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Projeto Integrado Larissa Capobianco Gestão Ambiental – 4º Semestre Universidade Anhembi Morumbi Piscicultura Sustentável – Sistemas de Produção e Gestão Ambiental. Métodos para prevenção de impactos ambientais gerados pela atividade com pequenos e médios produtores do interior de São Paulo. 1. Introdução A piscicultura traz um enorme benefício ambiental, pois combate diretamente a pesca predatória. Com seu crescimento e melhoramento através da gestão e tecnologias, tende-se a reservar os rios para o sustento das populações ribeirinhas e para a pesca de lazer. Os peixes de cultivo estão cada vez mais conquistando espaço na mesa do brasileiro, e no último ano, bateu recordes de exportação. Em 2021, a piscicultura brasileira produziu 841.005 mil toneladas. Segundo o presidente executivo da Associação Brasileira de Piscicultura (PeixeBR), Francisco Medeiros: “Peixes de cultivo devem cada dia mais ter uma participação maior no prato do consumidor brasileiro, principalmente pelo aspecto da saudabilidade.” Pequenos e médios produtores no interior de São Paulo que possuem tanques escavados nas propriedades estão se adaptando para iniciar uma produção comercial. Muitas vezes sem auxílio técnico profissional para orientações e regularizações necessárias, adquirem os primeiros alevinos e iniciam o processo de engorda sem saber os riscos ambientais e financeiros para o empreendimento. 2. Justificativa Capacitar os produtores e colaboradores pode tornar o empreendimento mais rentável e sustentável. O objetivo é transformar empreendimentos irregulares e poluidores em exemplos de soluções sustentáveis para a atividade. O Brasil apresenta características naturais que explicam e favorecem esse desenvolvimento da aquacultura, a exemplo do seu potencial hídrico. Uma extensão de mais de 5 milhões de quilômetros quadrados de mar territorial e aproximadamente milhões de hectares em reservatórios de água doce naturais e artificiais com potencial de utilização na produção de organismos aquáticos (CREPALDI, 2006). Diante desse crescimento e principalmente desse potencial que o país apresenta, os conhecimentos acerca dos sistemas de produção na piscicultura são fundamentais para que a atividade se desenvolva com máxima lucratividade, responsabilidade ambiental, com um melhor aproveitamento dos recursos hídricos, e respeitando o bem estar animal e as necessidades dos peixes em cada fase. As pisciculturas tradicionais utilizam-se de tanques escavados para sua produção. A grande maioria instalada em áreas de APP e várzeas, desviando águas de rios e córregos e/ou utilizando- se das nascentes da própria propriedade rural. Além disso, o manejo incorreto pode causar eutrofização de cursos d´água, efluentes contaminados por medicamentos e rações industriais, escape de animais exóticos e organismos patógenos, alterando a biodiversidade e modificando a paisagem. Devemos considerar que grande parcela desses produtores, descartam seus efluentes nos cursos d´água sem nenhum tratamento preventivo. Com este trabalho objetiva-se realizar, por meio de uma revisão bibliográfica e vivências da autora em campo, uma análise de dois sistemas de produção na piscicultura. O sistema fechado com recirculação de água e o sistema aberto com viveiros escavados. 3. Pergunta de pesquisa Com o crescimento do interesse em gerar mais uma fonte de renda na propriedade rural através da criação de peixes, como viabilizar o investimento e preparar a propriedade para prevenir os danos ambientais comumente causados pela atividade? 4. Hipótese 4.1. Para propriedades que já possuem viveiros escavados: sistema aberto. Para propriedades que já possuem viveiros que outrora foram utilizados para pesca de lazer ou abastecimento, e que foram construídos em épocas que antecedem as legislações atuais. Treinamento para conscientização e manejo para prevenção de riscos ambientais e bem estar animal, adequações do viveiro para a nova finalidade, licenças necessárias e criação do módulo de tratamento de efluentes. 4.2. Para propriedades que ainda não possuem nenhuma estrutura e querem iniciar na atividade. A produção em sistema de recirculação traz diversas vantagens para tornar a criação sustentável. Tanques elevados no sistema de produção semi intensivo, diminui as obras na propriedade, derrubada de árvores, serviços de terraplanagem de grande porte, risco de escape, entre outras vantagens. Além disso, por ser de recirculação, a água utilizada no sistema é sempre tratada e filtrada, e retorna aos viveiros. A reposição de água em todo sistema só é utilizada para reposição por conta da evaporação ou descarte por limpeza dos filtros. O volume desse efluente é significativamente menor do que os efluentes gerados em viveiros escavados e ao invés de retornarem aos rios e córregos, podem ser reutilizados como adubos ou acelerador de compostagem. 5. Sistemas de produção na Piscicultura Sustentável 5.1. Legislação Ambiental para pequenos e médios piscicultores 5.1.1. Pequeno piscicultor, dispensa de licença ambiental A Resolução CONAMA 4138 trouxe, em seu artigo 7º, importante disposição que beneficia, diretamente, o pequeno aquicultor: “os empreendimentos de pequeno porte e que não sejam potencialmente causadores de significativa degradação do meio ambiente poderão, a critério do órgão ambiental licenciador, desde que cadastrados nesse órgão, ser dispensados do licenciamento ambiental” Pequenos produtores no estado de SP, podem se enquadrar nos empreendimentos dispensados de licenciamento ambiental, de acordo como a CETESB descreve a seguir: Empreendimentos dispensados de licenciamento ambiental De acordo com o disposto no Artigo 7º do Decreto Estadual nº 62.243, de 02 de novembro de 2016, a instalação e operação das atividades a seguir relacionadas dependerá da obtenção de Declaração de Conformidade da Atividade Agropecuária a ser obtida na Secretaria da Agricultura e Abastecimento. I. piscicultura e pesque e pague, em viveiros escavados, cuja somatória de superfície de lâmina d’água seja inferior a 5,0ha (cinco hectares); II. piscicultura em tanques revestidos, cuja somatória de volume seja inferior a 1.000m³ (mil metros cúbicos); III. piscicultura e pesque e pague com barramento cuja somatória de superfície de lâmina de água seja inferior a 5,0ha (cinco hectares) IV. piscicultura e pesque e pague em sistema com recirculação cuja somatória de superfície de lâmina de água seja inferior a 5,0ha (cinco hectares); V. piscicultura em tanques-rede cuja somatória de volume seja inferior a 1.000m³ (mil metros cúbicos), em águas públicas estaduais, federais, represas rurais e cavas exauridas de mineração); VI. piscicultura em cavas exauridas de mineração cuja somatória de superfície de lâmina de água seja inferior a 5,0 ha (cinco hectares); VII. ranicultura: que ocupe área inferior a 400m² (quatrocentos metros quadrados); VIII. carcinicultura em água doce realizada em viveiros escavados, cuja somatória de superfície de lâmina d’água seja inferior a 5ha (cinco hectares); IX. malacocultura cuja superfície de lâmina d’água seja inferior a 5ha (cinco hectares); X. algicultura cuja superfície de lâmina d’água seja inferior a 10ha (dez hectares). Observações • A declaração de conformidade deverá ser feita no sítio oficial da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. • Na ocorrência de ampliação dos empreendimentos referidos no “caput” deste artigo, que implique uma área ou volume total de produção superior aos limites estabelecidos, estes deverão ser licenciados em sua totalidade. • Para cálculo da lâmina d’água dos empreendimentos, serão consideradas apenas as áreas e estruturas de cultivo utilizadas para a produção aquícola, objeto da solicitaçãode licenciamento. • A declaração de conformidade não se aplica aos empreendimentos localizados em áreas com: o Adensamento de cultivos aquícolas que enseje significativa degradação do meio ambiente; o Comprometimento da capacidade de suporte dos ambientes aquáticos públicos; o Floração recorrente de cianobactérias acima dos limites previstos na Resolução CONAMA nº 357, de 17 de março de 2005, que possa influenciar a qualidade da água bruta destinada ao abastecimento público. o Localizados nas Áreas de Proteção aos Mananciais ou Áreas de Proteção e Recuperação dos Mananciais da Região Metropolitana de São Paulo, que estarão sujeitos à obtenção do Alvará de Licença Metropolitana emitido pela CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, além do cumprimento da legislação específica pertinente; o Cuja implantação implicar supressão de vegetação nativa ou intervenção em Área de Preservação Permanente, que deverão obter autorização da CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, nos termos estabelecidos pela Lei federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012. o Os empreendimentos enquadrados nas hipóteses acima descritas deverão ser licenciados por meio do procedimento ordinário. 5.1.2. Médio Piscicultor – Licenciamento Simplificado Na legislação ambiental, o empreendimento relacionado a produção de peixes está sob as normas da piscicultura, portanto é beneficiada pelo Decreto 62.243 / 2016. Nesse caso em especial pelo Artigo 10º Inciso IV que prevê que a piscicultura cuja somatória de superfície de lâmina d’água seja igual ou superior a 5ha (cinco hectares) e inferior a 50ha (cinquenta hectares). Vemos a seguir o referido artigo, que explica quais atividades de aquicultura se enquadram no licenciamento simplificado. SEÇÃO III - Do Licenciamento Simplificado Artigo 10 - O licenciamento ambiental será realizado por procedimento simplificado para as seguintes atividades de aquicultura: I. piscicultura e pesque pague, em viveiros escavados, cuja somatória de superfície de lâmina d’água seja igual ou superior a 5ha (cinco hectares) e inferior a 50ha (cinquenta hectares); II. piscicultura em tanques revestidos, cuja somatória de volume seja igual ou superior a 1.000m³ (um mil metros cúbicos) e inferior a 5.000m³ (cinco mil metros cúbicos); III. piscicultura em pesque pague com barramento cuja somatória de superfície de lâmina d’água seja igual ou superior a 5ha (cinco hectares) e inferior a 50ha (cinquenta hectares); IV. piscicultura em sistema com re-circulação cuja somatória de superfície de lâmina d’água seja igual ou superior a 5ha (cinco hectares) e inferior a 50ha (cinquenta hectares); V. piscicultura em tanques-rede ou gaiolas com volume igual ou superior a 1.000m³ (um mil metros cúbicos) e inferior a 5.000m³ (cinco mil metros cúbicos), em águas públicas estaduais, federais, represas rurais e cavas exauridas de mineração; VI. piscicultura em cavas exauridas de mineração cuja somatória de superfície de lâmina de água seja igual ou superior a 5,0 ha (cinco hectares) e inferior a 50ha (cinquenta hectares); VII. ranicultura que ocupe área maior ou igual a 400m² (quatrocentos metros quadrados) ou inferior a 1.200m² (um mil e duzentos metros quadrados); VIII. carcinicultura em água doce realizada em viveiros escavados cuja somatória de superfície de lâmina de água seja igual ou superior a 5ha (cinco hectares) e igual ou inferior a 50ha (cinquenta hectares); IX. malacocultura cuja superfície de lâmina de água seja igual ou superior a 5ha (cinco hectares) e inferior a 30ha (trinta hectares); X. algicultura cuja superfície de lâmina de água seja igual ou superior a 10 ha (dez hectares) e inferior a 40ha (quarenta hectares). § 1º - O licenciamento simplificado a que se refere este artigo só se aplicará para as atividades de aquicultura referidas no inciso III se forem utilizadas espécies autóctones ou nativas, bem como espécies alóctones ou exóticas, desde que estas sejam espécies de cultivo autorizado, nos termos do artigo 5º deste decreto, excluídas em qualquer hipótese, para os fins do disposto neste artigo, espécies carnívoras em sistema de cultivo semi-intensivo e intensivo. § 2º - As etapas de licenciamento prévio e de instalação serão conduzidas de forma conjunta. § 3º - Os documentos necessários para solicitação da Licença Prévia e de Instalação serão os constantes nos Anexos I e III deste decreto. A regulamentação da atividade é um pouco diferente dependendo da região, mas no estado de São Paulo temos três órgãos básicos que devem ser regulamentados que é a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, que permite o licenciamento ambiental para a construção e instalação de viveiros, o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) para a outorga de água e a Secretaria de Aquicultura do Ministério da Agricultura, para obtenção do registro de aquicultor. Cabe ao técnico consultor mensurar o porte do empreendimento, seus riscos ambientais e adequar todas as licenças exigidas. Pisciculturas de grande porte não foram discutidas nesse trabalho. Caso a atividade a ser desenvolvida pelo aquicultor não esteja entre as hipóteses de dispensa ou de licenciamento simplificado, será necessário iniciar o licenciamento ambiental ordinário. Assim, o primeiro passo para o aquicultor é realizar a Consulta Prévia junto à Secretaria do Meio Ambiente (Municipal ou Estadual, a depender da atividade a ser desenvolvida). Esta Consulta Prévia fornecerá ao aquicultor informações importantes, tais como a orientação sobre qual modalidade de estudo ambiental deverá ser adotada para a identificação da viabilidade ambiental do projeto. Ademais, serão fornecidas informações sobre seu porte, sua localização e os impactos esperados para sua implantação (inciso II, artigo 2º, da Resolução SMA Nº 4911). 5.2. Do manejo sustentável no sistema com tanques escavados Figura 1. Tanques escavados, opção de renda na propriedade rural. Fonte: Piscicultura: criação de tilápias em viveiros escavados. www.cnabrasil.org.br Uma característica desse tipo de viveiro é a renovação de água constante. Por se tratar de um sistema extensivo ou semi intensivo, a densidade de peixes utilizada é baixa, o que diminui significativamente o risco de doenças e uso de medicamentos. A densidade baixa também gera um volume menor de matéria orgânica no viveiro devido as fezes dos animais e decantação de sobras de ração. A baixa densidade das espécies estocadas, também elimina a necessidade de uso de energia elétrica, pois dispensa o uso de bombas e aeradores. O treinamento do produtor e dos colaboradores são de grande importância pois impactam diretamente no manejo e na qualidade da água. O controle correto do arraçoamento e a biometria periódica refletem diretamente no volume e qualidade dos efluentes, evitando assim a eutrofização das águas tanto dos viveiros quanto nos recursos hídricos onde serão descartados os efluentes. Bem dimensionado todo o projeto, é possível criar um módulo de tratamento desse efluente, antes de ser descartado nos rios e córregos da propriedade. A água que sai do viveiro de peixes, passa por um tanque de decantação lenta, na sequencia por uma zona de raízes. Esse filtro rizosférico é construído ao nível do solo, com diversas camadas de substratos específicos, de granulometrias variadas e com impermeabilização para evitar contaminação do lençol freático. Na superfície se plantam vegetais com capacidade de filtração biológica e de efeito visual agradável. Os sistemas wetlands atuam como biofiltro e são capazes de remover uma série de poluentes como: matéria orgânica, nutrientes, patógenos e metais pesados. Os agentes patogênicos são removidos até certo ponto. Entre estes patógenos estão os vírus, bactérias, protozoários e helmintos. O tratamento primário é recomendado quando há uma grande quantidade de sólidos suspensosou matéria orgânica solúvel no efluente. Os wetlands construídos possuem como vantagem seu baixo custo de operação, implantação e manutenção em relação aos sistemas convencionais, além de possuir a vantagem de lidar com variações sazonais na emissão de efluentes sem apresentar efeitos adversos ao funcionamento do sistema de tratamento. http://www.cnabrasil.org.br/ Figura 2. Wetland – Sistema de filtragem biológica rizosférico. Fonte: http://brasil.rotaria.net/wetlands-uma-solucao-ecologica-de-tratamento-de-efluentes/ 5.3. Produção em viveiros elevados, sistema de recirculação A produção provinda da aquicultura sustentável é uma solução muito útil para suprir uma demanda crescente em termos de sustentabilidade. Avançando nesse sentido, o setor tem feito uso da inovação para encontrar essas soluções. Algumas delas já estão funcionando a pleno vapor, como a busca por mover a aquicultura para o interior com o uso dos RAS (Sistemas de Recirculação da Aquicultura), que visa otimizar o espaço e aumentar a utilização racional dos recursos disponíveis. Figura 3. Sistema de recirculação para produção intensiva de peixes. Fonte: projetopeixe.com.br Ao contar com esse tipo de sistema, é possível encontrar condições aquáticas melhores para o desenvolvimento da aquicultura. A tecnologia utiliza tanques específicos e outros equipamentos, buscando reduzir os efeitos ambientais e permitindo que a aquicultura possa acontecer em diversos ambientes, inclusive em perímetros urbanos — realidade que antes era impensável. As razões para iniciar a reutilização da água decorreram da falta de água, controle da poluição, riscos à saúde e prováveis ganhos econômicos. (EDING et al., 2006). A recirculação é uma forma de cultivo na qual a água após passar pelos tanques de produção, segue para o tratamento em filtros mecânico e biológico, retornando ao sistema (CREPALDI et al., 2006). A única água nova que entra é quantidade necessária para repor a que se perde durante os processos de tratamento e por evaporação. Essas perdas devem ser em torno de 5% do volume total do sistema por dia (CREPALDI et al., 2006). Através dos sistemas de recirculação aquícolas possibilita-se uma produtividade maior embora exija-se custos operacionais e de instalação maiores quando comparados aos outros sistemas de cultivo. Uma forma de driblar o consumo de energia elétrica na piscicultura sustentável é a utilização de fontes de energias renováveis, como a eólica e a solar. O investimento constante que vêm sendo feito nesse tipo de inovação promete reduzir os custos operacionais a médio e longo prazo, aumentar a competitividade e os lucros, além de minimizar os impactos ambientais. Outra vantagem desse sistema, é a produtividade por m2 de lâmina d´água. Com o alto volume de renovação de água nos viveiros e oxigenação adicionada ao sistema por meio de aeradores e sopradores, pode-se superar em mais de 10x a produção realizada em viveiros escavados. Os tanques elevados também facilitam o manejo em relação a biometria, escalonamento de produção e despesca. A desvantagem é que o manejo é bem mais intenso com o acompanhamento diário da qualidade da água e efetividade das funções do filtro. Já o investimento com o alto custo de implantação pode ser compensado pela alta produtividade do sistema que pode chegar até 50 kg/m3 6. Conclusão O estudo permitiu concluir que no interior do estado de SP, há um crescimento exponencial de produtores rurais iniciando a criação de peixes como alternativa de acréscimo de renda na propriedade. Conclui-se também que há um baixo nível de conhecimento acerca de como preparar os viveiros, arraçoamento sem controle e pouco ou nenhum controle administrativo. É inquestionável a necessidade de um trabalho de orientações técnicas para melhorar o desenvolvimento da atividade e viabilizar a produção. Ao analisar os pequenos produtores percebemos pouca ou nenhuma ação sustentável, pois não está sendo desenvolvida de forma lucrativa, nem mesmo evitando os impactos ambientais. Com medidas técnicas e sustentáveis é possível tornar a atividade lucrativa e menos poluidora. 7. Considerações Finais Para viabilizar o investimento na atividade, os produtores devem consultar técnicos especializados para dimensionar corretamente os viveiros e filtros ou tanques de decantação de tratamento dos efluentes. É importante também a adequação das licenças ambientais bem como a realização do cadastro técnico da atividade. Em relação aos colaboradores, treinamentos são imprescindíveis para que o manejo adequado contribua para aumentar a lucratividade e diminuir o prazo de retorno do investimento. Aos técnicos e estudiosos do assunto, devemos estar sempre atualizados nas novas tecnologias, além de sempre buscar ampliar o conhecimento quanto ao ciclo do nitrogênio para a piscicultura em sistemas de recirculação e melhoramentos dos filtros biológicos e rizosféricos. 8. Referências Bibliográficas AMARAL, R. B.; FIALHO, A. P. Aplicação das normas do plano de controle ambiental em piscicultura da região metropolitana de Goiânia e suas implicações ambientais. Ciência animal brasileira, Goiânia, vol.7, n.1, p.27-36. jan./mar. 2006. AYROZA, D. M. M. R.; FURLANETO, F. P. B.; AYROZA, L. M. S. Regularização de projetos de cultivo de peixes em tanques-rede no estado de São Paulo – Panorama da aqüicultura, São Paulo, vol. 16, n. 94, p. 1 – 8.mar./abr. 2006. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – Secretaria da Educação Profissional e Tecnológica. Aqüicultura. Brasília, novembro 2006. CAPRA, Fritjof. Falando a linguagem da natureza: Princípios da sustentabilidade. In STONE, M.K.; BARLOW, Z. (orgs.). Alfabetização Ecológica: a educação das crianças para um mundo sustentável. São Paulo: Cultrix, 2006 (p.46-57). COTRIN, D. Piscicultura: manual prático. Porto Alegre: EMATER-RS, 1995. 37p. ELER, M. N.; MILLANI, T. J.; Métodos de estudos de sustentabilidade aplicados à aqüicultura. Rev. Bras. Zootec. Vol. 36, suplemento especial, p. 33-44, 2007. GARUTTI, V. Piscicultura Ecológica. São Paulo: UNESP. 2003. 330p. GONÇALVES, T. G. Aqüicultura, Meio Ambiente e Legislação - Segunda edição atualizada. Jan. 2007. CETESB, SP. Licenciamento Ambiental. Disponível em: https://cetesb.sp.gov.br/licenciamentoambiental/roteiros/aquicultura/ Acesso em 25/11/2022. IBAMA, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Resolução 413, de 26 de junho de 2009, CONAMA. Disponível em: http://www.ibama.gov.br/component/legislacao/?view=legislacao&legislacao=115080. Acesso em 25/11/2022. https://cetesb.sp.gov.br/licenciamentoambiental/roteiros/aquicultura/ http://www.ibama.gov.br/component/legislacao/?view=legislacao&force=1&legislacao=115080 http://www.ibama.gov.br/component/legislacao/?view=legislacao&legislacao=115080
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