Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Nome: Juliana Ribeiro de Oliveira Paula RF: 892.002.52 Curso: “POVOS INDÍGENAS E SUAS REPRESENTAÇÕES EM FILMES E PUBLICIDADE: AGUÇANDO O OLHAR” Atividade 2 Assistir ao filme: Tainá disponibilizado via link somente na semana (12/11 a 20/11), ler dois artigos sobre o uso do filme na educação e apresentar suas considerações. Mínimo 2 páginas Relação entre diferentes tipos de infância, costumes e modos de vida. Esta atividade pretende discutir e relacionar apontamentos sobre o filme: Tainá e suas representações assim como o comentário e apresentar pontos sobre a minha compreensão enquanto estudante no curso. O filme “Tainá uma aventura na Amazônia”, que foi lançado no ano de 2001 retrata a história da pequena índia Tainá, que ficou órfã quando bebê e desde então é criada pelo seu avô na Amazônia, é um filme muito rico em belezas naturais apresentando imagens do Rio Negro, e também paisagens deslumbrantes das riquezas da flora e fauna, o que no meu ver acaba deixando o espectador cada vez mais íntimo e encantado pelo filme. É um filme bem dirigido e voltado ao público infantil, onde mostra a cultura indígena seus costumes e modos de vida buscando transmitir os conceitos de cuidado com a natureza e com o meio ambiente. Com os ensinamentos e costumes passado pelo seu avô, o sábio Tigé, a protagonista Tainá cresce e se desenvolve em meio a este ambiente permeado as histórias de seu povo, as cenas transmitem a grandiosidade da natureza pois os indígenas convivem de forma muito íntima com as diferentes espécies de animais e plantas. Por ser concebida como Índia guerreira, a pequena Tainá recebe a missão de guardiã da Floresta, e consegue salvar uma espécie rara de macaquinho das garras de traficantes de animais. E com isso ela então acaba unindo forças de outros personagens que de forma corajosa, leve e divertida conseguem ajudá-la em sua missão de proteção à natureza. Com a apreciação do filme alguns pontos me fizeram refletir sobre a forma com que a cultura indígena chega até as crianças, já que atualmente o pouco contato que temos com essa cultura se dá por meio da representação audiovisual, eu mesma enquanto professora já ouvi falar sobre comunidades e tribos próximas a minha residência, até então localizada na região do extremo sul de São Paulo, porém não tive a oportunidade de visitá-las e conhecê-las realmente. Sobre isso notei que o enredo mostra um índio primitivo sempre com rosto pintado e enfeites, que não condiz com a realidade que sabemos que existe por conta das relações socioculturais que precisam ocorrem pela própria sobrevivência deles, sendo que não se apresentam sempre desta forma e sim em determinadas ocasiões que se fazem presentes as pinturas e ornamentações. acredito que a educação que me foi passada sobre a cultura indígena, infelizmente também ocorreu de forma muito deturpada e, pois desde a educação infantil tais conceitos eram resumidos a atividades vazias e sem contextos, em que passávamos horas pintando e decorando cocares e o rosto para representar a data, não nos oferecendo a oportunidade de compreender o real significado do que estávamos estudando ou abrindo espaço para podermos respeitar a cultura indígena, enfim tudo se resumia em cumprir tradições e datas comemorativas em contextos cada vez mais vazios em significados. Creio que atualmente este tema passou por algumas transformações com diálogos e representação das lutas por igualdade indígena, notamos que além das atividades visarem respeitar e apresentar a cultura indígena na forma que ela realmente se encontra, a educação vem buscando cada vez mais valorizar as origens e lutas que foram travadas nos primórdios do nosso país. Um povo tão guerreiro e importante em nossa história, mas que a todo momento vem travando lutas para se reinventar, e poder sobreviver em meio a uma sociedade cheia de preconceitos, violências e destruições. O filme retrata as culturas e o modo de vida dos indígenas de maneira fantasiosa ou talvez romantizada a meu ver, pois cada vez menos conseguimos percebê-los dessa forma idealizada e com isso acaba por ressaltar preconceitos e visões que os indígenas não podem conviver em uma civilização de forma harmoniosa. Em grande parte das cenas são tratados com preconceito e vistos como selvagens, afinal muitas pessoas não conhecem ou valorizam as suas culturas, como é o caso dos personagens Laurinha, que mesmo xingando, gritando e provocando Tainá a todo tempo, não é tratada com a mesma violência, pois a indiazinha é sempre muito doce e bondosa. Concluindo é importante repensar sobre muitos pontos exibidos no filme, pois como educadores está em nossas mãos o poder e a missão de levar aos nossos estudantes um conhecimento de qualidade, além disso devemos estar na linha de frente no combate ao preconceito, mesmo que muitas vezes se apresente de forma velada, assim como e a falta de respeito aos povos originários do nosso país.
Compartilhar