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Sistema Nervoso Bioeletrogênese & Bases da excitabilidade Profa Carmem Adilia Agosto de 2021 Tópicos principais: Transportes transmembrana Canais iônicos Potencial de Repouso e Ação Curvas de Bioeletrogênese Períodos refratários absoluto e relativo Aplicação dos conceitos CASF CASF Referências – Livros textos • HAINES, Duane E. Neurociência Fundamental para aplicações básicas e clínicas. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. •GUYTON & HALL. Tratado de fisiologia médica. 14 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2021. •KOEPPEN, Bruce M.; STANTON, Bruce A. (Ed.). Berne e Levy: Fisiologia. 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. •AIRES, Margarida de Mello. Fisiologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018 CASF Célula eucariótica CASF Célula - unidade básica dos seres vivos Membrana plasmática CASF • Funções • Composição Modelo Mosaico fluido Mol. de fosfolipídio de memb.: fosfatidilcolina CASF Proteínas CASF Proteínas de Membrana - Receptores para hormônios e neurotransmissores - Participam dos complexos juncionais (glicoptns) - Enzimas (ATPases transportadoras de íons) - Proteínas de transporte Classes de ptns de transporte de membrana Mecanismo de transporte Poros Ex: aquoporinas Difusão de substrato através do poro Carreadores Ex: de glicose Ligação de substrato de um lado, alteração conformacional da ptn e liberação do substrato no outro lado da membrana. Acessível apenas de um dos lados da memb. Canais (*com comportas) Difusão do substrato através do canal aberto CASF Poro A proteína consiste em um tetrâmero de subunidades idênticas. A) Tetrâmero visto de cima. Cada monômero possui um poro condutor de água através dele. B) Vista lateral da proteína. Estrutura da aquaporina humana 1 (AQP1), uma ptn do “canal” de água. CASF Carreador Canal (com comporta) CASF Transportes CELULARES * Endocitose: fagocitose e pinocitose • Intercelular • Transcelular / Transmembranar CASF CASF Transportes CELULARES Qual a importância? Exemplos de aplicação nos sistemas orgânicos? CASF TRANSPORTES TRANSMEMBRANARES • Difusão • Difusão facilitada • Transporte ativo primário • Transporte ativo secundário - Cotransporte - Contratransporte DIFUSÃO Não-eletrólitos Eletrólitos CASF DIFUSÃO X OSMOSE CASF CASF DIFUSÃO FACILITADA Transporte da D- glicose no músc. esquelético e nas células hepáticas – carreador GLUT4. CASF CASF Difusão facilitada & Glicosúria CASF Acima de 200 mg/100mL (carga filtrada de 250 mg/min) os transportadores saturam e ocorre GLICOSÚRIA e diurese osmótica (a presença do soluto no líquido tubular acarreta de osmolaridade e da reabsorção de água). TRANSPORTE ATIVO PRIMÁRIO Bomba Na+-K+ Bomba Ca++ Bomba H+-K+ CASF 3 2 TRANSPORTE ATIVO SECUNDÁRIO Cotransporte ou Simporte Cotransporte de Na+-Glicose em cél. epitelial do I. Delgado. SGLT1: proteína 1 transportadora Difusão facilitada = GLUT2 Difusão facilitada CASF Contratransporte ou Antiporte TRANSPORTE ATIVO SECUNDÁRIO Contratransporte (troca) de Ca++-Na+ em célula muscular CASF Tipos de Transportes Ativo ou Passivo Mediado por carreador Utiliza energia metabólica Dependente do gradiente de Na+ Difusão Simples Passivo; a favor do gradiente Não Não Não Difusão Facilitada Passivo; a favor do gradiente Sim Não Não Transporte Ativo Primário Ativo; contra o gradiente Sim Sim; direto Não Cotransporte Ativo secundário; o Na+ é transportado a favor do seu gradiente Sim Sim; indireto Sim, os solutos se movem no mesmo sentido do Na+ Contratransporte Ativo secundário; o Na+ é transportado a favor do seu gradiente Sim Sim; indireto Sim, os solutos se movem no sentido oposto do Na+ CASF CASF Omeprazol - Inibidor da ATPase H+-K+ gástrica bombeamento de H+ do LIC das céls parietais p/ lúmen estomacal secreção de H+ (HCl) CASF (Inibidor de um transportador ativo primário) Inibidores de cotransporte (SGLT2) Canais iônicos sem comporta – “canais de escoamento” & Bomba Na+-K+ • Canais dependentes de voltagem • Canais dependentes de ligantes (neurotransmissores, hormônios, etc) CANAIS IÔNICOS CASF Canais iônicos com comporta Comportas de ativação e inativação do canal de Na+ C a n a l d e s ó d i o CASF Correlações Clínicas Interferência nos canais iônicos Bloqueadores dos Canais de Na+ • tetrodotoxina - TTX (peixe baiacu) • lidocaína = impede a transmissão de PA Antagonistas / Bloqueadores dos Canais de K+ • toxinas animais: apamina (abelha), iberiotoxina (escorpião) e dendrotoxina (cobra) “Agonista” dos Canais de Ca++ • latrotoxina - LTX (aranha) Tityus serrulatus CASF Canalopatias Canal iônico defeituoso Doença Genética Canal de sódio Paralisia periódica hipercalcêmica (Doença de Gamstrop); Paramiotonia congênita (Doença de Eulenburg); Miotonia atípica Canal de cloreto Fibrose cística; Miotonia congênita (Doença de Thomsen); Miotonia generalizada (Doença de Becker) Canal de potássio Síndrome (cardíaca) do QT longo Canal de cálcio Paralisia periódica hipocalcêmica; Hipertermia maligna CASF Fibrose Cística Muco viscoso atividade dos canais de cloro dependentes de AMPc efluxo de Cl- CFTR Mutação no gene 7q31.2 (gene CF) que codifica a proteína CFTR (regulador da condutância transmembrana na FC) CASF Fibrose Cística Mutação no gene 7q31.2 (gene CF) que codifica a proteína CFTR (regulador da condutância transmembrana na FC) CASF Nanotubo de carbono = Canais iônicos artificiais de membrana Nanotecnologia Nanomedicina CASF BIOELETROGÊNESE Potencial de Repouso & Potencial de Ação Canais Iônicos CASF DDP (voltagem): determinada pela diferença da quantidade de cargas entre dois pontos. ELETROFISIOLOGIA: Diferença de potencial elétrico (DDP) (Mourão CA & Abramov D- Biofísica Essencial, 2012) CASF Gradiente Eletroquímico Distribuição diferencial de íons CASF Equação de Nernst CASF Repouso: Positivo fora Negativo dentro Despolatização: Negativo fora Positivo dentro Equação de Nernst E = 2,3 (RT / zF) log10 ([Ce] / [Ci]) E = potencial de equilíbrio R = constante de gases T = temperatura absoluta F = constante de Faraday Z = carga do íon Ci = concentração intracelular Ce = concentração extracelular ENa+ = +65 mV +60/+70 EK+ = -85 mV -88/-94 O potencial de membrana é expresso como potencial intracelular em relação ao potencial extracelular CASF Físico-químico alemão Walther Nernst (1864-1941) O potencial de ação é uma resposta de “tudo ou nada”, quando a membrana celular é despolarizada além do limiar Curva de Bioeletrogênese CASF Potencial de Repouso • *Alta permeabilidade de membrana ao K+ • Alta condutância ao Cl- (influxo) • Nenhuma ou baixa permeabilidade / condutância ao Na+ • -70 mV neurônios ou -90 mV fibra muscular * Canais de escoamento de K+ (a favor do gradiente) Canais K+ dependentes de voltagem fechados CASF O estímulo deve alcançar o limiar – potencial em que ocorre abertura de canais de Na+- dependente de voltagem. LIMIAR DE EXCITAÇÃO Despolarização Repolarização Hiperpolarização Limiar Abertura de Canais de Na+ dependente de voltagem Potencial de ação CASF Estímulo supralimiar O estímulo alcança o limiar – deflagra potencial de ação Estímulo sublimiar O estímulo não alcança o limiar – não deflagra potencial de ação Lei do “tudo ou nada”. Ou o potencial de ação ocorre e segue até o final do axônio do neurônio ou, o potencial de ação não ocorre. Potencial de ação CASF Potencial de Ação Despolarização • Abertura dos canais rápido de Na+ voltagem : influxo de Na+ e abertura lenta dos canais de K+ voltagem → limiar (- 60 mV) • abertura dos portões de ativação do canal de Na+: alto influxo de Na+ a favordo seu gradiente de concentração (Polarização Invertida) Repolarização • Fechamento dos portões de inativação dos canais de Na+ •Abertura total dos canais de K+: efluxo de K+ Atuação da Bomba Na+ - K+ (saída de 3 Na+ : entrada de 2 K+) Hiperpolarização • Saída do excesso de K+ (-85 mV). (Há perda de carga positiva internamente) • Fechamento dos canais de K+ voltagem → potencial de repouso CASF Curso temporal das variações da voltagem e da condutância durante o potencial de ação do nervo CASF PROPAGAÇÃO UNIDIRECIONAL CASF Movimento da comporta de ativação (m) e da comporta de inativação (h) do canal rápido de Na+. A abertura da comporta h ocorre mais lentamente. Canal de Sódio CASF Potenciais de ação de três tipos de células de vertebrados. Observem as diferentes escalas de tempo. “Diferentes” Curvas de Bioeletrogênese CASF Potenciais de Ação cardíacos – fases: 0 = curso ascendente / rápida despolarização 1 = repolarização inicial 2 = platô 3 = repolarização 4 = potencial de repouso da membrana CASF Canais de Ca++ do tipo L Atlas do Netter CASF Os números do coração ilustram, em milésimos de segundos, o intervalo de tempo decorrido desde a origem da despolarização no nodo sinoatrial até o aparecimento da despolarização nas diferentes regiões do coração. O traçado à direita mostra a relação temporal entre os potenciais de ação miocárdicos e o ECG. Onda P: despolarização do músculo atrial Complexo QRS: despolarização ventricular Onda T: repolarização ventricular CASF • Eletrocardiograma -Onda P = disseminação da despolarização pelos átrios Despolarização ou sístole atrial -Ondas QRS = despolarização dos ventrículos; inicia um pouco antes da sístole ventricular Despolarização ou sístole ventricular -Onda T = repolarização dos ventrículos; surge um pouco antes do final da sístole ventricular Repolarização ventricular ECG derivação II CASF Bioeletrogênese & Sistemas Nervoso e Cardiovascular CASF Modificado de .A.D.A.M. Interactive Physiology CASF Modificado de .A.D.A.M. Interactive Physiology CASF Modificado de .A.D.A.M. Interactive Physiology CASF Modificado de .A.D.A.M. Interactive Physiology CASF Modificado de .A.D.A.M. Interactive Physiology CASF Modificado de .A.D.A.M. Interactive Physiology CASF Modificado de .A.D.A.M. Interactive Physiology CASF Modificado de .A.D.A.M. Interactive Physiology CASF Modificado de .A.D.A.M. Interactive Physiology CASF Modificado de .A.D.A.M. Interactive Physiology CASF CASF Períodos Refratários Absoluto e Relativo (ocorre durante o potencial de ação; canais Na++ fechados) (ao final do PA; é possível gerar um 2o PA c/ estímulo mais intenso que o normal) CASF Sinapse Química Receptores Nicotínicos – Placa neuromuscular CASF Correlações Clínicas Agentes que afetam a transmissão neuromuscular Curare (D-tubocurarina) - Antagonista nicotínico (compete com ACh pelos receptores nicotínicos) - Bloqueio neuromuscular não despolarizante - Diminui o tamanho do potencial da placa motora - Acarreta relaxamento da musculatura esquelética - Produz paralisia flácida - Pode acarretar paralisia dos músculos respiratórios e morte Succinilcolina - Agonista nicotínico. Efeito de bloqueio despolarizante - Utilizada para produzir paralisia muscular em cirurgia CASF Toxina botulínica - Bloqueia a liberação de ACh dos terminais pré-sinápticos - Relaxamento da musculatura esquelética - Bloqueio total, paralisia dos músc. respiratórios e morte* Organofosforados - Inibem, irreversivelmente, a acetilcolinesterase - Fasciculação seguida de paralisia flácida. -Insuficiência cardiorespiratório Ex: Malation (Carbofós®, Malatol, Malaton®), Paration metilico (Folidol®) ... CASF MIASTENIA GRAVIS CASF Fraqueza muscular Perguntas Norteadoras 1. Explique a importância das proteínas de membrana. 2. Comente sobre os diversos transportes transmembranares. 3. Em repouso, a membrana plasmática de um neurônio apresentam- se predominantemente com carga positiva externamente e com carga negativa internamente. Justifique esta assertiva. 4. Comente sobre o comportamento dos canais iônicos de sódio e potássio dependentes de voltagem durante as etapas da curva de bioeletrogênese: Repouso, Despolarização, Repolarização e Hiperpolarização. 5. A lidocaína é um anestésico local antagonista dos canais de sódio. Explique a sua ação sobre o comportamento bioeletrogênese de uma célula neuronal? 6. Todas as curvas de bioeletrogênese são plenamente idênticas, independente do tipo celular? Justifique e exemplifique a sua resposta. 7. Diferencie os períodos refratários absoluto e relativo. CASF Nervous System Mental maps CASF
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