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Prévia do material em texto

Luciane Rosa de Oliveira
Contabilidade 
de custos
Unidade 1
Livro Didático 
Digital
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor 
LUCIANE ROSA DE OLIVEIRA
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Olá. Meu nome é Luciane Rosa de Oliveira. Sou formada 
em Administração de Empresas e em Ciências contábeis, além 
de possuir Mestrado em Administração e formação pedagógica 
o que propicia a licenciatura no curso de Administração, com 
uma experiência técnico-profissional na área de Planejamento 
através de projetos e ainda conhecimento na área empresarial 
de mais de 14 anos. Passei por empresas como Prefeituras, 
empresas do ramo farmacêutico e agropecuário, sendo que 
além da experiência em empresas descobri uma nova paixão que 
é a docência, então desde 2012 atuo como docente trabalhando 
com ensino técnico e posteriormente com nível superior. Sou 
apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha experiência 
de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso 
fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de 
autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você 
nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo 
Autor 
LUCIANE ROSA DE OLIVEIRA
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimen-
to de uma nova 
competência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar 
um novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram 
que ser prioriza-
das para você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado 
ou detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e 
links para aprofun-
damento do seu 
conhecimento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma ativi-
dade de autoapren-
dizagem for aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
Iconográficos
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo pro-
jeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de 
aprendizagem toda vez que:
SUMÁRIO
Introdução......................................................................................10
Competências................................................................................11
Contabilidade de custos............................................................12
Como é formado o preço de venda de um produto...............12
Terminologia contábil.....................................................................................13
 Gasto..........................................................................................................13
 Desembolso..........................................................................................13
 Investimento.........................................................................................14
 Custo..........................................................................................................14
 Despesa...................................................................................................15
 Perda..........................................................................................................16
Conceito de Contabilidade de custos................................................17
Conceito de contabilidade gerencial.................................................19
Contabilidade financeira..............................................................................21
Princípios básicos para avaliação de estoques................23
Princípios contábeis........................................................................................23
 Entidade..................................................................................................23
 Continuidade.......................................................................................24
 Oportunidade.......................................................................................25
 Registro pelo Valor original......................................................26
 Atualização monetária..................................................................27
 Competência.......................................................................................29
 Prudência...............................................................................................29
Princípios contábeis aplicados a custos..........................................31
Método de apuração de custos..............................................32
Método de absorção......................................................................................32
Método baseado em atividades............................................................32
Método baseado no custeio variável e direto.............................33
Método de custeio padrão........................................................................34
 Custo Padrão corrente.................................................................35
 Custo Padrão Ideal..........................................................................35
Método RKW.......................................................................................................36
Método de custeio por absorção............................................39
Modelo para apresentação do DRE....................................................42
Bibliografia.....................................................................................46
Contabilidade de custos 9
UNIDADE
01
CONTABILIDADE DE CUSTOS
Contabilidade de custos10
Você sabia que a área de contabilidade de custos é 
uma das mais demandas na indústria, do comércio e da 
prestação de serviços em empresas públicas e privadas? 
E será responsável pela geração de mais de inúmeros 
empregos nos próximos 10 anos? Isso mesmo. A área de 
contabilidade de custos faz parte da contabilidade de 
uma empresa, sendo base para a contabilidade gerencial 
que é aquele que faz a tomada de decisões. Sua principal 
responsabilidade é entender aonde os recursos da empresa 
estão sendo alocados, entendendo o que são custos e 
o que são despesas dentro da empresa, pois os gastos 
da empresa podem ser assim divididos como custos, 
despesas, perdas, investimentos. Na contabilização de uma 
empresa precisa compreender os princípios contábeis que 
estão apresentados por resolução do CFC e com essa base 
serão determinadas as formas de custeio dentro de uma 
empresa. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai 
mergulhar neste universo!
INTRODUÇÃO
Contabilidade de custos 11
Olá. Seja muito bem-vindo àUnidade 1 Contabilidade 
de custos.Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento 
das seguintes competências profissionais até o término 
desta etapa de estudos:
1. Compreender como funciona a contabilidade de 
custos entendendo a diferença entre a contabilidade de 
custos gerencial e financeira;
2. Identificar os principais princípios para avaliação de 
estoque;
3. Entender as diferenças para apuração de custos;
4. Conhecer como funciona o custeio por absorção;
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo 
ao conhecimento? Vamos compreender como funciona a 
contabilidade de custos e sua importância para a gestão de 
uma organização. Então vamos Ao trabalho!
Aqui você vai compreender como funciona a 
contabilidade de custos suas terminologias e conceitos 
básicos bem como as formas de avaliação de estoque. 
Esse conteúdo é essencial para você compreender o 
funcionamento de uma empresa!!!Vamos Lá e bons 
estudos!!!
COMPETÊNCIAS
Contabilidade de custos12
Contabilidade de custos 
Ao término desta competência você será capaz de 
entender como funciona a contabilidade de custos de uma 
empresa. Isto será fundamental para o exercício de sua 
profissão. Entender os custos de uma empresa é fundamental 
para a formação de preços e verificar a lucratividade de 
uma empresa. As organizações que não conhecem seus 
custos estão fadadas ao insucesso . E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
Como é formado o preço de venda de um 
produto
Você já deve ter ido a uma loja e visto certo produto 
por um preço. Ao chegar a uma loja concorrente, o mesmo 
produto, com o preço de venda mais caro ou mais barato. 
Não é mesmo? Por isso no Brasil na hora de fazer suas 
compras é importante uma pesquisa de preço pois o 
mesmo produto pode estar sendo oferecido com preços 
diferentes. Mas porque isso ocorre? 
Na formação do preço de venda existem várias 
variáveis, mas uma é essencial e muito relevante que é 
o custeio, ou seja entender os custos dentro da empresa. 
Cada empresa terá seus custos próprios como água luz, 
funcionários... Por isso na formação de preço as vezes eles 
podem variar de uma empresa para outra empresa. 
VOCÊ SABIA?:
A variação de preço pode ocorrer até na mesma 
empresa, o mesmo produto por exemplo 
um celular pode variar de preço da loja física 
para a loja virtual, uma vez que os custos com 
transporte, armazenagem podem ser levados em 
consideração. 
Contabilidade de custos 13
Terminologia contábil 
Mas afinal quais são os custos de uma empresa? 
Será que tudo que se paga dentro da empresa pode 
ser considerado custo? Dentro da organização teremos 
diferentes desembolsos que podem ser custos, despesas, 
investimentos. Não confunda pois não é a mesma coisa!
Primeiramente precisamos definir diferentes termos 
que referem-se ao desembolso de valor que pode ser 
gasto, desembolso, investimento, custo, despesa e perda. 
Entenda um pouco de cada um desses termos: 
Gasto
Gasto é o valor desembolsado, pago por algum 
produto, serviço dentro da organização, ou seja é algo que 
a empresa precisa realizar o pagamento normalmente com 
dinheiro. 
DEFINIÇÃO:
Define Gasto como a Compra de um produto ou 
serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro 
para a entidade (desembolso), sacrifício esse 
representado por entrega ou promessa de entrega 
de ativos (normalmente dinheiro). ( Martins, p.9, 
2018)
Dessa forma entenda gasto como um conceito amplo, 
pois toda aquisição dentro da empresa será um gasto e 
contabilizado a sua efetiva necessidade de pagamento. 
Desembolso
 Desembolso é termo usado para efetivo pagamento 
de um bem ou produto. Dessa forma o desembolso pode 
ser feito de forma antecipada ou postergada. 
Contabilidade de custos14
DEFINIÇÃO:
Para Martins, (p.9, 2018) Pagamento resultante da 
aquisição do bem ou serviço. 
DEFINIÇÃO:
Gasto ativado em função de sua vida útil ou 
de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s). 
( Martins, p.10, 2018) 
DEFINIÇÃO:
Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na 
produção de outros bens ou serviços. ). ( Martins, 
p.10, 2018) 
Investimento
Toda empresa precisa de investimento, seja para 
novos produtos, novos serviços. Investimento é o termo 
que se refere a aquisição de algo que amplie a capacidade 
produtiva dentro de uma organização. Por definição temos:
Custo
Custo é termo denominado a um gasto para a 
produção de algo, por definição temos que:
 O custo de um produto pode ser contabilizado 
de forma direta, indireta variável ou fixa, termos que serão 
aprofundados nos próximos capítulos. 
Contabilidade de custos 15
DEFINIÇÃO:
Bem ou serviço consumido direta ou 
indiretamente para a obtenção de receitas.. ( 
Martins, p.10, 2018) 
Despesa
Toda organização tem despesas. Esses valores pagos 
e não estão diretamente ligados a produção. Dessa forma 
podemos citar as despesas como pagamento de uma 
propaganda por exemplo. 
Figura 1: Anúncio da coca cola 
Fonte: Pixabay
 A propaganda é a alma do negócio, mas ela é 
contabilizada como uma despesa, é um valor pago que 
indiretamente ajudará a empresa a obter receitas.
Contabilidade de custos16
Perda
Perda é todo bem ou serviço que é perdido de forma 
involuntária, como por exemplo a perda por excesso de 
produção.
DEFINIÇÃO:
Bem ou serviço consumido de forma anormal e 
involuntária. (Martins, p.10, 2018) 
Figura 2: Perda
Fonte: Pixabay
 No exemplo da figura 2 o produtor de maças deve 
ter vendido as maças com melhor aparência, sendo que as 
maças fora do padrão são rejeitadas, trazendo assim uma 
perda. 
Contabilidade de custos 17
VOCÊ SABIA?:
Que no Brasil o agronegócio e a produção agrícola 
é responsável pelo saldo positivo na Balança 
comercial? Mas temos um grande problema que 
é o desperdício dos alimentos, o que traz uma 
perda de valor ao produto. Cerca de 30% do que é 
produzido é perdido, de acordo com a Organização 
das Nações Unidas para a Alimentação e a 
Agricultura (FAO) divulgou que em 2019 1,3 bilhão 
de toneladas de alimentos são perdidos ocorrendo 
no final da cadeia sendo normalmente no varejo 
Fonte: https://observatorio3setor.org.br/noticias/
brasil-desperdica-26-milhoes-de-toneladas-de-
alimentos-por-ano/
Conceito de Contabilidade de custos
Podemos definir o termo “contabilidade de custos” 
dentro do contexto organizacional da seguinte maneira:
DEFINIÇÃO:
“Contabilidade de custos” representa o ramo 
de estudo da contabilidade que analisa todos 
os custos envolvidos na produção de algo, na 
transformação de uma matéria prima visando 
agregar valor, sendo que normalmente é usada 
na indústria. Nada impede de ser usado em 
outros ramos, pois visa identificar os custos 
para produzir algo. (Martins, 2018)
 Em outras palavras, a contabilidade de custos 
estuda todos os gastos, desembolsos de uma empresa, na 
produção de um bem ou serviço, que traga benefícios para 
a empresa visando extrair deles a maior vantagem possível 
https://observatorio3setor.org.br/noticias/brasil-desperdica-26-milhoes-de-toneladas-de-alimentos-po
https://observatorio3setor.org.br/noticias/brasil-desperdica-26-milhoes-de-toneladas-de-alimentos-po
https://observatorio3setor.org.br/noticias/brasil-desperdica-26-milhoes-de-toneladas-de-alimentos-po
Contabilidade de custos18
para a organização. Ela nasceu da contabilidade financeira 
devido a necessidade de avaliar os estoques das indústrias. 
Mas hoje a Contabilidade de custos pode ser usada em 
qualquer tipo de organização.
Exemplo: A Contabilidade de custos embora tenha 
nascido como uma necessidade de avaliação de produtos, 
para compreender quais eram os mais rentáveis nas 
indústrias de manufatura hoje pode ser aplicada nas 
empresas de comércio em geral bem como ao setor de 
prestação de serviços: como nas instituições financeiras, na 
área da saúde como em clinicas e hospitais, nas instituições 
de ensino, nas empresas de consultoria empresarial ou 
ainda em empresas que prestam serviço nas auditorias. 
Podemos entender que a Contabilidade de custos 
dentro das organizações tem três funções relevantes, 
sendo elas:
 O auxílio ao planejamento;
 Ao controle; 
 E prestar as informações para tomada de decisão
Figura 3: Funções da contabilidade de custos
Fonte: Autora com base em (Martins, 2018)
Contabilidade 
de custos
Controle
Tomada de 
decisãoPlanejamento
Contabilidade de custos 19
Como a contabilidade de custos promove as 
informações como as previsões de custos, de vendas, no 
controle pois é possível averiguar se o que foi planejado 
está sendo executado auxiliando assim na tomada de 
decisões dentro da organização . 
Conceito de contabilidade gerencial 
As empresas normalmente visam ao lucro, as 
indústrias, comerciais e prestadores de serviço. Dessa forma 
o gestor precisa administrar os recursos visando aumentar 
esse lucro, que pode ser o aumento da produção ou novos 
investimentos.Cabe então aos gestores tomarem essas 
decisões com base em dados. A contabilidade gerencial é 
uma parte da contabilidade que com base na contabilidade 
de custos que auxilia o gestor para a tomada de decisões, 
visando resultados positivos para a organização. Dessa 
forma podemos definir a contabilidade de custos com base 
em Martins (2018)
DEFINIÇÃO:
Contabilidade gerencial é um ramo da 
contabilidade, um campo amplo, mas com 
base na contabilidade de custos, visando unir 
informações relevantes afim de proporcionar 
ao gestor informações relevantes na tomada de 
decisão. (Martins, 2018)
Então a contabilidade de custos é uma parte essencial 
para a tomada de decisões hoje as organizações contam 
com Sistemas de informações gerenciais com uso de 
programas próprios que auxiliam na tomada de decisões. 
O Sistema de Informações gerenciais usam informações 
da Contabilidade de custos, do orçamento da empresa, 
Contabilidade de custos20
da contabilidade financeira e da contabilidade gerencial 
fazendo o cruzamento destes dados para auxiliar o gestor 
na tomada de decisões.
Figura 4: Sistema de Informações Gerenciais
Fonte: Martins, 2018
ACESSE:
Leia o artigo “ A Pesquisa em contabilidade 
gerencial no Brasil: Desenvolvimento, 
dificuldades e oportunidades” artigo de 2015 da 
Revista Universo contábil, que traz a evolução 
da contabilidade gerencial, por entender que 
este ramo é bastante recente e no Brasil tem 
ocorrido muitas mudanças nas ultimas décadas. 
Acesse através do endereço: https://gorila.furb.
br/ojs/index.php/universocontabil/article/
view/4774/2952 
https://gorila.furb.br/ojs/index.php/universocontabil/article/view/4774/2952
https://gorila.furb.br/ojs/index.php/universocontabil/article/view/4774/2952
https://gorila.furb.br/ojs/index.php/universocontabil/article/view/4774/2952
Contabilidade de custos 21
Contabilidade financeira 
Dentro da gestão de uma empresa alguns 
demonstrativos auxiliam o administrador/contador 
na tomada de decisão, sendo que a área dentro da 
contabilidade que analisa os demonstrativos contábeis 
é essencial a análise das demonstrações dentro da 
contabilidade financeiras, indicando se a empresa foi 
bem-sucedida. Essas informações são essenciais para que 
os investidores, pois através delas são tomadas as decisões 
com relação ao investimento, pois se a empresa continuar 
a vender produtos e/ou serviços por preço superior ao 
seu custo, isso gerará resultados que permitirão aos 
investidores aumentar sua riqueza. ( Salazar, 2004) 
A contabilidade é essencial dentro das empresas 
tendo grandes áreas a contabilidade de custos a gerencial e 
a financeira. Essas contabilizações geram informações que 
são indispensáveis para o gestores na tomada de decisões 
visando informações principalmente para a elaboração do 
preço de venda. 
Contabilidade de custos22
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo 
deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. 
Você deve ter aprendido que existem diferenças 
entre a contabilidade de custos, contabilidade 
gerencial e contabilidade financeira sendo que a 
contabilidade de custos embasa a contabilidade 
gerencial para a tomada de decisões. Que existem 
diferenças entre os desembolsos financeiros 
que podem ser custos que podem ser diretos 
ou indiretos fixos e variáveis, que são ligados 
aos produtos ou serviços, podem ser despesas 
que auxiliam no aumento da receita, perdas ou 
investimentos que são valores que a empresa 
disponibiliza para novos negócios com o intuito 
de aumentar o lucro da empresa. Ainda neste 
capítulo ficou claro a importância da interligação 
entre a contabilidade de custos, do orçamento 
da empresa a contabilidade financeira e a 
contabilidade gerencial através de um sistema de 
informações gerenciais que essas informações 
são transformadas em dados que auxiliam de 
forma decisiva para a tomada de decisão por parte 
do gestor. 
Contabilidade de custos 23
Princípios básicos para avaliação de 
estoques
Princípios contábeis 
Com base na Resolução do CFC número 750 de 29 
de dezembro de 1993, entendendo a importância desta 
ciência que tem como objeto mais amplo é o patrimônio 
das empresas, desta forma ficam instituídos na forma de 
lei, os sete princípios contábeis pelo Conselho Federal 
de Contabilidade sendo eles: Entidade, Continuidade, 
Oportunidade, Registro pelo Valor original, - Atualização 
monetária, Competência e Prudência.
Entidade
O princípio da Entidade é aquele que refere que a 
empresa possuirá uma identidade, sendo a empresa terá 
seu patrimônio próprio independente do patrimônio de 
seus sócios, diferenciando assim o patrimônio da pessoa 
física da pessoa jurídica, conforme o artigo Art. 4º do 
Resolução CFC 750/ 1993. 
Art. 4º. O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio 
como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia 
patrimonial, a necessidade da diferenciação de um 
Patrimônio particular no universo dos patrimônios 
existentes, independentemente de pertencer a uma 
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou 
instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou 
sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o 
Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios 
ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.  
 
Contabilidade de custos24
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, 
mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação 
contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova 
ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-
contábil
 
Crepaldi e Crepaldi (2018) ainda corrobora que devem 
ser considerados dois aspectos sobre esse princípio: a 
importância da separação entre os patrimônios entre a 
entidade e a pessoa (dono, sócio da empresa) uma vez 
definida uma entidade, deve ocorrer a separação entre os 
recursos, direitos e obrigações com os de outras entidades. 
Outro ponto é com relação ao registro contábil sendo que 
na aquisição de um produto de um fornecedor trará a 
obrigatoriedade do registro tanto da empresa compradora 
como da fornecedora sendo assim registros contábeis 
diferentes.
Continuidade
De acordo com o Art. 5º do Resolução CFC 750/ 
1993, a empresa precisará dar continuidade, levando em 
consideração as circunstâncias que estão ocorrendo. 
 
Art. 5º. O Princípio da Continuidade pressupõe que a 
Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, 
a mensuração e a apresentação dos componentes do 
patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação 
dada pela Resolução CFC nº. 1282/10) 
 
Fica definido o pressuposto de que a empresa 
continuará existindo por tempo indeterminado. Sendo que 
em casos específicos onde a empresa estará em processo 
de extinção a mesma será tratada contabilmente de forma 
distinta.( CREPALDI E CREPALDI, 2018) 
Contabilidade de custos 25
Oportunidade
De acordo com o Art. 6º do Resolução CFC 750/ 1993, 
que as informações sobre a mensuração do patrimônio 
dentro da empresa deverão ser integras e tempestivas.
 
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se 
ao processo de mensuração e apresentação 
dos componentes patrimoniais para 
produzir informações íntegras e tempestivas.  
 
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade 
na produção e na divulgação da informação contábil 
pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é 
necessário ponderar a relação entre a oportunidade 
e a confiabilidade da informação. (Redação dada pela 
Resolução CFC nº. 1282/10) 
Crepaldi e Crepaldi (p 7, 2018) determina que o Princípio 
da oportunidade deve considerar quatro pressupostos 
sendo que:
a) que o registro do patrimônio e de suas posteriores 
mutações deve ser feito de imediato e de forma integral, 
independentemente das causas que as originaram; 
b) desde que tecnicamente estimável, o registro das 
variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese 
desomente existir razoável certeza de ocorrência; 
c) registro compreende os elementos quantitativos 
e qualitativos, contemplando os aspectos físicos e 
monetários;
d) o registro deve ensejar o conhecimento universal 
das variações ocorridas no patrimônio da Entidade, em 
um período determinado, base necessária para gerar 
informações úteis ao processo decisório da gestão.
Contabilidade de custos26
Registro pelo Valor original
De acordo com o Art. 7º o registro pelo valor original 
define que o registro nos ativos e passivos serão em 
moeda nacional, hoje no Brasil sendo o Real conforme a 
Resolução CFC 750/ 1993 que assim segue: 
 
Art. 7º. O Princípio do Registro pelo Valor Original 
determina que os componentes do patrimônio devem 
ser inicialmente registrados pelos valores originais 
das transações, expressos em moeda nacional.  
 
§ 1º. As seguintes bases de mensuração devem 
ser utilizadas em graus distintos e combinadas, 
ao longo do tempo, de diferentes formas:  
 
I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores 
pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa 
ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para 
adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados 
pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da 
obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em 
caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários 
para liquidar o passivo no curso normal das operações; e  
 
II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao 
patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, 
podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:  
 
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em 
caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos 
se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na 
data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos 
são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de 
Contabilidade de custos 27
caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a 
obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis;  
 
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em 
caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos 
pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos 
pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, 
que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes 
obrigações no curso normal das operações da Entidade;  
 
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, 
descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa 
que se espera seja gerado pelo item no curso normal 
das operações da Entidade. Os passivos são mantidos 
pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída 
líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar 
o passivo no curso normal das operações da Entidade;  
 
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou 
um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a 
isso, em uma transação sem favorecimentos; e 
 
 Crepaldi e Crepaldi (2018) a importância da analise do 
custo histórico a variação do custo corrente valor realizável, 
do valor presente do valor justo considerando a atualização 
monetária.
 Atualização monetária
De acordo com o Art. 7º, letra E, da Resolução CFC 
750/ 1993, para os efeitos contábeis deverão considerar as 
atualizações monetárias que ficam definidos no Parágrafo 
segundo que poderão ocorrer por mudança na moeda, 
uma nova avaliação. De acordo com a resolução podemos 
entender que:
Contabilidade de custos28
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder 
aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos 
registros contábeis mediante o ajustamento da expressão 
formal dos valores dos componentes patrimoniais.  
 
§ 2º. São resultantes da adoção da atualização monetária:  
 
I – a moeda, embora aceita universalmente 
como medida de valor, não representa unidade 
constante em termos do poder aquisitivo;  
 
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter 
os valores das transações originais, é necessário 
atualizar sua expressão formal em moeda nacional, 
a fim de que permaneçam substantivamente 
corretos os valores dos componentes patrimoniais 
e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e  
 
III – a atualização monetária não representa nova 
avaliação, mas tão somente o ajustamento dos valores 
originais para determinada data, mediante a aplicação de 
indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação 
do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado 
período. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1282/10)  
 
Nota: o artigo 8º, seu § único, e os incisos I, II e III, que 
tratavam do Princípio da Atualização Monetária foram 
revogados pela Resolução CFC nº. 1282/10
Competência
De acordo com o Art. 9º do Resolução CFC 750/ 
Contabilidade de custos 29
1993º Princípio da competência se refere que as despesas e 
as receitas sejam reconhecidas no período que se referem 
independente do pagamento tenha sido realizado em outro 
período. De acordo com a resolução podemos entender que:
Art. 9º. O Princípio da Competência determina que os efeitos das 
transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos 
a que se referem, independentemente do recebimento ou 
pagamento. Parágrafo único. O Princípio da Competência 
pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de 
despesas correlatas. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 
1282/10). 
 
Prudência
De acordo com o Art. 10º do Resolução CFC 750/ 
1993 , o Princípio da Prudência fala da necessidade do uso 
da prudência com relação as estimativas dos valores para 
ativo e para o passivo, determinando que para ativo sejam 
utilizados valores superestimados e que nas despesas não 
sejam estimados valores subestimados. De acordo com a 
resolução podemos entender que:
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção 
do menor valor para os componentes do ATIVO e do 
maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem 
alternativas igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.  
 
Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego 
de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos 
necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no 
sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que 
passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior 
Contabilidade de custos30
confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos 
componentes patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC 
nº. 1282/10) 
Figura 5: Princípios contábeis 
Fonte: Criado pela autora com base CFC 750/1993 
Entidade
Continuidade
Oportunidade
Principios 
Contábeis Atualização 
monetária
Registro pelo
valor original
Competência
Prudência
Contabilidade de custos 31
Princípios contábeis aplicados a custos
De acordo com Crepaldi Crepaldi (2018) Os princípios 
contábeis que são utilizados na contabilidade de custos 
são:
 Princípio da Entidade;
 Princípio da Continuidade;
 Princípio da oportunidade;
 Princípio pelo Registro do Valor original;
 Princípio da competência 
 Principio da prudência;
Crepaldi e Crepaldi (2018) afirma que existem 
vantagens e desvantagens na contabilidade de custos com 
o regime de competência (DRE), demonstra a estrutura 
financeira da sua empresa está correta, se o modelo de 
negócio vigente faz sentido, sem considerar as flutuações 
de curto prazo. Tendo como desvantagem, que o DRE não 
está preocupado com o que está ocorrendo de fato na 
empresa, não considerando o dinheiro em caixa, ou seja, o 
fluxo de caixa.
Ainda sobre o princípio do Regime de caixa a 
Vantagem é de gerenciar a liquidez da empresa através do 
fluxo de caixa, ou seja, a capacidade da empresa em pagar 
seus compromissos. Essa análise deve ser feita quando a 
empresa está com uma boa projeção de futuro, mas no 
curto prazo se encontra emsituação financeira desfavorável. 
Mas a visão de caixa acaba sendo uma desvantagem não 
consegue aferir o real resultado operacional da empresa. 
Crepaldi e Crepaldi (2018)
Contabilidade de custos32
Método de apuração de custos
 Na formação de preço de venda e entender a 
lucratividade de uma empresa é essencial conhecer quais 
os métodos a empresa utiliza para a contabilização dos 
seus custos Os métodos de apuração utilizados são o de 
absorção, baseado em atividades, método variável ou 
direto, método padrão e RKW. Nos próximos capítulos você 
vai entender um pouco sobre cada um desses métodos: 
Método de absorção
O método de absorção é bastante utilizado pelas 
empresas e tem como base a utilização do DRE sendo 
assim definido: 
DEFINIÇÃO:
O custeio por Absorção é um método que no 
Brasil está contemplado nos pronunciamentos 
CPC 16, no que tange a valoração dos 
estoques. Este método deriva da aplicação dos 
Princípios de Contabilidade, apropriando todos 
os custos de produção aos bens elaborados, 
dessa forma analisa apenas os custos de 
produção, analisando o que foi investido, seus 
gastos relativos ao esforço de produção serão 
distribuídos para todos os produtos no caso 
da industria ou nos serviços oferecidos pela 
empresa. (Martins, 2018)
Método baseado em atividades
O método de baseado por atividade é assim definido:
Contabilidade de custos 33
DEFINIÇÃO:
O método por atividade ou método ABC utiliza 
todos os custos como os de insumos e de 
mão de obra e não se limita apenas no custeio 
dos produtos dessa forma é uma ferramenta 
essencial para a gestão estratégica de custos 
dentro de uma organização, sendo então um 
método de custeio que apresenta os custos 
lógicos de um produto e não apenas um rateio. 
(Martins, 2018)
DEFINIÇÃO:
O método de custeio variável e direto analisa 
todos os Custos Diretos e variáveis alocados na 
produção do bem. (Martins, 2018)
Método baseado no custeio variável e direto 
Uma outra forma de realizar análise dos custos é 
através do método baseado no custo variável e direto. 
Pensemos na produção de um pão. Por esse método serão 
analisados os custos com a farinha, com o fermento e os 
demais ingredientes que serão usados de forma direta na 
produção deste bem. 
Mas no momento da produção existem os custos 
indiretos e fixos que são medidos através de estimativas, 
utilizando critérios de rateio, ou uma previsão, sendo que 
por ser uma estimativa poderão ter um certo subjetivismo 
por parte do gestor. (Martins, 2018)
Voltando ao exemplo anterior da produção do pão, 
existem outros custos como o da água para manter a 
produção da padaria. Essa água é um custo fixo e indireto. 
Contabilidade de custos34
Dessa forma no método de custeio variável e direto ocorrerá 
uma arbitrariedade pois no cálculo do custo o valor desta 
“água” deve ser considerado por meio de uma estimativa, 
e nas empresas sempre ocorrerá nessas alocações, sendo 
que às vezes ela existirá em nível bastante aceitável, e 
em outras oportunidades só a aceitamos por não haver 
alternativas melhores, como no exemplo citado. (Martins, 
2018)
Método de custeio padrão
Existe outras formas para calcular os custos de um 
produto, outro exemplo é o Método de custeio padrão que 
ocorre quando a empresa fixa um valor que visa alcançar. 
DEFINIÇÃO:
O método de custeio padrão é aquele onde 
uma empresa determina os custos de uma 
forma fixa, ou seja, determina uma meta para 
um período normalmente de um ano, sendo 
um valor difícil a ser alcançado, mas dentro dos 
limites da empresa. (Martins, 2018)
Esse método tem como base os custos anteriores e 
então analisa as deficiências da empresa como a qualidade 
de materiais, mão de obra, equipamentos. Após essa 
análise a empresa fixa um valor como meta para o próximo 
período, para um determinado produto ou serviço. (Martins, 
2018)
Mas o custeio padrão pode ser de duas formas: Custo 
Padrão Corrente e Custo Padrão Ideal. 
Contabilidade de custos 35
Figura 6:Custo Padrão 
Fonte: autora com base em Martins, 2018
Custo Padrão
Corrente
Curto prazo 
com base na 
realidade da 
empresa
Ideal
Para longo prazo 
analisando o que 
é mais eficiente 
para a empresa
Custo Padrão corrente
O custo padrão corrente tem como meta o curto e 
o médio prazo e considera todos os custos analisando 
as ineficiências da empresa, considera os custos através 
de estudos teóricos e os testes práticos considerando os 
fatores de produção, as máquinas que a empresa possui, 
sua capacidade produtiva e ainda analisa a sua capacidade 
de recursos humanos e produtividade. Essa previsão é feita 
através de cálculos considerando a realidade da empresa. 
(Martins, 2018)
Custo Padrão Ideal 
O custo padrão ideal é aquele que analisa a empresa 
em longo prazo, normalmente para um período de cinco 
anos e considera apenas os custos que não podem ser 
eliminados, considerando os melhores fatores de produção, 
mesmo que a empresa não possua capital para a aquisição 
destes equipamentos naquele momento. (Martins, 2018)
Contabilidade de custos36
Método RKW
Outra forma de custeio utilizado pelas empresa 
industriais e comerciais para a formação dos preços de 
venda dos produtos, esse é o método RKW que pode ser 
definido como: 
DEFINIÇÃO:
O RKW, que é uma espécie de custeio pleno 
determinado com base em todos os custos 
e gastos fixos ate as despesas da empresa 
como as despesas financeiras entendendo o 
ponto de equilíbrio da empresa porém fere os 
Princípios Contábeis, só podendo ser utilizado 
no campo gerencial. (Martins, 2018)
Uma forma de fazer o método RKW é através de uma 
planilha do Excel ponde poderá alocar todos os custos da 
empresa e assim realizar os cálculos. A ferramenta excela 
alem de cálculos através de planilhas também poderá 
auxiliar na construção de gráficos que demonstrem a 
situação dos custos da empresa.
Contabilidade de custos 37
Figura 7: Uso de Planilhas- Excel 
Fonte: Freepik
Figura x: Ponto de equilíbrio da empresa
Fonte: Martins (2018) 
O RkW tem como base um centro de custo que faz 
o calculo de todos os custos da empresa considerando os 
custos produtivos os fixos os diretos e indiretos e a produção 
da empresa buscando o ponto de equilíbrio. O Ponto de 
equilíbrio da empresa é quando a empresa consegue cobrir 
todas suas despesas e custos mas ainda não possui lucro. 
Contabilidade de custos38
ACESSE:
Para auxiliar os donos de gráficas a Associação 
nacional das industrias gráficas e comunicação 
oferece dois vídeos que auxiliam na formação 
do preço entendendo os custos com base 
no método RKW, utilizando como ferramenta 
uma planilha de Excel, considerando todos os 
custos de uma gráfica. Acesse o vídeo 1 https://
www.youtube.com/watch?v=hSFnFWq2r6Y 
e o vídeo 2 https://www.youtube.com/
watch?v=dYTSwq2kSmU
https://www.youtube.com/watch?v=hSFnFWq2r6Y
https://www.youtube.com/watch?v=hSFnFWq2r6Y
https://www.youtube.com/watch?v=dYTSwq2kSmU
https://www.youtube.com/watch?v=dYTSwq2kSmU
Contabilidade de custos 39
Método de custeio por absorção
E o método padrão de custos aceito pela legislação 
brasileira e utiliza os princípios contábeis com base na 
contabilidade de custos. Esse método tem como base o 
Demonstrativo do resultado do exercício. 
Figura 8: Vantagens e desvantagens 
Fonte: Crepaldi e Crepaldi (p. 215, 2018)
Vantagens Desvantagens 
As informações gerenciais 
relativamente mais fidedig-
nas por meio de redução 
do rateio;
Os gastos são elevados 
para implantação; 
O método proporciona 
melhor visualização dos 
fluxos dos processos;
Alto nível de controles 
internos a serem implanta-
dos e avaliados; 
Visa eliminar/reduzir ati-
vidades que não agregam 
ao produto um valor per-
cebido pelo cliente;
Visa consideração muitos 
dados com informações 
de difícil extração; 
identifica os produtos e 
clientes mais lucrativos;
Tem dificuldade de envol-
vimento e comprometi-
mento dos empregados da 
empresa; 
Visa melhorar significa-
tivamentesua base de 
informações para tomadas 
de decisão.
não é aceita pelo Fisco, 
levando à necessidade de 
ter dois sistemas de cus-
teio.
Na Figura 9 e 10 fica claro que o DRE é diferente 
entre empresas da industria (manufatura) de empresas 
prestadoras de serviço.
Contabilidade de custos40
Nas empresas de manufatura são considerados:
 Receita total: que é o calculo da quantidade de 
produtos vendidos pelo preço de venda.
 Custo do produto vendido: que considera todos os 
custos do produto, desde a produção até a venda.
 Lucro Bruto: que é o calculo da receita total menos 
o custo de produto vendido;
 Despesas: as despesas ocorridas no período;
 Lucro Operacional: Que é calculo diminuindo as 
despesas do período do lucro bruto; 
Figura 9: Custeio por absorção
Fonte: Martins (2018)
Contabilidade de custos 41
Figura 10: Custeio por absorção
Fonte: Martins (2018)
Com base na Figura x, podemos ver que nas empresas 
prestadoras de serviço são considerados:
 Receita total: que é o calculo da quantidade de 
serviços prestados pelo valor do serviço.
 Custo dos serviços prestados: que considera todos 
os custos dos serviços prestados.
 Lucro Bruto: que é o calculo da receita total menos 
o custo de serviços prestados ;
 Despesas: as despesas ocorridas no período;
 Lucro Operacional: Que é calculo diminuindo as 
despesas do período do lucro bruto; 
Em outras palavras o DRE que é o demonstrativo do 
resultado do exercício é assim calculado:
Contabilidade de custos42
Figura x: Demonstrativo do resultado do exercício 
Fonte: Autora 
Receita Total
- ( Custos da mercadoria ou de serviços prestados)
= Lucro Bruto
- ( despesas do período)
= Lucro operacional 
EXPLICANDO MELHOR:
O demonstrativo do Resultado do exercício é uma 
forma vertical de demonstra o resultado de uma 
empresa. Sua apresentação é obrigatória pela Lei 
das Sociedades Anônimas a lei 6404/1976 para 
empresas de sociedade anônima dessa forma 
considerando as receitas que é a quantidade de 
produtos vendidos multiplicado pelo número de 
produtos, os custos de mercadorias/ serviços 
prestados. Dessa forma receitas diminuídos dos 
custos é encontrado o lucro bruto da empresa, 
posteriormente são diminuídas as despesas do 
período. Fazendo a subtração entre o Lucro bruto 
das despesas gera-se o lucro operacional.
Modelo para apresentação do DRE
Com base na Lei 6404/1976 a Lei das empresas 
das empresas de sociedades anônimas ficou instituído a 
obrigatoriedade da apresentação do Demonstrativo do 
resultado do exercício. 
Contabilidade de custos 43
MODELO DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
Vendas de Produtos
Vendas de Mercadorias
Prestação de Serviços
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 
Devoluções de Vendas 
Abatimentos 
Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas
= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
(-) CUSTOS DAS VENDAS
Custo dos Produtos Vendidos 
Custo das Mercadorias
Custo dos Serviços Prestados
= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS 
Despesas Com Vendas 
Despesas Administrativas
(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS
Despesas Financeiras
(-) Receitas Financeiras
Variações Monetárias e Cambiais Passivas
(-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS
Resultado da Equivalência Patrimonial
Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante
(-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante
= RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA 
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E SOBRE O LUCRO
(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro
= LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES
(-) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, Partes 
Beneficiárias, Fundos de Assistência e Previdência para Empregados
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
Figura 10 – Estrutura de um DRE
Contabilidade de custos44
 O método de custeio ABC é o mais utilizado 
dentro das empresas pois realiza o rateio dos valores e 
tem como base os princípios contábeis e utiliza o DRE 
Demonstrativo do resultado do exercício para o cálculo dos 
custeios tendo como vantagens que os dados são mais 
fidedignos que o rateio, proporciona uma melhor visão dos 
fluxos de processos, eliminam ou reduzem despesas que 
não agregam valor ao produto ou serviço, identificando os 
produtos mais lucrativos o que proporciona uma melhor 
tomada de decisão como desvantagens podemos citar 
seu alto custo e a alta necessidade de controles internos 
a dificuldade de envolvimento dos colaboradores e a não 
aceitação pelo Fisco de forma a necessitar de outra forma 
de custeio.
Contabilidade de custos 45
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? 
Aprendeu mesmo tudinho sobre a contabilidade 
de custos? Agora, só para termos certeza de que 
você realmente entendeu o tema de estudo desta 
unidade letiva, vamos resumir tudo o que vimos. 
Nesta Unidade Letiva você teve a oportunidade 
de entender a diferença entre custos, despesas, 
investimentos e perdas e que existem diferentes 
ramos da contabilidade sendo que podemos 
citar a contabilidade de custos que embasa a 
contabilidade gerencial para a tomada de decisão 
e ainda a contabilidade financeira. Compreendeu 
que a contabilidade possui princípios determinados 
pelos Conselho federal de contabilidade através 
de Resolução sendo eles: Entidade, Continuidade, 
Oportunidade, Registro pelo Valor original, - 
Atualização monetária, Competência e Prudência. 
Ainda nesse capitulo compreendeu que existem 
diferentes formas de custeio que são o método 
ABC, custos variáveis entendendo que o método 
de absorção utiliza o Demonstrativo do resultado 
do exercício para realização do seu cálculo. 
Contabilidade de custos46
BIBLIOGRAFIA
SALAZAR, José Nicolás Albuja; Gideon Carvalho de 
Benedicto.Contabilidade Financeira - São Paulo : Cengage 
Learning, 2004.
CREPALDI, Silvio Aparecido; CREPALDI, Guilherme 
Simões . 6 ed. – São Paulo : Atlas, 2018.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. 
Resolução CFC 750 de 29 de dezembro de 1993 .Acesso 
em 23 de Dez de 2019, disponível em http:// http://www.
portaldecontabilidade.com.br/nbc/res750.htm;
MARTINS, Eliseu Contabilidade de custos / Eliseu 
Martins. - 11. ed. - São Paulo : Atlas, 2018.
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