Relatorio Ergonomico Camargo Correa

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Produtos e Consultoria em Ergonomia e Prevenção de Doenças na Indústria, Escritório, Bancos, Informática, Esporte e Lazer. Treinamento - COLUNA SEGURA( E PUNHO SEGURO( para a prevenção das lombalgias / lesões na coluna e das LER/DORT, respectivamente. Representante e Fabricante da tecnologia norte americana POLYBRITE de sinalização de altíssimo desempenho auto iluminados
Associado ao CIESP e da ACSP
Membro da A B R A S E G
 Membro do Capítulo Internacional da American Society of Safety Engineers
Membro do US National Safety Council
Membro da US Human Factors and Ergonomics Society
Referência: BG/1133/OTO/E/03
RELATÓRIO PRELIMINAR DA ANÁLISE ERGONÔMICA NOS ESCRITÓRIOS E GALPÕES DO CANTEIRO DE OBRAS DA USINA HIDRO ELÉTRICA MONTE CLARO EM VERANÓPOLIS RS
Este relatório sobre o levantamento de riscos ergonômicos nos escritórios foi feito em 3 horas de trabalho pelo infra-assinado, conforme acordo celebrado com a Camargo Correa. 
Observados os riscos mais graves, vícios, aspectos organizacionais ligados ao conforto dos colaboradores e, portanto, a ergonomia, nos locais visitados. Sempre que possível, algumas situações estão sendo enriquecidas por fotos que estão anexas a este documento. 
Não nos detemos a aspectos de detalhes do posto de trabalho quanto à altura dos mesmos e de tarefas não informadas. Durante toda a visita fomos acompanhado pela Eng de Segurança Ruiz Silva, que nos indicava as funções de cada célula de trabalho.
1. OBSERVAÇÕES DE CARÁTER GERAL
1.1 Comentários válidos para todos os ambientes visitados
Certamente devido às características de um canteiro de obras que aproveita mobiliário de inúmeras outras obras, a quantidade de modelos e tipos diferentes de cadeiras e escrivaninhas operacionais é muito grande. A maioria das cadeiras operacionais é antiga e não podem ser consideradas ergonômicas ou aptas a um bom trabalho. 
Uma boa cadeira operacional pode ser ergonomicamente muito boa, mas do ponto de vista fabricação e detalhes de algumas peças pode ser um desastre. E vice versa. 
1.2 Qualquer produto, para uso por um colaborador é necessário, antes de tudo, que tenha as especificações técnicas geradas pelo setor responsável de ergonomia, que é o de segurança do trabalho. Mobiliário em geral e acessórios ergonômicos em particular, devem ser adquiridos com uma padronização de especificações por este setor, e mesmo que um determinado fornecedor cote sob esta especificação, antes de fechar a compra, o setor de segurança do trabalho deve ser ouvido, pois sempre poderá pedir para testar um produto de um novo fornecedor, antes de fechar o pedido. Até itens aparentemente super técnicos como computadores, devem ser adquiridos ouvindo o setor de segurança do trabalho, pois, por exemplo, a par das características internas, a decisão se a CPU deve ser vertical ou horizontal é totalmente ergonômica. A respeito deste item em particular, a maioria dos problemas de falta de espaço operacional nas mesas de trabalho, falta de espaço para uma boa postura ao teclar são devidas à existência, praticamente a totalidade, das CPU´s serem horizontais e colocadas sobre as mesas de trabalho. 
Hoje em dia, a boa prática ergonômica manda termos superfícies de trabalho pequenas, com as coisas que usamos com freqüência (telefone, calculadora, alguns documentos ou fichas, acessórios de escritório, etc) ao alcance dos braços sem a necessidade do colaborador se “esticar”. Para isso, levando-se em conta que, hoje em dia, o computador é necessário em cada mesa, a decisão do tipo de CPU, a escolha do tipo do monitor e como ele será montado sobre a mesa (o ideal é que ele fique sobre um braço articulado deixando espaço livre sob o mesmo; este braço regularia até a sua altura em relação à superfície de trabalho), se por tela ortodoxa de vidro e grande volume e peso ou se em LCD é uma decisão que também passa pela ergonomia. Assim, recomendamos que todos estes itens sejam adquiridos sob estrita orientação do setor encarregado de ergonomia na empresa. Agindo assim, haverá mais economia. A padronização também coopera quando um setor é desativado ou transferido para outro canteiro. 
A respeito das CPU´s, como são de vários tipos diferentes, é imperioso perguntar ao setor responsável de informática, quais unidades atuais poderiam trabalhar como torre, fora das superfícies de trabalho. Caso isso seja possível, uma solução para os problemas de falta de espaço é de fácil e econômica correção. 
1.3 O mesmo acontece com o projeto de novas áreas, pois detalhes como pé direito, escolha das cores das paredes, escolha de eventuais biombos (sua altura, seu revestimento ser mais ou menos acústico), iluminação direta ou indireta, posição das tomadas de energia, telefone e dados, persianas para as janelas, ventilação, lay out final dos banheiros, bebedouros, etc, todos eles podem acarretar problemas e riscos ergonômicos, que depois de feito, são caríssimas suas correções. Também nesses casos, o Setor de Segurança do trabalho deve ser ouvido. 
1.4 Os escritórios que visitamos, possuem iluminação direta, provocando, na sua maioria, reflexos indesejáveis nos monitores, todos de vidro. Para se ver livre destes reflexos, os usuários inclinam para baixo ou para cima os seus monitores, agravando de maneira sensível à postura. A maioria dos monitores não possui filtro profissional contra reflexos.
1.5 Uma observação também geral é a total ausência de treinamento ergonômico do ponto de vista conscientização. Os colaboradores indagados, não sabiam como e porque regular as alturas de suas cadeiras (independentemente se elas são ou não ergonômicas). Mesmo algumas cadeiras mais novas estão sendo sub utilizadas, pois eles não sabem para que estas alavancas e botões servem e, fundamental, porque?. 
1.6 A amostragem de perguntas leva a crer que maioria dos colaboradores, não ingerem as mínimas quantidades de água diárias, necessárias. Foi pedido que se calculasse, mesmo que restrito a alguns setores, pois serviria como indicador, qual a quantidade média de litros de água bebida per capita. A falta deste bom hábito, além de trazer riscos para outras doenças que não necessariamente originadas pela atividade laboral, traz fadiga, aumento dos riscos de erros, irritabilidade, noites mal dormidas, repercutindo a médio prazo na produtividade e eficácia do grupo e por tabela da empresa. 
1.7 Ginástica laboral, recomendada e supervisionada por fisioterapeuta ocupacional, por setor de trabalho, antes, durante e depois da jornada de trabalho é altamente recomendável para uma empresa que deseja ser competitiva e ter seus colaboradores com menor risco de dores e doenças músculo-esqueléticas, como as conhecidas por LER (DORT) e dores e lesões da coluna. 
2. As observações descritas por setor, se limitam a indicações pontuais, para melhor ou para pior. Quando não observado um item, significa que o mesmo está sob o rol das observações gerais acima. Se um item geral foi indicado novamente, significa que neste setor, este item é mais significante do que dos demais setores. 
2.1 Para melhor entendimento e melhor classificação, as expressões abaixo, têm o seguinte significado:
A. Iluminação direta: luminárias com lâmpadas fluorescentes, na maioria de 4 lâmpadas, sem qualquer plafonier ou proteção para que a mesma fique difusa ou indireta. Alem disso, é de se observar e de se recomendar à utilização mista com 50 % lâmpadas frias (mais brancas) e quentes (mais “rosadas”).
B. Falta de espaço: significa que não há espaço na superfície de trabalho para a digitação sem riscos e/ou uso de mouse sem riscos. Estes, na sua maioria, são provocados pela CPU ser horizontal, com poucas chances de ser deslocada para trás, por exemplo, para abrir mais espaço na frente. .
C. Falta de organização: Significa um acúmulo aparente de papéis, catálogos, fichas, fichários, amostras, formulários, indicando um possível risco ergonômico de stress, receio de errar, ansiedade. 
D.
Pescoço com telefone: Significa que, por ocasião de nossa visita, algum colaborador estava utilizando o mau hábito de prender o fone entre o pescoço e o ombro, com forte flexão da coluna cervical. Caso seja necessário utilizar o telefone e ambas as mãos, o uso de um “hands free” é recomendável. 
E. Texto: Significa que a atividade inclui uma boa parte de seu tempo em que o colaborador copia textos ou dados de um documento para o computador. Neste caso, o uso de um facilitador de texto é a solução a fim de evitar os movimentos repetitivos de flexão lateral e central da cervical associados à indução de má postura da coluna como um todo. Em função da atividade, observa-se que modelos diferentes de facilitadores de texto devem ser adotados.
F. Pés no ar: Significa que o colaborador, independentemente da cadeira ser ou não ergonômica, procurou regular a altura do assento para melhorar sua postura, mas ficou com os pés no ar, em balanço, com riscos de má circulação nas coxas, pernas e pés e com tendência a ir para frente comprometendo a postura ideal. 
G. Quina viva: Significa que as superfícies de trabalho (mesas) apresentam ângulo reto na sua frontal. Hoje em dia, qualquer mesa de trabalho já trás as bordas arredondadas, pois os cantos vivos são um celeiro de descanso dos punhos fazendo com que a pressão provocada pela quina seja um ponto adicional de tensão nos mesmos. Não há necessidade de troca imediata destas mesas, pois há dispositivos super econômicos que diminuem este risco, como os Quebra Quinas de poliuretano. 
H. Postura: Significa que a postura está comprometida em função da má altura do monitor, ausência de possibilidade de se regular a altura do assento da cadeira e ou falta de treinamento de conscientização. 
I. Dor nas costas: Significa que o colaborador, durante nosso visita, tomou a iniciativa de informar que tem muitas dores nas costas. 
J. Dor nos punhos: Significa que o colaborador tomou a iniciativa de informar que tem muitas dores nos punhos ou já foi diagnosticado as mesmas como tendinites
(LER/DORT). 
K. TALA: Significa que foi observado algum colaborador trabalhando (por exemplo, digitando) usando um suporte de punho imobilizador de movimentos conhecidos como tala. O uso de talas imobilizadoras é condenado por vários especialistas, pois ao restringir os movimentos, aumenta a tensão dos músculos e tendões dos punhos. Aqueles que já queixam de dores (LER inicial tipo 1 ou 2) com o uso das talas, tem suas dores diminuídas no início, mas o risco da doença permanecer e aumentar é muito grande. Ao menor sinal de dor que caracteriza uma suspeita de LER estágio 1, o empregado deve ser afastado daquela atividade. 
L. Quente: Significa que achamos o ambiente com uma temperatura maior do que seria a normal
M. FRIO: Significa que achamos o ambiente com uma temperatura maior do que seria a normal
3. QUESTIONÁRIOS: Os questionários, em anexo, poderão servir de um adendo importante a este relatório, sendo altamente recomendado que seja preenchido quando aplicável. 
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4. ANÁLISE DOS RISCOS POR SETOR
ESCRITÓRIOS DE ENGENHARIA, ADMINISTRAÇÃO, RH, COMPRAS, SEGURANÇA, ETC.
· Iluminação direta
· Falta de espaço
· Postura
· Texto
· Cadeiras muito ruins
· Dor nas costas
· Dor nos punhos
· Declaração de ser um sedentário nato. 
· Quina viva
· Informação espontânea de uso demasiado do mouse
5. Ao visitar os galpões de caldeiraria, campintaria, almoxarifado, pátios e área de concretagem:
· Postura, falta de conscientização, levantamento das bancadas para eventual melhoria. 
· Recomendável estudar uso de cintos lombares flexíveis associados a treinamento de levantamento de cargas e ergonomia de conscientização. 
6. CONCLUSÕES:
As considerações acima complementadas com as fotos abaixo fazem nos concluir que:
1. De maneira geral, o ambiente de trabalho é limpo e agradável, para um canteiro de obras. 
2. Bebedouros permitem sem constrangimento ao colaborador se movimentar pelo ambiente sem restrições.
3. Iluminação, em número de lumens razoável, apenas o problema dos reflexos.
4. O pessoal se mostrava descontraído na sua maioria, com boa convivência entre colegas.
5. Ventilação, temperaturas, umidade e ruído dentro dos limites.
6. Restam apenas os problemas posturais e falta de espaço devido aos problemas de lay out das mesas conforme detalhadamente descrito acima. Limitação de espaço por armários facilmente contornável.
7. Necessidade de treinamento postural e como se comportar diante de um posto de trabalho.
8. Apoios de pés para as mais baixinhas descanso de teclado de Poliuretano com largura no mínimo 8,50 cm caso o espaço seja resolvido, mouses ergonômicos com superfície de trabalho no mínimo 200 X 260 mm, alguns facilitadores de textos, poucos quebra quinas, e filtros anti-reflexo profissionais, todos de valor econômico baixo, recomendados.
9. Restam as cadeiras operacionais que são desejáveis que tivessem contato permanente da lombar, não precisam ter espaldar alto, regulagem da altura do espaldar fácil, regulagem da altura do assento por pistão a gás, revestimentos sem costura e espuma injetada com densidade controlada ponto a ponto. Recomendamos a leitura do artigo anexo sobre como especificar uma cadeira operativa, publicado na revista do CREA-SP no mês de Abril de 2003.
10. Ginástica laboral recomendada. Descanso de poucos segundos a cada aproximadamente 1 hora podem ser obtidos com a associação da indução de ingerir água, através da ginástica do GATO, a custo zero. 
11. Conforme pedido, listamos abaixo os preços aproximados de cada item com as especificações técnicas de primeira linha, para escritórios.
a. Cadeiras operativas ergonômicas: R$ 307,00
b. Apoio para os pés: R$ 51,00
c. Filtros profissionais para monitores de 17 polegadas R$ 95,00
d. Suportes para texto de R$ 9,00 a 92,50 dependendo do modelo se sobre a mesa, preso ao monitor.
e. Suportes para teclado R$ 15,00
f. Mouse pads ergonômicos R$ 18,00
g. Quebra Quinas R$ 37,00
12. Idem para as áreas industriais
Cadeiras altas tipo caixa com descansa pés incorporado, sem costura, revestidas com courvin de alta espessura. R$ 388,00
Idem porem espaldar e assento inteiramente em Poliuretano sem qualquer espuma R$ 500,00
Bancos semi-sentado semi em pé R$ 297,00
Cintos lombares flexíveis totalmente brancos R$ 47,00
Coletes auto iluminados R$ 115,00
Bastões iluminados leves com led´s e polímero R$ 146,00
7. FOTOS COM COMENTÁRIOS
OBS: Os comentários destas fotos apenas complementam as observações feitas acima sejam de caráter geral ou específica. 
Eng. Osny Telles Orselli
CREA 0600229120
Eng. Mecânico e de Segurança do Trabalho
Observe o monitor baixo em relação aos olhos.
Falta de espaço, falta de apoio para os punhos e braços.
Cadeiras inadequadas
Quinas vivas
Idem acima
Falta de apoio para os punhos e braços
Monitor baixo
Descansa pés 8 cm recomendável
Cadeira
Observe o monitor baixo em relação aos olhos.
Falta de espaço, falta de apoio para os punhos e braços.
Cadeiras inadequadas
Quinas vivas
Postura comprometida
Falta de espaço, falta de apoio para os punhos e braços.
Cadeiras inadequadas
Quinas vivas
Filtro de tela não profissional
Postura
Técnicas adequadas de levantamento de peso com cinto lombar
Postura inadequada
Monitor baixo
Cadeira Fixa
Quina Viva
Falta de espaço
Postura e cadeira inadequadas
Ergonomia de conscientização e ginástica laboral, cinto lombar.
Postura
Técnicas adequadas de levantamento de peso com cinto lombar
Ginástica laboral
Bolar local de estoque mais alto
Postura
Cinto lombar
Postura e cadeira inadequadas
Falta de espaço
Cadeira inadequada
Postura
Altura Monitor
Postura
Técnicas adequadas de levantamento de peso com cinto lombar
Ginástica laboral
Estudar melhor posição com dispositivo para a solda
Inclinação do monitor para evitar reflexo das lâmpadas
Baixa
altura do monitor
Quina Viva
Cadeira
Falta de espaço
Melhor arranjo para os cabos
Postura
Técnicas adequadas de levantamento de peso com cinto lombar
Local mais alto para estoque destas peças?
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