-los a fazer essas avaliações. 
Para avaliar as perspectivas da entidade em termos de entrada de fluxos de caixa futuros, os 
investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e potenciais, precisam de 
informações sobre: 
(a) os recursos econômicos da entidade, reivindicações contra a entidade e alterações nesses 
recursos e reivindicações; e 
(b) a eficiência e eficácia da administração e do órgão de administração da entidade no cumprimento 
de suas responsabilidades sobre o uso dos recursos econômicos da entidade 
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NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL 
O objetivo do relatório financeiro para fins gerais é fornecer informações financeiras 
sobre a entidade que reporta que sejam úteis para investidores, credores por 
empréstimos e outros credores, existentes e potenciais, na tomada de decisões referente 
à oferta de recursos à entidade. 
4.2 – Características qualitativas de informações financeiras úteis 
As características qualitativas de informações financeiras úteis identificam os tipos de informações 
que tendem a ser mais úteis a investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes 
e potenciais, para que tomem decisões sobre a entidade que reporta com base nas informações 
contidas em seu relatório financeiro (informações financeiras). 
Relatórios financeiros fornecem informações sobre os recursos econômicos da entidade que 
reporta, reivindicações contra a entidade que reporta e os efeitos de transações e outros eventos e 
condições que alteram esses recursos e reivindicações (essas informações são referidas na Estrutura 
Conceitual como informações sobre os fenômenos econômicos). Alguns relatórios financeiros 
incluem também material explicativo sobre as expectativas e estratégias da administração para a 
entidade que reporta e outros tipos de informações prospectivas. 
As características qualitativas de informações financeiras úteis se aplicam a informações financeiras 
fornecidas nas demonstrações contábeis, bem como a informações financeiras fornecidas de outras 
formas. O custo, que é uma restrição generalizada sobre a capacidade da entidade que reporta de 
fornecer informações financeiras úteis, se aplica de forma similar. Contudo, as considerações, ao se 
aplicarem as características qualitativas e a restrição de custo, podem ser diferentes para tipos 
diferentes de informações. Por exemplo, aplicá-las a informações prospectivas pode ser diferente 
de aplicá-las a informações sobre recursos econômicos e reivindicações existentes e a alterações 
nesses recursos e reivindicações. 
Se informações financeiras devem ser úteis, elas devem ser relevantes e representar 
fidedignamente aquilo que pretendem representar. A utilidade das informações financeiras é 
aumentada se forem comparáveis, verificáveis, tempestivas e compreensíveis. 
4.2.1 Características qualitativas fundamentais 
As características qualitativas fundamentais são relevância e representação fidedigna. 
Relevância 
Informações financeiras relevantes são capazes de fazer diferença nas decisões tomadas pelos 
usuários. Informações podem ser capazes de fazer diferença em uma decisão ainda que alguns 
usuários optem por não tirar vantagem delas ou já tenham conhecimento delas a partir de outras 
fontes. 
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Informações financeiras são capazes de fazer diferença em decisões se tiverem valor preditivo 
ou valor confirmatório, ou ambos. 
 
Informações financeiras têm valor preditivo se podem ser utilizadas como informações em 
processos empregados pelos usuários para prever resultados futuros. Informações financeiras 
não precisam ser previsões ou prognósticos para ter valor preditivo. Informações financeiras 
com valor preditivo são empregadas por usuários ao fazer suas próprias previsões. 
 
Informações financeiras têm valor confirmatório se fornecem feedback sobre (confirmam ou 
alteram) avaliações anteriores. 
 
Os valores preditivo e confirmatório das informações financeiras estão inter-relacionados. 
Informações que possuem valor preditivo frequentemente possuem também valor 
confirmatório. Por exemplo, informações sobre receitas para o ano corrente, que podem ser 
utilizadas como base para prever receitas em anos futuros, também podem ser comparadas a 
previsões de receitas para o ano corrente que tenham sido feitas em anos anteriores. Os 
resultados dessas comparações podem ajudar o usuário a corrigir e a melhorar os processos 
que foram utilizados para fazer essas previsões anteriores. 
 
 
Materialidade 
 
A informação é material se a sua omissão, distorção ou obscuridade puder influenciar, 
razoavelmente, as decisões que os principais usuários de relatórios financeiros para fins 
gerais tomam com base nesses relatórios, que fornecem informações financeiras sobre 
entidade específica que reporta. Em outras palavras, materialidade é um aspecto de 
relevância específico da entidade com base na natureza ou magnitude, ou ambas, dos itens 
aos quais as informações se referem no contexto do relatório financeiro da entidade 
individual. Consequentemente, não se pode especificar um limite quantitativo uniforme para 
materialidade ou predeterminar o que pode ser material em uma situação específica. 
 
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Representação fidedignaRelatórios financeiros representam fenômenos econômicos em palavras e números. Para serem 
úteis, informações financeiras não devem apenas representar fenômenos relevantes, mas 
também representar de forma fidedigna a essência dos fenômenos que pretendem representar. 
Em muitas circunstâncias, a essência de fenômeno econômico e sua forma legal são as mesmas. Se 
não forem as mesmas, fornecer informações apenas sobre a forma legal não representaria 
fidedignamente o fenômeno econômico. 
Para ser representação perfeitamente fidedigna, a representação tem três características. Ela é 
completa, neutra e isenta de erros. Obviamente, a perfeição nunca ou raramente é atingida. O 
objetivo é maximizar essas qualidades tanto quanto possível. 
A representação completa inclui todas as informações necessárias para que o usuário compreenda 
os fenômenos que estão sendo representados, inclusive todas as descrições e explicações 
necessárias. Por exemplo, a representação completa de grupo de ativos inclui, no mínimo, a 
descrição da natureza dos ativos do grupo, a representação numérica de todos os ativos do grupo e 
a descrição daquilo que a representação numérica retrata (por exemplo, custo histórico ou valor 
justo). Para alguns itens, uma representação completa pode envolver também explicações de fatos 
significativos sobre a qualidade e natureza do item, fatores e circunstâncias que podem afetar sua 
qualidade e natureza e o processo utilizado para determinar a representação numérica. 
A representação neutra não é tendenciosa na seleção ou na apresentação de informações 
financeiras. A representação neutra não possui inclinações, não é parcial, não é enfatizada ou deixa 
de ser enfatizada, nem é, de outro modo, manipulada para aumentar a probabilidade de que as 
informações financeiras serão recebidas de forma favorável ou desfavorável pelos usuários. 
Informações neutras não significam informações sem nenhum propósito ou sem nenhuma influência 
sobre o comportamento. Ao contrário, informações financeiras relevantes são, por definição, 
capazes de fazer diferença nas decisões dos usuários. 
Representação fidedigna não significa representação precisa em todos os aspectos. Livre de erros 
significa que não há erros ou omissões na descrição do fenômeno e que o processo utilizado para 
produzir as informações apresentadas foi selecionado e aplicado sem erros no processo. Nesse 
contexto, livre de erros não significa perfeitamente precisa em todos os aspectos. Por exemplo, a 
estimativa de preço ou valor não observável não pode ser determinada como precisa ou imprecisa. 
Contudo, a representação dessa estimativa pode ser fidedigna se o valor for descrito de forma clara 
e precisa como sendo a estimativa, se a natureza e as limitações do processo de estimativa forem 
explicadas e se nenhum erro tiver sido cometido na escolha e na aplicação do processo apropriado 
para o desenvolvimento da estimativa. 
 
 
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4.2.2 Características qualitativas de melhoria 
Comparabilidade, capacidade de verificação, tempestividade e compreensibilidade são 
características qualitativas que melhoram a utilidade da informação que é relevante e que é 
representada com fidedignidade. As características qualitativas de melhoria podem também 
auxiliar a determinar qual de duas alternativas que sejam consideradas equivalentes em termos de 
relevância e fidedignidade de representação deve ser usada para retratar um fenômeno. 
 
Características qualitativas 
fundamentais da informação 
contábil-financeira
(NBC TG Estrutura Conceitual)
Relevância: informação relevante é aquela
capaz de fazer diferença nas decisões que
possam ser tomadas pelos usuários.
Representação Fidedigna: representar com
fidedignidade o fenômeno que se propõe
representar. Nesse sentido, a realidade
retratada precisa ter três atributos: ela tem
que ser completa, neutra e livre de erro.
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A) Comparabilidade 
As decisões de usuários implicam escolhas entre alternativas, como, por exemplo, vender ou manter 
um investimento, ou investir em uma entidade ou noutra. Consequentemente, a informação acerca 
da entidade que reporta informação será mais útil caso possa ser comparada com informação similar 
sobre outras entidades e com informação similar sobre a mesma entidade para outro período ou 
para outra data. 
Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os usuários identifiquem e 
compreendam similaridades dos itens e diferenças entre eles. Diferentemente de outras 
características qualitativas, a comparabilidade não está relacionada com um único item. A 
comparação requer no mínimo dois itens. 
 
 
Consistência, embora esteja relacionada com a comparabilidade, não significa o mesmo. 
 
Consistência refere-se ao uso dos mesmos métodos para os mesmos itens, tanto de um 
período para outro considerando a mesma entidade que reporta a informação, quanto para 
um único período entre entidades. Comparabilidade é o objetivo; a consistência auxilia a 
alcançar esse objetivo. 
 
Comparabilidade não significa uniformidade. Para que a informação seja comparável, coisas 
iguais precisam parecer iguais e coisas diferentes precisam parecer diferentes. A 
comparabilidade da informação contábil-financeira não é aprimorada ao se fazer com que 
coisas diferentes pareçam iguais ou ainda ao se fazer coisas iguais parecerem diferentes. 
B) Capacidade de verificação 
A capacidade de verificação ajuda a garantir aos usuários que as informações representem de 
forma fidedigna os fenômenos econômicos que pretendem representar. Capacidade de verificação 
significa que diferentes observadores bem informados e independentes podem chegar ao consenso, 
embora não a acordo necessariamente completo, de que a representação específica é 
representação fidedigna. Informações quantificadas não precisam ser uma estimativa de valor único 
para que sejam verificáveis. Uma faixa de valores possíveis e as respectivas probabilidades também 
podem ser verificadas. 
A verificação pode ser direta ou indireta. Verificação direta significa verificar o valor ou outra 
representação por meio de observação direta, por exemplo, contando-se dinheiro. Verificação 
indireta significa verificar os dados de entrada de modelo, fórmula ou outra técnica e recalcular 
os dados de saída utilizando a mesma metodologia. Um exemplo é verificar o valor contábil do 
estoque, checando as informações (quantidades e custos) e recalculando o estoque final, utilizando 
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a mesma premissa de fluxo de custo (por exemplo, utilizando o método primeiro a entrar, primeiro 
a sair). 
C) Tempestividade 
Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de poder 
influenciá-los em suas decisões. Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos utilidade. 
Contudo, certa informação pode ter o seu atributo tempestividade prolongado após o encerramento 
do período contábil, em decorrência de alguns usuários, por exemplo, necessitarem identificar e 
avaliar tendências. 
D) Compreensibilidade 
Classificar, caracterizar e apresentar a informação com clareza e concisão torna-a compreensível. 
Alguns fenômenos são inerentemente complexos e pode não ser possível tornar a sua compreensão 
fácil. Excluir informações sobre esses fenômenos dos relatórios financeiros pode tornar mais fácil a 
compreensão das informações contidas nessesrelatórios financeiros. Contudo, esses relatórios 
seriam incompletos e, portanto, possivelmente distorcidos. 
Relatórios contábil-financeiros são elaborados para usuários que têm conhecimento razoável de 
negócios e de atividades econômicas e que revisem e analisem a informação diligentemente. Por 
vezes, mesmo os usuários bem informados e diligentes podem sentir a necessidade de procurar 
ajuda de consultor para compreensão da informação sobre um fenômeno econômico complexo. 
 
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4.2.2.1 Aplicação das características qualitativas de melhoria 
As características qualitativas de melhoria devem ser maximizadas tanto quanto possível. 
Contudo, as características qualitativas de melhoria, seja individualmente ou como grupo, não 
podem tornar informações úteis se essas informações forem irrelevantes ou não fornecerem 
representação fidedigna do que pretendem representar. 
A aplicação das características qualitativas de melhoria é um processo iterativo que não segue 
uma ordem prescrita. Algumas vezes, a característica qualitativa de melhoria pode ter de ser 
diminuída para maximizar outra característica qualitativa de melhoria. Por exemplo, a redução 
temporária na comparabilidade como resultado da aplicação prospectiva de novo pronunciamento 
pode ser vantajosa para aumentar a relevância ou a representação fidedigna em longo prazo. 
Divulgações apropriadas podem compensar parcialmente a não comparabilidade. 
4.3 – Restrições do custo sobre relatórios financeiros úteis 
O custo é uma restrição generalizada sobre as informações que podem ser fornecidas pelo 
relatório financeiro. O relatório de informações financeiras impõe custos, e é importante que esses 
custos sejam justificados pelos benefícios de apresentar essas informações. Há vários tipos de custos 
e benefícios a serem considerados. 
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Os fornecedores de informações financeiras gastam a maior parte dos esforços envolvidos na coleta, 
processamento, verificação e disseminação de informações financeiras, mas, em última instância, os 
usuários arcam com esses custos na forma de retornos reduzidos. 
Os usuários de informações financeiras podem também incorrer em custos de análise e 
interpretação das informações fornecidas. Se as informações necessárias não são fornecidas, os 
usuários incorrem em custos adicionais para obter essas informações em qualquer outra parte ou 
para estimá-las. 
Ao aplicar a restrição de custo, deve-se avaliar se é provável que os benefícios do relatório de 
informações específicas justificam os custos incorridos para fornecer e utilizar essas informações. 
Ao aplicar a restrição de custo no desenvolvimento de pronunciamento proposto, buscam-se 
informações de fornecedores de informações financeiras, usuários, auditores, acadêmicos e outros 
sobre a natureza e a quantidade esperada dos benefícios e custos desse pronunciamento. Na maior 
parte das situações, as avaliações se baseiam na combinação de informações quantitativas e 
qualitativas. 
Devido à subjetividade inerente, as avaliações de diferentes indivíduos sobre os custos e benefícios 
da apresentação de itens específicos de informações financeiras variam. Portanto, procura-se 
considerar custos e benefícios em relação ao relatório financeiro, de modo geral, e, não apenas, em 
relação a entidades individuais que reportam. Isto não significa que as avaliações de custos e 
benefícios sempre justificam os mesmos requisitos de relatório para todas as entidades. Diferenças 
podem ser apropriadas por conta dos diferentes portes das entidades, diferentes formas de 
obtenção de capital (pública ou privada), diferentes necessidades dos usuários ou outros fatores. 
4.4 – Elementos das Demonstrações Contábeis 
As demonstrações contábeis consolidadas fornecem informações sobre os ativos, passivos, 
patrimônio líquido, receitas e despesas tanto da controladora como de suas controladas como uma 
única entidade que reporta. Essas informações são úteis para investidores, credores por 
empréstimos e outros credores, existentes e potenciais, da controladora em sua avaliação das 
perspectivas para futuros fluxos de entrada de caixa líquidos para a controladora. Isso porque os 
fluxos de entrada de caixa líquidos para a controladora incluem distribuições para a controladora de 
suas controladas, e essas distribuições dependem de fluxos de entrada de caixa líquidos para as 
controladas. 
Demonstrações contábeis não consolidadas destinam-se a fornecer informações sobre os ativos, 
passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas da controladora e, não, sobre aquelas de suas 
controladas. Essas informações podem ser úteis a investidores, credores por empréstimos e outros 
credores, existentes e potenciais, da controladora, porque: 
(a) a reivindicação contra a controladora normalmente não dá ao titular dessa reivindicação uma 
reivindicação contra as controladas; e 
(b) em algumas jurisdições, os valores que podem ser legalmente distribuídos aos detentores de 
direitos sobre o patrimônio contra a controladora dependem das reservas distribuíveis da 
controladora. Outra forma de fornecer informações sobre parte ou a totalidade dos ativos, passivos, 
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patrimônio líquido, receitas e despesas apenas da controladora é nas demonstrações contábeis 
consolidadas, nas notas explicativas. 
Os elementos das demonstrações contábeis definidos nesta Estrutura Conceitual são: 
(a) ativos, passivos e patrimônio líquido, que se referem à posição financeira da entidade que 
reporta; e 
(b) receitas e despesas, que se referem ao desempenho financeiro da entidade que reporta. 
 
4.5 – Reconhecimento dos Elementos das Demonstrações Contábeis 
Reconhecimento é o processo de captação para inclusão no balanço patrimonial ou na 
demonstração do resultado e na demonstração do resultado abrangente de item que atenda à 
definição de um dos elementos das demonstrações contábeis – ativo, passivo, patrimônio líquido, 
receita ou despesa. Reconhecimento envolve refletir o item em uma dessas demonstrações – seja 
isoladamente ou em conjunto com outros itens – em palavras e por meio do valor monetário, e 
incluir esse valor em um ou mais totais nessa demonstração. O valor pelo qual ativo, passivo ou 
patrimônio líquido é reconhecido no balanço patrimonial é referido como o seu “valor contábil”. 
Observação: somente itens que atendem à definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido 
devem ser reconhecidos no balanço patrimonial. Similarmente, somente itens que atendem à 
definição de receitas ou despesas devem ser reconhecidos na demonstração do resultado e na 
demonstração do resultado abrangente. Contudo, nem todos os itens que atendem à definição de 
um desses elementos devem ser reconhecidos. 
Elementos das Demonstrações Contábeis - NBC TG Estrutura Conceitual:
Ativo é recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de
eventos passados. Recurso econômico é um direito que tem o potencial de
produzir benefícios econômicos..
Passivo é a obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico
como resultado de eventos passados.
Patrimônio líquido é a participação residual nos ativos da entidade após a
dedução de todos os seus passivos.
Receitas são aumentos nos ativos, ou reduções nos passivos, que resultam em
aumento no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a contribuições de
detentores de

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