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Confidencial até o momento da aplicação. concurso público 001. Prova objetiva delegado de polícia civil � você recebeu sua folha de respostas e este caderno contendo 60 questões objetivas. � Confira seus dados impressos na capa deste caderno e na folha de respostas. � Quando for permitido abrir o caderno, verifique se está completo ou se apresenta imperfeições. Caso haja algum problema, informe ao fiscal da sala para a devida substituição desse caderno. � Leia cuidadosamente todas as questões e escolha a resposta que você considera correta. � Marque, na folha de respostas, com caneta de tinta preta, a letra correspondente à alternativa que você escolheu. � A duração da prova é de 4 horas e 30 minutos, já incluído o tempo para o preenchimento da folha de respostas. � Só será permitida a saída definitiva da sala e do prédio após transcorridos 75% do tempo de duração da prova. � Deverão permanecer em cada uma das salas de prova os 3 últimos candidatos, até que o último deles entregue sua prova, assinando termo respectivo. � Ao sair, você entregará ao fiscal a folha de respostas e este caderno. � Até que você saia do prédio, todas as proibições e orientações continuam válidas. aguarde a ordem do fiscal Para abrir este caderno. Nome do candidato Prédio sala carteiraInscriçãorg 2PCRR2101/001-DelegadoPolíciaCivil Confidencial até o momento da aplicação. 03. Considerando que o relacionamento interpessoal é a conexão entre pessoas que convivem em um mesmo círculo social, assinale a alternativa correta. (A) A empatia é colocar-se no lugar do outro, considerar sua opinião e seu sentimento. (B) Rapport é corrigir o comportamento da pessoa com quem estamos conversando, para que reconheça a autoridade investida no policial em serviço. (C) O autoconhecimento não é importante para entender os traços de comportamento da outra pessoa, como você lida com as diferenças, o impacto que causa na vida dos outros e o que o incomoda. (D) Falar sobre si ajuda a impor a própria opinião, em detrimento da opinião alheia; isso, por vezes, é bom para construir boas conexões no ambiente de trabalho. (E) Ouvir o outro é um exercício fácil, embora não seja comum trazer bons resultados, pois pressupõe estar sujeito a ouvir opiniões inoportunas e/ou inconve- nientes. 04. Considerando que “Vitimologia” é a disciplina que estuda o papel da vítima no fenômeno da criminalidade, é corre- to afirmar que (A) “vitimodogmática” é a trajetória percorrida pela víti- ma, rumo à vitimização. (B) “dupla criminal” é aquela que se vitima a si própria, com fins fraudulentos. (C) “iter victimae” é o estudo da contribuição da vítima na ocorrência do crime. (D) “pseudovítima” é o par formado pelo criminoso e pela vítima. (E) “heterovitimização” é a autoculpabilização da vítima pelo crime contra si praticado. conHecimentos gerais Formação Humanística, PrincíPios da Ética, FilosoFia e Psicologia Jurídica 01. A respeito do tema “controle social e direito”, assinale a alternativa correta. (A) A concepção do Direito como instrumento de contro- le social não é um dos fundamentos da Sociologia Jurídica. (B) São sistemas de controle formal a polícia, o ministé- rio público e o judiciário. (C) A transgressão a normas legais por um grupo de in- divíduos não demonstra ineficácia do processo de socialização. (D) São instâncias de controle informal a escola, a igreja e a prisão. (E) A ressocialização é um processo de aprendizagem que se inicia quando o indivíduo nasce e só termina no fim de sua vida. 02. “Muitas vezes, tomamos conhecimento de movimentos nacionais e internacionais de luta contra a fome. Fica- mos sabendo que, em outros países e no nosso, milhares de pessoas, sobretudo crianças e velhos, morrem de penúria e inanição. Sentimos piedade. Sentimos indig- nação diante de tamanha injustiça (especialmente quan- do vemos o desperdício dos que não têm fome e vivem na abundância). Sentimos responsabilidade. Movidos pela solidariedade, participamos de campanhas contra a fome. Nossos sentimentos e nossas ações exprimem nosso(a) ” (Marilena Chauí). Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna. (A) sensibilidade retórica (B) crise de valores (C) juízo apriorístico (D) crise de empirismo (E) senso moral 3 PCRR2101/001-DelegadoPolíciaCivilConfidencial até o momento da aplicação. teoria geral do direito e da Política 05. A teoria tridimensional do Direito, difundida no Brasil pelo jurista Miguel Reale, baseia-se nos seguintes elementos: (A) Estado, poder e justiça. (B) norma, moral e sanção. (C) fato, valor e norma. (D) ciência, direito e justiça. (E) regra, coerção e resultado. 06. O papel desse princípio é harmonizar as normas na bus- ca do equilíbrio, sem lhes negar completamente a eficá- cia. Na hermenêutica constitucional, esse conceito diz respeito ao denominado princípio da (A) unidade da Constituição. (B) supremacia material da Constituição. (C) interpretação conforme a Constituição. (D) máxima efetividade. (E) presunção da constitucionalidade. 07. Assinale a alternativa correta a respeito das súmulas vin- culantes. (A) A edição, a revisão e o cancelamento de enuncia- do de súmula com efeito vinculante dependerão de decisão tomada por maioria absoluta dos membros do Supremo Tribunal Federal, em sessão plenária. (B) O Município poderá propor, incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vincu- lante, o que não autoriza a suspensão do processo. (C) A proposta de edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante acarreta a suspen- são imediata, e por tempo indeterminado, dos pro- cessos em que se discuta a mesma questão. (D) Da decisão judicial ou do ato administrativo que con- trariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo indevidamente caberá recurso ordinário ao Supremo Tribunal Federal. (E) Contra omissão ou ato da administração pública, o uso do recurso cabível contra o disposto numa sú- mula vinculante não exigirá o prévio esgotamento das vias administrativas. 08. No tocante ao conflito de normas jurídicas no tempo, existem as antinomias aparentes, e sobre elas é correto afirmar que (A) são também chamadas de lacunas de conflito. (B) a sua resolução tem como resultado a revogação tá- cita de uma das normas. (C) os critérios de solução acabam por retirar a validade da norma jurídica não aplicada. (D) a sua solução se dá pela via dos critérios hierárqui- co, cronológico e da especialidade. (E) a sua solução é feita pela analogia, pelos costumes e pelos princípios gerais de Direito. criminologia 09. Considerando que as Ciências Criminais são alicerçadas triplamente pela Criminologia e pelo Direito Penal, sendo a Política Criminal a vinculação entre ambos, é correto afirmar que (A) a Criminologia é uma ciência empírica, de caráter preventivo. (B) não é papel do Estado a realização de políticas públicas de segurança. (C) o Direito Penal é uma ciência empírica, de caráter unicamente retributivo. (D) a polícia judiciária atua de forma preventiva, antes da ocorrência da infração penal. (E) não é objetivo da Política Criminal a implementa- ção de medidas de combate à violência, tampouco o aprimoramento do sistema de segurança pública. 10. “A teoria , do sociólogo Johan Thorsten Sellin, foi construída por meio de sua observação à in- tensa imigração ocorrida nos Estados Unidos da América nas primeiras décadas do século XX, segundo a qual o comportamento delituoso surgiria em razão da convivên- cia do sujeito em um ambiente cultural diferente do seu.” Assinale a alternativa que preenche corretamente a la- cuna. (A) das áreas criminais (B) da desorganização social (C) do conflito cultural (D) da associação diferencial (E) da identificação diferencial 4PCRR2101/001-DelegadoPolíciaCivil Confidencial até o momento da aplicação. direito civil e emPresarial 13. Tendoem vista a Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, assinale a alternativa correta a respeito dos direi- tos da personalidade. (A) A voz humana não encontra proteção nos direitos da personalidade como direito autônomo, salvo como parte integrante do direito à imagem ou do direito à identidade pessoal. (B) A ampla liberdade de informação, opinião e crítica jornalística reconhecida constitucionalmente à im- prensa não poderá ser limitada sob o fundamento de preservação de direitos da personalidade. (C) O transgênero tem direito fundamental subjetivo à alteração de seu prenome e de sua classificação de gênero no registro civil, exigindo-se, para tanto, nada além da manifestação de vontade do indivíduo, em respeito aos princípios da identidade e da dignidade da pessoa humana, inerentes à personalidade. (D) A publicidade que divulgar, sem autorização, quali- dades inerentes a determinada pessoa, sem mencio- nar seu nome, não sendo capaz de identificá-la, não constitui violação a direito da personalidade. (E) A imunidade conferida ao advogado para o pleno exer- cício de suas funções deve observar os parâmetros da legalidade e da razoabilidade, não havendo, contudo, violação a direitos da personalidade em razão da ma- nifestação do causídico, mesmo decorrente da prática de ato que ocasione injúria ou lesão à honra de outras partes ou de profissionais que atuem no processo. 14. Tendo em vista a Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, pode-se corretamente afirmar, sobre a posse com justo título, que (A) A falta de registro de compromisso de compra e venda é suficiente para descaracterizar o justo títu- lo como requisito necessário ao reconhecimento da usucapião ordinária. (B) justo título não pode ser considerado, prepondera- mente, sinônimo de instrumento, mas de causa hábil para constituição da posse, em razão dos princípios da socialidade, da eticidade e da operabilidade, es- tabelecidos pelo Código Civil. (C) a posse decorrente de contrato de alienação fidu- ciária pode ser considerada justo título para fins de aquisição da propriedade pela usucapião. (D) a posse decorrente de contrato de comodato pode ser considerada justo título para aquisição da pro- priedade pela usucapião, desde que renovado di- versas vezes, ensejando legítima expectativa no co- modatário de que irá permanecer na posse do bem objeto do contrato de comodato. (E) a posse decorrente de contrato de locação pode ser considerada justo título para fins de usucapião, des- de que o contrato esteja vigendo por prazo indeter- minado, bem como tenha se prolongado por longo período, ensejando a justa expectativa no locador de que permanecerá na posse do imóvel, mesmo que não tenha ocorrido a interrupção dos pagamentos. 11. Para a Criminologia Moderna, o crime é um fenômeno social e comunitário, que deve ser administrado pela sociedade. Diante do exposto, é correto afirmar que são medidas de prevenção criminal (A) primária o policiamento ostensivo, os programas de apoio a dependentes químicos e a classificação etá- ria de espetáculos públicos. (B) geral as sentenças criminais condenatórias definitivas. (C) secundária as políticas públicas de educação, saúde, trabalho e segurança. (D) especial a coerção estatal na imposição de multa, a suspensão de direitos e o encarceramento a toda a sociedade. (E) terciária a laborterapia, o livramento condicional e a prestação de serviços comunitários. 12. Um dos sistemas de reação ao fenômeno do crime é o modelo denominado (A) “segurança cidadã”, o qual possui foco na prevenção à criminalidade dos pobres, em detrimento dos ricos e poderosos. (B) “dissuasório”, pois busca a solução conciliadora do conflito, a reparação de danos à vítima e a pacifica- ção do convívio social. (C) “integrador”, pois confere relevância à pretensão punitiva do Estado e ao castigo do delinquente. (D) “ressocializador”, pois prioriza a reinserção social do infrator. (E) “reparador”, pois pleiteia a indenização dos danos causados pelo delinquente ao erário público. 5 PCRR2101/001-DelegadoPolíciaCivilConfidencial até o momento da aplicação. legislação comPlementar 17. A Lei Complementar Estadual no 055/2001 (Lei Orgâni- ca da Polícia Civil) estabelece que o Delegado-Geral de P olícia Civil de Roraima (A) tem direitos, prerrogativas, representação e remu- neração de Secretário-Adjunto de Estado da Segu- rança Pública, e será substituído, sucessivamen- te, em suas ausências e impedimentos eventuais, pelo Diretor do Departamento de Polícia Judiciária da C apital, pelo Diretor do Departamento de Polí- cia E specializada, pelo Diretor do Departamento de P olícia Judiciária do Interior, pelo Diretor da Esco- la de Polícia Civil ou pelo Delegado de Polícia mais antigo na classe, dentre os membros do Conselho Superior de Polícia Civil. (B) tem direitos, prerrogativas, representação e remune- ração de Secretário de Estado da Segurança Públi- ca e será substituído, sucessivamente, em suas a usências e impedimentos eventuais, pelo Diretor do D epartamento de Polícia Especializada, pelo Diretor da Escola de Polícia Civil, pelo Diretor do Departa- mento de Polícia Judiciária da Capital, pelo Diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior ou pelo Delegado de Polícia mais antigo na classe. (C) pode ampliar a competência e circunscrição de qual- quer Delegado de Polícia Civil para os casos de polícia judiciária, a fim de abranger as relações i nter municipais, assegurando a continuidade da ação policial, des- de que autorizado, expressa e e spe cificamente, pelo S ecretário-Adjunto de Estado da Segurança Pública. (D) pode ampliar a competência e circunscrição de qual- quer Delegado de Polícia Civil para os casos de p olícia judiciária, para abranger as relações i nter- municipais, assegurando a continuidade da ação policial, desde que autorizado, expressa e especifi- camente, pelo Secretário de Estado da Segurança Pública. (E) será autorizado pelo Governador do Estado a a mpliar a competência e circunscrição de qualquer Delegado de Polícia Civil para os casos de polícia judiciária, para abranger as relações intermunicipais, assegurando a continuidade da ação policial, quando n ecessário e solicitado expressamente. 15. Tendo em vista os tipos de sociedades empresariais e os nomes que estas podem adotar, pode-se corretamente afirmar que (A) a sociedade em nome coletivo pode adotar o nome empresarial das espécies firma e denominação. (B) a comandita simples pode adotar o nome empresa- rial da espécie denominação. (C) a sociedade anônima pode adotar o nome empresa- rial das espécies firma e denominação. (D) a comandita por ações somente pode adotar o nome empresarial da espécie denominação. (E) a sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denominação. 16. Assinale a alternativa correta acerca da possibilidade de o sócio se retirar imotivadamente de uma sociedade limi- tada, tendo em vista o entendimento do Superior Tribunal de Justiça. (A) A retirada imotivada é sempre admitida na socieda- de limitada, seja ela regida supletivamente pelas nor- mas da sociedade simples ou, em razão de contrato social, pelas normas da sociedade anônima. (B) Não pode o sócio se retirar da sociedade limitada constituída por prazo indeterminado, salvo se os de- mais sócios, por maioria absoluta, deliberarem pela dissolução parcial da sociedade e pagamento dos haveres do sócio egresso equivalentes ao da cota que houver subscrito. (C) Somente se regida supletivamente pelas normas do Código Civil, poderá ser admitida a retirada imotiva- da do sócio; as sociedades limitadas que, em razão de previsão no contrato social, são regidas supleti- vamente pelas normas da sociedade anônima, não admitem a retirada imotivada, pois não é prevista na lei das sociedades anônimas. (D) Somente se, em razão de previsão é no contrato so- cial, regida supletivamente pelas normas da socie- dade anônima, poderá ser admitida a retiradaimo- tivada do sócio na sociedade limitada, em razão da expressa previsão de tal possiblidade na lei das so- ciedades anônimas; as sociedades limitadas regidas supletivamente pelas normas da sociedade simples não admitem a retirada imotivada. (E) Não pode o sócio se retirar da sociedade limitada constituída por prazo indeterminado, salvo se os de- mais sócios, por maioria simples, deliberarem pela dissolução parcial da sociedade e pagamento dos haveres do sócio egresso no valor equivalente ao que houver integralizado. 6PCRR2101/001-DelegadoPolíciaCivil Confidencial até o momento da aplicação. conHecimentos esPecÍficos direito constitucional 21. Essa técnica foi aplicada no julgamento da ADI 1946, na qual o STF decidiu que o art. 14 da EC 20/98, que insti- tuiu o teto para os benefícios previdenciários do RGPS, não deve ser aplicado ao benefício do salário maternida- de (licença gestante), que deve ser pago sem sujeição a teto e sem prejuízo do emprego e do salário, conforme o art. 7o, XVIII, da CF. Essa decisão do STF utilizou-se da técnica denominada de (A) interpretação conforme a Constituição sem redução de texto. (B) declaração parcial de inconstitucionalidade com redu- ção de texto. (C) declaração parcial de inconstitucionalidade sem redu- ção de texto. (D) interpretação conforme a Constituição com redução de texto. (E) mutação constitucional. 22. No tocante aos direitos e garantias fundamentais, a escusa de consciência, com base no disposto na Consti- tuição Federal, está diretamente relacionada à (A) liberdade de pensamento. (B) liberdade de crença. (C) proibição da censura. (D) inviolabilidade da intimidade e da vida privada. (E) liberdade de profissão. 23. Hermes cometeu o crime de tráfico de entorpecentes e Narciso, podendo evitar, se omitiu para evitar o crime de terrorismo. Nessa hipótese, conforme estabelece a Carta Magna brasileira, é correto afirmar que (A) Hermes terá direito a fiança, mas seu crime é insus- cetível de graça ou anistia, enquanto que Narciso não poderá sofrer punição pela mera conduta omissiva. (B) Hermes não terá direito a fiança, mas seu crime é suscetível de graça ou anistia, enquanto que Narciso terá direito a fiança e seu crime será suscetível de graça ou anistia. (C) ambos terão direito a fiança, mas ambos os crimes são insuscetíveis de graça ou anistia. (D) Hermes terá direito a fiança, mas Narciso não, sendo que o crime daquele é insuscetível de graça ou anis- tia, mas o crime de Narciso admite ambos benefícios. (E) ambos cometeram crimes inafiançáveis, ainda que Narciso tenha sido apenas omisso, sendo ambos os crimes insuscetíveis de graça ou anistia. 18. De acordo com a Lei de Processos Administrativos do Esta- do de Roraima (Lei no 418/2004), é correto afir mar que (A) os preceitos desta Lei não se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário do Estado, ain- da que no desempenho de função administrativa. (B) é vedada à Administração a recusa imotivada de r ecebimento de documentos do Administrado inte- ressado, devendo o servidor orientá-lo quanto ao suprimento de eventuais falhas. (C) havendo receio de prejuízo de reparação decorrente da execução de decisão administrativa, a autori dade recorrida ou a imediatamente superior deverá, de o fício ou a pedido, suspender o efeito suspensivo do recurso. (D) os processos administrativos de que resultem san- ções poderão ser revistos, no prazo decadencial de 5 (cinco) anos, contados da data da publicação da reprimenda, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada. (E) todos os prazos nos processos administrativos, no âmbito do estado de Roraima, ficam suspensos nos períodos de 5 de julho a 20 de julho, e de 20 dezem- bro a 5 de janeiro, de modo a garantir os períodos de férias da advocacia roraimense. 19. Nos termos do artigo 120 do Estatuto dos Servidores P úbli- cos do Estado de Roraima, são penalidades disciplinares (A) multa, suspensão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade. (B) repreensão, destituição de função comissionada e demissão. (C) advertência, destituição de cargo em comissão e e xpulsão a bem do serviço público. (D) suspensão, cassação de aposentadoria ou disponi- bilidade e expulsão. (E) destituição de função comissionada, destituição de cargo em comissão e demissão. 20. São integrantes estratégicos do Sistema Único de Segu- rança Pública (A) a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal. (B) os Conselhos de Segurança Pública e Defesa Social dos três entes federados. (C) as polícias civis. (D) as guardas municipais. (E) a Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (S enad) e a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). 7 PCRR2101/001-DelegadoPolíciaCivilConfidencial até o momento da aplicação. 27. Considerando o disposto na Constituição do Estado de Roraima, assinale a alternativa correta a respeito da Se- gurança Pública. (A) O Corpo de Bombeiros é órgão essencial das forças de segurança pública do Estado, fazendo parte inte- grante e subordinando-se à Polícia Militar. (B) O Corpo de Bombeiros Militar é dirigido por um Comandante-Geral, cargo de livre nomeação e exo- neração pelo Governador do Estado, que deve ser escolhido dentre os integrantes do último posto da Polícia Militar. (C) A politica penitenciária do Estado tem como objeti- vo a reeducação e reintegração social dos presos, devendo priorizar a manutenção de colônias penais agrícolas ou industriais, visando a promover a esco- larização e a profissionalização dos presos. (D) Incumbe à Polícia Civil a supervisão e o controle dos serviços de segurança privados dentro do Estado de Roraima, bem como o controle, orientação e instru- ção das guardas municipais. (E) Os integrantes dos serviços policiais serão reava- liados semestralmente, aferindo-se suas condições para o exercício do cargo, incluindo testes físicos, psicotécnicos, psicológicos e mentais. 28. Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é inconstitucional (A) lei municipal que impede a instalação de estabeleci- mentos comerciais do mesmo ramo, em determinada área. (B) lei ou ato normativo federal que disponha sobre sis- temas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias. (C) fixação do horário de funcionamento de estabeleci- mento comercial pelo Município. (D) julgamento pela Justiça do Trabalho de ação posses- sória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. (E) taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou desti- nação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis. 24. A Constituição Federal brasileira veda a extradição de estrangeiro por (A) crime de tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e crimes hediondos. (B) terrorismo e crime político. (C) crimes de guerra e genocídio. (D) crime de tortura e ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. (E) crime político ou de opinião. 25. Ísis, que é filha de pais brasileiros, nasceu no estrangei- ro durante o período em que seu pai estava a serviço da República Federativa do Brasil. Quando retornou ao Bra- sil, já maior de idade, almejava seguir a carreira diplomá- tica brasileira. Considerando o disposto na Constituição Federal, é correto afirmar que Ísis (A) é considerada estrangeira e não poderá, portanto, seguir a carreira diplomática neste país. (B) é considerada brasileira naturalizada e não poderá seguir a carreira diplomática no Brasil, cujo cargo é privativo de brasileiro nato. (C) poderá seguir a carreira diplomática, independen- temente de sua nacionalidade, uma vez que esse cargo não é privativo de brasileiro nato. (D) é considerada brasileira nata e, portanto, poderá seguir a carreira diplomática cujo cargo é privativo de brasileiro nato. (E) não será considerada brasileira,se não optou pela nacionalidade antes de completar a maioridade, e não poderá seguir a carreira pretendida, que é priva- tiva de brasileiro nato. 26. Segundo o disposto na Constituição Federal, na hipóte- se de um crime militar cometido por um militar do Esta- do contra um civil, o seu processo e julgamento será de competência (A) dos juízes de direito do juízo militar, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares. (B) do juiz criminal estadual, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, proces- sar e julgar os demais crimes militares. (C) do Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, mas caberá ao juiz militar processar e julgar os demais crimes militares. (D) dos juízes federais, cabendo aos juízes militares pro- cessar e julgar os demais crimes militares. (E) do tribunal do júri, na hipótese de crime doloso con- tra a vida, na forma tentada ou consumada, cabendo aos juízes criminais processar e julgar os demais cri- mes militares. 8PCRR2101/001-DelegadoPolíciaCivil Confidencial até o momento da aplicação. 31. O recurso hierárquico impróprio (A) insere-se na lógica da descentralização administrati- va, cujo direcionamento é necessariamente voltado à autoridade da administração direta competente para a supervisão da atividade decisória da autoridade da administração indireta, com a finalidade de verifica- ção e correição da decisão administrativa emitida. (B) depende da existência de relação hierárquica entre os entes controlador e controlado; existência de nor- ma jurídica expressamente prevendo a sua possibili- dade de interposição; necessidade de fiscalização e correição da atividade administrativa do ente público controlado. (C) insere-se na lógica da desconcentração administrati- va, cujo direcionamento é necessariamente voltado à autoridade da administração direta competente para a supervisão da atividade decisória da autoridade da administração indireta, com a finalidade de verifica- ção e correição da decisão administrativa emitida. (D) depende da existência de relação hierárquica entre os entes controlador e controlado para a sua carac- terização; independe de norma jurídica expressa- mente prevendo a sua possibilidade de interposição; decorre da necessidade de fiscalização e correição da atividade administrativa do ente público contro- lado. (E) insere-se no âmbito da administração direta, deve ser endereçado ao superior hierárquico imediato, in- depende de previsão normativa e tem por finalidade confirmar, modificar, anular ou revogar a decisão re- corrida. 32. Os serviços de transportes coletivos e de iluminação pú- blica podem ser classificados, respectivamente, como serviços (A) uti singuli e uti universi. (B) exclusivos e não exclusivos do Estado. (C) próprios e impróprios. (D) comerciais e sociais. (E) de execução direta e indireta. direito administrativo 29. Municípios de uma mesma região do Estado de Rorai- ma decidiram instituir um consórcio público para a gestão associada de serviços públicos na área de saúde, com transferência parcial de encargos, serviços, pessoal e bens necessários à continuidade dos serviços transferi- dos. O instrumento a ser firmado deve ser (A) contrato de gestão. (B) contrato de programa. (C) termo de colaboração. (D) termo de fomento. (E) acordo de cooperação. 30. Assinale a alternativa correta em matéria de atos admi- nistrativos. (A) Tipicidade é a qualidade do ato administrativo de impor obrigações ao Administrado, sem a anuência deste, existindo em relação aos atos obrigatórios como autorizações, permissões, licenças, certidões, declarações, pareceres, informações, entre outros. (B) Efeitos prodrômicos ou preliminares dos atos admi- nistrativos são aqueles que repercutem perante ter- ceiros não contemplados pelo ato, ou seja, atingem pessoas estranhas à relação jurídica entre a Admi- nistração e o sujeito passivo, como se dá, por exem- plo, com a desapropriação, que atinge o proprietário do imóvel e, também, o locatário. (C) Exigibilidade é a qualidade do ato administrativo em face da qual a Administração Pública pode, por si própria, conferir imediata efetividade aos atos pra- ticados, como por exemplo, quando inflige multa ao motorista que desrespeita as leis de trânsito. (D) Executoriedade é o atributo do ato administrativo que confere à Administração Pública o poder de exigir do administrado as obrigações que ela unilateralmente lhe impôs, como, por exemplo, quando a Administra- ção apreende mercadorias de porte ilícito. (E) Em face da presunção de legitimidade, os atos admi- nistrativos, até prova em contrário, presumem-se em conformidade com o ordenamento jurídico, impondo, a quem alega ilegitimidade ou ilegalidade, o dever de comprovar tal alegação, seja perante a própria Admi- nistração seja perante o Judiciário. 9 PCRR2101/001-DelegadoPolíciaCivilConfidencial até o momento da aplicação. 34. A Polícia Civil de Roraima possui uma Ata de Registro de Preços vigente para a aquisição de peças de reposição para as viaturas utilizadas em suas atividades. Surge a necessidade de compra de uma determinada peça cons- tante da ata, cujo preço registrado se encontra em valor superior àquele que está sendo praticado pelos fornece- dores existentes no mercado. Nessa situação, é correto afirmar que a Polícia Civil de Roraima (A) não está obrigada a contratar com o detentor da Ata, pois ao beneficiário do registro é assegurada apenas preferência em igualdade de condições. (B) está obrigada a contratar com o detentor da Ata, pois o preço registrado prevalece, mesmo que superior ao do mercado pelo prazo de 1 (um) ano. (C) não está obrigada a contratar com o detentor da Ata, mas não poderá licitar o mesmo objeto para obter preço inferior, até que termine a vigência da ata. (D) está obrigada a contratar com o detentor da Ata, pois esta possui força vinculante advinda da adjudicação do objeto ao beneficiário. (E) não está obrigada a contratar com o detentor da Ata, que não possui qualquer direito face a terceiros, pos- to que o preço ofertado serve apenas para fins de registro. 35. Sobre as eventuais obrigações remanescentes e sobre eventual subsistência do contrato de programa quando cessam as atividades do consórcio público, assinale a alternativa correta. (A) Quando cessam as atividades do consórcio públi- co, desaparecem as obrigações dos consorciados, considerando-se a subsidiariedade do ente federado que promoveu a formação do consórcio, restam ga- rantidos a segurança jurídica e a continuidade dos serviços públicos. (B) A retirada ou a extinção de consórcio público ou con- vênio de cooperação não prejudicará as obrigações já constituídas, inclusive os contratos, cuja extinção dependerá do pagamento das indenizações eventu- almente devidas. (C) Inexiste autonomia do contrato de programa em re- lação ao contrato de consórcio público no âmbito de gestão associada, qualidade que demonstra a con- sistência que se pretendeu imprimir a tal instrumento de atuação dissociada. (D) A lei não privilegiou a continuidade do contrato de programa apesar das obrigações que foram contraí- das, inconfundíveis com as que advieram do anterior instrumento de autorização. (E) É incabível a ideia de ultratividade de um contrato, especificamente em relação ao contrato de progra- ma. O ordenamento jurídico não oferece suporte a essa possibilidade por meio de expressa vedação legal. 33. As chamadas “cláusulas exorbitantes” são cláusulas de- correntes do regime jurídico de direito público, aplicáveis aos contratos administrativos e que conferem à Adminis- tração poderes específicos que deverão ser utilizados de maneira a permitir o atingimento do interesse público ao longo da execução do contrato. Assinale a alternativa correta quanto a elas. (A) Trata-se de privilégio da Administração Pública, ne- cessário ao fiel cumprimento do seu papel. Entreas cláusulas exorbitantes destacam-se a possibilidade de rescisão unilateral do contrato; a modificação unilateral do contrato para melhor adequação às fi- nalidades de interesse público; a aplicação de san- ções ao contratado e a ocupação provisória de bens, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato. (B) As hipóteses de cláusulas exorbitantes estão sem- pre previstas expressamente em dispositivos legais, tendo todas as hipóteses em comum a característica de se tratar de cláusulas necessariamente explícitas nos contratos administrativos e que compõem o le- que de prerrogativas de que dispõe o Poder Público no seu objetivo de perseguir o interesse público. (C) O fundamento jurídico das cláusulas exorbitantes re- pousa no princípio da supremacia do interesse públi- co, revelando a verticalidade que sempre existirá na relação entre Administração Pública direta ou indire- ta e administrado, ao contrário da relação horizontal que existe nos contratos civis entre particulares. (D) O uso das cláusulas exorbitantes pela Administração se justifica pela necessidade de conferir ao Estado os meios necessários ao atendimento do interesse público, podendo, inclusive, refletir diretamente nas cláusulas contratuais que estabelecem o equilíbrio econômico-financeiro original do contrato. (E) Embora o uso das cláusulas exorbitantes pela Ad- ministração possa, tangencialmente, estar ligado ao tema da teoria da imprevisão, a preservação das cláusulas econômico-financeiras em favor do contra- tado decorre do próprio texto constitucional e a sua proteção em face das prerrogativas da Administra- ção independe das situações chamadas pela doutri- na de “fato do príncipe” ou “fato da administração”, que estão relacionadas antes à chamada “teoria da imprevisão”. 10PCRR2101/001-DelegadoPolíciaCivil Confidencial até o momento da aplicação. 39. Com relação à teoria do delito, é correto afirmar: (A) A culpabilidade, a partir do finalismo, é normativa. (B) A tipicidade objetiva relaciona-se à intencionalidade do agente, dando ensejo ao tipo doloso e culposo. (C) A legítima defesa, inclusive a putativa, e o estado de necessidade excluem a antijuricidade. (D) A embriaguez culposa afasta a imputabilidade do agente se, em função dela, a capacidade de entendi- mento do caráter ilícito do ato praticado restar com- pletamente comprometida. (E) A teoria da imputação objetiva não se aplica a fatos dolosos, sendo exclusiva a tipos penais imprudentes. 40. Mévia, então com 17 anos, é mantida presa pelos pais, em uma casa isolada, desde o dia em que contou que estava grávida. Com exceção dos pais, ninguém soube da gravidez. O parto foi feito em casa, por uma senhora parteira. O bebê, uma menina, foi entregue a Tícia. Caio, marido de Tícia, registrou o bebê como filha de ambos. Passados 13 anos, Mévia decide encontrar a filha. Comparece à Delegacia e narra todo o ocorrido. Os pais de Mévia confirmam o depoimento de Mévia e apontam o paradeiro de Caio e Tícia, casal que ficou com o bebê. Realizado exame de DNA, concluiu-se que a menina é filha de Mévia. Diante da situação hipoté- tica e, tendo em vista que o crime de cárcere privado qualificado (art. 148, parágrafo 1o, do CP) comina pena máxima privativa de liberdade de 5 (cinco) anos, e o de parto suposto, supressão ou adulteração de direito ine- rente ao estado civil de recém-nascido (art. 242, do CP), pena máxima privativa de liberdade de 06 (seis) anos, assinale a alternativa correta. (A) Os pais de Mévia praticaram os crimes de cárcere pri- vado qualificado e de supressão de direito inerente ao estado civil do bebê. Os crimes, contudo, passados 13 anos, estão prescritos, tendo em conta as penas máximas cominadas. (B) Caio e Tícia, em coautoria, praticaram o crime de regis- trar, como próprio, filho de outrem. O crime, contudo, passados 13 anos, está prescrito, tendo em conta a pena máxima cominada. (C) Os pais de Mévia praticaram o crime de cárcere pri- vado qualificado e de supressão de direito inerente ao estado civil de recém-nascido. Somadas as penas máximas cominadas, os crimes não estão prescritos, pois não transcorrido prazo de 16 anos. (D) Os pais de Mévia, Caio e Tícia, pela prática do crime de parto suposto, supressão ou adulteração de direito inerente ao estado civil de recém-nascido, deverão ter a pena perdoada, pois agiram motivados por nobreza. (E) Caio e Tícia, pela prática do crime de parto suposto, supressão ou adulteração de direito inerente ao esta- do civil de recém-nascido, poderão ser processados, não incidindo a prescrição. 36. No ordenamento jurídico brasileiro, prevalece o entendi- mento de que o Estado responde civilmente pelos danos causados (A) por comportamentos unilaterais, lícitos ou ilícitos, de caráter comissivo, não abrangendo as omissões. (B) ainda que se comprove a incidência de força maior ou caso fortuito no contexto fático analisado. (C) pelos atos judiciais, desde que comprovados dolo, fraude ou omissão injustificada do magistrado. (D) pelos atos legislativos que não possuam efeitos con- cretos nem possam ser individualizadas as consequ- ências jurídicas. (E) pelo desempenho constitucional da função de legis- lar, com a declaração de constitucionalidade do ato legislativo pelo Supremo Tribunal Federal. direito Penal 37. A respeito das escolas penais do Direito Penal, assinale a alternativa correta. (A) A escola Clássica é caracterizada pela finalidade utilitarista da pena, o livre arbítrio do indivíduo, sendo o crime considerado um fenômeno social. (B) A escola Positivista é caracterizada pela finalidade retributiva da pena, o livre arbítrio do indivíduo, sendo o crime considerado uma violação ao direito. (C) A escola Clássica é caracterizada pela finalidade utilitarista da pena, o determinismo, sendo o crime considerado um fenômeno social. (D) A escola Positivista é caracterizada pela finalidade utilitarista da pena, o determinismo, sendo o crime considerado uma violação ao direito. (E) A escola Clássica é caracterizada pela finalidade retributiva da pena, o livre arbítrio do indivíduo, sendo o crime considerado uma violação ao direito. 38. A respeito dos crimes omissivos, é correto afirmar que (A) são necessariamente punidos de forma mais branda que os crimes comissivos. (B) no ordenamento penal brasileiro, são somente aqueles em que o tipo penal específico evidencia um não fazer. (C) os crimes omissivos impróprios são necessariamente crimes de resultado naturalístico. (D) os crimes omissivos próprios são crimes próprios de garantes, isto é, pessoas que possuem o dever legal de evitar o resultado. (E) os crimes omissivos impróprios consumam-se com a mera abstenção do comportamento exigido. 11 PCRR2101/001-DelegadoPolíciaCivilConfidencial até o momento da aplicação. 43. A respeito dos crimes contra a incolumidade pública e a paz pública, é correto afirmar: (A) O crime de incêndio e de explosão são tipos penais de dano. (B) Acionar o alarme do metrô, por brincadeira, impe- dindo temporariamente o serviço, mas sem expor a perigo, caracteriza o crime de atentado contra a segurança de meio de transporte, previsto no art. 260, do CP. (C) Quem expõe à venda produto sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância sanitária competente, pratica o crime de falsificação de produto destinado a fins terapêuticos, previsto no artigo 273, parágrafo 1o – B, I, do CP. (D) O crime de associação criminosa, previsto no artigo 288, do CP, caracteriza-se pela associação de três ou mais pessoas, para o fim específico de cometer infração penal. (E) Fazer apologia ao uso de droga, excetuada a maco- nha, caracteriza o crime de apologia ao crime, pre- visto no artigo 287, do CP. 44. A respeito das penas, assinale a alternativa correta. (A) A pena restritiva, aplicada em substituição à privativa de liberdade, somente é possível em crimes culpo- sos, ou nos crimes dolosos, desde que cometidos sem violência.(B) Não se concederá livramento condicional da pena ao condenado reincidente específico em crime hediondo. (C) A incidência de circunstâncias atenuantes pode con- duzir à redução da pena abaixo do mínimo legal, excepcionada a decorrente da confissão. (D) É vedada a imposição de regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permite. (E) No concurso de causas de aumento ou diminuição específicas, o Juiz aplicará a que mais aumente ou diminua a pena, sendo vedada aplicação cumulada de todas. 41. Mévio, estagiário de direito no Fórum, a pretexto de influir na regular tramitação de processos junto à Dire- tora da Vara, obtinha pequenas vantagens, tais como pagamento de almoços, compra de livros jurídicos e peças de vestuário. Em algumas oportunidades, Mévio chegou a receber presentes destinados à Diretora, tais como perfumes, guloseimas e bebidas, muito embora ela jamais tenha recebido quaisquer deles. Caio, parte em um dos processos, indignado com a demora na ex- pedição de uma guia de levantamento, não obstante os inúmeros presentes já dados, denuncia o proceder de Mévio. Mévio e Caio são investigados e denunciados, ambos por crime contra a Administração Pública. Tendo em vista o caso hipotético, levando em conta que Mévio não é considerado funcionário público, assinale a alter- nativa correta. (A) Caio praticou o crime de corrupção ativa, previsto no artigo 333, do CP. (B) Caio praticou o crime de advocacia administrativa, previsto no artigo 321, do CP. (C) Mévio praticou o crime de tráfico de influência, com causa de aumento, previsto no artigo 332, parágrafo único, do CP. (D) Mévio praticou o crime de corrupção passiva, com causa de aumento, previsto no artigo 317, parágrafo 1o, do CP. (E) Caio e Mévio praticaram o crime de corrupção ativa, previsto no artigo 333, do CP. 42. Tendo em conta o entendimento do Superior Tribunal de Justiça a respeito dos institutos do Direito Penal, assinale a alternativa correta. (A) A Mévio, funcionário público, acusado de crime de peculato por ter se apropriado da quantia de R$ 1.000,00, aplica-se o princípio da insignificância. (B) Tício, inimputável pelo assassinato da mãe, cumprirá medida de segurança enquanto perdurar a periculosi- dade, inexistindo limite máximo de tempo. (C) Caio, de 40 anos, ao manter relação sexual consentida com Tícia, de 13 anos, incorre no crime de estupro de vulnerável. (D) Tício, por ciúmes, ao cortar o rosto da namorada, in- corre no crime de lesão corporal, não enquadrada em violência doméstica, pela falta de coabitação. (E) Tício, ao subtrair um shampoo em um supermercado, flagrado pelo sistema de câmeras de vigilância, não incorre em crime de furto, pela total ineficácia do meio empregado. 12PCRR2101/001-DelegadoPolíciaCivil Confidencial até o momento da aplicação. 48. Quanto ao procedimento especial do Tribunal do Júri, as- sinale a alternativa correta. (A) A competência do Tribunal do Júri é aplicável em todo e qualquer crime contra a vida. (B) O crime de latrocínio, por implicar resultado morte, necessariamente submete-se à competência do Tribunal do Júri. (C) Na primeira fase do Júri, podem ser arroladas até o número máximo de 5 testemunhas para cada parte. (D) A decisão de impronúncia não faz coisa julgada material, podendo o caso ser reaberto se surgirem novos elementos de prova. (E) Ao proferir decisão de pronúncia, mais que meros indícios, o juiz deve fundamentá-la com base em provas acerca da certeza da ocorrência do crime, bem como em elementos que comprovem a culpa do réu, a fim de encaminhar o processo para Júri. 49. Acerca do inquérito policial no processo penal, assinale a alternativa correta. (A) Não é possível a dedução de ação penal sem que haja, antes, a instauração de inquérito policial, dada a sua obrigatoriedade, para conferir justa causa à acusação. (B) Embora não seja possível falar na incidência do contraditório, em sua plenitude, é cabível o exercício de defesa no inquérito, com direito de acesso aos atos já documentados. (C) A instauração de inquérito policial, em qualquer tipo de crime, pode ser feita de ofício, pela autoridade, sem necessidade de autorização ou requerimento da vítima. (D) Os atos investigatórios são de competência exclusi- va da autoridade policial, sendo praticados sob sua presidência, no curso do inquérito, não tendo o Mi- nistério Público qualquer ingerência sobre eles ou poder investigatório autônomo. (E) O inquérito policial pode ser arquivado pela autori- dade policial, administrativamente, quando patente a atipicidade do fato. direito Processual Penal 45. A respeito das provas, tendo em conta o Código de Pro- cesso Penal, assinale a alternativa correta. (A) Para ter validade, a confissão do acusado deverá ser total, isto é, indivisível, podendo, no entanto, ser retratada, mesmo após sentença condenatória. (B) O ofendido que, uma vez intimado, deixar de comparecer, ainda que sem justo motivo, não poderá ser conduzido coercitivamente perante a Autoridade. (C) O Juiz poderá determinar o segredo de justiça em relação a dados, depoimentos e outras informações a respeito do ofendido, para evitar sua exposição aos meios de comunicação. (D) O cônjuge, já separado judicialmente do acusado, prestará compromisso de dizer a verdade, se figurar como testemunha. (E) Não se admitirá figurar como testemunha pessoa que desconhece a língua nacional. 46. Com relação às exceções no processo penal, assinale a alternativa correta. (A) As exceções de ilegitimidade de parte apenas podem ser opostas em caso de ilegitimidade ad causam. (B) A exceção de coisa julgada é um exemplo de exce- ção dilatória. (C) A exceção de incompetência só pode veicular maté- ria relacionada à incompetência relativa. (D) A oposição de qualquer exceção acarreta a suspen- são do curso da ação penal. (E) A oposição da exceção de suspeição demanda, quando realizada por procurador, poderes especiais. 47. A respeito de procedimentos, é correto afirmar: (A) A proposta de suspensão condicional do processo é cabível, apenas, no rito sumaríssimo. (B) nos crimes sob o rito sumário, não é possível haver a absolvição sumária do acusado. (C) nos crimes sob o rito sumário, encerrada a instrução, inexiste previsão expressa possibilitando pedido de diligências outras. (D) na resposta à acusação, apenas podem ser alega- das questões preliminares, sendo que as questões de mérito apenas devem ser alegadas em sede de debates orais. (E) Uma vez recebida a acusação, a matéria quanto ao preenchimento das condições da ação penal e da justa causa não pode voltar a ser reapreciada nova- mente, ainda que suscitada em sede de resposta à acusação. 13 PCRR2101/001-DelegadoPolíciaCivilConfidencial até o momento da aplicação. legislação comPlementar 53. Constitui crime contra as relações de consumo, previsto na Lei no 8.078/1990 e alterações posteriores (A) empregar, na reparação de produtos, peça ou com- ponentes de reposição usados, ainda que mediante autorização do consumidor. (B) elevar, sem justa causa, o preço de produtos ou ser- viços. (C) permitir o ingresso, em estabelecimentos comerciais ou de serviços, de um número maior de consumido- res que o fixado pela autoridade administrativa como máximo. (D) colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas es- pecíficas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normaliza- ção e Qualidade Industrial. (E) deixar de entregar ao consumidor o termo de garan- tia adequadamente preenchido e com especificação clara de seu conteúdo. 54. Prevê o Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil – Lei no 8.906/1994 e alterações posteriores – como crime a ofensa ao direito ou à prerrogativa do advogado (A) a violação de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seusinstrumentos de trabalho, de sua cor- respondência escrita, eletrônica, telefônica e telemá- tica, ainda que alheias ao exercício da advocacia. (B) obstruir sua comunicação com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, salvo se consi- derados incomunicáveis. (C) cercear a presença e acompanhamento de repre- sentante da OAB ao advogado preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para la- vratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à sec- cional da OAB. (D) a prisão do advogado, após sentença penal conde- natória transitada em julgado, em outro local senão em sala de Estado Maior, com instalações e como- didades condignas ou, na sua falta, em prisão domi- ciliar. (E) impedir o advogado de examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Adminis- tração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estiverem sujeitos a sigilo ou segredo de justiça, assegurada a obtenção de cópias, com possibilidade de tomar apontamentos. 50. A respeito das prisões e medidas cautelares, previstas no Código de Processo Penal, assinale a alternativa correta. (A) As medidas cautelares aplicam-se somente às infra- ções em que se comina pena privativa de liberdade superior a 02 (dois) anos de reclusão. (B) Nos crimes cuja pena máxima seja inferior a 04 (qua- tro) anos, a Autoridade Policial poderá representar pela prisão preventiva do acusado. (C) A prisão preventiva poderá ser substituída pela Autoridade Policial ao agente que for maior de 80 (oitenta) anos ou extremamente debilitado por moti- vo de doença. (D) Ausentes os requisitos autorizadores da prisão pre- ventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo obrigatoriamente medida cautelar alternativa. (E) Não será concedida fiança nos crimes de tortura e racismo, inexistindo, no entanto, vedação expressa à possibilidade de concessão de liberdade provisória. 51. A respeito da competência, é correto afirmar: (A) Não conhecido o lugar da infração e tendo o réu mais de um domicílio, será competente o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato. (B) Tratando-se de infração continuada ou permanente, será competente o juiz do lugar em que foi praticado o primeiro fato criminoso ou ato executório. (C) A conexão e a continência importarão unidade de jul- gamento e processo, salvo se resultar em excessivo número de acusados, situação em que obrigatoria- mente os processos seguirão separados. (D) Prevenirá a competência a distribuição realizada para efeito de decretação de prisão preventiva e con- cessão de fiança. Já a distribuição para a concessão de medida cautelar alternativa, não. (E) No caso de crime praticado em embarcação brasi- leira, de navegação em águas territoriais nacionais, será competente o juízo do lugar do porto brasileiro que primeiro atracar. 52. A respeito da moderna teoria das nulidades processuais penais, é correto afirmar: (A) A deficiência de defesa acarreta nulidade absoluta, mas sua ausência implica nulidade relativa. (B) A coisa julgada sana qualquer alegação de nulidade processual. (C) A nulidade absoluta deve ser sempre reconhecida, ainda que inexista qualquer prejuízo. (D) A nulidade relativa deve ser reconhecida apenas quando comprovado ou verificado o prejuízo. (E) A nulidade decorre do vício de forma, não se inda- gando, em qualquer circunstância, de prejuízo. 14PCRR2101/001-DelegadoPolíciaCivil Confidencial até o momento da aplicação. 57. Ao tratar das normas relativas aos pedestres, o Código Brasileiro de Trânsito (Lei no 9.503/1997) indica que (A) nos locais em que houver sinalização semafórica de controle de passagem, será dada preferência aos pedestres que não tenham concluído a travessia, ex- ceto em caso de mudança do semáforo liberando a passagem dos veículos. (B) o ciclista desmontado empurrando a bicicleta equi- para-se ao pedestre em direitos e deveres. (C) onde houver obstrução da calçada ou da passagem para pedestres, o órgão ou entidade com circunscri- ção sobre a via, se possível, irá assegurar a sinaliza- ção para circulação de pedestres. (D) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedes- tres poderão aumentar o seu percurso, demorar-se ou parar sobre ela. (E) nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou quando não for possível a utilização destes, a circu- lação de pedestres na pista de rolamento será feita em paridade com os veículos, em filas duplas. 58. A Lei no 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), ao tratar do atendimento à mulher pela autoridade policial, determina que (A) é direito da mulher, em situação de violência domés- tica e familiar, o atendimento policial ininterrupto e prestado por servidores de qualquer dos sexos, pre- ferencialmente treinados ou informados sobre a lei. (B) sejam colhidas as provas que servirem para o es- clarecimento do fato e de suas circunstâncias, abstendo-se de requisitar os serviços públicos, os quais serão acionados pela mulher em situação de violência doméstica e familiar. (C) na hipótese da iminência ou da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência ado- tará, de imediato, as providências legais cabíveis. (D) seja remetido, no prazo de, no máximo, 24 (vinte e quatro) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência. (E) ao inquirir a mulher em situação de violência do- méstica e familiar, ou de testemunha de violên- cia doméstica, quando se tratar de crime contra a mulher, deverá evitar, quando possível, que ela tenha contato direto com investigados ou suspei- tos e pessoas a eles relacionadas. 55. Nos termos da Lei no 13.869/2019, configura crime de abuso de autoridade (A) a divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas. (B) constranger o preso ou o detento, mediante violên- cia, grave ameaça ou redução de sua capacidade de resistência, a produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro. (C) cumprir mandado de busca e apreensão domiciliar após as 18h (dezoito) ou antes das 6h (seis horas), aos sábados, domingos ou feriados nacionais, esta- duais e municipais. (D) identificar-se ao preso por ocasião de sua captura ou quando deva fazê-lo, durante sua detenção ou prisão. (E) negar ao interessado, seu defensor ou advogado acesso aos autos de investigação preliminar, ao ter- mo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro procedimento investigatório de infração penal, civil ou administrativa, de peças relativas a diligências em curso, cujo sigilo seja imprescindível. 56. A Lei no 8.072/1990 considera hediondos, entre outros, os crimes de (A) latrocínio, extorsão qualificada pela morte e lesão corporal seguida de morte, quando consumados. (B) extorsão mediante sequestro, e na forma qualifica- da, estupro de vulnerável e infanticídio, tentados ou consumados. (C) homicídio simples, homicídio quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado, se consumados. (D) estupro de vulnerável, favorecimento da prosti- tuição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável, tentados ou consumados. (E) falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins medicinais, exceto os terapêuticos, perigo de contágio de moléstia grave, quando consumados. 15 PCRR2101/001-DelegadoPolíciaCivilConfidencial até o momento da aplicação. 59. A Lei no 12.850/2013 (Lei de Combate às Organizações Criminosas) (A) considera organização criminosa a associação de 3 (três) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, formalmen- te, com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquernatureza, mediante a práti- ca de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 5 (cinco) anos, de caráter nacional. (B) considera organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente orde- nada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. (C) determina que, se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização cri- minosa, poderá o juiz determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, com prejuízo da remuneração, se a medida for necessária à fase da investigação criminal. (D) autoriza que, havendo necessidade justificada de manter sigilo sobre a capacidade investigatória, poderá ser dispensada licitação para contratação de quaisquer serviços técnicos especializados. (E) autoriza que, havendo necessidade justificada de manter sigilo sobre a capacidade investigatória, poderá ser dispensada licitação para contratação de quaisquer serviços técnicos especializados, além daqueles para a infiltração, por policiais, em atividade de investigação. 60. A Lei no 13.431/2017, que trata do sistema de garantias de direitos da criança e do adolescente vítima ou teste- munha de violência, estabelece que (A) a escuta especializada é o procedimento de entrevis- ta sobre situação de violência com criança ou ado- lescente perante órgão da rede de proteção, limitado o relato estritamente ao necessário para o cumpri- mento de sua finalidade. (B) o depoimento especial é o procedimento de oitiva de criança ou adolescente vítima ou testemunha de vio- lência perante o representante do Ministério Público. (C) a escuta especializada e o depoimento especial serão realizados, se possível, em local com infraestrutura e espaço físico que facilitem o procedimento e minimi- zem o constrangimento da criança ou do adolescente vítima ou testemunha de violência. (D) o depoimento especial reger-se-á por protocolos e será realizado apenas uma única vez, em sede de produção antecipada de prova judicial, garantida a ampla defesa do investigado. (E) o depoimento especial seguirá o rito cautelar de antecipação de prova quando a criança ou o ado- lescente tiver menos de 9 (nove) anos, em caso de violência doméstica. Confidencial até o momento da aplicação.