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- As Monarquias e o iluminismo revolucao inglesa

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26/09/22, 22:21 EDU_HIMOSE_19_E_2
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=hC2XJMfuFtY80dbbRfjuMQ%3d%3d&l=Fcp%2f9nURqJreebvS8Haadg%3d%3d&cd=pMhZ… 1/17
Unidade 2 - As Monarquias
Parlamentares e o Iluminismo
Mariana Silva Silveira
Iniciar
Introdução
Oferecemos a você boas-vindas à segunda unidade da disciplina de História Moderna
dos Séculos XVII e XVIII! Após analisar a Europa no século XVII e XVIII, na unidade
anterior, conheceremos agora mais sobre as Monarquias Parlamentares Inglesa e
Francesa.
O objetivo desta unidade é contemplar manifestações ideológicas que marcaram os
séculos XVII e XVIII. Especialmente estudaremos a ascensão do Parlamento como
instituição autônoma, permanente e de carácter burguês.
Junto desta nova manifestação política aprenderemos a respeito da desmontagem
do absolutismo, do Antigo Regime e do crescimento do movimento intelectual que o
questiona: o Iluminismo. Veremos com maior destaque o pensamento deste
movimento no caso britânico e francês, conhecendo grandes pensadores como
David Hume, Adam Smith, Voltaire e Montesquieu.
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A partir da análise do Iluminismo e seus pensadores compreenderemos a origem de
idéias políticas e sociais difundidas até os dias de hoje em nossa sociedade.
Venha conosco conhecer ainda mais o nosso mundo. Bons estudos!
1. A Monarquia Parlamentar
Estudamos anteriormente algumas características centrais do modelo político
europeu do século XVII e XVIII, chamado Antigo Regime. Nele imperava o
mercantilismo e o absolutismo monárquico. Isto gerava uma sociedade
extremamente desigual e com um poder político autoritário e despótico.
No entanto, no início do século XVII, houve uma revolução que se destacou por
limitar o poder do rei a partir do Parlamento na Inglaterra, a Revolução Inglesa. Mas
antes de conhecê-la, você sabe o que é um parlamento?
Saiba mais
Os parlamentos são reuniões de representantes, mais conhecidas como
assembleias, que se desenvolveram no �nal da Idade Média, entre os
séculos XII e XVII. Tais assembléias reuniam diversos segmentos políticos
importantes como representantes da igreja e nobres na realização de
objetivos políticos propostos pelo rei.
A assembleia tinha como objetivo equilibrar e controlar o poder dos
monarcas. Ao mesmo tempo em que buscavam controlar e moderar este
poder, ela sustentava a realização de políticas reais.
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Agora analisaremos a Monarquia Parlamentar Inglesa, que é um tipo de governo no
qual os poderes do monarca são limitados pela existência de um parlamento. Porém,
é necessário entender como o modelo político mudou do absolutismo à monarquia
parlamentar, estudando a Revolução Inglesa.
1.1. A Revolução Inglesa
Os processos revolucionários contra o absolutismo e o Antigo Regime ocorreram de
formas distintas e muito especí�cas em cada região da Europa Ocidental. No caso da
Inglaterra, o choque entre um projeto absolutista e o Parlamento levou à Revolução
Inglesa (1642-1649). Com ela a soberania passou a ser dividida entre o monarca e o
Parlamento.
O processo político de decadência do absolutismo nos remonta ao �nal da Dinastia
Tudor (1485- 1603), mais especi�camente ao momento da união dos reinos das Ilhas
Britânicas sob a Dinastia Stuart. Com a ascensão da dinastia Stuart ao trono inglês,
houve uma tentativa de implantar um regime absolutista inspirado no modelo
francês, no entanto, as características especí�cas da centralização política na
Inglaterra impediram que obtivessem sucesso.
Entre estas características se destacam a intensa rivalidade religiosa nos reinos
comandados pela dinastia Stuart e a presença da Câmara dos Comuns, que limitava
diretamente as decisões impostas pelo monarca e exigia maior participação política e
administrativa.
Em 1628, a Câmara dos Comuns impôs que o rei, por meio da Petição dos Direitos,
necessitasse de aprovação do Parlamento para decidir sobre assuntos relativos aos
impostos, prisões, julgamentos e convocações de exército, o que já deixou o então
rei, Carlos I, insatisfeito quanto aos seus planos de implantar o absolutismo nos
modelos franceses na Inglaterra.
Em seguida, ao se reunir, em 1629, o Parlamento reprovou a política religiosa e o
aumento de impostos proposto por Carlos I. Este, percebendo então que não obteria
nenhum êxito convocando o Parlamento, passou a tomar decisões e a governar a
Inglaterra sem convocá-lo, entre 1629 a 1640.
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Profundamente insatisfeitos, aos puritanos e presbiterianos (calvinistas escoceses)
foi imposto o anglicanismo como religião. Esses grupos rebelaram-se e recusaram-se
a pagar impostos, pelo que foram condenados pelos tribunais do rei em 1639 e 1640.
No entanto, em 1640, passando por graves problemas econômicos o rei foi obrigado
a convocar o Parlamento, que mais uma vez lhe negou o aumento de impostos
pretendidos e, por isso, foi dissolvido novamente. Por continuar com sérios
problemas econômicos Carlos I convocou um novo Parlamento, no mesmo ano. Este
durou 18 meses, controlou convocações do exército, interferiu na política religiosa e
persegui ministros do rei.
Figura 1- Carlos I. Rei da Inglaterra por Antoon Van Dyck. Fonte: Museo del Prado, 2019 
Em 1641, se iniciou uma revolta separatista na Irlanda. Neste momento Carlos I não
possuía recursos para montar um exército e�ciente para contê-los, sendo necessário
convocar novamente o Parlamento. Seu plano era obter renda proveniente dos
impostos e reforçar sua posição militar.
No entanto, o exército organizado não foi comandado pelo rei e sim pelo
Parlamento. Assim o poder deste órgão aumentou e �cou de�nido que nunca mais
poderia ser dissolvido pelo rei e deveria reunir-se a cada três anos. Carlos I �cou
descontente e não aceitou perder parte de seu poder real criando resistência em
aceitar as novas decisões, iniciando a Guerra Civil.
Assim, se iniciou a Revolução Inglesa, também chamada de Guerra Civil e Revolução
Puritana, um con�ito ocorrido entre 1642 e 1649, envolvendo as forças do rei Carlos I
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chamados de “os cavaleiros” e as forças do Parlamento chamados de “os cabeças
redondas”.
Por possuir o poder de criar impostos e ter o apoio das áreas economicamente mais
avançadas, o Parlamento organizou um exército permanente efetivo. O New Model
Army era liderado por Oliver Cromwell e foi caracterizado por combinar a ascensão
de cargos militares baseados no mérito com a disciplina o que o tornava
extremamente e�ciente.
Os soldados eram de maioria de classes pobres ou médias, porém eram mais bem
treinados, equipados e motivados, conseguindo assim vencer Carlos I que foi
executado em 1649.
Assim, foi inaugurada a fase do Regime Republicano ao qual foi dado o nome de
Commonwealth . Ela foi marcada por sobreposição dos militares puritanos sobre o
Parlamento. Em 1651, Cromwell decretou os Atos de Navegação, os quais favorecia
os grandes comerciantes ingleses por de�nir que os produtos importados para a
Inglaterra deveriam obrigatoriamente ser transportados por navios ingleses ou de
regiões produtoras.
Os pequenos produtores e comerciantes se mantiveram mais uma vez descontentes
com o governo de Cromwell, quando, no mesmo ano, ele de�niu que o puritanismo
deveria ser a religião o�cial dos três reinos. Dois anos depois, em 1653, dissolveu o
Parlamento e governou com o título de Protetor da Inglaterra.
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Figura 2- Execução de Carlos I, por artista desconhecido. Óleo sobre tela. Scottish National Portrait
Gallery, Edimburgo, 1649. Fonte: National galleries, 2019 
Podemos perceber que, apesar de ter avançado economicamente, o país nesta fase
republicana �cou marcado pelo radicalismo político e religioso. Com a morte de
Oliver Cromwell (1660), acaba a Commonwealth e se inicia o período de restauração
da dinastia Stuart.
Portanto, o período republicano, na realidade, foi marcado pelo radicalismo e, mais
uma vez, pela centralização da maior parte do poder político nas mãos de um só
governante. Motivo pelo qual levou à restauração Stuart em 1660.
1.2. A Revolução Gloriosa
A restauração Stuart foi iniciada em 1660, com a expectativa de que, após ter visto a
execução de Carlos I durante a Guerra Civil, o novo monarca governaria em equilíbrio
com o Parlamento. Assim, foi com o governo de Carlos II que se restaurou a Igreja
Anglicana como o�cial, mas que também permitiu, junto do Parlamento, a livre
prática de outras religiões.
Porém, em 1685, assumiu o trono Jaime II, um sucessor muito próximo ao
catolicismo gerando medo entre os protestantes de que sua política se aliaria
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demasiado ao catolicismo limitando a liberdade de culto. Logo, Jaime II tentou
aprovar uma lei que garantia o direito dos católicos em ocupar cargos públicos.
Figura 3 - Retrato de Carlos II e Jaime II por Artista desconhecido. óleo sobre tela. Wilton Park, Steyning,
século XVII. Fonte: Pinterest, 2019 
Esta tentativa é su�ciente para alarmar os protestantes do Parlamento, os quais
depuseram Jaime II, passando o poder para sua �lha protestante chamada Maria II.
Junto dela passou a governar seu marido Guilherme de Orange, chefe de estado
holandês, que utilizou suas tropas para garantir a deposição de Jaime II e sua
ascensão ao trono inglês.
Esta transição levou o nome de Revolução Gloriosa (1688-1689), pois se comparada à
Guerra Civil foi menos con�ituosa e mais estável. Ao assumirem o trono, Guilherme
de Orange e Maria II tiveram que assinar um contrato entre o rei e os representantes
da sociedade denominado a Declaração Inglesa de Direitos ( Bill of Rights ).
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Figura 4 - Guilherme de Orange por Sir Godfrey Kneller (1646- 1723). Óleo sobre tela. Scottish National
Portrait Gallery, Edimburgo, século XVII. Fonte: National galleries, 2019 
Figura 5 - Rainha Maria II por Jan Verkolje (1650-1693). Óleo sobre tela. National Portrait Gallery,
Londres 1685. Fonte: Fonte: National galleries, 2019 
1.3. Bill of Rights
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2. O Iluminismo Britânico
O Iluminismo foi um conjunto e ideias que circulavam predominantemente no século
XVIII na Europa, especialmente na França e na Inglaterra. Tais ideias eram contra o
Absolutismo, o Antigo Regime e o mercantilismo, que imperavam nesta época.
Os textos iluministas colocavam-se contra os excessos da nobreza e o controle
excessivo que o clero possuía sobre a sociedade, ao deixar camponeses, burgueses e
trabalhadores urbanos em segundo plano nas decisões econômicas e políticas,
visando sempre manter os privilégios herdados na Idade Média.
Os textos e livros produzidos pelos iluministas eram  proibidos pelo governo, só que,
mesmo assim, suas ideias se difundiram entre a burguesia e seus autores. E tanto
mais sofriam perseguição, tanto mais se tornavam famosos.
2.1. O Liberalismo Inglês e o Iluminismo
Neste período, a Inglaterra passava por um intenso surto de industrialização,
abandonando as manufaturas para as maquinofaturas. Isto provocava um grande
movimento comercial no país uma vez que, com as máquinas, era possível produzir
A Declaração Inglesa de Direitos pode ser considerada uma consequência direta da
Revolução Gloriosa, em 1689. Nesta declaração, o Parlamento reivindica seus antigos
direitos e liberdades. Entre elas é possível citar que, sem a autorização do
Parlamento, seria ilegal:
Levantar e manter um exército dentro do reino, em tempo de paz.
Arrecadar dinheiro para uso da coroa.
Limitar a liberdade de expressão no Parlamento.
Limitar as eleições do Parlamento ou sua reunião com frequência.
Entre muitas outras que são de�nidas como premissas constitucionais de seus
direitos e liberdades inquestionáveis.
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maior quantidade em menor tempo, reduzindo o tempo de produção da mercadoria.
Logo, também percebe-se a redução do custo dos produtos, pois devido à grande
quantidade disponível (oferta), o interesse dos compradores (procura) é reduzido e
logo, seus preço.
Desta forma, na Inglaterra, imperava o liberalismo econômico, que como já acontecia
na política e de�nia que o rei não possuía direitos absolutos sobre a economia.
2.2 Filósofos britânicos no século XVIII
Dentre os �lósofos britânicos que mais se destacaram estão Adam Smith e David
Hume.
Figura 6 - Per�l de Adam Smith por James Tassier (Escócia, 1735-1799). Gravura original de 1787. 
Fonte: biography.com, 2019 
Adam Smith fazia parte dos �siocratas, isto é, uma parte de pensadores e
economistas que defendiam que a riqueza das nações estaria na agricultura, pois
seria dali que partiria toda a sobrevivência humana. Contradizendo o mercantilismo,
que dizia que a riqueza das nações estava na quantidade de metais preciosos que
esta possuía.
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Adam Smith era um �siocrata inglês que acreditava que o mercado poderia
autorregular-se. Isto é, não seria necessário uma intervenção estatal de�nindo leis
para a economia, pois esta se governaria sozinha pela lei da oferta e da procura, que
vimos anteriormente.
Para ele, a riqueza das nações estaria em seu potencial de trabalho assalariado, ou
seja, na relação entre a quantidade de mão de obra e vagas de emprego assalariado.
Os salários também se regulariam pela lei da oferta e da procura, de maneira que
quanto mais trabalhadores disponíveis houvessem, menor seria o salário, e vice-
versa.
Logo, a intervenção do Estado na economia desequilibraria o mercado ao invés de
ajudá-lo. Com esta teoria, Adam Smith passou a ser considerado o pai do liberalismo
econômico, modelo que esteve vigente na maioria dos países capitalistas até o século
XX.
Outro memorável pensador iluminista britânico foi David Hume, historiador e
�lósofo nascido na Escócia. Possuía, nas suas próprias palavras, “uma aversão
insuperável a tudo que não fossem as buscas da �loso�a e do conhecimento geral” .
Assim, Hume desenvolveu uma teoria através do método experimental de raciocínio,
a qual defendia que o conhecimento só seria desenvolvido por meio da experiência
sensível ao humano e esta estaria dividida em duas partes: impressões e ideias. As
impressões seriam as causas das ideias.
Nesse sentido, o pensamento de Hume critica, mesmo que indiretamente, a fé e o
senso comum como geradores de conhecimento, pois não tem fundamento
cientí�co. O que abalaria as bases do Absolutismo e do Antigo Regime com a
explicação das desigualdade sociais e da origem do poder do monarca e do clero.
Seu pensamento foi revolucionário para época, o que levou a ser acusado de heresia
pela Igreja Católica e suas obras foram acrescidas no Índicedos Livros Proibidos
(Index Librorum Prohibitorum) .
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Figura 7 - Retrato de David Hume, por Allan Ramsay (1760). Fonte: National Galleries, 2019 
3. O Iluminismo Francês
O Iluminismo francês, da mesma maneira que o inglês, apresenta a crítica ao Antigo
Regime, o absolutismo monárquico, como sua principal proposta informativa. Na
França, as críticas do �lósofos eram especi�camente dirigidas ao aparato
governamental representado pela monarquia absolutista da casa Bourbon e aos
privilégios �scais do clero católico e da nobreza de Versalhes. O envolvimento na
Guerra dos Trinta Anos e em outro con�itos internacionais, como a Guerra de
Sucessão Espanhola, assim como ine�ciências e incompetências administrativas da
postura econômica intervencionista dos monarcas franceses, criaram a conjuntura
perfeita para um questionamento da gestão política que estes protagonizaram.
3.1. Voltaire
François-Marie Arouet, mais conhecido como Voltaire foi um �lósofo iluminista
francês nascido em Paris no ano de 1694. Por fazer parte da nobreza francesa teve
amplo contato com educação de qualidade e se tornou secretário da embaixada
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francesa, na cidade de Haia, na Holanda. Viveu por dois anos em Londres, onde teve
contato com o liberalismo e ideias que contestavam o Antigo Regime. Especialmente
teve contato com o pensamento de John Locke, o inglês considerado por muitos
como o fundador do iluminismo, pois já no século XVII defendia que os homens
nascem todos iguais.
Assim Voltaire retornou à França, defendendo as liberdades civis individuais,
especialmente a religiosa e a de expressão. Ficou conhecido por uma frase que na
realidade lhe foi designada erroneamente, pois contempla exatamente suas ideias.
Ela diz: “posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu
direito de dizê-lo”. Na realidade, a frase foi escrita em uma biogra�a de Voltaire, pois
sintetiza suas ideias.
Desta forma, Voltaire se destaca como um defensor da liberdade de expressão no
iluminismo em um momento em que por ser da nobreza conseguiu publicar livros
enquanto outros de mesmo tema eram queimados.
Figura 8 - Retrato de Voltaire por Maurice Quentin de La Tour. França 1736. Fonte: National Galleries,
2019 
4. Montesquieu e a divisão dos
poderes
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Charles-Louis de Secondat, originário de famílias nobres de origem francesa e
inglesa, tornou-se notoriamente conhecido como barão de La Brède e de
Montesquieu. Durante sua infância, estudou em escola religiosa de oratória
conhecida como Colégio Juilly. Os padres oratorianos desta instituição �ertavam já
com os ideais iluministas em suas lições, in�uenciando solidamente a formação de
seus alunos. Tendo concluído a educação básica, foi estudar na Universidade de
Bordeaux, onde se formou no curso de direito em 1708. Em seguida, mudou-se para
cidade de Paris buscando aperfeiçoar sua formação.
Nestas instituições teve contato com vários intelectuais franceses, principalmente,
com aqueles que criticavam a monarquia absolutista e o clero católico fomentando
indignações e re�exões no jovem.
Figura 9 - Retrato de Montesquieu. Artista desconhecido. Óleo sobre tela. Palácio de Versalhes na
França, 1728. Fonte: brewminate.com, 2019 
Entretanto, com a morte do pai, retornou para sua cidade natal, La Brède, para
cuidar de assuntos familiares. Em 1714, retornou à cidade de Bordeaux, onde se
casou com Jeanne Catherine de Lartigue. Após a morte de seu tio, herdou todo
patrimônio e fortuna de sua família e passou a exercer o cargo de presidente do
parlamento de Bordeaux, quando foi �nalmente nomeado Barão de Montesquieu.
4.1. Sua obra: O Espírito das Leis
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Tendo se tornado membro da Academia de Ciências de Bordeaux, desenvolveu uma
série de estudos sobre variadas áreas cientí�cas. Sua obra mais importante foi o livro
nomeado O Espírito das Leis.
Publicado em 1748, esta obra apresenta como proposta informativa a defesa de um
sistema de governo constitucional que impedisse a concentração das funções e
poderes políticos nas mãos de um só agente. Constituindo-se em uma crítica direta
ao absolutismo monárquico, regime considerado autocrático e ditatorial pelo autor,
Montesquieu propunha a separação dos poderes políticos em órgãos e instituições
auxiliares, assim como a preservação das liberdades civis e a manutenção de um
aparato legislativo rígido e preciso.
Tal aparato deveria assegurar aos cidadãos o principal preceito iluminista: a
liberdade. A coibição do livre pensamento, associação e expressão são atos
criminosos protagonizados por governos autocráticos e, por isso, a desestruturação
dos regimes escravistas também é uma proposta presente em sua obra.
A recepção da obra de Montesquieu foi dúbia: foi proporcionalmente elogiado e
criticado por seu trabalho. O autor chegou até mesmo a publicar um outro livro
intitulado, “Defesa do Espírito das Leis”, no qual fazia a releitura de seu trabalho e
respondia às críticas. Faleceu em fevereiro de 1755, tendo sido sepultado na L'eglise
Saint-Sulpice, em Paris.
Síntese
Estudamos nesta unidade o que é uma Monarquia Parlamentar, tratando mais
especi�camente da Monarquia Inglesa. Com ela podemos perceber como o
Absolutismo e o Antigo Regime vinham perdendo força e novas maneiras de pensar
surgiam na europa e, posteriormente, iriam se difundir para todo o mundo. O poder
dos monarcas agora era limitado pelo Parlamento e pensadores iluministas passam
a divulgar e debater ideias que, mesmo sendo proibidas, retratam o pensamento
circulante na época.
Nesta unidade você teve a oportunidade de aprender:
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Como a Guerra Civil Inglesa destituiu o rei Carlos I em nome da liberdade do
Parlamento;
De que forma a Revolução Gloriosa levou ao Bill of Rights garantindo os limites dos
monarcas;
O funcionamento do liberalismo inglês e do pensamento de Adam Smith e David
Hume;
O iluminismo francês pelo pensamento de Montesquieu com sua teoria de divisão
dos poderes e o pensamento de Voltaire em defesa da liberdade de expressão.
Sendo assim, concluímos esta unidade reconhecendo as mudanças ocorridas na
Europa com suas  novas perspectivas e ideais que caminham para a diminuição da
desigualdade social e para a diminuição do poder do clero e da nobreza.
Na unidade seguinte, entenderemos como o iluminismo in�uenciou ações concretas
e governantes nos anos seguintes.
Download do PDF da unidade
Bibliografia
BERIOU, LOUIS. Um café com Voltaire . São Paulo: Autêntica, 2017. (Biblioteca
Universitária Virtual FMU). 
BURKE, Peter. A Fabricação do Rei : A construção da imagem pública de Luís XIV. Rio
de Janeiro: Zahar, 2009. Versão digital disponível em:
<http://docs12.minhateca.com.br/869137399,BR,0,0,BURKE,-Peter.-A-
fabrica%C3%A7%C3%A3o-do-rei.pdf>. Acesso em: 01 jul. 2019. 
FALCON, Francisco J.Calazans. O iluminismo . São Paulo: Ática, 2009. (biblioteca
universitária virtual FMU). 
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GRESPAN, Jorge. A revolução francesa e o iluminismo . - 2 ed. São Paulo: Contexto,
2014 (biblioteca universitária virtual FMU).

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