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ANATOMIA DE AVES · Evolução: manutenção das escamas dos pés e modificação das escamas corporais em penas Características externas e tegumento PELE · Pele fina, frouxa e solta dos tecidos facilmente · As verrugas são onde os folículos das penas estão inseridos · Pterígeo: onde brotam as penas · Aptério: regiões desprovidas de penas. Existem plumas (penas bem pequenas), que são macias. · Não é vascularizada. Nutrição por difusão das camadas profundas para a mais superficial · Pobremente inervada · Pele amarelada ao longo do corpo, mas é mais clara em galinhas poedeiras, nas quais o pigmento é incorporado à gema do ovo · Possuem uma prega de pele ventralmente à abertura do meato acústico externo, com tonalidade diferente, igual à da casca do ovo · Quando está chocando ela perde algumas penas para que haja mais transmissão de calor corporal para o ovo · Propatágio: prega de pele que se estende do ombro ao carpo e permite o vôo da ave, ela estica quando a asa abre. · Pele do pescoço e abaixo da região peitoral: injeção subcutânea · Derme delgada no corpo · Barbelas e cristas: protuberâncias ornamentais macias da pele da cabeça. A parte vermelha é a derme, recoberta com uma epiderme delgada, muito fina, sendo facilmente lesionada. · Monco do peru = crista da galinha · Não possui pálpebra superior e possui a inferior bem desenvolvida · Não se vê a esclera pela abertura palpebral, apenas a córnea e a íris · Pécten: nutre a retina por difusão, pois ela não é vascularizada. Também funciona como uma lente de aumento, precisando de pequena quantidade de luz para se sensibilizar · Quiasma óptico, cerebelo e lobo óptico muito desenvolvidos. O olfato da ave não é desenvolvido, pois não há espaço para o bulbo olfatório desenvolver, enquanto o lobo óptico consegue se desenvolver às custas do outro, fazendo com que a visão seja muito boa. · Pés recobertos por escamas, similares às dos répteis · Membrana natatória (entre os dedos) em aves que nadam · Glândula uropígea: - única glândula de pele; - está na base da cauda, na superfície dorsal; é uma glândula com secreção oleosa, direcionada para as penas durante a limpeza; - a secreção é expelida pela papila da glândula urupígea - coleta a gordura para impermeabilizar as penas da superfície ventral pra não afundar ao nadar. · Não possuem glândula sudorípara, logo perdem calor através da pele e do sistema respiratório. PENAS · Recobrem todo o corpo e auxiliam na transformação dos membros torácicos em asas · Tornam as aves mais leves em relação ao seu tamanho, aumentando sua eficiência no ar · Também atuam na termorregulação e proteção · Pena de cobertura: - Implantadas no folículo da pena (região de reentrância da pele) por intermédio de uma estrutura chamada canhão, que é queratinizado, longo e oco. - Por ser oco, o que vai dar estabilidade à pena é a papila dérmica, que entra no canhão. - O canhão prolonga durante toda a pena, diminuindo em diâmetro, passando a chamar haste, que é onde fixa o vexilo. - O vexilo é formado por projeções laterais chamadas barbas. Cada barba é preenchida por bárbulas dos dois lados. - As bárbulas dorsais possuem os ganchos, que fazem conexão com as bárbulas ventrais da próxima barba, pra manter a estabilidade nas penas. Os ganchos promovem uma textura mais dura às penas. · Penugem: - vexilo com barbas e cada barba possui as bárbulas dos dois lados, numa orientação desorganizada. · Existe músculo eretor da pena Ossos e músculos - membros torácicos se desenvolveram em asas - costelas formadas por duas metades e quando se encontram fazem um ângulo de 45° CRÂNIO · Ranfoteca (nome técnico do bico) formada por: - rinoteca (formado pela base óssea denominada pré-maxila, onde há duas aberturas, a narina, que levam à cavidade nasal) - gnatoteca (mandíbula). · · · · · · Órbita óssea grande – olhos grandes · Há o septo interorbital · Encéfalo pequeno · Anel escleral: cartilaginoso e se calcifica com o crescimento/envelhecimento, dá estabilidade ao globo ocular dentro da órbita óssea. · Arco jugal: substitui o osso zigomático e o arco zigomático. Faz articulação com a rinoteca. · Côndilo do occipital único e cilíndrico · Ave não tem dente para que o peso da cabeça seja reduzido COLUNA VERTEBRAL · Costela vertebral se prende á vértebra e costela esternal se prende ao esterno · Pode ter até 25 vértebras cervicais · Há vestígios de processos transversos das vértebras dos mamíferos* · 7 vértebras torácicas, que podem ser individualizadas, parcialmente fundidas ou totalmente fundidas, sendo a última ideal para o vôo. - no caso da fusão total o osso formado tem o nome de notarium. Normalmente a fusão é da terceira à quinta vértebra. A sexta é livre e a sétima se funde com as lombares. · Na costela vertebral há o processo uncinado, que se apoia na costela imediatamente caudal para dar estabilidade ao tórax. · Sinsacro: fusão de vértebras (ultima torácica, lombares, sacrais e uma ou duas cocígeas). Serve para apoiar o coxal · Pelve: púbis delgado, sendo duas hastes finas que não se encontram no plano sagital mediano. · Pigóstilo: fusão das ultimas vértebras coccígeas. · O esterno de aves que não voam é uma placa côncava e relativamente plana. Nas que voam tem uma projeção ventral chamada quilha do esterno, tornando-o mais profundo pra maior inserção muscular. · Coracóide: osso que se articula com o úmero, é onde se prende a clavícula. Os dois têm em ambos os antímeros. · As clavículas fundidas se chamam fúrcula. Esqueleto de galinha: 1, Parte facial do crânio; 2, mandíbula (os ossos do aparelho hiobranquial são apresentados se protraindo abaixo da mandíbula); 3, órbita e anel esclerótico do bulbo do olho; 4, crânio; 5, atlas; 6, áxis; 7, vértebra cervical; 8, articulação do ombro; 9, úmero; 10, rádio; 11, ulna; 12, mão; 13, notário; 14, vértebra torácica livre; 15, sinsacro; 16, vértebra caudal; 17, pigóstilo; 18, ílio; 19, ísquio; 20, púbis; 21, fêmur; 22, costelas; 23, escápula; 24, osso coracoide; 25, clavículas fusionadas; 26, manúbrio do esterno; 27, esterno; 28, quilha; 29, patela; 30, fíbula, 31, tibiotarso; 32, osso sesamoide (cartilagem tibial ossificada) na articulação do jarrete; 33, tarsometatarso. MEMBRO TORÁCICO · Ulna desenvolvida e rádio menor (contrário dos mamíferos) · Só possuem osso radial e ulnar do carpo, não tem intermédio · Fileira distal do carpo fundiu ao metacarpo, formando o carpometacarpo, que se restringe ao metacarpo 3 e 4 · Dedo 4 e 2 com uma falange e o 3 com duas falanges · Canal triósseo: na junção da escápula, coracóide e clavícula. Através dele passa o músculo supracoracóide - músculo importante para alçar vôo, pois ele fica em uma posição profunda, fazendo a adução do membro, abrindo a asa · Músculo peitoral: superficial, faz a abdução do membro, fechando a asa 1, Peitoral; 2, supracoracóideo; 2′, canal triósseo para o tendão de 2; 3, úmero; 4, esterno; 5, clavícula · Secção no tendão do músculo extensor radial do carpo e corte do propatagio impedem a ave de voar 4- propatágio, 5’- tendão do extensor radial do carpo MEMBRO PÉLVICO · A fileira proximal do tarso fundiu na tíbia e a distal no metatarso. - forma o osso tibiotarso e o tarsometatarso. · Para saber o número do dedo: nº de falanges – 1 - 2 falanges: dedo 1 - 3 falanges: dedo 2 ... até o dedo 4 · Dedo 1 e 4 voltados caudalmente, 2 e 3 voltados cranialmente em algumas aves que empoleiram, como os psitacídeos. A maioria possui apenas o dedo 1 voltado caudalmente, sendo muito funcional também para empoleirar mas também para agarrar presas. · Machos possuem espora APARELHO DIGESTÓRIO · Lábio substituido pelo bico e intestino curto (defeca o tempo todo) – diminuem o peso da ave pra facilitar o vôo · Papo: dilatação do esôfago, estoca comida por um tempo quando a moela está cheia · Dois estômagos: - estômago químico: pró-ventrículo (estômago normal) - estômago mecânico: ventrículo ou moela (como se fosse o rúmen). O grão misturado ao sucogástrico e às pedrinhas (ingeridas durante a alimentação) faz com seja fragmentado em pedaços menores. Recoberto pela cutícula gástrica. · Possuem dois cecos e possuem aspecto esverdeado · Língua pontiaguda percebe que tipo de alimento é antes de ingerir · Assoalho: mandíbula · Borda caudal da língua tem aspecto serrilhado pra mandar o alimento pro esôfago. · Língua presa ao crânio por intermédio do osso hióide. Ele não é protátil · Orofaringe: cavidade do bico ao esôfago (não possui separação evidente entre a boca e a faringe, uma vez que não há palato mole). Comunica-se com a cavidade nasal pela coana e com a tuba auditiva por intermédio da fenda infundibular. - papilas mecânicas na orofaringe que auxiliam no direcionamento do alimento 3: coana 4: fenda infundibular 7: papila “mecânica · Esôfago começa a direita – ventral – direita. · Faringe não possui tireóide e epiglote, mas possui duas aritenoides e uma cricóide. · Nervo vago aderido profundamente a pele do pescoço. No pescoço também há a veia jugular e a artéria carótida comum · Podem ou não ter baço, sendo esférico · Não possuem reto nem ânus · Fígado quase bipartido · Divertículo vitelino: vestígio embrionário do pedículo vitelino, que comunicava o intestino da mãe com o saco vitelino (que é a gema do ovo). A partir dele é o íleo, do íleo vai pros dois cecos e depois cólon e a cloaca 1, Piloro 2, 2′, lobos dorsal e ventral do pâncreas; 3, alça do duodeno; 5, jejuno; 6, divertículo vitelino; 7, íleo; 7′, íleo aberto; 8, prega ileocecal; 9, cecos; 9′, ceco aberto; 11, cólon; 11′, cólon aberto; 12, cloaca · Cloaca é a porção final do intestino grosso e possui três cavidades: - coprodeu: contato direto com o cólon, acumula o bolo fecal ate o momento de lançar para o exterior. O bolo passa direto para o proctodeu, pois o urodeu n pode contaminar com fezes. - urodeu: tem a abertura dos ureteres, papilas genitais (local no macho onde se abre o ducto deferente e onde abre o oviduto nas fêmeas). O ovo passa direto para o exterior para que não tenha contato com as fezes no proctodeu. - proctodeu: possui abertura para o exterior ORELHA · A tuba auditiva vem da orelha media, a ave possui todas as estruturas da orelha, os ossos são muito grandes. O estribo se chama columela. · Na orelha interna, a camada epitelial da cóclea da ave é mais espessa para compensar o reduzido tamanho da cóclea. GLÂNDULAS E CORAÇÃO · Timo formado por pequenos agrupamentos · Glândulas endócrinas: tireóide, paratireóide (ambas ficam próximas à entrada do papo), adrenal e hipófise · Coração grande proporcionalmente e a parede do ventrículo esquerdo é delgada. · Não tem linfonodos, mas tem tecido linfóide espalhado pelo corpo. APARELHO RESPIRATÓRIO · Ar: narina -> cavidade nasal -> orofaringe -> traquéia · Anéis traqueais completos, sobrepostos sobre o outro para que a traquéia se acomode de acordo com o movimento do pescoço · Na porção final da traquéia, na bifurcação dos brônquios, os anéis assumem uma configuração diferente. A porção inicial do brônquio é desprovida de anéis cartilaginosos (parede somente com tecido mole), depois surge de novo como anéis incompletos. · Siringe: rotulada como o órgão fonador das aves. Ou seja, a laringe, nas aves, não está envolvida com o som. - envolve a porção final da traquéia (com as cartilagens em configurações diferentes), porção inicial dos brônquios (desprovida de cartilagem) e cartilagem pessulo (triângulo) 1- porção final da traqueia 2- porção inicial dos brônquios 3- pessulo · M. esternotraqueal (um de cada lado) ajuda a manter a traquéia na posição · Sacos aéreos: cheios de ar, penetram no interior dos ossos (cavidade medular) para que o esqueleto fique mais leve, possibilitando o vôo (até nas que não voam os ossos são preenchidos pelos sacos – são os ossos pneumáticos). Os sacos são interligados ao pulmão. - conjuntos de sacos aéreos craniais e caudais. 14- sacos aéreos craniais 15- sacos aéreos caudais · Fratura óssea em ave é muito complicado, pois compromete a respiração · Pulmão não expansível, pois é enclausurado entre costelas, praticamente não tendo expansão do tórax · Inspiração – ar vai pros sacos caudais – expira – ar vai pro pulmão – inspira – ar vai pros sacos caudais e o ar do pulmão vai pros sacos craniais – expira – ar dos craniais pra fora do corpo, do pulmão pros craniais e dos caudais pro pulmão · Troca gasosa ocorre na expiração · Sacos caudais: ar rico em oxigênio; craniais: ar rico em gás carbônico APARELHO UROGENITAL - não possuem bexiga e uretra Rim · Dois · Cada um tem três porções: cranial, média e caudal · Localizam- se contra o sinsacro · Contato cranialmente com o pulmão · Ureter conecta o rim com o urodeu · Sistema porta renal: o sangue dos membros pélvicos quando retorna da circulação da veia cava passa primeiro pelos rins, filtrando o sangue · Urina é “limpa”, não tem problema ter contato com o ovo Órgão reprodutor nos machos: · Testículos dentro da cavidade corporal e são resfriados pelos sacos aéreos. Não são revestidos pela túnica vaginal · Epidídimo não é dividido · Falo: órgão copulador · Nódulos linfóides se enchem de linfa, inchando as projeções · Durante a cópula, ocorre a eversão do vento e o falo é pressionado contra a mucosa da cloaca da fêmea, ocorrendo o beijo cloacal. Fêmeas · Ovário e oviduto esquerdos · Gema do ovo: vitelo que nutre o embrião. É o ovócito, que vai receber o espermatozóide · Casca do ovo se forma no útero · Oviduto: dividido em várias estruturas. Em cada um dos segmentos vai formando algo no ovo, fornecendo proteção. Também constitui o caminho que leva o espermatozóide ao ovário. · Albúmen: nome técnico da clara do ovo. Primeiro albúmem líquido – viscoso – líquido · No viscoso há a chalaza, cordão contorcido que controla o posicionamento da gema dentro do ovo CAVIDADE CORPORAL · Sem divisão entre tórax e abdome · Duas artérias braquiocefálicas que se ramificam em artérias carótidas comuns e subclávias.
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