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SISTEMA CARDIOVASCULAR FUNÇÕES I: Distribuição de Nutrientes II: Distribuição de Gases III: Distribuição de Hormônios IV: Produtos residuais do metabolismo celular V: Distribuição das células de defesa (sistema imune) ANATOMIA CARDÍACA Durante o ciclo cardíaco, ocorre a diástole e a sístole Há alteração do padrão sistólico na insuficiência cardíaca POTENCIAL DE AÇÃO CARDÍACO Variação rápida e transitória do potencial de repouso da célula frente a um estímulo adequado O coração contém canais de cálcio intracelulares, que são importantes na contração do miocárdio e canais de cálcio voltagem-dependentes na membrana plasmática, que são importantes para o controle da frequência e ritmo cardíacos O potencial de ação de uma célula muscular cardíaca ideal é dividido em 5 fases: fases: 0 (despolarização rápida), 1 (repolarização parcial), 2 (platô), 3 (repolarização) e 4 (marca- passo). FASE 0: DESPOLARIZAÇÃO RÁPIDA Ocorre quando o potencial de membrana alcança um limiar de disparo crítico (cerca de − 60 mV), no qual a corrente de entrada de Na + que passa através dos canais de sódio voltagem-dependentes torna-se grande o suficiente para produzir uma despolarização regenerativa (“tudo-ou- nada”). A ativação dos canais de sódio por despolarização da membrana é transitória, e se a membrana permanecer despolarizada por mais que alguns milissegundos, esses canais se fecharão novamente (inativação). Encontram-se, portanto, fechados durante o platô do potencial de ação e permanecem indisponíveis para início de outro potencial de ação até que a membrana se repolarize. FARMACOLOGIA CARDIOVASCULAR FASE 1: REPOLARIZAÇÃO PARCIAL Ocorre à medida que a corrente de Na+ é inativada FASE 2: PLATÔ Decorre de uma corrente de entrada de Ca 2+ O platô é auxiliado por uma propriedade especial da membrana do músculo cardíaco conhecida como retificação em sentido interno, o que significa que a condutância ao K+ cai a um nível baixo quando a membrana é despolarizada. Por causa disso, há pouca tendência para uma corrente de saída de K+ que restaure o potencial de repouso da membrana durante o platô, de modo que uma corrente de entrada de Ca 2+ relativamente pequena é suficiente para manter o platô. FASE 3: REPOLARIZAÇÃO Ocorre à medida que é inativada a corrente de Ca 2+ e é ativada uma corrente de saída retificadora de K+ tardia, produzindo uma corrente de saída de K+ FASE 4: MARCA-PASSO É uma despolarização gradual durante a diástole. As células do nó SA têm uma condutância basal maior para Na + do que os miócitos atriais ou ventriculares, levando à maior corrente basal de entrada. Além disso, a inativação dos canais de cálcio voltagem-dependentes gradualmente diminui durante a diástole, resultando em uma crescente corrente de entrada de Ca 2+ no período final desse processo. SISTEMA DE EXCITAÇÃO E CONDUÇÃO O nó sinoatrial é o marcapasso primário que dispara o potencial de ação. Este passa pelo nó AV e é conduzido pelo feixe de Hiss e pelas fibras de Purkinje por todo o órgão cardíaco OBS: A atividade elétrica, por nortear a contração, conduz a direção da irrigação sanguínea CICLO CARDÍACO DÉBITO CARDÍACO É resultado da atividade sistólica e um dos primeiros sinais a ser alterado em pacientes que tem comprometimento sistólico CONTROLE INTRÍNSECO DO CORAÇÃO O coração faz o controle da própria fração de ejeção por meio do mecanismo de Frank-Starling. Quando o sangue passa dos átrios para os ventrículos, estes se distendem, de forma que a pressão intraventricular aumente. Com isso, há aumento ventricular e o processo de contração é aumentado pelas miofibrilas, que, como se tornam mais estiradas, tem sua afinidade pelo cálcio aumentada CONTROLE EXTRÍNSECO DO CORAÇÃO CONTROLE NERVOSO Há a atuação do SN simpático e o parassimpático, junto com centros superiores, barorreceptores, arritmia sinusal respiratória e quimiorreceptores CONTROLE QUÍMICO I: Hormônios suprarrenais II: Hormônios tireoidianos III: Efeitos diretos (O2/CO2) CONTROLE PRESSÓRICO O raio do vaso é diretamente influenciado por fatores que controlam a vasomotricidade Controle Local Endotelina, que realiza a constrição, e o NO com a histamina, que realizam a dilatação Controle Neural SNA Controle Hormonal Determinado pelos hormônios da suprarrenal e pelos hormônios tireoidianos OBS: A PA é dependente do débito cardíaco e da resistência periférica, sendo esta maior em obesos e em idosos, por exemplo SISTEMA RENINA ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA A Renina é responsável pela quebra do Angiotensinogênio em Angiotensina I e, ao passar pelo sistema pulmonar, esta é transformada em angiotensina II pela ECA. Por sua vez, esta realiza a vasoconstrição e o aumento da PA OBS: Captopril e Enalapril são inibidores da ECA VASODILATAÇÃO X VASOCONSTRIÇÃO O tônus vascular é determinado pela competição entre os diferentes agentes vasodilatadores e vasoconstritores sobre o vaso sanguíneo O Fator Hiperpolarizante Derivado do Endotélio (EDHF) permite a abertura do canal de potássio e relaxamento da célula. Através deste processo, tem-se a vasodilatação FÁRMACOS QUE AFETAM A FUNÇÃO CARDÍACA I: Bloqueadores do canal de cálcio II: Alfa bloqueadores III: Beta bloqueadores IV: Simpatolíticos de ação central Drogas que inibem as ações do sistema nervoso simpático através de qualquer mecanismo BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO O termo “antagonistas do cálcio” é usado para fármacos que bloqueiam a entrada celular de Ca 2+ através dos canais de cálcio Os antagonistas do cálcio do tipo L compreendem três classes quimicamente distintas: fenilalquilaminas (p. ex., verapamil), di-hidropiridinas (p. ex., nifedipino, anlodipino) e benzotiazepinas (p. ex., diltiazem). MECANISMO DE AÇÃO Os fármacos de cada uma das três classes químicas mencionadas anteriormente ligam-se à subunidade α1 do canal de cálcio do tipo L, mas em pontos distintos. Estes interagem alostericamente entre si e com a maquinaria de controle de passagem do canal, impedindo sua abertura, e, consequentemente, reduzindo a entrada de Ca2+ EFEITOS FARMACOLÓGICOS Os principais efeitos dos antagonistas do cálcio usados terapeuticamente são sobre os músculos cardíaco e liso. O Verapamil afeta preferencialmente o coração, enquanto a maioria das di- hidropiridinas (p. ex., nifedipino) exerce efeito mais pronunciado sobre a musculatura lisa do que sobre o Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight coração. O diltiazem é intermediário em suas ações. EFEITOS CARDÍACOS Os antagonistas do cálcio causam bloqueio AV e redução da frequência cardíaca por suas ações sobre os tecidos de condução, mas isso é compensado pelo aumento de reflexo da atividade simpática secundariamente à sua ação vasodilatadora. Os antagonistas do cálcio também têm um efeito inotrópico negativo em função de sua inibição da entrada de Ca 2+ durante o platô do potencial de ação. O verapamil apresenta a ação inotrópica negativa mais acentuada e está contraindicado na insuficiência cardíaca, ao passo que o anlodipino não piora a mortalidade cardiovascular nos pacientes com insuficiência cardíaca crônica grave, mas estável. MUSCULATURA LISA VASCULAR Os antagonistas do cálcio causam dilatação arterial/arteriolar generalizada, reduzindo, assim, a pressão arterial, mas não afetam muito as veias. Causam vasodilatação coronariana e são usados em pacientes com espasmo coronariano (angina variante). USOS CLÍNICOS I: Antiarrítmica Principalmente Verapamil II: Angina Diltiazem III: Hipertensão Di-Hidropiridinas FARMACOCINÉTICA Os antagonistas do cálcio em uso clínico são bem absorvidosno trato gastrointestinal e são administrados por via oral, exceto em algumas indicações especiais, como após hemorragia subaracnoide, para a qual existem preparações intravenosas. São extensamente metabolizados O anlodipino tem meia-vida de eliminação longa e é administrado uma vez ao dia, enquanto o nifedipino, o diltiazem e o verapamil têm meias- vidas de eliminação mais curtas e são dados mais frequentemente ou formulados em preparações de liberação lenta para permitir uma administração diária. EFEITOS ADVERSOS As di-hidropiridinas de ação curta causam rubor e cefaleia em razão de sua ação vasodilatadora e, em uso crônico, costumam causar edema de Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight tornozelo relacionado com a dilatação arteriolar e com o aumento da permeabilidade das vênulas pós- capilares. O verapamil pode causar constipação, provavelmente em razão dos efeitos sobre os canais de cálcio nos nervos gastrointestinais ou na musculatura lisa. OBS: Fármaco que tem menor tempo de meia vida é indicado quando há exacerbação do efeito de hipotensão, latergia e fraqueza ao longo do dia OBS: O Verapamil não é frequentemente usado na HAS, já que além de ter efeito forte na condução, tem efeito significativo à bradicardia do paciente. Isso não é muito interferente no tratamento deste à arritmia, já que, diferentemente desse tipo de paciente, os hipertensivos são tratados diariamente ATIVADORES DOS CANAIS DE K+ Quando ativados, a célula desenvolve uma hiperpolarização. Esta diminui a concentração de cálcio, o que leva à vasodilatação Não são tão eficazes quanto um bloqueio direto de Alfa 1, Beta 1 ou de Ca2+ para tratamento de hipertensão FÁRMACOS I: Minoxidil É utilizado como último recurso, quando todas as outras tentativas para combater a HAS foram realizadas II: Cromacalim III: Pinacidil IV: Nicorandil Combina ativação do canal de potássio KATP com ações nitrovasodilatadoras (como doador de óxido nítrico). É um dilatador arterial e venoso e causa os efeitos indesejáveis esperados de cefaleia, rubor e tonturas. É usado em pacientes que continuam sintomáticos apesar de conduta ótima com outros fármacos, muitas vezes enquanto aguardam cirurgia ou angioplastia. EFEITOS COLATERAIS I: Cefaléia e rubor pela vasodilatação II: Como monoterapia, leva a descarga simpática reflexa III: Deve-se associar beta bloqueadores VASODILATADORES CORONARIANOS Eles estimulam a Guanilil Ciclase Solúvel, que aumenta a produção de GMPc ao se ligar ao NO e, por meio disso, promove o relaxamento Eles diminuem a resistência coronariana e são utilizados para o tratamento de Doença Arterial Coronariana FÁRMACOS I: Dinitrato de isossorbida II: Mononitrato de isossorbida III: Nitroglicerina e propatilnitrato ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS I: Antagonistas α1-adrenérgicos I: Antagonistas β1-adrenérgicos III: Simpatolíticos de ação central EFEITOS CARDIOVASCULARES DA ATIVAÇÃO ADRENÉRGICA OBS: Os bloqueadores Beta trazem um efeito mais sistêmico BLOQUEADORES DOS RECEPTORES A1-ADRENÉRGICOS Ao bloquear os receptores α1, tem-se a diminuição da resistência vascular periférica e da pressão arterial por meio da dilatação dos vasos. Prazosin e Doxazozin São α1 seletivos e realizam a redução da resistência vascular por meio da vasodilatação de artérias e veias Efeitos Colaterais I: Náusea, vômito, diarréia, incontinência urinária II: Congestão nasal: vasodilatação III: Taquicardia reflexa pode precipitar angina, no paciente com histórico IV: Hipotensão ortostática e retenção de sal e de água OBS: Associar com bloqueadores beta adrenérgicos e diuréticos BLOQUEADORES DOS RECEPTORES B-ADRENÉRGICOS Os β-bloqueadores aumentam o período refratário do nó AV e podem, portanto, impedir crises recorrentes de taquicardia supraventricular (TSV). Os β- bloqueadores também são usados para prevenir crises paroxísticas de fibrilação atrial quando estas ocorrem em situação de ativação simpática. Ainda, são importantes na profilaxia da angina estável e no tratamento de pacientes com angina instável. Funcionam, para estas indicações, reduzindo o consumo cardíaco de oxigênio. Também reduzem o risco de morte após infarto do miocárdio, provavelmente através da sua ação antiarrítmica Highlight Efeitos Adversos I: Bradicardia; II: Bloqueio AV III: Insuficiência cardíaca congestiva (pacientes instáveis) IV: Crise asmática – Bloqueio de B2 (em indivíduos propensos) V: Obscurecer os sintomas de hipoglicemia em diabéticos usando insulina (ex.: taquicardia, tremores, ansiedade.) VI: Efeitos sobre o SNC VII: Sedação, fadiga, alterações do sono, depressão Cardiosseletivos I: B1 bloqueador: Atenolol e Metoprolol II: Agonista parcial B1 bloqueador com ASI: Acebutol. Causa menos bradicardia III: B1 + A1 bloqueador: Labetalol e Carvedilol Não-Seletivos Maior chance de efeitos adversos I: B1 + B2 bloqueador Propranolol II: B1 + B2 bloqueador com ASI Pindolol OBS: ASI: Atividade simpaticomimética intrínseca = agonista parcial SIMPATOLÍTICOS DE AÇÃO CENTRAL CLONIDINA Agonista α2-adrenérgico e reduz a liberação de norepinefrina, através do Feedback negativo METILDOPA Agonista Alfa2, que ocupa a vesícula, dificultando a produção de noradrenalina dentro desta É usado na gravidez para tratar HAS leve a moderada EFEITOS ADVERSOS I: Tonturas, fadiga, depressão, pesadelos II: Congestão nasal III: Constipação IV: Boca seca V: Disfunção erétil VI: Hipertensão rebote (se retirados abruptamente) Highlight
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