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Estudo Dirigido – Imunologia – Avaliação Regimental – 2022 Reações de Hipersensibilidade – são distúrbios causados por respostas imunes - Autoimunidade – reações contra antígenos próprios. (Lúpus, Artrite Reumatóide) - Reações contra microrganismos – respostas imunes excessivas ou microrganismos persistentes. (Tuberculose, Doença do Intestino Irritável) - Reações contra antígenos ambientais – alergias a pólen, poeira ou determinadas substâncias – não é controlada adequadamente em resposta imune patológica, difícil controle ou interrupção, tendem a ser crônicas. Hipersensibilidade Tipo 1 (Imediata) – desencadeada por Anticorpos IgE e células Th2, que sensibilizam Mastócitos, Eosinófilos e seus mediadores que causam lesão tecidual, alergia (Anafilaxia, Asma) - Primeira exposição ao antígeno – Linfócito B captura o antígeno apresenta para o Linfócito T, que se diferencia para Célula Th2 estimula o Linfócito B a produzir anticorpos IgE anticorpo IgE se liga aos Mastócitos, que ficam sensibilizados. - Segunda exposição ao antígeno – antígeno se liga ao anticorpo IgE no Mastócito causando a degranulação, liberação de aminas vasoativas e mediadores lipídicos que causam a reação de hipersensibilidade imediata, minutos após a exposição causando vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular, bronco- constrição e hipermotilidade intestinal. Hipersensibilidade Tipo 2 (mediada por Anticorpo) – desencadeada por IgM, IgG contra antígenos de superfície celular e matriz extracelular e também atacam componentes próprios, ocorre opsonização e fagocitose de células, recrutamento e ativação de leucócitos e anormalidade nas funções celulares. (Anemia hemolítica, Púrpura trombocitopenica). - Anticorpo se liga a uma célula própria opsoniza a célula Célula é fagocitada e destruída. - Anticorpo se liga a receptor da Tireoide estimula a célula a secretar hormônios causando hipertiroidismo. - Anticorpo se liga a receptor no músculo impede a ligação da Acetilcolina causando fraqueza muscular e paralisia – miastenia graves. Hipersensibilidade Tipo 3 (imunocomplexo) – desencadeada por Imunocomplexos de antígenos e anticorpos (IgM ou IgG), ocorre recrutamento e ativação de leucócitos. (Lúpus, Poliarterite nodosa). Junção de vários anticorpos à vários antígenos, formando um complexo se depositam em algum local do organismo causando reação inflamatória recrutando neutrófilos, macrófagos liberando enzimas causando destruição tecidual. Hipersensibilidade Tipo 4 (mediada por Célula T) Tardia – desencadeada por T CD4+ e T CD8+, causando inflamação por citocina, morte direta de célula-alvo. (Esclerose Multipla, Artrite Reumatoide, Diabetes Tipo 1) Linfocitos T CD4 ou CD8 reconhecendo antígenos próprios secreta citocinas causam lesão tecidual. Transplantes - Retirada de células, tecidos ou órgãos (enxertos) de um indivíduo (doador) e inseridos em outro indivíduo (receptor). Em alguns casos, o doador e o receptor podem ser o mesmo indivíduo, por ex: cirurgia de ponte de safena - retira-se uma veia da perna do indivíduo e enxerta-se na circulação coronariana. Os transplantes são feitos para suprir um déficit funcional do receptor - Rejeição - Resposta Imune contra os transplantes (resposta imune do receptor aos tecidos do doador (reconhecidos como estranhos) Tipos de enxertos - Autólogo - Transplante do enxerto para o próprio indivíduo (doador = receptor) – Ponte de Safena. Não tem rejeição. - Singênico - Transplante entre indivíduos geneticamente idênticos. Não tem rejeição. - Alogênico - Transplante entre indivíduos da mesma espécie, mas geneticamente diferentes. Diferentes graus de rejeição, de acordo com a semelhança genética entre o doador e o receptor - definida principalmente pelo MHC - Genogênico - Transplante entre indivíduos de espécies diferentes. ALTAMENTE REJEITADOS (nenhuma semelhança genética entre indivíduos) Como diminuir a rejeição? - Imunosuprimindo o receptor, diminuir a atividade do sistema imune, para que não haja um ataque muito incisivo. Problema: indivíduo com sistema imune debilitado: - Susceptível a infeções e tumores. ALOENXERTOS: Transplante entre indivíduos da mesma espécie geneticamente diferentes - reconhecimento de aloantígenos. Sistema imune do receptor reconhece as células do doador como estranhas - resposta imune contra o enxerto (as células do doador não necessariamente terão somente moléculas idênticas ao do receptor na membrana) MHC ≠ entre doador e receptor REJEIÇÃO REJEIÇÃO via MHC - O TCR (receptor dos linfócitos T) é restrito ao MHC próprio, ou seja, ele só reconhece uma apresentação de antígeno feita pelo MHC do próprio indivíduo, mas como o MHC do doador apresenta o antígeno para a célula T do receptor? Teoricamente isso não deveria acontecer, pois o TCR do linfócito do receptor não deveria aceitar a apresentação do MHC do doador (que é estranho a ele). Apresentação direta Célula APC do Doador expressa MHC I que é reconhecido pelo receptor do Linfócito T do receptor encaixe perfeito desencadeia resposta imune Apresentação indireta Tecido enxertado com MHC II expressado Célula APC identifica e fagocita o MHC apresenta a Linfócito T não desencadeia resposta imune. Etapas da ativação de Células T - Sensibilização – onde células dendriticas do doador ou do receptor transportam aloantigenos para o linfonodo onde vão apresentar para os Linfócitos T, gerando Células T efetoras. - Rejeição – após a ativação e geração de Células T efetoras, migram para o local do enxerto e atacam as células alvo do doador ou através de secreção de citocinas, gerando processo inflamatório. Tipos de Rejeição - Hiperaguda - Acontece minutos ou horas após o transplante. Anticorpos pré-existentes se ligam a antígenos no enxerto causam resposta inflamatória evoluindo para oclusão trombótica, impedindo a passagem de sangue para a região do enxerto podendo ter a morte do órgão transplantado. - Aguda – Acontece nos primeiros 6 meses após do transplante. Linfócitos T CD8 reconhecem antígenos nos vasos sanguíneos causando dano celular parenquimal e inflamação intersticial necrose da parede do vaso. - Crônica – a partir de 6 meses após o transplante. Ativação de Linfócitos T CD4 ativa macrófagos Intensa produção de citocinas causando proliferação de células musculares internas, ocluindo o vaso, isquemia do órgão e necrose. Transplante de Células Sanguíneas – mais conhecido como transfusão. A principal barreira à transfusão é a presença de antígenos de grupo sanguíneo, os protótipos dos quais são os antígenos ABO. São anticorpos naturais (IgM), que produzimos desde a infância (a partir dos 3 meses) . Anti-A e Anti-B. Doação de Sangue Transfusões de tipos sanguíneos não aceitos levam a: - Ligação de anticorpos às células transfundidas; - Fagocitose extensiva de hemácias opsonizadas; - Ativação do complemento; - Lise intravascular; - Insuficiência renal devido a hemoglobina; - Coagulação intravascular; - Hemorragia. Fator Rh - sistema de grupos sanguíneos, indica se o sangue é positivo (aglutinado) ou negativo (não aglutinado). Um Paciente AB+ pode receber sangue de um Paciente AB-? Porque? - Sim, pode. Desde que o doador não tenha anticorpos anti-Rh no plasma. Um Paciente AB- pode receber sangue de um Paciente AB+? Porque? - Não, pois o paciente fator Rh negativo será sensibilizado com o fator Rh do doador, produzindo anticorpos anti-Rh. Eritroblastose fetal - também denominada doença de Rhesus, doença hemolítica por incompatibilidade Rh ou doença hemolítica do recém-nascido, surge quando uma mãe Rhque já tenha gestado um filho Rh+ (ou que já tenha entrado em contato com sangue Rh+, durante uma transfusão sanguínea inadequada) dá à luz uma criança com sangue Rh+. - Consequências: - Danos cerebrais; - Insuficiência cardíaca; - Insuficiência hepática; - Icterícia - Bilirrubina pode se acumularno cérebro do bebê, causando surdez ou, até mesmo, problemas mentais; - Anemia; - Aborto espontâneo, hidropsia fetal (acúmulo anormal de líquido em tecidos fetais) e, em casos mais graves, óbito fetal. - Como evitar? - Durante o pré-natal, avalia o tipo sanguíneo da mãe e um teste sorológico - verifica a presença de anticorpos anti-Rh. – Caso possua Rh-, solicita avaliação do tipo sanguíneo do pai. - Caso ele possua Rh+, na gestante é aplicada intramuscular de um antissoro anti-Rh, chamado de imunoglobulina anti-Rh ou imunoglobulina anti-D. - Esse soro impede a produção de novos anticorpos pela mãe. Tumores - processo patológico que resulta na proliferação anormal, descontrolada e progressiva das células neoplásicas de um tecido, que leva ao crescimento tumoral, à invasão e, para alguns tipos de tumores, a metástases. Os tumores podem ser benignos ou malignos. - Benignos: • Expansivos • Recidivas pouco frequentes quando completamente excisados • Não metastatizam • Crescimento lento - Malignos: • Invasivos • Recidivas frequentes mesmo quando completamente excisados • Podem metastatizar • Crescimento rápido O câncer é decorrente de erros em 3 sistemas: - Reparos no DNA; - Apoptose; - Sistema Imune. Uma das funções fisiológicas do sistema imunológico é evitar o crescimento de células transformadas ou destruir essas células antes que elas se tornem tumores nocivos - vigilância imunológica. Classificação de Tumores: - Carcinoma: originados de tecidos do endoderma e ectoderma: Ex: pele ou porção interna do epitélio; - Sarcoma: originados dos tecidos derivados do mesoderma. Ex: tumor ósseo; - Leucemias e linfomas: derivados de células hematopoiéticas. Tipos de antígenos tumorais: - proteínas celulares anormalmente expressas (sem mutação) – aquelas que tem baixa expressão em células normais e estão superexpressas em tumores. - antígenos de vírus oncogênicos – podem ser produtos dos vírus, funcionam como antígenos tumorais e podem servir para erradicar tumores. Resposta Imunológica aos Tumores: - Imunidade Inata: macrófagos e células NK - Imunidade Adaptativa: Linfócitos T (CD4 e CD8) e Linfócitos B (anticorpos). - Macrófagos: - Reconhecimento direto dos antígenos tumorais; - Liberam enzimas lisossomais, espécies reativas de oxigênio, óxido nítrico e a citocina TNF-alfa (diminuir a angiogênese, levando a trombose nos vasos sanguíneos dos tumores). - Células NK: - Ativação: redução ou ausência da expressão de MHC classe I por células tumorais; - Pode agir por citotoxicidade mediada por células dependente de anticorpos (ADCC) quando houver anticorpos IgG contra o antígeno tumoral. - Linfócitos T: - O principal mecanismo imunológico de erradicação tumoral é a eliminação das células tumorais por CTL (CD8+) específicos para antígenos tumorais; - A resposta dos linfócitos T CD8 para um antígeno específico depende do fenômeno denominado apresentação cruzada (apresentação aos linfócitos CD8 e CD4 ao mesmo tempo) de antígeno pelas APCs. - Anticorpos: - Linfócitos B se diferenciam em plasmócitos e produzem anticorpos anti-tumorais; - Esses anticorpos se ligam aos antígenos e levam a morte da célula tumoral - Tumores podem deixar de expressar o antígeno tumoral que ativou o sistema imune; - Cél Tumoral libera FasL - induz a apoptose de células T - Céls tumorais recrutam céls T reguladoras (Treg) que se infiltram pelo tumor, produzem citocinas (IL-10 e TGF-beta) – diminuindo resposta imune - Céls tumorais inibem atividade de células NK. Imunoterapia do Câncer - visam prover efetores antitumorais (anticorpos e células T) aos pacientes, imunizar ativamente os pacientes contra os seus tumores e estimular as próprias respostas imunológicas antitumorais. - Vacinas – para tumores com antígenos específicos; - usando as próprias células tumorais ou os antígenos dessas células; - uso de células dendríticas pulsadas com células tumorais como vacinas; - Espera-se que possam imitar o caminho normal de apresentação cruzada e gerar CTL contra as células tumorais. - Administração de citocinas - Aumento da imunidade com administração de citocinas: - IL-2: auxilia na proliferação e ativação de linfócitos T CD8 e células NK; - IFN-gama: aumenta a atividade citotóxica de NK e aumenta a expressão de MHC classe I - Imunização Passiva - Efetores imunológicos injetados em pacientes com câncer; - Anticorpos monoclonais contra antígenos tumorais, em geral acoplados a potentes toxinas; - Os anticorpos se ligam aos antígenos tumorais e tanto ativam os mecanismos efetores do hospedeiro, como fagócitos ou o sistema do complemento, como liberam toxinas para o interior das células tumorais. - Imunização Ativa - O princípio desta estratégia é impulsionar as respostas imunológicas do hospedeiro contra os tumores ao bloquear os sinais inibitórios normais para os linfócitos, removendo, assim, os freios na resposta imunológica. - Imunoterapia - age de forma distinta daquela promovida por qualquer outro tipo de tratamento oncológico. Enquanto os mecanismos de ação contra o tumor oferecidos pela quimioterapia e pelas drogas de alvos moleculares baseiam-se em atacar as células tumorais diretamente, a imunoterapia auxilia o próprio sistema imunológico do paciente a identificar e combater o câncer. Autoimunidade - Uma das principais características do sistema imune é a capacidade de diferenciar o que é próprio do organismo de um elemento estranho, esta não responsividade aos antígenos (próprios), é chamada de tolerância imunológica. Existem vários mecanismos que impedem que células do sistema imune ataque células do próprio organismo, se esses mecanismos falham, o sistema imune pode agredir as células ou tecidos do próprio indivíduo tais reações são chamadas de autoimunidade. - Tolerância Central (nos órgãos linfóides): - Linfócito T amadurece no timo, nesse local acontece a apresentação de antígenos próprios, gerando: • Apoptose do linfócito, morre no órgão linfoide; • Troca nos receptores de superfície (para não reconhecer os antígenos próprios), deixa de ser um linfócito autoreagente e é liberado dos órgãos linfóides; • Desenvolvimento de linfócitos T reguladores (T CD4+). Apesar dos mecanismos de tolerância central, alguns linfócitos auto-reagentes são maturados e migram para tecidos periféricos. - Tolerância Periférica (nos tecidos periféricos): - Caso esse linfócito reconheça um antígeno próprio, ele pode sofrer: • Anergia: estado de inativação (pois não terá um co-estimulador para ser ativado); • Apoptose; • Supressão por uma célula T reguladora. A doença auto imune acontece quando há um dano tecidual ou uma alteração funcional ocasionada por ação do sistema imunológico contra antígenos próprios. Os principais fatores no desenvolvimento da autoimunidade são a herança de genes suscetíveis e os estímulos ambientais, como as infecções. - Órgão específicas: combate a antígenos próprios específicos de um determinado órgão; - Sistêmicas: combate a antígenos próprios em diversos tecidos. - LB auto-reagente produzem auto-anticorpos ou LT autoreagentes que reconhecem as células da tireoide, reação inflamatória local levando a morte da células e a não produção hormonal - hipotireoidismo. - LB produzem autoanticorpos que se ligam ao receptores de TSH nas células da tireoide, ativando-os mesmo sem o seu ligante, ativação da produção de hormônios - hipertireoidismo. Doenças autoimunes - Artrite reumatoide: - Inflamação crônica das articulações sinoviais com destruição progressiva de estruturas cartilaginosas e ósseas. Possíveis causas – fatores hormonais, agentes infecciosos e presença de MHC II. - Lupus Eritematoso Sistêmico: - Possíveis causas: • Fatores genéticos • Fatores hormonais • Fatores ambientais - Anticorpos auto-reativos contra constituintes nucleares: DNA, ribonucleoproteínas, histonas e antígenos de nucléolos; - Imune-complexos se depositam nos glomérulos renais, articulações, pele e vasos sanguíneos. - Anemia Hemolítica:Anticorpos que se ligam a hemácias, lisando-as. - Diabetes tipo I: Linfócitos auto-reagentes que atacam as células beta pancreáticas. - Miastenia Gravis: auto-anticorpos que bloqueiam o receptor de acetilcolina. Os distúrbios causados pela deficiência imunológica são chamados de imunodeficiência. - Imunodeficiências congênitas (ou primárias): podem resultar de anormalidades genéticas em um ou mais componentes do sistema imunológico; - Imunodeficiências adquiridas (ou secundárias): podem resultar de infecções, anormalidades nutricionais ou tratamentos que causam perda ou função inadequada de vários componentes do sistema imunológico. Muitas imunodeficiências congênitas são o resultado de anormalidades genéticas que causam bloqueios na maturação dos linfócitos B, linfócitos T ou ambos. Defeitos na Imunidade Inata - Anormalidades em dois componentes da imunidade inata, fagócitos e sistema do complemento, são causas importantes de imunodeficiência. SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (AIDS) - é causada por infecção pelo HIV. é um retrovírus que infecta células do sistema imunológico, principalmente linfócitos T CD4+ , e causa destruição progressiva dessas células. Ciclo de vida do HIV: - O HIV infecta as células com a principal glicoproteína do envelope, que se liga ao CD4 e receptores de quimiocinas particulares nas células humanas (linfócitos T CD4+ , macrófagos e células dendríticas). - Após se ligar a receptores celulares, a membrana viral se funde com a membrana celular do hospedeiro e o vírus entra no citoplasma celular. - No citoplasma, o vírus é descoberto pela protease viral e o seu RNA é liberado - Uma cópia de DNA do RNA viral é sintetizada e o DNA se integra ao DNA da célula hospedeira - O DNA viral integrado é chamado pró-vírus. O vírus da imunodeficiência humana é um retrovírus que infecta células do sistema imunológico, principalmente linfócitos T CD4+, e causa destruição progressiva dessas células. - Caso a célula T infectada, macrófago ou célula dendrítica seja ativado por algum estímulo extrínseco, como outro agente infeccioso, a célula responde ativando a transcrição de muitos genes próprios e frequentemente pela produção de citocinas, que também podem ativar o pró-vírus, levando à produção de RNA virais e proteínas. O vírus é, então, capaz de formar uma estrutura central, que migra para a membrana celular, adquire um envelope lipídico do hospedeiro e é liberado como uma partícula infecciosa viral, pronta para infectar outra célula. SÍFILIS Transmissão - A penetração da bactéria no hospedeiro ocorre por meio do contato da mucosa/pele lesionada: - Via sexual (sífilis adquirida); - Verticalmente (sífilis congênita); - Contato com as lesões (Cranco duro); - Contato com materiais contaminados (Agulhas e transfusão sanguínea). Bactéria: Treponema pallidum - É uma bactéria Gram- negativa. - Sífilis Primária - caracterizada pelo aparecimento de uma lesão ulcerada no sítio da infecção nos órgãos genitais, denominado Cranco duro e apresenta os linfonodos aumentados na região genital. - Sífilis Secundária - dissemina para órgãos e fluídos formando lesões/erupções na pele, principalmente na região palmar e plantar; Sintomas: febre, mal-estar,cefaleia e linfadenopatia; - Sífilis Terciária - Vários anos após o período latente, isso ocorre em 25% nos pacientes não tratados; Sífilis gomosa - Lesões granulomatosas em vários órgãos (pele e ossos); Sífilis cardiovascular - Aneurismas aórtico; Neurosífilis - Inflamação do SNC gerando demência, convulsões, perda de coordenação dos movimentos voluntários, perda de visão ou audição e artropatias. - Sífilis Congênita - Infecção do feto por via transplacentária; Comum no estágio latente da sífilis; Pode gerar a morte no feto ou lesões de pele e mucosas, lesões hepáticas, pulmonares, renais, ósseas, lesões oculares, deformações ósseas, lesões neurológicas e deformação nos dentes (dentes de Hutchinson). Diagnóstico - Fase primária: - Método direto: Rapagem do cranco e observação do exsudato por microscopia de campo escuro onde se observa espiroquetas. - Após a fase primária: - Testes sorológicos que são não treponêmicos (não confirmatórios) e treponêmicos (confirmatórios); - Testes não treponêmicos: Detectam anticorpos (IgG e IgM) contra cardiolipinas por um método de aglutinação indireta; - Método: VDRL (Veneral Disease Research Laboratory) – Teste de floculação; A sífilis tem cura, e se não for tratada, a bactéria pode espalhar-se pelo organismo e, após anos de infecção, levar a complicações graves. Penicilina é a droga de escolha; HEPATITES VIRAIS - Os vírus hepatotrópicos constituem um grupo de agentes virais diversos que compartilham a habilidade de provocar inflamação e necrose do fígado; - Enteral: - Vírus da hepatite A (VHA) e vírus da hepatite E (VHE); - Transmissão pela via fecal-oral - Parenteral: - Vírus da hepatite B (VHB), hepatite C (VHC) e hepatite D (VHD); - Transmissão por relação sexual, seringas contaminadas, transfusão de sangue; - HEPATITE A aguda - Assintomática na maioria dos casos, especialmente em crianças; - Maior proporção de casos sintomáticos e casos mais graves em pacientes > 50 anos. Sintomas: - Febre; - Dor abdominal; - Náuseas ou vômitos; - Mal-estar; - Fraqueza muscular; - Icterícia: 5-10% < 6 anos Pode chegar a 70-80% em adultos (media 60%) - Urina escura; - Hipocolia fecal. Diagnóstico - Dosagem de IgM e IgG anti-HAV - Método: ELISA - HEPATITE B - Transmissão: relação sexual, transfusão sanguínea, material cirúrgico contaminado, compartilhamento se seringas e agulhas; Transmissão vertical (mãe/filho) e pela amamentação; Período de incubação (PI): 30 a 180 dias (média 70 dias); Após o PI surge a infecção aguda: Assintomática na maioria dos casos. Diagnóstico - Dosagem de IgM e IgG anti-HBV - Método: ELISA, teste rápido (imunocromatografia) - HEPATITE D - manifestações da hepatite aguda variam de hepatite benigna a doença fulminante; Na forma crônica de hepatite os pacientes podem ser portadores assintomáticos ou progredirem mais rapidamente para cirrose ou carcinoma; A infecção aguda pode ocorrer em duas situações: - Coinfecção aguda com o VHB; - Superinfecção em paciente cronicamente infectado pelo VHB. Transmissão: - Parenteral semelhante ao do vírus B. Diagnóstico - HBsAg: Antígeno de superfície da Hepatite B Anti-HBc: Anticorpos totais contra o núcleo do vírus da Hepatite B - Dosagem de IgM e IgG anti-HDV - Método: ELISA. - HEPATITE C - Vias de transmissão: - Transfusão de sangue e uso de drogas injetáveis; - Hemodiálise; - Acupuntura, “piercings”, tatuagem, droga inalada, manicures, barbearia, instrumentos cirúrgicos; - Transmissão vertical ( 4 a 6%); - Aleitamento materno; - Acidente ocupacional; - Transplante de órgãos e tecidos; - Relacionamento sexual. Diagnóstico - Dosagem de anticorpo anti-HCV - Método: ELISA, teste rápido (imunocromatografia) - HEPATITE E - Transmissão : Via fecal-oral; - Manifestações clínicas de hepatite aguda inespecíficas; Hepatite fulminante: - 0,5% a 3% dos casos; - Durante a gestação pode chegar a 25% dos casos de hepatite aguda; Não se associa a doença hepática crônica, cirrose ou CHC; Pode causar descompensação hepática em pacientes com doença crônica do fígado. Diagnóstico - Dosagem de IgM e IgG anti-HEV - Método: ELISA DIAGNÓSTICO IMUNOLÓGICO DO HIV - Dosagem de IgM e IgG anti-HIV; - Dosagem do antígeno viral: p24. - Métodos: ELISA e testes rápidos por imunocromatografia Imunização - aquisição de proteção imunológica contra uma infecção, tem como objetivo aumentar a resistência de um indivíduo contra infecções, administrada por meio de vacina, imunoglobulina ou por soro de anticorpos. - Imunidade passiva: - Recebida passivamente através da transferência de soro/plasma ou células de indivíduos já imunizados, recebe os anticorpos prontos; - Produz uma rápida e eficiente proteção, porém, temporária, durando em média poucas semanas ou meses (Natural – anticorposda mãe para o feto / Artificial - Injeção de anticorpos pré formados) - Imunização ativa: - Produção de anticorpos pelo próprio indivíduo pela exposição ao antígeno, provocando imunidade protetora e memória imunológica; - Dura por vários anos, às vezes, por toda uma vida; - Se bem sucedida, em exposição subseqüente provoca reposta reposta imune aumentada capaz de eliminar o patógeno ou prevenir prevenir a doença. (Natural - contraindo uma doença infecciosa / Artificial: vacinação) Diferentes tipos de vacinas - Organismos vivos atenuados - A atenuação é um processo pelo qual a virulência (patogenicidade) do agente infeccioso é reduzida de forma segura, para não causar a doença, mas ao mesmo tempo, é capaz de estimular a resposta imunológica, por ex: vírus atenuados. (Pólio, Sarampo; • Caxumba; • Rubéola; • Varicela/Catapora; • Febre amarela; • Rotavírus) - Organismos mortos/inativos - O agente infeccioso é inativado por agentes químicos, calor, radiação ou antibióticos, como formaldeído, e torna-se incapaz de se multiplicar, mas apresenta sua estrutura e seus componentes, preservando a capacidade de estimular o sistema imunológico. (gripe, cólera, pólio, hepatite A e raiva) - Fragmentos subcelulares - Diferente da introdução de micro-organismos atenuados ou inativos para gerar uma resposta do sistema imune, um fragmento dele, como uma subunidade proteica, pode gerar uma resposta do sistema imunológico. (vírus influenza tipo B) - Vacinas recombinantes - As vacinas de subunidades produzidas por técnicas de engenharia genética, onde outros micróbios são programados para produzir a fração antigênica desejada. (vacina contra o vírus da hepatite B consiste de um fragmento da proteína do envelope viral produzida por uma levedura modificada geneticamente) - Toxóide - toxinas inativadas, são vacinas dirigidas contra as toxinas produzidas por um patógeno. (tétano e difteria) - Vacina com o uso de vetores - vetor é um vírus que não possui um gene para reprodução e é usado para transportar material genético de outro vírus contra o qual a vacina está sendo aplicada a uma célula. - Por serem vetores vivos, indivíduos imunizados com estes vetores desenvolvem ampla gama de respostas imunológicas, incluindo respostas citotóxicas células T-CD8 dependentes e a produção de anticorpos. (Ebola) Adjuvantes - Substâncias adicionadas a vacinas que aumentam ou modulam a imunogenicidade dos antígenos presentes na formulação. Aumentam a sensibilização de indivíduos reduzindo o número de doses para conferir proteção; Aumentam a duração da resposta imune; COMO FUNCIONA A VACINA DE RNA MENSAGEIRO? - carregam o código genético do vírus que contém as instruções para que as células do corpo produzam determinadas proteínas, atuam introduzindo nas células do organismo a sequência de RNA mensageiro, que contém a “receita” (sequencia de genes) para que essas células produzam uma proteína específica do vírus. - Uma vez que essa proteína seja processada dentro do corpo e exposta ao nosso sistema imunológico, este pode identificá-la como um antígeno e criar imunidade contra ele. BioNTech - PFIZER - Mecanismo de ação: RNA mensageiro CORONAVAC (SINOVAC BIOTECH) - Mecanismo de ação: vírus inativado. OXFORD – ASTRAZENECA e JANSSEN - Mecanismo de ação: Vetor viral não replicante (adenovírus). Infecção por Coronavírus - O vírus usa a Proteína Spike, presente em sua superfície, para se ligar em Receptores ACE2 na superfície das células humanas. - Uma vez dentro, essas células vão traduzir o RNA do vírus para produzir mais vírus - APCs captam o vírus e exibem partes dele para ativar células T CD4 auxiliares. - Os linfócitos T CD4 permitem outras respostas imunes: • Linfócitos B produzem anticorpos que podem impedir o vírus de infectar células, bem como marcar o vírus para destruição. • Linfócitos T citotóxicos (CD8) identificam e destroem células infectadas pelo vírus.
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