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FÍSICA CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Antonio Sérgio Martins de Castro Neste caderno de Física, busca-se entender como os fenômenos ópticos nos permitem ter uma visão diversifi cada, por meio de elementos ópticos, como espelhos, lentes e prismas, e pelo órgão visual humano. ÓPTICA Capítulo 1 Princípios da óptica / Espelhos planos 2 Capítulo 2 Espelhos esféricos 29 Capítulo 3 Refração da luz 48 Capítulo 4 Lentes esféricas 71 A fr ic a S tu d io /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 1 7/18/18 11:37 AM ► Compreender os processos básicos relacionados à produção de luz. ► Reconhecer a luz como onda eletromagnética. ► Compreender os princípios básicos da propagação da luz. ► Analisar o comportamento da luz nos diversos meios de propagação, bem como nos fenômenos ópticos destacados no capítulo. ► Identifi car e analisar as imagens produzidas por espelhos planos. Principais conceitos que você vai aprender: ► Luz ► Raio de luz ► Feixe de luz ► Refl exão ► Refração e absorção da luz ► Imagem virtual/real ► Translação e rotação de espelhos 2 OBJETIVOS DO CAPÍTULO tanleim ag e s/S h u tte rsto ck 1 PRINCÍPIOS DA ÓPTICA / ESPELHOS PLANOS Desde o primeiro artigo publicado por Newton em 1672, em que explicava que a luz branca é uma mistura heterogênea de raios de todas as cores, a luz tornou-se alvo de in- vestigação para muitos cientistas. Mesmo que René Descartes e Robert Boyle já tivessem comentado o assunto, apenas qualitativamente, a explicação de Newton descrevendo o experimento da dispersão está presente na maioria dos livros de Óptica. Atualmente, os estudos dos fenômenos da refl exão, refração e absorção da luz nos permi- tem entender com facilidade a obtenção de imagens por meio de espelhos e lentes. Além disso, somos capaz de defi nir as cores por meio de uma combinação dos fenômenos da refl exão e da absorção. Se visualizarmos um objeto na cor vermelha, isso ocorre porque, com a incidência de luz branca sobre o tal objeto, todas as cores foram absorvidas por ele e apenas a cor vermelha foi refl etida. A absorção da luz tem efeitos interessantes. Para entendermos melhor, precisamos retornar para 1959, quando o físico Richard Feymman praticamente inaugurou o que chamamos de nanotecnologia. Em sua palestra “Há mais espaços lá embaixo”, Feymman sugeriu que a manipulação de átomos seria pos- sível para se obterem novos materiais. Com os avanços tecnológicos, a nanotecnologia revelou características peculiares dos átomos, que podem apresentar diferentes tolerân- cias a temperatura, cores e condutividade elétrica. Em 2014, a empresa britânica Surrey Nano Systems desenvolveu um tipo de revestimen- to, Vantablack, a partir de milhões de nanotubos de carbono, com cerca de 20 nanômetros por 12 a 50 mícrons. Isto é, 3 500 vezes menor que um fi o de cabelo humano. Ocorre que a luz, ao incidir nesse revestimento, penetra nas lacunas entre os nanotubos e é praticamente absorvida ao passar por eles. Isso gera uma absorção, segundo a empre- sa britânica, de 99,8% da luz ultravioleta, visível e infravermelha. A um objeto revestido de Vantablack, temos a impressão de que algo foi tirado do local, um buraco sem fundo; quase invisível. A empresa ainda sugere uma infi nidade de aplicações do Vantablack. • Com o avanço da tecnologia, sabe-se que surgirão outras aplicações, que trarão be- nefícios positivos ao ser humano, principalmente na Medicina e na área energética. Que aplicações você sugeriria? Elas trariam benefícios concretos ao dia a dia? Ilustração 3-D – nanotubos de carbono. O c s i B a la zs /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 2 7/18/18 11:37 AM 3 FÍ S IC A Conceitos b‡sicos da îptica Para descrevermos a propagação da luz e os fenômenos relacionados à Óptica, pre- cisamos definir alguns conceitos fundamentais, tais como fontes de luz, raios de luz e os meios de propagação. Vamos começar definindo a luz, sucintamente, de manei- ra necessária para descrever os fenômenos básicos relacionados à sua propagação. Quando enxergamos um objeto, estamos recebendo a luz emitida ou refletida por ele. Luz esta que se propagou no espaço e atingiu nossos olhos, sensibilizando células presentes na retina. Em termos físicos, a luz visível é uma onda eletromagnética que pode se propagar tanto no vácuo quanto em meios materiais e que tem um comprimento de onda na faixa de 400 nm e 700 nm, que corresponde a uma frequência da ordem de 1014 Hz. Entretanto, existem ondas eletromagnéticas em outras faixas de comprimento de onda e frequência tais como: as radiações infravermelha e ultravioleta, os raios X, as ondas de transmissão de rádio e as de micro-ondas. Atualmente, sabe-se que todas as ondas eletromagnéticas se propagam com a mesma velocidade no vácuo, valor simbolizado pela letra c, cujo valor é constante para qualquer referencial: c = 3 ⋅ 108 m/s Raios gama Ondas curtas Radar FM TV AMRaio X Ultravioleta Infra- vermelho 400 10–24 10–22 10–20 10–4 10–4 10–2 1 102 10410–1 500 600 Comprimento de onda (nm) Luz visível 700 Frequência da onda (Hz) Espectro eletromagnético com destaque para a faixa de comprimento de onda correspondente à luz visível. Retinografi a que apresenta imagem da retina com a região de maior luminosidade captada pelo olho. L e ft H a n d e d P h o to g ra p h y /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 3 7/18/18 11:37 AM 4 CAPÍTULO 1 Curiosidade 1 Observar os milhares de pontos cintilantes pipocando na imensidão escura do céu noturno é uma prática que remete aos homens das cavernas e que persiste até hoje. No entanto, sabemos que, entre todas as “estrelas” que podemos ver a olho nu, cinco delas são na verdade planetas do Sistema Solar: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Diferentemente das estrelas, que produzem luz e são consideradas fontes primárias, os planetas não têm luz própria. Da mesma forma como a Lua, eles são fontes secundárias de luz, ou seja, só podemos observá-los porque eles refl etem a luz proveniente de uma estrela, neste caso, o Sol. Em outras palavras, numa situação imaginária, na qual o Sol se apagasse, não conseguiríamos mais enxergar a Lua ou os planetas. Fonte de luz As fontes de luz podem ser classifi cadas em primárias e secundárias. • Fontes primárias são aquelas que emitem luz própria, ou seja, a luz emitida é gerada pela própria fonte, como o Sol, uma vela acesa ou uma lâmpada acesa. • Fontes secundárias são aquelas que não produzem a luz que emitem, mas que podem ser enxergadas porque refl etem a luz proveniente de outras fontes, como a Lua, uma vela apagada e uma pessoa. 1 A lâmpada acesa é uma fonte primária de luz, enquanto a menina é uma fonte secundária. Raio de luz e feixes de luz Para representarmos a trajetória que a luz percorre no espaço quando ela se propaga de uma fonte até o observador, empregamos o conceito de raio de luz. O feixe de laser é um “exemplo” de raio de luz. V it a ly K o ro v in /S h u tt e rs to ck l i g h t p o e t /S h u tt e rs to ck Defi nição Raio de luz : linha geométrica orientada que representa o caminho percorrido pela luz no espaço. Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 4 7/18/18 11:37 AM 5 FÍ S IC A Observador Naturalmente, uma fonte de luz, como uma lâmpada, emite infi nitos raios de luz em todas as direções. Por isso, para representarmos vários raios de luz, defi nimos o conceito de feixe de luz, que pode ser classifi cado em divergente, convergente e paralelo, como mostra a fi gura. Feixe divergente Feixe convergente Feixe paralelo 1 Meios de propagação da luz A matéria presente na natureza apresenta diferentes comportamentos com relação à propagação da luz. O ar e a água pura, por exemplo, são considerados meios transparen- tes, ou seja, a luz se propagaatravés deles. Já paredes de alvenaria, portas de madeira e chapas de aço são meios opacos, não permitem a propagação da luz. Há também os meios translúcidos, que permitem a propagação da luz, mas não fornecem uma visualização ní- tida daquilo que observamos através deles. A B C Exemplos de meios transparente (A), translúcido (B) e opaco (C). Fen™menos luminosos Quando a luz se propaga no espaço ou interage com a matéria, podem ocorrer diver- sos fenômenos, tais como: refl exão, refração, absorção, difração e polarização. Muitos deles são consequências do caráter ondulatório da luz e não serão estudados nesse mo- mento. Por enquanto, focaremos nossos estudos em três fenômenos fundamentais: a re- fl exão, a refração e a absorção da luz. Refl exão da luz O fenômeno da refl exão luminosa ocorre quando a luz, propagando-se em um meio, incide em uma superfície que separa esse meio de outro e retorna ao mesmo meio de ori- gem. A refl exão pode ser regular ou difusa. Na refl exão regular, que ocorre em superfícies espelhadas (superfícies bem lisas e polidas), os raios de luz refl etidos pela superfície têm o mesmo ângulo de incidência. Nesse caso, pode haver a formação da imagem da fonte que emitiu a luz. O raio de luz é uma linha orientada que representa geometricamente a trajetória da luz de sua emissão pela fonte até atingir os olhos de um observador. Atenção 1 Quando as dimensões de uma fonte de luz são pequenas, se comparadas com as outras dimensões do fenômeno estudado, ela é considerada uma fonte puntiforme de luz. Caso as dimensões da fonte de luz sejam relevantes para o problema, ela é considerada uma fonte extensa de luz. R ic h a rd L y o n s /S h u tt e rs to ck a im y 2 7 fe b /S h u tt e rs to ck kao/Shutterstock Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 5 7/18/18 11:37 AM 6 CAPÍTULO 1 S Na refl exão difusa, os raios de luz refl etidos não emergem com os ângulos iguais ao de incidência, não permitindo a formação da imagem da fonte que emitiu a luz. No entanto, é por causa da refl exão difusa que enxergamos os objetos (fontes secundárias), pois eles refl etem difusamente a luz que recebem. S Exemplos de refl exão regular à esquerda, e refl exão difusa à direita. Refra•‹o da luz A refração luminosa ocorre quando a luz troca de meio de propagação. Neste caso, verifi ca- -se uma alteração na velocidade de propagação da luz, podendo ocorrer um desvio na direção de sua propagação. A refra•‹o da luz é o que permite enxergar objetos através de vidraças ou no fundo de uma piscina. É relevante ressaltar que a refração pode ocorrer simultaneamente com a refl exão. Por exemplo, quando olhamos através da superfície da água de uma piscina, podemos simultaneamente ver alguém que está mergulhando e a imagem de nosso próprio refl exo. S Vidro Ar Refl exão regular: no caso de uma superfície espelhada plana, como os raios incidentes são paralelos entre si, o mesmo acontece com os raios refl etidos. Refl exão difusa: os raios emergentes apresentam-se desorganizados e com um formato totalmente diferente dos raios incidentes. Raios de luz propagando-se no ar incidem na superfície de separação do ar com o vidro, sofrem refração e passam a se propagar no vidro. L u k a s z P a jo r/ S h u tt e rs to ck A le x a n d e r M a zu rk e v ic h /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 6 7/18/18 11:37 AM 7 FÍ S IC A Absorção da luz Quando a luz atinge uma superfície que separa dois meios diferentes, parte da radiação pode ser refletida, refratada ou sofrer absorção. Quando a energia luminosa é absorvida pela superfície, ela é transformada em energia térmica (calor). É por causa do fenômeno da absorção que objetos expostos à luz do Sol se aquecem, principal- mente os de cor escura. S F a m V e ld /S h u tt e rs to c k Para enxergarmos um peixe dentro de um aquário, a luz que refl ete no peixe deve passar da água para o vidro e, em seguida, do vidro para o ar e atingir nossos olhos. Nos aquecedores solares de água, a energia luminosa é absorvida pelas placas captadoras, transformando-se em calor. A n tl io /S h u tt e rs to c k A luz, ao incidir sobre um objeto opaco, escuro e rugoso, é absorvida. Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 7 7/18/18 11:37 AM 8 CAPÍTULO 1 Conseguimos enxergar os objetos por- que eles refl etem difusamente a luz que neles incide. No entanto, dependendo das características do objeto, ele pode refl etir determinadas cores e absorver as demais. Um corpo que, quando iluminado por luz branca, refl ete de forma difusa somen- te a radiação azul será visto na cor azul. Se ele refl etir somente a radiação verme- lha, ele será visto na cor vermelha. Um ob- jeto é visto na cor branca quando refl ete todas as radiações componentes da luz. Em contrapartida, se um objeto absorve todas as radiações da luz branca, ele é clas- sifi cado como um corpo negro. Luz branca Luz branca Luz branca Reflexo da luz branca Superfície branca Superfície preta Superfície vermelha Reflexo da luz vermelha Não reflete luz Princípios da Óptica geométrica Para descrevermos a propagação da luz, principalmente focando nos fenômenos relacionados à formação de imagens, devemos nos basear em três princípios básicos. Essencialmente, esses princípios se originam de observações relativamente simples so- bre o comportamento da luz durante séculos de estudo. Princípio da propagação retilínea dos raios de luz Quando a luz se propaga em um meio transparente, homogêneo e isotrópico, sua tra- jetória é retilínea. Exemplo do princípio da propagação retilínea dos raios de luz. Defi nição Meio homogêneo : meio em que todos os pontos apresentam as mesmas propriedades. Meio isotrópico : meio em que a velocidade da luz é a mesma em todas as direções. A luz branca incide em um prisma e decompõe-se nas sete cores do arco-íris. De cima para baixo, as cores são: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta. A cor dos objetos depende de sua composição. Q in g D in g /S h u tt e rs to ck M o p ic /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 8 7/18/18 11:37 AM 9 FÍ S IC A Princípio da independência dos raios de luz As trajetórias dos raios de luz são independentes, ou seja, quando eles se cruzam, um raio não interfere na trajetória do outro. Princípio da reversibilidade dos raios de luz A forma da trajetória de um raio de luz não depende do sentido de sua propagação. Em outras palavras, se invertermos as posições da fonte de luz e do observador, a luz per- correrá o mesmo trajeto, mas em sentido oposto. Sombra e penumbra A sombra de um objeto projetada no chão ou numa parede é basicamente uma região que não recebe luz de uma fonte por causa da presença do objeto. Quando a fonte de luz é pequena, de forma que seu tamanho possa ser desprezado (fonte pontual), verifi ca-se a formação de uma sombra com contornos nítidos. Anteparo Sombra Obstáculo opaco Fonte de luz (pontual) Quando a fonte de luz tem um tamanho que não pode ser desprezado (fonte extensa), verifi ca-se a formação de sombra, onde não há incidência de luz, e penumbra, onde há incidência parcial de luz. Anteparo Sombra Penumbra Obstáculo opaco Fonte de luz (extensa) Fonte de luz (extensa) Independência dos raios de luz: os feixes de luz se cruzam, mas um não interfere na trajetória do outro. Princípio da reversibilidade dos raios de luz: quando uma pessoa olha para você através do espelho retrovisor de um automóvel, simultaneamente você também consegue vê-la pelo mesmo espelho. B lu e S k y Im a g e /S h u tt e rs to ck zh y k o v a /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 9 7/18/18 11:37 AM 10 CAPÍTULO 1 Câmara escura de orifício Pode-se descrever, de forma simplifi cada, o funcionamento das máquinas fo- tográfi cas e o olho humano,pelo estudo da câmara escura de orifício. Esse dispositivo consiste em uma caixa de paredes opacas com um furo em uma das faces que permite a entrada da luz proveniente de um objeto, projetando uma imagem deste dentro da câma- ra na face oposta ao furo, como mostra a fi gura. p i o pÕ Relacionando por semelhança de triângulos as dimensões do objeto e a imagem (a profundidade da câmara) e a distância dela até o objeto, temos a seguinte relação: i o = p p ' em que: o = altura do objeto i = altura da imagem p = distância do objeto ao orifício p' = distância da imagem até o orifício (profundidade da câmara) Eclipses A palavra eclipse signifi ca obscurecimento total ou parcial de um astro por outro. Podemos ter eclipse do Sol e eclipse da Lua; ambos são explicados com base no princípio da propagação retilínea da luz. O eclipse solar ocorre quando a Lua em seu movimento ao redor da Terra posiciona-se entre a Terra e o Sol, bloqueando parte da luz solar que atinge o planeta. Sendo o Sol uma fonte extensa de luz, haverá a formação de sombra e penumbra na superfície da Terra. Quem está na região de sombra presencia um eclipse total do Sol e quem está na região de penumbra, um eclipse parcial do Sol, como mostra a fi gura. 1 Lua Sombra Região iluminada Penumbra Terra Sol O eclipse lunar ocorre quando a Terra se posiciona entre o Sol e a Lua e, com isso, a luz solar não consegue atingir a superfície da Lua. Como a Lua é uma fonte secundária de luz, no eclipse lunar ela não receberá luz do Sol para refl etir e fi cará escura para um observa- dor localizado na Terra. 1 Sol SombraPenumbra Lua Terra Esta máquina fotográfi ca antiga é uma câmara escura de orifício aperfeiçoada, em que se usa uma lente para obter imagens de melhor qualidade. Os raios de luz que saem do objeto penetram na câmara através do orifício e incidem na face interna oposta ao orifício, formando uma imagem invertida do objeto. Eclipse solar: a Lua posiciona-se entre o Sol e a Terra. Na região de sombra, ocorre eclipse total e, na região de penumbra, eclipse parcial. S te p h e n C o b u rn /S h u tt e rs to ck Eclipse lunar: a Terra posiciona-se entre o Sol e a Lua, bloqueando a luz solar. Atenção 1 O eclipse solar ocorre somente na fase de lua nova, enquanto o eclipse lunar ocorre somente na fase de lua cheia. Curiosidade 1 A teoria física mais famosa e enigmática dos últimos tempos é a teoria da relatividade geral, proposta em 1915 por Albert Einstein (1879-1955). Entre muitas consequências curiosas provenientes dessa teoria, uma das mais marcantes foi prever que a luz, ao passar nas proximidades de objetos com grande massa, como as estrelas, tem sua trajetória desviada pela gravidade do objeto. Essa previsão foi comprovada em 1919 pelo astrônomo britânico Arthur Stanley Eddington (1882- -1944) durante um eclipse total do Sol. Os principais resultados que permitiram a comprovação da teoria de Eddington foram obtidos no Brasil, na cidade de Sobral, no Ceará. Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 10 7/18/18 11:37 AM 11 FÍ S IC A Atividades 1. Considere os seguintes objetos: espelho, bola de cor clara, fi o aquecido ao rubro, lâmpada desligada e um gato preto. Qual deles seria visível em uma sala totalmente escura? 2. Considere as afi rmações. I. Um motorista de táxi, ao olhar no espelho retrovisor interno, vê os olhos de um passageiro sentado no banco de trás do carro. Se o passageiro olhar para o retrovisor, verá o motorista. II. Durante o dia, uma pessoa dentro de casa olha atra- vés do vidro de uma janela e enxerga o que está do lado de fora. À noite, a pessoa olha através da mesma janela e enxerga sua imagem refl etida pelo vidro, não enxergando o que está do lado de fora. III. Quando se acendem duas lâmpadas simultaneamente em um mesmo ambiente, cada uma delas emite luz que se propaga sem que uma atrapalhe a propagação da outra. Entre os tópicos a seguir, associe o que melhor explica cada uma das afi rmações anteriores. 1. Refração e refl exão da luz. 2. Princípio da reversibilidade dos raios luminosos. 3. Propagação da luz em um meio transparente. 4. Princípio da independência dos raios luminosos. 3. +Enem [H17] Quando assistimos a um fi lme num cinema, a luz proveniente do projetor incide na tela de projeção e, em seguida, atinge nossos olhos. O fenômeno óptico que está acontecendo na tela é a: a) refl exão regular da luz. b) difusão da luz. c) refração da luz. d) absorção da luz. e) decomposição da luz. 4. (CFTRJ) Em 1672, Isaac Newton publicou um trabalho onde apresentava ideias sobre as cores dos corpos. Passa- dos aproximadamente três séculos e meio, hoje as ideias propostas por ele ainda são aceitas. Imagine um objeto de cor vermelha quando iluminado pela luz do Sol. Se esse mesmo objeto é colocado em um ambiente iluminado exclusivamente por luz monocromá- tica verde, podemos afi rmar que um observador percebe- rá este objeto como sendo: a) verde, pois é a cor que incidiu sobre o objeto. b) vermelho, pois a cor do objeto independe da radiação incidente. c) preto, porque o objeto só refl ete a cor vermelha. d) um tom entre o verde e o vermelho, pois ocorre mistu- ra das cores. 5. (EEAR-SP) Um aluno da Escola de Especialistas de Aero- náutica que participaria de uma instrução de rapel fi cou impressionado com a altura da torre para treinamento. Para tentar estimar a altura da torre, fi ncou uma haste perpendicular ao solo, deixando-a com 1 m de altura. Observou que a sombra da haste tinha 2 m e a sombra da torre tinha 30 m. Desta forma, estimou que a altura da torre, em metros, seria de: a) 10 b) 15 c) 20 d) 25 R e p ro d u ç ã o / E e a r, 2 0 1 6 . Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 11 7/18/18 11:37 AM 12 CAPÍTULO 1 6. (UEL-PR) Em um instante t 0 , a Lua se interpõe entre a Ter- ra e o Sol. Três observadores, p, s e i, encontram-se na superfície da Terra, todos no hemisfério voltado para o Sol, respectivamente nas regiões de penumbra, sombra e iluminada. Assim, no instante t 0 : a) s observa eclipse total, p observa eclipse parcial e i não percebe eclipse do Sol. b) p e s observam eclipse total do Sol, enquanto i não. c) p observa eclipse parcial do Sol, s observa eclipse total da Lua e i não percebe eclipse. d) todos percebem eclipse total do Sol. e) p observa eclipse parcial do Sol, s observa eclipse total do Sol e i observa eclipse parcial da Lua. 7. (UFSC) Um estudante possui uma luminária constituída por três lâmpadas de mesma intensidade sobre a mesa. Cada lâmpada emite luz de cor primária. Para verifi car os conhecimentos aprendidos nas aulas de Física, ele faz três experimentos (fi guras 1, 2 e 3), nos quais direciona as três lâmpadas para uma mesma palavra colocada sobre a mesa. Na fi gura 1, em que as três lâmpadas estão acesas, e na fi gura 3, em que apenas a lâmpada 2 está acesa, o estudante visualiza a palavra Física na cor verde. Com base no exposto acima, é correto afi rmar que: (01) na fi gura 1, ocorre a união das três luzes primárias – amarela, vermelha e azul –, que resulta na luz branca. (02) na figura 2, a palavra Física aparece na cor preta porque as luzes que incidem sobre ela são: azul e vermelha. (04) a lâmpada 2 emite luz de cor verde, por isso a pala- vra Física, na fi gura 3, aparece na cor verde. (08) a relação entre as frequências das luzes das lâmpa- das 1, 2 e 3 é f 3 > f 2 > f 1 portanto as cores das luzes das lâmpadas 1, 2 e 3 são vermelha, verde e azul, respectivamente. (16) a palavra Física aparece na cor preta, na fi gura 2, por- que as luzes das lâmpadas 1 e 3 formam a cor preta. Dê a soma dos números dos itens corretos. 8. (UFPA) Em 29 de maio de 1919, em Sobral (CE), a teoria da relatividade de Einstein foi testada medindo-se o desvio que a luz das estrelas sofreao passar perto do Sol. Essa medição foi possível porque naquele dia, naquele local, foi visível um eclipse total do Sol. Assim que o disco lunar ocultou com- pletamente o Sol, foi possível observar a posição aparente das estrelas. Sabendo-se que o diâmetro do Sol é 400 vezes maior do que o da Lua e que durante o eclipse total de 1919 o centro do Sol estava a 151 600 000 km de Sobral, é correto afi rmar que a distância do centro da Lua até Sobral era de: a) no máximo 379 000 km. b) no máximo 279 000 km. c) no mínimo 379 000 km. d) no mínimo 479 000 km. e) exatamente 379 000 km. Complementares Tarefa proposta 1 a 15 9. (IFBA) Um objeto luminoso e linear é colocado a 20 cm do orifício de uma câmara escura, obtendo-se em sua parede do fundo, uma figura projetada de 8 cm de comprimento. O objeto é, então, afastado, sendo colocado a 80 cm do orifício da câmara. O comprimento da nova figura projetada na parede do fundo da câmara é: a) 32 cm b) 16 cm c) 2 cm d) 4 cm e) 10 cm R e p ro d u ç ã o / U F S C , 2 0 1 6 . Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 12 7/18/18 11:37 AM 13 FÍ S IC A 10. (Enem) Algumas crianças, ao brincarem de esconde- -esconde, tapamos olhos com as mãos, acreditando que, ao adotarem tal procedimento, não poderão ser vistas. Essa percepção da criança contraria o conhecimento cien- tífi co porque, para serem vistos, os objetos: a) refl etem partículas de luz (fótons), que atingem os olhos. b) geram partículas de luz (fótons), convertidas pela fon- te externa. c) são atingidos por partículas de luz (fótons), emitidas pelos olhos. d) refl etem partículas de luz (fótons), que se chocam com os fótons emitidos pelos olhos. e) são atingidos pelas partículas de luz (fótons), emitidas pela fonte externa e pelos olhos. 11. (UnB-DF) Eratóstenes, um antigo sábio que trabalhou no museu de Alexandria, há mais de 2 mil anos, criou um famoso método para medir a circunferência da Terra. Conta-se que ele estava lendo um pergaminho que continha histórias de viajantes e se deteve em uma passagem em que era narrado o fato, aparente- mente banal, de que “ao meio-dia do dia mais longo do ano”, na cidade de Siena (atual Assuã, no Egito), próxima a Alexandria, o Sol estava a pino sobre um poço de água, e obeliscos não projetavam nenhuma sombra. O fato intrigou-o, porque, no mesmo dia e no mesmo horário, na cidade de Alexandria, o Sol não estava exatamente a pino, como em Siena. Considerando que, por causa da grande distância entre o Sol e a Terra, os raios luminosos provenientes do Sol que chegam à superfície terrestre são praticamente paralelos, ele concluiu, então, que a Terra não poderia ser plana e elaborou um método para medir o perímetro da sua circunferência. O método baseava-se em medir o ân- gulo α, formado entre uma torre vertical e a linha que une a extremidade da sombra projetada por essa torre no solo e o topo da torre, além de medir a distância entre Siena e Alexandria, conforme ilustra a figura a seguir. Raios solares Poço de água Siena O α O α Com base nessas informações, julgue (V ou F) os itens que se seguem. I. Se a Terra fosse plana, a sombra de uma torre vertical teria, em um mesmo horário, o mesmo tamanho em qualquer parte da Terra. II. Se a Terra fosse plana e o Sol estivesse sufi ciente- mente próximo dela, de modo que seus raios de luz não pudessem ser considerados paralelos, então po- deriam ser observadas diferentes confi gurações das sombras de torres idênticas localizadas em Siena e em Alexandria. III. Um forte indício de que a Terra é arredondada poderia ser percebido durante um eclipse lunar, observando-se a sombra da Terra na superfície da Lua. IV. Considerando que a distância entre Siena e Alexandria seja de 450 km, que o ângulo α seja igual a 4o e que a Terra seja uma esfera, o perímetro da circunferência de maior raio que passa pelas duas cidades será supe- rior a 40 000 km. 12. (UFRN) A coloração das folhas das plantas é deter- minada, principalmente, pelas clorofilas a e b – nelas presentes –, que são dois dos principais pigmentos responsáveis pela absorção da luz necessária para a realização da fotossíntese. O gráfico a seguir mostra o espectro conjunto de absorção das clorofilas a e b em função do comprimento de onda da radiação solar visível. 400 A b so rç ã o ( % ) Comprimento de onda (nm) 0 20 40 60 80 Violeta Azul Verde Vermelho 100 500 600 700 800 Com base nessas informações, é correto afi rmar que, para realizar a fotossíntese, as clorofi las absorvem, pre- dominantemente: a) o violeta, o azul e o vermelho, e refl etem o verde. b) o verde, e refl etem o violeta, o azul e o vermelho. c) o azul, o verde e o vermelho, e refl etem o violeta. d) o violeta, e refl etem o verde, o vermelho e o azul. Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 13 7/18/18 11:37 AM 14 CAPÍTULO 1 Espelhos planos Os seres humanos têm um verda- deiro fascínio pelos espelhos. O mito de Narciso, que adorava admirar a própria imagem refl etida na super- fície da água, ilustra esse fascínio. Um espelho plano é um sistema ópti- co refl etor que permite que uma pes- soa possa ver sua própria imagem e também a imagem de outros objetos colocados no campo de visão do es- pelho. Os espelhos planos usados no cotidiano contêm uma placa de vidro coberta por uma fi na película de me- tal, geralmente de prata ou de alumí- nio, responsável pela refl exão da luz. Para entendermos como se formam as imagens nos espelhos planos, pre- cisamos das leis que regem a refl e- xão luminosa. Leis da refl exão As leis da refl exão descrevem geometricamente o comportamento dos raios de luz quando sofrem o fenômeno da refl exão. Considere um raio de luz que incide sobre uma superfície refl etora e sofre uma refl exão, como mostra a fi gura. S i r N RRRI Neste caso, defi nimos os seguintes elementos: • S é a superfície refl etora (espelho). • RI é o raio de luz incidente. • RR é o raio de luz refl etido. • N é a reta normal (forma 90° com a superfície refl etora). • î é o ângulo de incidência, formado entre o raio incidente e a reta normal. • r̂ é o ângulo de refl exão, formado entre o raio refl etido e a reta normal. 1 Obra de Caravaggio (1573-1610) representando o mito de Narciso. C a ra v a g g io . N a rc is o , 1 5 9 4 -1 5 9 6 . J a v e n /S h u tt e rs to ck Observação 1 Primeira lei da refl exão: o raio incidente, o raio refl etido e a reta normal pertencem ao mesmo plano. Segunda lei da refl exão: a medida do ângulo de incidência é igual à medida do ângulo de refl exão. î = r̂ Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 14 7/18/18 11:37 AM 15 FÍ S IC A Formação de imagem em um espelho plano Para descrevermos como um espelho plano gera a imagem de um objeto, vamos recor- rer ao exemplo mostrado na fi gura. Os raios luminosos que partem do objeto (lâmpada) incidem no espelho e sofrem refl exão. Uma pessoa que olha para o espelho terá a sen- sação de que a lâmpada se localiza atrás do espelho; assim, a imagem da lâmpada é re- presentada com o prolongamento dos raios refl etidos pelo espelho. Em espelhos planos, o objeto e a imagem são simétricos em relação à superfície espelhada, ou seja, estão à mesma distância do espelho. Espelho ImagemObjeto d d Observador No caso de o objeto ser extenso, para determinarmos a imagem, sendo o objeto for- mado por infi nitos objetos puntiformes, considerarmos os pontos notáveis do objeto (ex- tremidades, por exemplo) e, em seguida, “ligamos” esses pontos para formar a imagem completa. Espelho Objeto Imagem B B’ A’A Campo visual de um espelho plano Quando olhamos para um espelho vemos além da nossa própria imagem, diversos ob- jetos que estão próximos. A região do espaço que é visualizada por refl exão em um espelho é denominada de campo visual do espelho. Para determinarmoso campo visual, consi- deramos um observador O e um espelho plano E, como mostra a fi gura. Determinamos a po- sição da imagem do observador O' e traçamos linhas retas que tangenciam as bordas do es- pelho. A região do espaço entre essas linhas na frente do espelho corresponde ao campo visual do observador O. O E Campo visual OÕ Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 15 7/18/18 11:37 AM 16 CAPÍTULO 1 Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Faça um esboço da situação para que possa visualizar distâncias e o percurso dos raios de luz. Fique atento aos pontos de onde partem os raios de luz extremos do corpo da pessoa, até onde devem chegar (olhos da pessoa). Observe que, na construção feita, o espelho deve estar em uma posição defi nida, acima do solo. Identifi que corretamente os triângulos semelhantes e atenção aos lados que irá comparar. Uma jovem modelo resolveu comprar um espelho novo para sua casa. Com as contas no “vermelho”, ela sabe que o preço do espelho depende da altura dele. Assim, ela faz os cálculos para o tamanho mínimo do espelho. Considerando-se que a altura da jovem é de 1,70 m, qual é o tamanho mínimo do espelho para ela poder enxergar a imagem completa do, da cabeça aos pés? Resolução Para que a jovem possa enxergar o corpo inteiro através do espelho, ela deve estar no campo visual deste. Para determinarmos o campo visual, determinamos a posição da imagem O' do olho ao O da jovem atrás do espelho e, a partir desse ponto, traçamos retas, a fi m de formar um triângulo, até os limites (pés e cabeça) da modelo, como mostra a fi gura. O’O H d d x Por semelhança de triângulos, temos: d x = 2 H d s x = 2 H = 1,70 2 s s x = 0,85 m Transla•‹o de um espelho plano Considere um objeto fi xo a uma distância x de um espelho plano e sua respectiva ima- gem, como mostra a fi gura. Objeto x x Imagem O que acontece com a imagem se o espelho é afastado uma distância d em relação ao objeto? Neste caso, dizemos que o espelho sofreu uma translação. A fi gura a seguir ilustra a nova situação. d Objeto Imagem x + d x + d Percebe-se que a distância entre o objeto e sua imagem aumentou 2d. Como o objeto permaneceu fi xo, podemos concluir que a imagem sofreu um deslocamento de 2d. Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 16 7/18/18 11:37 AM 17 FÍ S IC A Rotação de um espelho plano Considere um raio de luz com direção fi xa incidindo em um espelho plano e que seja refl etido, como mostra a fi gura. i r O que acontece com o raio refl etido se o espelho sofre uma rotação de um ângulo α? rÕi ri α β Neste caso, o raio refl etido sofre uma rotação β = 2α, ou seja, o dobro do ângulo de rotação do espelho. Associação de espelhos planos Considere um objeto O colocado diante de dois espelhos planos, E 1 e E 2 , que formam um ângulo β entre si, como mostra a fi gura. O E 1 E 2 β Neste caso, verifi camos a geração de múltiplas imagens, pois cada imagem gerada por um espelho é vista como objeto pelo outro espelho. O número de imagens geradas é dado por: n = ° β 360 – 1 Essa relação ocorre nas seguintes situações: Quando n for ímpar, a equação será válida para qualquer posição do ob- jeto diante dos espelhos. Quando n for par, a equação será válida apenas se o objeto estiver con- tido no plano bissetor de β. Se não for inteiro, esse número será dado por n = ° β 360 e “arredondado” para o inteiro imediatamente maior. Se o ângulo formado entre os espelhos for 0° (espelhos paralelos), o nú- mero de imagens, teoricamente, deverá ser igual a infi nito. Na prática não é bem isso que acontece, pois, a cada incidência da luz no espelho, parte dela é absorvida. Deste modo, a partir de certo número de imagens, não podemos mais vê-las. G IP h o to S to c k /S C IE N C E S O U R C E /L a ti n s to c k Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 17 7/18/18 11:37 AM 18 CAPÍTULO 1 Conexões Astronomia em Alexandria Os estudos do Universo são um tema recorrente, tanto na ciência antiga como na moderna, e Alexandria pôde ostentar uma escola de Astronomia muito ativa e efi cien- te. Isso era devido, em parte, à infl uência de Estratão e de Eratóstenes, que se tornou o segundo bibliotecário por volta de 235 a.C. Eratóstenes, geógrafo e matemático, nasceu em Cirese (atual Shahhat, na Líbia), provavelmente em 276 a.C., mas passou a maior parte de sua vida de trabalho em Alexandria, morrendo lá em 195 a.C. Foi um dos maiores sábios de seu tempo e escreveu sobre Filosofi a e assuntos literários, além de seu trabalho mais científi co. […] O tratado de Eratóstenes permaneceu por longo tempo como um trabalho-padrão; Júlio César ainda o consultava, mais de um século depois de ser escrito. Embora po- vos e lugares sejam nele descritos, é o primeiro livro a tentar dar à Geografi a uma base matemática, referindo-se à Terra como um globo e dividindo-a em zonas; descreve, também, mudanças na superfície e tem muito a dizer sobre mapeamento, dando nu- merosas distâncias medidas ao longo do que chamaríamos de paralelos de latitude e meridianos. […] A mais conhecida realização geográfi ca de Eratóstenes foi sua medição da circunferência da Terra. Ele soube, presumi- velmente por relatos que lhe foram feitos, que, no solstício de verão, o Sol brilhava diretamente dentro de um poço em Siena (atual Assuã), sem projetar qualquer sombra. Isso signifi cava que o Sol deveria estar diretamente na vertical. Então, se a altitude do Sol fosse medida em Alexandria ao mesmo tempo, no mesmo dia, esse ângulo permitiria que se determinasse a diferença de latitude entre Siena e Alexandria. A diferença mostrou ser de quase 7,25 graus, isto é, 1 50 da circunferência da Terra. Eratóstenes, em seguida, fez medir a distância entre Siena e Alexandria, provavelmente por um bemetatistes, agrimen- sor treinado em andar a passos iguais. Em todo caso, parece ter usado um valor arredondado de 5 mil estádios, o que lhe deu, então, 50 ⋅ 5 000 = 250 000 estádios para a circunferência da Terra, equivalente a aproximadamente 46 660 quilômetros, um valor bem próximo ao valor moderno da circunferência polar da Terra, de 39 941 quilômetros. RONAN, Colin A. História ilustrada da ciência. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1987. Reproduza com uma esfera de isopor, em menor escala, o experimento de Eratóstenes. IN T E R F O T O /L a ti n s to ck Atividades 13. +Enem [H17] Diversos tipos de espelhos podem ser utili- zados em aparelhos como telescópios, binóculos e micros- cópios. A fi gura a seguir representa um objeto puntiforme em frente a um espelho plano. 3 Objeto Espelho plano 4 5 2 1 Considerando-se a refl exão da luz nesse espelho prove- niente do objeto, sua imagem será formada na região: a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 Texto para as próximas duas questões. Leia o texto para responder a(s) questão(ões). Quando você fica à frente de um espelho plano, você e a sua respectiva imagem têm sempre naturezas opostas, ou seja, quando um é real o outro deve ser virtual. Dessa maneira, para se obter geometricamente a imagem de um objeto pontual, basta traçar por ele uma reta perpendicular ao espelho plano, atravessando a superfície espelhada, e marcar simetricamente o ponto imagem, como mostrado na figura. R e p ro d u ç ã o / C P S -S P. Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 18 7/18/18 11:37 AM 19 FÍ S IC A 14. (CPS-SP) Imagine que você esteja em frente a um espe- lho plano, a uma distância de 0,5 m. Suponha que esse espelho seja deslocado no mesmo plano em 0,4 m, se distanciando de você, conforme a fi gura. A distância, representada no esquema pela letra y, entre você e a sua imagem, será, em metros, de: a) 0,4 b) 0,8 c) 1,0 d) 1,8 e) 2,0 15. (Ceeteps-SP) Considere que, na situação anterior, você esteja vestindo uma camiseta com a palavra FÍSICA, con- forme a fi gura. Se você se colocar de frente para o espelho plano, apa- lavra FÍSICA refl etida se apresentará como mostrado na alternativa: a) b) c) d) e) 16. (UEL-PR) Um raio de luz de uma fonte luminosa em A ilu- mina o ponto B, ao ser refl etido por um espelho horizontal sobre uma semirreta DE como esquematizado na fi gura a seguir. A D B E Todos os pontos est‹o no mesmo plano vertical. Considere AD = 2 m, BE = 3 m e DE = 5 m. A distância en- tre a imagem virtual da fonte e o ponto B, em metros, será: a) 5 b) 5 2 c) 5 3 d) 6 2 e) 6 3 17. (UEMG) Um espelho refl ete raios de luz que nele incidem. Se usássemos os espelhos para refl etir, quantas refl exões interessantes poderíamos fazer. Enquanto a fi losofi a se incumbe de refl exões internas, que incidem e voltam para dentro da pessoa, um espelho trata de refl exões externas. Mas, como escreveu Luiz Vilela, “você verá.” Você está diante de um espelho plano, vendo-se total- mente. Num certo instante, e é disso que é feita a vida, de instantes, você se aproxima do espelho a 1,5 m/s e está a 2,0 m de distância do espelho. Nesse instante, a sua imagem, fornecida pelo espelho, estará: a) a 2,0 m de distância do espelho, com uma velocidade de 3,0 m/s em relação a você. b) a 2,0 m de distância do espelho, com uma velocidade de 1,5 m/s em relação a você. c) a uma distância maior que 2,0 m do espelho, com uma velocidade de 3,0 m/s em relação ao espelho. d) a uma distância menor que 2,0 m do espelho, com uma velocidade de 1,5 m/s em relação ao espelho. R e p ro d u ç ã o / C P S -S P. R e p ro d u ç ã o / C P S -S P. R e p ro d u ç ã o / C P S -S P. Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 19 7/18/18 11:37 AM 20 CAPÍTULO 1 18. (Fuvest-SP) Um rapaz com chapéu observa sua imagem em um espelho plano e vertical. O espelho tem o tamanho mínimo necessário, y = 1,0 m, para que o rapaz, a uma dis- tância d = 0,5 m, veja a sua imagem do topo do chapéu à ponta dos pés. A distância de seus olhos ao piso horizontal é h = 1,60 m. A fi gura adiante ilustra essa situação e, em linha tracejada, mostra o percurso do raio de luz relativo à formação da imagem do ponto mais alto do chapéu. y Y H h d a) Desenhe, na fi gura, o percurso do raio de luz relativo à formação da imagem da ponta dos pés do rapaz. b) Determine a altura H do topo do chapéu ao chão. c) Determine a distância Y da base do espelho ao chão. d) Quais os novos valores do tamanho mínimo do espelho (y') e da distância da base do espelho ao chão (Y') para que o rapaz veja sua imagem do topo do chapéu à ponta dos pés, quando se afasta para uma distância d' igual a 1 m do espelho? 19. (UFU-MG) João, representado pela letra J, entra em uma sala retangular, onde duas paredes são revestidas por es- pelhos planos. Ele se posiciona na bissetriz do ângulo reto formado entre os dois espelhos. Como se confi guram o conjunto das imagens de João em relação aos espelhos e sua posição na sala? a) b) c) d) R e p ro d u ç ã o / U F U -M G R e p ro d u ç ã o / U F U -M G R e p ro d u ç ã o / U F U -M G R e p ro d u ç ã o / U F U -M G Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 20 7/18/18 11:37 AM 21 FÍ SI CA 20. (Unicamp-SP) A fi gura a seguir mostra um espelho retrovi- sor plano na lateral esquerda de um carro. O espelho está disposto verticalmente e a altura do seu centro coincide com a altura dos olhos do motorista. Os pontos da fi gura pertencem a um plano horizontal que passa pelo centro do espelho. Olhos do motorista 3 6 9 8 5 2 1 4 7 Espelho retrovisor Nesse caso, os pontos que podem ser vistos pelo motorista são: a) 1, 4, 5 e 9 b) 4, 7, 8 e 9 c) 1, 2, 5 e 9 d) 2, 5, 6 e 9 Complementares Tarefa proposta 16 a 32 A n d re y L o b a ch e v /S h u tt e rs to ck 21. (UFJF-MG) Uma vela de 20 cm está posicionada próximo a um espelho E plano de 30 cm, conforme indicado na fi gura. Um observador deverá ser posicionado na mesma linha vertical da vela, ou seja, no eixo y, de forma que ele veja uma imagem da vela no espelho. Qual o intervalo de y em que o observador pode ser po- sicionado para que ele possa ver a imagem em toda sua extensão? a) 0 dm < y < 6 dm b) 3 dm < y < 6 dm c) 4 dm < y < 7 dm d) 5 dm < y < 10 dm e) 6 dm < y < 10 dm 22. (UFRR) Ao colocarmos um objeto diante de um espelho plano, há a formação da imagem no referido espe- lho. A imagem é formada pela associação de pontos imagens a pontos objetos. Sabendo que o objeto se encontra em um ponto P, a uma distância X do espelho, podemos afirmar: a) A imagem é virtual, de mesma dimensão do objeto e encontra-se a uma distância 2X de P. b) A imagem é virtual, menor que o objeto e encontra-se a uma distância 2X de P. c) A imagem é real, de mesma dimensão do objeto e encontra-se a uma distância 2X de P. d) A imagem é real, menor que o objeto e encontra-se a uma distância 2X de P. e) A imagem é virtual, de mesma dimensão do objeto e encontra-se a uma distância X de P. 23. (IFPE) Um coreógrafo está ensaiando um número de fre- vo e deseja obter uma fi lmagem com dezesseis imagens de passistas, porém, ele dispõe de apenas 4 dançarinos. Com dois grandes espelhos planos e os quatro dançarinos entre os espelhos, o coreógrafo consegue a fi lmagem da forma desejada. Qual foi o ângulo de associação entre os dois espelhos planos para que o público, ao assistir à gravação, veja 16 passistas em cena? a) 45° b) 60° c) 90° d) 30° e) 120° R e p ro d u ç ã o / U FJ F, 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 21 7/18/18 11:37 AM 22 CAPÍTULO 1 24. (Fuvest-SP) A fi gura adiante representa um objeto A colocado a uma distância de 2,0 m de um espelho plano S, e uma lâmpada L colocada à distância de 6,0 m do espelho. 2,0 m 6,0 m 6,0 m S L A a) Desenhe o raio emitido por L e refl etido em S que atinge A. Explique a construção. b) Calcule a distância percorrida por esse raio. Tarefa proposta 1. (EEAR-SP) Associe corretamente os princípios da óptica geo- métrica, com suas respectivas defi nições, constantes abaixo. I. Princípio da propagação retilínea da luz. II. Princípio da independência dos raios de luz. III. Princípio da reversibilidade dos raios de luz. ( ) Num meio homogêneo a luz se propaga em linha reta. ( ) A trajetória ou caminho de um raio não depende do sentido da propagação. ( ) Os raios de luz se propagam independentemente dos demais. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta para o preenchimento das lacunas acima. a) I, II e III b) II, I e III c) III, II e I d) I, III e II 2. (Uece) Em 27 de setembro último, foi possível a obser- vação, no Brasil, de um eclipse lunar total. Durante esse fenômeno, a sombra projetada na lua pela Terra possui duas partes denominadas umbra e penumbra. A umbra é uma região em que não há iluminação direta do Sol e a penumbra é uma região em que apenas parte da ilumi- nação é bloqueada. A separação entre essas regiões pode ser facilmente explicada com o uso da: a) lei de Coulomb. b) ótica geométrica. c) termodinâmica. d) lei da gravitação universal. 3. Dados os meios de propagação da luz, assinale a alterna- tiva que contém um meio translúcido: a) Para-brisa limpo de um automóvel. b) Ar atmosférico num dia ensolarado. c) Ar atmosférico num dia de neblina. d) Porta de madeira fechada. e) Um litro de água limpa contida numa panela. 4. (Fuvest-SP) Admita que o Sol subitamente “morresse”, ou seja, sua luz deixasse de ser emitida. 24 horas após este evento, um eventual sobrevivente, olhando para o céu, sem nuvens, veria: a) a Lua e estrelas. b) somente a Lua. c) somente estrelas. d) uma completa escuridão. e) somente os planetas do sistema solar. 5. (UFRJ) No mundo artístico as antigas “câmaras escuras” voltaram à moda. Uma câmara escura é uma caixa fechada de paredes opacas que possui um orifício em uma de suas faces. Na face oposta à do orifício fica presoum filme fotográfico, onde se formam as ima- gens dos objetos localizados no exterior da caixa, como mostra a figura. h Orifício 3 m 5 m6 cm Suponha que um objeto de 3 m de altura esteja a uma distância de 5 m do orifício e que a distância entre as faces seja de 6 cm. Pode-se dizer que a altura h da ima- gem é: a) 3,6 cm b) 9,2 cm c) 18 cm d) 36 cm e) 54 cm Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 22 7/18/18 11:37 AM 23 FÍ S IC A 6. (Ifsul-RS) No dia 27 de setembro de 2015, houve o eclipse da superlua. Esse evento é a combinação de dois fenô- menos, que são: um eclipse lunar e a superlua. Isso só acontecerá novamente em 2033. No fenômeno da superlua, o astro fi ca mais perto da ter- ra e parece até 14% maior, com um brilho extraordiná- rio. Já o fenômeno do eclipse lunar é consequência da __________ da luz e ele ocorre totalmente quando a po- sição relativa dos astros é sol, terra e lua; e esse fenômeno acontece na fase da lua __________. A sequência correta para o preenchimento das lacunas é: a) propagação retilínea – minguante b) refl exão – cheia c) propagação retilínea – cheia d) dispersão – quarto crescente 7. (Uema) O edifício Monumental, localizado em um shopping de São Luís-MA, iluminado pelos raios solares, projeta uma sombra de comprimento L = 80 m. Simul- taneamente, um homem de 1,80 m de altura, que está próximo ao edifício, projeta uma sombra de l = 3,20 m. O valor correspondente, em metros, à altura do prédio é igual a: a) 50,00 b) 47,50 c) 45,00 d) 42,50 e) 40,00 8. Uma lâmpada puntiforme (dimensões desprezíveis) está presa ao teto de uma sala de 3 m de altura. Um disco opaco e circular, com raio de 0,5 m, é colocado horizon- talmente 2 m acima do solo. O centro do disco está na mesma vertical da lâmpada. Calcule a área da sombra projetada no solo. 9. +Enem [H17] Entre uma fonte pontual de luz e um an- teparo plano colocou-se um objeto opaco de forma qua- drada, com 30 cm de lado. O anteparo é paralelo à face quadrada do objeto. O objeto está colocado a 1,0 m da fonte e a 2,0 m do anteparo, como mostra a fi gura. 1 m Fonte Objeto Anteparo 2 m Fonte Objeto Desse modo, forma-se no anteparo um quadrado de área igual a: a) 810 cm2 b) 81 m2 c) 900 cm2 d) 9 m2 e) 0,81 m2 10. (Ceeteps-SP) Produzir sombras na parede é uma brincadei- ra simples. Para brincar, basta que você providencie uma vela e um ambiente escuro. Em certa noite, quando a luz havia acabado, Fernando e seu irmãozinho, aproveitaram a luz de uma vela ace- sa deixada sobre a mesa para brincarem com sombras. Posicionou, cuidadosamente, sua mão espalmada entre a chama e a parede, de forma que a palma da mão esti- vesse paralela à parede. A ação assustou seu irmãozinho, uma vez que a sombra projetada na parede tinha cinco vezes a largura da mão espalmada de Fernando. Sabendo que a distância da mão de Fernando até a cha- ma da vela era de 0,5 m e que a largura de sua mão quando espalmada é de 20 cm a distância entre a parede e a chama da vela (considerada puntiforme), era de: a) 0,5 m b) 1,0 m c) 2,0 m d) 2,5 m e) 5,0 m 11. (PUC-SP) Observe atentamente a imagem abaixo. Temos uma placa metálica de fundo preto sobre a qual foram escritas palavras com cores diferentes. Supondo que as cores utilizadas sejam constituídas por pigmentos puros, ao levarmos essa placa para um ambiente absolutamente escuro e a iluminarmos com luz monocromática azul, as únicas palavras e cores resultantes, respectivamente, que serão percebidas por um observador de visão normal, são: a) (PRETO, AZUL e VERMELHO) e (azul) b) (PRETO, VERDE e VERMELHO) e (preto e azul) c) (PRETO e VERMELHO) e (preto, azul e verde) d) (VERDE) e (preto e azul) 12. (Ceeteps-SP) “Os centros urbanos possuem um problema crônico de aquecimento denominado ilha de calor. A cor cinza do concreto e a cor vermelha das telhas de barro nos telhados contribuem para esse fenômeno. O adensamento de edifi cações em uma cidade implica diretamente no aquecimento. Isso acarreta desperdício de energia, devido ao uso de ar condicionado e ventiladores. Um estudo realizado por uma ONG aponta que é pos- sível diminuir a temperatura do interior das construções. Para tanto, sugere que todas as edifi cações pintem seus telhados de cor branca, integrando a campanha chamada “One Degree Less” (“Um grau a menos”).” Para justifi car a cor proposta pela ONG, o argumento físi- co é de que a maioria das ondas incidentes presentes na luz branca são: R e p ro d u ç ã o / P U C -S P, 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 23 7/18/18 11:37 AM 24 CAPÍTULO 1 a) absorvidas pela tinta branca, sendo mantida a energia no telhado. b) refl etidas pela tinta branca, sendo mantida a energia no telhado. c) refl etidas pela tinta branca, sendo devolvida a energia para o exterior da construção. d) refratadas pela tinta branca, sendo transferida a ener- gia para o interior da construção. e) refratadas pela tinta branca, sendo devolvida a energia para o exterior da construção. 13. (Unicamp-SP) O Teatro de Luz Negra, típico da Repúbli- ca Tcheca, é um tipo de representação cênica caracteri- zada pelo uso do cenário escuro com uma iluminação estratégica dos objetos exibidos. No entanto, o termo Luz Negra é fisicamente incoerente, pois a coloração negra é justamente a ausência de luz. A luz branca é a composição de luz com vários comprimentos de onda e a cor de um corpo é dada pelo comprimento de onda da luz que ele predominantemente reflete. Assim, um quadro que apresente as cores azul e branca quando iluminado pela luz solar, ao ser iluminado por uma luz monocromática de comprimento de onda corres- pondente à cor amarela, apresentará, respectivamente, uma coloração: a) amarela e branca. b) negra e amarela. c) azul e negra. d) totalmente negra. 14. (IFSP) A condição para que ocorra um eclipse é que haja um alinhamento total ou parcial entre Sol, Terra e Lua. A inclinação da órbita da Lua com relação ao Equador da Terra provoca o fenômeno de a Lua nascer em pontos diferentes no horizonte a cada dia. Se não houvesse essa inclinação, todos os meses teríamos um eclipse da Lua (na lua cheia) e um eclipse do Sol (na lua nova). Sol Lua nova passando pelo nodo orbital: eclipse solar Lua cheia passando pelo nodo orbital: eclipse lunar Lua Lua Terra Terra Órbita da Lua Órbita da Lua Linh a no dal Órbita da Terra A seguir, vemos a Lua representada, na fi gura, nas posi- ções 1, 2, 3 e 4, correspondentes a instantes diferentes de um eclipse. Sol O(1) O(2) O(3) O(4) Lua îrbita da Lua As fi guras a seguir mostram como um observador, da Ter- ra, pode ver a Lua. Numa noite de lua cheia, ele vê como na fi gura I. I. II. III. IV. V. Assinale a alternativa em que haja correta correspon- dência entre a posição da Lua, a fi gura observada e o tipo de eclipse. Lua na posição Figura observada Tipo de eclipse a) 1 III solar parcial b) 2 II lunar parcial c) 3 I solar total d) 4 IV lunar total e) 3 V lunar parcial 15. (Fuvest-SP) Num dia sem nuvens, ao meio-dia, a sombra projetada no chão por uma esfera de 1,0 cm de diâmetro é bem nítida se ela estiver a 10 cm do chão. Entretanto, se a esfera estiver a 200 cm do chão, sua sombra é muito pouco nítida. Pode-se afi rmar que a principal causa do efeito observado é que: a) o Sol é uma fonte extensa de luz. b) o índice de refração do ar depende da temperatura. c) a luz é um fenômeno ondulatório. d) a luz do Sol contém diferentes cores. e) a difusão da luz no ar “borra” a sombra. 16. (UFTM-MG) Pedro tem 1,80 m de altura até a linha de seus olhos. Muito curioso, resolve testar seu aprendizado de uma aula de física, levando um espelho plano E e uma trena até uma praça pública, de piso plano e horizontal, para medir a altura de uma árvore. Resolve, então, usardois procedimentos: Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 24 7/18/18 11:37 AM 25 FÍ S IC A a) Posiciona horizontalmente o espelho E no chão, com a face refl etora voltada para cima, de modo que a refl exão dos raios de luz provenientes do topo da árvore ocorra a uma distância de 10 m da sua base e a 1 m de distância dos pés do menino, conforme mostra a fi gura. Qual é a medida encontrada por Pedro para a altura da árvore? b) Posiciona o espelho E, verticalmente em um suporte, 1 m a sua frente, e fi ca entre ele e a árvore, de costas para ela, a uma distância de 16 m, conforme mostra a fi gura. Qual é a altura mínima do espelho utilizado para que Pedro consiga avistar inteiramente a mesma árvore? 17. (IFMG) A fi gura abaixo mostra uma sequência de experimentos em que um feixe de luz incide sobre um espelho plano. No experimento I, o espelho está na horizontal e, nos experimentos II e III, o espelho é inclinado de um ângulo α, para esquerda e para a direita, respectivamente. As linhas tracejadas mostram três possíveis trajetórias que o feixe pode seguir, após refl etir-se no espelho. As trajetórias corretas, observadas na sequência dos experimentos I, II e III, após a refl exão, são, respectivamente: a) 1, 2 e 3 b) 2, 1 e 3 c) 2, 3 e 1 d) 2, 3 e 2 18. (UPM-SP) Um objeto extenso de altura h está fi xo, disposto frontalmente diante de uma superfície refl etora de um espelho plano, a uma distância de 120,0 cm. Aproximando-se o espelho do objeto de uma distância de 20,0 cm, a imagem conju- gada, nessa condição, encontra-se distante do objeto de: a) 100,0 cm b) 120,0 cm c) 200,0 cm d) 240,0 cm e) 300,0 cm R e p ro d u ç ã o / U ft m , 2 0 1 2 . R e p ro d u ç ã o / U ft m , 2 0 1 2 . R e p ro d u ç ã o / I F M G Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 25 7/18/18 11:37 AM 26 CAPÍTULO 1 19. (Fatec-SP) Imagine que um raio de luz incida na superfície da janela lateral de um edifício, formando um ângulo de 30°, conforme mostra a fi gura a seguir. 30° Raio de luz Janela aberta RI RRN Superfície refletora i r i = r i = ângulo incidente r = ângulo de reflexão RR = raio de reflexão RI = raio de incidência N = reta normal à superfície refletora Lei da reflexão Lembre que: Considerando-se o vidro da janela como uma superfície plana e lisa, o valor do ângulo de refl exão é: a) 15° b) 25° c) 30° d) 45° e) 60° 20. (Efomm-RJ) Um espelho plano vertical refl ete, sob um ângulo de incidência de 10º, o topo de uma árvore de altura H, para um observador O, cujos olhos estão a 1,50 m de altura e distantes 2,00 do espelho. Se a base da árvore está situada 18,0 m atrás do observador, a altura H, em metros, vale: Dados: sen (10°) = 0,17; cos (10°) = 0,98; tg (10°) = 0,18 a) 4,0 b) 4,5 c) 5,5 d) 6,0 e) 6,5 21. (UEL-PR) Um raio de luz r incide sucessivamente em dois espelhos planos, E 1 e E 2 ‚ que formam entre si um ângulo de 60°, conforme representado no esquema a seguir. r α 50o 60o E 2 E 1 Nesse esquema, o ângulo α é igual a: a) 80° b) 70° c) 60° d) 50° e) 40° 22. (UFG-GO) A fi gura a seguir representa um dispositivo óptico constituído por um laser, um espelho fi xo, um espelho gira- tório e um detector. A distância entre o laser e o detector é d = 1,0 m, entre o laser e o espelho fi xo é h = 3 m e entre os espelhos fi xo e giratório é D = 2,0 m. Sabendo-se que α = 45°, o valor do ângulo β para que o feixe de laser chegue ao detector é: a) 15° b) 30° c) 45° d) 60° e) 75° 23. (UFF-RJ) Para comprovar, em caráter rudimentar, o fun- cionamento de um periscópio, constrói-se um dispositi- vo utilizando-se uma caixa preta e dois espelhos planos. Em duas laterais opostas da caixa são feitas aberturas e, em cada uma das regiões I e II, coloca-se um espelho plano. Um feixe de luz, proveniente de uma fonte, incide perpendicularmente à lateral da caixa, seguindo o trajeto parcialmente representado na fi gura. I Luz II Identifi que a opção que melhor representa a correta co- locação dos espelhos, permitindo o funcionamento do periscópio. a) d) b) e) c) R e p ro d u ç ã o / E fo m m , 2 0 1 6 . R e p ro d u ç ã o /U F G , 2 0 1 3 . Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 26 7/18/18 11:37 AM 27 FÍ S IC A 24. (Unicamp-SP) Dois espelhos planos e quase paralelos estão separados por 5,0 m. Um homem se coloca de frente a um dos espelhos, a uma distância de 2,0 m. Ele observa uma sequência infi nita de imagens, algumas de frente, outras de costas. a) Faça um esquema mostrando o homem, os espelhos e as quatro primeiras imagens que o homem vê. b) Indique no esquema as imagens de frente e de costas com as iniciais F e C. c) Quais as distâncias entre as imagens consecutivas? 25. (AFA-SP) Considere um objeto formado por uma combina- ção de um quadrado de aresta a cujos vértices são centros geométricos de círculos e quadrados menores, como mos- tra a fi gura abaixo. Colocando-se um espelho plano, espelhado em ambos os lados, de dimensões infi nitas e de espessura desprezível ao longo da reta r, os observadores colocados nas posi- ções 1 e 2 veriam, respectivamente, objetos completos com as seguintes formas: a) b) c) d) 26. (UPE) Como funciona o foco automático das câmeras fotográfi cas? Existem basicamente dois sistemas: o primeiro é o usa- do por câmeras do tipo refl ex. Apertando levemente o bo- tão disparador, alguns fachos de luz entram na máquina e, depois de rebatidos, atingem um sensor. Este envia as informações para um microprocessador dentro da máqui- na, que calcula a distância e ajusta o foco por meio de um pequeno motor, que regula a lente na posição adequada. O segundo sistema é aquele, que envia raios de luz infra- vermelha, usado em geral por máquinas compactas, total- mente automáticas. Na frente do corpo da câmera, há um dispositivo que emite os raios. Eles batem no objeto foca- lizado e voltam para um sensor localizado logo abaixo do emissor infravermelho. Com base nos refl exos, a máquina calcula a distância do objeto e ajusta o foco. Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/ como-funciona-o-foco-automatico-das-cameras-fotografi cas>. Acesso em: 13 jul. 2016. Um sistema de segurança foi criado para a vigilância e o monitoramento de todos os pontos de uma sala. Para isso, utilizou-se uma câmera de foco automático, do tipo refl ex, instalada no centro da parede AB e um espelho em toda a parede CD, conforme ilustra a fi gura a seguir (vista superior da sala). A sala, de formato retangular, possui dimensões 12 m × x 4 m × 3 m. Então, para focar corretamente um objeto no ponto A da sala, na mesma altura da câmera, o foco deverá ser ajustado em: a) 4 m b) 6 m c) 8 m d) 10 m e) 16 m 27. (IFMG) A nalise o esquema abaixo referente a um espelho plano. A imagem do objeto que será vista pelo observador loca- liza-se no ponto: a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 28. +Enem [H17] Uma bola vai do ponto A ao ponto B sobre uma mesa horizontal, segundo a trajetória mostrada na fi gura a seguir. Perpendicularmente à superfície da mesa, existe um espelho plano. Pode-se afi rmar que a distância do ponto A à imagem da bola quando ela se encontra no ponto B é igual a: Espelho plano Vista de cima A B 4 cm 12 cm 12 cm a) 8 cm b) 12 cm c) 16 cm d) 20 cm e) 24 cm R e p ro d u ç ã o / A FA , 2 0 1 6 . R e p ro d u ç ã o / A FA , 2 0 1 6 . R e p ro d u ç ã o / U P E . R e p ro d u ç ã o / I F M G Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 27 7/18/18 11:37 AM 28 CAPÍTULO 1 29. (Fuvest-SP) Um observador O olha-se em um espelho plano vertical, pela abertura de uma porta, com 1 m de largu- ra, paralela ao espelho, conforme a fi gura e o esquema a seguir. Segurando uma régua longa, ele a mantém na posição horizontal e paralela ao espelho e na altura dos ombros, para avaliar os limites da regiãoque consegue enxergar através do espelho (limite D, à sua direita, e limite E, à sua esquerda). a) No esquema adiante trace os raios que, partindo dos limites D e E da região visível da régua, atingem os olhos do observador O. Construa a solução utilizando linhas cheias para indicar esses raios e linhas traceja- das para prolongamentos de raios ou outras linhas auxiliares. Indique, com uma fl echa, o sentido de per- curso da luz. (Vista de cima) Régua Parede Espelho O b) Identifi que D e E no esquema, estimando, em metros, a distância L entre esses dois pontos da régua. 30. (Uespi) Um raio de luz incide, verticalmente, sobre um es- pelho plano que está inclinado 20° em relação à horizontal (ver fi gura). 20o Raio O raio refl etido faz, com a superfície do espelho, um ân- gulo de: a) 10° b) 30° c) 50° d) 70° e) 90° 31. (UPE) Dois espelhos planos, E 1 e E 2 são posicionados de forma que o maior ângulo entre eles seja igual a θ = 240°. Um objeto pontual está posicionado à mesma distância d até cada espelho, fi cando na reta bissetriz do ângulo entre os espelhos, conforme ilustra a fi gura. Sabendo que a distância entre as imagens do objeto é igual a 1,0 m, determine o valor da distância d. a) 0,5 m b) 1,5 m c) 2,0 m d) 3,5 m e) 4,0 m 32. (Fuvest-SP) Um jovem, em uma praia do Nordeste, vê a Lua a leste, próxima ao mar. Ele observa que a Lua apre- senta sua metade superior iluminada, enquanto a metade inferior permanece escura. Essa mesma situação, vista do espaço, a partir de um satélite artifi cial da Terra, que se encontra no prolongamento do eixo que passa pelos polos, está esquematizada (parcialmente) na fi gura, em que J é a posição do jovem. Pode-se concluir que, nesse momento, a direção dos raios solares que se dirigem para a Terra é mais bem representada por: Leste Oeste J A seta curva indica o sentido de rotação da Terra. AA EE BB DD CC a) a b) b c) c d) d e) e Vá em frente Acesse <https://phet.colorado.edu/sims/html/color-vision/latest/color-vision_pt_BR.html>. Acesso em: 13 abr. 2018. Interaja com fontes de luz, com as cores primárias e faça as combinações por meio do objeto educacional disponível no link. Autoavalia•‹o: V‡ atŽ a p‡gina 103 e avalie seu desempenho neste cap’tulo. R e p ro d u ç ã o / U p e , 2 0 1 5 . Et_EM_2_Cad7_Fis_c01_01a28.indd 28 7/18/18 11:37 AM J u e rg e n F a e lc h le /S h u tt e rs to ck 29 ► Reconhecer os espelhos esféricos côncavos e convexos. ► Compreender e analisar o comportamento dos raios de luz quando incidem na superfície de espelhos esféricos. ► Identifi car aplicações e usos de espelhos esféricos no cotidiano. ► Analisar e caracterizar os tipos de imagens produzido por espelhos esféricos, em função do posicionamento dos objetos diante dos espelhos esféricos. ► Assimilar e utilizar equações que permitem localizar onde as imagens são produzidas. Principais conceitos que você vai aprender: ► Foco ► Raio de curvatura ► Vértice de um espelho esférico côncavo ou convexo ► Formação da imagem no espelho côncavo e convexo ► Ampliação ou redução ► Imagem real, virtual, invertida ou direita ► Equações de Gauss OBJETIVOS DO CAPÍTULO FÍ S IC A A ngela R oyle /S h u tte rsto ck 2 ESPELHOS ESFÉRICOS Levado à órbita por um dos já aposentados ônibus espaciais, o telescópio Hubble per- mitiu aos cientistas da Nasa observar as estrelas e os planetas com uma resolução impres- sionante. Lançado em sua órbita em 24 de abril de 1990, o Hubble iniciava sua missão de explorar o Universo já com alguns obstáculos. Logo depois de algumas semanas em funcionamento, as primeiras imagens que che- gavam à Terra não apresentavam a qualidade esperada. Foi então descoberta uma falha no sistema óptico, especifi camente no espelho primário de 2,40 m de diâmetro, sendo este formado por metade de uma calota esférica espelhada, que não conseguiu obter o foco esperado pelos cientistas. A anomalia esférica existente interferia signifi cativa- mente na obtenção de imagens de fontes pontuais, que se apresentavam difusas. Após missões específicas para realizar a manutenção no telescópio, várias cor- reções foram feitas, de maneira a compensar os problemas com o espelho primário. Com isso, o telescópio gigante deu à civilização humana uma nova visão do Univer- so, em seus mais de 28 anos de operação, proporcionando um salto equivalente ao dado pela luneta de Galileu. • Por que há necessidade de se colocar um telescópio em órbita? Não existiam telescó- pios na superfície da Terra capazes de fornecer imagens de qualidade? Et_EM_2_Cad7_Fis_c02_29a47.indd 29 7/18/18 11:36 AM 30 CAPÍTULO 2 Ti pos de espelhos esféricos Um espelho esférico é defi nido como uma calota esférica polida que permite a refl e- xão regular da luz. Dependendo de qual superfície da calota (externa ou interna) é a super- fície refl etora, os espelhos esféricos podem ser côncavos ou convexos. No espelho côncavo, a superfície interna da calota é a espelhada. Um exemplo de es- pelho convexo é o usado por dentistas, porque ele é capaz de gerar imagens ampliadas. Representação esquemática No espelho convexo, a superfície espelhada da calota é a externa. Os espelhos de segurança e os retrovisores de automóveis são espelhos convexos, pois aumentam o campo de visão. Representação esquemática C a n d y B o x I m a g e s /S h u tt e rs to ck A le x H in d s /S h u tt e rs to ck Esfera Calota esfŽrica O espelho usado pelos dentistas é côncavo para gerar imagens ampliadas dos dentes. Espelhos usados na segurança de lojas, supermercados e ônibus são convexos, porque aumentam o campo visual. Et_EM_2_Cad7_Fis_c02_29a47.indd 30 7/18/18 11:36 AM 31 FÍ SI CA Elementos dos espelhos esféricos A fi gura a seguir traz os elementos mais importantes para a construção de imagens em espelhos esféricos. VFC ep f r Na fi gura: • C (centro de curvatura) é o centro da esfera que originou a calota esférica; • ep (eixo principal) é a reta que passa pelo centro de curvatura e pelo vértice do espelho; • F (foco) é um ponto que representa uma série de propriedades importantes nos espe- lhos esféricos. Corresponde ao ponto médio do segmento CV; • V (vértice) é o ponto central do espelho, ou seja, o polo da calota esférica; • r (raio de curvatura) é o raio da esfera que originou a calota esférica; • f (distância focal) é a distância do vértice ao foco do espelho, sendo real, no espelho côncavo, e virtual, no convexo. Foco real Foco virtual Interação Na Geometria plana, pode-se defi nir a parábola pela equação y = x 4p 2 , que relaciona as coor- denadas x e y dos pontos P(x; y) da parábola e um ponto fi xo F(p; 0). Entre as muitas propriedades das parábolas, uma que merece destaque é a convergência de refl exão. Se tivermos um espelho com forma parabólica, todos os raios de luz que incidirem em sua superfície paralelamente ao eixo principal serão refl etidos na direção do ponto F, ou seja, do foco. Essa propriedade é aplicada nas telecomunicações com o uso das antenas para- bólicas. As transmissões de rádio e TV são feitas através de ondas eletromagnéticas, provenien- tes dos satélites de comunicação, chegam em raios paralelos entre si e, após se refl etirem na superfície da antena, convergem para o foco, onde fi ca o receptor. Construção de imagens nos espelhos esféricos Em um sistema óptico, o objeto é a origem do feixe de luz que incide no sistema, en- quanto a imagem é onde o feixe de luz emerge do sistema. No caso dos espelhos esféricos, para construirmos os feixes de luz incidente e emergente e formamos a imagem, aplica- mos as propriedades dos raios notáveis. 1. Todo raio de luz que incide paralelamente ao eixo principal do espelho refl ete-se na direção do foco. FC V CV F Defi nição Distância focal (f) : numericamenteassume o valor da metade do raio de curvatura (r): f = 2 R Et_EM_2_Cad7_Fis_c02_29a47.indd 31 7/18/18 11:36 AM 32 CAPÍTULO 2 2. Todo raio de luz que incide sobre uma reta que passa pelo foco reflete-se paralela- mente ao eixo principal (princípio de reversibilidade). FC V CV F 3. Todo raio de luz que incide sobre o vértice do espelho reflete-se simetricamente em relação ao eixo principal, ou seja, com ângulo de reflexão igual ao de incidên- cia, medido entre o raio e o eixo principal. FC i r V F C i r V 4. Todo raio de luz que incide na direção do centro de curvatura do espelho reflete-se sobre si mesmo. FC V F CV Usando as propriedades dos raios luminosos, podemos construir a imagem dos objetos colocados diante de um espelho esférico, que pode vir a ser virtual ou real. Inicialmente, vamos fazer as seguintes definições: a imagem virtual é aquela que pode ser observada diretamente no espelho, pois é formada apenas nos olhos; a ima- gem real é aquela que pode ser observada apenas quando projetada numa tela ou num anteparo (essa imagem não pode ser vista olhando-se diretamente no espelho). Constru•‹o de imagem no espelho c™ncavo No caso dos espelhos côncavos, temos cinco situações possíveis que dependem da posição do objeto em relação ao espelho. I. Objeto real antes do centro de curvatura do espelho: Objeto Imagem F VC Imagem: • posição: entre o centro de curva- tura e o foco do espelho; • natureza: real; • orientação: invertida em relação ao objeto; • tamanho: menor que o do objeto. Et_EM_2_Cad7_Fis_c02_29a47.indd 32 7/18/18 11:36 AM 33 FÍ S IC A II. Objeto real no centro de curvatura do espelho: Objeto Imagem F VC III. Objeto real entre o centro de curvatura e o foco do espelho. Objeto Imagem F VC IV. Objeto real no foco do espelho: Objeto C F V V. Objeto real entre o foco e o vértice do espelho: Imagem Objeto C F V Constru•‹o de imagem no espelho convexo No caso dos espelhos convexos, as características da imagem são sempre as mesmas para qualquer posição do objeto em relação ao vértice do espelho. Assim, dizemos que no espelho convexo há somente um caso de formação de imagem. No entanto, deve-se destacar que, se o objeto é afastado do vértice do espelho, sua imagem fi ca cada vez menor e se aproxima do foco. Objeto Imagem V F C Imagem: • posição: entre o foco e o vértice do espelho; • natureza: virtual; • orientação: direita em relação ao objeto; • tamanho: menor que o do objeto. 1 Imagem: • posição: no centro de curvatura; • natureza: real; • orientação: invertida em relação ao objeto; • tamanho: igual ao do objeto. Imagem: • posição: antes do centro de curvatura; • natureza: real; • orientação: invertida em relação ao objeto; • tamanho: maior que o do objeto. • Imagem imprópria, ou seja, localizada no infi nito. Imagem: • posição: atrás do espelho; • natureza: virtual; • orientação: direita em relação ao objeto; • tamanho: maior que o do objeto. Atenção 1 Observando-se todos os casos de formação de imagem, pode-se notar que, em relação ao objeto quando a imagem é real, ela é invertida e, quando a imagem é virtual, ela é direita. imagem real c invertida imagem virtual c direita Et_EM_2_Cad7_Fis_c02_29a47.indd 33 7/18/18 11:36 AM 34 CAPÍTULO 2 Atividades 1. (UFTM-MG) Sobre o comportamento dos espelhos esféri- cos, assinale a alternativa correta. a) Se um objeto real estiver no centro de curvatura de um espelho esférico, sua imagem será real, direita e de mesmo tamanho que o do objeto. b) Os raios de luz que incidem, fora do eixo principal, sobre o vértice de um espelho esférico refl etem-se passando pelo foco desse espelho. c) Os espelhos esféricos côncavos só formam imagens virtuais, sendo utilizados, por exemplo, em portas de garagens para aumentar o campo visual. d) Os espelhos convexos, por produzirem imagens am- pliadas e reais, são bastante utilizados por dentistas em seu trabalho de inspeção dental. e) Os espelhos utilizados em telescópios são côncavos e as imagens por eles formadas são reais e se localizam, aproximadamente, no foco desses espelhos. 2. (UFRN) Os carros modernos usam diferentes tipos de es- pelhos retrovisores, de modo que o motorista possa me- lhor observar os veículos que se aproximam por trás dele. As fotos 1 e 2 a seguir mostram as imagens de um veí- culo estacionado, quando observadas de dentro de um carro, num mesmo instante, através de dois espelhos: o espelho plano do retrovisor interno e o espelho externo do retrovisor direito, respectivamente. Foto 1 Foto 2 A partir da observação dessas imagens, é correto concluir que o espelho externo do retrovisor direito do carro é: a) convexo e a imagem formada é virtual. b) côncavo e a imagem formada é virtual. c) convexo e a imagem formada é real. d) côncavo e a imagem formada é real. 3. (EsPCEx-SP) O espelho retrovisor de um carro e o espelho em portas de elevador são, geralmente, espelhos esféricos convexos. Para um objeto real, um espelho convexo gaus- siano forma uma imagem: a) real e menor. b) virtual e menor. c) real e maior. d) virtual e invertida. e) real e direita. 4. (Ifsul-RS) A óptica geométrica estuda basicamente as tra- jetórias da luz na sua propagação. Dentre os fenômenos que podem ocorrer nessa trajetória está a refl exão, que consiste no fato de a luz voltar a se propagar no meio de origem, quando incidir na superfície de separação deste meio com outro. Em relação ao estudo da refl exão da luz nos espelhos es- féricos, analise as seguintes afi rmativas: I. Todo raio luminoso que incide no vértice do espelho esférico gera, relativamente ao eixo principal, um raio refl etido simétrico. II. Todo raio luminoso que incide paralelamente ao eixo principal refl ete-se em uma direção que passa pelo centro de curvatura. III. Um espelho convexo conjuga uma imagem real, inver- tida e menor que o objeto. Está(ão) correta(s) afi rmativa(s): a) I, apenas. b) II e III, apenas. c) I, II e III. d) I e II, apenas. Et_EM_2_Cad7_Fis_c02_29a47.indd 34 7/18/18 11:36 AM 35 FÍ S IC A 5. (PUC-RS) A imagem fornecida por um espelho convexo de um objeto real é: a) sempre real, maior e direita. b) sempre virtual, menor e invertida. c) real ou virtual conforme a posição do objeto. d) sempre real, menor e invertida. e) sempre virtual, menor e direita. 6. (UFPA) Os próximos jogos Olímpicos, neste ano, acontece- rão no Brasil, em julho, mas a tocha olímpica já foi acesa, em frente ao templo de Hera, na Grécia, usando-se um espelho parabólico muito próximo de um espelho esférico de raio R, que produz o mesmo efeito com um pouco menos de efi ciência. Esse tipo de espelho, como o da fi - gura (imagem divulgada em toda a impressa internacional e nacional), consegue acender um elemento infl amável, usando a luz do sol. Fonte: <www.rio2016.com/en/news/ rio-2016-torch-relay-to-write-new-chapter-iniolympic-history>. Pode-se afi rmar que o elemento infl amável acende devi- do ao fato de esse tipo de espelho: a) refl etir os raios do sol, dispersando-os. b) refl etir mais luz que os espelhos planos. c) refl etir os raios do sol, concentrando-os. d) absorver bastante a luz do sol. e) transmitir integralmente a luz do sol. 7. +Enem [H17] Na fi gura a seguir, AB é um objeto real e A'B' sua imagem conjugada por um espelho, côncavo ou convexo, de eixo principal xx'. A A’ x B B’ x’ Especifi que as características da imagem e o tipo de espelho. a) Virtual, direita e menor; côncavo. b) Real, invertida e maior; côncavo. c) Virtual, direita e maior; côncavo. d) Virtual, direita e menor; convexo. e) Real, invertida e menor; convexo. 8. (PUC-RS) Um salão de beleza projeta instalar um espelho que aumenta 1,5 vez o tamanho de uma pessoa posiciona- da em frente a ele. Para o aumento ser possível e a imagem se apresentardireita (direta), a pessoa deve se posicionar, em relação ao espelho: a) antes do centro de curvatura. b) no centro de curvatura. c) entre o centro de curvatura e o foco. d) no foco. e) entre o foco e o vértice do espelho. R e p ro d u ç ã o / U fp a , 2 0 1 6 . Et_EM_2_Cad7_Fis_c02_29a47.indd 35 7/18/18 11:36 AM 36 CAPÍTULO 2 Complementares Tarefa proposta 1 a 16 9. (UEMG) “Tentando se equilibrar sobre a dor e o susto, Salinda contemplou-se no espelho. Sabia que ali encontraria a sua igual, bastava o gesto contemplativo de si mesma”. EVARISTO, p. 57, 2014. Um espelho, mais do que refl etir imagens, leva-nos a re- fl etir. Imagens reais, imagens virtuais. Imagens. Do nosso exterior e do nosso interior. Salinda contemplou-se diante de um espelho e não se viu igual, mas menor. Era a única alteração vista na sua imagem. Uma imagem menor. Diante disso, podemos afi rmar que o espelho onde Salin- da viu sua imagem refl etida poderia ser: a) convexo. b) plano. c) convexo ou plano, dependendo da distância. d) côncavo, que pode formar todo tipo de imagem. 10. (Ufscar-SP) Os refl etores das antenas parabólicas funcio- nam como espelhos esféricos para a radiação eletromag- nética emitida por satélites retransmissores, localizados em órbitas estacionárias, a cerca de 36 000 km de alti- tude. A fi gura à esquerda representa esquematicamente uma miniantena parabólica, cuja foto está à direita, onde E é o refl etor e F é o receptor, localizado num foco secun- dário do refl etor. E F a) Copie o esquema da fi gura da esquerda e represente o traçado da radiação eletromagnética proveniente do satélite retransmissor que incide no refl etor E e se re- fl ete, convergindo para o foco secundário F (faça um traçado semelhante ao traçado de raios de luz). Colo- que nessa fi gura uma seta apontando para a posição do satélite. b) Nas miniantenas parabólicas o receptor é colocado no foco secundário e não no foco principal, localizado no eixo principal do refl etor, como ocorre nas antenas normais. Por quê? (Sugestão: lembre-se de que a energia captada pelo refletor da antena é diretamente proporcio- nal à área atingida pela radiação proveniente do satélite.) 11. (Unicamp-SP) Espelhos esféricos côncavos são comu- mente utilizados por dentistas porque, dependendo da posição relativa entre objeto e imagem, eles permitem visualizar detalhes precisos dos dentes do paciente. Na figura abaixo, pode-se observar esquematicamente a imagem formada por um espelho côncavo. Fazendo uso de raios notáveis, podemos dizer que a flecha que representa o objeto: a) se encontra entre F e V e aponta na direção da imagem. b) se encontra entre F e C e aponta na direção da imagem. c) se encontra entre F e V e aponta na direção oposta à imagem. d) se encontra entre F e C e aponta na direção oposta à imagem. 12. (UFJF-MG) Por motivos de segurança, a eficiência dos faróis tem sido objeto de pesquisa da indústria auto- mobilística. Em alguns automóveis, são adotados fa- róis cujo sistema óptico é formado por dois espelhos esféricos, E 1 e E 2 , como mostra a figura. Com base na figura, é correto afirmar que a localização da lâmpada está: Eixo óptico E1 E2 a) nos focos de E 1 e de E 2 . b) no centro de curvatura de E 1 e no foco de E 2 . c) nos centros de curvatura de E 1 e de E 2 . d) no foco de E 1 e no centro de curvatura de E 2 . e) em qualquer ponto entre E 1 e E 2 . R e p ro d u ç ã o / U n ic a m p -S P, 2 0 1 5 Et_EM_2_Cad7_Fis_c02_29a47.indd 36 7/18/18 11:36 AM 37 FÍ S IC A Estudo analítico dos espelhos esféricos No capítulo “Princípios da Óptica / Espelhos planos” aprendemos a determinar as carac- terísticas da imagem (localização e tamanho) formada por um espelho plano com o uso da propriedade fundamental, em que o objeto e a respectiva imagem têm o mesmo tamanho e são simétricos em relação ao espelho. Já no caso dos espelhos esféricos, a determinação da posição e do tamanho da imagem é uma tarefa mais complexa e envolve o uso de duas equa- ções, chamadas de equações de Gauss. Objeto Espelho Imagem p O C i f p’ F V Considere um objeto de altura o localizado a uma distância p do vértice de um espelho esférico côncavo de distância focal f. Considere ainda que a imagem gerada tenha altura i e se localiza a uma distância p' do vértice do espelho, como mostra a fi gura. A primeira equação de Gauss, denominada equação das posições, relaciona a distân- cia focal f com as posições do objeto p e da imagem p'. f 1 = p 1 + p 1 ' A segunda equação de Gauss, denominada equação do aumento, relaciona as alturas do objeto o e da imagem i com suas respectivas posições. 1 i o = – p p ' O aumento linear da imagem A é defi nido como a razão entre a altura da imagem i e a altura do objeto O: A = i o Porém, para que as equações de Gauss sejam coerentes com a classifi cação das ima- gens, temos que usar uma convenção de sinais. Convenção de sinais . 0 , 0 f espelho côncavo espelho convexo p objeto real objeto virtual p' imagem real imagem virtual o objeto “para cima” objeto “para baixo” i imagem “para cima” imagem “para baixo” A imagem direita em relação ao objeto imagem invertida em relação ao objeto N ic k u /S h u tt e rs to c k Carl Friedrich Gauss (1777-1855) é considerado um dos maiores matemáticos de todos os tempos. Atenção 1 O aumento linear transversal é defi nido como: A = '–p f p Et_EM_2_Cad7_Fis_c02_29a47.indd 37 7/18/18 11:36 AM 38 CAPÍTULO 2 Contextualize James Webb Após surpreender o mundo com suas imagens impressionantes, o telescópio espacial Hubble está prestes a se “aposentar”. Com previsão de lançamento para 2019, o telescópio James Webb será o sucessor do Hubble. Seu espelho primário é composto de 18 elementos hexagonais feitos de berílio ultraleve e com cerca de 1,2 metro de largura. No tamanho fi nal, o espelho primário do James Webb terá 12 metros de diâmetro, aproximadamente três vezes maior que o do Hubble. Como o Hubble, o James Webb é um telescópio do tipo refl etor. O esquema simplifi cado a seguir apresenta o caminho da luz até chegar ao olho do observador. Luz das estrelas E 2 E 1 Observador Esquema básico de um telescópio refl etor. Com sensibilidade cem vezes maior do que a de seu antecessor, o James Webb fi cará a uma distância de 1,6 milhão de quilômetros do planeta, onde a gravidade da Terra e do Sol se cancelam. Além disso, precisa operar a uma temperatura de –233 °C, cerca de 50 Kelvin, tudo para evitar as radiações infravermelhas, que podem interferir em suas medições. Com toda essa sofi sticação, o James Webb será capaz de observar a infância do Universo, a formação de galáxias e a atmosfera de exoplanetas. Além dos telescópios espaciais, existem, em terra, grandes telescópios com capacidades que impressionam, guardadas as limitações impostas pelo posicionamento deles na superfície do planeta. Alguns complexos espalhados pelo mundo cola- boram muito na exploração do Universo. Faça uma pesquisa sobre os mais importantes telescópios localizados na superfície do planeta, identifi cando suas áreas de exploração. Monte uma apresentação em slides para compartilhar com os colegas. Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Atenção à necessidade do dentista de obter uma imagem ampliada e direita. Use a relação de proporção para escrever p' em função de p, já que não apresenta de imediato tais distâncias. Muita atenção aos cálculos com o uso de frações. Nem sempre é uma forma vantajosa encontrar o MMC da equação, mas, sim, utilizar uma multiplicação de todos os termos da equação, para produzir efeitos de simplifi cação. Para visualizar melhor o dente de um paciente, um dentista usa um espelho côncavo com foco de 12 cm. Buscando uma imagem direita e ampliada em 50%, a que distância o espelhodeve fi car do dente? Resolu•‹o Imagem direita e ampliada em 50%. i o = – 'p p s ⋅1,5 o o = 'p p s p' = – 1,5 ⋅ p Aplicando a equação das posições: 1 f = 1 p + 1 'p s 1 12 = 1 p + ⋅ 1 –1,5 p Multiplicando todos os termos por 12p, temos: p = 12 – 8 s p = 4 cm V a d im S a d o v s k i/ S h u tt e rs to c k C h ri s G u n n / N A S A Et_EM_2_Cad7_Fis_c02_29a47.indd 38 7/18/18 11:37 AM 39 FÍ S IC A Atividades 13. Um espelho esférico convexo apresenta raio de curvatura de 12 cm. Um objeto luminoso de 3 cm de altura é colo- cado perpendicularmente ao eixo principal desse espelho e a 3 cm do vértice. Calcule o tamanho da imagem e a distância da imagem ao espelho. 14. (PUC-RS) A fi gura a seguir mostra um espelho côncavo e diversas posições sobre o seu eixo principal. Um objeto e sua imagem, produzida por este espelho, são representa- dos pelas fl echas na posição 4. O foco do espelho está no ponto identificado pelo número: a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 8 15. +Enem [H17] A 30 cm do vértice de um espelho esférico côncavo, de distância focal 20 cm, está disposto perpen- dicularmente ao eixo principal do espelho um objeto de 5 cm de comprimento. Calcule a distância da imagem ao espelho e o tamanho dela. a) 60 cm; –10 cm. b) 50 cm; 15 cm. c) 25 cm; –8 cm. d) –50 cm; 12 cm. e) 30 cm; 5 cm. 16. (ITA-SP) Um jovem estudante, para fazer a barba mais efi cientemente, resolve comprar um espelho esférico que aumente duas vezes a imagem do seu rosto quando ele se coloca a 50 cm dele. Que tipo de espelho ele deve usar e qual o raio de curvatura? a) Convexo com r = 50 cm. b) Côncavo com r = 2,0 m. c) Côncavo com r = 33 cm. d) Convexo com r = 67 cm. e) Um espelho diferente dos mencionados. Re p ro d u ç ã o / P U C -R S , 2 0 1 4 . Et_EM_2_Cad7_Fis_c02_29a47.indd 39 7/18/18 11:37 AM 40 CAPÍTULO 2 17. (UPM-SP) Dispõe-se de um espelho convexo de Gauss, de raio de curvatura R. Um pequeno objeto colocado diante desse espelho, sobre seu eixo principal, a uma distância R de seu vértice V, terá uma imagem conjugada situada no ponto P desse eixo. O comprimento do segmento VP é: a) R 4 b) R 3 c) R 2 d) R e) 2R 18. (Uerj) Em uma aula prática de óptica, um espelho esférico côncavo é utilizado para obter a imagem de um prédio. Considere as seguintes medidas: • altura do prédio = 20 m; • distância do prédio ao espelho = 100 m; • distância focal do espelho = 20 cm. Admitindo que a imagem conjugada se situa no plano focal do espelho, calcule, em centímetros, a altura dessa imagem. 19. (PUC-SP) Um estudante de física resolve brincar com espe- lhos esféricos e faz uma montagem, utilizando um espelho côncavo de raio de curvatura igual a 80 cm e outro espelho convexo de raio de curvatura cujo módulo é igual a 40 cm. Os espelhos são cuidadosamente alinhados de tal forma que foram montados coaxialmente, com suas superfícies refl etoras se defrontando e com o vértice do espelho con- vexo coincidindo com a posição do foco principal do es- pelho côncavo. O aluno, então, colocou cuidadosamente um pequeno objeto no ponto médio do segmento que une os vértices desses dois espelhos. Determine, em relação ao vértice do espelho convexo, a distância, em centímetros, da imagem formada por esse espelho ao receber os raios luminosos que partiram do objeto e foram refl etidos pelo espelho côncavo e classifi que-a. a) 16 cm, virtual e direita. b) 16 cm, virtual e invertida. c) 40 cm, real e direita. d) 40 cm, virtual e direita. e) 13,3 cm, virtual e invertida. 20. (PUC-MG) A fi gura desta questão mostra parte de uma esfera, de raio R, espelhada por dentro e por fora, for- mando dois espelhos esféricos. Dois objetos luminosos são dispostos diante desses espelhos conforme indicado. V R R Et_EM_2_Cad7_Fis_c02_29a47.indd 40 7/18/18 11:37 AM 41 FÍ SI CA A distância entre as imagens produzidas é igual a: a) 2R b) 4 R 3 c) R 2 d) 3 R 5 e) 2 R 3 Complementares Tarefa proposta 17 a 32 21. (PUCC-SP) Uma vela acesa foi colocada a uma distância p do vértice de um espelho esférico côncavo de 1,0 m de distância focal. Verifi cou-se que o espelho projetava em uma parede uma imagem da chama desta vela, ampliada 5 vezes. O valor de p, em cm, é: a) 60 b) 90 c) 100 d) 120 e) 140 22. (UFTM-MG) Uma haste vertical de 2,0 ⋅ 10–2 m de altura foi colocada verticalmente sobre o eixo principal, a 2,4 ⋅ 10–1 m de distância da superfície refl etora de um espelho esférico cônca- vo ideal, de distância focal 4,0 ⋅ 10–2 m. Para essas condições, supondo um espelho ideal, pode-se esperar que a altura da imagem da haste seja, em m: a) 5 ⋅ 10–1 b) 8 ⋅ 10–1 c) 6 ⋅ 10–2 d) 5 ⋅ 10–2 e) 4 ⋅ 10–3 23. (UFJF-MG) A luz de um feixe paralelo de um objeto distante atinge um grande espelho, de raio de curvatura R = 5,0 m, de um poderoso telescópio, como mostra a fi gura a seguir. Após atingir o grande espelho, a luz é refl etida por um pequeno espelho, também esférico e não plano como parece, que está a 2 m do grande. Sabendo que a luz é focalizada no vértice do grande espelho esférico, faça o que se pede nos itens seguintes. Pequeno espelho Grande espelho F 2 m2 m a) O objeto no ponto F, para o pequeno espelho, é real ou virtual? Justifi que sua resposta. b) Calcule o raio de curvatura r do pequeno espelho. c) O pequeno espelho é côncavo ou convexo? Justifi que sua resposta. 24. (Famema-SP) Na fi gura, O é um ponto objeto virtual, vér- tice de um pincel de luz cônico convergente que incide sobre um espelho esférico côncavo E de distância focal f. Depois de refl etidos no espelho, os raios desse pincel con- vergem para o ponto I sobre o eixo principal do espelho, a uma distância f/4 de seu vértice. Considerando válidas as condições de nitidez de Gauss, é correto afi rmar que a distância focal desse espelho é igual a: a) 150 cm b) 160 cm c) 120 cm d) 180 cm e) 200 cm R e p ro d u ç ã o / F a n e m a -S P, 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad7_Fis_c02_29a47.indd 41 7/18/18 11:37 AM 42 CAPÍTULO 2 Tarefa proposta 3. (Ifsul-RS) De acordo com a Óptica geométrica e em relação aos espelhos, afi rmar-se que a imagem conjugada através de um espelho: a) côncavo, de um objeto qualquer, é sempre de maior tamanho que o objeto. b) convexo, de um objeto real, é sempre de menor tama- nho que o objeto. c) plano, de um objeto real, é sempre real de mesmo ta- manho que o objeto. d) convexo, de um objeto real, é sempre de maior tama- nho que o objeto. 4. (Ufal) O esquema a seguir representa o eixo principal (r) de um espelho esférico, um objeto real O e sua imagem i conjugada pelo espelho. O a b c d e r i Considerando os pontos a, b, c, d, e, é correto afi rmar que o espelho é: a) côncavo e seu vértice se encontra em d. b) côncavo e seu foco se encontra em c. c) côncavo e seu centro se encontra em e. d) convexo e seu vértice se encontra em c. e) convexo e seu foco se encontra em e. 5. (Uepa) Leia o texto: Muitos acidentes de trânsito acontecem porque pelo menos um dos envolvidos não percebe a presença de ou- tros veículos na via. Esta situação pode explicar por que uma parte signifi cativa dos acidentes de trânsito ocorridos em Macapá envolve motocicletas. As características deste veículo – ágil e de dimensões reduzidas – contribuem para difi cultar a percepção da sua presença no leito viário. O anexo I da resolução nº 636/84 do Contran estabelece os “requisitos para o desempenho e fi xação de espelhos re- trovisores, tais que proporcionem proteção contra impac- tos e ao condutor uma retrovisão clara e desobstruída”. Quanto à segurança, entre as assertivas a seguir, qual(is) a(s) característica(s) apresentada(s) pelos espelhos retrovi- sores externos? I. Independentemente da distância do objeto diante de um espelho retrovisor convexo, aimagem será sempre virtual. II. Se forem convexos, reduzem o tamanho das imagens e aumentam o campo visual. 1. (IFCE) Uma usina heliotérmica é muito parecida com uma usina termoelétrica. A diferença é que, em vez de usar carvão ou gás como combustível, utiliza o calor do sol para gerar eletricidade. A usina heliotérmica capta o ca- lor fornecido pelo sol e os direciona para uma tubulação, conforme mostra o esquema abaixo. Nessa tubulação encontra-se um fl uido que, ao ser aquecido, movimenta uma turbina que, por sua vez, gera eletricidade. O melhor dispositivo para captação da energia solar e en- vio para a tubulação será: a) lente divergente. b) espelho esférico convexo. c) espelho plano. d) lente convergente. e) espelho esférico côncavo. 2. (PUC-RS) Para responder à questão, analise a fi gura abaixo, que mostra a obra Autorretrato, do artista holandês M.C. Escher (1898-1972). Pode-se considerar que a esfera vista na fi gura se com- porta como um espelho __________. A imagem conjuga- da pelo espelho é __________ e se encontra entre o foco e o __________ do espelho. a) côncavo – real – vértice b) convexo – real – vértice c) convexo – virtual – vértice d) convexo – virtual – centro de curvatura e) côncavo – virtual – centro de curvatura R e p ro d u ç ã o / P U C -R S , 2 0 1 7. R e p ro d u ç ã o / I F C E , 2 0 1 6 . Et_EM_2_Cad7_Fis_c02_29a47.indd 42 7/18/18 11:37 AM 43 FÍ S IC A III. É conveniente que sejam côncavos, porque podem produzir imagens menores que os objetos. Assinale a alternativa correta. a) Todas as assertivas caracterizam os espelhos retroviso- res externos. b) Apenas I e II caracterizam os referidos espelhos. c) Apenas I e III caracterizam os referidos espelhos. d) Apenas II e III caracterizam os referidos espelhos. e) Nenhuma assertiva caracteriza os espelhos retrovisores externos. 6. (UFSM-RS) As afi rmativas a seguir referem-se a um espelho côncavo. I. Todo raio que incide paralelamente ao eixo principal se refl ete e passa pelo foco. II. Todo raio que incide ao passar pelo centro de curvatu- ra se refl ete sobre si mesmo. III. Todo raio que incide ao passar pelo foco se refl ete so- bre o eixo principal. Está(ão) correta(s): a) apenas I. b) apenas I e II. c) apenas III. d) apenas II. e) I, II e III. 7. +Enem [H17] Os espelhos retrovisores, que deveriam auxiliar os motoristas na hora de estacionar ou mudar de pista, mui- tas vezes causam problemas. É que o espelho retrovisor do lado direito, em alguns modelos, distorce a imagem, dando a impressão de que o veículo está a uma distância maior do que a real. Este tipo de espelho, chamado con- vexo, é utilizado com o objetivo de ampliar o campo visual do motorista, já que no Brasil se adota a direção do lado esquerdo e, assim, o espelho da direita fi ca muito mais dis- tante dos olhos do condutor. Disponível em: <http://noticias.vrum.com.br>. Acesso em: 3 nov. 2010. (Adaptado.) Sabe-se que, em um espelho convexo, a imagem formada está mais próxima do espelho do que este está do ob- jeto, o que parece estar em confl ito com a informação apresentada na reportagem. Essa aparente contradição é explicada pelo fato de: a) a imagem projetada na retina do motorista ser menor do que o objeto. b) a velocidade do automóvel afetar a percepção da distância. c) o cérebro humano interpretar como distante uma ima- gem pequena. d) o espelho convexo ser capaz de aumentar o campo visual do motorista. e) o motorista perceber a luz vinda do espelho com a parte lateral do olho. 8. (Unicamp-SP) Em uma animação do Tom e Jerry, o camundon- go Jerry se assusta ao ver sua imagem em uma bola de Natal cuja superfície é refl etora, como mostra a reprodução. Adaptado de <www.youtube.com/wath?v=RtZYfTr7D_o. Acessado em 25/1//2016. É correto afi rmar que o efeito mostrado na ilustração não ocorre na realidade, pois a bola de Natal formaria uma imagem: a) virtual ampliada. b) virtual reduzida. c) real ampliada. d) real reduzida. 9. (Vunesp) Quando entrou em uma ótica para comprar no- vos óculos, um rapaz deparou-se com três espelhos sobre o balcão: um plano, um esférico côncavo e um esférico convexo, todos capazes de formar imagens nítidas de ob- jetos reais colocados à sua frente. Notou ainda que, ao se posicionar sempre a mesma distância desses espelhos, via três diferentes imagens de seu rosto, representadas na fi gura a seguir. Em seguida, associou cada imagem vista por ele a um tipo de espelho e classifi cou-as quanto às suas naturezas. Uma associação correta feita pelo rapaz está indicada na alternativa: a) o espelho A é o côncavo e a imagem conjugada por ele é real. b) o espelho B é o plano e a imagem conjugada por ele é real. c) o espelho C é o côncavo e a imagem conjugada por ele é virtual. d) o espelho A é o plano e a imagem conjugada por ele é virtual. e) o espelho C é o convexo e a imagem conjugada por ele é virtual. 10. (UPF-RS) As afi rmações a seguir referem-se à formação de imagens em espelhos esféricos. I. Uma imagem real é obtida quando acontece a inter- secção dos raios luminosos refl etidos por um espelho. II. Um espelho convexo não forma, em nenhuma situa- ção, uma imagem real. R e p ro d u ç ã o / V u n e s p , 2 0 1 6 . R e p ro d u ç ã o /U n ic a m p Et_EM_2_Cad7_Fis_c02_29a47.indd 43 7/18/18 11:37 AM 44 CAPÍTULO 2 III. A imagem real formada por um espelho convexo de um objeto colocado à sua frente é sempre de maior tamanho do que o do objeto. IV. Independentemente da posição do objeto colocado à frente de um espelho convexo, ter-se-á sempre uma imagem maior do que o objeto. Está correto apenas o que se afirma em: a) I e II b) II e III c) I, II e IV d) II e IV e) II, III e IV 11. (UEL-PR) Considere a figura a seguir. FB A C Com base no esquema da figura, assinale a alternativa que representa corretamente o gráfico da imagem do ob- jeto AB, colocado perpendicularmente ao eixo principal de um espelho esférico convexo. a) A B B’ A’ C F V b) B’ C B A F V A’ c) A A’ C P B B’V e) B’ A’ F CB A d) B’ A’ B A V F C 12. +Enem [H17] Uma pessoa coloca-se em frente a um es- pelho esférico e observa sua imagem direita e ampliada. Esse espelho é: a) côncavo e a pessoa se encontra entre o centro e o foco do espelho. b) côncavo e a pessoa se encontra no foco do espelho. c) côncavo e a pessoa se encontra entre o foco e o vértice do espelho. d) convexo e a pessoa se encontra muito afastada do espelho. e) convexo e a pessoa se encontra muito próxima do espelho. 13. (PUC-RS) Na figura abaixo, ilustra-se um espelho esférico côncavo E e seus respectivos centro de curvatura (C) foco (F) e vértice (V). Um dos infinitos raios luminosos que in- cidem no espelho tem sua trajetória representada por r. As trajetórias de 1 a 5 se referem a possíveis caminhos seguidos pelo raio luminoso refletido no espelho. O número que melhor representa a trajetória percorrida pelo raio r, após refletir no espelho E, é: a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 14. (UEPG-PR) Com relação aos espelhos esféricos, assinale o que for correto. (01) Todo raio de luz que incide paralelamente ao eixo principal do espelho produz um raio refletido que passa pelo centro do espelho. (02) No espelho côncavo, para um objeto situado a uma distância maior que o raio de curvatura, a imagem conjugada pelo espelho é real, invertida e maior que o objeto. (04) Todo raio de luz que incide passando pelo centro de curvatura do espelho retorna sobre si mesmo. (08) O foco principal é real nos espelhos convexos e vir- tual nos espelhos côncavos. (16) Todo raio de luz que incide no vértice do espelho produz um raio refletido que é simétrico do inciden- te em relação ao eixo principal. Dê a soma dos números dos itens corretos. R e p ro d u ç ã o / P U C -R S , 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad7_Fis_c02_29a47.indd44 7/18/18 11:37 AM 45 FÍ S IC A 15. (UFRN) Mary Scondy, uma ilusionista amadora, fez a mágica conhecida como lâmpada fantasma. Instalou uma lâmpada incandescente no interior de uma caixa, aberta em um dos lados. A parte aberta da caixa estava voltada para a frente de um espelho côncavo, habilmente colocado para que a imagem da lâmpada pudesse ser formada na parte superior da caixa, exatamente acima da lâmpada, conforme repre- sentado esquematicamente na fi gura a seguir. Josué Mary Scondy Espelho côncavo Caixa Lâmpada Imagem A lâmpada estava inicialmente desligada. Quando Mary ligou o interruptor escondido, a lâmpada se acendeu, e Jo- sué, um dos espectadores, tomou um susto, pois viu uma lâmpada aparecer magicamente sobre a caixa. Com base na fi gura e no que foi descrito, e desprezando-se a absor- ção de luz pelo espelho, pode-se concluir que, ao ser ligada a lâmpada, ocorreu a formação de: a) uma imagem real e de mesmo tamanho do que a lâmpada. b) uma imagem real e maior do que a lâmpada. c) uma imagem real e menor do que a lâmpada. d) uma imagem virtual e a potência irradiada era de 40 W. e) uma imagem virtual e a potência irradiada era de 80 W. 16. (UPF-RS) Sobre a formação da imagem em espelhos esfé- ricos são feitas as seguintes afi rmações: I. Quando se coloca um objeto sobre o eixo principal no centro de curvatura de um espelho côncavo, forma-se uma imagem real, invertida, do mesmo tamanho que o objeto e localizada no centro de curvatura. II. Quando se coloca um objeto sobre o eixo principal no foco de um espelho côncavo, forma-se uma imagem imprópria no infi nito. III. Em um espelho côncavo, todo raio luminoso que inci- de paralelamente ao seu eixo principal é refl etido em direção ao foco principal do espelho. IV. Quando um raio de luz incide no vértice de um espe- lho esférico, é refl etido numa direção simétrica à da incidência, em relação ao eixo principal, independen- temente de o espelho ser côncavo ou convexo. Dessas afi rmações: a) somente I e II são corretas. b) somente I, III e IV são corretas. c) somente I, II e IV são corretas. d) somente I, II e III são corretas. e) todas são corretas. 17. (Ifsul-RS) Um objeto real é colocado perpendicularmente ao eixo principal de um espelho esférico convexo. Nota-se que, nesse caso, a altura da imagem virtual é i 1 . Em seguida, o mesmo objeto é aproximado do espelho, formando uma nova imagem com altura i 2 . Quando se traz para mais perto o objeto, a imagem se a) aproxima do espelho, sendo i 1 , i 2 . b) aproxima do espelho, sendo i 1 . i 2 . c) afasta do espelho sendo i 1 = i 2 . d) afasta do espelho sendo i 1 , i 2 . 18. (PUC-RJ) Observe a fi gura: CO I V SÕ R S Para o espelho côncavo esférico da fi gura, em que R = 10 cm e s = 30 cm, determine a distância s’ em cm da imagem ao vértice do espelho. a) 3 b) 5 c) 6 d) 10 e) 12 19. (UPM-SP) Um objeto real O está diante de um espelho esférico côncavo de Gauss, conforme ilustra a fi gura. A distância entre esse objeto e sua respectiva imagem conjugada é de: x (cm) y (cm) 10 cm 15 cm V F C O a) 25 cm b) 30 cm c) 32,5 cm d) 52,5 cm e) 87,5 cm 20. (UFRGS-RS) Observe a fi gura abaixo. Na fi gura, E representa um espelho esférico côncavo com distância focal de 20 cm, e O, um objeto extenso coloca- do a 60 cm do vértice do espelho. R e p ro d u ç ã o / U F R G S -R S , 2 0 1 6 . Et_EM_2_Cad7_Fis_c02_29a47.indd 45 7/18/18 11:37 AM 46 CAPÍTULO 2 Assinale a alternativa que preenche corretamente as la- cunas do enunciado abaixo, na ordem em que aparecem. A imagem do objeto formada pelo espelho é __________, __________ e situa-se a __________ do vértice do espelho. a) real – direita – 15 cm b) real – invertida – 30 cm c) virtual – direita – 15 cm d) virtual – invertida – 30 cm e) virtual – direita – 40 cm 21. (UFU-MG) Uma pessoa projeta em uma tela a imagem de uma lâmpada, porém, em um tamanho quatro vezes maior do que seu tamanho original. Para isso, ela dispõe de um espelho esférico e coloca a lâmpada a 60 cm de seu vértice. A partir da situação descrita, responda: a) Que tipo de espelho foi usado e permitiu esse resulta- do? Justifi que matematicamente sua resposta. b) Se outro objeto for colocado a 10 cm do vértice desse mesmo espelho, a que distância dele a imagem será formada? 22. (UEPG-PR) Em relação às imagens formadas por um espe- lho côncavo, assinale o que for correto. 01) Se o objeto estiver entre o foco e o vértice, a ima- gem é real, invertida e maior que o objeto. 02) Se o objeto estiver localizado além do centro de cur- vatura, a imagem é real, invertida e menor que o objeto. 04) Se o objeto estiver sobre o centro de curvatura, a imagem formada é real, direita e de mesmo tama- nho que o objeto. 08) Se o objeto estiver entre o centro de curvatura e o foco, a imagem é virtual, direita e maior que o objeto. 16) Se o objeto está localizado no plano focal, a ima- gem é imprópria. 23. (Vunesp) Observe o adesivo plástico apresentado no espe- lho côncavo de raio de curvatura igual a 1,0 m, na fi gura 1. Essa informação indica que o espelho produz imagens nítidas com dimensões até cinco vezes maiores do que as de um objeto colocado diante dele. Figura 1 Aumento 5x Figura 2 Lápis Eixo principal Espelho côncavo Considerando válidas as condições de nitidez de Gauss para esse espelho, calcule o aumento linear conseguido quando o lápis estiver a 10 cm do vértice do espelho, per- pendicularmente ao seu eixo principal, e a distância em que o lápis deveria estar do vértice do espelho, para que sua imagem fosse direita e ampliada cinco vezes. 24. (Fuvest-SP) A imagem de um objeto forma-se a 40 cm de um espelho côncavo com distância focal de 30 cm. A ima- gem formada situa-se sobre o eixo principal do espelho, é real, invertida e tem 3 cm de altura. a) Determine a posição do objeto. b) Determine a altura do objeto. c) Construa o esquema referente à questão, represen- tando objeto, imagem, espelho e raios utilizados, indi- cando as distâncias envolvidas. 25. (UFPR) Um espelho côncavo, com raio de curvatura 10 cm e centro em C, foi posicionado de acordo com a fi gura abaixo. Um objeto O, com 2 cm de altura, está localizado a 3 cm do espelho e orientado para baixo, a partir do eixo principal. Os segmentos que podem ser observados sobre o eixo principal são equidistantes entre si. a) Na fi gura, assinale o foco do espelho, ressaltando-o por meio da letra F. b) Determine grafi camente, na fi gura, a imagem formada, representando, adequadamente, no mínimo, dois raios “notáveis”, antes e após a ocorrência da refl exão. c) Determine, apresentando os devidos cálculos, o tama- nho da imagem. É sabido que a ampliação correspon- de ao simétrico da razão entre a distância da imagem ao espelho e a distância do objeto ao espelho, ou a razão entre o tamanho da imagem e o tamanho do objeto, com as devidas orientações. 26. (PUC-SP) Determine o raio de curvatura, em cm, de um espelho esférico que obedece às condições de nitidez de Gauss e que conjuga de um determinado objeto uma ima- gem invertida, de tamanho igual a 1 3 do tamanho do ob- jeto e situada sobre o eixo principal desse espelho. Sabe-se que distância entre a imagem e o objeto é de 80 cm. a) 15 b) 30 c) 60 d) 90 R e p ro d u ç ã o / U F P R , 2 0 1 7. R e p ro d u ç ã o / U F P R , 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad7_Fis_c02_29a47.indd 46 7/18/18 11:37 AM 47 FÍ S IC A 27. +Enem [H17] O rosto de uma pessoa está a 20 cm de um espelho esférico côncavo. A imagem formada pelo espelho é direita e tem o dobro do tamanho do rosto. Calcule o raio de curvatura desse espelho. a) 80 cm b) 50 cm c) 25 cm d) 120 cm e) 30 cm 28. (Uerj) Na entrada de um circo existe um espelho convexo. Uma menina de 1,0 m de altura vê sua imagem refl eti- da quando se encontra a 1,2 m do vérticedo espelho. A relação entre os tamanhos da menina e de sua imagem é igual a 4. Calcule a distância focal do espelho da entrada do circo. 29. (UFPI) Os refl etores de faróis, holofotes e lanternas podem ser espelhos esféricos côncavos, embora os refl etores para- bólicos sejam mais vantajosos. Considere um holofote de jardim constituído de dois espelhos esféricos, um maior, E 1 , e um menor, E 2 . Para aumentar a efi ciência luminosa, um fi lamento luminoso é colocado entre os dois espelhos esféricos côncavos, de mesmos eixos principais e voltados um para o outro, de modo que todos os raios emergentes do fi lamento que incidem em E 2 se refl etem no espelho maior E 1 e se projetam paralelos para o espaço. Suponha que o raio de curvatura de E 1 é igual a 30 cm e é o triplo do raio de curvatura do espelho E 2 . Nesse caso, a posição do fi lamento luminoso e a distância entre os espelhos são, respectivamente: a) no centro de curvatura de E 1 e no foco de E 2 e 10 cm. b) no centro de curvatura de ambos os espelhos e 15 cm. c) no centro de curvatura de E 2 e antes do foco de E 1 e 20 cm. d) no centro de curvatura de E 2 e no foco de E 1 e 25 cm. e) no foco de ambos os espelhos e 30 cm. 30. (Ulbra-RS) Um objeto está à frente de um espelho e tem sua imagem aumentada em quatro vezes e projetada em uma tela que está a 2,4 m do objeto, na sua horizontal. Que tipo de espelho foi utilizado e qual o seu raio de curvatura? a) Côncavo; 64 cm b) Côncavo; 36 cm c) Côncavo; 128 cm d) Convexo; –128 cm e) Convexo; –64 cm 31. (Unifesp) Na entrada de uma loja de conveniência de um posto de combustível, há um espelho convexo utilizado para monitorar a região externa da loja, como represen- tado na fi gura. www.hsj.com.br (Adaptado.) A distância focal desse espelho tem módulo igual a 0,6 m e, na fi gura, pode-se ver a imagem de dois veículos que estão estacionados paralelamente e em frente à loja, aproximadamente a 3 m de distância do vértice do espelho. Considerando que esse espelho obedece às condições de nitidez de Gauss, calcule: a) a distância, em metros, da imagem dos veículos ao espelho; b) a relação entre o comprimento do diâmetro da ima- gem do pneu de um dos carros, indicada por d na fi gura, e o comprimento real do diâmetro desse pneu. 32. (ITA-SP) Dois espelhos esféricos interdistantes de 50 cm um côncavo, E 1 , e outro convexo, E 2 , são dispostos coaxialmente tendo a mesma distância focal de 16 cm. Uma vela é colocada diante dos espelhos perpendicularmente ao eixo principal, de modo que suas primeiras imagens conjugadas por E 1 e E 2 tenham o mesmo tamanho. Assinale a opção com as respec- tivas distâncias, em cm, da vela aos espelhos E 1 e E 2 . a) 25 e 25 b) 41 e 9 c) 34 e 16 d) 35 e 15 e) 40 e 10 Vá em frente Acesse <https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/energy-skate-park>. Acesso em: 6 mar. 2018. Este link permite trabalhar com um simulador de conservação de energia mecânica usando energias cinética e potencial gravitacional. Autoavalia•‹o: V‡ atŽ a p‡gina 103 e avalie seu desempenho neste cap’tulo. R e p ro d u ç ã o / U n if e s p , 2 0 1 6 . Et_EM_2_Cad7_Fis_c02_29a47.indd 47 7/18/18 11:37 AM a s h a rk y u /S h u tt e rs to ck ► Compreender como a luz se comporta ao atravessar meios diversos. ► Identifi car os desvios provocados na trajetória da luz ao cruzar a interface entre meios diferentes. ► Analisar pela lei de Snell- -Descartes a intensidade dos desvios provocados na trajetória da luz, verifi cando diferenças quando as cores são diferentes. ► Verifi car e analisar as situações-limites do fenômeno da refração. ► Reconhecer elementos e aplicações associados ao fenômeno da refração. Principais conceitos que você vai aprender: ► Índice de refração ► Refringência ► Refração da luz ► Ângulo limite ► Refl exão total da luz ► Fibra óptica e dispersão luminosa 48 OBJETIVOS DO CAPÍTULO C alek/S hutte rsto ck 3 REFRAÇÃO DA LUZ A internet de banda larga está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, ao ponto de considerarmos praticamente impossível viver sem ela. Há pouco tempo, realizar o download de algum documento acima de 10 MB era um desafi o. Desde a sua chegada ao mercado, a conexão de banda larga proporcionou uma re- volução na transmissão de dados. Com a utilização das fi bras ópticas, o ganho com as velocidades tornou-se cada vez maior. Apesar de o uso da fi bra ainda estar se difundindo, a promessa é que, num futuro muito próximo, tenhamos velocidades capazes de realizar downloads tão rápidos quanto um piscar de olhos. Mas uma barreira ainda precisa ser vencida, a distância. Mesmo com o avanço tecnológico na fabricação das fi bras, ainda existem perdas du- rante a transmissão de sinais. A luz passa pelo interior das fi bras graças a uma particularidade do fenômeno da re- fração, a refl exão total. Com materiais apropriados, as camadas que compõem a fi bra não permitem que a luz sofra refração e acabe saindo dela. Atingindo as paredes com ângulos acima do chamado ângulo limite, a luz fi ca aprisionada de forma que se propaga no in- terior da fi bra até chegar ao fi nal do cabo. Mas, quando as distâncias são muito grandes, faz-se necessária a instalação de amplifi cadores de sinais para manter a transmissão sem quedas de desempenho. Estudos e pesquisas recentes tentam ampliar as distâncias sem a necessidade do uso desses amplifi cadores. Em 2016, pesquisadores brasileiros conseguiram bater o recorde de transmissão sem o uso de amplifi cadores e sem a queda de desempenho do sinal. Foram 370 km de distância. Eles utilizaram uma confi guração com três fontes de laser, sendo uma para o envio de dados e as duas outras, uma em cada extremidade, para energizar dois amplifi cadores ópticos ao longo do percurso. Até 2019, Brasil e Espanha pretendem conectar-se pelo cabo submarino de 9,2 mil qui- lômetros de extensão. Ele conectará os data centers de Madri e de São Paulo com uma taxa de transferência de 72 terabytes por segundo. Toda essa evolução na transmissão e sustentação de sinais permite que distâncias sejam vencidas. No entanto, além de vencer distâncias, o uso de fi bras ópticas já está pre- sente em diversas outras áreas. • As possibilidades de desenvolvimento tecnológico permitirão aperfeiçoar lasers, in- fravermelhos e equipamentos médicos. É a sociedade que se benefi cia do desenvol- vimento das fi bras ópticas. Você conhece outras aplicações delas? Em que áreas elas estão presentes? Et_EM_2_Cad7_Fis_c03_48a70.indd 48 7/18/18 11:36 AM 49 FÍ S IC A Í ndice de refração Para caracterizarmos os diferentes meios refringentes em relação à propagação da luz, precisamos da grandeza conhecida como índice de refração absoluto (n), que é um número adimensional (sem unidades) associado à dificuldade que a luz encon- tra para se propagar nesse meio. Matematicamente, o índice de refração absoluto n de um meio é a razão entre a velocidade da luz no vácuo c e a velocidade da luz v nesse meio. n = c v Com isso, quanto maior o índice de refração absoluto n de um meio, menor é a veloci- dade v de propagação da luz nesse meio. A tabela a seguir mostra os valores dos índices de refração absolutos de alguns meios. Meio Índice Água 1,33 Quartzo 1,54 Vidro comum 1,56 Diamante 2,41 Nota-se que o diamante é o mais refringente (maior índice de refração) e a água, o menos refringente (menor índice de refração). Em outras palavras, a luz propaga-se com velocidade maior na água do que no diamante. 1 O índice de refração absoluto de um meio também está relacionado à cor da radiação luminosa que se propaga através dele. Assim, um mesmo meio pode apresentar diferentes índices de refração absolutos para diferentes cores da luz. A tabela apresenta o índice de refração absoluto do vidro para diferentes cores da luzvisível. Luz visível Índice de refração (n) Vermelho 1,513 Amarelo 1,517 Verde 1,519 Violeta 1,532 A comparação de dois meios refringentes pode ser feita pelo índice de refração relativo, que é definido pelo quociente entre os índices de refração absolutos dos dois meios. Assim, o índice de refração de um meio 2 em relação a um meio 1 é dado por: n 2,1 = 2 1 n n A fr ic a S tu d io /S h u tt e rs to c k Defi nição Meio refringente : meio que permite a propagação da luz (transparente), tem as mesmas propriedades físicas em qualquer ponto (homogêneo) e a luz se propaga com a mesma velocidade em qualquer direção (isotrópico). Atenção 1 No vácuo, a luz não encontra difi culdade para se propagar e, portanto, é o meio que tem menor índice de refração absoluto: n vácuo = 1 Já no ar, a luz encontra pouquíssima difi culdade para se propagar e, para fi ns práticos, consideramos seu índice de refração aproximadamente igual ao do vácuo: n ar H 1 Et_EM_2_Cad7_Fis_c03_48a70.indd 49 7/18/18 11:36 AM 50 CAPÍTULO 3 Leis da refração Considere um raio de luz que sofre refração passando de um meio A para um meio B, como mostra a fi gura. O raio incidente RI e o raio refratado RR formam, respectivamente, ângulos i e r com a reta normal N. A descrição matemática da refração é regida por duas leis: Primeira lei da refração. O raio de luz incidente (RI), o raio de luz refratado (RR) e a reta normal (N) estão contidos num mesmo plano. N i r Segunda lei da refração (lei de Snell-Descartes). Sendo n i o índice de refração do meio que contém o raio incidente RI e n r o índice de refração do meio que contém o raio refra- tado RR, a razão entre os senos dos ângulos de incidência i e de refração r é igual à razão entre os índices de refração n r e n i . sen sen i r = n r, i = r i n n s n i ⋅ sen i = n r ⋅ sen r Com base na lei de Snell-Descartes, podemos notar que, quanto maior for o índice de refração de um meio, menor será o ângulo (i ou r) contido nesse meio, e vice-versa. Com isso, podemos verificar três situações possíveis para a refração da luz: 1. Incidência normal (i = r = 0°) n 1 n 1 ≠ n 2 N n 2 Para incidência normal (i = 0°), o raio luminoso não sofre desvio, apenas altera sua velocidade de propagação. 2. A luz passa de um meio de menor refringência para um meio com maior refringên- cia (n 1 < n 2 ). n 1 n 1 , n 2 n 2 N i r 3. A luz passa de um meio de maior refringência para um meio com menor refringên- cia (n 1 > n 2 ). n 1 n 1 . n 2 n 2 r N i S N r i RR RI I Meio A Meio B Et_EM_2_Cad7_Fis_c03_48a70.indd 50 7/18/18 11:36 AM 51 FÍ S IC A O fenômeno da refl exão total Quando a luz passa de um meio mais refringente para um meio menos refringente, ela sofre um desvio de forma a se afastar da reta normal (r > i). Entretanto, se o ângulo de incidência i for aumentado gradativamente, haverá um momento em que o raio refra- tado sairá praticamente rasante à superfície, ou seja, o ângulo de refração será pratica- mente r = 90°, como mostra a fi gura. n 1 n 2 i = 0° N n 1 n 1 . n 2 n 2 n 1 n 2 NN Quando o ângulo de refração for r = 90°, o ângulo de incidência será denominado de ângulo-limite (L) e seu valor dependerá dos índices de refração dos dois meios envolvidos. n 1 ⋅ sen i = n 2 ⋅ sen r s n 1 ⋅ sen L = n 2 ⋅ sen 90° s s sen L = n n ⋅ 12 1 s sen L = 2 1 n n O que acontece se o ângulo de incidência for aumentado até um ângulo maior que o ângulo-limite? Experimentalmente, verifi camos que não ocorre mais refração e o raio incidente é todo refl etido, retornando para o meio mais refringente, como ilustra a fi gura. Esse fenômeno é denominado de refl exão total. n 1 n 2 N n 1 . n 2 Aplicações da refl exão total As fi bras ópticas são constituídas de cabos, normalmente de vidro ou plástico trans- parente, que transportam ondas luminosas por refl exão total. Entre suas aplicações, des- tacamos as telecomunicações, a Medicina e a decoração de ambientes. A fi bra óptica é um cilindro de material transparente (núcleo) envolvido por outro material, também transpa- rente (casca), mas de menor índice de refração do que o núcleo. A luz propaga-se através do núcleo da fi bra graças às sucessivas refl exões totais que ela sofre quando incide na interface núcleo/casca, como mostra a fi gura. Casca Nœcleo Esquema de uma fi bra óptica. Os raios de luz sofrem refl exão total ao incidirem na interface entre o núcleo (mais refringente) e a casca (menos refringente). fo c a l p o in t/ S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad7_Fis_c03_48a70.indd 51 7/18/18 11:36 AM 52 CAPÍTULO 3 Os prismas de refl exão total são dispositivos que funcionam como se fossem espelhos, mas de melhor qualidade. Normalmente são usados em máquinas fotográfi cas, periscópios, binóculos e telescópios. Eles possuem uma forma prismática de material transparente mais refringente do que o ar com, normalmente, face triangular. No caso de um prisma de refl exão, a ideia é que os raios de luz penetrem nele e sofram refl exão total ao tentar es- capar novamente para o ar, como mostra a fi gura. Nesse caso, eles se comportam como espelhos pla- nos. A refl exão em um prisma é mais efi ciente do que nos espelhos metálicos comuns, pois há pouca absorção de luz na face onde ocorre a refl exão. Outro fenômeno relacionado à refração é a dispers‹o luminosa (formação do arco-í- ris). A luz solar (luz policromática), ao incidir em gotas de água suspensas na atmosfera ter- restre, sofre refração, penetrando na gota. Como o índice de refração varia entre as cores, elas sofrem desvios diferentes, ou seja, ocorre separação nas cores componentes da luz branca. Propagando-se no interior da gota, a luz sofre refl exão total na primeira tentativa de escapar para o ar, conseguindo fazê-lo apenas na segunda incidência. Após escaparem para o ar, as cores separadas dão origem ao arco-íris, como mostra a fi gura. 42o 40o Luz solar Gota de água ampliada BA Um prisma de refl exão funciona como um espelho, fornecendo a imagem refl etida de um conjunto de moedas. Os prismas são usados em binóculos para a refl exão da luz. G IP h o to S to ck /S C IE N C E S O U R C E /L a ti n s to ck S iw a s a n C h ie w p im o lp o rn /S h u tt e rs to ck F o u a d A . S a a d /S h u tt e rs to ck G IP h o to S to ck /P h o to R e s e a rc h e rs /L a ti n s to ck S iw a s a n C h ie w p im o lp o rn /S h u tt e rs to ck Os prismas de refl exão podem apresentar desvios de 90° (A) ou de 180° (B). São empregados, por exemplo, em binóculos e periscópios. Dispersão luminosa da luz branca solar em uma gota de água na atmosfera. A luz solar, após uma refração, uma refl exão total e uma segunda refração, separa-se em suas cores constituintes. Et_EM_2_Cad7_Fis_c03_48a70.indd 52 7/18/18 11:36 AM 53 FÍ S IC A Desenvolva H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da Termodinâmica e (ou) do Eletromagnetismo. Diariamente, do nascer ao pôr do sol, observamos um verdadeiro espetáculo, em que tons e cores se misturam desde o azul límpido das manhãs ao vermelho alaranjado dos fi ns de tarde, passando pelo arco-íris e pelos relâmpagos. O palco desse show é a atmosfera, com seus gases e partículas distribuídos em estratos à medida que cresce a altitude. Em cada estrato, concentrações diferentes de partículas em suspensão fazem com que a luz, ao atravessá-las, passe a inte- ragir com elas. O resultado dessas interações retrata a predominância da cor azul. A luz proveniente do Sol, ao penetrar na atmosfera, encontra moléculas de gás, como o oxigênio e o nitrogênio, e começa a ser espalhada em todas as direções. Descoberto pelo físico John Rayleigh, noséculo XIX, esse espalhamento explica por que o céu é azul na maior parte do dia e também mais avermelhado ao entardecer. . Após uma rápida pesquisa, explique como esse espalhamento contribui para que, ao longo do dia, observemos predomi- nantemente a cor azul no céu e, nos fi ns de tarde, tons mais avermelhados. Para isso, solicite ao professor que permita o uso de dispositivos móveis conectados à internet. b o g d a n i o n e s c u /S h u tt e rs to ck O arco-íris é visto por uma pessoa de costas para o Sol e que olha para um conjunto de gotas de água em suspensão na atmosfera. E v g e n y S H C H /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad7_Fis_c03_48a70.indd 53 7/18/18 11:36 AM 54 CAPÍTULO 3 Atividades 1. (EEAR-SP) A tirinha abaixo utiliza um fenômeno físico para a construção da piada. Que fenômeno é esse? a) Refl exão b) Refração c) Difração d) Propagação retilínea da luz 2. Uma luz monocromática propaga-se, no vidro, com ve- locidade de 200 000 km/s e, na água, com velocidade de 225 000 km/s. Calcule o índice de refração do vidro em relação à água; 3. (UFRGS-RS) Um feixe de luz monocromática atravessa a inter- face entre dois meios transparentes com índices de refração n 1 e n 2 , respectivamente, conforme representa a fi gura abaixo. Com base na fi gura, é correto afi rmar que, ao passar do meio com n 1 para o meio com n 2 , a velocidade, a frequên- cia e o comprimento de onda da onda, respectivamente: a) permanece, aumenta e diminui. b) permanece, diminui e aumenta. c) aumenta, permanece e aumenta. d) diminui, permanece e diminui. e) diminui, diminui e permanece. 4. (UPM-SP) Um raio luminoso monocromático, ao passar do ar (índice de refração = 1,0) para a água, reduz sua velocidade de 25%. O índice de refração absoluto da água para esse raio luminoso é de aproximadamente: a) 1,2 b) 1,3 c) 1,4 d) 1,5 e) 1,6 5. +Enem [H17] Um raio de luz propagando-se em um meio A passa para um meio B, conforme a fi gura. Meio A Meio B 60o 30o Sobre o comportamento do raio, assinale a alternativa correta. a) O índice de refração relativo do meio A em relação ao meio B é 3 3 . b) O meio A é menos refringente que o meio B. c) O índice de refração relativo do meio B em relação ao meio A é 3 3 . d) A velocidade da luz no meio B é menor que a velocida- de da luz no meio A. e) Um desses dois meios é o vácuo. R e p ro d u ç ã o / E E A R -S P, 2 0 1 6 . R e p ro d u ç ã o / U F R G S , 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad7_Fis_c03_48a70.indd 54 7/18/18 11:36 AM 55 FÍ S IC A 6. (Vunesp) Um mergulhador, como o da fi gura, tem o alcan- ce angular de sua visão alterado devido à diferença dos índices de refração da água e do ar dentro da máscara. Meio 2, água θ φ Meio 1, ar Considerando o índice de refração do ar dentro da más- cara de mergulho n 1 = 1 e o índice da água n 2 = 1,3, de- termine, em graus, o ângulo de visão aparente ϕ para um dado ângulo de visão real θ = 90°. Adote sen 45° = 0,7, sen 30° = 0,5 e sen 60° = 0,9. 7. (PUC-RS) Em Física, os modelos utilizados na descrição dos fenômenos da refração e da refl exão servem para expli- car o funcionamento de alguns instrumentos ópticos, tais como telescópios e microscópios. Quando um feixe monocromático de luz refrata ao passar do ar (n ar = 1,00) para o interior de uma lâmina de vidro (n vidro = 1,52) observa-se que a rapidez de propagação do feixe e que a sua frequência . Parte dessa luz é refl etida nesse processo. A rapidez da luz refl etida será que a da luz incidente na lâmina de vidro. a) não muda – diminui – a mesma b) diminui – aumenta – menor do c) diminui – não muda – a mesma d) aumenta – não muda – maior do e) aumenta – diminui – menor do 8. (Fuvest-SP) Uma moeda está no centro do fundo de uma caixa-d’água cilíndrica de 0,87 m de altura e base circular com 1,0 m de diâmetro, totalmente preenchida com água, como esquematizado na fi gura. Se um feixe de luz laser incidir em uma direção que passa pela borda da caixa, fazendo um ângulo θ com a vertical, ele só poderá iluminar a moeda se: Note e adote: Índice de refração da água: 1,4 n 1 sen (θ 1 ) = n 2 sen (θ 2 ) sen (20°) = cos (70°) = 0,35 sen (30°) = cos (60°) = 0,50 sen (45°) = cos (45°) = 0,70 sen (60°) = cos (30°) = 0,87 sen (70°) = cos (20°) = 0,94 a) θ = 20° b) θ = 30° c) θ = 45° d) θ = 60° e) θ = 70° R e p ro d u ç ã o / F u v e s t- S P, Et_EM_2_Cad7_Fis_c03_48a70.indd 55 7/18/18 11:37 AM 56 CAPÍTULO 3 9. (UPM-SP) Considere dois meios refringentes A e B, separados por uma superfície plana, como mostra a fi gura acima. Uma luz monocromática propaga-se no meio A com velo- cidade v A e refrata-se para o meio B, propagando-se com velocidade v B . Sendo o índice de refração absoluto no meio A, n A e do meio B, n B e β . α, pode-se afi rmar que: a) n A . n B e v A . v B b) n A . n B e v A , v B c) n A , n B e v A , v B d) n A , n B e v A . v B e) n A = n B e v A = v B 10. (Uerj) Um raio luminoso monocromático, inicialmente deslocando-se no vácuo, incide de modo perpendicular à superfície de um meio transparente, ou seja, com ângulo de incidência igual a 0°. Após incidir sobre essa superfície, sua velocidade é reduzida a 5 6 do valor no vácuo. Utilizando a relação sen sen 1 2 θ θ = 1 2 θ θ para ângulos menores que 10°, estime o ângulo de refringência quando o raio atinge o meio transparente com um ângulo de incidência igual a 3°. 11. (Vunesp) A fi gura mostra um raio de luz monocromática propagando-se no ar e atingindo o ponto A da superfície de um paralelepípedo retângulo feito de vidro transparen- te. A linha pontilhada, normal à superfície no ponto de incidência do raio luminoso, e os três raios representados estão situados em um mesmo plano paralelo a uma das faces do bloco. Ar 75° 40° 75° A B Vidro a) De acordo com a fi gura, que fenômenos estão ocor- rendo no ponto A? b) O ângulo-limite para um raio da luz considerado, quando se propaga desse vidro para o ar, é 42°. Mos- tre o que acontecerá com o raio no interior do vidro ao atingir o ponto B. 12. (Escola Naval-SP) O comprimento de onda da luz amarela de sódio é 0,589 µm. Considere um feixe de luz amarela de sódio se propagando no ar e incidindo sobre uma pedra de diamante, cujo índice de refração é igual a 2,4. Quais são o comprimento de onda, em angstroms, e a frequência, em quilo-hertz, da luz amarela de sódio no interior do diamante? Dados: c = 3 ⋅ 108 m/s; 1 angstrom = 10–10 m a) 2 454 e 5,1 ⋅ 1011 b) 2 454 e 5,1 ⋅ 1014 c) 5 890 e 2,1 ⋅ 1011 d) 5 890 e 2,1 ⋅ 1014 e) 14 140 e 5,1 ⋅ 1014 Complementares Tarefa proposta 1 a 16 Imagem aparente em um dioptro plano Pode-se defi nir um dioptro plano como dois meios refringentes separados por uma superfície plana. Um bom exemplo é a superfície da água de uma piscina sem ondulações. Iremos estudar agora o motivo pelo qual o fundo do recipiente contendo determinado líquido transparente aparenta estar mais próximo do que realmente está. Considere um pescador observando um peixe nadando no interior de um lago de águas calmas transparentes. De fato, o que ele vê é uma “imagem” do peixe, em uma posição acima da posição real onde este se encontra. Isso ocorre por causa da refração, ou seja, quando a luz passa da água para o ar, ela sofre um desvio, afastando-se da reta normal à superfície, conforme mostra a fi gura. i x r di doImagem Objeto O observador vê a imagem no prolongamento dos raios refratados, ou seja, mais próxima da superfície (d i ), em comparação à posição em que o objeto realmente está (d O ). R e p ro d u ç ã o / U M P -S P Et_EM_2_Cad7_Fis_c03_48a70.indd 56 7/18/18 11:37 AM 57 FÍ S IC A Analogamente, se você estiver mergulhando e olhar para um objeto fora da água, você verá a imagem do objeto acima de sua posição real.Nesse caso, a luz proveniente do objeto deve sofrer refração do ar para a água, aproximando-se da reta normal à superfície, como ilustra a fi gura. r O raio luminoso que incide perpendicularmente à superfície da água vai atravessá-la sem sofrer desvio, enquanto o raio inclinado vai se aproximar da reta normal por estar passando de um meio menos refringente para outro mais refringente. O mergulhador vê a imagem no prolongamento dos raios refratados, ou seja, mais afastada da superfície (di) em relação à posição em que o objeto realmente está (do). i Imagem Objeto di do No entanto, nos dois casos, pode-se mostrar que a relação entre as distâncias d o e d i do obje- to e da imagem, respectivamente, até a superfície do dioptro dependem dos índices de refração do meio onde se encontra o objeto n objeto e do meio onde se encontra o observador n observador . i o d d = observador objeto n n Na figura: • d é o deslocamento lateral sofrido pelo raio luminoso; • e é a espessura da lâmina; • x é a distância percorrida pelo raio luminoso no interior da lâmina. i r N1 n1 n2 N2 r ' i ' d x i – r e Lâmina de faces paralelas Pela lei de Snell-Descartes, pode-se determinar o ângulo de refração r na primeira face. Entretanto, como as faces são paralelas, o raio incidirá na segunda face da lâmina com um ângulo r' = r. Sendo assim, pelo princípio da reversibilidade, o raio emergirá da segunda face com um ângulo de refração i' = i. Com base nisso, concluímos que o raio que emerge da segunda face é paralelo ao raio incidente na primeira face. Assim, o raio luminoso emer- gente não sofre desvio angular em relação ao raio incidente, mas sofre um deslocamento lateral (d). Pode-se mostrar que esse deslocamento é dado por: d = n( – ) cos e isee in(e i– )r– ) r e i⋅e i G IP h o to S to c k /S C IE N C E S O U R C E /L a ti n s to c k Feixe de luz paralelo atravessando uma lâmina de vidro. A direção do feixe de luz incidente sofre um deslocamento lateral ao atravessar o bloco de vidro. Et_EM_2_Cad7_Fis_c03_48a70.indd 57 7/18/18 11:37 AM 58 CAPÍTULO 3 Prismas Considere um prisma triangular de vidro imerso no ar, como mostra a fi gura. Pela lei de Snell-Descartes e com um pouco de geometria, podemos descrever o trajeto de um raio de luz ao atravessar esse prisma. Para isso, considere uma secção transversal do prisma e um raio de luz incidindo em uma de suas faces, como mostra a fi gura. n 1 N 1 N 2 d 2 d 1 A D i i ' r r ' n 2 Na fi gura: • A: ângulo de abertura do prisma; • n 2 : índice de refração do prisma; • n 1 : índice de refração do meio que envolve o prisma; • i: ângulo de incidência na primeira face; • r: ângulo de refração na primeira face; • r': ângulo de incidência na segunda face; • i': ângulo de refração na segunda face; • d 1 : desvio da trajetória da luz na primeira face; • d 2 : desvio da trajetória da luz na segunda face; • D: desvio total do raio de luz. Com base na lei de Snell-Descartes, é possível relacionar os ângulos de incidência e refração nas duas faces do prisma. Refração da luz na primeira face: n 1 ⋅ sen i = n 2 ⋅ sen r Refração da luz na segunda face: n 2 ⋅ sen r' = n 1 ⋅ sen i' Com base na geometria do prisma, também é possível relacionar os ângulos r e r' com o ângulo de abertura A. A = r + r' Enfi m, é possível mostrar que o desvio total sofrido pelo raio de luz é dado por D = i + i' – A O desvio mínimo é: ∆ = 2i – A Et_EM_2_Cad7_Fis_c03_48a70.indd 58 7/18/18 11:37 AM 59 FÍ SI CA Contextualize A Navios fantasma e Fata Morgana A miragem é mais um dos fenômenos ópticos que ocorrem na natureza e sempre nos causa admiração, além de provocar in- dagações. Quanto mais difíceis de observar, mais intrigantes elas são. Para explicarmos esse fenômeno, precisamos dos conceitos de uma das áreas mais interessantes da Física, a Óptica, mais especifi camente sobre a refração da luz. A luz sofre desvios ao passar de um meio para outro, e esses desvios estão relacionados com a refringência do meio, ou seja, com o índice de refração. Podemos ter ainda, num mesmo meio, como o ar, camadas mais aquecidas, por exemplo, próximas da superfície do asfalto, e menos aquecidas à medida que nos afastamos dele. Isso faz com que a densidade do ar seja diferente, nas diferentes camadas, provocando também variação no índice de refração. Quanto mais quente o ar, menor a sua densidade e, consequentemente, menor seu índice de refração. Teremos uma miragem quando a luz passar de uma região em que o ar está muito quente, por exemplo, próximo à superfície de uma estrada asfaltada sob sol intenso, para uma região adjacente em que o ar está mais frio. Ao observarmos essa região próxima do asfalto, teremos a impressão de que a pista está molhada. Se houver um objeto sobre a estrada, um carro, por exemplo, parte da luz emitida por ele incindirá diretamente em nossos olhos e outra parte será desviada sucessivamente e depois chegará até nós. Dessa forma, enxergaremos o carro e a sua imagem formada sobre a estrada, como em um espelho. A esse tipo de situação dá-se o nome de miragem inferior, ou seja, formada abaixo da linha do horizonte. Também existe a possibilidade de uma situação inversa. Nas miragens superiores, a imagem forma-se acima da linha do horizonte. Nesse caso, a camada de ar frio localiza-se sob a camada de ar quente e é comum em regiões contendo gelo, neve ou águas geladas. Assim, temos a impressão de que o objeto está fl utuando no ar ou é mais alto que o real. Miragens na linha do horizonte dos chamados “navios fantasma”. No passado, as miragens deram origem a várias lendas, como os “navios fantasma” e a “Fata Morgana”. O efeito Fata Morgana faz referência a uma feiticeira fi ctícia, meia-irmã do rei Arthur. Segundo a lenda, ela conseguia mudar de aparência. Imagens de ilhas, falésias, barcos ou icebergs adquirem uma aparência mais ampla e elevada, semelhantes à dos “cas- telos de contos de fadas”. Segundo pesquisadores da Universidade de San Diego, o fenômeno Fata Morgana pode ter sido a causa do naufrágio do Titanic. Busque mais informações sobre o caso e explique como isso seria possível. C ir c u m n a v ig a ti o n /S h u tt e rs to ck A s m u s K o e fo e d /S h u tt e rs to ck Et_EM_2_Cad7_Fis_c03_48a70.indd 59 7/18/18 11:37 AM 60 CAPÍTULO 3 Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Importante observar a maneira como o feixe de laser incide na primeira face do prisma e também como emergiu dele. Verifi que que o ângulo com que o feixe de laser emerge do prisma é medido em relação à face do prisma. Identifi que com cuidado os ângulos fornecidos no esquema do enunciado. Eles serão importantes quando mensurar os desvios ocorridos no feixe de laser. Para determinar o índice de refração de um prisma transparente, um pesquisador incidiu um feixe de luz laser perpendicularmente sobre uma das faces do prisma e observou que a luz emergiu da face oposta, formando um ângulo de 30° com sua superfície, como mostra a fi gura. Fazendo os cálculos corretamente, o pesquisador concluiu que o índice de refração do prisma é mais próximo de: 30o 30o Luz Prisma ArAr a) 1,1 b) 1,4 c) 1,7 d) 2,0 e) 2,3 Resolução Resposta: C Pela fi gura, pode-se concluir que o raio de luz incide na segunda face sob um ângulo de incidência i = 30° e emerge com um ângulo de refração r = 60°. 30o 30o 60o i = 30o r = 60o Luz Prisma ArAr Pela lei de Snell-Descartes, temos: n p = sen 30° = n ar ⋅ sen 60° s n p ⋅ 1 2 = 1 ⋅ 3 2 s n p = 3 H 1,7 Atividades 13. (UFMT) Ao se pescar com arco e fl echa, de pé, em uma canoa, é necessário mirar para uma posição diferente daquela em que o peixe parece estar. Marque a afi rmativa que apresenta a explicação correta sobre essa situação. a) É necessário mirar para uma posição mais distante da canoado que a que o peixe parece estar, pois o raio de luz que parte dos nossos olhos aproxima-se da normal quando refl ete na superfície da água. b) A canoa atrai o raio de luz de modo que o peixe parece estar mais próximo dela do que realmente está. c) É necessário mirar para uma posição mais próxima da canoa do que a que o peixe parece estar, pois o raio de luz que irá formar a imagem parte do peixe e muda de direção quando atravessa a superfície da água e entra no ar. d) A interação da canoa com o raio de luz que parte do peixe faz com que este pareça mais distante da canoa do que realmente está. e) O movimento da fl echa ao entrar na água afasta o peixe da posição de visada. Et_EM_2_Cad7_Fis_c03_48a70.indd 60 7/18/18 11:37 AM 61 FÍ S IC A 14. (IFPE) Quando olhamos uma piscina, estando em pé e do lado de fora da mesma, sempre temos a impressão de que ela tem uma profundidade diferente da que percebemos quando nela mergulhamos. Isso se deve ao fato de que o ar atmosférico e a água têm índices de refração absolutos diferentes. Se a profundidade real de uma piscina é 2,0 m e os índices de refração absolutos do ar atmosférico e da água da piscina valem 1,0 e 1,3, respectivamente, é correto dizer que um observador em pé, fora da piscina, verá que a sua profundidade será, aproximadamente, em metros: a) 1,5 b) 1,2 c) 2,4 d) 2,6 e) 1,0 15. (Unifal-MG) Uma pessoa encontra-se deitada em um tram- polim, situado três metros de altura, olhando para a piscina cheia, cuja profundidade é de 2,5 m. Nessas circunstâncias, a profundidade aparente da piscina será: a) exatamente 2,5 m. b) um valor compreendido entre 2,5 e 3 m. c) um valor maior que 3 m. d) um valor menor que 2,5 m. e) exatamente 3 m. 16. (EsPCEx-SP) Uma fonte luminosa está fi xada no fundo de uma piscina de profundidade igual a 1,33 m. Uma pessoa na borda da piscina observa um feixe lumi- noso monocromático, emitido pela fonte, que forma um pequeno ângulo α com a normal da superfície da água, e que, depois de refratado, forma um pequeno ângulo β com a normal da superfície da água, conforme o desenho. A profundidade aparente “h” da fonte luminosa vista pela pessoa é de: Dados: sendo os ângulos α e β pequenos, considere tg α H sen α e tg β H sen β. índice de refração da água: n água = 1,33 índice de refração do ar: n ar = 1 a) 0,80 m b) 1,00 m c) 1,10 m d) 1,20 m e) 1,33 m 17. +Enem [H17] Um raio luminoso incide, formando um ângulo de 60°, numa lâmina de faces paralelas de índice de refração 3. Determine o desvio lateral sofrido pelo raio ao atravessar a lâmina. (Dado: espessura da lâmina = 4 cm) a) 4 3 3 cm b) 5 3 3 cm c) 2 3 3 cm d) 7 3 3 cm e) 10 3 3 cm 18. (Fuvest-SP) Um jovem pesca em uma lagoa de água transpa- rente, usando, para isto, uma lança. Ao enxergar um peixe, ele atira sua lança na direção em que o observa. O jovem está fora da água e o peixe está 1 m abaixo da superfície. A lança atinge a água a uma distância x = 90 cm da direção vertical em que o peixe se encontra, como ilustra a fi gura abaixo da tabela. Note e adote: índice de refração do ar = 1; índice de re- fração da água = 1,3; lei de Snell: v v 1 2 = sen sen 1 2 θ θ R e p ro d u ç ã o / E s P C E x- S P, 2 0 1 4 . Et_EM_2_Cad7_Fis_c03_48a70.indd 61 7/18/18 11:37 AM 62 CAPÍTULO 3 Ângulo θ sen θ tg θ 30° 0,50 0,58 40° 0,64 0,84 42° 0,67 0,90 53° 0,80 1,33 60° 0,87 1,73 x = 0,9 m y α β 1 m Água Ar Lança Peixe Para essas condições, determine: a) o ângulo α, de incidência na superfície da água, da luz refl etida pelo peixe; b) o ângulo β que a lança faz com a superfície da água; c) a distância y, da superfície da água, em que o jovem enxerga o peixe. 19. (Uneb-BA) A fi gura representa um esquema simplifi cado de um equipamento de espectroscopia de infravermelho. Com base nos conhecimentos de óptica geométrica, ana- lise as afi rmativas e marque V para as verdadeiras e F, para as falsas. ( ) Os dois espelhos associados em forma de um V for- mam entre si um ângulo de 45°. ( ) As propriedades físicas da luz do ponto de vista da óptica geométrica envolvidas no processo de espec- troscopia são refl exão e refração. ( ) Os feixes de radiação infravermelha que incidem so- bre as superfícies dos espelhos sofrem refl exão total. ( ) Um dos espelhos de um canto pode ser substituído por um prisma óptico, de ângulo de abertura de 90° e de índice de refração 2, com a base do prisma, opos- ta ao ângulo de abertura, colocada sobre o espelho. A alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a: a) V – F – F – V b) V – F – V – F c) F – V – F – V d) V – V – F – F e) F – V – V – F 20. (Unicamp-SP) Um tipo de sinalização usado em estradas e avenidas é o chamado olho de gato, o qual consiste na justaposição de vários prismas “retos” feitos de plástico, que refl etem a luz incidente dos faróis dos automóveis. GO B C A a) Reproduza o prisma ABC indicado na fi gura e desenhe a trajetória de um raio de luz que incide perpendicu- larmente sobre a face OG e sofre refl exões totais nas superfícies AC e BC. b) Determine o mínimo valor do índice de refração do plástico, acima do qual o prisma funciona como um refl etor perfeito (toda a luz que incide perpendicular- mente à superfície OG é refl etida. Considere o prisma no ar, onde o índice de refração vale 1,0. R e p ro d u ç ã o / U n e b -B A , 2 0 1 4 Et_EM_2_Cad7_Fis_c03_48a70.indd 62 7/18/18 11:37 AM 63 FÍ SI CA 21. (UPM-SP) Certa piscina contém água, de índice de refração absoluto igual a 4 3 e sua base se encontra 3,00 m abaixo da superfície livre. Quando uma pessoa, na beira da piscina, olha perpendicu- larmente para seu fundo (base), terá a impressão de vê-lo: Dado: Índice de refração absoluto do ar n = 1 a) 2,25 m mais próximo, em relação à profundidade real. b) 1,33 m mais próximo, em relação à profundidade real. c) 0,75 m mais próximo, em relação à profundidade real. d) 1,33 m mais distante, em relação à profundidade real. e) 0,75 m mais distante, em relação à profundidade real. 22. (UFRJ) Temos difi culdade em enxergar com nitidez debaixo da água porque os índices de refração da córnea e das demais estruturas do olho são muito próximos do índice de refração da água n 4 3água . Por isso, usamos máscaras de mergulho, o que interpõe uma pequena camada de ar (n ar = 1) entre a água e o olho. Um peixe está a uma distância de 2,0 m de um mergulhador na direção da máscara. Suponha o vidro da máscara plano e de espessura desprezível. Calcule a que distância o mergulhador vê a imagem do peixe. Lembre-se de que para ângulos pequenos sen α H tg α. 23. A fi gura mostra um raio luminoso no ar (n ar = 1), incidindo num prisma de vidro de índice de refração absoluto 2. Construa o trajeto seguido por este raio luminoso e justi- fi que seu desenho. 90° 45° 24. (Fuvest-SP) Um tanque de paredes opacas, base quadrada e altura h = 7 m, contém um líquido até a altura y = 4 m. O tanque é iluminado obliquamente como mostra a fi gura a seguir. Observa-se uma sombra de comprimento a = 4 m na superfície do líquido e uma sombra de comprimento b = 7 m no fundo do tanque. a = 4 m y = 4 m b = 7 m h = 7 m α a) Calcule o seno do ângulo de incidência α (medido em relação à normal à superfície do líquido). b) Supondo que o índice de refração do ar seja igual a 1, calcule o índice de refração do líquido. Complementares Tarefa proposta 16 a 32 Tarefa proposta 1. +Enem [H17] No hemisfério sul, o solstício de verão (momento em que os raios solares incidem verticalmente sobre quem se encontra sobre o trópico de Capricórnio) ocorre no dia 21 ou 23 de dezembro. Nessa data, o dia tem o maior período de presença de luz solar. A fi gura mostra as trajetórias da luz solar nas proximidades do planeta Terra quando ocorreo fenômeno óptico que possibilita que o Sol seja visto por mais tempo pelo observador. Qual é o fenômeno óptico mostrado na fi gura? a) A refração da luz solar ao atravessar camadas de ar com diferentes densidades. b) A polarização da luz solar ao incidir sobre a superfície dos oceanos. c) A refl exão da luz solar nas camadas mais altas da ionosfera. d) A difração da luz solar ao contornar a superfície da Terra. e) O espalhamento da luz solar ao atravessar a atmosfera. R e p ro d u ç ã o / U M P -S P. R e p ro d u ç ã o / E n e m , 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad7_Fis_c03_48a70.indd 63 7/18/18 11:37 AM 64 CAPÍTULO 3 2. (PUC-RJ) Um feixe luminoso proveniente de um laser se propaga no ar e incide sobre a superfície horizontal da água fazendo um ângulo de 45° com a vertical. O ângulo que o feixe refratado forma com a vertical é: Dados: Índice de refração do ar: 1,0 Índice de refração da água: 1,5 sen 30° = 1 2 sen 45° = 2 2 sen 60° = 3 2 a) menor que 30° b) maior que 30° e menor que 45° c) igual a 45° d) maior que 45° e menor que 60° e) maior que 60° 3. (Unicamp-SP) Uma lente de Fresnel é composta por um conjunto de anéis concêntricos com uma das faces plana e a outra inclinada, como mostra a fi gura (a). Essas lentes, geralmente mais fi nas que as convencionais, são usadas principalmente para concentrar um feixe luminoso em determinado ponto, ou para colimar a luz de uma fonte luminosa, produzindo um feixe paralelo, como ilustra a fi gura (b). Exemplos desta última aplicação são os faróis de automóveis e os faróis costeiros. O diagrama da fi gura (c) mostra um raio luminoso que passa por um dos anéis de uma lente de Fresnel de acrílico e sai paralelamente ao seu eixo. Se sen (θ 1 ) = 0,5 e sen (θ 2 ) = 0,75, o valor do índice de refração do acrílico é de: a) 1,50 b) 1,41 c) 1,25 d) 0,66 4. (Uespi) Um feixe de luz monocromática incide na interface plana separando dois meios. Os ângulos de incidência e de refração com a direção normal ao plano da interface são representados, respectivamente, por θ i e θ r . Denotam-se por v i , f i , λ i e n i e por v r , f r , λ r e n r a velocidade de propaga- ção do feixe, a sua frequência, o seu comprimento de onda e o índice de refração nos meios de incidência e de refração, respectivamente. Entre as alternativas a seguir, assinale a única que não corresponde à lei da refração de Snell. a) n i ⋅ sen (θ i ) = n r ⋅ sen (θ r ) b) v r ⋅ sen (θ i ) = v i ⋅ sen (θ r ) c) f i ⋅ sen (θ i ) = f r ⋅ sen (θ r ) d) λ r ⋅ sen (θ i ) = λ i ⋅ sen (θ r ) e) 1 v1 sen (θ i ) = 1 vr ⋅ sen (θ r ) 5. +Enem [H17] Num dado líquido A, a luz propaga-se com velocidade de 250 000 km/s. Já numa peça de acrílico trans- parente, a velocidade da luz é de 200 000 km/s. Sabendo-se que a velocidade da luz no vácuo é de 300 000 km/s, pode-se concluir que: a) o líquido A é mais refringente do que o acrílico. b) o índice de refração absoluto do líquido A é n A = 1,5. c) o índice de refração absoluto do acrílico é n acr. = 0,6. d) o índice de refração relativo do acrílico em relação ao líquido A vale 5 4 . e) o índice de refração relativo do líquido A em relação ao acrílico vale 5 4 . 6. (Vunesp) Uma haste luminosa de 2,5 m de comprimento está presa verticalmente a uma boia opaca circular de 2,26 m de raio, que fl utua nas águas paradas e transparentes de uma piscina, como mostra a fi gura. Devido à presença da boia e ao fenômeno da refl exão total da luz, apenas uma parte da haste pode ser vista por observadores que estejam fora da água. 2,5 m Água Haste luminosa Haste luminosa 2,26 m Boia Ar Considere que o índice de refração do ar seja 1,0, o da água da piscina 4 3 , sen 48,6° = 0,75 e tg 48,6° = 1,13. Um observador que esteja fora da água poderá ver, no má- ximo, uma porcentagem do comprimento da haste igual a: a) 70% b) 60% c) 50% d) 20% e) 40% R e p ro d u ç ã o / U n ic a m p -S P, 2 0 1 8 . Et_EM_2_Cad7_Fis_c03_48a70.indd 64 7/18/18 11:37 AM 65 FÍ S IC A 7. (Uece) Uma escova de dentes tem seu cabo feito de plás- tico azul, no qual estão presas cerdas de nylon incolor. As pontas das cerdas parecem azuis quando a escova é iluminada com a luz do dia. O fenômeno ótico responsável principal por essa coloração azul nas pontas das cerdas é denominado: a) interferência construtiva. b) refl exão total. c) difração. d) interferência destrutiva. 8. (UFU-MG) Um famoso truque de mágica é aquele em que um ilusionista caminha sobre a água de uma piscina, por exemplo, sem afundar. O segredo desse truque é haver, sob a superfície da água da piscina, um suporte feito de acrílico transparente, sobre o qual o mágico se apoia, e que é de difícil detecção pelo público. Nessa situação, o acrílico é quase transparente porque: a) seu índice de refração é muito próximo ao da água da piscina. b) o ângulo da luz incidente sobre ele é igual ao ângulo de refl exão. c) absorve toda a luz do meio externo que nele é incidida. d) refrata toda a luz que vem do fundo da piscina. 9. (Uerj) O apresentador anuncia o número do ilusionista que, totalmente amarrado e imerso em um tanque transpa- rente, cheio de água, escapará de modo surpreendente. Durante esse número, o ilusionista vê, em certo instante, um dos holofotes do circo, que lhe parece estar a 53° acima da horizontal. Sabendo que o índice de refração da água é 4 3 , determine o ângulo real que o holofote faz com a horizontal. Dados: Ângulo θ sen θ tg θ 23° 0,39 0,42 37° 0,60 0,75 42° 0,67 0,90 53° 0,80 1,33 53¼ 10. (Ufscar-SP) Garrafas PET transparentes e incolores cheias com um líquido desconhecido são mantidas atravessadas em telhas onduladas, reduzindo a necessidade de ilumina- ção artifi cial de ambientes durante o dia. Em determinado momento do dia, verifi ca-se que raios de luz que penetram a garrafa por sua face cônica, próxima à parte cilíndrica, atravessando seu eixo de simetria, segundo um ângulo de 0° com a normal no ponto de incidência, saem da garrafa conforme indica a fi gura. Raio incidente 90° 90° TelhaTelha Raio desviado 150° Considerando sen 30° = cos 60° = 1 2 , cos 30° = sen 60° = 3 2 e o índice de refração do ar = 1, os acontecimentos descritos permitem que se determine o índice de refração do líquido no interior da garrafa, tendo o valor igual a: a) 0,5 b) 3 3 c) 1,5 d) 3 e) 2,0 11. (ITA-SP) Um tubo de fi bra óptica é basicamente um cilindro longo e transparente, de diâmetro d e índice de refração n. Se o tubo é curvado, parte dos raios de luz pode escapar e não se refl etir na superfície interna do tubo. Para que haja refl exão total de um feixe de luz inicialmente paralelo ao eixo do tubo, o menor raio de curvatura interno R (ver fi gura) deve ser igual a: a) nd b) d n c) d (n – 1) d) nd (n – 1) e) ( ) nd n – 1 12. (UPE) A Lei 13.290 modifi ca o Art.40 do Código de Trânsito Brasileiro e diz: “O condutor manterá acesos os faróis do veículo, utili- zando luz baixa durante a noite e durante o dia, nos túneis providos de iluminação pública e nas rodovias;”. (.) Aumenta mesmo a visibilidade? Sim. Mesmo de dia, a luz faz diferença; afi rma-se que, ao acender os faróis, a visibilidade do veículo aumenta em 60% (.) Em situações de Sol a pino, que criam “miragens” na pista (efeito de pis- ta molhada), é muito difícil distinguir se um veículo está vindo em sua direção ou indo na direção contrária. Et_EM_2_Cad7_Fis_c03_48a70.indd 65 7/18/18 11:37 AM 66 CAPÍTULO 3 (.) E isso aumenta a segurança? Sim. No Brasil, a maior causa de morte no trânsito são as colisões frontais. Embora sejam apenas 4,1% das ocorrências, causam 33,7% dos óbitos. Essas colisões acontecem, principalmente, em ten- tativas malsucedidas de ultrapassagem. Já com a luz ace- sa, o veículo podeser visto antes, prevenindo quem vem na direção oposta, evitando acidentes. Disponível em: <www.penaestrada.com.br/lei-do-farol-aceso-du- vidas/>. Acesso em: 14 jul. 2016. (Adaptado.) Acerca das informações do texto e dos conhecimentos básicos da óptica geométrica, é correto afi rmar que: a) a cor de um veículo não infl uencia na sua visibilidade por parte de outros motoristas. b) o fenômeno da “miragem” citado no texto pode ser explicado por efeitos decorrentes da refração e refl e- xão da luz. c) o tempo de reação de um motorista – intervalo de tempo entre visualizar um objeto e promover uma in- tervenção no veículo – diminui com o uso dos faróis nas estradas. d) um total de 4,1% das ocorrências de colisões acontece- ram porque os faróis dos veículos estavam apagados. e) o fenômeno da ressonância luminosa explica, de for- ma mais completa, a “miragem” observada por moto- ristas em uma estrada. 13. (Uespi) O arco-íris é um fenômeno óptico em que a luz do Sol é decomposta em seu espectro de cores (dispersão) pela interação com as gotas de chuva aproximadamente esféricas em suspensão na atmosfera. A fi gura a seguir mostra esquematicamente como isso ocorre no caso do arco-íris primário. Nela encontram-se ilustradas: Raio incidente Raio de luz após dispersão Gota de chuva 42° a) duas refrações e uma refl exão. b) duas refl exões e uma refração. c) duas refl exões e duas refrações. d) três refrações. e) três refl exões. 14. (Unicamp-SP) O efeito de imagem tridimensional no cinema e nos televisores 3D é obtido quando se expõe cada olho a uma mesma imagem em duas posições ligeiramente dife- rentes. Um modo de se conseguir imagens distintas em cada olho é através do uso de óculos com fi ltros polarizadores. a) Quando a luz é polarizada, as direções dos campos elé- tricos e magnéticos são bem defi nidas. A intensidade da luz polarizada que atravessa um fi ltro polarizador é dada por I = I 0 ⋅ cos 2 θ, em que I 0 é a intensidade da luz incidente e θ é o ângulo entre o campo elétrico E r e a direção de polarização do fi ltro. A intensidade luminosa, a uma distância d de uma fonte que emite luz polari- zada, é dada por I 0 = π P 4 d 0 2 em que P 0 é a potência da fonte. Sendo P 0 = 24 W, calcule a intensidade luminosa que atravessa um polarizador que se encontra a d = 2 m da fonte e para o qual θ = 60°. Adote π = 3. b) Uma maneira de polarizar a luz é por refl exão. Quan- do uma luz não polarizada incide na interface entre dois meios de índices de refração diferentes com o ângulo de incidência θ B , conhecido como ângulo de Brewster, a luz refl etida é polarizada, como mostra a fi gura a seguir. Nessas condições, θ B + θ r = 90°, em que θ r é o ângulo do raio refratado. Sendo n 1 = 1,0 o índice de refração do meio 1 e θ B = 60°, calcule o índice de refração do meio 2. Raio incidente não polarizado Meio 1 Meio 2 Raio refletido polarizado θ B θ B θ r 15. (Efomm-RJ) O aquário da fi gura abaixo apresenta bordas bem espessas de um material cujo índice de refração é igual a 3 Um observador curioso aponta uma lanterna de forma que seu feixe de luz forme um ângulo de incidência de 60º atra- vessando a borda do aquário e percorrendo a trajetória AB. Em seguida, o feixe de luz passa para a região que contém o líquido, sem sofrer desvio, seguindo a trajetória BC. Considere o índice de refração do ar igual a 1,0. O feixe de luz emergirá do líquido para o ar no ponto C? a) Sim, e o seno do ângulo refratado será 3 3 . b) Sim, e o seno do ângulo refratado será 3 2 . c) Não, e o seno do ângulo limite será 3 2 . d) Não, pois o seno do ângulo refratado é menor que o seno do ângulo limite. e) Não, pois o seno do ângulo refratado é maior que o seno do ângulo limite. R e p ro d u ç ã o / E F O M M -S P, 2 0 1 8 . Et_EM_2_Cad7_Fis_c03_48a70.indd 66 7/18/18 11:37 AM 67 FÍ S IC A 16. (UFPR) Um feixe de luz incide num espelho plano fazendo um ângulo θ 1 = 60° com a normal ao espelho, propagan- do-se pelo ar (meio 1). O feixe refl etido propaga-se no meio 1 e incide na interface entre o meio 1 e o meio 2, onde sofre refração. O feixe refratado sai com ângulo θ 2 com relação à normal à interface, conforme mostra a fi gura a seguir. As duas normais são perpendiculares entre si. Sabe-se que o índice de refração do ar vale n 1 = 1, que sen 30° = cos 60° = 1 2 , que sen 60° = cos 30° = 3 2 e que sen θ 2 = 1 5 e cos θ 2 = 2 6 5 . Além disso, a velocidade da luz no meio 1 é c = 3 ⋅ 108 m/s. Levando em consideração os dados apresentados, deter- mine o valor da velocidade da luz no meio 2. 17. (Unicamp-SP) Uma moeda encontra-se exatamente no centro do fundo de uma caneca. Despreze a espessura da moeda. Considere a altura da caneca igual a 4 diâmetros da moeda, d (M) , e o diâmetro da caneca igual a 3d (M) . a) Um observador está a uma distância de 9d (M) da borda da caneca. Em que altura mínima, acima do topo da caneca, o olho do observador deve estar para ver a moeda toda? b) Com a caneca cheia de água, qual a nova altura míni- ma do olho do observador para continuar a enxergar a moeda toda? (n (água) = 1,3) 18. (ITA-SP) Um hemisfério de vidro maciço de raio de 10 cm e índice de refração n = 3 2 tem sua face plana apoiada so- bre uma parede, como ilustra a fi gura. Um feixe colimado de luz de 1 cm de diâmetro incide sobre a face esférica, centrado na direção do eixo de simetria do hemisfério. 10 cm n 1 cm Valendo-se das aproximações de ângulos pequenos, sen θ H tg θ H θ, o diâmetro do círculo de luz que se forma sobre a superfície da parede é de: a) 1 cm b) 2 3 cm c) 1 2 cm d) 1 3 cm e) 1 10 cm 19. (IME-RJ) As fi bras ópticas funcionam pelo Princípio da Refl exão Total, que ocorre quando os raios de luz que seguem determinados percursos dentro da fi bra são totalmente refl etidos na interface núcleo-casca, permanecendo no interior do núcleo. Considerando apenas a incidência de raios meridionais e que os raios refratados para a casca são perdidos, e ainda, sabendo que os índices de refração do ar, do núcleo e da casca são dados, respectivamente, por n 0 , n 1 e n 2 (n 1 . n 2 . n 0 ), o ângulo máximo de inci- dência θ a , na interface ar-núcleo, para o qual ocorre a refl exão total no interior da fi bra é: Considerações: • raios meridionais são aqueles que passam pelo centro do núcleo; e • todas as opções abaixo correspondem a números reais. a) arc sen n – n n 2 2 0 2 1 b) arc sen n – n n 1 2 2 2 0 c) arc sen n – n n 1 2 2 2 0 d) arc sen n – n n 2 2 0 2 1 e) arc cos n – n n 1 2 2 2 0 20. (PUC-RJ) Um feixe luminoso incide sobre uma superfície pla- na, fazendo um ângulo de 60° com a normal à superfície. Sabendo que este feixe é refratado com um ângulo de 30° com a normal, podemos dizer que a razão entre a velocidade da luz incidente e a velocidade da luz refratada é: a) 3 b) 1 c) 3 d) 3 3 e) 3 2 R e p ro d u ç ã o / U F P R , 2 0 1 8 . R e p ro d u ç ã o / I M E -R J , 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad7_Fis_c03_48a70.indd 67 7/18/18 11:37 AM 68 CAPÍTULO 3 21. (Vunesp) Dentro de uma piscina, um tubo retilíneo lumines- cente, com 1 m de comprimento, pende, verticalmente, a partir do centro de uma boia circular opaca, de 20 cm de raio. A boia flutua, em equilíbrio, na superfície da água da piscina, como representa a figura. Sabendo que o índice de refração absoluto do ar é 1,00 e que o índice de refração absoluto da água da piscina é 1,25 a parte visível desse tubo, para as pessoas que esti- verem fora da piscina, terá comprimento máximo igual a: a) 45 cm b) 85 cm c) 15 cm d) 35 cm e) 65 cm 22. (UFMS) Um biólogo, na tentativa de obter o comprimentode um tubarão que está no interior de um grande aquá- rio de vidro, observa-o atentamente do lado externo. Em um dado instante, o tubarão permanece em repouso na posição horizontal, paralelo e a uma distância de 1 m de uma das paredes de vidro transparente do aquário. Nesse momento, o biólogo está a 2 m de distância dessa parede e em frente do ponto A que está na extremidade da barbatana caudal. O biólogo permanece nessa mesma posição e gira a cabeça de um ângulo de 30º para a es- querda, e a nova linha de visada coincide com o ponto B que está na cabeça do tubarão, veja a figura. Considere o índice de refração do ar e da água iguais a 1,0 e 1,33, respectivamente, e despreze a espessura e os efeitos de refração do vidro. Com fundamentos nos fenômenos da propagação da luz em meios diferentes, assinale a(s) pro- posição(ões) correta(s). (Dados: sen 22° = 0,37; cos 22° = 0,93; sen 30° = 0,50; cos 30° = 0,87) (01) A velocidade da luz vermelha é menor que a veloci- dade da luz violeta na água. (02) Se o tubarão for nadando lentamente para a esquer- da e na horizontal, devido ao fenômeno de reflexão total, a imagem da cabeça dele, vista pelo biólogo, desaparecerá primeiro que a imagem da cauda dele vista pelo biólogo. (04) O fenômeno de refração da luz não acontece em meio dispersivo. (08) O índice de refração na água, para a luz violeta, é maior que o índice de refração na água para a luz vermelha. (16) O comprimento real do tubarão é menor que 1,60 m. Dê a soma dos números dos itens corretos. 23. +Enem [H17] Alguns povos indígenas ainda preservam suas tradições realizando a pesca com lanças, demons- trando uma notável habilidade. Para fisgar um peixe em um lago com águas tranquilas, o índio deve mirar sob a posição em que enxerga o peixe. Ele deve proceder dessa forma porque os raios de luz: a) refletidos pelo peixe não descrevem uma trajetória re- tilínea no interior da água. b) emitidos pelos olhos do índio desviam sua trajetória quando passam do ar para a água. c) espalhados pelo peixe são refletidos pela superfície da água. d) emitidos pelos olhos do índio são espalhados pela su- perfície da água. e) refletidos pelo peixe desviam sua trajetória quando passam da água para o ar. Texto para a próxima questão: Utilize o enunciado e o gráfico a seguir para responder à(s) questão(ões) a seguir. Um feixe de luz branca incide em uma das faces de um prisma de vidro imerso no ar. Após atravessar o prisma, o feixe emergente exibe um conjunto de raios de luz de diversas cores. Na figura a seguir, estão representados apenas três raios correspondentes às cores azul, verde e vermelha. 24. (UFRGS-RS) A partir dessa configuração, os raios 1, 2 e 3 correspondem, respectivamente, às cores: a) vermelha, verde e azul. b) vermelha, azul e verde. c) verde, vermelha e azul. d) azul, verde e vermelha. e) azul, vermelha e verde. R e p ro d u ç ã o / V u n e s p , 2 0 1 7. R e p ro d u ç ã o / U F M S , 2 0 0 8 . R e p ro d u ç ã o / E n e m , 2 0 1 6 . Et_EM_2_Cad7_Fis_c03_48a70.indd 68 7/18/18 11:37 AM 69 FÍ S IC A 25. (Fuvest-SP) Um prisma triangular desvia um feixe de luz verde de um ângulo θ A , em relação à direção de inci- dência, como ilustra a fi gura A. Se uma placa plana, do mesmo material do prisma, for colocada entre a fonte de luz e o prisma, nas posições mostradas nas fi guras B e C, a luz, ao sair do prisma, será desviada, respectivamente, de ângulos θ B e θ C , em relação à direção de incidência pela seta. A θ A Luz verde B C Os desvios angulares serão tais que: a) θ A = θ B = θ C b) θ A . θ B . θ C c) θ A , θ B , θ C d) θ A = θ B . θ C e) θ A = θ B , θ 26. (Vunesp) Um dos fatores que contribuíram para a acei- tação do modelo atômico proposto por Niels Bohr em 1913 foi a explicação dos espectros da luz emitida por átomos de gases aquecidos, que podem ser observados por meio de um aparelho chamado espectroscópio, cujo esquema está representado na fi gura. Nesse equipamen- to, a luz emitida por um gás atravessa uma fenda em um anteparo opaco, forma um estreito feixe que incide em um elemento óptico, no qual sofre dispersão. Essa luz dispersada incide em um detector, onde é realizado o registro do espectro. (Bruce H. Mahan. Qu’mica, 1972. Adaptado.) O elemento óptico desse espectroscópio pode ser: a) um espelho convexo. b) um prisma. c) uma lente divergente. d) uma lente convergente. e) um espelho plano. 27. (FGV-RJ) Um feixe de luz composto pelas cores azul e ama- rela incide perpendicularmente a uma das faces de um prisma de vidro. A fi gura que melhor pode representar o fenômeno da luz atravessando o prisma é: Dados: Índice de refração da luz amarela no vidro do prisma = 1,515; Índice de refração da luz azul no vidro do prisma = 1,528; Índice de refração da luz de qualquer frequência no ar = 1. a) b) c) d) e) 28. (UFU-MG) Deseja-se determinar o índice de refração absoluto de um prisma de secção transversal triangular equilátera. Para tanto, faz-se incidir um raio luminoso mo- nocromático em uma das faces do prisma, de tal modo que a incidência corresponda à do desvio mínimo, no caso igual a 60°. Sabendo-se que o prisma se encontra em um meio onde o módulo da velocidade da luz é o mesmo que no vácuo, o índice de refração absoluto procurado é: a) 3 b) 3 2 c) 2 2 d) 3 2 e) 1 3 29. (Vunesp) Considere um raio de luz monocromático de comprimento de onda λ, que incide com ângulo θ i em uma das faces de um prisma de vidro que está imerso no ar, atravessando-o como indica a fi gura. Reta normal Reta normal Raio de luz Raio de luzPrisma θ i Sabendo que o índice de refração do vidro em relação ao ar diminui com o aumento do comprimento de onda do raio de luz que atravessa o prisma, assinale a alternativa que me- lhor representa a trajetória de outro raio de luz de compri- mento 1,5 λ, que incide sobre esse mesmo prisma de vidro. a) θ i d) θ i b) θ i e) θ i c) θ i R e p ro d u ç ã o / F G V -R J . R e p ro d u ç ã o / V u n e s p , 2 0 1 8 . Et_EM_2_Cad7_Fis_c03_48a70.indd 69 7/18/18 11:37 AM 70 CAPÍTULO 3 30. (Fuvest-SP) Em uma aula de laboratório de física, utilizando- -se o arranjo experimental esquematizado na fi gura, foi me- dido o índice de refração de um material sintético chamado poliestireno. Nessa experiência, radiação eletromagnética, proveniente de um gerador de micro-ondas, propaga-se no ar e incide perpendicularmente em um dos lados de um bloco de poliestireno, cuja seção reta é um triângulo retângulo, que tem um dos ângulos medindo 25° conforme a fi gura. Um detector de micro-ondas indica que a radiação eletromagnética sai do bloco propagando-se no ar em uma direção que forma um ângulo de 15° com a de incidência. A partir desse resultado, conclui-se que o índice de refra- ção do poliestireno em relação ao ar para essa micro-on- da é, aproximadamente: Note e adote: • índice de refração do ar: 1,0 • sen 15° H 0,3 • sen 25° H 0,4 • sen 40° H 0,6 a) 1,3 b) 1,5 c) 1,7 d) 2,0 e) 2,2 31. (Fuvest-SP) Luz proveniente de uma lâmpada de vapor de mercúrio incide perpendicularmente em uma das faces de um prisma de vidro de ângulos 30°, 60° e 90°, imerso no ar, como mostra a fi gura a seguir. A radiação atravessa o vidro e atinge um anteparo. Devido ao fenômeno de refração, o prisma separa as diferentes cores que compõem a luz da lâmpada de mercúrio e observam-se, no anteparo, linhas de cor violeta, azul, verde e amarela. Os valores do índice de refração n do vidro para as diferentes cores estão dados adiante. Lâmpada de mercúrio Prisma de vidro Anteparo Feixe de luz y 30o Note e adote θ (graus) sen θ Cor n vidro 60 0,866 violeta 1,532 50 0,766 azul 1,528 40 0,643 verde 1,519 30 0,500 amarelo 1,515 a) Calcule o desvio angular δ, em relação à direção de incidência, do raiode cor violeta que sai do prisma. b) Desenhe o raio de cor violeta que sai do prisma utili- zando a fi gura a seguir. Prisma de vidro Feixe de luz 30o – 80o –60o –50o –40o –30o –20o –10o 10o 20o 30o 40o 50o 60o 70o 80o 0o –70o c) Indique a correspondência entre as posições das linhas L 1 , L 2 , L 3 e L 4 e as cores do espectro do mercúrio na representação do anteparo a seguir. L 1 L 2 L 3 L 4 y 32. (IME-RJ) Um banhista faz o lançamento horizontal de um objeto na velocidade igual a 5 3 m/s em direção a uma piscina. Após tocar a superfície da água, o objeto submer- ge até o fundo da piscina em velocidade horizontal des- prezível. Em seguida, o banhista observa esse objeto em um ângulo de 30° em relação ao horizonte. Admitindo-se que a altura de observação do banhista e a do lançamento do objeto são iguais a 1,80 m em relação ao nível da água da piscina, a profundidade da piscina, em metros, é: Dados: índice de refração do ar: n ar = 1; índice de refração da água: n água = 5 3 6 a) 2 b) 1,6 c) 1,6 3 d) 2 3 e) 3 Vá em frente Acesse <www.sbfi sica.org.br/rbef/pdf/v18a33.pdf>. Acesso em: 11 abr. 2018. Este link contém o artigo “A nova teoria sobre luz e cores de Isaac Newton – uma tradução comentada”, de Cibelle Celesti- no Silva e Roberto de Andrade Martins, fonte de informações sobre a teoria das cores. Autoavalia•‹o: V‡ atŽ a p‡gina 103 e avalie seu desempenho neste cap’tulo. R e p ro d u ç ã o / F u v e s t, 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad7_Fis_c03_48a70.indd 70 7/18/18 11:37 AM M ic h a l V it e k /S h u tt e rs to c k M ic h a l V it e k /S h u tt e rs to c k M ic h a l V it e k /S h u tt e rs to c k M ic h a l V it e k /S h u tt e rs to c k ► Reconhecer e diferenciar lentes convergentes e divergentes conforme índice de refração relativo da lente em relação ao do meio. ► Compreender e construir as imagens conjugadas pelas lentes convergentes e divergentes de acordo com o posicionamento dos objetos. ► Identifi car e analisar instrumentos ópticos que contêm lentes esféricas. ► Analisar as anomalias mais comuns que podem ocorrer no órgão visual. ► Verifi car quais são os meios de correção mais adequados a cada tipo de anomalia. Principais conceitos que você vai aprender: ► Lentes convergente e divergente ► Vergência ► Aumento linear transversal ► Equação dos fabricantes de lentes ► Miopia ► Hipermetropia ► Astigmatismo ► Presbiopia 71 OBJETIVOS DO CAPÍTULO FÍ S IC A R E D P IX E L .P L /S h u tte rs to ck 4 LENTES ESFÉRICAS Contemplar as montanhas, um pôr do sol ou o azul do mar, nos causa sensações indescritíveis. Admirar a natureza é uma das maneiras que as pessoas encontraram para fugir da rotina e dos ambientes estressantes de trabalho. Essas ações são possíveis gra- ças ao sentido formado por uma verdadeira janela para o mundo: a visão. Nossa visão, composta dos olhos, nos permite receber a luz do meio externo, con- trolando sua entrada pela pupila e permitindo a formação de imagens na retina. E é na retina, com seus receptores, que conseguimos, por exemplo, diferenciar as cores. Após a entrada da luz pela pupila, que regula a quantidade de raios que entra em nosso olho, ela passa pelo cristalino, uma lente convergente que a direcionará para a retina. Com cerca de 0,5 mm de espessura, a retina apresenta dois tipos de receptor: os co- nes e os bastonetes. Os cones são células da retina, entre 6 e 7 milhões, responsáveis por detectar as cores, e concentram-se na fóvea. Já os bastonetes, entre 75 e 150 milhões, responsáveis pela detecção de luminosidade e basicamente pela visão noturna, encontram-senas porções mais externas da retina. A importância de ambos é evidente, já que, trabalhando em conjunto, levam a in- formação ao cérebro pelas conexões nervosas. Isso nos permite receber uma imagem nítida e colorida daquilo que observamos. Sendo o olho um órgão extremamente sensível a luz, alguns cuidados são indispen- sáveis para que façamos bom uso dele durante toda a vida. No eclipse solar, por exemplo, muitos querem observar sua evolução e acompanhar seus momentos mágicos até o fi m. Isso não é problema, desde que façamos a observa- ção de maneira adequada, ou seja, de maneira indireta por projeção ou, ainda, olhando diretamente por um fi lme fotográfi co bem escurecido. Olhar diretamente, nunca! Isso pode provocar uma queimadura intensa na retina, podendo levar à cegueira completa. • Na classe em que estuda existem pessoas que utilizam óculos? É possível identifi car que tipo de lente o colega está utilizando? Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 71 7/18/18 11:36 AM 72 CAPÍTULO 4 C lassifi cação das lentes esféricas De modo geral, uma lente esférica pode ser defi nida como uma composição de meios refringentes (transparentes, homogêneos e isotrópicos) separados por duas superfícies esféricas ou uma superfície plana e outra esférica. Uma lente de aumento, por exemplo, é composta de vidro e tem duas faces esféricas em contato com o ar. Dependendo do for- mato das faces de uma lente e do seu índice de refração em relação ao meio externo, ela pode ter diferentes classifi cações. Classifi cação quanto à forma Dependendo das formas das faces de uma lente, ela pode ser classifi cada em dois ti- pos básicos: • Lentes de bordos finos: a periferia da lente é mais fina do que a região central. Neste caso, temos as lentes biconvexa, plano-convexa e côncavo-convexa. • Lentes de bordos grossos: a periferia da lente é mais espessa do que a região central. Neste caso, temos as lentes bicôncava, plano-côncava e convexo-côncava. Lentes de bordos fi nos Lentes de bordos grossos biconvexa bicôncava plano-convexa plano-côncava côncavo-convexa convexo-côncava 1 s e rg ig n /S h u tt e rs to ck S la v k o S e re d a /S h u tt e rs to ck Uma lupa é composta de uma lente de vidro contendo duas superfícies esféricas convexas. Uma simples gota de água sobre uma folha também tem as propriedades físicas de uma lente esférica. Atenção 1 A nomenclatura das lentes de bordos fi nos termina sempre por convexa e a de bordos grossos, sempre por côncava. Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 72 7/18/18 11:36 AM 73 FÍ S IC A Classifi cação quanto ao comportamento Quando um feixe de raios de luz paralelos incide sobre uma lente esférica, ele pode apresentar um comportamento convergente ou divergente, dependendo de dois fatores fundamentais: I. se a lente é de bordos fi nos ou de bordos grossos; II. se a lente é mais ou menos refringente do que o meio que a envolve. No caso mais comum, em que o índice de refração da lente é maior do que o índice de refração do meio que a envolve (lente de vidro ou acrílico imersa no ar), as lentes de bor- dos fi nos são convergentes e as lentes de bordos grossos são divergentes. n lente . n meio Convergente Divergente Lente mais refringente do que o meio que a envolve: convergente (bordos fi nos) e divergente (bordos grossos). Se o índice de refração da lente for menor do que o índice de refração do meio no qual ela está inserida, as lentes convexas serão divergentes e as lentes côncavas serão convergentes. n lente , n meio Divergente Convergente Lente menos refringente do que o meio que a envolve: divergente (bordos fi nos) e convergente (bordos grossos). Observe que, quando raios luminosos paralelos ao eixo principal incidem em uma len- te, os emergentes convergem para um ponto, caso a lente seja convergente, e divergem de um ponto, caso a lente seja divergente. Esse ponto é denominado foco (F) da lente. Para simbolizar as lentes convergentes e divergentes, emprega-se a seguinte convenção: DivergenteConvergente Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 73 7/18/18 11:36 AM 74 CAPÍTULO 4 Elementos de uma lente esférica Para descrevermos matematicamenteo comportamento das lentes esféricas, precisa- mos defi nir alguns pontos e elementos notáveis. Destacamos que esses pontos e elemen- tos apresentam uma forte analogia com os dos espelhos esféricos. No entanto, diferen- temente dos espelhos, nos quais a luz sofre refl exão, nas lentes ela sofre refração. Assim, para descrever o comportamento da luz ao passar por uma lente, é necessário levar em conta os dois lados da lente. As fi guras indicam os principais elementos das lentes esféricas convergentes e diver- gentes. ep f f 0 Luz incidente F 0 A 0 A i F i Lente convergente ep f f 0 Luz incidente F i A i A 0 F 0 Lente divergente Nos esquemas: • O: centro óptico; • f: distância focal; • F o : foco objeto; • F i : foco imagem; • A o : ponto antiprincipal objeto (2 · f ); • A i : ponto antiprincipal imagem (2 · f ); • ep: eixo principal da lente ou eixo óptico da lente. Notamos que, quanto mais convergente (ou divergente) for uma lente, menor será sua distância focal, ou seja, mais próximo da lente estará o seu foco. Para quantifi car o quão convergente (ou divergente) é uma lente, emprega-se uma grandeza física deno- minada de convergência. Por defi nição, a convergência (C) de uma lente é o inverso de sua distância focal f. C = f 1 Como no Sistema Internacional (SI), a distância focal deve ser medida em metros (m), a convergência é dada em m–1, que é denominado de dioptria (di). 1 Construção de imagens nas lentes esféricas A imagem de um objeto colocado diante de uma lente, seja ela convergente, seja diver- gente, é construída com o uso dos raios notáveis. 1. Todo raio de luz que incide paralelamente ao eixo principal de uma lente refrata-se na direção do foco imagem. 0F i A i A 0 F 0 0F o A o A i F i Curiosidade 1 A convergência de uma lente é fundamental na fabricação dos óculos para a correção de defeitos de visão. Para tanto, é comum o uso da palavra graus como medida de quão forte é a lente dos óculos. Na realidade, esse termo refere-se à unidade dioptria (di). Por exemplo, podemos dizer que as lentes de óculos para hipermetropia (lentes convergentes) de 2 “graus” têm convergência C = 2 di e, portanto, distância focal f = 0,5 m = 50 cm. Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 74 7/18/18 11:36 AM 75 FÍ S IC A 2. Todo raio luminoso que incide na direção do foco objeto de uma lente refrata-se paralelamente ao eixo principal (princípio da reversibilidade do raio de luz). 0F i A i A 0 F 0 0F o A o A i F i 3. Todo raio luminoso que incide na direção do ponto antiprincipal objeto refrata-se na direção do ponto antiprincipal imagem. 0F i A i A 0 F 0 0F o A o A i F i 4. Todo raio luminoso que incide passando pelo centro óptico de uma lente refrata-se sem sofrer desvio. 0F i A i A 0 F 0 0F o A o A i F i Lente convergente Da mesma forma como nos espelhos côncavos, no caso das lentes convergentes, são cinco situações possíveis para a formação de imagens. I. Objeto antes de A o : Ao Fo O Fi Ai Objeto Imagem Ao Fo Objeto Fi Ai Imagem II. Objeto em A o : Ao Fo O Fi Objeto Imagem Fi Imagem AiAo Fo Objeto III. Objeto entre A o e F o : Ao Fo O Fi Objeto Imagem Ao Fo O Objeto Ai A imagem formada é real, invertida, menor do que o objeto e se localiza entre o ponto antiprincipal imagem A i e o foco imagem F i . A imagem formada é real, invertida, do mesmo tamanho do objeto e se localiza no ponto antiprincipal imagem A i . A imagem formada é real, invertida, maior do que o objeto e se localiza além do ponto antiprincipal imagem A i . Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 75 7/18/18 11:36 AM 76 CAPÍTULO 4 IV. Objeto em F o : Ao Fo O Fi Ai Objeto Ao Fo O Objeto V. Objeto entre F 0 e O: Ao Fo O Fi AiAo Fo O Objeto Imagem Lente divergente De forma análoga aos espelhos convexos, para as lentes divergentes só há um caso de formação de imagem. Além disso, caso o objeto seja afastado da lente, sua imagem fi ca cada vez menor e mais próxima do foco imagem. 1 Ai Fi O Fo AoAi i OFi Objeto Imagem A imagem formada é virtual, direita, menor do que o objeto e se localiza entre o centro óptico O e o foco imagem F i . Estudo anal’tico No estudo analítico das lentes esféricas usamos as mesmas equações vistas nos espe- lhos esféricos, as equações de Gauss. Para isso, considere a fi gura ao lado, na qual um ob- jeto de altura o é colocado a uma distância p de uma lente de distância focal f. A imagem gerada tem altura i e está a uma distância p' do centro óptico da lente. f f p p’ f p’ i O As equações de Gauss são: f 1 = p 1 + p 1 ' A = i o = − p p ' A imagem é imprópria (os raios de luz emergem paralelos entre si). A imagem formada é virtual, direita, maior do que o objeto e se localiza atrás do objeto. Observação 1 Da mesma maneira como nos espelhos esféricos, nas lentes também ocorre o fato de que, quando a imagem é real, ela é invertida e, quando a imagem é virtual, ela é direita em relação ao objeto. Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 76 7/18/18 11:36 AM 77 FÍ S IC A As duas equações devem seguir a seguinte convenção de sinais: p . 0 p’ , 0 p , 0 p’ . 0 p . 0 p’ , 0 p , 0 p’ . 0 Luz Luz > 0 < 0 f lente convergente lente divergente p objeto real objeto virtual p' imagem real imagem virtual o objeto “para cima” objeto “para baixo” i imagem “para cima” imagem “para baixo” A imagem direta em relação ao objeto imagem invertida em relação ao objeto Equa•‹o dos fabricantes de lentes Edmond Halley (1656-1742), físico e astrônomo inglês, desenvolveu uma fór- mula conhecida como “equação dos fabricantes de lentes”, muito usada para a determinação da distância focal e da convergência de uma lente. Considere uma lente bicôncava constituída de um material de índice de refração n lente e cujas faces têm raios de curvatura R 1 e R 2 . A lente está imersa em um meio com refração n meio , como mostra a fi gura ao lado. Com isso, a convergência e a distância focal da lente são dadas por: C = f 1 = n n –1 lente meio ⋅ R R 1 1 1 2 R R 1 2 R R + Os raios de curvatura devem obedecer às condições de sinal: Face convexa: r . 0 Face côncava: r , 0 Face plana: r = ∞, ou seja, r 1 1 0 = ∞ (lê-se: “tende a zero”) Atividades 1. A afi rmativa que descreve corretamente características de lentes é: a) Lentes esféricas que apresentam bordos com espessura menor do que a espessura da parte central são lentes divergentes. b) Lentes esféricas que apresentam bordos com espessura maior do que a espessura da parte central são lentes convergentes. c) Uma lente esférica biconvexa pode ser divergente. d) Uma lente esférica bicôncava apresenta bordos com espessura menor do que a espessura da parte central. e) Uma lente é classifi cada como convergente quando todos os raios luminosos que incidem sobre ela convergem para o foco. C 2 C 1 n meio n lente n meio R 2 R 1 Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 77 7/18/18 11:36 AM 78 CAPÍTULO 4 2. (UFSC) Os diagramas a seguir representam os objetos, indi- cados por O, e as imagens formadas por lentes, indicadas por I. Assinale as proposições que contêm os diagramas corretos de formação de imagem. Considere n lente > n meio . (01) F 2 F 1 O I F 1 O I (02) F 1 F 2 O I F 2 F 22 FF 1 O I (04) O I O IF 1 F 2 (08) OO I F 1 F 2 (16) O I O IF1 F2 (32) O I O I F 1 F 2 Dê a soma dos números dos itens corretos. 3. +Enem [H17] Um experimento interessante no ensino de Ciências da Natureza constitui em escrever palavras em tamanho bem pequeno, quase ilegíveis a olho nu, em um pedaço de papel e cobri-lo com uma régua de material transparente. Em seguida, pinga-se uma gota de água sobre a régua na região da palavra, conforme mostrado na fi gura,que apresenta o resultado do experimento. A gota adquire o formato de uma lente e facilita a leitura da palavra em razão do efeito de ampliação. Qual é o tipo de lente formado pela gota de água no experimento descrito? a) Biconvexa b) Bicôncava c) Plano-convexa d) Plano-côncava e) Convexa-côncava 4. (UFRGS-RS) Na fi gura abaixo, O representa um objeto real e I sua imagem virtual formada por uma lente esférica. Assinale a alternativa que preenche as lacunas do enun- ciado abaixo, na ordem em que aparecem. Com base nessa fi gura, é correto afi rmar que a lente é e está posicionada . a) convergente – à direita de I b) convergente – entre O e I c) divergente – à direita de I d) divergente – entre O e I e) divergente – à esquerda de O R e p ro d u ç ã o / E n e m , 2 0 1 7. R e p ro d u ç ã o / U F R G S -R S , 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 78 7/18/18 11:36 AM 79 FÍ S IC A 5. (Ifsul-RS) No laboratório de Física de uma escola, um aluno observa um objeto real através de uma lente divergente. A imagem vista por ele é: a) virtual, direita e menor. b) real, direita e menor. c) virtual, invertida e maior. d) real, invertida e maior. 6. (Unicamp-SP) Um objeto é disposto em frente de uma lente convergente, conforme a fi gura. Os focos principais da lente são indicados com a letra F. Lente F F Objeto 1 cm1 c m Pode-se afi rmar que a imagem formada pela lente: a) é real, invertida e mede 4 cm. b) é virtual, direita e fi ca a 6 cm da lente. c) é real, direita e mede 2 cm. d) é real, invertida e fi ca a 3 cm da lente. 7. (Albert Einstein-SP) Um objeto real de 10 cm de altura é posicionado a 30 cm do centro óptico de uma lente bicon- vexa, perpendicularmente ao seu eixo principal. A imagem conjugada tem 2,5 cm de altura. Para produzirmos uma imagem desse mesmo objeto e com as mesmas caracte- rísticas, utilizando, porém, um espelho esférico, cujo raio de curvatura é igual a 20 cm, a que distância do vértice, em cm, da superfície refl etora do espelho ele deverá ser posicionado, perpendicularmente ao seu eixo principal? a) 20 b) 25 c) 50 d) 75 8. (UPE) Uma lente plano-côncava, mostrada na fi gura a se- guir, possui um raio de curvatura R igual a 30 cm. Quando imersa no ar (n 1 = 1), a lente comporta-se como uma lente divergente de distância focal f = –60 cm. n 1 n 2 n 1 R Assinale a alternativa que corresponde ao índice de refra- ção n 2 dessa lente. a) 0,5 b) 1 c) 1,5 d) 2 e) 2,5 Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 79 7/18/18 11:36 AM 80 CAPÍTULO 4 Complementares Tarefa proposta 1 a 16 b) O copo funciona como uma lente convergente, sen- do que os raios refl etidos do ovo passam de um meio mais refringente (água) para um meio menos refrin- gente (ar). c) O copo funciona como uma lente divergente e, neste caso, para o ovo (objeto real), a lente proporciona ao observador a formação de uma imagem real, invertida e ampliada. d) O copo funciona como uma lente convergente e, nes- te caso, para o ovo (objeto real), a lente proporciona ao observador a formação de uma imagem real, direi- ta e ampliada. e) O copo funciona como uma lente convergente e, nes- te caso, para o ovo (objeto real), a lente proporciona ao observador a formação de uma imagem virtual, in- vertida e ampliada. 11. (UEPG-PR) Uma lente delgada é utilizada para projetar numa tela, situada a 1 m da lente, a imagem de um obje- to real de 10 cm de altura e localizado a 25 cm da lente. Sobre o assunto, assinale o que for correto. (01) A lente é convergente. (02) A distância focal da lente é 20 cm. (04) A imagem é invertida. (08) O tamanho da imagem é 40 cm. (16) A imagem é virtual. Dê a soma dos números dos itens corretos. 12. (Unifesp) O Sol tem diâmetro de 1,4 ⋅ 109 m e a sua dis- tância média à Terra é de 1,5 ⋅ 1011 m. Um estudante utiliza uma lente convergente delgada de distância focal 0,15 m para projetar a imagem nítida do Sol sobre uma folha de papel. Ele nota que, se mantiver a imagem do Sol projetada sobre o papel durante alguns segundos, o papel começa a queimar. a) Qual o diâmetro da imagem do Sol projetada no papel? b) A potência por unidade de área da radiação solar que atinge a superfície da Terra, no Brasil, é da ordem de 1 000 W/m2. Se a lente que o estudante usa tem con- torno circular com 0,10 m de diâmetro, qual a potên- cia por unidade de área da radiação solar que atinge o papel na região onde a imagem do Sol é projetada? (Despreze a radiação absorvida e refl etida pela lente.) Como você explica a queima do papel utilizando esse resultado? (Adote: π = 3,1) 9. (UFPR) Um objeto movimenta-se com velocidade constante ao longo do eixo óptico de uma lente delgada positiva de distância focal f = 10 cm. Num intervalo de 1 s, o objeto se aproxima da lente, indo da posição 30 cm para 20 cm em relação ao centro óptico da lente. v o e v i são as velocidades médias do objeto e da imagem, respectivamente, medidas em relação ao centro óptico da lente. Desprezando-se o tempo de propagação dos raios de luz, é correto concluir que o módulo da razão v v o i é: a) 2 3 b) 3 2 c) 1 d) 3 e) 2 Texto para a próxima questão: Analise a fi gura a seguir e responda à(s) questão(ões). Rivane Neuenschwander, Mal-entendido, casca de ovo, areia, água, vidro e fi ta mágica, 2000. 10. (UEL-PR) A observação da fi gura permite constatar que a parte do ovo submersa aparenta ser maior que aquela que está fora da água. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, os princípios físicos que explicam o efeito da ampliação mencionada. a) O copo funciona como uma lente divergente, sendo que os raios refl etidos do ovo passam de um meio menos refringente (água) para um meio mais refringente (ar). Instrumentos —pticos Os instrumentos ópticos são fundamentais para o desenvolvimento da ciência e têm contribuído signifi cativamente para o avanço tecnológico em muitas áreas, principal- mente na Astronomia e na Biologia. A lente de aumento, conhecida como lupa, é usada desde os tempos da antiga Roma. Na Idade Média, o livro îptica, de Alhazen, conhecido como o pai da Óptica, foi o alicerce que possibilitou a construção dos óculos, no século XIII, e do microscópio, no século XVI. R e p ro d u ç ã o / U E L- P R , 2 0 1 8 . Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 80 7/18/18 11:36 AM 81 FÍ S IC A M ill e s S tu d io /S h u tt e rs to ck A n d re y _ P o p o v /S h u tt e rs to ck Lupa A lupa (lente de aumento), muito usada por ourives, fi latelistas, maquetistas, entre ou- tros, é uma lente convergente e o objeto a ser observado deve estar posicionado entre o foco e o centro óptico da lente. Para um objeto real, a imagem conjugada pela lupa é virtual, direita e maior que o objeto, conforme mostra a fi gura. A o F o O i o F i A i A o F o O i o Lente convergente funcionando como lupa (lente de aumento) e ilustração da construção da imagem. Microsc—pio composto O microscópio composto é um instrumento óptico usado para a observação de obje- tos de pequenas dimensões, constituído por duas lentes convergentes: uma objetiva, de pequena distância focal, e uma ocular, de grande distância focal. A fi gura a seguir ilustra a construção da imagem fi nal (i 2 ) de um objeto real (o) por um microscópio composto. Fo1 O i2 o i1 Fi1 Fo2 Fi2 Objetiva Ocular O i1 Fo2 Fo1 o A lente objetiva (próxima do objeto) conjuga uma imagem real (i 1 ), invertida e maior que o objeto i o A obj. 1= . Esta imagem serve de objeto para a lente ocular, que funciona como uma lente de aumento. A imagem fi nal (i 2 ) é virtual, invertida em relação ao objeto e maior que este i i A oc. 2 1 = . O aumento total A gerado pelo microscópio é dado pelo produ- to dos aumentos da objetiva A obj. e da ocular A oc. i o i i A1 2 1 = ⋅ . A = A obj. ⋅ A oc. Microscópio composto: duas lentes convergentes (objetiva e ocular) ampliam a imagem de pequenos objetos. Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 81 7/18/18 11:36 AM 82 CAPÍTULO 4 Luneta astronômica e telescópio Acredita-se que o primeiro telescópio surgiu em 1608, na Holanda, pelas mãos de Hans Lippershey (1570-1619). Até então, eles eram utilizados para a observação de objetos em terra. No ano seguinte, Galileu Galilei (1564-1642) fez diversos aperfeiçoamentos e usou o telescópio em seus estudos de Astronomia. Os telescópios são usados para a observação de objetos distantes, como as estrelas, planetas, cometas, etc., e podem ser de dois tipos: refratores e refl etores, conforme mostram as fi guras. A B (A) Luneta refratora, que tem duas lentes convergentes (objetiva e ocular), e (B) telescópio refl etor, que tem um espelho côncavo (primário) e um espelho plano (secundário). A B As lunetas refratoras são constituídas de uma lente objetiva de grande distância fo- cal e uma ocular de pequena distância focal, ambas convergentes, inseridas nas extre- midades de um tubo cilíndrico oco, de comprimento aproximadamente igual à soma das distâncias focais. Uma vez que os objetos astronômicos estão muito distantes, eles po- dem ser considerados pontos objetos impróprios. Com isso, a objetiva forma deles uma imagem praticamente em seu foco. Já a lente ocular é posicionada de modo a ampliar a imagem formada pela objetiva, como mostra a fi gura. F2 F2 F1 i2 i1 Objetiva Objeto no infinito Ocular F22 F11 2 i1 O aumento total A gerado pela luneta é dado pelo quociente entre a distância focal da lente objetiva f obj. e pela distância focal da lente ocular f oc. . A = f f obj. f obj. oc f oc. S e a n L o ck e P h o to g ra p h y /S h u tt e rs to ck S -F /S h u tt e rs to ck (A) Telescópio refrator (com lentes); (B) telescópio refl etor (com espelhos), bem mais curto e de mais fácil manuseio. Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 82 7/18/18 11:36 AM 83 FÍ S IC A Óptica da visão Para fi nalizarmos este capítulo, estudaremos o funcionamento básico do olho huma- no, focando principalmente no processo de formação de imagens dos objetos que enxer- gamos. Veremos também as principais anomalias da visão (miopia, hipermetropia, astig- matismo, etc.) e as lentes corretivas utilizadas. O olho humano O olho é considerado um dos órgãos mais complexos do corpo humano. No entanto, para este estudo, vamos nos concentrar nas principais estruturas, como mostra a fi gura. • Cristalino: é uma lente convergente de material flexível, do tipo biconvexa. Essa lente forma, sobre a retina, uma imagem real, invertida e menor que o objeto real, colocado diante do olho. O cristalino pode assumir diferentes formas em razão da distância do objeto ao olho, ou seja, essa lente é capaz de ajustar sua distância focal para que os objetos sejam visualizados nitidamente. • Íris: anel colorido, de forma circular, que se comporta como um diafragma, controlando a quantidade de luz que penetra no olho. Na parte central da íris, existe um orifício de diâmetro variável – a pupila. • Córnea: membrana transparente que protege o olho, permitindo apenas a entrada de luz, e não de partículas contidas no ar. • Pupila: controla a intensidade da luz que entra no olho. Assim, se o ambiente for escuro, o diâmetro da pupila aumentará; se o ambiente for claro, o diâmetro da pupila diminuirá. • Músculos ciliares: são responsáveis pela mudança da distância focal do cristalino, que diminui quando os músculos ciliares se comprimem e aumenta quando há relaxamento desses músculos. Dessa forma, ocorre a acomodação da imagem sobre a retina. O trabalho realizado pelos músculos ciliares, fazendo variar a distância focal do cristalino, é chamado acomodação visual. Quando o objeto está próximo, a distância focal é menor (cristalino comprimido); quando o objeto está distante, a distância focal é maior (cristalino distendido). Retina Nervo óptico Ponto próximo e ponto remoto Ponto próximo (PP) é a menor distância do globo ocular a que uma pessoa de visão normal pode ver nitidamente a imagem de um objeto. Em média, o ponto próximo locali- za-se a 25 cm do globo ocular. Campo de visão PP dPP = 25 cm Da mesma forma, defi nimos o ponto remoto (PR) como a maior distância a que um objeto deve estar do globo ocular de uma pessoa para que ela consiga enxergá-lo com nitidez. Desde que a luz proveniente do objeto consiga sensibilizar a retina, para pessoas com visão normal não há um limite de distância para que ele possa ser visto com nitidez. Em outras palavras, o ponto remoto para uma pessoa com visão normal é “infi nito”. PR Campo de visão PP dPR = ∞ T e fi /S h u tt e rs to c k Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 83 7/18/18 11:36 AM 84 CAPÍTULO 4 Anomalias da visão Entre as diferentes anomalias da visão destacamos a miopia, a hipermetropia, a pres- biopia e o astigmatismo. Vamos analisar somente aquelas que precisam de lentes correti- vas esféricas. É importante observar que as “lentes corretivas” não eliminam a anomalia; elas alteram a trajetória dos raios luminosos, produzindo imagens nítidas. Miopia Uma pessoa com miopia tem difi culdade de enxergar com nitidez objetos distantes. Uma possível causa para a miopia é um “alongamento” do olho na direção do eixo óptico, fazendo com que a imagem de objetos distantes se forme antes da retina. O uso de uma lente divergente faz a correção da trajetória dos raios de luz, produzindo a imagem exa- tamente na retina. Imagem Retina do míope Retina do normal Cristalino Lente corretiva divergente Hipermetropia No caso de uma pessoa com hipermetropia, a difi culdade ocorre em enxergar com nitidez objetos próximos. Nesse caso, uma possível causa é um “encurtamento” do olho na direção do eixo óptico, fazendo com que a imagem de objetos próximos se forme além da retina. Isso pode ser visto como uma falta de convergência do olho e, portanto, pode ser corrigido com o uso de lentes convergentes para ajudar a projetar a imagem na retina. Imagem Retina do míope Retina do normal Cristalino Objeto Lente corretiva convergente Presbiopia Caracteriza-se pela diminuição da zona de acomodação do olho humano. Essa ano- malia ainda é muito estudada e algumas conclusões levam a diagnosticar como o enri- jecimento do cristalino, que perde a fl exibilidade, ou pela fadiga dos músculos ciliares, que não conseguem mais comprimir o cristalino, ou, ainda, pelo constante crescimento do cristalino. Ocorre normalmente em pessoas acima de 40 anos de idade e os sinto- mas são semelhantes aos da hipermetropia. O presbita (ou presbíope) deve usar lentes extraoculares para visão próxima – geralmente os óculos têm lentes estreitas (óculos para leitura). (A) Imagem formada em olho míope (formato alongado na horizontal); (B) imagem formada em olho míope com a utilização de lente corretiva divergente. (A) Imagem formada em olho hipermetrope (formato alongado na vertical); (B) imagem formada em olho hipermetrope com a utilização de lente corretiva convergente. A A B B T e fi /S h u tt e rs to c k T e fi /S h u tt e rs to c k Retina do olho normal Retina do olho normal Retina do olho míope Retina do olho míopeobjeto Cristalino Cristalino Imagem Imagem Objeto no infi nito Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 84 7/18/18 11:36 AM 85 FÍ SI CA Astigmatismo Provocado por irregularidades na córnea, ou raramente no cristalino, o astigmatismo faz com que o olho forme mais de uma imagem para um mesmo objeto (o olho conjuga mais de um ponto imagem a um único ponto objeto). A compensação do astigmatismo é feita com uma lente cil’ndrica. E se fosse possível? Tema integrador Trabalho, ciência e tecnologia Para as diversas anomalias visuais estudadas, existemmecanismos corretivos, como óculos ou lentes propriamente ditas que de- verão ser utilizados enquanto o problema persistir. Alguns desses problemas certamente não desaparecerão e as pessoas terão de conviver com eles o resto da vida. E se fosse possível eliminar essas anomalias totalmente? Algumas delas podem ser resolvidas, em parte, por cirurgias cada vez mais sofi sticadas, porém, mesmo após essas cirurgias, muitas pessoas acabam voltando a usar lentes corretivas. Boa parte dessas anomalias ainda nos acompanhará por um longo tempo. Faça uma enquete com os colegas de turma para identifi car as anomalias visuais mais comuns entre vocês. Você pode expandir sua enquete fazendo uso de formulários do Google. Assim, poderá envolver um número maior de pessoas. Apre- sente os resultados ao professor. Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Observe cuidadosamente as informações disponibilizadas pela questão. Procure sempre esboçar a situação, mesmo de maneira simplifi cada. Fique atento às correspondências de valores na questão. (UFG-GO) Em 2014, comemoram-se os 450 anos do nascimento de Galileu Galilei. Entre as inúmeras contribuições científi cas de Galileu destaca-se a utilização do telescópio para observações as- tronômicas. Um dos primeiros telescópios empregados por Galileu, em 1609, era constituído por duas lentes esféricas delgadas convergentes, uma objetiva e uma ocular, e, pelo instru- mento, Galileu conseguiu observar as crateras da Lua. Considerando o exposto, determine: a) a distância focal da objetiva, considerando que o valor absoluto do fator de ampliação angular desse telescópio era 15 e que a distância focal da ocular era 9 cm; b) o tamanho angular, em graus, de uma cratera lunar vista por Galileu com o olho próximo da ocular, considerando que a distância entre a Terra e a Lua é de aproxi- madamente 384 000 km e que o diâmetro da cratera é cerca de 2 400 km. Utilize a aproximação tg θ H θ para ângulos pequenos (em radianos). Resolução a) Encontrando a ampliação pela razão entre a distância focal da objetiva (f ob ) e a distância focal da ocular (f oc ). A = ob oc f f s 15 = 9 obf s f ob = 135 cm b) Observe a fi gura. 384 000 km θ 2 400 km θ rad = tg θ = 2 400 384 000 = 24 3 840 = 24 3 840 180° π s θ = 0,358°. Da ampliação angular, temos: θ ang. = A ⋅ θ = 15 ⋅ 0,358 s θ amg. = 5,37° (A) Olho normal; (B) Olho astigmático com irregularidades na córnea e múltiplos pontos focais. A B T e fi /S h u tt e rs to c k Retina Múltiplos pontos focais Cristalino Cristalino Córnea com formato irregular ovaldo Imagem Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 85 7/18/18 11:36 AM 86 CAPÍTULO 4 Desenvolva H30 Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identifi cando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva ou do ambiente. Diferentemente das cores primárias utilizadas na Educação Infantil com as tintas, as cores primárias da luz, que dão ori- gem a uma infi nidade de combinações, são as cores vermelho, verde e azul. Essas cores compõem ainda o chamado sistema RGB (no inglês – Red, Green e Blue) presente nos pixels das telas de aparelhos de TV. Existem algumas anomalias que podem acometer o órgão visual, prejudicando a visualização pura e simples ou, então, as cores. O daltonismo, por exemplo, é uma anomalia, normalmente de origem genética. Trata-se de uma perturbação da percep- ção visual gerada pela incapacidade de diferenciar todas ou algumas cores. Nos casos mais comuns, existe a difi culdade em se distinguir o verde do vermelho. Uma criança com daltonismo pode ter seu aprendizado prejudicado, assim como a execução de atividades rotineiras. Estudos mais recentes encontraram uma provável relação entre a dislexia e a captação dos sinais enviados por cada olho ao cérebro. Segundo o estudo, na maioria das pessoas, o cérebro privilegia o sinal de um dos olhos, como se ele fosse dominante. Já no caso das pessoas disléxicas, esse privilégio não ocorreria, e os sinais seriam recebidos simultaneamente, podendo provocar confusão, por exemplo na leitura das letras b e d. Porém, ainda há muito a se descobrir para que respos- tas mais concretas sejam dadas. O importante é cuidar dessa janela, para continuarmos a ver o mundo que nos cerca. Realize uma pesquisa e identifi que as causas e os tipos existentes de daltonismo. Responda às perguntas a seguir de maneira colaborativa. Para isso, você pode utilizar a ferramenta de formulário do Google e enviar um link para as pessoas que possam ajudar você nas respostas. 1. Quais são as maiores difi culdades que as pessoas daltônicas sentem andando pelas ruas de uma cidade? 2. Que recursos hoje existentes poderiam facilitar a vida das pessoas daltônicas? Faça esboços gráfi cos para facilitar a visualização das informações encontradas. Conexões Lentes gravitacionais Sabemos há muito tempo que o campo gravitacional de um corpo atrai outros corpos e foi formalizado com as leis da gravitação clássica, de Newton. Um campo gravitacional sufi cientemente intenso também é capaz de desviar a trajetória da luz. A explicação mais adequada para esse fenômeno vem da teoria da relatividade geral: a gravidade muda a geometria do espaço-tempo localmente, ou seja, onde há um campo gravitacional forte, o espaço se curva e a luz segue então uma trajetória igualmente curva no espaço em torno de um objeto massivo. A fi gura A mostra dois feixes de luz saindo de uma mesma fonte (uma estrela, por exemplo) e sofrendo um desvio ao passar por um forte campo gravitacional (uma galáxia, por exemplo), chegando, portanto, através de caminhos distintos, à Terra. A B Vista no céu, essa situação seria como na fi gura B, em que veríamos imagens repetidas de uma mesma fonte astronômica (os quatro pontos brilhantes em torno do ponto central). Esse efeito é conhecido como lente gravitacional, previsto pela teoria da relatividade geral de Einstein. Disponível em: <www.if.ufrgs.br>. Acesso em: 10 abr. 2015. Pesquise quando foi confi rmada a existência da lente gravitacional, prevista pela teoria da relatividade geral de Einstein. (A) Esquema da lente gravitacional indicando os desvios sofridos pela luz ao passar por um centro gravitacional intenso e (B) imagem captada por telescópio espacial mostrando imagens múltiplas (cruz de Einstein) de um objeto. J . R h o a d s ( A ri zo n a S ta te U .) e t a l. , W IY N , A U R A , N O A O , N S F Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 86 7/18/18 11:36 AM 87 FÍ S IC A Atividades 13. (UFPR) Um datiloscopista munido de uma lupa analisa uma impressão digital. Sua lupa é constituída por uma lente convergente com distância focal de 10 cm. Ao utilizá-la, ele vê a imagem virtual da impressão digital aumentada de 10 vezes em relação ao tamanho real. Com base nesses dados, assinale a alternativa correta para a distância que separa a lupa da impressão digital. a) 9,0 cm b) 20,0 cm c) 10,0 cm d) 15,0 cm e) 5,0 cm 14. (IFBA) A câmara de um celular, cuja espessura é de 0,8 cm capta a imagem de uma árvore de 3,0 m de altura, que se encontra a 4,0 m de distância do orifício da lente, projetan- do uma imagem invertida em seu interior. Para simplifi car a análise, considere o sistema como uma câmara escura. Assim, pode-se afi rmar que a altura da imagem, em mm, no interior da câmara é, aproximadamente, igual a: a) 6,0 b) 7,0 c) 8,0 d) 9,0 e) 10,0 15. (Vunesp) Um projetor rudimentar, confeccionado com uma lente convergente, tem o objetivo de formar uma imagem real e aumentada de um slide. Quando esse slide é coloca- do bem próximo do foco da lente e fortemente iluminado, produz-se uma imagem real, que pode ser projetada em uma tela, como ilustrado na fi gura. LenteSlide Tela A distância focal é de 5 cm e o slide é colocado a 6 cm da lente. A imagem projetadaé real e invertida. Calcule: a) a posição, em relação à lente, onde se deve colocar a tela, para se ter uma boa imagem; b) a ampliação lateral (aumento linear transversal). 16. (Acafe-SC) Alguns instrumentos óticos são formados por lentes. O instrumento ótico formado por lentes objetiva e ocular é: a) a lupa. b) o microscópio. c) o retroprojetor. d) o periscópio. R e p ro d u ç ã o / I F B A , 2 0 1 6 . Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 87 7/18/18 11:36 AM 88 CAPÍTULO 4 17. (Unicamp-SP) Em uma máquina fotográfi ca de foco fi xo, a imagem de um ponto no infi nito é formada antes do fi lme, conforme ilustra o esquema. 3,5 mm d 0,03 mm Lente Filme No fi lme, esse ponto está ligeiramente desfocado e sua imagem tem 0,03 mm de diâmetro. Mesmo assim, as cópias ampliadas ainda são nítidas para o olho humano. A abertura para a entrada de luz é de 3,5 mm de diâme- tro, e a distância focal da lente é de 35 mm. a) Calcule a distância d, do fi lme à lente. b) A que distância da lente um objeto precisa estar para que sua imagem fi que exatamente focalizada no fi lme? 18. (Ifsul-RS) A grandeza física vergência é medida em diop- trias, o que, no cotidiano, é o “grau” de uma lente. Logo, uma pessoa que usa um óculo com lente para a correção de sua visão de 2,5 graus, está usando um óculo com uma lente de vergência igual a 2,5 dioptrias. Essa lente tem uma distância focal de: a) 0,30 m b) 0,40 m c) 2,5 m d) 0,25 m 19. (Unisc-RS) Uma pessoa não consegue ver os objetos com nitidez porque suas imagens se formam entre o cristalino e a retina. Qual é o defeito de visão desta pessoa e como podemos corrigi-lo? a) Hipermetropia e a pessoa deverá usar lentes divergen- tes para a sua correção. b) Miopia e a pessoa deverá usar lentes divergentes para a sua correção. c) Miopia e a pessoa deverá usar lentes convergentes para a sua correção. d) Hipermetropia e a pessoa deverá usar lentes conver- gentes para a sua correção. e) Miopia e a pessoa deverá usar uma lente divergente e outra lente convergente para a sua correção. 20. +Enem [H17] Durante uma consulta, um oftalmologista diagnostica que o paciente só pode enxergar nitidamente a partir da distância de 80 cm dos olhos. A anomalia da visão desse paciente e a lente usada para a correção da anomalia, respectivamente, são: a) miopia e convergente. b) miopia e divergente. c) hipermetropia e convergente. d) hipermetropia e divergente. e) hipermetropia e cilíndrica. Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 88 7/18/18 11:36 AM 89 FÍ SI CA Complementares Tarefa proposta 21 a 32 21. (Vunesp) Assinale a alternativa correspondente ao instru- mento óptico que, nas condições normais de uso, fornece uma imagem virtual. a) Projetor de slides. b) Projetor de cinema. c) Cristalino do olho humano. d) Câmara fotográfi ca comum. e) Lente de aumento (lupa). 22. (EsPCEx-SP) Um estudante foi ao oftalmologista, reclaman- do que, de perto, não enxergava bem. Depois de realizar o exame, o médico explicou que tal fato acontecia porque o ponto próximo da vista do rapaz estava a uma distância superior a 25 cm e que ele, para corrigir o problema, de- veria usar óculos com “lentes de 2,0 graus“, isto é, lentes possuindo vergência de 2,0 dioptrias. Do exposto acima, pode-se concluir que o estudante deve usar lentes: a) divergentes com 40 cm de distância focal. b) divergentes com 50 cm de distância focal. c) divergentes com 25 cm de distância focal. d) convergentes com 50 cm de distância focal. e) convergentes com 25 cm de distância focal. 23. (UEMG) (...) que se unem para infernizar a vida do colega por- tador de alguma diferença física, humilhando-o por ser gordo ou magro, baixo ou alto, estrábico ou míope. VENTURA, p. 53. 2012. A miopia é um problema de visão. Quem tem esse pro- blema, enxerga melhor de perto, mas tem difi culdade de enxergar qualquer coisa que esteja distante. Três alunos, todos eles totalmente contrários ao bullying, fi zeram afi r- mações sobre o problema da miopia: • Aluno 1: o defeito é corrigido com o uso de lentes convergentes. • Aluno 2: a imagem de objetos distantes é formada an- tes da retina. • Aluno 3: ao observar uma estrela no céu, a imagem da es- trela será formada depois da retina, em função da distância. Fizeram afi rmações corretas: a) Os alunos 1 e 3. b) Os alunos 2 e 3. c) Apenas o aluno 2. d) Apenas o aluno 1. 24. (UFTM-MG) Em abril de 1990, a tripulação da Discovery colo- cou em órbita, a 600 quilômetros da Terra, o mais sofi sticado telescópio já feito, batizado em homenagem ao americano Edwin Hubble (1889-1953), fundador da astronomia extra- galáctica. O Hubble seria capaz de enxergar dez vezes melhor que qualquer telescópio aqui embaixo, onde a vista é obs- truída pela atmosfera. Foi também um dos maiores vexames. O Hubble estava com as lentes erra- das e não enxergava um palmo à frente do nariz (telescópio tem nariz?). Tudo por um erro de cálculo da Nasa, que dedicou 20 anos ao teles- cópio – três só para polir as lentes. Em 1993, a tripulação da Endeavour corrigiu a miopia e o Hubble começou a tirar fotos espetaculares. Assistimos ao nascimento e à morte de galáxias, descobrimos a idade do Universo, comprovamos a existência dos buracos negros. Depois de tantos serviços, o Hubble vai se aposentar: em 2009, será substituído pelo Telescópio Espacial da Próxima Geração, que nos emprestará olhos ainda mais potentes. Superinteressante. 2001. No texto apresentado, o termo “miopia” é aplicado em sentido fi gurado, já que se aplica a pessoas portadoras de um alongamento em seu globo ocular. Para corrigir sua visão, o míope necessita de uma lente: a) divergente, fazendo com que a imagem se forme an- tes da retina. b) convergente, fazendo com que a imagem se forme atrás da retina. c) divergente, fazendo com que a imagem se forme so- bre a retina. d) convergente, fazendo com que a imagem se forme sobre a retina. e) divergente, fazendo com que a imagem se forme atrás da retina. Tarefa proposta 1. (Escola Naval-RJ) Com relação à óptica geométrica, analise as afi rmativas abaixo. A energia solar é a conversão da luz solar em eletricidade, quer diretamente, utilizando energia fotovoltaica (PV) ou indiretamente, utilizando energia solar concentrada (CSP). Sistemas CSP usam lentes ou espelhos para focar uma grande área de luz solar em uma pequena viga, enquanto a PV con- verte a luz em corrente elétrica usando o efeito fotoelétrico. Sendo assim, pode-se afi rmar que, no sistema CSP: I. as lentes são côncavas e possuem comportamento óp- tico divergente. II. as lentes são convexas e possuem comportamento óp- tico convergente. III. os espelhos são côncavos e podem produzir ima- gem virtual. IV. os espelhos são convexos e podem produzir ima- gem virtual. V. a pequena viga encontra-se no ponto focal dos espe- lhos e das lentes. Assinale a opção correta. a) Somente as alternativas I e III são verdadeiras. b) Somente as alternativas II e IV são verdadeiras. c) Somente as alternativas II, III e V são verdadeiras. d) Somente as alternativas I, IV e V são verdadeiras. e) Somente as alternativas III, IV e V são verdadeiras. Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 89 7/18/18 11:36 AM 90 CAPÍTULO 4 2. (Albert Einstein-SP) Uma estudante de medicina, dispon- do de espelhos esféricos gaussianos, um côncavo e outro convexo, e lentes esféricas de bordos finos e de bordos espessos, deseja obter, da tela de seu celular, que exibe a bula de um determinado medicamento, e aqui represen- tada por uma seta, uma imagem ampliada e que possa ser projetada na parede de seu quarto, para que ela possa fazer a leitura de maneira mais confortável. Assinale a alternativa que corresponde à formação dessa imagem, através do uso de um espelho e uma lente, separadamente. a) b) c) d) 3. (Ufac) Um fabricante de dispositivosópticos precisa cons- truir um aparelho que funcione dentro de um líquido que possui índice de refração n L . Para o funcionamento do equipamento, é necessário ter duas lentes esféricas: uma convergente e outra divergente. Para isso, dispõe-se de dois tipos de materiais transparentes, os quais possuem índices de refração n 1 e n 2 . Sabe-se que a relação entre todos os índices é n 1 < n L < n 2 e que o fabricante ainda pode optar por duas geometrias, g 1 e g 2 , mostradas nas figuras ao lado. Para saber quais lentes seriam usadas, cinco engenheiros responsáveis, usando a lei de Snell, chegaram, separadamente, às seguintes conclusões: g 1 g 2 I. O material de índice de refração n 1 é útil para construir uma lente convergente de geometria g 1 . II. O material de índice de refração n 2 é útil para construir uma lente divergente de geometria g 2 . III. O material de índice de refração n 2 é útil para construir uma lente convergente e sua forma geométrica teria que ser do tipo g 1 . IV. O material de índice de refração n 1 é útil para construir uma lente convergente que tenha a forma g 2 . V. O material de índice de refração n 1 é útil para construir uma lente divergente de geometria g 1 . Para fabricar corretamente o dispositivo, deve-se levar em consideração que: a) I e II estão corretas. b) III e IV estão incorretas. c) II, III e V estão incorretas. d) II, III, IV e V estão corretas. e) as conclusões de todos os engenheiros estão incorretas. 4. (Uece) Em uma projeção de cinema, de modo simplifica- do, uma película semitransparente contendo a imagem é iluminada e a luz transmitida passa por uma lente que projeta uma imagem ampliada. Com base nessas informações, pode-se afirmar corretamente que essa lente é: a) divergente. b) convergente. c) plana. d) bicôncava. 5. (Unifesp) Uma lente convergente tem uma distância focal f = 20,0 cm quando o meio ambiente onde ela é utilizada é o ar. Ao colocarmos um objeto a uma distância p = 40,0 cm da lente, uma imagem real e de mesmo tamanho que o objeto é formada a uma distância p' = 40,0 cm da lente. Quando essa lente passa a ser utilizada na água, sua distância focal é modificada e passa a ser 65,0 cm. Se mantivermos o mesmo objeto à mesma distância da lente, agora no meio aquoso, é correto afirmar que a imagem será: a) virtual, direita e maior. b) virtual, invertida e maior. c) real, direita e maior. d) real, invertida e menor. e) real, direita e menor. 6. (Unicamp-SP) A figura representa um feixe de luz paralelo vindo da esquerda, de 5 cm de diâmetro, que passa pela lente A, por um pequeno furo no anteparo P, pela lente B e, finalmente, sai paralelo com um diâmetro de 10 cm. A distância do anteparo P à lente A é de 10 cm. A P B a) Calcule a distância entre a lente B e o anteparo. b) Determine a distância focal de cada lente (incluindo o sinal negativo no caso de a lente ser divergente). R e p ro d u ç ã o / A lb e rt E in s te in , 2 0 1 6 . Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 90 7/18/18 11:36 AM 91 FÍ S IC A 7. (PUC-RS) Quando um raio de luz monocromática passa obliquamente pela superfície de separação de um meio para outro mais refringente, o raio aproxima-se da normal à superfície. Por essa razão, uma lente pode ser convergente ou divergente, dependendo do índice de refração do meio em que se encontra. As fi guras 1 e 2 representam lentes com índice de refração n 1 imersas em meios de índice de refração n 2 , sendo N a normal à superfície curva das lentes. Figura 1 N N Lente 1 Lente 2 Figura 2 n2n1 n2n1 Considerando-se essas informações, conclui-se que: a) a lente 1 é convergente se n 2 < n 1 . b) a lente 1 é convergente se n 2 > n 1 . c) a lente 2 é divergente se n 2 > n 1 . d) a lente 2 é convergente se n 2 < n 1 . e) as lentes 1 e 2 são convergentes se n 2 = n 1 . 8. (Epcar-MG) Um recipiente vazio, perfeitamente transparen- te, no formato de uma lente esférica delgada gaussiana, de raio a, é preenchido com água límpida e cristalina até a metade de sua capacidade (Figura 1). Essa lente é então fi xada a uma determinada distância de uma fotografi a quadrada de lado 3a (Figura 2), tendo seus centros geométricos alinhados (Figura 3). Considerando que o sistema lente-fotografi a esteja imer- so no ar, um observador na posição O (Figura 3), poderá observar, dentre as opções abaixo, a imagem da situação apresentada, como sendo: a) b) c) d) 9. (Efomm-RJ) Um estudante decidiu fotografar um poste de 2,7 m de altura em uma praça pública. A distância focal da lente de sua câmera é de 8,0 cm e ele deseja que a altura da imagem em sua fotografi a tenha 4,0 cm A que distância do poste o estudante deve se posicionar? a) –540 cm b) – 548 cm c) 532 cm d) 542 cm e) 548 cm 10. (UPM-SP) Considere quatro lentes esféricas delgadas de distância focal f 1 = + 5,0 cm, f 2 = –10,0 cm, f 3 = +20,0 cm e f 4 = –40,0 cm. A justaposição de duas lentes terá a maior convergência quando associarmos as lentes: a) 1 e 2 b) 2 e 3 c) 1 e 3 d) 2 e 4 e) 1 e 4 11. (ITA-SP) Uma vela se encontra a uma distância de 30 cm de uma lente plano-convexa que projeta uma imagem nítida de sua chama em uma parede a 1,2 m de distância da lente. Qual é o raio de curvatura da parte convexa da lente se o índice de refração dela é 1,5? a) 60 cm b) 30 cm c) 24 cm d) 12 cm e) 6 cm 12. (Ufscar-SP) No quarto de um estudante há uma lâmpada incandescente localizada no teto, sobre a sua mesa. Deslocando uma lente convergente ao longo da vertical que passa pelo fi lamento da lâmpada, do tampo da mesa para cima, o estudante observa que é possível obter a imagem nítida desse fi lamento, projetada sobre a mesa, em duas alturas distintas. Sabendo que a distância do fi lamento da lâmpada ao tampo da mesa é de 1,5 m, que a distância focal da lente é de 0,24 m e que o comprimento do fi lamento é de 12 mm, determine: a) as alturas da lente em relação à mesa, nas quais essas duas imagens nítidas são obtidas; b) os comprimentos e as características das imagens do fi lamento obtidas. 13. (Ifsul-RS) Uma câmera com uma lente de 50 mm de dis- tância focal é utilizada para fotografar uma árvore de 25 m de altura. Se a imagem da árvore no fi lme tem 25 mm de altura, nas condições propostas acima, a distância entre a câmera e a árvore vale: a) 20,25 m b) 50,05 m c) 50,25 m d) 25,50 m R e p ro d u ç ã o / E p c a r- M G , R e p ro d u ç ã o / E p c a r- M G , R e p ro d u ç ã o / E p c a r- M G , R e p ro d u ç ã o / E p c a r- M G , Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 91 7/18/18 11:37 AM 92 CAPÍTULO 4 14. (PUC-PR) A equação de Gauss relaciona a distância focal (f) de uma lente esférica delgada com as distâncias do objeto (p) e da imagem (p') ao vértice da lente. O gráfi co dado mostra a distância da imagem em função da distância do objeto para determinada lente. Aproximadamente, a que distância (p) da lente deve fi car o objeto para produzir uma imagem virtual, direita e com ampliação (m) de 4,0 vezes? = + = Dados: 1 f 1 p 1 p' e m –p p 0 0 10 20 30 40 50 –50 –40 –30 –20 –10 2010 30 40 50 60 p (cm) p’ (cm) a) 7,5 cm b) 10 cm c) 20 cm d) 8,0 cm e) 5,5 cm 15. (PUC-RJ) Uma lente convergente está representada es- quematicamente na Figura. O objeto está localizado em S 1 = 2 3 f, onde f é a distância focal. A distância da imagem à lente e o fator de ampliação são dados, respectivamente, por: a) –2f; 2. b) 2f; 1,5. c) –f; 3. d) f; 2. e) –2f; 3. 16. (EEAR-SP) Uma lente de vidro convergente imersa no ar tem distância focal igual a 3 mm. Um objeto colocado a 3 m de distância conjuga uma imagem através da lente. Neste caso, o módulo do aumento produzido pela lente vale aproximadamente: a) 1 b) 1 ⋅ 10–1 c) 1 ⋅ 10–2d) 1 ⋅ 10–3 17. +Enem [H17] Na produção de um bloco de vidro fl int, de índice de refração absoluto 1,7, ocorreu a formação de uma “bolha” de ar (índice de refração absoluto 1,0), com o formato de uma lente esférica biconvexa. Bloco de vidro Ar A B “Bolha” de ar Um feixe luminoso monocromático, paralelo, incide perpendicularmente sobre a face A do bloco, confor- me a fi gura, e, após passar pelo bloco e pela bolha, emerge pela face B. A fi gura que melhor representa o fenômeno é: a) A B d) A B b) A B e) A B c) A B 18. (Fuvest-SP) A fi gura adiante mostra, em uma mesma es- cala, o desenho de um objeto retangular e sua imagem, formada a 50 cm de uma lente convergente de distância focal f. O objeto e a imagem estão em planos perpendi- culares ao eixo óptico da lente. 6,0 cm 4,8 cm 2,0 cm 1,6 cm Objeto Imagem Podemos afi rmar que o objeto e a imagem: a) estão do mesmo lado da lente e que f = 150 cm. b) estão em lados opostos da lente e que f = 150 cm. c) estão do mesmo lado da lente e que f = 37,5 cm. d) estão em lados opostos da lente e que f = 37,5 cm. e) podem estar tanto do mesmo lado como em lados opostos da lente e que f = 37,5 cm. R e p ro d u ç ã o / P U C -R J , 2 0 1 7. Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 92 7/18/18 11:37 AM 93 FÍ S IC A 19. (UFCE) Uma lente esférica delgada, construída de um ma- terial de índice de refração n, está imersa no ar (n ar = 1,00). A lente tem distância focal f e suas superfícies esféricas têm raios de curvatura r 1 e r 2 . Esses parâmetros obedecem a uma relação, conhecida como equação dos fabricantes de lentes, mostrada a seguir. f 1 = n n – 1lente meio ⋅ r r + 1 1 1 2 Figura I Figura II Suponha uma lente biconvexa de raios de curvatura iguais (r 1 = r 2 = r), distância focal f 0 e índice de refração n = 1,8 (fi gura I). Essa lente é partida, dando origem a duas lentes plano-convexas iguais (fi gura II). A distância focal de cada uma das novas lentes é: a) 1 2 ⋅ f 0 b) 5 4 ⋅ f 0 c) f 0 d) 9 5 ⋅ f 0 e) 2 ⋅ f 0 20. (Vunesp) No centro de uma placa de madeira, há um orifí- cio no qual está encaixada uma lente delgada convergente de distância focal igual a 30 cm. Esta placa é colocada na vertical e um objeto luminoso é colocado frontalmente à lente, à distância de 40 cm. No lado oposto, um espelho plano, também vertical e paralelo à placa de madeira, é disposto de modo a refl etir a imagem nítida do objeto sobre a placa de madeira. A fi gura ilustra a montagem. Nessa situação, o espelho plano se encontra em relação à placa de madeira a uma distância de: a) 70 cm b) 10 cm c) 60 cm d) 30 cm e) 40 cm 21. (Ifsul-RS) A lupa é um instrumento óptico constituído por uma lente de aumento muito utilizado para leitura de im- pressos com letras muito pequenas, como, por exemplo, as bulas de remédios. Esse instrumento aumenta o tamanho da letra, o que facilita a leitura. A respeito da lupa, é correto afi rmar que é uma lente a) convergente, cuja imagem fornecida é virtual e maior. b) divergente, pois fornece imagem real. c) convergente, cuja imagem fornecida por ela é real e maior. d) divergente, pois fornece imagem virtual. 22. (Acafe-SC) Os avanços tecnológicos vêm contribuindo cada vez mais no ramo da medicina, com melhor preven- ção, diagnóstico e tratamento de doenças. Vários equipa- mentos utilizados são complexos, no entanto, alguns deles são de simples construção. O otoscópio é um instrumento utilizado pelos médicos para observar, principalmente, a parte interna da orelha. Possui fonte de luz para iluminar o interior da orelha e uma lente de aumento (como de uma lupa) para facilitar a visualização. Considerando a fi gura e o exposto acima, assinale a alter- nativa correta que completa as lacunas da frase a seguir: A lente do otoscópio é e a imagem do interior da orelha, vista pelo médico é . a) convergente – real, maior e invertida b) convergente – virtual, maior e direita c) divergente – virtual, maior e direita d) divergente – real, maior e invertida 23. (UFPR) Sabe-se que o objeto fotografado por uma câmera fotográfi ca digital tem 20 vezes o tamanho da imagem nítida formada no sensor dessa câmera. A distância focal da câmera é de 30 mm. Para a resolução desse problema, considere as seguintes equações: A = – p p ' = i o e i f = p 1 + p 1 ' Assinale a alternativa que apresenta a distância do objeto até a câmera. a) 630 mm b) 600 mm c) 570 mm d) 31,5 mm e) 28,5 mm R e p ro d u ç ã o / V u n e s p . R e p ro d u ç ã o / A c a fe -S C , 2 0 1 6 . Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 93 7/18/18 11:37 AM 94 CAPÍTULO 4 24. (Ufscar-SP) Pince-nez é coisa que usei por largos anos, sem desdouro. Um dia, porém, queixando-me do enfraquecimento da vista, alguém me disse que talvez o mal viesse da fábrica. [...] Machado de Assis. Bons dias. 1888. Machado de Assis via-se obrigado a utilizar lentes corretivas que, em sua época, apoiavam-se em armações conhecidas como pince-nez ou lorgnon, que se mantinham fixas ao ros- to pela ação de uma débil força elástica sobre o nariz. Supondo que Machado, míope, só conseguisse ver niti- damente objetos à sua frente desde que estes se encon- trassem a até 2 m de seus olhos e que ambos os olhos tivessem o mesmo grau de miopia, as lentes corretivas de seu pince-nez deveriam ser de vergência, em dioptrias: a) +2,0 b) –0,5 c) –1,0 d) –1,5 e) –2,0 25. +Enem [H17] A aquisição de um telescópio deve levar em conside- ração diversos fatores, entre os quais estão o aumento angular, a resolução ou o poder de separação e a mag- nitude limite. O aumento angular informa quantas vezes mais próximo de nós percebemos o objeto observado e é calculado como sendo a razão entre as distâncias focais da objetiva (F 1 ) e da ocular (F 2 ). A resolução do telescópio (P) informa o menor ângulo que deve existir entre dois pontos observados para que seja possível distingui-los. A magnitude limite (M) indica o menor brilho que um te- lescópio pode captar. Os valores numéricos de P e M pelas expressões: P = 12 D e M = 7,1 + 5 (log D), em que D é o valor numérico do diâmetro da objetiva do telescópio, expresso em centímetro. Disponível em: <www.telescopiosastronomicos.com.br>. Acesso em: 13 maio 2013. (Adaptado.) Ao realizar a observação de um planeta distante e de luminosidade, não se obteve uma imagem nítida. Para melhorar a qualidade dessa observação, os valo- res de D, F 1 e F 2 devem ser, respectivamente: a) aumentado, aumentado e diminuído. b) aumentado, diminuído e aumentado. c) aumentado, diminuído e diminuído. d) diminuído, aumentado e aumentado. e) diminuído, aumentado e diminuído. O texto a seguir refere-se às questões 26 e 27. Para que ocorra a visão, é necessário que exista uma fonte de luz. […] A luz entra pela pupila e atravessa o cris- talino, o qual projeta uma imagem na retina. Esta funciona como um conjunto de células fotoelétricas, que recebem a energia luminosa e a transformam na energia elétrica levada pelos nervos ópticos até o córtex visual, parte do cérebro responsável pela visão. […] Na produção de filmes 3D, a câmara estereoscópica simula a visão do olho humano. Cada lente é colocada a cerca de seis centímetros uma da outra. Nesse processo ainda devem ser controlados zoom, foco, abertura, enqua- dramento e o ângulo relativo entre elas. […] Um truque usado pela indústria é filmar com uma lente e usar um espelho para projetar uma imagem deslocada em uma segunda lente. A imagem refletida é girada e in- vertida antes da edição do filme. KILNER, 2010. 26. (Uneb-BA) Além da informação acerca da localização, a visão fornece informações complementares sobre a na- tureza dos vários objetos observados. Considerando-se o conhecimento biológico associado à capacidade visual esuas limitações, é correto afirmar: a) O cristalino é uma lente biconvexa e opaca responsá- vel por filtrar o excesso de luz que atravessa a pupila em direção à retina presente no fundo do olho. b) A imagem focalizada na retina estimula células cones fotossensíveis que interpretam e reconhecem os obje- tos a serem observados. c) A miopia é uma deficiência na acuidade visual que se caracteriza por formar uma imagem totalmente inver- tida exatamente no fundo da retina. d) A visão representa uma parte significativa do influxo sensitivo total de que o cérebro humano depende para interpretar o ambiente que nos cerca. e) A íris, em analogia com uma máquina fotográfica, funciona como o filme fotográfico, enquanto a retina funciona como a lente dessa máquina. 27. (Uneb-BA) Com base nas informações do texto e nos co- nhecimentos sobre óptica geométrica, é correto afirmar: a) A imagem formada na retina do olho tem as mesmas ca- racterísticas da imagem formada em uma câmara escura. b) A imagem formada por uma lente convergente de um objeto situado a qualquer posição diante dessa lente pode ser reproduzida pelo cristalino do olho. c) A lente da câmara estereoscópica usada para produzir filme 3D é divergente. d) O espelho usado para projetar uma imagem deslocada em uma segunda lente é convexo. e) O olho que observa por uma lente com filtro vermelho vê imagem dessa cor porque essa lente reflete difusa- mente a luz vermelha proveniente da tela. 28. (Vunesp) Dentre as complicações que um portador de diabetes não controlado pode apresentar está a catarata, ou seja, a perda da transparência do cristalino, a lente do olho. Em situações de hiperglicemia, o cristalino absorve água, fica intumescido e tem seu raio de curvatura diminuído (figura 1), o que pro- voca miopia no paciente. À medida que a taxa de açúcar no sangue retorna aos níveis normais, o cristalino perde parte do excesso de água e volta ao tamanho original (figura 2). A repetição dessa situação altera as fibras da estrutura do cristalino, provocando sua opacificação. Disponível em: <www.revistavigor.com.br>. (Adaptado.) Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 94 7/18/18 11:37 AM 95 FÍ S IC A De acordo com o texto, a miopia causada por essa doen- ça deve-se ao fato de, ao tornar-se mais intumescido, o cristalino ter sua distância focal: a) aumentada e tornar-se mais divergente. b) reduzida e tornar-se mais divergente. c) aumentada e tornar-se mais convergente. d) aumentada e tornar-se mais refringente. e) reduzida e tornar-se mais convergente. 29. (Vunesp) Após examinar um paciente, um oftalmologis- ta receitou-lhe óculos com lentes esféricas de vergência –1,5 dioptrias. O provável problema visual apresentado por essa pessoa e o tipo das lentes receitadas são, respectivamente: a) hipermetropia e lentes convergentes. b) hipermetropia e lentes divergentes. c) miopia e lentes convergentes. d) miopia e lentes divergentes. e) astigmatismo e lentes convergentes. 30. +Enem [H17] O avanço tecnológico da Medicina propicia o desenvolvimento de tratamento para diversas doenças, como as relacionadas à visão. As correções que utilizam laser para o tratamento da miopia são consideradas seguras até 12 dioptrias, dependendo da espessura e da curvatura da córnea. Para valores de dioptria superiores a esse, o implante de lentes intraoculares é mais indicado. Essas lentes, conhecidas como lentes fácicas (L, F), são implan- tadas junto à córnea, antecedendo o cristalino (C), sem que este precise ser removido, formando a imagem correta sobre a retina (R). O comportamento de um feixe de luz incidindo no olho que possui um implante de lentes fácicas para a correção do problema de visão apresentado é esque- matizado por: a) b) c) d) e) 31. (UEG-GO) Antes das cirurgias a laser, o recurso para a correção de problemas da visão era, quase exclusivamente, o uso de óculos. As superfícies das lentes dos óculos são curvas para: a) dar uma resistência maior ao vidro, protegendo os olhos em caso de impactos sobre os óculos. b) alterar o ângulo de incidência da luz para corrigir dis- torções anatômicas e/ou funcionais dos olhos. c) refl etir totalmente a luz incidente para corrigir a visão. d) fi ltrar, adequadamente, a luz que chega aos olhos, cla- reando a visão. e) aumentar o espalhamento da luz que incidirá no fun- do do olho, aumentando a imagem formada. 32. (UFSC) Fazendo uma análise simplifi cada do olho huma- no, pode-se compará-lo a uma câmara escura. Fazendo uma análise cuidadosa, ele é mais sofi sticado que uma câmera fotográfi ca ou fi lmadora. A maneira como o olho controla a entrada de luz e trabalha para focalizar a imagem para que ela seja formada com nitidez na retina é algo espetacular. A fi gura abaixo apresenta, de maneira esquemática, a estrutura do olho humano e a forma pela qual a luz que parte de um objeto chega à retina para ter a sua imagem formada. Na tabela abaixo, é apresentado o índice de refração de cada uma das partes do olho. Disponível em: <http://adventista.forumbrasil.net/t1533-sisterna -optico-olho-humano-novo-olhar-sobre-a-visao-mais-complexidade>. Acesso em: 18 jul. 2012. (Adaptado.) R e p ro d u ç ã o / V u n e s p , 2 0 1 6 . R e p ro d u ç ã o / E n e m , 2 0 1 5 . R e p ro d u ç ã o / U F S C , 2 0 1 3 . Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 95 7/18/18 11:37 AM 96 CAPÍTULO 4 Parte do olho Índice de refração Córnea 1,37 a 1,38 Humor aquoso 1,33 Cristalino 1,38 a 1,41 Humor vítreo 1,33 Disponível em: <http://adventista.forumbrasil.net/t1533-sisterna-optico -olho-humano-novo-olhar-sobre-a-visao-mais-complexidade>. Acesso em: 18 jul. 2012. (Adaptado.) Com base no exposto, assinale a(s) proposição(ões) correta(s). (01) A imagem do objeto formada na retina é real, inver- tida e menor, o que nos leva a afirmar que o cristali- no é uma lente de comportamento convergente. (02) A velocidade da luz, ao passar pelas partes do olho, é maior no humor aquoso e no humor vítreo. (04) O fenômeno da refração da luz é garantido pelo desvio da trajetória da luz, sendo mantidas constan- tes todas as outras características da luz. (08) A refração da luz só ocorre no cristalino, cujo índice de refração é diferente do índice de refração do hu- mor aquoso e do humor vítreo. (16) A miopia é um problema de visão caracterizado pela formação da imagem antes da retina, sendo corrigi- do com uma lente de comportamento divergente. (32) A presbiopia, popularmente chamada de “vista can- sada”, é um problema de visão similar à hiperme- tropia, sendo corrigido com uma lente de compor- tamento convergente. (64) A hipermetropia é um problema de visão caracterizado pela formação da imagem depois da retina, sendo cor- rigido com uma lente de comportamento divergente. Dê a soma dos números dos itens corretos. Vá em frente Leia TREVOR, D. Lamb. A fascinante evolução do olho. Scientific American, Brasil, ano I, n. 10, 2012. Neste artigo é discutida a evolução da visão humana. Acesse <https://phet.colorado.edu/sims/geometric-optics/geometric-optics_pt_BR.html>. Acesso em: 10 abr. 2018. Utilize a animação interativa para verificar as possibilidades de obtenção de imagens para as lentes convergentes e as divergentes. Autoavaliação: Vá até a página 103 e avalie seu desempenho neste capítulo. Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 96 7/18/18 11:37 AM LÍ N G U A P O RT U G U ES A 97 GabaritoooGabarito FÍ S IC A Capítulo 1 Complementares 9. c 10. a 11. V – V – V – V 12. a 21. e 22. a 23. c 24. a) 2,0 m 6,0 m 6,0 m L C 6,0 m 6,0 m S L A r i b) 10 m Tarefa proposta 1. d 2. b 3. c 4. c 5. a 6. c 7. c 8. 2,25 ∙ π2 m2 9. e 10. d 11. b 12. c 13. b 14. d 15. a 16. a) 18 m b) 1 m 17. b 18. c 19. e 20. c 21. b 22. b 23. a 24. a) Figura I E E’d = 5 m 2m 2 m b) Figura II E E’d = 5 m C F FC c) 6 m e 4 m 9. c 10. a 11. d 12. c 13. d 14. Soma = 20 (04 + 16) 15. a 16. e 17. a 18. c 19. d 20. b 21. a) Se a imagem é projetada, con- clui-se que é real, sendo este es- pelho côncavo. f = 48 cm b) 12,6 cm 22. Soma = 18 (02 + 16) 23. 1,25 e 40 cm 24. a) 120 cm b) 9 cm c) p = 120 cm p’ = 40 cm 30 cm O C i f v 25. a) C F O b) C F O c) 5 cm 26. c 27. a 28. 40 cm 29. d 30. c 31. a) 0,5 m b) 1/6 32. b Capítulo 3 Complementares 9. d 10. 2,5º 11. a) Refl exão e refração b) Ar B Vidro 50° 40° 75° 75° A i = 50° 25. b 26. d 27. d 28. d 29. a) L Régua E O D O’ b) 1,5 m 30. d 31. a 32. a Capítulo 2 Complementares 9. a 10. a) E Satélite F b) Ocorre porque, se o elemento receptor da antena fosse posi- cionado no foco principal, ele e a respectiva haste de susten- tação fariam sombra sobre a su- perfície parabólica, reduzindo a quantidade de energia aprovei- tada pelo sistema. 11. a 12. d 21. d 22. e 23. a) Para o pequeno espelho, o obje- to, colocado em F, é virtual, pois é formado pelos prolongamen- tos dos raios. b) –4/3 cm c) f , 0, espelho convexo. 24. c Tarefa proposta 1. e 2. c 3. b 4. d 5. b 6. b 7. c 8. b Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 97 7/18/18 11:37 AM 98 12. a 21. c 22. 1,5 m 23. L = 30° 90° 45° 45° 45° 24. a) 0,8 b) 4/3 Tarefa proposta 1. a 2. a 3. a 4. c 5. d 6. d 7. b 8. a 9. 37º 10. e 11. c 12. b 13. a 14. a) 0,125 W/m2 b) 3 15. e 16. 1,2 ∙ 108 m/s 17. a) 36d (M) b) 27d (M) 23. c 24. c Tarefa proposta 1. c 2. b 3. d 4. b 5. a 6. a) 20 cm b) 20 cm 7. a 8. b 9. e 10. c 11. d 12. a) 120 cm e 30 cm b) –4,8 cm e –0,3 cm 13. b 14. a 15. e 16. d 17. b 18. d 19. e 20. c 21. a 22. b 23. a 24. b 25. a 26. d 27. a 28. e 29. b 30. d 31. b 32. Soma = 51 (01 + 02 + 16 + 32) 18. b 19. c 20. c 21. b 22. Soma = 26 (02 + 08 + 16) 23. e 24. a 25. a 26. b 27. c 28. a 29. a 30. b 31. a) 20º b) Prisma de vidro Feixe de luz 30o –80o –60o –50o –40o –30o –20o –10o 10o 20o 30o 40o 50o 60o 70o 80o 0o –70o d c) De baixo para cima a ordem será: violeta, azul, verde e amarelo 32. c Capítulo 4 Complementares 9. e 10. b 11. Soma = 15 (01 + 02 + 04 + 08) 12. a) 1,4 mm b) 5,1 . 106 W/m2 21. e 22. d Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 98 7/18/18 11:37 AM REVISÃO1-2 Nome: Data: Turma:Escola: 99 Física – Óptica Capítulo 1 – Princípios da Óptica / Espelhos planos Capítulo 2 – Espelhos esféricos H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às fi nalidades a que se destinam. 1. (Uerj) A altura da imagem de um objeto, posicionado a uma distância P 1 do orifício de uma câmara escura, corresponde a 5% da altura desse objeto. A altura da imagem desse mesmo objeto, posicionado a uma distância P 2 do orifício da câmara escura, corresponde a 50% de sua altura. Calcule P 2 em função de P 1 . Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 99 7/18/18 11:37 AM 100100 H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às fi nalidades a que se destinam. 2. Um grupo de estudantes constrói um aquecedor solar usando uma bacia semiesférica côncava, de 80 cm de diâmetro, cuja superfície interna foi polida de tal modo que consiga refl etir 75% da luz solar incidente, como mostra a fi gura. 80 cm Luz solar Considerando que, num dia típico de verão, a intensidade da radiação solar seja de 800 W/m2, estime: a) a que distância do fundo da bacia deve ser colocada uma panela para que ela receba a máxima radiação solar possível após a refl exão na superfície côncava; b) a quantidade de energia radiante que incide na panela, colocada de acordo com o item anterior, em 10 minutos. W m 2 Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 100 7/18/18 11:37 AM REVISÃO Nome: Data: Turma:Escola: 101 3-4 Física – Óptica Capítulo 3 – Refração da luz Capítulo 4 – Lentes esféricas H17 Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráfi cos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica. 1. (Fuvest-SP) Câmeras digitais, como a esquematizada na fi gura, possuem mecanismos automáticos de focalização. Em uma câmera digital que utilize uma lente convergente com 20 mm de distância focal, a distância, em mm, entre a lente e o sensor da câmera, quando um objeto a 2 m estiver corretamente focalizado, é, aproximadamente: a) 1 b) 5 c) 10 d) 15 e) 20 R e p ro d u ç ã o / F u v e s t- S P, 2 0 1 8 . Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 101 7/18/18 11:37 AM 102102 H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às fi nalidades a que se destinam. 2. Durante uma aula sobre Óptica, um professor de Física notou certa difi culdade para ler o enunciado de uma questão em seu livro-texto. Puxando da memória suas aulas no começo da carreira, ele lembrou que era capaz de enxergar as letras do livro com nitidez, mesmo este estando a apenas 25 cm dos olhos. Atualmente, entretanto, constatou ser necessário colocar o livro a 50 cm dos olhos para conseguir ler o enunciado com nitidez. Se você fosse um oftalmologista e tivesse de prescrever óculos a esse professor, que tipo de lente você indicaria, convergente ou divergente? De quantos “graus” deveria ser essa lente? 1 f 1 p 1 'p 1 0,25 1 0 – 0,5 Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 102 7/18/18 11:37 AM 103 FÍ S IC A Atribua uma pontuação ao seu desempenho em cada um dos objetivos apresentados, segundo a escala: 4 para excelente, 3 para bom, 2 para razoável e 1 para ruim. Escala de desempenho Agora, somando todos os pontos atribuídos, verifi que seu desempenho geral no caderno e a recomendação feita a você. Entre 48 e 36 pontos, seu desempenho é satisfatório. Se julgar necessário, reveja alguns conteúdos para reforçar o aprendizado. Entre 35 e 25 pontos, seu desempenho é aceitável, porém você precisa rever conteúdos cujos objetivos tenham sido pontuados com 2 ou 1. Entre 24 e 12 pontos, seu desempenho é insatisfatório. É recomendável solicitar a ajuda do professor ou dos colegas para rever conteúdos essenciais. Procure refl etir sobre o próprio desempenho. Somente assim você conseguirá identifi car seus erros e corrigi-los. Avalie seu desempenho no estudo dos capítulos deste caderno por meio da escala sugerida a seguir. Autoavaliação Princípios da Óptica / Espelhos planos 4 3 2 1 Compreende os princípios de propagação da luz e que ela se propaga em linha reta? 4 3 2 1 Consegue diferenciar os fenômenos da refl exão, da refração e da absorção? 4 3 2 1 É capaz de entender como se dá a formação de imagens em espelhos planos utilizando-se das leis da refl exão? Espelhos esféricos 4 3 2 1 Consegue diferenciar um espelho côncavo de um convexo? 4 3 2 1 Sabe realizar as construções de imagens para as várias posições do objeto, em espelhos esféricos? 4 3 2 1 Compreende como usar as equações de Gauss e do aumento linear transversal? Refração da luz 4 3 2 1 Compreende que as diversas cores da luz apresentam velocidades diferentes em um mes- mo meio de propagação? 4 3 2 1 Consegue identifi car a refl exão total como uma limitação do fenômeno da refração? 4 3 2 1 É capaz de explicar o fenômeno da dispersão luminosa? Lentes esféricas 4 3 2 1 Compreende como são feitas as diversas construções de imagens para as lentes conver- gentes e as divergentes? 4 3 2 1 Consegue identifi car instrumentos ópticos que se utilizam de lentes para funcionar? 4 3 2 1 É capazde distinguir os diversos tipos de anomalia que acometem o órgão visual huma- no, bem como as correções necessárias? Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 103 7/18/18 11:37 AM 104 Revise seu trabalho com este caderno. Com base na autoavaliação, anote abaixo suas conclusões: aquilo que aprendeu e pontos em que precisa melhorar. Conclus‹o Direção geral: Guilherme Luz Direção editorial: Luiz Tonolli e Renata Mascarenhas Gestão de projetos editoriais: João Carlos Puglisi (ger.), Renato Tresolavy, Thaís Ginícolo Cabral, João Pinhata Edição e diagramação: Texto e Forma Gerência de produção editorial: Ricardo de Gan Braga Planejamento e controle de produção: Paula Godo, Adjane Oliveira e Mayara Crivari Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.), Kátia Scaff Marques (coord.), Rosângela Muricy (coord.), Ana Paula C. Malfa, Brenda T. de Medeiros Morais, Carlos Eduardo Sigrist, Célia Carvalho, Celina I. Fugyama, Gabriela M. de Andrade e Texto e Forma Arte: Daniela Amaral (ger.), Catherine Saori Ishihara (coord.), Daniel de Paula Elias (edição de arte) Iconografi a: Sílvio Kligin (ger.), Denise Durand Kremer (coord.), Monica de Souza/Tempo Composto (pesquisa iconográfi ca) Licenciamento de conteúdos de terceiros: Thiago Fontana (coord.), Tempo Composto – Monica de Souza, Catherine Bonesso, Maria Favoretto e Tamara Queiróz (licenciamento de textos), Erika Ramires, Luciana Pedrosa Bierbauer e Claudia Rodrigues (analistas adm.) Tratamento de imagem: Cesar Wolf e Fernanda Crevin Cartografi a: Eric Fuzii (coord.), Mouses Sagiorato (edit. arte), Ericson Guilherme Luciano Design: Gláucia Correa Koller (ger.), Aurélio Camilo (proj. gráfi co) Todos os direitos reservados por SOMOS Sistemas de Ensino S.A. Rua Gibraltar, 368 – Santo Amaro São Paulo – SP – CEP 04755-070 Tel.: 3273-6000 © SOMOS Sistemas de Ensino S.A. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Ético Sistema de Ensino : ensino médio : livre : física : cadernos 1 a 12 : aluno / obra coletiva : responsável Renato Luiz Tresolavy. -- 1. ed. -- São Paulo : Saraiva, 2019. Bibliografi a. 1. Física (Ensino médio) I. Tresolavy, Renato Luiz. 18-12934 CDD-530.7 Índices para catálogo sistemático: 1. Física : Ensino médio 530.7 2019 ISBN 978 85 5716 236 5 (AL) Código da obra 2150354 1a edição 1a impressão Impressão e acabamento Uma publicação 627766 Et_EM_2_Cad7_Fis_c04_71a104.indd 104 7/18/18 2:44 PM