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Apostila Projeto Oficial MPSP

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1 
PROJETO OFICIAL MP/SP: do ZERO ao CEM 
Prof. Ricardo Baronovsky 
Instagram @ricardobaronovsky 
APOSTILA DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
Apostila de Oficial de Promotoria MP/SP: como mencionado na aula de 
Mentoria Geral, o seu edital é relativamente "curto" comparado com outros 
certames. Em "noções de Direito", você precisará ler cerca de 438 artigos¹. 
 
Além disto, sua prova cobrará fortemente a "lei seca", principalmente os detalhes 
destes artigos: quóruns, róis, exceções, competências... Raramente uma 
questão de Oficial do MP/SP cobrará doutrina ou jurisprudência. 
 
Por este motivo, é imprescindível que você domine a integralidade do edital e 
consiga ler cada dispositivo dele. 
 
Metodologia desta Apostila: a fim de bem memorizar cada dispositivo lido, 
esta APOSTILA trará três ferramentas importantes: 
 
(i) O compilado completo dos 438 artigos do edital (agosto/2022) → 
correspondente à cor preta da sua apostila. 
 
(ii) Comentários doutrinários e jurisprudencias porventura relevantes para sua 
prova → correspondente à cor azul da sua apostila. 
 
(iii) Questões inéditas elaboradas pelos Professores, além de outras cobradas 
em provas anteriores → correspondente à cor verde da sua apostila. 
 
Em suma, esta APOSTILA visa trazer o material mais completo possível para os 
seus estudos². Esperamos que goste e impulsione seus estudos! 
 
Forte abraço, 
Prof. Ricardo Baronovsky. 
 
¹ *OBS1: o edital de Escrevente TJ/SP possuía cerca de 1.061 artigos. Note, portanto, como este 
edital é "menor" que os demais. 
 
² *OBS2: você terá 10 Apostilas completas (uma para cada matéria) - o que corresponderá a 
centenas de páginas de leitura. Por isto, recomendo que realize a leitura das Apostilas nos 
moldes sugeridos pelo Cronograma Diário de Estudos. 
2 
PROJETO OFICIAL MP/SP: do ZERO ao CEM 
Prof. Ricardo Baronovsky 
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CONTEÚDO DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
O edital de Oficial de Promotoria do MP/SP - em Direito Constitucional - cobra os 
seguintes artigos da Constituição Federal¹: 
 
(i) Título II - Capítulos I, II, III e IV = arts. 5º a 16 da CF 
 
(ii) Título III - Capítulo VII, Seções I e II = arts. 37 a 41 da CF 
 
(iii) Título IV - Capítulo IV, Seção I = arts. 127 a 130-A da CF 
 
O edital de Direito Constitucional é muito enxuto. São cobrados apenas 22 
artigos. Por esta razão, você precisa dominar cada detalhe destes dispositivos. 
 
 
¹ *OBS: Deixaremos para estudar a Lei Orgânica do MP/SP na Apostila de 
"Legislação Específica do MP". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
PROJETO OFICIAL MP/SP: do ZERO ao CEM 
Prof. Ricardo Baronovsky 
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➢ TAXONOMIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: Os Direitos e Garantias 
Fundamentais representam o "gênero" (Título II), possuindo cinco espécies 
(Capítulos): 
 
 - os Direitos Individuais e Coletivos (art. 5º, CF); 
 
- os Direitos Sociais (arts. 6º a 11, CF); 
 
- a Nacionalidade (arts. 12 e 13, CF); 
 
- os Direitos Políticos (arts. 14 a 16, CF); e 
 
- os Partidos Políticos (art. 17, CF). 
 
 
Este desenho pode lhe ajudar a fixar a natureza jurídica dos Direitos 
Fundamentais: 
 
 
 
 
Na prova de Oficial do MP/SP não é cobrado o Capítulos V (Partidos Políticos). 
Assim sendo, você deverá ler apenas os arts. 5º a 16 da CF. Senão vejamos: 
 
4 
PROJETO OFICIAL MP/SP: do ZERO ao CEM 
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TÍTULO II 
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
 
➢ Titularidade dos Direitos Fundamentais: cuidado com o lapso cometido 
pelo art. 5º e que pode ser uma "pegadinha" de prova: a Constituição de 1988 
esqueceu de mencionar os "estrangeiros não residentes" (isto é, os turistas). Foi 
a jurisprudência e a doutrina que os incluíram, por meio de interpretação 
extensiva do art. 5º, caput, CF. Então, cuidado: se a questão lhe indagar "nos 
termos expressos da Constituição", coloque apenas os brasileiros e os 
estrangeiros residentes. 
 
(Questão inédita 1 - Oficial de Promotoria MP/SP) Assinale a assertiva que 
estipule corretamente os titulares dos direitos individuais e coletivos segundo o 
texto expresso do art. 5º, caput, da Constituição Federal: 
 
a) Apenas brasileiros residentes. 
b) Brasileiros residentes e não residentes. 
c) Brasileiros e estrangeiros residentes. 
d) Brasileiros, estrangeiros residentes e não residentes. 
e) Qualquer pessoa que transite sobre o território nacional. 
 
 
➢ O art. 5º da CF possui 79 incisos. Alguns incisos são complexos e outros 
autoexplicativos. Farei comentários apenas nos incisos que demandem alguma 
interpretação, a fim de não lhe tomar tempo desnecessário. Lembre-se que a 
5 
PROJETO OFICIAL MP/SP: do ZERO ao CEM 
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VUNESP gosta da "lei seca", sobretudo quando ela abordar quóruns, róis, 
competências, exceções... Vamos lá: 
 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta 
Constituição; 
 
➢ Princípio da Igualdade: a VUNESP já indagou se a Constituição faz 
alguma distrinção entre homens e mulheres e se isso não violaria o art. 5º, I, CF. 
Sim, ela faz! Isto porque, não se pode confundir a igualdade formal (genérica) 
com a igualdade material (caso concreto). A própria CF faz essa distinção na 
concessão da aposentadoria, dizendo que homens aposentarão com 65 anos e 
mulheres com 62 anos (art. 40, § 1º, III, CF). Trata-se de discriminação positiva, 
que analisa as diferenças biológicas e sociais que existem entre homens e 
mulheres. 
 
(Questão inédita 2 - Oficial de Promotoria MP/SP) É correto afirmar que: 
 
a) Nossa Constituição Federal assegura de forma absoluta a igualdade entre 
homens e mulheres. 
b) Vige, apenas, o princípio da igualdade formal no Texto Constitucional. 
c) A regra é que homens e mulheres recebam tratamento distinto, segundo a 
Constituição Federal. 
d) Embora a regra seja a igualdade entre homens e mulheres, há dispositivos no 
Texto Constitucional que conferem tratamento distinto entre eles. 
e) Não é possível fazer distinção entre homens e mulheres. 
 
 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei; 
 
➢ Princípio da Legalidade: a Constituição prevê dois tipos de legalidade – 
a legalidade administrativa e a legalidade civil. Na legalidade civil o particular 
pode fazer tudo que a lei não proíbe, enquanto na legalidade administrativa o 
agente público só pode fazer o que lei determina. Isso acarretará implicações 
6 
PROJETO OFICIAL MP/SP: do ZERO ao CEM 
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práticas importantes: enquanto o agente público possui o dever de licitar antes 
de realizar uma contratação (indisponibilidade do interesse público), o particular 
é livre para adquirir o que bem entender, pelo preço que for (autonomia privada). 
 
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou 
degradante; 
 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
 
➢ Princípio da Liberdade de Manifestação do Pensamento: este é um 
dos poucos incisos que exigem algum aprofundamento. Vejamos alguns 
julgados / pontos importantes que tratam deste tema: 
 
a) Não recepção da Lei de Imprensa: o STF declarou não recepcionada a 
Lei de Imprensa (ADPF 130). Esta Lei impunha limitações descabidos à 
liberdade de imprensa e de expressão, o que é incompatível com a atual 
Constituição Federal. 
 
b) Desnecessidade do diploma de jornalista: a Constituição de 1988 diz 
que é livre a atividade de comunicação, independentementede licença prévia ou 
censura posterior. Ou seja, não caberia ao legislador fazer exigências (diploma 
de jornalista) para divulgação de notícias. 
 
c) Investigação de "Fake News": embora a liberdade de pensamento seja 
um princípio com "grande peso" e alta "hierarquia material", ele não é absoluto e 
convive com outros direitos. Em junho/2020, o STF entendeu lícita a abertura de 
Inquérito Policial para apurar “fake news” e/ou acarretassem crimes contra a 
honra e a segurança do STF, membros ou familiares. 
 
*OBS: A investigação ainda não terminou e este é um tema polêmico na 
doutrina. Por ora, guarde que a liberdade de pensamento encontra limitações na 
própria Ordem Jurídica. 
 
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d) Possibilidade de humor em período eleitoral: o STF declarou 
inconstitucional a Lei Eleitoral que proíbe trucagem, montagem e sátira em 
época eleitoral (ADI 4451). Isto violaria a liberdade de pensamento e de 
expressão assegurada pela Constituição de 1988. 
 
e) Possibilidade de proselitismo religioso: o STF entendeu 
inconstitucional a lei que proíbe o proselitismo religioso. O que significa 
proselitismo? Representa a conduta de convencer várias pessoas sobre suas 
ideias. Assim, o legislado não pode proibir a conduta do religioso que deseje 
converter outras pessoas. Trata-se de decorrência da liberdade de pensamento 
religioso e da dignidade da pessoa humana. 
 
f) Vedação do anonimato: a Constituição assegura a liberdade de 
pensamento, mas veda o anonimato. Isto é, o garante-se uma liberdade com 
responsabilidade, pois embora o indivíduo seja livre para se manifestar, ele 
deverá ser responsável pelas consequências de sua manifestação. 
 
g) Sacrifício de animais X culto de religiões: o STF entendeu que é 
constitucional a lei estadual que permite o sacrifício ritual de animais em 
cultos de religiões de matriz africana, desde que sem excessos ou crueldades. 
Tutela-se a liberdade religiosa nesta ponderação. 
 
h) Ensino religioso confessional: o ensino religioso nas escolas públicas 
(ou privadas) pode ter natureza confessional, desde que se garanta 
oportunidade a todas as doutrinas religiosas (o aluno escolhe). Esse ensino 
religioso deverá ser disciplina do horário normal, mas de matrícula facultativa. 
 
i) Direito ao silêncio e de não produzir provas contra si: a liberdade de 
pensamento não possui apenas uma acepção positiva (manifestar-se), mas 
também acepção negativa (calar-se), a fim de evitar prejuízos criminais. É o 
que revela o brocardo nemo tenetur se detegere, isto é, ninguém é obrigado a se 
descobrir (se acusar). 
 
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j) Crucifixos em repartições públicas: segundo o CNJ, a fixação de 
crucifixos em repartições públicas não viola o princípio da laicidade do Estado 
(neutralidade de religiões). Laicidade (neutralidade) não se confunde com 
laicismo (negação de religião). O que o Estado não pode ser é confessional, isto 
é, adotar determinada religião. 
 
(Questão inédita 3 - Oficial de Promotoria MP/SP) No tocante ao princípio da 
liberdade de expressão, assinale a alternativa correta: 
 
a) O princípio da liberdade de expressão representa, segundo o STF, um direito 
absoluto, não admitindo restrições ou mitigações. 
b) Embora a Constituição Federal garanta a liberdade de expressão, ela veda o 
anonimato. 
c) Por ser um direito relativo, o princípio da liberdade de expressão recepcionou 
a chamada Lei de Imprensa. 
d) O direito ao silêncio não extrai fundamento da Constituição Federal, mas sim 
do Código de Processo Penal. 
e) É inconstitucional a investigação das chamadas fake news. 
 
 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da 
indenização por dano material, moral ou à imagem; 
 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o 
livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos 
locais de culto e a suas liturgias; 
 
➢ Este direito decorre do Princípio da Liberdade da Manifestação de 
Pensamento. O Estado Brasileiro é laico, mas não laicista, ou seja, ele não é 
antirreligioso. Simplesmente: o Estado Brasileiro admite todas os credos; não 
podendo, contudo, subvencionar ou embaraçar sua existência (art. 19, I, CF). O 
Estado teísta estaria confessado pelo próprio Preâmbulo, que admite a 
existência da proteção de Deus. Contudo, não diz a qual religião específica 
pertenceria este Deus. Em suma, liberdade religiosa é um direito fundamental. 
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(Questão inédita 4 - Oficial de Promotoria MP/SP) Assinale a alternativa que 
corresponda adequadamente ao Texto Constitucional: 
 
a) É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da 
indenização por dano material ou moral. 
b) É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da 
indenização por dano material, moral ou à imagem. 
c) É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da 
indenização por dano material. 
d) São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, 
assegurado o direito a indenização pelo dano material, moral ou à imagem 
decorrente de sua violação 
e) São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, 
assegurado o direito a indenização pelo dano moral decorrente de sua violação. 
 
 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas 
entidades civis e militares de internação coletiva; 
 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de 
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, 
fixada em lei; 
 
➢ Escusa de consciência (também chamada de imperativo de 
consciência ou objeção de consciência): a liberdade religiosa e de convicção 
política são constitucionalmente asseguradas, mas podem sofrer restrição em 
uma hipótese: descumprir obrigação legal a todos imposta e recusar-se a 
cumprir prestação alternativa. Trata-se da chamada "escusa de consciência", 
"imperativo de consciência" ou "objeção de consciência". Exemplo: jurado, 
mesário eleitoral e alistamento eleitoral. A Constituição permite que o indivíduo 
invoque uma convicção política ou religiosa para se eximir destas obrigações 
legais a todos imposta (indivíduo anarquista que não deseja ser mesário eleitoral 
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ou indivíduo pacifista que não deseja servir às forças armadas). Contudo, ele 
deverá cumprir uma prestação alternativa, cujo descumprimento acarretará a 
suspensão dos seus direitos políticos (art. 15, IV, CF/88). 
 
Vejamos dois julgados recentes e importantes sobre esse tema: 
 
a) Escusa de Consciência X Concurso Público: em novembro/2020, o 
STF decidiu que, nos termos do art. 5º, VIII, da CF/88, é possível a realização 
das provas de um concurso público em datas e horários distintos dos previstos 
em edital, por candidato que invoca escusa de consciência por motivo de crença 
religiosa, desde que (i) presentes a razoabilidade da alteração, (ii) a preservação 
da igualdade entre todos os candidatos e (iii) não acarrete ônus desproporcional 
à Administração Pública, que deverá decidir de maneira fundamentada. Embora 
o Brasil seja um País laico (sem religião oficial), ele protege a liberdade religiosa 
- ex.: se uma avaliação cair no sábado de manhã, eventual membro da Igreja 
Adventista do Sétimo Dia poderia pedir a remarcação da prova, pois estão 
impossibilitados de exercer atividades profissionais ou acadêmicas entre o pôr 
do sol de sexta-feira e o pôr do solde sábado. 
 
b) Escusa de Consciência X Vacinação obrigatória: em dezembro/2020, 
o STF entendeu que a vacinação obrigatória é constitucional e não viola a 
liberdade individual. Em razão do direito à saúde coletiva, entendeu o STF que a 
imposição da vacina prevaleceria sobre a liberdade de consciência e de 
convicção filosófica. 
 
(Questão inédita 5 - Oficial de Promotoria MP/SP) Em relação à chamada 
escusa de consciência, assinale a alternativa integralmente correta: 
 
a) Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação 
legal a todos imposta ou recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em 
lei. 
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b) Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação 
legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa. 
c) Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação 
legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei 
específica. 
d) Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação 
legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei 
complementar. 
e) Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação 
legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei. 
 
(Questão inédita 6 - Oficial de Promotoria MP/SP) Ainda sobre a chamada 
escusa de consciência, assinale a alternativa que corresponda ao entendimento 
correto do Supremo Tribunal Federal: 
 
a) É possível a remarcação de provas de concurso público, por motivos de 
convicção religiosa, desde que (i) presentes a razoabilidade da alteração, (ii) a 
preservação da igualdade entre todos os candidatos e (iii) não acarrete ônus 
desproporcional à Administração Pública, que deverá decidir de maneira 
fundamentada. 
b) É possível a remarcação de provas de concurso público, por motivos de 
convicção religiosa, desde que (i) presentes a razoabilidade da alteração e (ii) a 
preservação da igualdade entre todos os candidatos. 
c) É possível a remarcação de provas de concurso público, bastando a 
comprovação de relevante convicção religiosa. 
d) É possível a chamada vacinação obrigatória ou compulsória; sendo vedada, 
contudo, a imposição de sanções contra o indivíduo que não se vacina. 
e) É possível a chamada vacinação forçada. 
 
 
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IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de 
comunicação, independentemente de censura ou licença; 
 
➢ Também é um Direito que decorre do Princípio da Liberdade da 
Manifestação de Pensamento. Lembre-se, ademais, que "é vedada toda e 
qualquer censura de natureza política, ideológica e artística" (art. 220, § 2º, CF). 
 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das 
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação; 
 
➢ Direito à privacidade, intimidade e vida privada: embora nossa 
Constituição seja eclética (admite e incentiva várias ideologias) e confira grande 
peso ao Princípio da Liberdade da Manifestação ao Pensamento, este 
princípio não é absoluto e deve respeitar à Privacidade do indivíduo. Ou seja, 
caberá ao Juiz no caso concreto vislumbrar se a manifestação do pensamento 
acarretou violação indevida à privacidade de alguém - ex.: um paparazzi que 
tirasse fotos de um artista em algum momento íntimo e em seu domicílio. 
Lembre-se: nenhum direito fundamental é absoluto, pois coexistem (convivência 
das liberdades públicas). 
 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou 
para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; 
 
➢ Direito à Inviolabilidade de Domicílio: este também exige algum 
aprofundamento doutrinário e jurisprudencial. Isto porque, este inciso representa 
o direito fundamental mais cobrado de seu concurso. 
 
- Mitigações à Inviolabilidade de Domicílio: Vejamos este esquema prático: 
 
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Recomendo a leitura desta tabela na véspera da prova. É provável que haja uma 
questão envolvendo as exceções à inviolabilidade de domicílio. 
 
Vejamos, então, um processo mnemônico para fixar este conteúdo: se alguém 
entrar no Domicílio de outra pessoa fora das exceções acima, a pessoa se C F 
O D S 
 
 C onsentimento do morador 
 F lagrante delito 
 O rdem judicial 
 D esastre 
 prestar S ocorro 
 
Agora você não esquece mais as exceções constitucionais do Domicílio. 
 
- Pontos importantes sobre a Inviolabilidade de Domicílio: Vejamos alguns 
pontos relevantes sobre este inciso: 
 
a) Conceito de "Dia": há três correntes na doutrina para definir "dia" no 
caso de cumprimento de determinação judicial: Conceito de noite para fins de 
cumprir determinação judicial: Dois critérios: 
 
(i) Critério Físico-astronômico: dia e noite seriam revelados pela aurora e 
pelo crepúsculo de cada lugar. Aponta esta corrente que o Brasil é um 
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País continental, razão por que o sol nasce e se põe nos mais diversos 
horários (STF já adotou essa corrente); 
 
(ii) Critério Cronológico: dia corresponde ao período das 6h da manhã até 
às 18h da tarde. Ainda que não acompanhe as peculiaridades geográficas 
de todo País, trata-se do critério mais seguro e objetivo para evitar a 
nulidade da diligência (é a corrente majoritária na doutrina); e 
 
(iii) Critério Misto: sugere a adoção combinada das duas anteriores. 
Contudo, resvala em problemas práticos, em exigir minudente 
conhecimento do executor da medida e potencializar o risco de nulidade 
do cumprimento do mandado judicial. 
 
*OBS: é provável que na sua prova o examinador adore a primeira corrente (6h 
às 18h), a fim de tentar lhe confundir com o horário de cumprimento do ato 
processual previsto no art. 212, caput, do Código de Processo Civil: 6h às 20h. 
Ou seja: 
- Cumprimento de Ordem Judicial (CF): 6h às 18h; e 
- Tempo para prática dos atos processuais (CPC): 6h às 20h. 
 
b) Conceito de "casa": o STF tem adotado interpretação extensiva ao 
conceito casa, a fim de abranger não apenas o domicílio tradicional das 
pessoas, mas também os lugares que ela utiliza reservadamente - ex.: trailers, 
qualquer compartimento habitado ou lugar onde se exerce a profissão ou 
atividade. 
 
*OBS: o art. 150, §§ 4º e 5º do Código Penal auxiliaram o STF a conceituar 
"casa" para fim de cumprimento de determinação judicial: "§ 4º - A expressão 
'casa' compreende: I - qualquer compartimento habitado; II - aposento ocupado 
de habitação coletiva; III - compartimento não aberto ao público, onde alguém 
exerce profissão ou atividade. § 5º - Não se compreendem na expressão 
'casa': I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto 
aberta, salvo a restrição do n.º II do parágrafo anterior; II - taverna, casa de jogo 
e outras do mesmo gênero". 
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c) Autoridade expedidora do mandado judicial: apenas o Juiz pode 
expedir o mandadoà baila, relativizando a inviolabilidade de domicílio. Isto é, 
Ministério Público, Delegados de Polícia, autoridades administrativas em geral 
não possuem competência constitucional para determinar a invasão ao 
domicílio. 
 
d) Exigência de "fundadas razões": a mera intuição de que está havendo 
tráfico de drogas na casa não autoriza o ingresso sem mandado judicial ou 
consentimento do morador. Exige o STF a existência de fundadas razões, 
justificadas a posteriori, isto é, um mínimo de segurança para a entrada forçada 
em domicílio. 
 
(Questão inédita 7 - Oficial de Promotoria MP/SP) Qual alternativa abaixo 
representa, corretamente, as mitigações à Inviolabilidade de Domicílio: 
 
a) Consentimento de terceiros. 
b) Flagrante Delito, desde que durante o dia. 
c) Ordem Judicial, desde que cumprida entre 6h e 20h. 
d) Desastre. 
e) Determinação do Delegado de Polícia, desde que cumprida durante o dia. 
 
(Questão inédita 8 - Oficial de Promotoria MP/SP) Ainda sobre o princípio da 
inviolabilidade de domicílio, marque a alternativa correta, segundo o 
entendimento do Supremo Tribunal Federal: 
 
a) É pacífico que "dia" - para cumprimento de busca domiciliar - corresponde ao 
critério físico astronômico, isto é, da aurora ao crepúsculo. 
b) O critério de casa compreende tão somente a residência do indivíduo. 
c) Desde que esteja suficientemente motivada, a mera intuição de que está 
ocorrendo tráfico de drogas, autoriza o ingresso no interior do domicílio. 
d) A mera intuição de que está havendo tráfico de drogas na casa não autoriza o 
ingresso sem mandado judicial ou consentimento do morador. São necessárias, 
também, as fundadas razões, justificadas a posteriori. 
16 
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e) O local onde se exerce reservadamente a profissão não pode ser 
compreendido como "casa" para fins de proteção constitucional. 
 
 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de 
dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem 
judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação 
criminal ou instrução processual penal; 
 
➢ Direito ao Sigilo (ou Direito à Liberdade de Comunicação Pessoal): a 
Constituição protege os seguintes tipos de sigilo (art. 5º, XII): 
• o sigilo de correspondência; 
• o sigilo das comunicações telegráficas; 
• o sigilo das comunicações de dados (bancário e fiscal); e 
• o sigilo das comunicações telefônicas. 
 
- Pontos Importantes sobre a “quebra judicial” do sigilo: 
 
a) Qualquer quebra é excepcional e depende de autorização judicial; 
 
b) Qualquer dessas quebras somente podem ocorrer para investigação 
criminal ou instrução processual (persecução penal); 
 
c) Nada impede que a prova produzida na persecução penal sirva de prova 
emprestada no processo cível e administrativo - ex.: demissão do servidor 
público decorrente de uma interceptação do processo penal; 
 
d) CPI pode determinar a quebra de sigilo bancário, fiscal e dados (inclusive 
telefônico, ou seja, o extrato da conta e não o conteúdo/grampo da conversa). 
Contudo, a CPI não pode determinar, por si só, a interceptação telefônica e a 
quebra do sigilo das correspondências. Estas exigem autorização judicial. 
 
17 
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(Questão inédita 9 - Oficial de Promotoria MP/SP) No tocante ao direito à 
liberdade de comunicação pessoal, assinale a alternativa que corresponde à 
literalidade do Texto Constitucional: 
 
a) É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de 
dados e das comunicações telefônicas, salvo, nos últimos casos, por ordem 
judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação 
criminal ou instrução processual penal. 
b) É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de 
dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, 
nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação 
criminal, instrução processual penal ou administrativa. 
c) É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de 
dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, 
nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal 
ou instrução processual penal. 
d) É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de 
dados e das comunicações telefônicas, salvo por ordem judicial, nas hipóteses e 
na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução 
processual penal. 
e) É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telefônicas, de 
dados e das comunicações telemáticas, salvo, no último caso, por ordem 
judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação 
criminal ou instrução processual penal. 
 
 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que a lei estabelecer; 
 
➢ Direito ao Livre Exercício do Trabalho (ou Liberdade de Trabalho): 
embora nossa Constituição proteja e incentive todas as profissões, ela permite 
que a lei restrinja o exercício de algumas. É o que ocorre com o advogado, que 
para poder exercer sua profissão precisa ser aprovado no Exame de Ordem. O 
STF afirmou ser constitucional o Exame de Ordem, pois o inciso XIII do art. 5º 
1 
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APOSTILA DE MATEMÁTICA 
 
Sumário: 
 
1. Aritmética (Operações com Números Reais) 
➢ Fatoração 
➢ Mínimo Múltiplo Comum 
➢ Operações com Números Reais 
 
2. Álgebra 
➢ Equação do 1º grau 
➢ Equação do 2º grau 
 
3. Porcentagem 
 
4. Razão e Proporção 
➢ Regra de três e relações entre grandezas. 
 
5. Média Aritmética simples e ponderada. 
 
6. Matemática Financeira (Juros Simples) 
➢ Fator de Aumento 
➢ Fator de Redução 
➢ Introdução à Matemática Financeira 
➢ Juros Simples 
 
7. Geometria 
 
 
 
 
 
 
 
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1. ARITMÉTICA 
 
Fatoração 
 
Para que possamos compreender a ferramenta por trás dos cálculos de MMC, 
devemos conhecer o processo da fatoração de um número. 
 
Fatorar significa transformar um número em uma multiplicação de outros 
números (fatores); para isso, fazemos uma série de divisões até reduzirmos um 
número a 1, da seguinte maneira: 
 
- Exemplo: Fatoração de 84 
 
Primeiro escrevemos o número desejado (84) e traçamos uma linha vertical ao 
seu lado direito. Em seguida, colocamos os números que o dividem à direita da 
linha (por exemplo, como 84 é par, pode ser dividido por 2), calculamos a divisão 
(84 ÷ 2 = 42) e escrevemos o resultado da divisão abaixo do número original. 
 
Seguimos repetindo estas operações com os resultados obtidos até chegarmos 
em 1 no resultado da divisão: 
 
84 2 
42 2 
21 3 
 7 7 
 1 2 × 2 × 3 × 7 
 
Todos os números destacados à direita da linha são os fatores que compõe o 
número desejado. 
 
Logo, podemos dizer que . 
 
 
3 
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Mínimo múltiplo comum 
 
Múltiplos 
 
Os múltiplos de um determinado número são números escritos na forma 
, ou seja, são números que já foram multiplicados por . 
 
- Exemplos: 
 
Os múltiplos de 12 são: 12, 24, 36, 48, 60, 72, 84, 96, 108, ... 
 
Os múltiplos de 18 são: 18, 36, 54, 72, 90, 108, 126, ... 
 
É possível reparar que existem alguns múltiplos que aparecem em ambas as 
sequências. Estes são os múltiplos comuns entre 12 e 18: 36, 72, 108 etc. 
 
O menor desses números é o Mínimo Múltiplo Comum (ou MMC) entre 12 e 18.Ou seja, . 
 
Porém, a maneira mais fácil e prática de se calcular o MMC entre dois (ou mais) 
números é através de uma fatoração simultânea, na qual devemos escolher os 
fatores que dividam um ou os dois números, seguindo o processo da fatoração 
até reduzir os números a 1. Assim, 
 
 12, 18 2 
 6, 9 2 (Verificamos que um dos números restantes é par e o outro, não) 
 3, 9 3 (Observe que, como 9 não é par, não se calcula a divisão 9÷ 2) 
 1, 3 3 
 1, 1 2 × 2 × 3 × 3 = 36 
 
Assim, verificamos que o MMC entre 12 e 18 é 36. 
 
4 
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Exemplo: Vamos calcular o MMC entre 24 e 42: 
 
24, 42 2 
12, 21 2 
 6, 21 2 
 3, 21 3 
 1, 7 7 
 1, 1 2 × 2 × 2 × 3 × 7 = 168 
 
Logo, o MMC entre 24 e 42 é 168. 
 
 
Operações com frações 
 
É comum nos depararmos com diversos problemas que envolvem frações, às 
vezes mesmo nos estudos de Estatística e Matemática Financeira, então é muito 
importante perder o medo dessas operações. 
 
• Soma e subtração de frações 
 
Para podermos somar ou subtrair frações, elas devem estar com o mesmo 
denominador. Quando isso ocorre, basta juntarmos as duas frações em uma só, 
como o exemplo a seguir: 
 
 
 
Quando as frações não possuem o mesmo denominador, devemos transformá-
las para que passem a ficar iguais, seguindo os passos do exemplo a seguir. 
 
 
 
Primeiro, calculamos o MMC entre os denominadores. 
5 
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Isso significa que para somarmos as duas frações, o denominador em comum 
deve ser 30. Para descobrir como as frações originais entram nesta nova, 
devemos dividir o novo denominador por cada um dos anteriores e multiplicar os 
resultados pelos numeradores (conhecemos essa regra como: divide pelo de 
baixo e multiplica pelo de cima). 
 
Continuando o exemplo: 
 
30 dividido por 10 resulta em 3, que multiplicado por 3 resulta em 9. 
 
30 dividido por 15 resulta em 2, que multiplicado por 7 resulta em 14. 
 
Assim: 
 
 
 
Os mesmos passos devem ser seguidos no caso de uma subtração. 
 
Exemplo: 
 
 
 
 
 
Produto de frações 
 
Para multiplicarmos duas frações, basta calcular o produto dos numeradores 
pelo produto dos denominadores: 
 
6 
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Exemplo: 
 
 
 
Independente de quantas frações forem, o processo é mantido: 
 
 
 
 
Divisão de frações 
 
Para calcularmos a divisão de duas frações, devemos transformar em uma 
multiplicação, conforme o seguinte processo: 
 
Exemplo: 
 
 
 
Mantém a primeira fração e multiplica pelo inverso da segunda 
 
: 
 
 
 
 
 
7 
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Exercícios resolvidos: 
 
1. Dividir certo número por 0,00125 equivale a multiplicá-lo por um número 
inteiro 
 
a) menor que 100. 
b) compreendido entre 100 e 400. 
c) compreendido entre 40 e 1000. 
d) compreendido entre 1000 e 5000. 
e) maior que 5000. 
 
Resolução: 
 
 
 
Alternativa: C. 
 
 
QUESTÕES PARA TREINAR: 
 
(Questão inédita 1 - Oficial de Promotoria MP/SP) Os números a seguir 
devem ser colocados em ordem crescente. 
 
I - 13,1. 
II - 13,018. 
III - 13,8. 
IV - 13,08. 
V - 13,0001. 
 
Assinale a alternativa correspondente ao que se pede: 
 
a) III, II, IV, I e V. 
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b) III, IV, I, II e V. 
c) V, II, IV, I e III. 
d) V, IV, III, I e II. 
e) I, II, III, IV e V. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONTEÚDO DA LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO MP 
 
Embora o edital traga a "Legislação Específica do MP/SP" dentro de cada 
matéria (Constitucional, Processo Penal e Direito Administrativo), por uma 
questão didática é conveniente que você estude todos esses diplomas 
conjuntamente. 
 
(i) Lei Orgânica do Ministério Público de São Paulo (Lei Complementar Estadual 
nº 734, de 26 de novembro de 1993) = arts. 1° ao 9°; 43 a 48; 59 a 75 (32 
artigos). 
 
(ii) Resolução / Ato Normativo n° 664-PGJ-CGMP-CSMP, de 08.10.2010 (36 
artigos). 
 
(iii) Ato Normativo nº 484-CPJ, de 05.10.2006. Tenha cuidado! Ele foi revogado 
pela Resolução nº 1.342/2021 (131 artigos). 
 
(iv) Resolução nº 23/2007 do CNMP (17 artigos). 
 
(v) Ato Normativo nº 314-PGJ/CPJ, de 27.06.2003. Tenha cuidado! Ele foi 
revogado pela Resolução nº 1.364/2021 (23 artigos). 
 
Extensão da matéria: são cobrados na parte de "Legislação do MP/SP" 239 
artigos - em consonância com o último edital (atualizado para 2022). 
 
Como estudar esta matéria? A análise das últimas provas de Oficial de 
Promotoria do MP/SP - bem como do estilo de prova VUNESP - revelam a 
cobrança literal dos artigos à baila. Isto é, sua banca jamais trouxe qualquer 
comentário doutrinário ou jurisprudencial sobre o tema. 
 
Por esta razão - e também devido a extensão da matéria (239 artigos) -, 
recomendo que você não busque a explicação doutrinária de cada artigo. 
Contudo, para chamar sua atenção nos pontos importantes, elaboramos 
algumas questões inéditas - com gabarito comentado - nos artigos mais 
importantes. 
3 
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I) LEI COMPLEMENTAR nº 734, de 26 de novembro de 1993 
Institui a Lei Orgânica do Ministério Público. 
 
LIVRO I 
Da Autonomia, Da Organização e Das Atribuições do Ministério Público 
 
TÍTULO I 
Das Disposições Gerais e da Autonomia do Ministério Público 
 
CAPÍTULO I 
Das Disposições Gerais 
 
Artigo 1º - O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função 
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime 
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
 
§ 1º - A organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público são 
estabelecidos por esta lei complementar. 
 
§ 2º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a 
indivisibilidade e a independência funcional. 
 
§ 3º - A Chefia do Ministério Público cabe ao Procurador-Geral de Justiça. 
 
(Questão inédita 1 - Oficial de Promotoria MP/SP) Assinale a assertiva que 
contenha corretamente as caraterísticas do Ministério Público e seus respectivos 
princípios: 
 
a) O Ministério Público é instituição temporária, essencial à função jurisdicional 
do Estado. 
b) A Chefia do Ministério Público cabe ao Presidente da República. 
c) São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a divisibilidade e 
a independência funcional. 
4 
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d) São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade 
e a dependência funcional. 
e) São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade 
e a independência funcional. 
 
➢ Comentário do gabarito: o gabarito é a letra E. O Art. 1° da Lei 
Complementar n° 734 assevera que os princípios institucionais do Ministérios 
Público são: unidade. Indivisibilidade e independência funcional. 
 
 
CAPÍTULO II 
Da Autonomia do Ministério Público 
 
Artigo 2º - Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e 
administrativa, cabendo-lhe, especialmente: 
 
I - praticar atos próprios de gestão; 
 
II - praticar atos e decidir sobre a situação funcional e administrativa do pessoal, 
ativo e inativo, da carreira e dos serviços auxiliares, organizados em quadros 
próprios; 
 
III - elaborar suas folhas de pagamentos e expedir os competentes 
demonstrativos; 
 
IV - adquirirbens e contratar serviços, efetuando a respectiva contabilização; 
 
V - propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de seus cargos, bem 
como a fixação e o reajuste dos vencimentos de seus membros; 
 
VI - propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção dos cargos de seus 
serviços auxiliares, bem como a fixação e o reajuste dos vencimentos de seus 
servidores; 
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APOSTILA DE RACIOCÍNIO LÓGICO 
 
Índice: 
 
1. Conceitos Iniciais 
• Proposições 
• Os três princípios da lógica 
• Proposição Simples ou Atômica 
• Proposição Composta ou Molecular 
• Negação de proposições 
• Equivalência de proposições 
• Tautologia, Contradição e Contingência 
 
2. Estruturas lógicas e Lógica de Argumentação 
• Estruturas Lógicas 
• Argumento 
• Quantificadores e Diagramas lógicos (Silogismos) 
 
3. Associação 
 
4. Diagramas Lógicos (Diagrama de Venn) 
• Diagrama de Venn para 2 (dois) conjuntos. 
• Diagrama de Venn para 3 (três) conjuntos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. CONCEITOS INICIAIS 
 
Proposições 
Embora seja um conceito aceito sem definição, podemos dizer que proposição é toda 
sentença que possa ser classificada como verdadeira ou falsa, ou seja, possua um valor 
lógico. 
 
Exemplos: 
A Alemanha foi campeã mundial de futebol em 2014 (Proposição Verdadeira). 
7 < 3 (Proposição Falsa). 
 
Assim, não serão proposições: 
• Sentenças exclamativas: 
 
Fala galera! 
Que frio! 
 
• Sentenças interrogativas: 
 
Que horas são? 
Qual o seu nome? 
 
• Sentenças imperativas (ordens) e pedidos: 
 
Façam as questões. 
Rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. 
 
• Promessas: 
 
Prometo que você vai conseguir. 
Eu prometo que voltarei. 
 
• Sentenças abertas: 
 
X > 3. 
Ele já sabe. 
 
 
3 
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1. Das sentenças abaixo, assinale quais são proposições. 
 
a) A vida não é eterna. 
b) 7 + 9 
c) 4 < 1 
d) O Brasil foi campeão de futebol em 2010. 
e) Quantas pessoas há nesta sala? 
f) x > 2 
 
Resolução: 
 
a) A vida não é eterna. Proposição 
b) 7 + 9 Não é proposição (não existe uma afirmação na sentença) 
c) 4 < 1 Proposição 
d) O Brasil foi campeão de futebol em 2010. Proposição 
e) Quantas pessoas há nesta sala? Não é proposição (sentença interrogativa) 
f) x > 2 Não é proposição (sentença aberta) 
 
 
 
Os 3 Princípios da Lógica 
 
A Lógica Proposicional (lógica que se baseia na análise e julgamento de proposições) 
possuí sua base fundamentada em três princípios, Identidade, Não Contradição e 
Terceiro Excluído. 
 
• Princípio da Identidade: 
Uma proposição verdadeira será verdadeira e uma proposição falsa será falsa. 
 
• Princípio da Não Contradição: 
 
Uma proposição nunca será verdadeira e falsa ao mesmo tempo. 
 
• Princípio do Terceiro Excluído: 
 
Uma proposição será verdadeira ou falsa, não existe outra possibilidade. 
 
 
 
 
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Exercícios 
 
2. As proposições são divididas em dois tipos, as proposições simples e as proposições 
compostas. 
Em lógica, pelo princípio do terceiro excluído, 
 
a) uma proposição falsa pode ser verdadeira e uma proposição falsa pode ser verdadeira 
b) uma proposição verdadeira pode ser falsa, mas uma proposição falsa é sempre falsa. 
c) uma proposição ou será verdadeira, ou será falsa, não há outra possibilidade. 
d) uma proposição verdadeira é verdadeira e uma proposição falsa é falsa. 
e) nenhuma proposição poderá ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo. 
 
3. O princípio lógico que garante que uma proposição nunca será verdadeira e falsa ao 
mesmo ao mesmo tempo é o princípio 
 
a) da Não Contradição. 
b) da Identidade. 
c) da Lógica. 
d) do Terceiro Excluído. 
e) da Probabilidade. 
 
4. Aristóteles disse certa vez 
 
“Quem diz de uma coisa que é ou que não é, ou dirá o verdadeiro ou dirá o falso. Mas se 
existisse um termo médio entre os dois contraditórios nem do ser nem do não ser poder-
se-ia dizer que é ou que não é”. 
 
Esta frase se refere ao princípio 
 
a) da Não Contradição. 
b) da Identidade. 
c) da Lógica. 
d) do Terceiro Excluído. 
e) da Probabilidade. 
 
5. "Cada coisa é aquilo que é" LEIBNIZ, Novos Ensaios sobre o Entendimento 
Humano. 
 
O princípio lógico citado na frase acima é o da 
 
a) da Não Contradição. 
b) da Identidade. 
c) da Lógica. 
5 
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d) do Terceiro Excluído. 
e) da Probabilidade. 
 
Gabarito 
2. C 
3. A 
4. D 
5. B 
 
 
Proposição Simples ou Atômica 
 
A proposição simples é a proposição formada por uma única ideia, o julgamento se seu 
valor lógico depende unicamente do conhecimento da informação apresentada. 
Exemplos: 
Pelé é o nome de um planeta (Proposição Falsa). 
4 + 7 = 11 (Proposição Verdadeira). 
 
Proposição Composta ou Molecular 
 
A proposição composta é a proposição formada pela junção de duas ou mais 
proposições simples através de conectivos lógicos. Existem cinco tipos de conectivos 
que geram cinco tipos de proposições compostas diferentes, o valor lógico final dessa 
proposição vai depender, não somente do valor lógico das proposições simples 
envolvidas, mas também no conectivo lógico que foi utilizado na junção. 
Para entender completamente a atribuição do valor lógico de uma proposição composta, 
primeiro precisamos entender o conceito de tabela verdade. 
 
Tabela Verdade 
 
É uma tabela que serve para representar todas as possibilidades de valores lógicos para 
uma ou mais proposições simples. 
Para simplificar a tabela, utilizamos letras para representar as proposições simples 
envolvidas 
6 
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Exemplos de tabelas verdade: 
• Tabela verdade para 1 proposição simples 
p = Bruno é feliz. 
p 
V Bruno é feliz 
F Bruno não é feliz 
 
• Tabela verdade para 2 proposições simples 
p = Bruno é feliz. 
q = Hoje não está sol. 
p Q 
V V Bruno é feliz e hoje não está sol 
V F Bruno é feliz e hoje está sol 
F V Bruno não é feliz e hoje não está sol 
F F Bruno não é feliz e hoje está sol 
 
• Tabela verdade para 3 proposições simples 
p = Bruno é feliz. 
q = Hoje não está sol. 
r = Vou para a praia 
p q r 
V V V Bruno é feliz, hoje não está sol e vou para a praia 
V V F Bruno é feliz, hoje não está sol e não vou para a praia 
V F V Bruno é feliz, hoje está sol e vou para a praia 
V F F Bruno é feliz, hoje está sol e não vou para a praia 
F V V Bruno não é feliz, hoje não está sol e vou para a praia 
F V F Bruno não é feliz, hoje não está sol e não vou para a praia 
F F V Bruno não é feliz, hoje está sol e vou para a praia 
F F F Bruno não é feliz, hoje está sol e não vou para a praia 
 
 
Número de linhas de uma tabela verdade. 
Observando os exemplos acima, é fácil perceber que quanto maior o número de 
proposições simples que a tabela possuir maior será seu número de linhas (situações), 
como cada proposição simples possuí duas possibilidades (Verdadeiro e Falso), para 
7 
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prever o número de linhas que uma tabela verdade terá basta multiplicar um “2” para 
cada proposição simples envolvida, assim: 
 
Tabela verdade para uma proposição simples: 2 linhas 
Tabela verdade para duas proposições simples: 2.2 = 22 = 4 linhas 
Tabela verdade para três proposições simples: 2.2.2 = 23 = 8 linhas 
Tabela verdade para quatro proposições simples: 2.2.2.2 = 24 = 16 linhas 
. 
. 
. 
Tabela verdade para dez proposiçõessimples: 2.2.2.2.2.2.2.2.2.2 = 210 = 1024 linhas 
 
 
Exercícios 
 
6. Qual o número de linhas de uma tabela verdade utilizada para determinar o valor 
lógico de uma proposição composta formada por 4 (quatro) proposições simples? 
 
a) 16 
b) 24 
c) 48 
d) 8 
e) 4 
 
Resolução: 
 
Uma proposição composta formada por 4 proposições simples terá um total de 24 = 16 
linhas em sua tabela verdade. Alternativa A 
 
 
QUESTÕES: 
 
01. Qual o número de linhas de uma tabela verdade utilizada para determinar o valor 
lógico de uma proposição composta formada por 11 (onze) proposições simples? 
 
a) 2048 
b) 1024 
c) 512 
d) 22 
8 
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e) 4 
 
Gabarito: 
01) A 
 
 
Julgamento de uma Proposição Composta 
 
• Conjunção 
 
É a proposição composta que utiliza o conectivo “e”, todo conectivo possuí um 
símbolo para sua representação sendo “˄” o símbolo do conectivo “e”. 
 
Exemplo: 
 
Hoje é sábado e está sol 
 
A tabela verdade que representa os possíveis valores lógicos de uma conjunção 
formada por duas proposições simples pode ser representada da seguinte forma: 
 
p Q p ˄ q 
V V V 
V F F 
F V F 
F F F 
 
Analisando a tabela podemos perceber que “as conjunções somente serão 
verdadeiras quando as duas proposições simples envolvidas forem 
verdadeiras”. 
 
• Disjunção Inclusiva 
 
É a proposição composta que utiliza o conectivo “ou” que é representado pelo 
símbolo “˅”. 
 
Exemplo: 
 
Hoje é sábado ou está sol 
 
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CONTEÚDO DE DIREITO PENAL 
 
 
O edital de Oficial de Promotoria do MP/SP - em Direito Penal - cobra os seguintes 
artigos do Código Penal 
 
- Arts. 293 a 301 e §§ 1° e 2°; 
- Arts. 305; 
- Arts. 311-A a 317 e §§ 1° e 2°; 
- Arts. 319 a 333; 
- Art. 337; 
- Arts. 339 a 344; 
- Art. 347; 
- Art. 357; e 
- Art. 359 
 
O edital de Direito Penal também é bastante enxuto. São cobrados apenas 42 
artigos. Por esta razão, você precisa dominar cada detalhe destes dispositivos. 
 
 
 
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TÍTULO X 
DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA 
 
CAPÍTULO II 
DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS PÚBLICOS 
 
Falsificação de papéis públicos 
 
Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: 
I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel de 
emissão legal destinado à arrecadação de tributo; 
II - papel de crédito público que não seja moeda de curso legal; 
III - vale postal; 
IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou de outro 
estabelecimento mantido por entidade de direito público; 
V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a 
arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou caução por que o poder 
público seja responsável; 
VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada 
pela União, por Estado ou por Município. 
 
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. 
 
§ 1o Incorre na mesma pena quem: 
I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsificados a que se 
refere este artigo; 
II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda, fornece ou 
restitui à circulação selo falsificado destinado a controle tributário; 
III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em depósito, 
guarda, troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em 
proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, 
produto ou mercadoria: 
a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle tributário, 
falsificado; 
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b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária determina a 
obrigatoriedade de sua aplicação. 
 
§ 2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legítimos, com o fim de 
torná-los novamente utilizáveis, carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização: 
 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
§ 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, qualquer dos 
papéis a que se refere o parágrafo anterior. 
 
§ 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recebido de boa-fé, qualquer 
dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem este artigo e o seu § 2º, 
depois de conhecer a falsidade ou alteração, incorre na pena de detenção, de 
seis meses a dois anos, ou multa. 
 
§ 5o Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso III do § 1o, 
qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em 
vias, praças ou outros logradouros públicos e em residências. 
 
✓ O objeto protegido nesse artigo é a FÉ PÚBLICA. 
✓ Fé pública é a confiança atribuída aos agentes públicos para a prática de 
atos públicos, cuja veracidade e legalidade se presumem. Somente os atos 
públicos (sejam eles atos administrativos, legislativos, jurisdicionais, notariais 
ou registrais) possuem fé pública e, por tal, somente os agentes públicos 
exercem a fé pública. 
✓ A fé pública garante a autenticidade dos documentos emitidos por agentes 
públicos. 
✓ Esse crime pode ser praticado por qualquer pessoa. Porém, CUIDADO!! 
Quando praticado por FUNCIONÁRIO PÚBLICO, prevalecendo-se das 
facilidades do seu cargo, a pena será majorada, conforme previsto no artigo 
295 do CP. 
✓ A conduta criminalizada nesse artigo é FALSIFICAR, criando o papel ou 
alterando um papel já existente, tornando o mesmo um documento falso. 
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✓ O artigo prevê expressamente quais são os papéis públicos que podem ser 
objetos de falsificação, quais sejam: 
• Selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel de 
emissão legal destinado à arrecadação de tributo; 
• Papel de crédito público que não seja moeda de curso legal; 
• Vale postal; 
• Cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou de outro 
estabelecimento mantido por entidade de direito público; 
• Talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a 
arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou caução por que o poder 
público seja responsável; 
• Bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada 
pela União, por Estado ou por Município. 
✓ A conduta deve ser dolosa para ser punível, não respondendo o agente que 
age com culpa. 
✓ A consumação se dá com a falsificação, independente do resultado 
danoso. Trata-se, portanto, de um CRIME FORMAL. 
✓ Em regra, a tentativa é possível. 
✓ O § 1º prevê outras condutas que incorrem na mesma pena: 
• Usar guardar, possuir ou deter um papel público falsificado; 
• Importar, exportar, adquirir, vender, trocar, ceder, emprestar, guardar, 
fornecer ou restituir à circulação selo falsificado de controle tributário; 
• Importar, exportar, adquirir, vender, expor à venda, manter em depósito, 
guardar, trocar, ceder, emprestar, fornecer, portar ou utilizar no exercício de 
atividade comercial ou industrial, produto ou mercadoria com selo de controle 
tributário falsificado ou sem selo oficial, quando obrigatório. 
 
✓ IMPORTANTE: Trata-se de crime próprio, só pode ser cometido por quem 
pratica atividade comercial ou industrial, mesmo sendo comércio irregular ou 
clandestino. 
✓ O § 2º prevê a conduta de SUPRIMIR carimbo ou sinal de inutilização de 
algum desses papéis, quando legítimos, visando a sua reutilização. ATENÇÃO: 
A pena dessa conduta é menor do que a pena das condutas anteriores. 
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✓ O § 3º prevê a mesma pena para quem usa qualquer desses papéis 
alterados. 
✓O § 4º prevê uma pena menor para que recebe de boa-fé o título o papel 
falsificado e, depois de ciente da sua origem ilícita, o usa ou restitui à circulação. 
 
(Questão inédita 1 – Oficial de Promotoria MP/SP) Sobre os crimes contra a fé 
pública, assinale a alternativa correta: 
 
a) O Código Penal prevê expressamente o conceito de fé pública. 
b) A fé pública é exclusiva de atos públicos emanados por agentes públicos. 
c) Alguns atos particulares podem ser dotados de fé pública. 
d) A fé pública garante a autenticidade dos atos emanados por agentes públicos, 
presumindo sua veracidade, mas não sua legalidade. 
e) Os documentos que possuem fé pública estão listados expressamente no 
Código Penal. 
 
 
Petrechos de falsificação 
 
Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto especialmente 
destinado à falsificação de qualquer dos papéis referidos no artigo anterior: 
 
 Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
 
✓ Esse artigo prevê a punição dos atos preparatórios da falsificação. Em 
regra, o Direito Penal não pune atos preparatórios, exceto quando previstos 
como crime autônomo, como nesse caso. ATENÇÃO: Esse crime é absorvido 
pelo crime previsto no artigo 293, caso falsifique o papel. 
✓ O crime pode ser praticado por qualquer pessoa. Mas, CUIDADO: Quando 
praticado por FUNCIONÁRIO PÚBLICO, prevalecendo-se das facilidades do 
seu cargo, a pena será majorada, conforme previsto no artigo 295 do CP. 
✓ A punição do agente depende de DOLO. 
 
 
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(Questão inédita 2 – Oficial de Promotoria MP/SP) Sobre a punição dos atos 
preparatórios de um crime, assinale a alternativa correta: 
 
a) Em regra, o Código Penal não prevê punição, exceto havendo previsão legal 
específica, como ocorre no crime de petrechos de falsificação, artigo 294 do CP. 
b) O Código Penal não prevê punição para atos preparatórios em nenhuma 
hipótese. 
c) Em regra, o Código Penal prevê punição a atos preparatórios. 
d) O Código Penal prevê punição aos atos preparatório ao crime de homicídio, 
mesmo que esses atos não configurem crime autônomo. 
e) O Código Penal jamais poderá punir os atos preparatórios. 
 
 
Art. 295 - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-
se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. 
 
✓ Forma majorada. Exige não só a condição de funcionário público, mas que 
o mesmo se utilize das facilidades decorrentes de seu cargo para cometer os 
delitos anteriormente previstos (artigos 293 e 294).

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