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Macrolídeos: Uso e Mecanismo de Ação

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MACROLÍDEOS 
INTRODUÇÃO 
• Ampla eficácia no tratamento de infecções 
respiratórias 
• Atividade contra agentes gram-negativos, gram-
positivos, atípicos, micobactérias e algumas 
espiroquetas. 
• Não são fármacos de primeira linha para a maioria 
dos germes, sendo restrito para infecções 
específicas. 
• Possuem um anel lactona macrocíclico ligado a 
desoxiaçúcares em sua estrutura. 
• Protótipo da classe -> eritromicina 
QUÍMICA 
• Estrutura básica representada pela eritromicina 
• Anel lactona de 14 átomos ligados a dois 
desoxiaçúcares (desosamina e L-cladinosa). 
• A eritromicina é uma base fraca, pouco solúvel em 
água. 
• Eritromicina se dissolve em solvente orgânicos. 
• Eritromicina inativada em meios ácidos, sendo 
necessário seu uso em conjunto com proteção 
contra meio ácido estomacal quando administrada 
por via oral. 
 
• Para melhorar a estabilizada da droga em meio 
ácido, a penetração tecidual e o espectro de 
atividade microbiana, modificou sua estrutura na 
conformação da claritromicina e azitromicina. 
• Claritromicina -> metilação do grupo hidroxila na 
posição 6 da estrutura química da eritromicina 
original. 
• Azitromicina -> adição de um átomo de nitrogênio 
metil-substituído na estrutura do anel lactona. 
 
MECANISMO DE AÇÃO 
• Os macrolídeos atuam inibindo a síntese proteica 
bacteriana. 
• Atuam como bacteriostáticos, em doses 
convencionais, e bactericida em altas doses. 
• Esses fármacos ligam-se, fortemente e de maneira 
reversível, à subunidade 50s do ribossomo 
bacteriano. 
• Impedem que a translocação ocorra no sítio da 
peptidil transferase, ou seja, impede que haja o 
alongamento da cadeia peptídica por meio do 
bloqueio do túnel de saída do polipeptídeo e 
posterior dissociação do peptidil-RNAt. 
• Não devem ser utilizados juntamente ao 
cloranfenicol e lincosamidas. 
 
MECANISMO DE RESISTÊNCIA 
• Bacilos gram-negativos do grupo das 
enterobacteriáceas e os não fermentadores 
• Resistência aos macrolídeos devido à 
impermeabilidade a esses antibióticos 
• Produtores de enzimas (esterases) que degradam 
os macrolídeos 
• Contraindicado o uso de macrolídeos para tratar 
esses agentes. 
• Resistência presente em estafilococos, 
estreptococos do grupo A e S.pneumoniae. 
macrolídeos 
FARMACOCINÉTICA 
• A eritromicina e seus ésteres são bem absorvidos 
por meio da mucosa intestinal, no entanto é 
facilmente inativada no meio ácido. 
• A administração de eritromicina junto a alimentos 
prejudica sua absorção, devido ao retardo do 
esvaziamento gástrico e maior contato da droga 
com o conteúdo ácido do estômago. 
• Meia-vida sérica de 1,5 horas em pacientes normais 
e de 5 horas em pacientes anúricos. 
• A claritromicina e a azitromicina não sofrem 
interferência do meio ácido 
• A claritromicina apresenta meia-vida de 3 a 7 horas. 
• A azitromicina apresenta meia-vida de 40 a 68 
horas. 
USO CLÍNICO DOS MACROLÍDEOS 
• Contra infecções do trato respiratório. 
• Fármacos de escolha junto a fluoroquinolonas e 
tetraciclinas para pneumonias causadas por 
Chlamydia pneumoniae e Mycoplasma 
pneumoniae. 
• Ineficazes contra Staphylococcus aureus e 
Staphylococcus epidermidis. 
• Não possuem atividade contra grande parcela de 
agentes gram-negativos aeróbicos, possuindo, 
entretanto, atividade contra algumas cepas de 
Neisseria, Bordetella e Haemophilus. 
DOSE HABITUAL 
• Eritromicina base – 250 mg a 500 mg a cada 6 ou 
12 horas, não devendo ultrapassar a dose máxima 
de 4g/dia. 
 
• Eritromicina etilsuccinato – 400 mg a 800 mg, a 
cada 6 ou 12 horas. 
• Claritromicina – 250 mg a 500 mg a cada 12 horas 
ou 1g em dois comprimidos de liberação prolongada 
de 500 mg uma vez por dia via oral. 
 
• Azitromicina – 500 mg ao 1ºdia, seguido de 250 mg 
uma vez por dia nos dias 2 e 5. 
 
TOXICIDADE DOS MACROLÍDEOS 
• Reações adversas de baixa intensidade 
• A eritromicina esta relacionada com sintomas 
gastrointestinais (náuseas, vômitos e diarreias) e 
tromboflebite quando administrada via IV. 
• A claritromicina e a azitromicina são bem toleradas 
• Prolongam o intervalo QT do batimento cardíaco, 
gerando taquicardia ventricular polimórfica. 
• Inibem o sistema citocromo P-450, prolongando a 
meia-vida de fármacos dependentes desse sistema 
para sua metabolização.

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