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E-mail para contato Marcal.patricia@estacio.br IES: ESTÁCIO FARGS Autor(es): Patrícia Fontes Marçal; Ariadne Ramos Liens; Rita de Cássia Boeira Campos; Dilnei Eichler de Corli Palavra(s) Chave(s): Assédio; (I) Moral; (In) Direto; Trabalho. Título: ASSÉDIO (I) MORAL; (IN) DIREITO E TELE-ASSÉDIO EM TEMPO DE PANDEMIA Curso: DIREITO Ciências Jurídicas RESUMO O tema geral em analise é o assédio (I) moral; (I) indireto e o tele-assédio em tempos de pandemia; tendo em vista as diversas interpretações sobre o tema e a real analise dos mesmos. O problema da pesquisa é: Como se dá o assédio (I) moral e (In) direto nos ambientes laborais e como evitá-los; principalmente o tele-assédio em tempos de pandemia? O objetivo é pesquisar sobre as diversas possibilidades de assédio no ambiente do trabalho e; principalmente o denominado nos estudos jurídicos; o assédio indireto e o assédio no ambiente de tele-trabalho; causador de muitas doenças laborais em tempos de lockdown. a metodologia utilizada é a revisão bibliográfica; jurisprudencial e empírica realizada através de questionários online levantando dados sobre o tema. O resultado alcançado foi que muitos entrevistados sequer sabiam o real significado da palavra assédio; tampouco; suas consequências e como evitá-lo. Entretanto; através do diálogo e da supervisão responsável é possível minimizar este tipo de comportamento. a conclusão é que quando o obreiro é assediado todo o ambiente de trabalho se torna tóxico e adoecido. E; é neste momento que inicia o sofrimento psíquico; não só dá vitima como de toda a equipe. a pesquisa demonstrou como a cultura do assédio está presente no cotidiano do colaborador; prejudicando sua saúde em diferentes níveis: físico; psíquico e emocional e afetando suas relações. É preciso repensar quais são os princípios e valores que regem as relações dentro das organizações de trabalho. Essas condições adversas podem exaurir a mão-de-obra em longo prazo; afetando a economia como um todo. Percebe-se que é necessária uma mudança de paradigma da forma como as organizações se relacionam com seus empregados. As engenharias gerenciais precisam inserir questões éticas e a preocupação com o bem-estar do trabalhador; visando um ambiente de trabalho saudável. Enfim; muitos reconhecem no assédio moral certa perversão das relações trabalhistas; corrompendo; assim o contrato que lhe dá origem; e; aqui residindo sua imoralidade. Pois tudo que é imoral é contrário à moral; às normas de conduta estabelecidas por um grupo social. O assédio (In) moral no trabalho pode ser qualquer conduta abusiva como gesto; palavra; comportamento; atitude que atente; por sua repetição ou sistematização; contra a dignidade ou integridade psíquica ou física de uma pessoa; ameaçando seu emprego no trabalho. Os principais elementos que identificam uma situação de assédio são humilhações que causam consequências físicas ou psicológicas para o trabalhador assediado. Há uma dificuldade de identificar o assédio como ato; pois o agressor possui uma forte relação de poder com a vitima assediada. Ainda que o critério temporal ou frequência seja decisivo na identificação do fenômeno; é preciso levar em consideração o contexto e os processos que permitem seu surgimento. O assédio moral quase sempre é compreendido na literatura como “essencialmente individual”; ele seria “fruto de um processo cada vez mais intenso de globalização; de automação fabril; de informatização nos serviços e de agilização nos processos; a hipercompetitividade. E; o assédio (I) moral seria coletivo; o qual o grupo se sensibiliza paralisado com as agressões realizadas na vítima-colega de trabalho. Enfim; as mudanças advindas com a globalização e o neoliberalismo nas últimas décadas impactaram de tal forma a força de trabalho; que banalizou o assédio moral na nossa sociedade; chegando ao ponto de ser considerado normal ou parte das relações de trabalho. e por falar sobre o assédio (I) moral; há no assédio moral; certa cupidez das relações trabalhistas; deturpando assim o contrato que lhe dá origem; aqui residindo sua imoralidade. no que tange ao assédio (In) direto podemos ainda identificar diversas formas de assédio moral: O assédio direto o qual o agressor se utiliza de meios perversos para atacar especificamente à sua vítima-alvo e o assédio indireto que embora não seja o foco principal; a vítima presencia os ataques recorrentes do assediador contra um colega e desenvolve o medo intenso em se transformar o próximo alvo dessas agressões. Todavia; o assédio moral; nos dias atuais; também é encontrado no trabalho de home office; possuindo as mesmas características; sendo continuo; de forma repetida; utilizando gestos; palavras; insinuações; mas de uma forma diferente; pois o agressor; nessa nova forma de trabalho teme ser descoberto; pois perdeu um pouco o seu controle sobre o ambiente da sua prática de assédio. Atualmente ele receia que sua vítima possa estar gravando; possa haver testemunhas por perto sem que ele perceba. O agressor procura ser mais ardiloso; procura adaptar–se as novas modalidades; busca a todo custo obter mais controle sobre o novo ambiente de trabalho. O perverso então aumenta o número de ligações; mensagens; chamadas para a sua vítima; fazendo-as tarde da noite; em horários impróprios de forma aleatória; pois dessa forma ele procura desestabilizar o mártir. na pesquisa empírica sobre os impactos do assédio moral no trabalho verificou-se que a maioria entrevistada já sofreu algum tipo de abuso e que esta violência afetou consideravelmente sua saúde e impactou na vida pessoal; familiar e social. Todas as formas estudadas causam grande dano; não somente no ambiente laboral como também onera o erário público com solicitações junto ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) de aposentadorias por invalidez ou afastamento por doença. no final quem paga a conta é o contribuinte! Criar canais de diálogo; revisar metas; buscar mapear e perceber a qualidade do ambiente laboral; divulgação do tema entre a equipe podem contribuir no enfrentamento e melhoria da qualidade das relações e inibição de comportamentos tóxicos. Ciências Jurídicas DIREITO XIII Seminário de Pesquisa da Estácio
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