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M UN DO E M M OV IM EN TO : GL OB AL IZ AÇ ÃO , C ON FL IT OS E P AN DE M IA M UNDO EM M OVIM ENTO: GLOBALIZAÇÃO, CONFLITOS E PANDEM IA > EN SIN O M ÉDIO Área do conhecim ento: Ciências H um anas e Sociais Aplicadas Ciências H um anas Angela Rama Gislane Azevedo Isabela Gorgatti Leandro Calbente Reinaldo Seriacopi Ár ea d o co nh ec im en to : Ci ên ci as H um an as e S oc ia is A pl ic ad as > EN SI N O M ÉD IO H um an as Ci ên ci as 9 7 8 6 5 5 7 4 2 1 2 4 6 ISBN 978-65-5742-124-6 MANUAL DO PROFESSOR M UN DO E M M OV IM EN TO : GL OB AL IZ AÇ ÃO , C ON FL IT OS E P AN DE M IA Ár ea d o co nh ec im en to : Ci ên ci as H um an as e S oc ia is A pl ic ad as EN SI N O M ÉD IO H um an as H um an as Ci ên ci as Angela RamaAngela RamaAngela RamaAngela RamaAngela RamaAngela RamaAngela RamaAngela RamaAngela RamaAngela Rama Gislane AzevedoGislane AzevedoGislane Azevedo Isabela GorgattiIsabela GorgattiIsabela Gorgatti Leandro CalbenteLeandro CalbenteLeandro Calbente Reinaldo Seriacopi CÓ DI GO D A CO LE ÇÃ O 02 15 P2 12 04 CÓ DI GO D O VO LU M E 02 15 P2 12 04 13 8 PN LD 2 02 1 • Ob je to 2 Ve rs ão su bm et id a à av al ia çã o M at er ia l d e di vu lg aç ão DIV-PNLD_21_3075-PRISMA-HUM-GIRA-MP-V6-Capa.indd All PagesDIV-PNLD_21_3075-PRISMA-HUM-GIRA-MP-V6-Capa.indd All Pages 16/04/21 17:2216/04/21 17:22 PRISMA 1a edição São Paulo – 2020 Ár ea d o co nh ec im en to : Ci ên ci as H um an as e S oc ia is A pl ic ad as > EN SI N O M ÉD IO > EN SI N O M ÉD IO H um an as Ci ên ci as Maria Angela Gomez Rama • Mestra em Ciências (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (USP). • Bacharela e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). • Especialista em Ensino de Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). • Licenciada em Pedagogia pela Universidade de Franca (Unifran-SP). • Formadora de professores. Atuou como professora no Ensino Fundamental e Médio das redes pública e privada e no Ensino Superior. Gislane Campos Azevedo Seriacopi • Mestra em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). • Professora universitária, pesquisadora e ex-professora de História do Ensino Fundamental e Médio nas redes pública e privada. Isabela Gorgatti Cruz • Bacharela em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). • Especialista em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP). • Editora de livros didáticos. Leandro Calbente Câmara • Bacharel em História pela Universidade de São Paulo (USP). • Bacharel em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP). • Mestre em Ciências (História Econômica) pela Universidade de São Paulo (USP). • Editor de livros didáticos. Reinaldo Seriacopi • Bacharel em Letras pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP). • Bacharel em Jornalismo pelo Instituto Metodista de Ensino Superior (IMS-SP). • Editor especializado na área de História. MANUAL DO PROFESSOR M UN DO E M M OV IM EN TO : GL OB AL IZ AÇ ÃO , C ON FL IT OS E P AN DE M IA D3-CH-EM-3075-V6-INICIAIS-001-009-LA-G21.indd 1D3-CH-EM-3075-V6-INICIAIS-001-009-LA-G21.indd 1 23/09/2020 23:0823/09/2020 23:08 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Prisma : ciências humanas : mundo em movimento : globalização, conflitos e pandemia : ensino médio / Maria Angela Gomez Rama ... (et al.). – 1. ed. – São Paulo : FTD, 2020. Área do conhecimento : Ciências humanas e sociais aplicadas Vários autores : Gislane Campos Azevedo Seriacopi, Isabela Gorgatti Cruz, Leandro Calbente Câmara, Reinaldo Seriacopi Bibliografia ISBN 978-65-5742-123-9 (aluno) ISBN 978-65-5742-124-6 (professor) 1. Ciências (Ensino médio) 2. Tecnologia I. Seriacopi, Gislane Campos Azevedo II. Cruz, Isabela Gorgatti III. Câmara, Leandro Calbente IV. Seriacopi, Reinaldo 20-44113 CDD-372.7 Índices para catálogo sistemático: 1. Ciências : Ensino médio 372.7 Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129 Copyright © Maria Angela Gomez Rama, Gislane Campos Azevedo Seriacopi, Isabela Gorgatti Cruz, Leandro Calbente Câmara e Reinaldo Seriacopi, 2020 Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira Direção editorial adjunta Luiz Tonolli Gerência editorial Flávia Renata Pereira de Almeida Fugita Edição João Carlos Ribeiro Junior (coord.) Bárbara Berges, Carolina Bussolaro, Maiza Garcia Barrientos Agunzi, Siomara Sodré Spinola Preparação e revisão de textos Maria Clara Paes (sup.) Danielle Costa, Diogo Souza Santos, Eliana Vila Nova de Souza, Felipe Bio, Fernanda Rodrigues Baptista, Graziele Cristina Ribeiro, Jussara Rodrigues Gomes, Kátia Cardoso da Silva, Lívia Navarro de Mendonça, Rita Lopes, Thalita Martins da Silva Milczvski, Veridiana Maenaka Gerência de produção e arte Ricardo Borges Design Daniela Máximo (coord.), Sergio Cândido Imagem de capa Anton Balazh/Shutterstock.com Arte e Produção Vinicius Fernandes (sup.) Ana Suely Silveira Dobon, Karina Monteiro Alvarenga, Jacqueline Nataly Ortolan, Marcelo Saccomann (assist.) Diagramação C2 Artes Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga Licenciamento de textos Érica Brambila, Bárbara Clara (assist.) Iconografia Priscilla Liberato Narciso, Ana Isabela Pithan Maraschin (trat. imagens) Ilustrações Andreia Vieira, Davi Augusto, Eber Evangelista, Leandro Ramos, Ricardo Sasaki, Sonia Vaz Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada. Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33 Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375 Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br D3-CH-EM-3075-V6-INICIAIS-001-009-LA-G21-AVU.indd 2D3-CH-EM-3075-V6-INICIAIS-001-009-LA-G21-AVU.indd 2 24/09/2020 01:3124/09/2020 01:31 APRESENTAÇÃO Diariamente, somos bombardeados por notícias e informações na internet, na televisão, nos jornais, o que torna muito difícil entender o que acontece no mundo e identifi car aquilo que é signifi cativo para nós e que pode infl uenciar nosso cotidiano e impactar nossa comunidade. Se muitas vezes você tem a sen- sação de que não consegue analisar satisfatoriamente esse imenso volume de informações, saiba que não está sozinho. As Ciências Humanas e Sociais Aplicadas são uma ferramenta importante para nos ajudar a refl etir sobre o mundo em que vivemos. Os saberes desenvolvidos pela História, pela Geografi a, pela Sociologia e pela Filosofi a permitem mobilizar competências e habilidades fundamentais para o exercício do pensamento crítico, essencial para transformarmos as informações recebidas diariamente em conhe- cimentos capazes de nos ajudar a modifi car a realidade que nos cerca. Para auxiliá-lo nessa tarefa, selecionamos um conjunto de temas importan- tes para a compreensão dos tempos atuais. Por meio de textos, mapas, gráfi cos, tabelas, fotografi as e muitos outros documentos, você terá condições de interpre- tar e analisar criticamente não só a sua realidade, mas o mundo de uma maneira mais ampla. Com isso, esperamos ajudá-lo no exercício da cidadania e no desen- volvimento de práticas colaborativas que contribuam para a construção de uma sociedade mais justa, em busca do bem-estar coletivo. Esperamos oferecer o conhecimento necessário para você desenvolver uma visão crítica da realidade e se sentir seguro para adotar uma postura protagonista em seu dia a dia. Osautores D3-CH-EM-3075-V6-INICIAIS-001-009-LA-G21.indd 3D3-CH-EM-3075-V6-INICIAIS-001-009-LA-G21.indd 3 23/09/2020 23:0823/09/2020 23:08 FI LI PE R O CH A 10 FI LI PE R O CH AUNIDADE 10 1 ■ Ilustração de Filipe Rocha, 2020. O mundo globalizado “Antes o mundo era pequeno/porque a Terra era grande/Hoje o mundo é muito grande/porque a Terra é pequena”. Esses versos da canção “Parabolicamará”, de Gilberto Gil (1942-), abordam as transforma- ções pelas quais a humanidade passou ao longo dos últimos séculos. Se no tempo das Grandes Navegações do século XV a Terra parecia grande porque o contato entre povos de diferentes continentes era difícil e restrito a poucas pessoas, nos dias de hoje a Terra parece pequena. Os avanços da tecnologia, dos transportes e das comunica- ções encurtaram as distâncias, aproximaram as pessoas, as culturas e as economias. Vivemos em um mundo globalizado. Nesta unidade veremos o impacto dessas mudanças nas sociedades contemporâneas. 1. Como você interpreta os versos da canção: “Antes o mundo era pequeno” e “Hoje o mundo é muito grande”? Você concorda com essa ideia? Por quê? 2. Como você observa os impactos da globa- lização em seu dia a dia? NÃO ESCREVA NO LIVRO D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21.indd 10D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21.indd 10 23/09/20 19:3323/09/20 19:33 1111 PLANEJAMENTO FINANCEIRO Quando falamos em planejamento financeiro, parece que estamos falando de algo muito dis- tante, que só tem a ver com empresas ou com pessoas que têm muito dinheiro. O planejamento financeiro, porém, deve fazer parte da vida de todas as pessoas, de todas as classes sociais, seja para planejar as compras do supermercado ou a aquisição de um novo aparelho celular; seja para planejar gastos de estudos ou de uma viagem. Assim, o planejamento financeiro – que inclui o consumo consciente – deve ter como principal objetivo o alcance de nossas metas e sonhos. A proposta deste projeto é realizar estudos de caso para saber como as pessoas organizam o orçamento individual e familiar. No final, sugerimos a elaboração de vídeos informativos de como organizar as finanças, dirigidos à comunidade. D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21.indd 11D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21.indd 11 23/09/20 19:3323/09/20 19:33 CAPÍTULO 6 Economia global: disputas e tensões BR EN D AN S M IA LO W SK I/A FP 94 Em agosto de 2020, o governo dos Estados Unidos declarou que desejava proibir no país aplicativos de redes sociais de uma empresa chinesa. O governo Trump acusou a empresa responsável pelo aplica- tivo de espionagem e afirmou que ela estaria colaborando com a China para obter informações privadas de cidadãos estadunidenses. Em resposta, o governo chinês fez duras declarações contra os Estados Unidos. De acordo com Wang Wengbin (1971-), porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, o governo estadunidense estaria colo- cando “interesses egoístas acima dos princípios de mercado e da norma internacional”. Além disso, Wengbin acusou os Estados Unidos de fazerem “uma manipulação e uma repressão política arbitrárias que só podem levar ao seu próprio declínio moral e prejudicar sua imagem”. A questão em torno dos aplicativos de redes sociais é apenas um exemplo da crescente tensão entre os Estados Unidos e a China. Um dos motivadores dessa tensão é o acelerado crescimento econômico da China nas últimas décadas, que transformou o país oriental em um dos polos mais importantes da economia global. Esse desenvolvimento é visto com desconfiança pelos Estados Unidos, já que há o temor de que a China se torne uma potência geopolítica capaz de superar a influência estadunidense em muitas regiões do planeta. Essa disputa econômica é um exemplo recente de enfrentamento pelo controle da economia global. Essas disputas remontam aos pro- cessos históricos de formação de redes econômicas que interligam o mundo. Neste capítulo, vamos estudar esse processo e as tensões criadas por ele ao longo do tempo. ■ O presidente estadunidense Donald Trump, à esquerda, e o presidente chinês Xi Jinping (1953-), à direita, na reunião dos países do G20. Osaka (Japão), 2019. Consultar as Orientações para o professor para obter mais informações sobre o capítulo e sobre o trabalho com as atividades. D3-CH-EM-3075-V6-U3-C6-094-111-LA-G21.indd 94D3-CH-EM-3075-V6-U3-C6-094-111-LA-G21.indd 94 23/09/2020 13:5523/09/2020 13:55 Observe abaixo a reprodução de Guernica, produzida em 1937, pelo pintor espanhol Pablo Picasso. Nessa obra, que representa um dos principais símbolos dos reflexos da guerra e uma manifestação a favor da paz, o artista retratou o ataque à região do País Basco. DIÁLOGOS> LINGUAGENS E LEITURAS> ■ PICASSO, P. Guernica. 1937. Óleo sobre tela, 351 cm x 782 cm. Em seguida, leia um trecho da Declaração sobre medidas para eliminar o terrorismo internacional, da Organização das Nações Unidas (ONU), Resolução 49/60 da Assembleia Geral, parágrafos 2 e 3. [...] 2. Atos, métodos e práticas de terrorismo constituem uma grave violação dos propósitos e prin- cípios das Nações Unidas, o que pode representar uma ameaça à paz e segurança internacionais, comprometem as relações amigáveis entre os Estados, dificultam a cooperação internacional e visam à destruição de direitos humanos, liberdades fundamentais e bases democráticas da sociedade; 3. Atos criminosos pretendidos ou calculados para provocar um estado de terror no público em geral, em um grupo de pessoas ou em indivíduos para fins políticos são injustificáveis em qualquer circunstância, independentemente das considerações de ordem política, filosófica, ideológica, racial, étnica, religiosa ou de qualquer outra natureza que possam ser invocadas para justificá-los. [...] ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Assembleia Geral. Declaração sobre medidas para eliminar o terrorismo internacional. Genebra, 1995. p. 4. Disponível em: https://www.un.org/ga/search/view_doc.asp?symbol=A/RES/49/60. Acesso em: 30 ago. 2020. [Tradução nossa.] 1. O bombardeio de Guernica, retratado por Picasso, remete a um ataque aéreo provocado por aviões alemães durante a Guerra Civil Espanhola. Como o terror da guerra é representado na obra? 2. Com base no que foi estudado neste capítulo, aponte como é possível relacionar a imagem de Picasso à declaração da ONU sobre o terrorismo. 3. Guernica é um exemplo de obra de arte que denuncia práticas violentas praticadas contra populações civis. Assim como ela, existem muitos outros exemplos de obras de arte que fazem esse tipo de denúncia. Com a ajuda de seus colegas, pesquise outros exemplos e montem uma galeria digital sobre o tema. © S U CC ES SI O N P AB LO P IC AS SO / AU TV IS , B RA SI L, 2 02 0. M U SE U N AC IO N AL C EN TR O D E AR TE R EI N A SO FI A, M AD RI , E SP AN H A. F O TO : J O SE PH M AR TI N / AL BU M /F O TO AR EN A NÃO ESCREVA NO LIVRO 51 D3-CH-EM-3075-V6-U2-C3-044-059-LA-G21.indd 51D3-CH-EM-3075-V6-U2-C3-044-059-LA-G21.indd 51 23/09/20 21:1123/09/20 21:11 Abertura dos capítulos Todos os capítulos iniciam-se com algum assunto do presente, para que você possa começar a entender como as Ciências Humanas e Sociais Aplicadas se relacionam com o seu cotidiano. Atividades Conjunto de atividades que aparece ao final de muitos capítulos. É o momento em que você aplica os saberes apreendidos e exercita sua reflexão a respeito de diferentes temas estudados. Linguagens e leituras Esta atividade trabalha habilidades de leitura e interpretação de diferentes tipos de documentos, como mapas, gráficos, tabelas, charges, fotografias, textos impressos etc. Muitas vezes, você será convidado a relacionar informações em documentos distintos. A seção encontra-se no meio dos capítulos, mas pode aparecer também ao final deles. Esta coleção é composta de seis volumes. A seguir apresentaremos algumas das principaiscaracterísticas das obras. Este ícone aparece junto das atividades em que é proposto o trabalho em grupo. 106 NÃO ESCREVA NO LIVROATIVIDADES> 1. Leia os textos a seguir: [...] [...] Braudel definia a economia mundial como “uma soma de áreas individua- lizadas, econômicas e não econômicas, [estendendo-se] para além das fronteiras de outras grandes divisões históricas… A economia mundial é a maior superfície vibradora possível, que não somente aceita a conjuntura, mas, em certa profun- didade ou nível, a cria. É a economia mundial em todos os eventos que cria a uniformidade de preços numa área imensa, como um sistema arterial distribui sangue por todo um organismo vivo. É uma estrutura em si mesma.” [...] [...] GALL, N.; RICUPERO, R. Globalismo e Localismo: quais são os limites da competição e da segurança?. Braudel Pappers, São Paulo, n. 17, 1977. Disponível em: http://www.normangall.com/brazil_art3.htm. Acesso em: 30 ago. 2020. [...] “uma alternativa à China, incluindo trazer de volta para CASA nossas empre- sas e fabricar nossos produtos nos EUA”. Em sua opinião, “as grandes quantidades de dinheiro feito e roubado pela China aos EUA, ano após ano, durante décadas, devem ACABAR e acabarão”, afirmou o mandatário. “Não precisamos da China e, na verdade, estaríamos melhor sem eles. LIY, M. V.; LABORDE, A. Trump intensifica guerra comercial com a China com elevação generalizada de impostos. El país, [s. l.], 23 ago. 2019. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/08/23/internacional/1566564039_314372.html. Acesso em: 30 ago. 2020. a) A partir do que foi estudado no capítulo, aponte as interpretações possíveis para a abordagem prevista no primeiro trecho. b) Analise a relação entre os dois trechos, julgando, principalmente, a adequação das falas presentes no segundo trecho. 2. Observe o mapa e a imagem de satélite a seguir. Fonte: IBGE EDUCA. Você sabe o que é anamorfose? Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/ professores/educa-recursos/20815-anamorfose.html. Acesso em: 30 ago. 2020. Mundo: Produto Interno Bruto (PIB) proporcional a cada país, 2016 ESTADOS UNIDOS CANADÁ MÉXICO BRASIL FRANÇA ESPANHA ITÁLIA ÍNDIA CHINA JAPÃO AUSTRÁLIA RÚSSIA COREIA DO SUL ALEMANHA REINO UNIDO Produto Interno Bruto (PIB) (em bilhões de US$) Até 500,0 De 500,1 a 1.000,00 De 1.000,1 a 5.000,00 De 1.218,2 a 18.624,5 AL LM AP S D3-CH-EM-3075-V6-U3-C6-094-111-LA-G21.indd 106D3-CH-EM-3075-V6-U3-C6-094-111-LA-G21.indd 106 23/09/2020 13:5623/09/2020 13:56 CONHEÇA SEU LIVRO Nossa comunidade Por meio desta seção, você e seus colegas desenvolverão um projeto que impactará a comunidade em que vivem. É o momento de exercerem o protagonismo. São dois projetos por livro, cada um composto de quatro etapas que aparecem ao final de cada capítulo. Abertura das unidades Texto e imagem apresentam o tema central da unidade. Também encontram-se perguntas que auxiliam na reflexão sobre o assunto. Muitas imagens presentes nas aberturas são trabalhos de artistas plásticos contemporâneos. Todos os volumes estão divididos em quatro unidades, e cada unidade tem dois capítulos. D3-CH-EM-3075-V6-INICIAIS-001-009-LA-G21-AVU.indd 4D3-CH-EM-3075-V6-INICIAIS-001-009-LA-G21-AVU.indd 4 24/09/2020 01:3224/09/2020 01:32 INVESTIGAÇÃO> Estudo de recepção da arte A arte é uma forma de expressão cultural ancestral, que se manifesta por meio de uma grande variedade de linguagens (arquitetura, desenho, escultura, pintura, dança etc.) e é capaz de provocar a sensibilidade das pessoas. Na atualidade, a arte – para além dos espaços fechados de museus, cinemas, casas de espetáculos e galerias – está presente nas ruas e nas redes, conquistando o espaço digital. Com a internet, o acesso a essas manifestações tornou-se muito fácil. Você pode assistir a espetáculos de música, dança, peças de teatro ou visitar museus sem sair de casa. Para aprofundarmos as reflexões sobre o assunto, este projeto abordará as artes visuais no ambiente digital. Para isso, usaremos como prática de pesquisa a recepção da arte, que, em síntese, compreende a ideia de que a obra se completa por meio da relação com o observador. O projeto se desdobrará em duas etapas principais. I. Pesquisa e planejamento O primeiro passo é mapear os recursos para o conhecimento da arte no ambiente digital (galerias, exposições, plataformas, entre outros). Muitos museus e galerias, por exemplo, oferecem por meio da internet passeios virtuais por seus acervos. Em seguida, cada grupo escolhe um tema central. As possibilidades são muitas, como autorretratos, releituras de obras, paisagens, infância, vida urbana, vida rural, arte indígena etc. Na sequência, elaborem coletivamente um roteiro de perguntas. ■ GORKY, A. After Khorkum. 1940-1942. Óleo sobre tela, 91,4 cm x 121,3 cm. MU SE U D E AR TE D O IN ST IT U TO D E CH IC AG O, E UA . F O TO : Á LB U M F O TO AR EN A 40 D3-CH-EM-3075-V6-U1-C2-026-043-LA-G21.indd 40D3-CH-EM-3075-V6-U1-C2-026-043-LA-G21.indd 40 23/09/20 20:3523/09/20 20:35 O roteiro deve conter questões objetivas, como “qual o nome do artista”, “de que ano é a obra”, “qual a técnica utilizada”, entre outras; e questões subjetivas, relacionadas às percepções, aos sentimentos, às sensações e à recepção que a obra causou em você e em seus colegas. Exemplos de perguntas: “O que mais me chamou a atenção nessa obra?”, “Que sentimento essa obra desperta em mim?”, “Existe algo nela que me agrada ou me incomoda? O quê?” Com o roteiro pronto, os grupos devem acessar os sites previamente mape- ados e desenvolver a pesquisa, selecionando pelo menos cinco obras dentro do tema escolhido. Uma vez selecionadas as obras, o grupo responde coletivamente às perguntas objetivas. Já as perguntas subjetivas do roteiro devem ser respondidas de forma individual. Os grupos devem se reunir e compartilhar as experiências. Finalizada essa etapa, dá-se início ao desenvolvimento do produto. II. Preparação e produção do fazer artístico Há duas possibilidades de produção: a) desenvolvimento de uma produção artística baseada na recepção que as obras selecionadas provocaram no grupo; cada estudante deverá desenvolver a sua. b) montagem de uma exposição aberta à comunidade a partir das obras acessadas nas plataformas virtuais, acrescidas das percepções do grupo sobre cada uma delas. Como conclusão do projeto, poderá ser realizada uma roda de conversa sobre a experiência. ■ POLLOCK, J. A chave. 1946. Óleo sobre linho, 149,8 cm x 208,3 cm.© T H E PO LL O CK -K RA SN ER F O U N D AT IO N /A U TV IS , B RA SI L, 2 02 0. M U SE U D E AR TE D O IN ST IT U TO D E CH IC AG O, E UA . FO TO : Á LB U M /F O TO AR EN A 41 D3-CH-EM-3075-V6-U1-C2-026-043-LA-G21.indd 41D3-CH-EM-3075-V6-U1-C2-026-043-LA-G21.indd 41 23/09/20 20:3523/09/20 20:35 A internet e o protagonismo juvenil É bem provável que você já tenha acessado a internet em busca de vídeos nos quais professores explicam algum conteúdo sobre o qual você desejava se aprofun- dar ou sobre o qual você tenha procurado informações complementares para temas estudados em sala de aula. De fato, a internet facilitou muito as pesquisas e, durante a pandemia da covid-19, se revelou uma importante aliada dos estudantes. No período em que as aulas esti- veram suspensas em razão da necessidade de isolamento social a fim de evitar a propagação do vírus, diversos estudantes enfrentaram dificuldades para continuar seus estudos. Nesse contexto, a internet e a solidariedade, somadas, formaram uma dupla exemplar. Na cidade de Paulínia, localizada no Grande Recife (PE), assim que as aulas foram suspensas, em março de 2020, Jéssica Ângela e Felipe José, dois estudantes da Escola de Referência em Ensino Médio Escritor José de Alencar, decidiram ajudar seus colegas que se preparavam para prestar o Enem. Juntos, eles criaram um projeto ao qualderam o nome de “Estude Comigo”. A ideia dos jovens era realizar, para seus colegas, conferências on-line em um aplicativo da internet, com dicas para a criação de planos de estudo. A iniciativa, no entanto, cresceu mais do que eles imaginavam. A procura foi grande e, com o sucesso da ideia, os jovens entraram em contato com professo- res que aderiram ao projeto e passaram a ministrar aulas voluntariamente. Mesmo assim, Jéssica e Felipe não abriram mão de suas participações nas conferências ao vivo porque a ideia inicial do projeto era a de “estudante dar dica para estudante”, ou seja, de produzir conteúdo próprio destinado aos colegas. ■ Estudante assiste a uma aula on-line em sua casa, durante a pandemia da covid-19. Presidente Prudente (SP), 2020. 148 DIÁLOGOS> EU TAMBÉM POSSO> AD RI AN O K IR IH AR A/ PU LS AR IM AG EN S D3-CH-EM-3075-V6-U4-C8-132-151-LA-G21-AVU.indd 148D3-CH-EM-3075-V6-U4-C8-132-151-LA-G21-AVU.indd 148 23/09/2020 23:2623/09/2020 23:26 O projeto “Estude Comigo” mostrou como a internet pode contribuir para o protago- nismo juvenil e, ao mesmo tempo, beneficiar a comunidade. Outro exemplo nesse sentido pode ser observado em Acaraú, no litoral cearense. Nessa cidade, estudantes da Escola Estadual de Educação Profissional Marta Maria Giffoni de Sousa decidiram encontrar formas de auxiliar os colegas da escola a ter um melhor desempenho na disciplina de Matemática. Essa iniciativa deu origem ao projeto “Be!Math: A tecnologia como figura de mediação pedagógica”. Contando com o auxílio de professores da escola, os alunos elaboraram inicial- mente um questionário para identificar as principais dificuldades enfrentadas pelos colegas nessa disciplina. A partir daí, os jovens desenvolveram um aplicativo para celular com diversas funcionalidades que auxiliam os estudos. Por meio desse aplicativo, por exemplo, professores enviam para os estudantes vídeos e aulas, textos, lista de exercícios e outros materiais didáticos. Os resultados foram mais do que satisfatórios: depois que o aplicativo foi lançado, em 2018, os professores observaram uma considerável melhora no desempenho dos estudantes nas aulas de Matemática. E mais: o trabalho dos jovens ganhou menção honrosa em um concurso nacional que premia projetos desenvolvidos por estudantes e que ajudam a transformar a realidade de suas comunidades. 1. Em sua opinião, como a tecnologia é capaz de contribuir para a rotina de estudos? Por outro lado, como impedir que essa mesma tecnologia desvie a atenção na hora de estudar? 2. Quais iniciativas com uso de tecnologias você e seus colegas podem colocar em prática em sua escola, com o objetivo de promover melhorias no desempenho dos estudantes? 3. Não desistir dos estudos mesmo diante das adversidades criadas pelo isolamento so- cial é um exemplo de resiliência. Em quais momentos você sente que foi resiliente? Em momentos de dificuldades, que estratégias você utilizou para não desistir de seus objetivos? Comente essas questões com seus colegas. ■ Adolescente realiza suas tarefas escolares usando fones de ouvido e celular. A tecnologia digital e os aplicativos de celular auxiliam nos estudos, especialmente nas situações de isola- mento social, como ocorreu na pandemia da covid-19, em 2020. NÃO ESCREVA NO LIVRO 149 IM G O RT H AN D /G ET TY IM AG ES D3-CH-EM-3075-V6-U4-C8-132-151-LA-G21.indd 149D3-CH-EM-3075-V6-U4-C8-132-151-LA-G21.indd 149 23/09/2020 21:1023/09/2020 21:10 Vale destacar que atualmente a internet desempenha um papel muito importante na disseminação da cultura globalizada. Os conteúdos produ- zidos nas redes sociais circulam rapidamente pelo mundo e influenciam pessoas de diferentes regiões. As plataformas de streaming de filmes e músicas ajudam a disseminar conteúdos globais. A disseminação dessa cultura globalizada não significa, porém, o fim das culturas locais. As comunidades tradicionais (indígenas, ribeirinhos, caiçaras, quilombolas, entre outros), por exemplo, também fazem uso da internet e das tecnologias para disseminar seus valores para além de seus lugares de vivência. Com base nessas evidências, alguns pensadores defendem que a globalização não provoca apenas a homogeneização da cultura, mas também promove processos de heterogeneização cultural, pois jamais houve tanto conhecimento da diversidade cultural do mundo. Essa diversidade de culturas pode contribuir tanto para a solidariedade entre elas quanto para conflitos. Streaming Plataforma que exibe conteúdos multimídia (filmes, músicas etc.) on-line. ■ Festival das Cores (Holi), em Jaipur, no Rajastão (Índia), 2019. > DE MÃOS DADAS NÃO ESCREVA NO LIVRO • Multiculturalismo, pluralismo cultural, diversidade cultural são termos relacionados à valorização das diversas culturas em uma região, município ou país. Foi com o intuito de preservar o saber dos caiçaras na produção de canoas “de um só pau” que o Instituto Terra Brasilis desenvolveu um projeto que incluiu entrevistas e resultou na produção de um livro, de vídeos e outros documentos sobre esse conhecimento tradicional da região de Ubatuba (SP). Na sua região, existem pessoas ou um grupo com algum conhecimento específico? Junte-se a seus colegas e façam um levantamento sobre o assunto. Posteriormente, organizem uma visita ao local e produzam um relatório para ser apresentado à turma. N EL LE H EM BR Y/ SH U TT ER ST O CK .C O M 21 D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21.indd 21D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21.indd 21 23/09/20 19:3323/09/20 19:33 Do imperialismo à Guerra Fria Entre os séculos XVI e XVIII, a integração do planeta se acelerou. Ainda assim, a influência econômica das potências europeias estava restrita a algumas regiões da África, da Ásia e da América. Entre o final do século XVIII e meados do século XIX, a Europa iniciou o processo de industrialização, o que deu origem a novas estratégias de domi- nação colonial, visando à exploração de matérias-primas e à venda de mercadorias. Assim teve início a etapa do neocolonialismo. Inglaterra, França, Bélgica e, posteriormente, Alemanha, Itália, Estados Unidos e Japão pas- saram a conquistar territórios coloniais ou exercer influência econômica indireta em regiões da África e da Ásia. O processo de descolonização, que começou após o término da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), intensificou a integração econômica, cultural e social do planeta, mas até meados do século XX ainda havia um importante fator limitador ao processo de integração global das economias e sociedades: a polariza- ção do planeta durante a chamada Guerra Fria, que teve início após a Segunda Guerra Mundial. A Guerra Fria marcou um período de disputa por hegemonia entre as duas superpotências da época: Estados Unidos e União Soviética. A polarização resultou na criação de dois blocos de países, os capitalistas e os comunistas. Havia barreiras polí- ticas que impediam a constituição de amplas relações comerciais ou cultu- rais entre os países dos dois blocos. ■ Oficiais da França e da Alemanha fazendo registros para a partilha da África. Ilustração publicada no Le Petit Journal, em 2 de novembro de 1913. Paris, França. LE EM AG E/ U IG / F O TO AR EN A NÃO ESCREVA NO LIVRO> LEITURA DE IMAGEM • O processo de exploração colonial de territórios da África e de outras regiões do mundo pelas na- ções europeias a partir de meados do século XIX ficou conhecido como neocolonialismo. Como a imagem representada nesta página contribui para entender esse processo de dominação? 15 D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21.indd 15D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21.indd 15 23/09/20 19:3323/09/20 19:33 > SAIBA MAIS O quinto poder Direção: Bill Condon. Estados Unidos, 2013. DVD (129 min). O filme conta a história da criação da plataforma da internet lançada em 2006 por Julian Assange e Daniel Domscheit-Berg, que ficou famosa em 2010 por publicargrande quantidade de documentos oficiais do governo dos Estados Unidos. Encontro com Milton Santos: o mundo global visto do lado de cá Direção: Silvio Tendler. Brasil, 2006. DVD (90 min). O documentário apresenta a visão crítica do geógrafo brasileiro Milton Santos sobre o processo de globalização. A evolução da web Disponível em: http://www.evolutionoftheweb.com/. Acesso em: 28 ago. 2020. O site apresenta uma linha do tempo interativa dos principais marcos da internet. 1984 George Orwell. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. O romance, publicado originalmente em 1949, apresenta uma sociedade distópica, marcada pela constante vigilância da população e controlada por um Estado autoritário, que presta grandes cultos de personalidade a seu líder político. O protagonista trabalha em um órgão governamental e tem a tarefa de reescrever artigos de jornal do passado de modo a alterar os registros, deixando-os em sintonia com a atual ideologia do governo. Como o futebol explica o mundo: um olhar inesperado sobre a globalização Franklin Foer. Rio de Janeiro: Zahar, 2005. O jornalista Franklin Foer reuniu nesse livro histórias sobre futebol em diversas regiões do mundo. Por meio delas, o autor reflete sobre as características do mundo globalizado e a forma como elas afetam a vida cotidiana de diferentes sociedades. Snowden: um herói do nosso tempo Ted Rall. São Paulo: Martins Fontes, 2015. Versão em quadrinhos da história de Edward James Snowden, ex-administrador de sistemas da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos que revelou ao mundo documentos sigilosos do governo estadunidense. Esses documentos provavam que a NSA praticava espionagem ilegal de e-mails e conversas telefônicas em todo o mundo. Driblando a democracia: como Trump venceu Direção: Thomas Huchon. França, 2018. Vídeo (52 min). Disponível em: https://vimeo. com/295576715. Acesso em: 28 ago. 2020. O documentário mostra como as informações divulgadas pelos usuários das redes sociais contribuíram de maneira significativa para que a empresa Cambridge Analityca tornasse vitoriosa a campanha eleitoral de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. 43 D3-CH-EM-3075-V6-U1-C2-026-043-LA-G21.indd 43D3-CH-EM-3075-V6-U1-C2-026-043-LA-G21.indd 43 23/09/20 20:3523/09/20 20:35 De mãos dadas Atividades que relacionam temas do capítulo com a sua realidade, como seus amigos, sua escola, seu bairro, seu município etc. Aparece de forma aleatória nos capítulos. Saiba mais Aqui você encontra sugestões de filmes, sites, vídeos, podcasts, livros e outros materiais que ampliam os saberes explorados nas unidades. Leitura de imagem Atividade de leitura e análise de mapas, gráficos, charges e outras linguagens imagéticas. Aparece de forma aleatória nos capítulos. Meus argumentos Momento em que você expõe suas ideias, pois esta seção explora sua capacidade de analisar, refletir e argumentar a respeito de determinado assunto. Aparece de forma aleatória nos capítulos. Eu também posso Esta seção apresenta exemplos de jovens que exerceram o protagonismo e promoveram mudanças na comunidade em que vivem. O texto vem acompanhado de atividades que exploram, entre outros itens, suas competências socioemocionais. Esta seção aparece duas vezes por volume. InvestigAção Esta seção estimula o pensamento crítico. Aliando criatividade com diferentes práticas de pesquisa, você será convidado a solucionar problemas e desafios relacionados ao seu cotidiano. Esta seção aparece duas vezes por volume. Glossário As palavras destacadas nos textos ganham uma explicação aprofundada no glossário. A violência institucional De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 343 agentes da Polícia Civil e da Polícia Militar foram assassinados em 2018, em serviço ou não. Contudo, segundo esse órgão, nesse ano mais de 6 mil pessoas foram mortas por policiais, e o Brasil apresenta um dos piores índices globais de assas- sinatos e outros abusos cometidos por agentes do Estado em todo o mundo. Observe o infográfico. > MEUS ARGUMENTOS NÃO ESCREVA NO LIVRO • Se o Estado enquanto instituição máxima de organização das relações sociais tem legitimidade para monopolizar o uso da violência, até que ponto essas ações ocorrem dentro da legalidade e/ou são legitimadas pelas circunstâncias? Como evitar que ocorram abusos? Converse com seus colegas sobre o assunto e, coletivamente, levantem possíveis mecanismos para o combate à violência institucional. Quando o número de mortes provocadas pela polícia é muito alto em relação ao total de mortes violentas intencionais de determinado território, isso pode revelar abusos e uso excessivo por parte da força policial. Tais casos de exercício da violência física e psicológica realizados por agentes do Estado são exemplos da violência institucional. Nos termos colocados pelo sociólogo alemão Max Weber (1864-1920), o Estado detém o “monopólio legítimo do uso da força”, o que significa que qualquer outra forma de violência que não seja aquela sob o controle do Estado não é legítima. A sociedade e as instituições devem controlar a violência cometida por parte do efetivo poli- cial, que se aproveita do pretexto do combate ao crime e de determinados instrumentos legais para usar a força desmedidamente e cometer atos violentos. Violência em números Fonte: FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 2019. p. 6-7. Disponível em: www.forumseguranca. org.br/wp-content/ uploads/2019/09/Anuario- 2019-FINAL-v3.pdf. Acesso em: 23 set. 2020. MORTES DE POLICIAIS 343 policiais Civis e Militares assassinados 6.220 vítimas em 2018 17 pessoas mortas por dia Vítimas • 99,3% homens • 77,9% entre 15 e 29 anos • 75,4% negros Mais policiais vítimas de suicídio do que assassinados no horário de trabalho 104 suicídios 11 a cada 100 mortes violentas intencionais foram provocadas pelas Polícias 75% mortos fora de serviço 97% homens 256 vítimas 51,7% negros 65,5% tinham entre 30 e 49 anos 32% foram vítimas de latrocínio Redução de 10,4% em relação a 2017 Crescimento de 19,6% em relação a 2017 MORTES DECORRENTES DE INTERVENÇÕES POLICIAIS ED IT O RI A D E AR TE 69 D3-CH-EM-3075-V6-U2-C4-060-077-LA-G21.indd 69D3-CH-EM-3075-V6-U2-C4-060-077-LA-G21.indd 69 23/09/20 23:0223/09/20 23:02 D3-CH-EM-3075-V6-INICIAIS-001-009-LA-G21-AVU.indd 5D3-CH-EM-3075-V6-INICIAIS-001-009-LA-G21-AVU.indd 5 24/09/2020 01:3424/09/2020 01:34 SUMÁRIO O mundo globalizado . . . 10 UNIDADE 1 > Capítulo 1 O que é globalização? . . . . 12 Histórico da globalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 As Grandes Navegações e a construção de um mundo conectado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Do imperialismo à Guerra Fria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Globalização e meio técnico-científico- -informacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 A economia globalizada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Fluxos financeiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Globalização e cultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 As críticas ao processo de globalização . . . . . . . . . . . . . . 22 A Primavera Árabe. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24 Nossa comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 > Capítulo 2 Uma era digital . . . . . . . . . . . . . .26 O impacto dos meios de comunicação na cultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Uma breve história dos meiosde comunicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 O impacto da internet na cultura . . . . . . . . . . . . . . . . 30 Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 A sociedade em rede . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 Internet e práticas de sociabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 A sociedade de controle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .34 O papel da internet na sociedade de controle . . . . . . 35 Divisões digitais no mundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .36 Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38 InvestigAção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 Nossa comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42 Saiba mais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43 As múltiplas faces da violência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 UNIDADE 2 > Capítulo 3 Terrorismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .46 O que é terrorismo? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 Uma definição de terrorismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 O nascimento do terrorismo contemporâneo . . . . . .49 O terrorismo ao longo do século XX . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 O terrorismo no século XXI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 A Al-Qaeda e os ataques de 11 de setembro . . . . . . . . 52 O Estado Islâmico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 A guerra ao terror . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .54 A guerra ao terror e a restrição às liberdades individuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .56 O conceito de Estado de exceção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .58 Nossa comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .59 > Capítulo 4 Violência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 Caracterizando a violência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .62 A violência intrapessoal e coletiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63 Entendendo a violência no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .65 Violências transnacionais e de fronteiras: o crime organizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .66 Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .68 A violência institucional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .69 Violência contra crianças e adolescentes . . . . . . . . . . . . 70 A violência autodirigida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 Eu também posso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74 Nossa comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76 Saiba mais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 D3-CH-EM-3075-V6-INICIAIS-001-009-LA-G21-AVU.indd 6D3-CH-EM-3075-V6-INICIAIS-001-009-LA-G21-AVU.indd 6 24/09/2020 01:3524/09/2020 01:35 A nova ordem mundial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .78 UNIDADE 3 > Capítulo 5 Diplomacia e guerra na ordem mundial . . . . . . . . 80 A diplomacia e a força militar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81 Guerra e política . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .82 Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .83 As ordens mundiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 A ordem mundial europeia entre os séculos XVII e XIX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 Da ordem europeia ao mundo bipolar . . . . . . . . . . . . . . 86 O conceito de território . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 Tensões e conflitos atuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .88 Coreia do Norte: tensão nuclear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .88 Guerra civil na Síria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .89 Extremismo religioso na Nigéria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90 Conflito na Ucrânia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91 Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .92 Nossa comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .93 > Capítulo 6 Economia global: disputas e tensões . . . . . . . . 94 A formação da economia global . . . . . . . . . . . . . . . . . . .95 O impacto econômico da expansão marítima . . . . . .96 Da expansão marítima à Revolução Industrial . . . . . . 97 A Europa como centro da economia global . . . . . . . . .98 Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .99 A economia global contemporânea: da Guerra Fria ao mundo multipolar . . . . . . . . . . . 100 A ascensão econômica da China contemporânea e o colapso do bloco soviético . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101 Blocos econômicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102 Organizações internacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103 Disputa Estados Unidos x China . . . . . . . . . . . . . . . . 104 Governo Trump e o crescimento das tensões . . . . . 105 Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106 InvestigAção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108 Nossa comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110 Saiba mais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 Um mundo doente . . . . . . . . 112 UNIDADE 4 > Capítulo 7 Vamos embora daqui . . . . 114 As migrações do século XXI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115 Os fluxos migratórios atuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116 A gestão das migrações no século XXI . . . . . . . . . . 118 Os migrantes, suas motivações e diferentes realidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119 Refugiados: de onde vêm? Para onde vão? . . . . . . . . 120 Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121 Refugiados: aceitá-los não é uma questão de escolha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122 Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127 Nossa comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131 > Capítulo 8 Saúde global . . . . . . . . . . . . . . . . . 132 Sedentarização e pandemia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133 A proliferação de doenças nas comunidades sedentárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134 A circulação de pessoas, mercadorias e doenças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135 A Peste Negra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136 Linguagens e leituras . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . 137 A unificação microbiana do planeta . . . . . . . . . . . 138 A gripe e a globalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139 A gripe de 1918 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140 Pandemias no século XX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141 A globalização e a covid-19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142 Efeitos sociais da covid-19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143 A intensificação das desigualdades sociais . . . . . . . . 144 O mundo pós-pandemia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145 Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146 Eu também posso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148 Nossa comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150 Saiba mais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151 > FICHAS DE AUTOAVALIAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152 > BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR . . . . 154 > BIBLIOGRAFIA COMENTADA . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158 Orientações para o professor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161 D3-CH-EM-3075-V6-INICIAIS-001-009-LA-G21.indd 7D3-CH-EM-3075-V6-INICIAIS-001-009-LA-G21.indd 7 23/09/2020 23:0823/09/2020 23:08 NESTE VOLUME Objetivos, justificativas, competências e habilidades Você já parou para pensar por que e para que estuda os conteúdos escolares? Eles devem ter importância para sua vida, sendo uma ferramenta a mais para que você, com seus colegas e professores, pensem em solu- ções para diferentes problemas do cotidiano, da sociedade brasileira e do mundo em geral. Apresentamos, a seguir, as justifi cativas (importância) e os objetivos (para que) de cada unidade deste livro e também indicamos competências e habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), cujos textos se encontram ao fi nal do livro. UNIDADE 1 O mundo globalizado Justificativa • Por que é importante estudar este conteúdo? Vivemos em um mundo integrado, no qual é possível se comunicar de forma instantânea com pessoas de qualquer parte do planeta e se deslocar rapidamente por grandes distâncias. Esse processo de integração, chamado de globalização, possui uma longa história. Estudar esse processo e compreender como ele está relacionado com o desenvolvimento de tecnologias de informação e comunicação é fundamental para refl etir criticamente sobre o mundo em que vivemos e pensar em formas de agir para construir uma sociedade justa. Objetivos • Devo estudar este conteúdo para... 1. Compreender o conceito de globalização e os efeitos sociais, econômicos e culturais desse processo, refle- tindo criticamente sobre a organização das sociedades contemporâneas. 2. Reconhecer que a integração do planeta remonta ao século XVI e caracterizar cada uma dessas etapas. 3. Relacionar a globalização ao desenvolvimento científi co e tecnológico, compreendendo os mecanismos de reprodu- ção da economia capitalista no mundo contemporâneo. 4. Reconhecer como as crises econômicas mundiais, que caracterizam a economia globalizada, infl uenciam a vida fi nanceira no plano pessoal e familiar. 5. Analisar os efeitos da globalização sobre a cultura, identi- fi cando elementos da cultura global no cotidiano. 6. Compreender o processo de homogeneização da cultura, refl etindo criticamente sobre a difusão de valores, ideias e costumes de países economicamente dominantes. 7. Valorizar o multiculturalismo, reconhecendo as pos- sibilidades de difusão das culturas locais no mundo contemporâneo. 8. Conhecer as críticas à globalização, de modo a refl etir e buscar soluções para desigualdade social. 9. Refl etir sobre tecnologias de informação e comunicação no presente e no passado e os seus impactos nas práticas culturais e sociais dos grupos humanos. 10. Confrontar diferentes narrativas sobre o impacto da intenet na cultura e na vida cotidiana. 11. Identifi car obstáculos de acesso a tecnologias de informa- ção e comunicação, pensando em possíveis soluções para a exclusão digital e discutindo seu uso responsável e ético. Competências e habilidades Competências gerais 1, 2, 3, 5, 8 e 10 Competências específi cas 1, 2, 4, 5 Habilidades EM13CHS101, EM13CHS103, EM13CHS106, EM13CHS202, EM13CHS204, EM13CHS401, EM13CHS403, EM13CHS502, EM13CHS504 UNIDADE 2 As múltiplas faces da violência Justificativa • Por que é importante estudar este conteúdo? O mundo contemporâneo é marcado por múltiplas formas de violência. Refl etir sobre as causas e os impactos sociais das práticas de violência é uma maneira de compreender a organi- zação social mais ampla e o cotidiano no qual estamos inseridos. Além disso, essa refl exão é fundamental para a adoção de ações visando à construção de uma sociedade mais pacífi ca. Objetivos • Devo estudar este conteúdo para... 1. Distinguir os diferentes signifi cados atribuídos ao termo terrorismo em distintos espaços e tempos. 2. Compreender a defi nição de terrorismo no mundo con- temporâneo, distinguindo-o de outras práticas violentas no presente. 3. Identifi car características das ações terroristas e analisar se na sociedade brasileira atual há eventos desse tipo de ação. 4. Refl etir sobre diferentes formas de representar a questão da violência contra populações civis, especialmente naquilo que confi gura práticas terroristas. 5. Compreender o terrorismo no século XXI como um fenô- meno amplo, praticado por grupos diversos, refl etindo criticamente sobre representações disseminadas nos meios de comunicação que o associam a grupos específi cos. 6. Relacionar o conceito de Estado de exceção à Guerra ao Terror, refl etindo sobre ameaças à vida, à democracia, e propor soluções para a proteção contra o terrorismo e a manutenção das liberdades individuais. 7. Entender as diferentes formas de violência e suas motivações, refl etindo sobre a situação dos jovens que convivem com elas. 8. Reconhecer os princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 como parâmetros fundamen- tais para identifi car violências individuais ou coletivas. 9. Analisar a violência no Brasil atual, utilizando coleta e análise de informações em diferentes tipos de linguagem. 10. Compreender as consequências da violação de direitos das crianças e dos adolescentes em seu desenvolvimento físico, psicológico e social. 11. Identifi car as causas da violência autodirigida, refl etindo sobre a saúde física e mental dos jovens e buscando ações para promovê-la. Competências e habilidades Competências gerais 1, 7, 8, 9 e 10 Competências específi cas 1, 2, 5 e 6 Habilidades EM13CHS101, EM13CHS102, EM13CHS103, EM13CHS106, EM13CHS204, EM13CHS501, EM13CHS502, EM13CHS503, EM13CHS504, EM13CHS604, EM13CHS605, EM13CHS606 D3-CH-EM-3075-V6-INICIAIS-001-009-LA-G21.indd 8D3-CH-EM-3075-V6-INICIAIS-001-009-LA-G21.indd 8 23/09/2020 23:0823/09/2020 23:08 UNIDADE 3 A nova ordem mundial Justificativa • Por que é importante estudar este conteúdo? As relações entre diferentes atores globais, como os Estados nacionais, as grandes corporações, organismos internacionais, entre outros, têm impacto direto no cotidiano de todos. Assim, estudar a ordem mundial e suas transformações ao longo do tempo é uma forma de melhor compreender as condições de vida e o modo como a sociedade se organiza, permitindo lançar um olhar crítico sobre o mundo e ajudando a construir ações que tragam prosperidade para todos. Objetivos • Devo estudar este conteúdo para... 1. Entender o papel da diplomacia e do poder militar na ordem mundial contemporânea, relacionando-o às princi- pais tensões e confl itos atuais. 2. Relacionar o surgimento dos Estados centralizados à cons- trução de um sistema internacional de regulamentações da diplomacia e das práticasconsideradas legais em tempo de guerra. 3. Identifi car os distintos atores (Estados nacionais, grandes corporações, organismos internacionais etc.) que agem de modo a assegurar seus interesses no mundo contemporâ- neo multipolar. 4. Analisar o processo de formação da economia global con- temporânea, entendendo os deslocamentos do centro econômico do planeta a partir da Baixa Idade Média. 5. Relacionar a hegemonia econômica ao poder político e militar dos Estados ao longo da história moderna e con- temporânea, refl etindo sobre participação desigual dos países no cenário global. 6. Analisar se a riqueza de um país garante boas condições de vida à população, refl etindo sobre a relevância da eco- nomia no cotidiano e apontando como é possível medir o desenvolvimento humano na comunidade escolar. 7. Avaliar os aspectos favoráveis e desfavoráveis do papel das organizações fi nanceiras internacionais na implementação de reformas neoliberais nos países. 8. Analisar tensões econômicas e políticas atuais entre China e Estados Unidos, refl etindo sobre seus desdobramentos e buscando combater manifestações de xenofobia contra chineses nos Estados Unidos e em outros países. Competências e habilidades Competências gerais 1, 5, 7, 9 e 10 Competências específi cas 1, 2, 5 e 6 Habilidades EM13CHS102, EM13CHS103, EM13CHS104, EM13CHS201, EM13CHS202, EM13CHS204, EM13CHS205, EM13CHS503, EM13CHS504, EM13CHS603, EM13CHS604, EM13CHS605 UNIDADE 4 Um mundo doente Justificativa • Por que é importante estudar este conteúdo? O mundo vem sendo marcado por grandes crises huma- nitárias, entre elas o crescimento do número de refugiados e a disseminação da pandemia global de covid-19. Para enten- der as causas dessas crises e seus impactos na vida de todos, é fundamental relacioná-las com o processo de globalização e as transformações econômicas, sociais, políticas e culturais do mundo contemporâneo para evitar novas crises no futuro. Objetivos • Devo estudar este conteúdo para... 1. Analisar fl uxos migratórios no século XXI, relacionando-os ao à globalização atual e aos avanços das tecnologias de comunicação e transporte. 2. Diferenciar os principais conceitos relacionados aos fl uxos migratórios, como migrantes, refugiados e deslocados internos. 3. Analisar dados sobre os fl uxos migratórios atuais refl etindo sobre suas múltiplas causas. 4. Desenvolver argumentos que promovam os Direitos Humanos, com foco para os refugiados e os deveres da comunidade internacional de protegê-los, buscando con- tribuir para a integração dessas pessoas à sociedade. 5. Discutir a situação dos refugiados no Brasil, desenvolvendo a empatia, o pensamento crítico, a defesa dos Direitos Humanos e o exercício da cidadania por meio de ações voltadas para a integração desses “novos brasileiros”. 6. Entender como as pandemias afetaram as sociedades humanas ao longo da história, refl etindo sobre os desafi os do mundo e do Brasil pós-covid-19 e a luta por direitos que minimizem os impactos da doença entre os grupos mais vulneráveis. 7. Compreender que as doenças e pandemias devem ser pen- sadas nos contextos de diferentes temporalidades e espaços, refl etindo sobre a exploração dos recursos naturais e as possi- bilidades de práticas que visem à sustentabilidade ambiental. 8. Comparar as pandemias surgidas ao longo do século XX com a pandemia de covid-19, de modo a identifi car que surgiram e se difundiram em um contexto de crescimento da interven- ção humana sobre a natureza e do processo de globalização. 9. Identifi car os efeitos sociais e econômicos da covid-19 no planeta e no Brasil, refl etindo sobre o mundo que estamos construindo e como fazer dele um lugar mais justo, inclusivo e solidário. Competências e habilidades Competências gerais 1, 2, 3, 4, 7, 8, 9 e 10 Competências específi cas 1, 2, 4, 5 e 6 Habilidades EM13CHS101, EM13CHS102, EM13CHS103, EM13CHS104, EM13CHS105, EM13CHS106, EM13CHS201, EM13CHS202, EM13CHS203, EM13CHS204, EM13CHS403, EM13CHS501, EM13CHS502, EM13CHS503, EM13CHS504, EM13CHS603, EM13CHS604, EM13CHS605 D3-CH-EM-3075-V6-INICIAIS-001-009-LA-G21.indd 9D3-CH-EM-3075-V6-INICIAIS-001-009-LA-G21.indd 9 23/09/2020 23:0823/09/2020 23:08 FI LI PE R O CH A 10 FI LI PE R O CH AUNIDADE 10 1 ■ Ilustração de Filipe Rocha, 2020. O mundo globalizado “Antes o mundo era pequeno/porque a Terra era grande/Hoje o mundo é muito grande/porque a Terra é pequena”. Esses versos da canção “Parabolicamará”, de Gilberto Gil (1942-), abordam as transforma- ções pelas quais a humanidade passou ao longo dos últimos séculos. Se no tempo das Grandes Navegações do século XV a Terra parecia grande porque o contato entre povos de diferentes continentes era difícil e restrito a poucas pessoas, nos dias de hoje a Terra parece pequena. Os avanços da tecnologia, dos transportes e das comunica- ções encurtaram as distâncias, aproximaram as pessoas, as culturas e as economias. Vivemos em um mundo globalizado. Nesta unidade veremos o impacto dessas mudanças nas sociedades contemporâneas. 1. Como você interpreta os versos da canção: “Antes o mundo era pequeno” e “Hoje o mundo é muito grande”? Você concorda com essa ideia? Por quê? 2. Como você observa os impactos da globa- lização em seu dia a dia? NÃO ESCREVA NO LIVRO D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21.indd 10D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21.indd 10 23/09/20 19:3323/09/20 19:33 1111 PLANEJAMENTO FINANCEIRO Quando falamos em planejamento financeiro, parece que estamos falando de algo muito dis- tante, que só tem a ver com empresas ou com pessoas que têm muito dinheiro. O planejamento financeiro, porém, deve fazer parte da vida de todas as pessoas, de todas as classes sociais, seja para planejar as compras do supermercado ou a aquisição de um novo aparelho celular; seja para planejar gastos de estudos ou de uma viagem. Assim, o planejamento financeiro – que inclui o consumo consciente – deve ter como principal objetivo o alcance de nossas metas e sonhos. A proposta deste projeto é realizar estudos de caso para saber como as pessoas organizam o orçamento individual e familiar. No final, sugerimos a elaboração de vídeos informativos de como organizar as finanças, dirigidos à comunidade. D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21.indd 11D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21.indd 11 23/09/20 19:3323/09/20 19:33 CAPÍTULO 1 O que é globalização? ■ Grupo de amigos se reúne para comer pizza. Fotografia de 2015. Consultar as Orientações para o professor para obter mais informações sobre o capítu- lo e sobre o trabalho com as atividades. M O N KE Y BU SI N ES S IM AG ES /S H U TT ER ST O CK .C O M O hábito de consumir pizza é muito forte no Brasil. Dados de 2018 da Associação de Pizzarias Unidas de São Paulo indicam que o Brasil produz 1 milhão de pizzas por dia. Esse alimento, que já está profundamente inserido na cultura bra- sileira, é um dos efeitos da globalização, um processo de integração econômica, social e cultural do planeta. A origem da pizza tal como a conhecemos hoje remonta ao século XVIII, quando surgiram estabele- cimentos que produziram as primeiras pizzas na região de Nápoles, no sul do atual território da Itália. De acordo com historiadores, as pizzas napolitanas começaram a utilizar molho de tomate como parte de sua cobertura apenas no século XIX. O tomate não é um produto de origem europeia; ele era cultivado por povos da América e começou a ser levado para a Europa no século XVI. A partir de meados do século XIX, imigrantes napolitanos introduzi- ram as receitas de pizza na América. No Brasil, há registros de pizzarias inauguradas no início do século XX. A pizza, porém, só se popularizou após o término da Segunda Guerra Mundial. Até então, até mesmo um italiano que vivesse fora de Nápoles dificilmente conheceria essa iguaria. A pizza se tornou popular em todo o mundo por volta da metade do século XX. Atualmente,é possível consumir pizza em muitos países, com combinações variadas de ingredientes e temperos. A versão brasi- leira tem suas características próprias e o mesmo ocorre com as versões produzidas em diversos outros países, inclusive na Itália. Sem o processo de globalização, a pizza poderia ter se mantido como um produto local. Além disso, talvez sua receita não tivesse incor- porado o tomate e outros ingredientes comuns nas pizzas que conhecemos nos dias de hoje. Neste capítulo, vamos conhecer a dinâmica da globalização e seus efeitos sociais, econômicos e culturais. 12 D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21-AVU.indd 12D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21-AVU.indd 12 24/09/2020 01:0824/09/2020 01:08 Histórico da globalização Você já deve ter lido textos na imprensa ou assistido a vídeos na televisão ou na internet sobre a globalização do planeta e o modo como isso afeta a vida de todos. Esse conceito é muito importante para enten- der o processo de formação do mundo contemporâneo e o modo como nossa sociedade se organiza atualmente. O que significa falar em mundo globalizado? Será que a globalização é um fenômeno recente? Pensar sobre essas questões pode nos ajudar a refletir criticamente sobre nosso mundo e o processo de globalização. Quando os pesquisadores das Ciências Humanas afirmam que nosso mundo é globalizado, eles se referem ao processo de integração de dife- rentes regiões do planeta. Essa integração ocorre no presente pelos meios de comunicação e de transporte. O desenvolvimento tecnológico per- mitiu as trocas instantâneas de informações e mensagens e a criação de meios de transporte mais rápidos, possibilitando interconectar diferentes regiões do mundo e criar relações globais entre territórios distantes. Atualmente, uma pessoa pode enviar uma mercadoria ou se deslo- car do Brasil para a Europa ou para a Ásia em menos de um dia. Também é possível utilizar plataformas digitais para assistir a aulas ou palestras de qualquer parte do mundo em tempo real. A globalização, portanto, está associada à redução das distâncias e à possibilidade de estabelecer contatos imediatos, mas ela não se resume ao fato de podermos nos comunicar e nos deslocar rapidamente. A globalização envolve processos e acontecimentos locais capazes de afetar e transformar outras regiões do mundo de forma recíproca. Uma epidemia, por exemplo, pode ter início na Europa e se alastrar pela Ásia ou pela América, tornan- do-se uma pandemia. Uma crise econômica nos Estados Unidos pode gerar crises na África ou na Oceania. Pesquisadores, como o soci- ólogo Göran Therborn (1941-), defendem que o atual processo de globalização tem uma histó- ria que remonta ao século XVI, quando um amplo processo de integração do planeta começou a ganhar força. ■ Robô realiza cirurgia cardíaca minimamente invasiva (MIS) em um paciente. As ferramentas cirúrgicas se encontram nas extremidades dos braços do robô, controlados remotamente por um cirurgião, que assiste a uma imagem tridimensional do local da operação por meio de um endoscópio, acoplado a um dos braços do robô. Califórnia (Estados Unidos), 2019. Pandemia Enfermidade epidêmica que se alastra por diver- sas partes do mundo. PE TE R M EN ZE L/ S CI EN CE P H O TO L IB RA RY /F O TO AR EN A 13 D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21.indd 13D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21.indd 13 23/09/20 19:3323/09/20 19:33 As Grandes Navegações e a construção de um mundo conectado No final do século XV, os europeus tinham contato apenas com algumas regiões da África e da Ásia. Essa realidade começou a mudar em 1492, quando embarcações enviadas pelos reis da Espanha chegaram ao continente ame- ricano, como resultado do processo de expansão marí- tima europeia. Os portugueses deram os primeiros passos nesse pro- cesso ao conquistar Ceuta, no norte da África, em 1415. Nas décadas seguintes, amplia- ram seus conhecimentos do oceano Atlântico e conquista- ram territórios, estabelecendo feitorias em posições estraté- gicas na costa africana. Ao contornar o sul da África, os navegadores portu- gueses passaram a explorar o oceano Índico e, em 1498, Vasco da Gama (1469-1524) comandou uma expedição que chegou a regiões do subcontinente indiano. Assim, no final do século XV, portugueses e espanhóis iniciavam uma nova etapa de integra- ção de diferentes regiões do planeta. O processo de expansão marítima euro- peia, posteriormente chamado de Grandes Navegações, se ampliou a partir do século XVI. Nesse período, portugueses, espanhóis, ingleses, holandeses e franceses começaram a conquistar territórios na América, África, Ásia e Oceania. Os territórios conquistados foram transformados em colônias europeias, que passaram a ser exploradas para produzir riquezas. A primeira etapa de globa- lização do planeta foi o colonialismo. Feitoria Fortaleza construída com a finalidade de explorar riquezas e proteger o território. ■ Vista do Porto de Cádiz (detalhe), na Espanha, mostrando a comercialização de produtos provenientes das “Índias Ocidentais”, ou seja, da América. Litografia colorida. 1565. Biblioteca Nacional de Paris, França. BI BL IO TE CA N AC IO N AL , P AR IS ,F RA N ÇA . F O TO : B RI D G EM AN IM AG ES /E AS YP IX B RA SI L Fonte: DUBY, G. Atlas histórico mundial. Barcelona: Larousse Editorial, 2018. p. 152. Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer Equador Círculo Polar Antártico Círculo Polar Ártico 0° 0° OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO M er id ia no d e G re en w ic h ÁSIA OCEANIA ÁFRICA EUROPAAMÉRICA DO NORTE AMÉRICA CENTRAL AMÉRICA DO SUL Morte de Fernão de Magalhães (1521)Bartolom eu D ias San Salvador (1432) Fernão de M agalhães JAPÃO Filipinas Cochim Calicute (1434) Goa Veneza PORTUGAL ESPANHA Lisboa Sevilha Palos Ceuta (1415) Cabo Bojador (1434) REINO DA GUINÉ (1434-1462) REINO DO CONGO (1452-1485) Moçambique (1456) Cabo da Boa Esperança (1437) Porto Seguro (1500) Cabo Verde (1456) Açores (1428) Sebas tião Elca no (15 22) Madeira (1420) Melinde (1458) (1519-1521) LIN H A D O TR A TA D O D E TO R D E S ILH A S 0 3555 Rotas das navegações portuguesas Rotas das navegações espanholas Primeiras viagens Vasco da Gama Pedro Álvares Cabral Cristóvão Colombo Fernão de Magalhães e Sebastião Elcano (primeira viagem de circum-navegação) Navegações portuguesas e espanholas, séculos XV e XVI D AC O ST A M AP AS 14 D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21-AVU.indd 14D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21-AVU.indd 14 24/09/2020 01:1024/09/2020 01:10 Do imperialismo à Guerra Fria Entre os séculos XVI e XVIII, a integração do planeta se acelerou. Ainda assim, a influência econômica das potências europeias estava restrita a algumas regiões da África, da Ásia e da América. Entre o final do século XVIII e meados do século XIX, a Europa iniciou o processo de industrialização, o que deu origem a novas estratégias de domi- nação colonial, visando à exploração de matérias-primas e à venda de mercadorias. Assim teve início a etapa do neocolonialismo. Inglaterra, França, Bélgica e, posteriormente, Alemanha, Itália, Estados Unidos e Japão pas- saram a conquistar territórios coloniais ou exercer influência econômica indireta em regiões da África e da Ásia. O processo de descolonização, que começou após o término da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), intensificou a integração econômica, cultural e social do planeta, mas até meados do século XX ainda havia um importante fator limitador ao processo de integração global das economias e sociedades: a polariza- ção do planeta durante a chamada Guerra Fria, que teve início após a Segunda Guerra Mundial. A Guerra Fria marcou um período de disputa por hegemonia entre as duas superpotências da época: EstadosUnidos e União Soviética. A polarização resultou na criação de dois blocos de países, os capitalistas e os comunistas. Havia barreiras polí- ticas que impediam a constituição de amplas relações comerciais ou cultu- rais entre os países dos dois blocos. ■ Oficiais da França e da Alemanha fazendo registros para a partilha da África. Ilustração publicada no Le Petit Journal, em 2 de novembro de 1913. Paris, França. LE EM AG E/ U IG / F O TO AR EN A NÃO ESCREVA NO LIVRO> LEITURA DE IMAGEM • O processo de exploração colonial de territórios da África e de outras regiões do mundo pelas na- ções europeias a partir de meados do século XIX ficou conhecido como neocolonialismo. Como a imagem representada nesta página contribui para entender esse processo de dominação? 15 D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21.indd 15D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21.indd 15 23/09/20 19:3323/09/20 19:33 A Guerra Fria terminou no início da década de 1990, com a reunificação da Alemanha, a extinção da União Soviética e a derrocada do comunismo, principalmente no Leste Europeu. A partir daí, houve uma intensificação do processo de integração do planeta, possibilitado tanto pelo fim das barreiras políticas criadas no mundo bipolar quanto pela profunda interação entre ciência e técnica, iniciada nos anos 1970, no período chamado técnico-científico-infor- macional, que vivenciamos até os dias atuais. O desenvolvimento tecnológico criou um mercado global. O mundo conectado em rede possibilitou que o capitalismo se consolidasse como um sistema hegemônico, estendendo-se sobre territórios que adotavam o socialismo. Na ordem globalizada contemporânea, mesmo países comunistas, como China, Cuba e Coreia do Norte, estão inter- ligados por processos econômicos, sociais e culturais do mundo globalizado. Em Cuba, por exemplo, há práticas capitalistas, como o turismo e a instalação de empresas multinacionais do setor hoteleiro em território cubano. No meio técnico-científico-informacional, pode-se dizer que o mundo “encolheu”. Podemos conhecer lugares distantes por meio do computador, do tablet, do celular ou da televisão. A internet nos permite conversar com as pessoas sem levar em conta as distâncias e nos dá a sensação de estar- mos ao mesmo tempo em todos os lugares. No mundo globalizado, filmes, séries e programas de televisão disseminam valores, ideias e hábitos da cultura de diferentes povos. Além disso, há intensos fluxos globais de informações, mercadorias, pessoas, serviços e capi- tais; empresas utilizam filiais espalhadas pelo mundo, fragmentando as etapas de fabricação e montagem de mer- cadorias, produzindo componentes e partes de um mesmo objeto em diferentes lugares. Globalização e meio técnico- -científico-informacional ■ Pastor de ovelhas fala ao celular, carregado por meio de painéis solares transportados por burros, em Sanliurfa (Turquia), 2016. ■ A ilustração representa o “encolhimento” do mundo promovido pela evolução dos transportes. H AL IL F ID AN /A N AD O LU A G EN CY /G ET TY IM AG ES Fonte dos dados: HARVEY, D. Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 2003. p. 220. Experiência do espaço e do tempo 1500-1840 1850-1930 anos 1950 anos 1960 1500-1840 1850-1930 anos 1950 anos 1960 A melhor média de velocidade das carruagens e dos barcos a vela era de 16 km/h As locomotivas a vapor alcançavam em média 100 km/h e os barcos a vapor, 57 km/h Aviões a propulsão: 480-640 km/h Jatos de passageiros: 800-1100 km/h Ilustração sem escala, para fins didáticos. RE N AT O B AS SA N I 16 D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21-AVU.indd 16D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21-AVU.indd 16 24/09/2020 01:1124/09/2020 01:11 Comunicação de massa é um termo que se refere às informações que chegam a uma grande quantidade de receptores ao mesmo tempo, partindo de um único emissor. Essas informações são provenientes de mídias criadas e desenvolvidas graças ao desenvolvimento tecnológico, como jornais, revistas, livros, rádio, televisão, cinema e internet. A relação entre os meios de comunica- ção e o processo de globalização é explorada no texto a seguir. Após a leitura, responda às questões: [...] Os meios dominantes de comunicação estão em poucas mãos [...]. O controle do ciberespaço depende das linhas telefônicas e não é nada casual que a onda de privatizações dos últimos anos, no mundo inteiro, tenha arrancado os telefones das mãos públicas para entregá-los aos grandes conglomerados da comunicação. [...] A televisão aberta e por cabo, a indústria cinematográfica, a imprensa de tiragem massiva, as grandes editoras de livros e de discos e as emissoras de rádio de maior alcance também avançam, com botas de sete léguas, para o monopólio. [...] atualmente, metade de todo o dinheiro que o planeta gasta em publicidade vai parar no bolso de apenas dez conglomerados, que açambarcaram a produção e a distribuição de tudo o que se relaciona com imagem, palavra e música. [...] A tecnologia põe a imagem, a palavra e a música ao alcance de todos, como nunca antes ocorrera na história humana, mas essa maravilha pode se transfor- mar num logro para incautos se o monopólio privado acabar impondo a ditadura da imagem única, da palavra única e da música única. Ressalvadas as exceções, que afortunadamente existem e não são poucas, essa pluralidade tende, em regra, a nos oferecer milhares de possibilidades de escolher entre o mesmo e o mesmo. Como diz o jornalista argentino Ezequiel Fernández-Moores, a propósito da informação: “Estamos informados de tudo, mas não sabemos de nada”. GALEANO, E. De pernas pro ar: a escola do mundo ao avesso. Porto Alegre: L&PM, 2001. p. 280-286. 1. O autor escreveu esse texto no final da década de 1990, momento em que ocorria grande concentração de empresas de mídia nas mãos de poucos grupos econômi- cos. Você acha que a preocupação do autor, expressa no último parágrafo, ainda é pertinente nos dias de hoje? Justifique sua opinião. 2. No texto, o autor afirma que a tecnologia coloca a imagem, a palavra e a música ao alcance de todos. Você concorda? Por quê? 3. O jornalista argentino Ezequiel Fernández-Moores diz que “estamos informados de tudo, mas não sabemos de nada”. Discuta essa frase com seus colegas. 4. Como você interpreta o trecho no qual o autor do texto afirma que “essa pluralidade tende, em regra, a nos oferecer milhares de possibilidades de escolher entre o mesmo e o mesmo”? DIÁLOGOS> LINGUAGENS E LEITURAS> NÃO ESCREVA NO LIVRO 17 D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21.indd 17D3-CH-EM-3075-V6-U1-C1-010-025-LA-G21.indd 17 23/09/20 19:3323/09/20 19:33 A economia globalizada Na economia globalizada, uma decisão econômica tomada, por exemplo, por uma empresa multinacional com sede na França gera con- sequências em diferentes localidades, distantes do país de origem. Assim, um trabalhador de uma montadora de automóveis francesa instalada no Brasil pode perder o emprego caso a matriz dessa empresa tenha decidido fechar a filial brasileira e instalá-la em outro país ou substituir a mão de obra da linha de montagem por robôs. Com a informatização e a evolução dos meios de transportes e comunica- ção, as empresas multinacionais estão fragmentando as etapas de produção entre suas filiais espalhadas pelo mundo ou firmando acordos de parceria com outras indústrias, com o objetivo de minimizar custos, aumentar a produtividade e, consequente- mente, obter lucros maiores. Assim, no caso da montadora francesa, a empresa tem sua administração central na França e pode ter seu departamento de marketing instalado nos Estados Unidos, proje- tar o veículo no Japão, montá-lo no Brasil, com peças fabricadas no México ou em qualquer outro país que lhe ofereça vantagens compa- rativas (mão de obra, matéria-prima, energia, transportes, menores impostos etc.). Nessa organização da economia global, as empresas multinacionais também vêm sendo
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