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2 CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA CURSO DE BACHARELADO EM FISIOTERAPIA MARIANA SOUZA MARQUES ALVES PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA A VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: REVISÃO DE LITERATURA SOBRAL-CE 2022 MARIANA SOUZA MARQUES ALVES PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA A VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: REVISÃO DE LITERATURA Monografia apresentada ao Centro Universitário INTA como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia. Orientadora: Profa. Ma. Érika de Vasconcelos de Barbalho SOBRAL-CE 2022 MARIANA SOUZA MARQUES ALVES PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA A VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: REVISÃO DE LITERATURA Monografia apresentada ao Centro Universitário INTA como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia. Orientadora: Profa. Ma. Érika de Vasconcelos de Barbalho Aprovada em ____/____/_______ BANCA EXAMINADORA _____________________________________ Profa. Ma. Érika de Vasconcelos de Barbalho Centro Universitário INTA (UNINTA) _____________________________________ 1º Examinador Centro Universitário INTA (UNINTA) _____________________________________ 2º Examinador Centro Universitário INTA (UNINTA) AGRADECIMENTO Agradeço a Deus por me dar saúde e sabedoria para superar as dificuldades que contive durante o caminho de minha graduação, me permitindo viver momentos inexplicáveis e experiencias únicas ao lado de pessoas extraordinárias, que tornaram esse momento único em minha vida. A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram a janela que hoje vislumbro um horizonte superior, pela confiança no mérito e ética aqui presentes. Aos meus pais, família e noivo, pelo amor e incentivo incondicional, estando sempre presentes com palavras de encorajamento e força, acreditando sempre no meu melhor, nutrindo todos os meus sonhos com muito amor e perseverança, a vocês, minha eterna gratidão. “O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar com mais inteligência” “Henry Ford” RESUMO Infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) são eventos adversos graves que acometem pacientes hospitalizados, principalmente em unidade de terapia intensiva (UTI). Dentre elas destaca-se a pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV), definida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como a pneumonia evidenciada após 48 horas do início da ventilação mecânica (VM), associada a critérios clínicos, radiológicos e laboratoriais. A criação de boas práticas, unidas ao treinamento da equipe multiprofissional é um dos fatores que determinam o tempo de internação na UTI e suas consequências. Devendo ser realizados protocolos e checklist a serem seguidos pela equipe de saúde, com o objetivo de reduzir o quadro de incidência da PAV. O presente estudo teve como objetivo, apresentar as estratégias que são implementadas em Unidades de Terapia Intensiva para prevenção da pneumonia associada a ventilação mecânica. Foi realizado um estudo do tipo revisão integrativa da literatura, com abordagem qualitativa, em que a coleta de dados se deu através das plataformas de busca: SciELO, BVS, EBSCO, Scholar Google e PubMed, no período de julho a setembro de 2022, abrangendo estudos descritivos e analíticos. A análise dessa pesquisa se deu pela identificação da pertinência do trabalho à resposta do problema de pesquisa dando-se por meio da leitura dos títulos e resumos dos estudos, respondendo à adequação do tema de interesse. Por último, os estudos foram avaliados por meio da análise de conteúdo, bem como classificados conforme o nível de evidência. Pode se observar que as práticas preventivas mais utilizadas para prevenção da PAV foram: cabeceira elevada entre 30° e 45°, higiene bucal com clorexidina 0,12%, despertares diários da sedação, avaliação da capacidade de realizar o teste de respiração espontânea, manutenção da pressão adequada do balonete e aspiração subglótica. Quando adequadamente implementados, eles levam a uma diminuição nas taxas de incidência de PAV, melhoram a qualidade da assistência prestada e, por fim, melhoram o prognóstico do paciente grave. Palavras Chave: Pneumonia associada a ventilação mecânica, Prevenção, Bundle. ABSTRACT Health care-associated infections (HAIs) are serious adverse events that affect hospitalized patients, mainly in the intensive care unit (ICU). Among them, ventilator-associated pneumonia (VAP) stands out, defined by the National Health Surveillance Agency (Anvisa) the pneumonia evidenced 48 hours after the start of mechanical ventilation (MV), associated with clinical, radiological and laboratory. The creation of good practices, together with the training of the multidisciplinary team, is one of the factors that determine the length of stay in the ICU and its consequences. Protocols and checklists must be carried out to be followed by the health team, with the aim of reducing the incidence of VAP. The present study aimed to present the strategies that are implemented in Intensive Care Units for the prevention of ventilator-associated pneumonia. An integrative literature review study was carried out, with a qualitative approach, in which data was collected through the search platforms: SciELO, BVS, EBSCO, Scholar Google and PubMed, from July to September 2022 , comprising descriptive and analytical studies. The analysis of this research was carried out by identifying the pertinence of the work to the answer to the research problem by reading the titles and abstracts of the studies, responding to the suitability of the topic of interest. Finally, the studies were evaluated through content analysis, as well as classified according to the level of evidence. It can be observed that the most used preventive practices for the prevention of VAP were: head elevated between 30° and 45°, oral hygiene with 0.12% chlorhexidine, daily awakenings from sedation, evaluation of the ability to perform the spontaneous breathing test, maintenance adequate cuff pressure and subglottic aspiration. When properly implemented, they lead to a decrease in the incidence rates of VAP, improve the quality of care provided and, finally, improve the prognosis of critically ill patients. Keywords: Ventilator-associated pneumonia, Prevention, Bundle. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Algoritmo para diagnóstico de PAV – CDC – 2019 14 Figura 2 – Fatores de risco para aquisição da pneumonia associada à VM 16 Figura 3 – Artigos relacionados ao tema e base para discussão 22 - 24 Figura 4 – Categoria de estudos selecionados para a pesquisa 25 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS PAV – Pneumonia Associada a Ventilação Mecânica UTI – Unidade de Terapia Intensiva VAS – Vias Aéreas Superiores OMS – Organização Mundial da Saúde IRAS- Infecções Relacionadas a Assistência a Saúde PAH – Pneumonia Adquirida em Hospital MR – Multirresistente IRA- Insuficiência Respiratória Aguda VMI – Ventilação Mecânica Invasiva ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária TET – Tubo Endotraqueal VM – Ventilação Mecânica LILACS - Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde SCIELO - Scientific Electronic Library Online DECS – Descritores em Ciência da Saúde ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas SUMÁRIO INTRODUÇÃO 21 2. OBJETIVOS 22 2.1. Objetivo Geral 22 2.2. Objetivos Específicos 22 3. REVISÃO DE LITERATURA 22 3.1. Sistema Respiratório 22 3.1.1. Vias Aéreas 23 3.1.2. Vias Aéreas Artificiais 24 3.1.3. Ventilação Mecânica 25 3.1.4. Ventilação Mecânica Invasiva 25 3.1.5. Pneumonia 26 3.1.6. PneumoniaAdquirida em Hospital 27 3.1.7. Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica 28 3.1.8. Aspectos Clínicos, Radiológicos e Laboratoriais para Diagnóstico da Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica 29 3.1.9. Prevenção 31 3.1.10. Fatores de Risco 32 4. METODOLOGIA 34 4.1. Delineamento do Estudo 34 4.1.1. Coleta de Dados 34 4.1.2. Critérios de Inclusão e Critérios de Exclusão 35 4.1.3. Análise de Dados 35 4.1.4. Aspectos Éticos 36 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 36 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................43 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 43 1. INTRODUÇÃO Infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) são eventos adversos graves que acometem pacientes hospitalizados, principalmente em unidade de terapia intensiva (UTI) (DUDECK et al., 2012). Dentre elas destaca-se a pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV), definida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como a pneumonia evidenciada após 48 horas do início da ventilação mecânica (VM), associada a critérios clínicos, radiológicos e laboratoriais (ANVISA 2017). A pneumonia associada a ventilação mecânica (PAVM) é a infecção mais frequente em pacientes internados na UTI, podendo apresentar incidência entre 10 e 30% resultante de hospitalização prolongada, aumento dos custos com cuidados de saúde e uma mortalidade de 8,1% a 31,9 (PEREZ-GRANDA et al., 2014). A criação de boas práticas, unidas ao treinamento da equipe multiprofissional é um dos fatores que determinam o tempo de internação na UTI e suas consequências. Devendo ser realizados protocolos e checklist a serem seguidos pela equipe de saúde, com o objetivo de reduzir o quadro de incidência da PAV, proporcionando uma diminuição na taxa de hospitalização prolongada por complicações ocasionadas pela assistência à saúde (SALLES et al. 2014). Observa-se que em uma Unidade de Terapia Intensiva, os pacientes apresentam alterações hemodinâmicas constantes e alto risco de óbito, devido a exposição a bactérias multirresistentes exigindo-se cuidados complexos, ininterruptos e tomada de decisões imediatas dos profissionais, por isso, apresentam maior chance de sofrer algum evento adverso (ALECRIM et al., 2019). Devido ao significativo impacto da PAV na morbidade, mortalidade e custos no serviço de saúde, observa-se a necessidade de um estudo que proporcione informações acerca da importância de priorizar os cuidados preventivos para esta infecção. O estudo se faz relevante para profissionais de saúde com o intuito de redução de causadores, motivando a implementação de estratégias de ações que promovam a adesão às boas práticas de prevenção de PAV, a conscientização sobre a magnitude das Iras e a sua influência sobre os desfechos em saúde, realizando a verificação de estudos que reúnam medidas promovidas em âmbito hospitalar. 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo Geral Apresentar as estratégias que são implementadas em Unidades de Terapia Intensiva para prevenção da pneumonia associada a ventilação mecânica. 2.2. Objetivos Específicos a) Identificar, com base na literatura, a pneumonia relacionada a ventilação mecânica. b) Investigar a relação do tempo de exposição a ventilação mecânica com a ocorrência da pneumonia. c) Verificar a adesão da equipe multiprofissional ao protocolo de pneumonia associada à ventilação mecânica em uma unidade de terapia intensiva. 3. REVISÃO DE LITERATURA 3.1. Sistema respiratório A principal função do sistema respiratório é a troca gasosa, mas outros papeis incluem a fala, a filtração de micro trombos originários de veias sistêmicas e atividades metabólicas como conversão de angiotensina I e angiotensina II, remoção ou desativação de serotonina, bradicinina, norepinefrina, acetilcolina e medicamentos (JEREMY et al., 2012) O trato respiratório superior compreende o nariz, a faringe e a laringe, o trato respiratório interior começa da traqueia. Os dois pulmões estão no interior da caixa torácica, formada pelas costelas, esterno e coluna vertebral; o diafragma que tem a forma de uma cúpula, separa o tórax do abdome. O pulmão esquerdo tem dois lobos e o direito tem três. As vias aéreas e os vasos sanguíneos e os linfáticos entram em cada hilo do pulmão onde o plexo nervoso pulmonar recebe nervos autônomos do vago e do tronco simpático (ROGER et al., 2013) A respiração é uma função vital e fortemente dependente da permeabilidade adequada da via nasal, estabelecendo-se como principal função do organismo (Corrêa et al., 2016). Ela é a primeira via de contato com o ar externo, tendo a função de absorvê-lo filtrando adequadamente para adentrar ao sistema ventilatório celular. “Também considerada uma resposta involuntária ligada ao sistema nervoso autônomo” (BRACARENSE et al., 2016). O ar absorvido é conduzido pela corrente sanguínea, sendo caracterizado como sangue venoso, ou seja, um sangue pobre em oxigênio que irá para o pulmão realizando a troca gasosa durante a hematose. A Circulação Pulmonar é a circulação que ocorre entre coração – pulmão – coração, ela é responsável por levar sangue aos pulmões para oxigená-lo (PEREIRA et al., 2018). O oxigênio consumido pelo nosso corpo é absorvido pelas vias aéreas superiores durante a inspiração e dissolvido nos alvéolos pulmonares efetuando a troca gasosa pela difusão simples, sendo transportado pelo nosso sistema circulatório através das hemácias realizando a oxigenação de todo o corpo (GREGOLDO et al., 2012). 3.1.1. Vias aéreas As vias aéreas superiores são a primeira via de contato com o ar externo em sua composição original, sendo necessário o mecanismo de inspiração para absorvê-lo e modificá-lo na região pulmonar realizando as trocas gasosas para oxigenação das células, onde segundo Guton e Hall (2011) afirmam que vias superiores são as estruturas localizadas no exterior da cavidade torácica, incluindo o nariz, fossas nasais, faringe e laringe, e tem como função filtrar, aquecer e umidificar o ar. A cavidade nasal tem papel fundamental na fisiologia respiratória, fazendo com que o mesmo chegue aos pulmões na temperatura ideal e favorecendo uma oxigenação adequada ao organismo. De acordo com Corea et al., (2016) qualquer fator que leve à obstrução das vias aéreas superiores (VAS) faz com que a respiração nasal seja substituída pela respiração oral, podendo a carretar novas patologias como; dentre eles, doenças inflamatórias alérgicas e não alérgicas, más formações congênitas e lesões tumorais. Nas vias aéreas inferiores estão os órgãos localizados na cavidade torácica, incluindo a traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões, com funções na troca de oxigênio e dióxido de carbono (GUYTON; HALL, 2011). Podendo cada um destes componentes serem brigadores de infecções pulmonares, sendo necessário observar seus sinais, sintomas, ausculta e limitações para um diagnóstico preciso dentro de diversos locais que possam surgir patologias, prejudicando a oxigenação dos tecidos. Neste momento, uma ideia importante e clinicamente valiosa que merece ênfase, é a prática de se subdividir cada pulmão em lobos e segmentos com base na ramificação da árvore bronquial [...] o conhecimento dessa subdivisão do pulmão é fundamental para anatomistas, fisiologistas, patologistas, radiologistas, cirurgiões pneumologistas, porque, sem essa separação tridimensional, não há outra maneira de localizar, com precisão, as lesões que surgem no sistema respiratório (KAMINSKY et al., 2014). 3.1.2. Vias Aéreas Artificiais O objetivo primordial manter o controle imediato do sistema respiratório e sua permeabilidade, impedindo que haja agravos clínicos para o paciente. A utilização de uma via aérea avançada pode ser obtida através de intubação orotraqueal (IOT) ou traqueostomia, a urgência da ocasião e as condições envolvendo a necessidade de intervenção sobre a via aérea determinam a via e o método a ser priorizados (COSTA et al., 2013). A utilização da intubação implica em um tubo endotraqueal, com o balão insuflado, devidamente fixado com fita adesiva conectado a um sistemade ventilação assistida, com mistura enriquecida de oxigênio, sendo indicado em casos de comprometimento iminente ou potencial da via aérea, como por exemplo, em lesões por trauma cranioencefálico, convulsões persistentes, parada cardiorrespiratória (PCR) necessitando de ventilação. (RIBEIRO et al., 2018). A impossibilidade de intubação da traqueia é uma indicação clara para a execução de uma via aérea cirúrgica. Quando as vias aéreas estão obstruídas por edema, traumas faciais graves com alteração importante da anatomia ou presença de sangramento oral intenso deve ser realizada a cricotireoidostomia cirúrgica/ traqueostomia (FIGUEIREDO et al., 2017). 3.1.3. Ventilação mecânica O uso de ventilação mecânica nas UTIs é frequente, e aumenta o risco de o paciente adquirir pneumonia, sobretudo pela diminuição das defesas naturais das vias aéreas superiores, já que os procedimentos invasivos estão intrinsecamente relacionados à cadeia de transmissão dos micro-organismos associados às IRAS (infecções relacionadas a assistência à saúde) e podem acometer tais pacientes em situação de risco (ARAÚJO et al., 2011). Constitui-se a ventilação mecânica, em um método de suporte para o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada tendo por objetivos, além da manutenção das trocas gasosas, aliviar o trabalho da musculatura respiratória que, em situações agudas de alta demanda metabólica, está elevado; reverter ou evitar a fadiga da musculatura respiratória; diminuir o consumo de oxigênio reduzindo o desconforto respiratório e permitir a aplicação de terapêuticas específicas (FRANCA et al., 2007). Indica-se a ventilação mecânica nos seguintes casos: na Insuficiência Respiratória Aguda - IRA secundária a insuficiência cardíaca, pneumonia, sepse e asma; exacerbações da insuficiência respiratória crônica secundária a complicações cirúrgicas e trauma; lesão pulmonar aguda e Síndrome da Angústia Respiratória Aguda; reanimação cardiorrespiratória; doenças neuromusculares e suporte ventilatório intraoperatório (MARINHO, 2018). 3.1.4. Ventilação Mecânica Invasiva A Ventilação Mecânica Invasiva (VMI) é um suporte ventilatório que possibilita a redução do trabalho da musculatura respiratória em indivíduos com deficiência respiratória, diminuição da demanda metabólica e principalmente adequação da troca gasosa, a qual ocorre através da inserção de um tubo orotraqueal ou cânula de traqueostomia na via aérea promovendo a insuflação de ar nos pulmões. Os critérios para utilização da VMI variam, desde quadros para tratamento da insuficiência respiratória em doenças neuromusculares até lesões do sistema nervoso central, para proteção das vias aéreas (MARINHO, 2018). A VMI contém vários módulos programados para adequar o estado pulmonar do paciente com o circuito ventilatório, visando proporcionar a interação do paciente com o ventilador, verificando sua pressão, expansão e volume, tornando a VMI uma terapia adaptativa para recuperação da função pulmonar. A ventilação mecânica invasiva consiste em um método que envolve uma máquina que movimenta os gases para dentro e para fora dos pulmões, utilizando pressão positiva. Embora sendo uma medida que salve vidas ela não se constitui em uma terapia curativa (SOUSA et al., 2014). Percebe-se que, em pacientes submetidos a suporte ventilatório prolongado, é importante a mensuração de suas condições de força muscular, drive respiratório e da mecânica torácica para que ocorra o desmame adequado desses casos” (SOSA 2014). Evidenciando a necessidade de realizar teste de drive respiratório constante de acordo com o estado clínico do paciente, visando a diminuição do risco de lesão pulmonar, tempo de permanência em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em suporte mecânico, reduzindo seu risco de exposição a micro bióticos e agravos clínicos. Durante a intubação endotraqueal e seu uso prolongado, os pacientes tornam-se propícios a conterem várias consequências causadas pelo artefato na via respiratória. Brito (2012) afirma que; os diversos tipos de lesões laríngeas e traqueais, são secundárias à intubação endotraqueal, ocorrendo durante a introdução do laringoscópio, cânula e número de tentativas de intubação, lesionando o lábio, língua, faringe com lacerações em epiglote, pregas vocais, esôfago e traqueia, gerando hematomas e avulsão de pregas vocais, deslocamento e luxação de cartilagens aritenoides. 3.1.5. Pneumonia Segundo a Organização Mundial da Saúde OMS (2015), definem-se como doenças respiratórias, as doenças ou infecções que ocorrem no trato respiratório, tanto superior como inferior, nas quais há a obstrução da passagem do ar, tanto a nível nasal quanto a nível de bronquiolar e pulmonar. Kalil et al., (2013) explica que a pneumonia é uma doença ocasionada por muitos que atinge todas as idades, se tratando de uma doença infecciosa aguda do sistema respiratório na qual o foco inflamatório são os alvéolos pulmonares, local onde ocorre as trocas gasosas, que são comumente incapacitados por agentes patogênicos ou ambientais. O Brasil está entre os países com maior incidência dessa doença. Atualmente, é considerada um evento adverso persistente que ocasiona maior morbidade, aumento no tempo de internação e custos do tratamento, além da necessidade de cuidados intensivos com uso de ventilação mecânica e maior risco de mortalidade (SANCHES et al., 2021). A pneumonia se instala no trato respiratório inferior e pode se relacionar à ventilação mecânica e à aspiração de secreção da orofaringe, no caso de pacientes que se encontram em uso de tubo orotraqueal, podendo, ainda, estar relacionada à secreção que se acumula acima do balonete do tubo. Basicamente, pneumonias são provocadas pela entrada de um agente infeccioso que podem ser: bactérias, vírus, fungos e por reações alérgicas no espaço alveolar (ARAÚJO et al., 2021). Os alvéolos por sua vez devem estar sempre muito limpos, livre de substâncias que possam impedir o contato do ar com o sangue. Diferente do vírus da gripe, que é altamente infectante, os agentes infecciosos da pneumonia não costumam ser transmitidos facilmente (CANTO et al., 2020). A pneumonia pode ser adquirida pelo ar, saliva, secreções, transfusão de sangue ou, na época do inverno, devido a mudanças bruscas de temperatura. Essas mudanças comprometem o funcionamento dos pelos do nariz responsáveis pela filtragem do ar aspirado, o que acarreta uma maior exposição aos micro-organismos causadores da doença (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2020). No âmbito da qualidade e segurança na assistência à saúde, em ambiente hospitalar, pode-se dizer que as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) constituem um ponto de grande importância, pois são eventos que ocorrem por falhas no processo assistencial e que poderiam ser evitados. A ocorrência de IRAS está relacionada com maior mortalidade, aumento de custos e do tempo de internação hospitalar (JUNIOR; FERRAZ; LAPCHICK, 2016). 3.1.6. Pneumonia Adquirida em Hospital A Pneumonia adquirida em Hospital (PAH) resulta na invasão microbiana do parênquima pulmonar normalmente estéril, por organismo particularmente virulento durante a aspiração, podendo ser um fator contribuinte para a infecção do parênquima. (BRAGA et al., 2021). A patogênese da PAV decorre da resposta inflamatória do parênquima pulmonar, que delibera sinais e sintomas respiratórios graves; é resultante da penetração e multiplicação descontrolada de agentes infecciosos, principalmente, por microrganismos multidroga-resistentes, junto com o comprometimento da imunidade, redução do reflexo de tosse e alteração na deglutição dos pacientes (GOMES; CASTELO, 2019). A frequência de patógenos multirresistentes (MR) específicos que causam PAH pode variar de acordo com o hospital, a população de pacientes, a exposição a antibióticos e o tipo de paciente internado em UTI e muda ao longo do tempo, o que aumenta a necessidade de dados de vigilância. As taxas de PAH causada por patógenos MR têm aumentado dramaticamente em pacientes hospitalizados,especialmente em pacientes internados em UTI (BRAGA et al., 2021). No âmbito das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde, a Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV) é a mais frequente e grave das infecções que acometem os pacientes hospitalizados em Unidade de Terapia Intensiva (COBARCHO et al., 2019). Estima-se que os episódios de pneumonia associada à ventilação mecânica gerem uma taxa de mortalidade global entre 20% a 60% refletindo-se na gravidade da doença e na falência de órgãos (ANVISA, 2017). 3.1.7. Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica A pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) é uma infecção pulmonar que se desenvolve em pelo menos 48h ou mais após a admissão hospitalar em pacientes ventilados mecanicamente através de traqueostomia ou intubação endotraqueal, sendo a infecção hospitalar com maior impacto nos desfechos dos pacientes e no aumento dos custos com cuidados de saúde (BASSI et al., 2014). A PAV é a infeção mais frequente que acomete os pacientes críticos que estão fazendo uso de ventilação mecânica nas UTIs devido ao estado vulnerável destes pacientes. Quando a pneumonia é relacionada à assistência à saúde geralmente tem origem aspirativa, sendo a principal fonte as secreções das vias áreas superiores, seguida da inoculação exógena de material contaminado ou do refluxo do trato gastrintestinal (RODRIGUES et al., 2016). Aproximadamente 10% dos pacientes que necessitam de VM desenvolvem PAV, com taxa de mortalidade de 20-50% (WANG et al., 2014). Diversos fatores podem favorecer o desenvolvimento da infecção pulmonar associada a ventilação, entre eles, a contaminação do tubo endotraqueal, do aparelho umidificador, dos cateteres intravenosos ou das mãos dos profissionais de saúde (MORINEC, JACOBONI, MACNETT, 2012). Enfatizando a necessidade de adesão dos profissionais de saúde do ciclo de boas práticas, onde a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) afirma que deve ser realizado os cinco momentos de higienização das mãos em âmbitos hospitalares, sendo iniciada antes do contato com o paciente, após o contato com o paciente, antes da realização de procedimento asséptico, após o risco de exposição a fluidos corporais e, após tocar superfícies próximas ao paciente. 3.1.8. Aspectos clínicos, radiológicos e laboratoriais para diagnóstico da pneumonia associada à ventilação mecânica Para que o paciente receba o diagnóstico clínico sendo considerado como portador da PAV, precisa ser incluído dentro dos seguintes critérios: presença de infiltrado de caráter novo, de carácter progressivo ou de carácter persistente, podendo ser observados nos exames de radiogramas de tórax, sendo avaliadas as condições hemodinâmicas, amostra de culturas qualitativa positivas do aspirado endotraqueal (este critério é obrigatório para a inclusão do paciente); e ausência de outro foco de infecção que explicasse a síndrome infecciosa (COSTA et al., 2016). Ramirez et al., (2016) descreveram que as alterações clínicas e radiológicas da doença ocorrem gradual e paralelamente à resposta imune do hospedeiro, o que reafirma a possibilidade de haver um espectro de apresentação entre a colonização das vias aéreas e a PAV (com a traqueobronquite associada à ventilação mecânica entre os extremos). As alterações de leucograma (leucocitose ou leucopenia), também são vistas como ferramentas auxiliares de pouca especificidade no diagnóstico de PAV, já que podem ser decorrentes de sepse de outro foco ou de doenças hematológicas (LUNARDELLI et al., 2021). Para diagnostico da PAV analisa-se caso clinico geral conforme está descrito no quadro a seguir. Algoritmo para diagnóstico de PAV – CDC – 2019 Após um período de estabilidade ou melhora nos parâmetros de Ventilação Mecânica, o paciente desenvolve um dos marcadores de piora da oxigenação: · Aumento de FiO2 - 0,2 sustentado por dois dias; · Aumento de PEEP - 3 cmH2O sustentado por dois dias. Condição associada à Ventilação Mecânica Após 48 horas de VM e dentro de dois dias da piora da oxigenação, o paciente cumpre os seguintes critérios: 1. Tax > 38 ou < 36ºC, ou leucometria > 4.000 ou < 12.000 células/mm3; e 2. Novo antibiótico mantido por pelo menos quatro dias. Complicação associada à VM relacionada com infecção Possível pneumonia associada à VM Após 48 horas de VM e dentro de dois dias da piora da oxigenação, o paciente cumpre os seguintes critérios: Critério 1: cultura quantitativa ou semiquantitativa positiva conforme os limiares abaixo, independente da característica da secreção traqueal: a. Aspirado traqueal - 105 UFC/mL (ou crescimento moderado); b. Lavado broncoalveolar - 104 UFC/mL; c. Tecido pulmonar - 104 UFC/g; d. Escovado protegido - 103 UFC/mL. Critério 2: secreção traqueal purulenta ( 25 neutrófilos e 10 células epiteliais por campo de grande aumento) + identificação de microorganismo através de cultura de quaisquer dos seguintes (mesmo que não cumpram os critérios item 1): a. Escarro; b. Aspirado endotraqueal; c. Lavado broncoalveolar; d. Tecido pulmonar; e. Escovado protegido. Critério 3: um dos seguintes testes positivos: a. Organismo identificado em líquido pleural; b. Histopatologia pulmonar (abscessos ou consolidações ou evidência de invasão do parênquima por fungos ou evidência de infecção viral); c. Teste diagnóstico positivo para Legionella; Teste diagnóstico positivo para influenza, vírus sincicial respiratório, adenovírus, vírus parainfluenza, rinovírus, metapneumovírus humano ou coronavírus Fonte: NHSN (2019). 3.1.9. Prevenção Para prevenção da PAV, foi desenvolvida uma iniciativa de divulgação e adoção mundial denominada “Bundle da PAV”. Seus elementos são ações de boas práticas, baseadas em evidências, que determinam um padrão de atendimento e de cuidados em saúde para prevenção da PAV. A eficácia deste processo depende de estrutura mínima e adesão as ações propostas (MASTERTON et al., 2011). Trata-se de um checklist que deve ser preenchido de forma multidisciplinar de acordo com a equipe da unidade. É composto por sete medidas que, uma vez realizadas em conjunto, tendem a diminuir a incidências de PAV. Além disso, o bundle contém informações adicionais, como: data da intubação, data da extubação com identificação do modo, se programada ou acidental, data da reintubação e traqueostomia (RODRIGUES et al., 2016). As estratégias de prevenção para PAVM incluem intervenções como elevação da cabeça, administração de antibióticos profiláticos, limitação da duração da VM e interrupção da sedação propostas (MASTERTON et al., 2011). Dentre as medidas preventivas da PAV, podem-se destacar as seguintes: a cabeceira elevada em 30 a 45º, o que, apesar de não haver consenso para determinar seu impacto, apresenta risco mínimo e nenhum custo econômico, além de favorecer os pacientes com alimentação enteral, por reduzir riscos de desenvolver PAV, comparados à posição supina, sendo indicada como uma medida básica na prevenção da PAV (ANVISA 2017). A higiene bucal tem sido considerada um componente essencial na prevenção da PAVM e, sendo realizada de forma padronizada, pode reduzir significativamente a taxa de infecções do trato respiratório devido à colonização microbiana (CHACKO et al., 2017). A monitorização da pressão do balonete (cuff) que podem provocar diminuição das taxas de PAV, mantendo-se os valores pressóricos entre 18 a 22 mmHg ou 25 a 30 cmH.O, a fim de evitar o comprometimento da microcirculação traqueal devido à pressão excessiva e à passagem de secreção subglótica na pressão insuficiente (KLOMPAS et al., 2014). Cuidados com o circuito do ventilador, realizando a troca apenas quando visivelmente sujo ou com mau funcionamento e removendo periodicamente o condensado do circuito, para evitar que retorne para o paciente (METHA et al., 2016). 3.1.10. Fatores de risco A pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) é uma causa significativa de morbidade e mortalidade em pacientes gravemente doentes em unidades de terapia intensiva (UTIs) que passam por ventilação mecânica(MV) invasiva via tubo endotraqueal (TET) ou traqueostomia [...] A PAV ocorre devido à aspiração de secreção da orofaringe, do condensado formado no circuito do respirador, do conteúdo gástrico colonizado por bactérias patogênicas, procedimentos invasivos sem utilização de materiais estéreis, posição supina inferior a 30° e cuff com insuflação menor que 20 cmH2O. (COSTA et al., 2016). Tabela 1: Fatores de risco para aquisição da pneumonia associada à VM. Fatores que aumentam à colonização da orofaringe e/ou estômago por microrganismos · Uso de antibioticoterapia prévia, com a combinação de três ou mais antimicrobianos; · Presença de doença pulmonar crônica; · Permanência em Unidade de Terapia Intensiva; · Contaminação do circuito do ventilador; · Ausência de higienização oral diária; · Aspiração oral sem materiais esterilizados. Condições que favorecem a aspiração do trato respiratório ou do refluxo do trato gastrintestinal · Intubação orotraqueal e segundas intubações; · Traqueostomia; · Utilização de sonda nasoenteral; · Posição supina (decúbito abaixo de 30º); · Condensação do circuito ventilatório gerando água nas traqueias; · Rebaixamento do nível de consciência; · Redução do reflexo de tosse; · Duração da ventilação mecânica e uso de antiácidos ou antagonistas H2. Fatores do hospedeiro · Idade superior a 60 anos; · Desnutrição; · Imunossupressão; · Paciente queimado; · Gravidade da doença de base. Fonte: Adaptado das Diretrizes Assistenciais Hospital Albert Einstein (2012). Separam-se os fatores de risco para o desenvolvimento de PAVM em modificáveis e não modificáveis. Determinam-se que os não modificáveis são: idade, escore de gravidade quando da entrada do paciente na UTI e presença de comorbidades. Ressaltam-se que os fatores modificáveis estão relacionados à microbiota da própria UTI justificando a importância de conhecer os agentes mais frequentes em cada local específico. Revela-se que o conhecimento da microbiota local aperfeiçoa a prescrição de antimicrobianos, que deve ser feita logo que houver suspeita de PAVM (MARINHO et al., 2018). 4. METODOLOGIA 4.1. Delineamento do Estudo Foi realizado um estudo do tipo revisão integrativa da literatura, com abordagem qualitativa. A questão de pesquisa foi elaborada por meio da estratégia PICO (paciente, intervenção, comparação e resultados), em que: P = pneumonia associada à ventilação; I = estratégias de prevenção de PAV; C = comparação das estratégias de prevenção de PAV; O = redução da densidade de incidência de PAV. O método de revisão integrativa permite a combinação de dados da literatura empírica e teórica que podem ser direcionados à definição de conceitos, identificação de lacunas nas áreas de estudos, revisão de teorias e análise metodológica dos estudos sobre um determinado tópico. A combinação de pesquisas com diferentes métodos combinados na revisão integrativa amplia as possibilidades de análise da literatura (BOTUCATU, 2015). Foram aplicadas seis etapas recomendadas para essa modalidade de revisão: 1) identificação do tema e seleção da hipótese ou questão de pesquisa; 2) estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos/amostragem ou busca na literatura; 3) definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados/categorização dos estudos; 4) avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa; 5) interpretação dos resultados; e 6) apresentação da revisão/síntese do conhecimento (MENDES et al., 2008). 4.1.1. Coleta de dados Foram coletados dados nas bases das plataformas de busca: SciELO, BVS, EBSCO, Scholar Google e PubMed, no período de julho a setembro de 2022, abrangendo estudos descritivos e analíticos. Para realizar a busca das produções científicas foram utilizados os seguintes descritores de acordo com o Descritores em Ciências da Saúde (DECS) na língua em portuguesa: “Pneumonia Associada a Assistência à Saúde”, “Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica”, “ Unidade de Terapia Intensiva”, “Prevenção”, “Infecção Pulmonar”, “Ventilação Mecânica”, “Controle” e descritores na língua inglesa com as suas respectivas combinações: “Prevention AND Control AND Pneumonia, Ventilator-Associated AND Intensive Care, Units AND Bundle AND Patient Care. 4.1.2. Critérios de inclusão e critérios de exclusão Foram adotados como critérios de inclusão estudos disponíveis na íntegra, publicados de 2017 a 2022, versados em língua portuguesa, inglesa e espanhola, abordando as estratégias de prevenção da pneumonia ocasionada pelo tempo de ventilação mecânica. A exclusão foi artigos repetidos, dissertações, teses, publicações em anais e livros. 4.1.3. Análise de dados Foram coletadas informações sobre métodos de prevenção da pneumonia associada a ventilação mecânica e tratadas em termos qualitativos, os resultados encontrados serão organizados a fim de relatar os achados e seguir uma discussão sobre a importância dos termos pesquisados. A apresentação dos dados será realizada em um quadro com nome do autor, ano, título, objetivo e métodos e analisados de forma qualitativa. Os dados desta pesquisa foram analisados pela identificação da pertinência do trabalho à resposta do problema de pesquisa dando-se por meio da leitura dos títulos e resumos dos estudos, respondendo à adequação do tema de interesse. Por último, os estudos foram avaliados por meio da análise de conteúdo, bem como classificados conforme o nível de evidência. As etapas de seleção dos estudos são organizadas da seguinte maneira: 1ª seleção – pesquisa por descritores; 2ª seleção – seleção dos critérios de inclusão; 3ª seleção – leitura de títulos e resumos; e 4ª seleção – leitura do artigo na íntegra. 4.1.4. Aspectos éticos Essa revisão integrativa respeitou os critérios éticos, de acordo com a Lei N° 9.610 além de assegurar a autoria dos autores dos trabalhos pesquisados, empregando as normas da Associação Brasileiras de Normas Técnicas (ABNT). 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Inicialmente a busca foi realizada utilizando os termos diretamente relacionados ao tema, foram encontrados no total 29.752 artigos. Sendo que 24.163 estiveram publicados na base de dados Scholar Google, 1.951 na plataforma PubMed, 2.954 na plataforma BVS, e 620 na base EBSCO. Quadro 1 - Descritores e bases de dados utilizados na pesquisa DESCRITORES Scholar Google PubMed Scielo BVS EBSCO Prevention “AND” Control “AND” Pneumonia 7.243 1.754 15 45 239 Ventilator-Associated “AND” Intensive Care 9.660 7 23 2.879 135 Units AND Bundle AND Patient Care. 7.260 190 26 30 246 Fonte: autoria própria (2022). Foram excluídos da pesquisa 29.737 artigos por não estarem diretamente ligados ao tema selecionado. Após a aplicação dos critérios de inclusão foram selecionados 15 artigos contendo correlação com a abordagem do presente trabalho, descrevendo as possibilidades de prevenção da pneumonia. Quadro 2 – Apresentação dos artigos selecionados para análise. Artigo Ano Autor Objetivos Base de dados Boas práticas na prevenção de PAVM 2019 ALECRIM et al. Avaliar a adesão dos profissionais de saúde a um conjunto de boas práticas de prevenção de PAV Scielo Adesão ao bundle de prevenção de PAVM 2019 BARROS Avaliar a adesão e conformidade das práticas que integram um bundle de prevenção da PAV em uma UTI de adultos, bem como analisar o impacto dessas medidas nas taxas de PAV Google Scholar PAVM em pacientes em ventilação mecânica prolongada: descrição, fatores de risco associados à mortalidade e desempenho do escore SOFA 2021 NÚÑEZ et al. Descrever as características de pacientes com PAVM em VMP e identificar fatores associados à mortalidade Scielo Boas práticas para prevenção de PAVM no serviço de emergência 2019 FROTA et al. Avaliar a conformidade do conjunto de boas práticas para prevenção da pneumonia associada à VM no serviço de urgência e emergência de um HU Scielo Fatores de sucesso em colaborativa para redução de infecções relacionadas à assistência à saúde em UTI no Nordestedo Brasil 2019 MELO et al. Descrever a implementação e os resultados da colaborativa PROADI-SUS, do Ministério da Saúde Brasileiro, para redução das infecções relacionadas à assistência à saúde incluindo pnm associada à VM. Google Scholar Ações de enfermagem na prevenção da PAVM: Uma revisão integrativa 2022 RODRIGUES et al. Identificar medidas de prevenção realizadas pela equipe de enfermagem para prevenir pneumonia associada à ventilação mecânica Google Scholar A assistência de enfermagem na prevenção da PAVM em pacientes de UTI 2022 FONSECA et al. Buscar evidências acerca da assistência de enfermagem aos pacientes com PAVM no âmbito da UTI. Google Scholar Medidas de prevenção da PAVM 2022 COSTA et al. Identificar medidas de prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica. Google Scholar Prevenção da PAVM 2022 ALVES et al. Avaliar a incidência, os fatores de risco, prevenção e cuidados de enfermagem a pacientes com pneumonia associada à ventilação mecânica internados em UTI. EBSCO PAVM em unidades de terapia intensiva 2022 GOMES et al. Analisar as ações de enfermagem frente a PAV no âmbito da terapia intensiva. Google Scholar PAV: Conhecimento dos Profissionais de Saúde Acerca da Prevenção e Medidas Educativas 2019 MELO et al. Avaliar o conhecimento dos profissionais de saúde sobre a prevenção da Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAVM) em pacientes críticos internados nas Unidades de Terapia Intensiva Google Scholar PAV em adultos: uma revisão narrativa 2020 PAPAZIAN et al. Avaliar a PAV como alternativa para minização a exposição mecânica PubMed PAV: Novas Definições 2017 SPALDING et al. Apresentar os critérios de VAE e contrastar a diferença da definição de Pneumonia PubMed Comportamento da PAV na terapia intensiva adulto 2018 RODRÍGUEZ Avaliar o comportamento da pneumonia associada à ventilação mecânica como um indicador de qualidade de atendimento na UTI de Adultos BVS Adesão ao protocolo de PAV 2019 ZIGART et al. Conhecer a adesão da equipe de enfermagem ao protocolo de PNM associada à VM nas UTIs BVS Fonte: autoria própria. Legenda- PAVM: Pneumonia associada a ventilação mecânica, UTI: unidade de terapia intensiva. Os estudos selecionados para a pesquisa estão classificados em estudo de coorte 20%; revisão de literatura 47%; estudo transversal 20% e estudo observacional 13%. Gráfico 1: Categoria de estudos selecionados para a pesquisa Fonte: autoria própria (2022). Em relação aos idiomas dos estudos selecionados 60% (9 artigos) foram publicados no Brasil, em língua portuguesa, 4 artigos (27%) nos EUA em língua inglesa,2 artigos (13%) em língua espanhola no México (GRÁFICO 2). Gráfico 2: Idiomas aplicados na pesquisa Fonte: autoria própria (2022). Entre os artigos selecionados na pesquisa, pode-se apresentar algumas contribuições. Conforme citado por Alecrim e colaboradores (2019), 10,64 ocorrências de PAV por 1.000 dias de consultas médicas ocorreram em hospitais públicos e 6,56 casos por 1.000 consultas ocorreram em hospitais privados em UTIs paulistas. Alecrim et al (2019), cita que quanto às estratégias preventivas de PAV, o item de avaliação da sedação diária e substituição do circuito quando necessário teve maior adesão. Apesar da importância dessa estratégia preventiva, a pressão do manguito teve o menor nível de adesão. No entanto, há evidências de que a adesão às medidas de prevenção da PAV e a ocorrência de pneumonia podem estar relacionadas. Conforme observado por Frota e colaboradores (2019), a intervenção mais frequente neste estudo, ocorrendo em 85,2% das observações, foi a prevenção de úlcera péptica. Como os perigos e vantagens de sua aplicação para o paciente devem ser ponderados, estudos indicam que essa medida pode ser questionada na prática, variando desde o não uso até a adesão entre 56,0% e 100%. Embora o sangramento gastrointestinal seja uma consequência frequente em pacientes críticos, o uso de inibidores da bomba de prótons altera o pH do suco gástrico, modificando o padrão de colonização de inúmeras bactérias, aumentando potencialmente a probabilidade de PAV. Segundo Rodrigues et al (2022), em sua pesquisa as práticas preventivas mais utilizadas foram: cabeceira elevada entre 30° e 45°, higiene bucal com clorexidina 0,12%, despertares diários da sedação, avaliação da capacidade de realizar o teste de respiração espontânea, manutenção da pressão adequada do balonete e aspiração subglótica. O Instituto de Melhoria da Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, também sugeriu as medidas que estão sendo apresentadas. Para Fonseca et al (2022), a prevenção da PAV também deve levar em consideração a higiene bucal. A aspiração de patógenos que colonizam a orofaringe, considerada a principal microaspiração de microrganismos da orofaringe, é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de pneumonia nosocomial. Existem vários estudos e evidências relacionando a colonização microbiana da orofaringe e da placa dentária à PAVM. A cavidade oral é continuamente colonizada e a placa bacteriana atua como um reservatório permanente de germes. Como a clorexidina tem um amplo espectro de ação e afeta bactérias gram-positivas e gram-negativas, fungos, leveduras e vírus lipofílicos, há necessidade de intervir na higiene bucal de pacientes em unidades de terapia intensiva. Segundo Costa e colaboradores (2022), a prevenção da PAV, que por vezes se transforma em fragilidade pela frequente não realização, depende da higienização das mãos dos profissionais de saúde antes do contato com pacientes em respiração mecânica. Aconselha-se fazer planos e garantir que sejam seguidos para melhorar a adesão a esta excelente prática, consolidar a periodicidade e usar a abordagem adequada. Em indústrias onde a presença de micróbios multirresistentes é frequente, há evidências convincentes para apoiar o uso de sabonete líquido em combinação com antissépticos como a clorexidina para diminuir a transmissão cruzada. Mas é crucial enfatizar que desinfetantes para as mãos à base de álcool devem ser promovidos em todas as unidades de saúde. Costa et al (2022), afirma que ao operacionalizar suas intervenções com base nas melhores evidências científicas disponíveis, essas recomendações visam reduzir a variabilidade da prática. Quando adequadamente implementados, eles levam a uma diminuição nas taxas de incidência de PAV, melhoram a qualidade da assistência prestada e, por fim, melhoram o prognóstico do paciente grave. Segundo a pesquisa de Alves et al (2022), uma importante atitude não é realizada de forma adequada pela equipe multiprofissional que envolve a calibração da pressão intracuff do tubo intratraqueal, chamando a atenção para sua baixa frequência (18,1%). No Brasil, é recomendado testar essa pressão pelo menos três vezes ao dia. Além disso, quando isso foi confirmado, os resultados ficaram fora do intervalo de 14,7mmHg a 22mmHg recomendado na literatura mundial. Segundo Melo e colaboradores (2019), para o paciente que recebe ventilação mecânica, a fisioterapia respiratória é recomendada para cura ou reabilitação. Também é recomendado para a prevenção de complicações pulmonares, pois a melhora da função pulmonar também reduz o risco de infecção pulmonar, diminui o tempo de internação que requer ventilação mecânica e elimina a necessidade de traqueostomias. É assim que todos os pacientes em ventilação mecânica devem ser tratados. Zigart e colaboradores (2019), cita que em comparação com posições inferiores a 30 graus, a cabeceira elevada neste ângulo (30° a 45°) favorece maior volume corrente, com melhora dos parâmetros ventilatórios com pressão de suporte, e reduz o risco de PAV. Também promove redução do refluxo e aspiração nasofaríngea, orofaríngea e do trato gastrointestinal. Nos principais achados dos estudos encontrados observou-se que em diferentes hospitais há utilização de diferentes técnicas para prevenção da PAV, isso está relacionado as medidas de prevenção,o essencial é que algum método seja utilizado. É importante destacar que se acredita que a gravidade da doença e a falência de órgãos contribuam para um risco estimado de morte de 20 a 60% para surtos de pneumonia com ventilação mecânica. Por realizar a maioria das operações em pacientes em uso de ventilador mecânico, a equipe de multiprofissional é vista como fundamental na realização de esforços para evitar a PAV. Também foi possível determinar que essas precauções citadas são eficazes para prevenir a PAV diretamente. Um achado importante foi o uso de várias precauções, o que destaca o fato de que o monitoramento epidemiológico de seu uso é tão crucial quanto sua implementação. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Observou-se que a pneumonia está relacionada a alterações hemodinâmicas decorrentes da patologia inicial do indivíduo associado a fatores externos, sendo causada por IRAS e tempo de exposição prolongado a ventilação mecânica, juntamente ao uso contínuo de drogas sedativas. Contudo, há diversos protocolos e medidas de prevenção da PAV instalados em ambientes hospitalares, cabendo sua resolubilidade a equipe multiprofissional, enfatizando a necessidade de cumprir de maneira literal os protocolos para sua prevenção, mantendo uma rotina de cuidados quanto a posicionamento em leito, oferta de dieta, higienização da cavidade oral, procedimentos invasivos com materiais estéreis, pressão do cuff, controle de secreção via TOT e TQT para redução da taxa de acometimentos de PAV em UTI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILANCIA SANITÁRIA (BR). Critérios diagnósticos de infecção relacionada à assistência à saúde. Brasília, DF: Anvisa; 2017 [cited 2018 Aug 28]. (Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde). ALECRIM, Raimunda Xavier et al. Boas práticas na prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica. Acta Paulista de Enfermagem, v. 32, p. 11-17, 2019. ALVES, Fernanda; RODRIGUES, Maria da Glória; MAIA, Luiz Faustino. 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Estudos Estudo de coorte Revisão de literatura Estudo transversal Estudo observacional 3 7 3 2 Idiomas Idiomas Inglês Espanhol Portugûes 4 2 9 CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA CURSO DE BACHARELADO EM FISIOTERAPIA MARIANA SOUZA MARQUES ALVES PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA A VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA : REVISÃO DE LITERATURA SOBRAL - CE 2022 CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA CURSO DE BACHARELADO EM FISIOTERAPIA MARIANA SOUZA MARQUES ALVES PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA A VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: REVISÃO DE LITERATURA SOBRAL-CE 2022
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