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As Fases do desenvolvimento Psicossexual de Freud

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As Fases do desenvolvimento
 Psicossexual de Freud
Estas primeiras fases do desenvolvimento, dentro do que é postulado pela teoria psicanalítica, têm um papel fundamental na estruturação do Eu. Cada passagem deixará seus traços, seus rastros e suas particularidades; no discurso, na linguagem e na relação de cada sujeito com os seus e Outros afetos no futuro.
Isso não quer dizer que os traços de caráter, gravados ao longo da passagem dos indivíduos por tais fases, sejam imutáveis ou deterministas sobre quem ele é/será. Mas se desvencilhar de características tão intrínsecas, segundo Freud, não seria algo tão simples quanto se livrar de um hábito recentemente adquirido – o que já não é fácil. Aqui falamos dos caminhos que, durante certa evolução, a libido percorre o corpo e, de certa maneira, a mente de um ser em desenvolvimento. Ressalta-se todavia, que não falamos de processos conscientes; e, sem dúvidas, a libido e sexualidade não dizem respeito exclusivamente ao ato da relação sexual em si somente.
Fase Oral – Idade Aproximada: 0-2 Anos
Nesta fase, dos 0 aos 2 anos – e não falamos aqui de idades exatas, mas aproximadas – , a criança experimenta o mundo pela boca. E é importante fazermos aqui um exercício de empatia com o bebê:
Pois iremos então supor o seguinte, sua vida atual se resume da seguinte maneira:
· Tu não conheces a fome e nem a vontade de comer, pois há em ti uma nutrição constante via cordão umbilical que impede este primeiro mecanismo – e como conhecer o segundo se o paladar sequer lhe é algo conhecido?
· Felizmente, o útero é um ambiente quente, seguindo temperaturas próximas aos 36º; o líquido amniótico da placenta envolve o bebê em boa temperatura – mesmo nas formas mais amorfas àquela que conheceremos ao seu nascimento. Sendo assim: como poderia ele conhecer o frio?
· Não se sabe o que é luz. Os olhos ainda não se abrem. Basta ao leitor lembrar do quão propensos somos a manter os olhos fechados em ambientes de baixa luminosidade (e o quanto não gostamos de um contato lúcido em nossos olhos, principalmente se este vier em seguida de um longo período no escuro). O bebê não sentiu ainda o incômodo da luz em sua retina; pois então: há de se preocupar com o quê?
· Ali dentro ainda há outro benefício: não se sabe ainda, absolutamente, como é ser tocado; então é evidente que também não se sabe o que é dor física.
Não há fome, não há luz, não há sequer frio ou dor; estamos falando não haver uma gota sequer de desprazer nesta vida. Pura verdade. Mas só até o maior trauma; até a maior condenação à morte que começou na relação sexual dos pais, (como diria Lacan); só até o maior prazer na vida de muitos casais ser a primeira experiência de desprazer na vida de um ser: o próprio Nascimento.
Temos aqui um trauma inaugurado pelo desprazer do toque: algo puxa, contra a sua vontade, o bebê de seu berço esplêndido de gozo; segue-se um tapa. Uma palmada que provoca a dor e a eterna missão de mandar ar aos pulmões 24 horas por dia; em seguida, um movimento de seu corpo para lá e para cá. Vozes, agora em um volume muito maior, desconhecidas. Ainda por cima, para variar o desprazer, há algo que nunca se sentiu antes: fome, sede; a dor nos olhos causada pela luz inédita (lembram como é incômodo o acender de luzes após certo tempo no escuro?) que acompanha o frio de sentir o vento bater no molhado de seu corpo — que sensação horrivel! “O que raios será que é tudo isso que nem nomear eu posso?!” — Poderia pensar o bebê.
Ainda bem que em breve este bebê estará nos braços de sua mãe. Ali terá a primeira experiência de satisfação de sua vida; aquela que nunca mais será possível repetir com tamanha intensidade: a que acompanhará o calor dos braços da mãe, o afeto de sua voz sorridente e, finalmente, a satisfação da primeira sucção do mamar. Acabou a fome. Acabou o frio. Ouve-se ternura e afeto, sem sequer saber o que estes são. Eles vêm uma voz bem próxima. Nem o melhor dos cigarros, dos charutos cubanos; nem o melhor conhaque, vinho, whisky ou a melhor refeição que um Chef poderia preparar poderão resgatar por completo o que acaba de ser vivido. Aqui há um prazer que tentará ser repetido por toda uma vida. E certamente falamos de tentativas falhas, que atingem apenas um rastro de tudo aquilo. Mas é oficial: aqui inicia-se a Fase Oral do Desenvolvimento.
Freud vai nos dizer que nesta fase o prazer vive pela boca. Suas únicas experiências moram no que escuta, no que vê com seus parcos recursos visuais; no que é sentido na pele, no que é cheirado e, principalmente, no que é ingerido. Mas não há aqui, ainda, linguagem complexa. Não haveria aqui, ainda, algo que impeça seu prazer e desperte sua raiva. Pois, convenhamos, estamos falando de um bebê!
Aliás, ledo engano: há sim. Há algumas insatisfações. Há as ausências maternas súbitas. Há a fome que agora vai e volta. Há o incômodo de uma fralda suja, há cólicas e um conjunto de desprazeres que ainda não são entendidos, nomeados ou expulsos com facilidade. Mas tudo (ou quase tudo) tende a se cessar com a presença da mãe, que a princípio, a criança pode até confundir com uma extensão de si mesma – já que falamos de um ser que nunca sequer se viu (e se o fez num espelho, não se reconheceu), que ainda não teve tempo para compreender a realidade como nós; já que esta figura que até nomeia teu choro com leite, colo ou banho é o que lhe traz a paz para os desprazeres — e nisso existe linguagem. Portanto, aos primeiros balbucios e engatinhamentos busca-se o mundo todo pela boca. Busca-se prazer por esta via.
A Fase Anal – Idade Aproximada: 2-4 Anos
Agora imaginemos: todo o amor e atenção que era reservado ao bebê na fase anterior passa a ter um preço. Qual preço? O de algumas regras sociais. Após experimentar o mundo pela boca e até, de certa forma ter uma ideia melhor da própria imagem — entender-se como diferente dos pais e já se reconhecer no espelho — a criança descobre algo novo. A partir de agora algo fora produzido diretamente por ela; a partir de agora ela passa a sentir um prazer sobre seu mais novo aprendizado: o controle de suas evacuações.
Agora escolhe quando e onde se deposita aquilo que se tornou a primeira produção autoral de um ser. E tem até um agravante: os cuidadores demonstram até mais amor se o cocô é feito no vaso, no penico. E mais: há grande insatisfação deles se, num gesto natural de conhecer a primeira obra propriamente humana, em sua primeira empreitada, em seu primeiro pertence valioso, a criança decidir brincar com suas fezes. Também há insatisfação dos cuidadores quando esta as deixa pela sala, pelo quarto e por outras áreas da casa como um presente, com orgulho! Como alguém que oferece aquilo feito unicamente por si em em prova de amor. Mas aqui que se aprende que o amor tem preço, que não existe amor saudável que seja incondicional. É preciso agora reprimir alguns impulsos que a deixam com vontade de brincar com as próprias fezes; e também reprimir os impulsos de evacuar à hora que bem entender. É preciso ter controle sobre os impulsos. Mais ainda sobre os esfíncteres. Não é atoa que pessoas excessivamente controladoras e/ou compulsivamente organizadas; com certas compulsões por limpeza ou altamente apegadas a objetos materiais e/ou dinheiro podem descobrir em suas análises certas fixações nesta fase do desenvolvimento.
Destino Socialmente Aceito
Mas, se precisarmos de exemplos, um artesão que trabalha com argila encontrou um meio tão eficiente de “brincar com suas fezes”, ou seja, de retornar aos prazeres da fase anal de uma maneira socialmente aceita, quanto um degustador de vinhos encontrou de retornar à fase oral. Para Freud, a Neurose Obsessiva pode ter uma de suas fontes conhecidas se a Fase Anal do Desenvolvimento de alguém for devidamente investigada.
Fase Fálica e Complexo de Édipo – Idade Aproximada: 4-6 anos
Após a criança começar a conhecer alguns limites de seu corpo e entender finalmente que sua dinâmica familiar é maior do que ela mesma, e ainda maior do que apenas respeitar algumas regrinhas, chegou a hora deuma relação triangular.
(Imagem de um modelo familiar proposto por Freud no Século XX. Aqui mostramos apenas uma das possíveis configurações familiares, no caso a heterossexual. É importante que se observe a realização da Função Materna e da Função Paterna em moldes que se adequem à realidade familiar de cada criança)
Usaremos, para meros fins de ilustração, o mesmo modelo que Freud usou de exemplo para designar uma dinâmica familiar de sua época. Lembrando, é claro, deste não ser o único existente. Tomaremos como exemplo a relação Homem (Pai), para Função Paterna; Mulher (Mãe), para Função Materna e Filho (sexo e gênero masculinos) para representar a criança.
A relação mãe-bebe era, conforme descrito na fase oral, praticamente simbiótica. Onde não há diferenciação de um pelo outro até que o bebê consiga finalmente reconhecer e controlar o próprio corpo. Mas ele só pode fazê-lo ao entender que este seu corpo é um outro separado de sua mãe. E isso pode ser observado nos momentos em que a criança começa a se reconhecer no espelho. (Estágio do Espelho)
Entendido isso e mais algumas pequenas regrinhas sociais, aparece outro empecilho: um terceiro naquela relação que antes era exclusiva.
O Intruso
Com a redução das demandas imediatas de um bebê, a criança vai naturalmente ficando menos dependente do cuidado materno. Não há mais tanta necessidade de colo, de trocar as fraldas, de mamar no peito e de ter toda aquela atenção exclusiva. A própria chupeta aqui pode ser até algo preocupante ao desenvolvimento saudável.
Todavia, algo não poderá passar despercebido ao nosso sujeito em desenvolvimento: a mãe, além de se “afastar” dele volta sua atenção para uma outra pessoa – aquela que designará a Função Paterna. E é claro que esta ausência será sentida e manifestada pela criança – que irá reivindicar sua saudosa exclusividade! Como ousaram tirar isso dela?! — poderá sentir—. Mas há formas e formas para isso. Talvez este sujeito em desenvolvimento tentará dormir na cama dos pais; poderá até forçar sua presença em ambientes e situações inadequadas. Poderá falar mais alto, se debater, chorar até fazer outras coisas comumente apelidadas de “birra”.
Daqui poderá surgir um pensamento comum até aos adultos mais ciumentos: “O que ele tem que eu não tenho?”; “O que me faz ser preterido perante este ‘novo’ preferido?”. A criança percebe-se como alguém insuficiente a suprir todas as demandas de sua mãe. E que bom que isso acontece. Caso contrário, que peso, que fardo teria de carregar!
— Se não sou suficiente para a satisfação de um Outro, será que algo me falta? — E se esta dúvida surge justamente na fase em que marca-se a diferenciação sexual, na fase em que a sexualidade – a libido – está concentrada nos genitais – descobre-se aqui outra fonte de alívio de tensão e obtenção de prazer. Mas também se questiona a respeito dos genitais e hábitos próprios e alheios. Talvez como se estes até pudessem ser uma alusão às diferenças papéis sociais desempenhados por cada gênero.
Quero dizer: se na época de Freud (Século XIX e XX) o pai, que trabalhava fora e comandava a casa com voz ativa, era o detentor primordial do amor da mãe, será que um terno, ser mais forte e mais alto; falar mais grosso, usar chapéu e sapato ou até ter um pênis maior e mais desenvolvido poderia, em tom de comparação, ser algo que faria a criança recuperar a posição que lhe fora tomada?
Geralmente, nesta mesma idade pode-se observar os primeiros gestos que se assemelham ao que será a masturbação (que virá em sua “forma definitiva” na puberdade), há curiosidade (“Por que o meu e o dele são diferentes do dela? Será que ela perdeu? Será que eu também posso perder meu?”) e estímulo voltados para os genitais. Mas há também – e deve haver – Leis Sociais que reservam a este período de desenvolvimento um conjunto de restrições e punições (Exemplo: “Parece que recebo menos amor e mais hostilidade de meus pais se manuseio meus genitais na sala de visitas”).
Há também a introdução da Lei, a supressão e a repressão dos impulsos sexuais que buscam satisfação imediata. Há aqui a necessidade de barganhar o prazer imediato com a autoridade parental.
Numa bem simplificada “resenha da síntese do resumo das anotações”: troca-se prazer imediato por amor e realizações sociais a longo prazo. E caberá a demonstração da Lei à Função Paterna, podendo esta ser uma pessoa, um objeto ou uma situação de ausência. Tudo isso, não coincidentemente, acontece junto ao domínio e inserção da Linguagem complexa, da fala, da língua e suas primeiras regras gramaticais. Como se para usufruir dos direitos e restrições de qualquer sociedade houvesse um requisito primordial: ser nela um falante.
O Processo de Identificação
“Pois então, se aquele Terceiro da relação detém o amor de minha mãe, o que não falta nele? O que falta em mim? E o que falta na minha mãe? O que ela perdeu?”
A lógica seguinte deste questionamento inconsciente é a do processo de Identificação. Onde percebe-se, de maneira inconsciente, quais características, posturas e responsabilidades sociais se herdará naquela sociedade.
Objeto de Identificação e Objeto de Desejo x Identidade de Gênero e Orientação Sexual
Aqui geralmente forma-se a Identidade de Gênero naquele sujeito em desenvolvimento. Sem que este perceba ou lembre-se disso, foi aqui que soube pela primeira vez que usaria seu pai como referência de como se portar em sua sociedade.
Elege-se um Objeto de Identificação (o pai), que aparentemente capta parte do olhar que tanto se quer ter com exclusividade novamente. Também elege-se o Objeto de Desejo (a mãe), que está para a formação da Orientação Sexual tanto quanto o Objeto de Identificação está para a formação da Identidade de Gênero. É comum aos meninos nesta idade imitarem os gestos, as vestimentas e os comportamentos inúmeros da Figura Paterna. Aqui há um maior e melhor manejo da língua, que também carrega uma porção de Leis que devem ser seguidas.
Referência:
https://spsicologos.com/2018/08/21/as-fases-de-freud-oral-anal-falica-genital/
A teoria de desenvolvimento de Erik Erikson
Considera o ser humano como um ser social, um ser que vive em grupo e sofre a pressão e a influência deste. Por isso, a sua teoria é designada psicossocial. O autor considera o ciclo vital como um contínuo, onde cada fase influencia a seguinte.
Características do desenvolvimento na teoria de Erikson
· O foco fundamental de desenvolvimento são as relações sociais;
· As propostas dos estágios psicossociais envolvem outras partes do ciclo vital, além da infância, ampliando a proposta de Freud. Não existe uma negação da importância dos estágios infantis (afinal, neles se dá todo um desenvolvimento psicológico e motor), mas Erikson observa que o que construímos na infância em termos de personalidade não é totalmente fixo e pode ser parcialmente modificado por experiências posteriores;
· A cada etapa, o indivíduo cresce a partir das exigências internas do seu ego, mas também das exigências do meio em que vive, sendo, portanto, essencial a análise da cultura e da sociedade em que vive o sujeito em questão;
· Em cada estágio o ego passa por uma crise. Esta crise pode ter um desfecho positivo ou negativo 
· Da solução positiva da crise surge um ego mais rico e forte; da solução negativa resulta um ego mais fragilizado.
Estágios de desenvolvimento de Erickson
A cada crise, a personalidade vai-se reestruturando e se reformulando, de acordo com as experiências vividas, enquanto o ego vai- se adaptando aos seus sucessos.
Assim, Erikson apresenta 8 (oito) estágios fundamentais:
· Confiança vs desconfiança [0 – 1 anos];
· Autonomia vs vergonha e dúvida [2-3 anos];
· Iniciativa vs culpa [3-5 anos];
 
· Esforço vs inferioridade [5-11 anos],
· Clarificação de identidade vs confusão de papéis [11-20 anos];
· Intimidade vs isolamento [20-35 anos];
· Produtividade adulta vs estagnação [35-65 anos] 
· Integridade vs desespero [65 - + anos].
Em cada uma destas fases também se desenvolve uma virtude particular, que se
indica na descrição que se segue sobrecada uma das fases de desenvolvimento de
acordo com Erikson.
O primeiro estágio designa-se a confiança x desconfiança. 
Esta seria a fase da infância inicial, correspondendo ao estágio oral freudiano. A
atenção do bebê se volta à pessoa que provê o seu conforto, que satisfaz as suas
 ansiedades e necessidades, num espaço de tempo suportável: a mãe.
 A mãe lhe dá garantias de que não está abandonado à própria sorte, no mundo.
Assim, se estabelece a primeira relação social do bebê. É justamente sentindo
 a falta da mãe que a criança começa a lidar com algo que Erikson chama de
 força básica (cada fase tem a sua força característica). Virtude: Esperança.
O segundo estágio é a autonomia x vergonha e dúvida.
Que corresponde ao estágio anal freudiano. A criança já tem algum controle de
seus movimentos musculares. Então direciona a sua energia às experiências
ligadas à atividade exploratória e à conquista da autonomia. Porém, logo, a criança
começa a compreender que não pode usar sua a energia exploratória à vontade,
que tem que respeitar certas regras sociais e incorporá-las ao seu ser, fazendo
assim uma equação entre a manutenção muscular, conservação e o controle.
Virtude: vontade.
A aceitação deste controle social pela criança tem implicações na
 aprendizagem ou no início desta no que se espera da criança, quais são os
 seus privilégios, obrigações e limitações. Desta aprendizagem, surge também
 a capacidade e as atitudes judiciosas, ou seja, surge o poder de julgamento na
criança, já que ela está aprendendo as regras.
O terceiro estágio é a iniciativa x culpa. 
É este estágio que corresponde à fase fálica freudiana, em que a criança já tem a
confiança ganha, com o contacto inicial com a mãe; e a autonomia, com a expansão
motora e o controle.
 Agora cabe associar à autonomia à confiança e à iniciativa pela expansão intelectual. Virtude: Propósito.
A combinação confiança-autonomia dá à criança um sentimento de
 determinação, alavanca para a iniciativa. Com a alfabetização e a ampliação
 do seu círculo de contactos, a criança adquire o crescimento intelectual
 necessário para apurar a sua capacidade de planificação e realização: Virtude:
Habilidade.
O quarto estágio - esforço x inferioridade.
 As crianças desenvolvem um interesse pela aprendizagem que pode ser preenchida pelo ensino escolar
 ou alguns tipos informais de ensino. Elas também aprendem a trabalhar com
 ferramentas. Se tiverem sucesso nestas tarefas, desenvolvem uma sensação de
 diligência, enquanto o insucesso resulta em sentimentos limitado pela próxima geração. Um sujeito assim pode ser descrito como tendo estagnado.Virtude: Cuidado.
O quinto estágio é o da clarificação de identidade x confusão de papéis.
 Nesta fase, Erikson desenvolveu mais trabalhos, tendo dedicado um livro inteiro à
questão da chamada crise de identidade.
Nos seus estudos, ressalta que o adolescente precisa de segurança perante todas
as transformações – físicas e psicológicas – do período. A criança encontra essa
segurança na forma da sua identidade, que foi construída pelo seu ego, em todos
os estágios anteriores.
Esse sentimento de identidade expressa-se nas seguintes questões, presentes para
o adolescente: Sou diferente dos meus pais? O que sou? O que quero ser?
Respondendo a essas questões, o adolescente pretende encaixar-se em algum
papel na sociedade. Daí, vem a questão da escolha vocacional dos grupos que
freqüenta, das suas metas para o futuro, da escolha do par. Virtude: Fidelidade.
O sexto estágio é a intimidade x isolamento. 
Ao estabelecer uma identidade definitiva e bem fortalecida, o indivíduo estará
pronto para uní-la à identidade de outra pessoa, sem se sentir ameaçado. Esta
união caracteriza esta fase. Existe agora a possibilidade de associação com
intimidade, parceria e colaboração. Pode-se, agora, falar na associação de um ego
ao outro. Para que essa associação seja positiva, é preciso que a pessoa tenha
construído, ao longo dos ciclos anteriores, um ego forte e autônomo, o suficiente
para aceitar o convívio com outro ego, sem se sentir anulado ou ameaçado.
Quando isso não acontece, ou seja, o ego não é suficientemente seguro, a pessoa
irá preferir o isolamento à união, pois terá medo de compromissos, numa atitude de
“preservar”o seu ego frágil. Virtude: Amor.
O sétimo estágio é a produtividade adulta x estagnação.
 As principais características deste estágio são a produtividade, a criatividade, a
procriação e educação das crianças, tal como a preocupação com necessidades
pessoais e, portanto, o interesse limitado pela próxima geração. Um sujeito assim
pode ser descrito como tendo estagnado.Virtude: Cuidado.
O oitavo estágio é a integridade x desespero.
 A integridade significa levar uma vida significativa e ser confiante e guiado pela sabedoria. Os sujeitos podem
 olhar para a sua vida passada e para os estágios que atravessaram e refletirem
 sobre as suas próprias conquistas. Isto pode levá-los à conclusão de que valeu a pena
 viver as próprias conquistas. Um sujeito que alcançou a integridade é caracterizado
 pela sabedoria, o que simplesmente significa que o sujeito é conhecedor e capaz de
 alcançar julgamentos maduros e confiáveis. Um sujeito neste estágio final,
 provavelmente, refletirá positivamente sobre as seguintes conquistas: o seu trabalho,
 o casamento, a família e as boas relações, que usufruiu com os outros. Virtude:
 Sabedoria. De uma forma sumária, apresentam-se os comportamentos associados a um desenvolvimento mais ou menos saudável, durante os primeiros cinco estágios
 psicossociais de Erikson,no quadro a baixo:
	Sinais exteriores de crescimento saudável
	Sinais exteriores de crescimento menos saudável
	I- Expressão de confiança
Investe nas relações; Atitude aberta e confiante; Deixa a mãe afastar-se; Aceita bem o toque;
Bom contacto ocular; Partilha o self e os bens.
	I- Expressão de desconfiança
Evita relações interpessoais;
Desconfiado, fechado, reservado;
Pouco à vontade em deixar a mãe afastar-se; Solitário e infeliz;
Contacto ocular pobre;
Não partilha o self e os bens.
	II- Expressões de autonomia Independente;
Não facilmente direccionado; Resiste a ser dominado;
Capaz de se pôr em pé;
Trabalha bem sozinho ou com outros; Assertivo, quando necessário
	II- Expressões de vergonha e dúvida
Protelação frequente;
Tem problemas em trabalhar sozinho; Precisa de estrutura e direcções;
É facilmente influenciável;
Fica embaraçado, quando elogiado.
	III- Expressões de iniciativa
É um auto–didacta; Aceita desafios;
Assume papéis de liderança;
Estabelece objectivos e tenta alcançá- los. Movimenta-se corporalmente de modo fácil e livre.
	III- Expressões de culpa
É facilmente depressível. Deixa-se ir abaixo; Postura abatida; Contacto ocular pobre; baixos níveis de energia.
	IV- Expressões de diligência
Pensa no funcionamento das coisas; Acaba o que começou. Gosta de
“projectos”. Gosta de aprender; Gosta de experimentar.
	IV- Expressões de inferioridade
Tímido, de algum modo reservado; Protelação frequente;
Um observador, não um produtor; Questiona a própria capacidade.
	V- Expressões de identidade
Certeza sobre a identidade do papel sexual. Não é demasiado susceptível à pressão dos pares;
Planos para o futuro;
Desafia a autoridade dos adultos; Tende a auto aceitar-se.
	V - Expressões de confusão de identidade
Dúvidas sobre o papel sexual; Falta de auto-confiança (inseguro);
Abertamente hostil para a autoridade ou abertamente obediente;
Tende a ser auto-rejeitante.
Referência:
http://ead.mined.gov.mz/manuais/Psicopedagogia/aula3-5-2.html

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