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A dor crônica que acompanha o envelhecimento pode causar complicações importantes como depressão, ansiedade, isolamento social, perda da função, redução da qualidade de vida, entre outros, levando à dependência das atividades da vida diária e aumento dos gastos em serviços sociais. A associação entre dor crônica e depressão pode ser compreendida principalmente pela existência de modelos de depressão em idosos associados a esse tipo de dor. Isso sugere que a pessoa não tinha depressão anterior e estava começando a apresentar sintomas depressivos devido à dor crônica. Um exemplo é a osteoartrite, que é uma das maiores causas de dor em idosos que, à medida que o processo de dor continua, perdem o interesse em caminhar ou realizar atividades que exijam mais esforço, confinando-se em ambientes fechados e com distanciamento social. Tratamentos não medicamentosos para dor crônica foram desenvolvidos o objetivo é melhorar a capacidade do paciente de lidar com a dor. Programa de autogerenciamento da dor (AGD) é uma dessas abordagens, incluindo educação sobre a dor, treinamento para identificar e corrigir pensamentos negativos, estabelecer objetivos, exercícios de relaxamento e o uso de fisioterapia para reduzir a dor, melhorar o humor e o funcionamento psicossocial. Existe uma correlação entre a intensidade da dor e sintomas, a depressão geralmente acompanha a dor crônica, enquanto a ansiedade acompanha a dor aguda e a dor crônica quando os pacientes não estão cientes de sua condição ou do que está acontecendo. O tratamento da dor crônica também apresenta uma abordagem multidimensional que atua nas características biopsicossociais, biologicamente, esses programas visam modular os mecanismos endógenos de controle da dor e as concentrações de neurotransmissores como serotonina, norepinefrina e dopamina, psicologicamente, eles podem reduzir a ansiedade, depressão, angústia e transtornos mentais que resultam da dor crônica. A nível social favorecem a autoestima, participação social e produtividade intelectual e física. Dentre as estratégias empregadas no programa multidisciplinar de dor crônica, temos: gerenciamento do estresse, educação do paciente e da família, psicoterapia, relaxamento e atividades físicas foram as estratégias mais utilizadas. As prescrições de exercícios para o controle da dor crônica são promovidas na literatura científica há mais de 20 anos.
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