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Helmintologia

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Helmintos 
• Características gerais 
→ Acelomados 
→ Cefalizados 
→ Simetria bilateral 
→ Corpo achatado dorsoventralmente 
→ Sem sistema circulatório e respiratório (respiração cutânea) 
→ Sistema digestório incompleto 
→ Monoicos (hermafrodita) 
→ Sistema muscular formado por fibras musculares circulares e longitudinais 
que são usadas para a locomoção 
→ Sistema nervoso em escada de corda 
→ Classificados em: Turbellaria, Trematoda e Cestoda 
 
 Turberllaria 
→ Vida livre 
→ Ocelos: permitem a captação de luz 
→ Epiderme ciliada 
→ Representante: Planária 
→ Carnívoros 
→ Reprodução assexuada por fissão binária 
→ Reprodução sexuada por fecundação cruzada 
→ Excreção é feita por células-flama (solenócitos ou nefridióporo) 
→ Nefridióporos: função dos rins (poros que excretam substâncias) 
 
 
Trematoda 
→ Parasita de órgãos ou sangue 
→ Ectoparasitas e endoparasitas 
→ Possui tegumento com glicoproteína que protege e auxilia na absorção de 
nutrientes 
→ Ventosas orais: alimentação e fixação 
→ Ventosa ventral ou acetábulo: fixação 
→ Cirro: bolsa que guardo o esperma do parceiro para realizar uma 
autofecundação futura 
• Digênios 
→ Heteroxenos 
→ No interior dos ovos forma-se uma larva ciliada, conhecida como miracídio, 
que pode estar completamente desenvolvida no momento em que os ovos 
são eliminados ou completar seu desenvolvimento no meio externo. Após a 
eclosão, o miracídio infecta um caramujo ou caracol aquático como primeiro 
hospedeiro intermediário. No molusco, o parasito sofre reprodução mitótica 
por poliembrionia, passando por estágios chamados de esporocisto e, em 
algumas espécies, pelo estágio de rédia, até originar numerosas formas 
infectantes móveis, conhecidas como cercarias. As cercarias podem infectar 
diretamente o hospedeiro vertebrado ou, em algumas espécies, infectar um 
segundo hospedeiro intermediário. Podem ainda encistar-se na superfície de 
plantas aquáticas. As cercarias encistadas no segundo hospedeiro 
intermediário ou em plantas aquáticas chamam-se metacercarias 
 
➢ Paragonimus westermani 
→ Corpo de forma foliácea 
→ Duas ventosas distantes uma da outra 
→ Heteroxeno 
→ Trematódeo pulmonar 
 
→ Doença: Paragonimíase 
→ Os ovos são excretados no escarro ou nas fezes de pessoas infectadas. No 
ambiente, os ovos se desenvolvem, eclodem em uma forma de miracídio e 
são ingeridos por caramujos. Dentro do caramujo, os miracídios passam pelos 
estágios de esporocisto e de rédia até virarem cercarias. As cercarias 
infectam caranguejos ou lagostins e formam metacercárias. As pessoas são 
infectadas ao engolir cistos em caranguejos ou lagostins crus, mal cozidos ou 
em conserva. No intestino, as larvas saem dos cistos, penetram na parede do 
intestino, atravessam o diafragma e invadem os pulmões. Ali, elas se 
desenvolvem em adultos e produzem ovos, os quais são liberados no escarro 
que é expectorado e cuspido ou engolido e eliminados nas fezes. 
→ Sintomas: A maioria das pessoas com paragonimíase é assintomática; 
entretanto, durante a invasão e migração dos vermes, pode haver diarreia, 
dor abdominal, febre, tosse, urticária, hepatoesplenomegalia, anormalidades 
pulmonares e eosinofilia. 
→ Fase crônica: As manifestações da infecção pulmonar aparecem lentamente e 
inlcuem tosse crônica, dor no peito, hemoptise e dispneia 
→ Diagnóstico: exame microscópico do escarro e das fezes 
→ Tratamento: Praziquantel 
 
 
➢ Clonorchis sinensis 
→ Doença: Clonorquíase 
→ Infecção aguda no fígado 
→ No hospedeiro humano, o verme adulto libera ovos que são excretados nas 
fezes. Os ovos são ingeridos por um caramujo. Cada ovo libera um miracídio, 
que se transforma em um esporocisto, a seguir em uma rédia e depois em 
uma cercaria. As cercarias são liberadas do caramujo e, após um curto 
período de nado livre na água, entram em contato e penetram na carne de 
peixes de água doce, onde se encistam como metacercárias. Seres humanos 
são infectados ao ingerir peixes de água doce mal cozidos. Após a ingestão, 
as metacercárias saem do cisto, amadurecem até a forma adulta em cerca de 
1 mês 
→ Sintomas: em geral assintomática, formas graves podem apresentar febre, 
calafrios, dor epigástrica, hepatomegalia dolorosa, icterícia leve e eosinofilia 
→ Diagnóstico: EPF 
→ Tratamento: Praziquantel ou Albendazol 
 
 
 
➢ Fascíola hepática 
→ Corpo de forma foliácea 
→ Duas ventosas próximas uma da outra 
→ Cecos intestinais muito ramificados 
→ Poro excretor terminal 
 
→ Doença: Fasciolíase ou fasciolose 
→ Os ovos são eliminados nas fezes de pessoas infectadas. Quando atingem o 
ambiente aquático, os ovos liberam os miracídeos. Os miracídeos são 
ingeridos por moluscos, torna-se um esporócito, depois uma rédia até se 
tornar uma cercaria. As cercarias se associam a vegetação aquática e 
encistam, formando metacercárias. Se a água contaminada for utilizada para 
irrigar hortas e jardins, as metacercárias se formam nas folhas de verduras e 
legumes. Deste modo, elas são ingeridas por animais (ovelhas, gado) e pelo 
ser humano. Quando as metacercarias atingem o intestino elas rompem os 
cistos e maturam na forma adulta, começam a reproduzir e liberar ovos que 
serão levados ao ambiente pela excreção do hospedeiro. 
→ Sintomas: febre, dor abdominal, inchaço no fígado e obstrução dos ductos 
biliares, nos casos mais graves 
→ Tratamento: Praziquantel, Albendazol ou Triclabendazol 
 
 
➢ Schistosoma mansoni 
→ Possui dimorfismo sexual: fêmea é maior e possui coloração castanho escuro; 
macho é menor e possui coloração esbranquiçada 
→ Macho e fêmea realizam reprodução sexuada podendo ficar acoplados pro 
resto da vida 
→ Os ovos de S. mansoni possuem espiculo lateral e as cercarias calda 
bifurcada 
→ Infectam os vasos do trato gastrointestinal e genituário 
 
→ Após penetração na pele: coceira do nadador 
→ Ciclo: No hospedeiro humano, os ovos contendo miracídios são eliminados 
com as fezes ou a urina na água. Na água, os ovos eclodem e liberam os 
miracídios. Os miracídios nadam e penetram em um caramujo (hospedeiro 
intermediário). Dentro do caramujo, os miracídios progridem através de 2 
gerações de esporocistos para se tornarem cercárias. As cercárias nadadoras 
livres são liberadas do caramujo e penetram na pele do hospedeiro humano. 
Durante a penetração, as cercárias perdem sua cauda bifurcada, tornando-se 
esquistossômulos. Os esquistossômulos são transportados através da 
vasculatura até o fígado. Lá, se transformam em vermes adultos. O par 
(macho e fêmea) de vermes adultos migra (dependendo da espécie) para as 
veias intestinais no intestino ou no reto, ou para o plexo venoso do trato 
geniturinário, no qual vivem e botam ovos 
→ Sintomas: febre, calafrios, tosse, náuseas, dor abdominal, mal-estar, mialgia, 
exantema urticariforme 
→ Tratamento: Praziquantel 
 
 
Cestodas 
→ Solitárias 
→ Não possuem sistema digestório 
→ Absorvem os alimentos pela pele 
→ Superfície corporal coberta por projeções diminutas similares aos microvilos 
do intestino delgado 
→ Heteróxenos 
→ Parasitam vertebrados: suínos, bovinos, cães e gatos 
→ Parasitam invertebrados: formiga, caruncho e besouro 
→ Proglotes: as proglotes mais jovens ficam próximas ao colo e as mais velhas 
na extremidade oposta 
 
➢ Diphyllobothrium latum 
→ Escólex ovoide 
→ H.I: Peixes 
→ Doença: Difilobotríase 
→ Ciclo: O proglotes maduro desintegra-se no intestino do hospedeiro sendo 
liberados os ovos nas fezes. Quando o desenvolvimento se completa, liberta-
se o coracídeo. Na água, o coracídeo é ingerido por um crustáceo e se 
transforma em larva procercóide que pode ser ingerida por peixes pequenos, 
transformando-se em larva plerocercóide que pode ser ingeridapor peixes 
maiores e migram para os músculos e vísceras do peixe para consumo 
humano 
→ Sintomas: A maioria das infecções é assintomática. As infecções sintomáticas 
caracterizam-se por desconforto abdominal, flatulência, diarreia, vómitos e 
perda de peso. O consumo de vitamina B12 pelo verme deixa-a indisponível 
para o hospedeiro que pode, eventualmente, apresentar anemia 
megaloblástica. Em casos severos, pode ocorrer obstrução intestinal. 
→ Tratamento: Paraziquantel 
 
 
➢ Taenia solium 
→ Proglotes em aspecto arbóreo 
 
→ H.D: Homem 
→ H.I: Suínos 
→ Vermes adultos: intestino delgado 
→ Cirticercos: músculos sublinguais, diafragma, músculo cardíaco e no cérebro 
→ Cisticercos no cérebro causam neurocisticercose 
 
→ Ciclo Teníase: Os humanos parasitados eliminam as proglotes grávidas cheias 
de ovos para o meio exterior e as proglotes se rompem no solo. Um 
hospedeiro intermediário próprio ingere os ovos. No intestino as oncosferas 
liberam-se do embrióforo. As oncosferas desenvolvem-se para cisticercos em 
qualquer tecido mole (pele, músculos esqueléticos e cardíacos, olhos, 
cérebro etc.). A infecção humana ocorre pela ingestão de carne crua ou mal 
cozida de porco ou de boi infectado. O cisticerco ingerido sofre a ação do 
suco gástrico, envagina-se e fixa-se, através do escólex, na mucosa do 
intestino delgado, transformando-se em uma tênia adulta, que pode atingir até 
oito metros em alguns meses. Três meses após a ingestão do cisticerco, 
inicia-se a eliminação de proglotes grávidas. 
→ Cisticercose: adquirida pela ingestão acidental de ovos viáveis de T. solium 
→ Sintomas neurocisticercose: crises epilépticas, síndrome de hipertensão 
intracraniana, cefaleias, meningite cisticercótica e distúrbios psíquicos 
 
➢ Taenia saginata 
→ Escoléx cudoide 
→ Proglote grumosa 
 
→ H.I: Bovinos 
→ H.D: Homem 
→ Vermes adultos: intestino delgado 
→ Cirticercos: músculos, pulmões e fígado 
 
→ Ciclo Teníase: Os humanos parasitados eliminam as proglotes grávidas cheias 
de ovos para o meio exterior e as proglotes se rompem no solo. Um 
hospedeiro intermediário próprio ingere os ovos. No intestino as oncosferas 
liberam-se do embrióforo. As oncosferas desenvolvem-se para cisticercos em 
qualquer tecido mole (pele, músculos esqueléticos e cardíacos, olhos, 
cérebro etc.). A infecção humana ocorre pela ingestão de carne crua ou mal 
cozida de porco ou de boi infectado. O cisticerco ingerido sofre a ação do 
suco gástrico, envagina-se e fixa-se, através do escólex, na mucosa do 
intestino delgado, transformando-se em uma tênia adulta, que pode atingir até 
oito metros em alguns meses. Três meses após a ingestão do cisticerco, 
inicia-se a eliminação de proglotes grávidas. 
→ Sintomas Teníase: Tonturas, apetite excessivo, náuseas, vômitos, alargamento 
do abdômen, dores de vários graus de intensidade em diferentes regiões do 
abdômen e perda de peso 
→ Consequências: devido ao longo período em que a T. solium ou T. saginata 
parasita o homem, elas podem causar fenômenos tóxicos alérgicos, através 
de substâncias excretadas, provocar hemorragias através da fixação na 
mucosa e destruir o epitélio 
 
 
➢ Echinococcus granolosus 
→ Doença: Hidatidose cística 
→ H.I: Ovinos, suínos, bovinos e caprinos 
→ H.D: Cães domésticos 
→ Ciclo: Os ovos eliminados com as fezes dos cães, chegam ao meio ambiente, 
contaminando as pastagens. Os ovos são ingeridos junto ao alimento e, no 
estômago, o embrióforo é semidigerido pela ação do suco gástrico e libera a 
oncosfera que através de seus ganchos penetra na mucosa intestinal, 
alcançando a circulação sanguínea venosa, chegando ao fígado e aos 
pulmões e, mais raramente, a outros órgãos. Após seis meses da ingestão do 
ovo, o cisto hidático estará maduro. Nos hospedeiros definitivos, a infecção 
ocorre através da ingestão de vísceras, principalmente de ovinos e bovinos 
com cisto hidático fértil. Estes ao chegarem no intestino, sob ação 
principalmente da bile, envaginam-se e fixam-se na mucosa, atingindo a 
maturidade em dois meses, quando proglotes grávidas e ovos começam a 
aparecer nas fezes 
→ Cisto hidático: É encontrado, principalmente, no fígado e nos pulmões de 
ovinos, bovinos, suínos e caprinos 
→ Sintomas: Como a evolução dos cistos é lenta, as lesões e os sintomas 
desencadeados podem levar anos para serem percebidos, ocorrendo 
somente quando o cisto já atinge grandes dimensões. Cistos pequenos, bem 
encapsulados e calcificados, podem permanecer assintomáticos por anos ou 
toda a vida do hospedeiro. 
 
 
➢ Hymenolepis nana 
→ Tênia anã da criança 
→ Não tem H.I obrigatório, mas podem ser encontrados nas pulgas e nos 
carunchos de cereais 
→ Humanos e ratos são reservatórios 
→ Ciclo monoxêmico: os ovos são eliminados juntamente com as fezes e podem 
ser ingeridos por alguma criança. Ao passarem pelo estômago, os 
embrióforos são semidigeridos pelo suco gástrico, chegam ao intestino 
delgado onde ocorre a eclosão da oncosfera, que penetra nas vilosidades do 
jejuno ou íleo, dando, em quatro dias, uma larva cisticercóide. Dez dias depois 
a larva está madura, sai da vilosidade, desenvagina-se e fixa-se a mucosa 
intestinal através do escólex. 
→ Ciclo heteroxênico: os ovos presentes no meio externo são ingeridos pelas 
larvas de algum inseto. Ao chegarem ao intestino desses hospedeiros 
intermediários, liberam a oncosfera, que se transforma em larva cisticercóide. 
A criança pode acidentalmente ingerir um inseto contendo larvas 
cisticercóides que, ao chegarem ao intestino delgado, desenvaginam-se, 
fixam-se à mucosa e 20 dias depois já são vermes adultos. 
→ Autoinfecção interna: por meio da qual os ovos eclodem dentro do intestino e 
iniciam uma 2ª geração, sem nunca saírem do hospedeiro. Autoinfecção pode 
resultar em uma grande quantidade de vermes e sintomas 
→ Sintomas: agitação, insônia, irritabilidade, cólicas, diarréia, dor abdominal, 
anorexia e prurido anal 
→ Tratamento: Praziquantel ou Niclosamida 
 
 
➢ Dipylidium caninum 
→ Doença: Dipilidiose 
→ Ciclo: as proglotes grávidas são eliminadas junto com as fezes. Os ovos 
liberados são ingeridos por larvas de pulgas. No intestino do artrópode, a 
oncosfera é liberada e se transforma em larva cisticercóide e, à medida que o 
inseto passa pelas fases de pupa e adultos, a larva cisticercóide fica madura 
ou infectante. Os animais e as crianças se infectam ao ingerirem os insetos 
contendo a larva cisticercóide. No intestino dos hospedeiros, a maturidade 
dos vermes é alcançada 30 dias depois da infecção 
→ Sintomas: animal apresenta coceira na região anal, arrastando a região no 
chão 
→ Tratamento: Praziquantel 
 
 
 
 
Nematelmintos 
→ Simetria bilateral 
→ Sistema excretor nefridial em forma de H: excreta amônia 
→ Dimorfismo sexual: macho possui calda em forma de gancho 
→ Sistema digestório completo 
→ Se movem por flexões dorsoventrais 
→ Possuem lábios com dentes ou placas cortantes 
→ Alimentam-se de produtos pré-digeridos pelo hospedeiro 
→ Fazem ciclo de Loos 
 
➢ Strongyloides sp 
→ Apenas sexo feminino como parasita 
→ Reprodução assexuada por partenogêne no hospedeiro e sexuada no 
ambiente 
→ Doença: Estrongiloidíase 
→ Ciclo: Larvas rabditiformes são excretadas nas fezes e no solo. Lá, as larvas 
rabditiformes podem tornar-se adultos de vida livre ou tornarem-se larvas 
filariformes infecciosas que penetram a pele humana. Os vermes adultos se 
acasalam, e as fêmeas produzem ovos. Larvas rabditiformes eclodem dos 
ovos. Essas larvas podem se transformar em adultos de vida livre ou em 
larvas filariformes infecciosas. As larvas filariformes penetram a pele humana. 
As larvas migram pela circulação sanguínea até os pulmões, penetram nos 
capilares pulmonares, acendem pela árvore brônquica até a faringe, são 
deglutidas e alcançamo intestino delgado, onde se transformam em adultos. 
No intestino delgado, as fêmeas adultas produzem ovos. Os ovos eclodem em 
larvas rabditiformes. A maioria dessas larvas é excretada nas fezes. Algumas 
larvas tornam-se larvas filariformes no intestino grosso, penetram na parede 
intestinal (autoinfecção interna) ou na pele perianal (autoinfecção externa) e 
seguem o ciclo infeccioso normal. 
→ Sintomas: dor abdominal, diarréia, erupções cutâneas e tosse 
→ Tratamento: Ivermectina ou Albendazol 
 
 
 
➢ Oxyuris 
→ Enterobius vermiculares 
→ Doença: Oxiuríase 
→ Ciclo: Após o acasalamento, o macho morre e é eliminado pelas fezes. As 
fêmeas grávidas permanecem no ceco e, à noite, se movem através do 
intestino em direção ao ânus, local onde costumam implantar seus ovos. Cada 
fêmea pode colocar até 10.000 ovos. Após a deposição dos ovos, a fêmea 
tenta retornar para dentro do ânus, algumas conseguem, outras não, sendo 
eliminadas nas fezes. 
→ Ciclo autoinfecção: A presença dos ovos provoca intensa coceira anal. Se o 
paciente coçar a região do ânus, ele pode contaminar suas mãos e unhas 
com os ovos do verme. Se a mão contaminada for levada à boca em algum 
momento, o paciente volta a se contaminar. Os ovos ingeridos eclodem no 
intestino delgado, dando origem a uma nova geração de Enterobius 
vermicularis. 
→ Ciclo retroinfecção: Após 3 semanas, os ovos implantados na região perianal 
eclodem e dão origem a novos vermes. Estes vermes podem entrar pelo ânus 
e seguir em direção ao ceco, onde irão se acasalar novamente. 
→ Ciclo heteroinfecção: A transmissão do oxiúrus para outras pessoas pode 
ocorrer através de mãos contaminadas com ovos. O paciente coça o ânus, 
contamina suas mãos e pode transmitir os ovos ao preparar alimentos, 
manipular objetos ou cumprimentar outros indivíduos. Pessoas que moram no 
mesmo ambiente de pacientes contaminados são as que têm mais riscos de 
serem contaminadas. Toalhas e roupas de cama estão frequentemente 
infectadas com ovos de Enterobius vermicularis, o que facilita o contágio dos 
cônjuges. 
→ Sintomas: coceira anal noturna 
→ Tratamento: Albendazol ou Mebendazol 
 
 
➢ Ancylostoma doudenale 
→ Pode contaminar o homem ativamente (por penetração) e passivamente (por 
ingestão oral) 
→ Macho possui uma bolsa copulatória (bursa) 
→ Causa anemia por toxicidade do parasita 
→ Ciclo: Os ovos são eliminados nas fezes e, se depositados em um solo 
quente, úmido e pouco rígido, as larvas eclodem em 1 a 2 dias. Os ovos 
liberam larvas rabditiformes, que crescem nas fezes ou no solo. Depois de 5 a 
10 dias, as larvas se tornam infecciosas. Quando entram em contato com o 
hospedeiro humano, penetram na pele e são levadas pelos vasos sanguíneos 
até o coração e a seguir até o pulmão. As larvas penetram os alvéolos 
pulmonares, ascendem a árvore brônquica até a faringe e são deglutidas. As 
larvas alcançam o intestino delgado, onde se transformam em adultos. 
Vermes adultos residem na luz do intestino delgado. Se ligam à parede 
intestinal, se alimentam de sangue (resultando em perda de sangue pelo 
hospedeiro) e produzem ovos 
→ Sintomas: erupção cutânea pruriginosa no local em que as larvas penetram a 
pele, febre, tosse, respiração sibilante, dor abdominal, perda de apetite e 
diarreia 
→ Infecção intestinal crônica pode levar à anemia por deficiência de ferro, 
causando palidez, dispneia, fraqueza, taquicardia, cansaço e edema periférico 
→ Tratamento: Alendazol ou Mebendazol 
 
 
➢ Ascaris lumbricoides 
→ Doença: Ascaridíase 
→ Ciclo: Os ovos são excretados nas fezes. Os ovos não fertilizados podem ser 
ingeridos, mas não são infecciosos. No meio ambiente, os ovos fertilizados, 
dependendo das condições, se tornam embrionários e infecciosos entre 18 
dias e algumas semanas; as condições ideais são solo úmido, quente e 
sombreado. Ovos infecciosos são deglutidos. No intestino delgado, os ovos 
eclodem em larvas. As larvas penetram a parede do intestino delgado e 
migram via circulação porta até o fígado, a seguir via circulação sistêmica até 
os pulmões, onde amadurecem ainda mais (em 10 a 14 dias). As larvas 
penetram as paredes alveolares, ascendem a árvore brônquica até a garganta 
e são deglutidas. A seguir retornam ao intestino delgado, onde se 
transformam em vermes adultos 
→ Seres humanos são infectados por A. lumbricoides quando ingerem os ovos, 
muitas vezes em alimentos contaminados por fezes humanas. A infecção 
também pode ocorrer quando se coloca na boca mãos ou dedos com sujeira 
contaminada. 
→ Sintomas: A presença de um grande número de vermes pode provocar 
cólicas abdominais e, por vezes, sua obstrução 
→ Tratamento: Albendazol, Mebendazol ou Ivermectina 
 
➢ Trichinella spiralis 
→ Doença: Triquinose 
→ Ciclo: Animais que se alimentam (porcos) ou comem (ursos, raposas, javalis) 
outros animais, adquirem triquinose pela ingestão de carne contendo cistos 
(larvas encistadas) de Trichinella spp. Seres humanos podem ser 
acidentalmente infectados quando comem carne crua, mal cozida ou 
subprocessada de animais infectados. Após a exposição ao ácido gástrico e 
pepsina, as larvas são liberadas a partir dos cistos no intestino delgado e 
penetram na mucosa. Lá, elas se desenvolvem em vermes adultos. Depois de 
1 semana, as fêmeas liberam larvas que migram para os músculos estriados, 
onde encistam. O ciclo continua somente se larvas encistadas forem ingeridas 
por outro carnívoro 
→ Tratamento: Albendazol ou Mebendazol, tomado por via oral, elimina os 
vermes adultos do intestino, mas possui pouco efeito nos cistos do músculo 
 
 
Filarioses 
➢ Wuchereria bancrofti 
→ Doença: Filariose linfática (conhecida como elefantíase) 
→ Vetor: Culex quinquefasciatus 
→ Habitat: sistema linfático do hospedeiro 
→ Durante o dia: capilares profundos dos pulmões 
→ Durante a noite: capilares superficiais da pele (fatores físicos, como a noite, e 
químicos, como o sono influenciam a migração) 
→ São detectados em exames de sangue entre as 22h e 4h 
→ Ciclo: ingestão de microfilárias pelo Culex. Dentro do mosquito as 
microfilárias vão se transformar em larvas rabditoides e depois se transformar 
em larvas infectantes, filarioides, que vão migrar para a probóscida do 
mosquito e sair durante o repasto sanguíneo contaminando um novo 
hospedeiro 
→ Sintomas: inflamação dos glânglios e dos vasos, edema escrotal, obstrução e 
rompimento dos vasos linfáticos, derramamento linfático 
→ Tratamento: Detilcarbamazina e Ivermectina 
 
 
 
➢ Onchocerca volvulos 
→ Doença: Oncocercose 
→ Habitat: Nódulos subcutâneos (oncocercomas) 
→ Vetor: mosquito do gênero Simulium 
→ Ciclo: os mosquitos do gênero Simulium ingerem as microfilárias existentes 
na pele e nos oncocercomas durante seu repasto sanguíneo. As larvas 
filarioides, que são infectantes, surgem depois de 1 a 3 semanas de 
desenvolvimento na musculatura torácica e migram para a probóscida do 
mosquito. Durante o repasto sanguíneo do vetor, as larvas presentes em sua 
probóscida penetram ativamente na pele. No hospedeiro definitivo, os adultos 
desenvolvem-se 6 a 12 meses depois 
→ Sintomas: dermatite, inflamação dos linfonodos, lesões oculares 
→ Tratamento: Detilcarbamazina e Ivermectina 
 
 
 
➢ Dracunculos medinensis 
→ Doença: Dracunculose 
→ Ciclo: Os humanos são infectados ao ingerirem água potável contendo 
microcrustáceos infectados (copépodes) contaminados por larvas de D. 
Medinensis. Após a ingestão, os copépodes morrem e liberam as larvas, que 
penetram o estômago e a parede intestinal e penetram na cavidade 
abdominal e no espaço retroperitoneal. Depois das larvas se transformarem 
em adultos e copularem, os vermes machos morrem, e as fêmeas migram 
pelo tecido subcutâneo até a superfície da pele. Cerca de 1 ano após a 
infecção, o verme fêmea induz uma pápula (bolha) endurecida na pele, 
geralmente na parte distal do membroinferior. A pápula com o tempo ulcera. 
Quando essa lesão entra em contato com a água (tipicamente os pacientes 
mergulham o membro afetado na água para aliviar o intenso desconforto), o 
verme fêmea emerge e libera larvas. As larvas são ingeridas por um 
copépode. Após 2 semanas, as larvas tornam-se infecciosas. Quando os 
humanos ingerem os copépodes, o ciclo é concluído 
→ Sintomas: O paciente apresenta uma lesão cutânea dolorosa do tipo 
inflamatório, contendo um verme adulto, e artrite debilitante 
→ Em contato com a água uma alça uterina do verme sofre prolapso na pele e 
libera larvas móveis 
→ Se o verme é quebrado durante a expulsão ou a extração, ocorre uma reação 
inflamatória intensa, causando dor incapacitante 
→ A fase crônica da infecção está associada com inflamação e dor nas 
articulações e outros sinais de artrite 
→ Tratamento: remoção lenta do verme adulto. Não existe medicamento anti-
helmíntico eficaz para essa doença 
→ Prevenção: filtração da água 
 
 
➢ Dilofilaria immitis 
→ Doença: Dirofilariose 
→ HD: cão, ocasionalmente o gato e raramente humanos 
→ Vetor: Culex, Anopheles ou Aedes 
→ Ciclo: As fêmeas são vivíparas, incubam os ovos no útero e liberam larvas de 
primeiro estágio (L1) para o sangue circulante, as quais se alojam na pele. As 
microfilárias são ingeridas pelo artrópode durante o repasto sanguíneo. No 
interior do mosquito ou de outro artrópode, as microfilárias se desenvolvem 
até atingir o terceiro estágio larvar (L3) migrando rapidamente até as partes 
bucais do hospedeiro invertebrado, sendo, então, depositadas na pele do 
animal pelos mosquitos, durante novo repasto sanguíneo. As L3 adentram a 
pele do novo hospedeiro pelo local da picada do mosquito e, após vários 
meses de migração e maturação, alcançam as artérias pulmonares 
→ Sintomas: dor toráxica, tosse, febre, hemoptise e dispneia 
 
➢ Mansonella ozzardi 
→ Doença: Mansonelose 
→ Vetor: Mosquito Culicoides e Simulium amazonicum (borrachudos) 
→ Sintomas: febre, cefaleia, dores articulares e disseminação de filárias para os 
tecidos e sangue 
→ Ciclo: durante o repasto sanguíneo um mosquito infectado introduz larvas 
filariais de terceiro estágio na pele do hospedeiro humano, onde penetram na 
ferida da picada. Eles se desenvolvem em adultos que residem na derme. Os 
adultos produzem microfilárias que residem na pele, mas também podem 
atingir o sangue periférico. O mosquito vetor ingere as microfilárias durante 
uma refeição de sangue. Após a ingestão, as microfilárias migram do intestino 
médio do mosquito através da hemocele até os músculos torácicos. á, as 
microfilárias se desenvolvem em larvas de primeiro estágio e, posteriormente, 
em larvas de terceiro estágio. As larvas de terceiro estágio migram para a 
probóscide do mosquito e podem infectar outro ser humano quando o 
mosquito fizer repasto sanguíneo 
→ Tratamento: Ivermectina e Dietilcarbazamina

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