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M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 1 up TECIDO CONJUNTIVO Matriz extracelular é produzida pelas próprias células, criando um meio de interações, nutrição Abundante nesse tecido, pois as células estão distantes uma das outras Derivado do mesênquima, sustenta os epitélios, abundante substância intercelular, vascularizado e inervado, armazena gordura e íons, defesa (inflamação) Tecid Conjuntivo Propriamente Dito Constituintes: células, fibras, SFA Células Fibroblastos: origem mesenquimal, secreta e produz fibras, síntese das proteínas colágeno e elastina, síntese de matriz extracelular e fatores de crescimento Núcleo pouco corado: cromatina bem descondensada, indica que o DNA está sendo transcrito com intensidade, ativo Maquinaria secretória bem desenvolvida: produz muita proteína para exportação, RER e golgi bem desenvolvidos, sistema vesicular fazendo o transporte Aspecto arroxeado Macrófagos: origem nos monócitos do sangue (medula óssea), fagocitose RER e golgi bem desenvolvidos, movimento ameboide Superfície irregular (pinocitose e fagocitose): quando realiza isso há internalização da membrana celular Se agregam e formam uma “massa de macrófagos” para digerir corpos estranhos Plasmócitos: derivam do linfócito B (proliferação e diferenciação), secreção de anticorpos Núcleo descondensado, aspecto de roda de carroça Expansão dos linfócitos B – nódulos linfáticos > diferenciação em plasmócitos o Alguns continuam como linfócito B de memória, para que, se tiver novamente contato com antígeno, vai poupar o tempo de expansão o Para anticorpos – plasmócitos; para memória – linfócito B Mastócitos: células de defesa envolvidas em reações alérgicas, secretam substâncias quimioatratoras Armazenam mediadores químicos: histamina (aumento da permeabilidade vascular), heparina (anticoagulante), ECFA (quimioatratores), leucotrienos (promove contração muscular) Adipócitos: acúmulo de triglicerídeos, reservatório energético, Leucócitos: resposta a microrganismos invasores HISTOLOGIA M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 2 Fibras: dão coesão ao tecido, características de resistência, mudar a forma e voltar a original, distender, formam arcabouço/esqueleto, sustentando os órgãos Sistema colágeno: fibras colágenas (colágeno I) e fibras reticulares (colágeno III) Fornece resistência as trações, produzido por vários tipos celulares Unidade proteica: tropocolágeno – 3 cadeias alfa – agregado de três cadeias de aminoácidos (glicina, hidroxiprolina, hidroxilisina e prolina Síntese do préprocolágeno nas cisternas do RER > prócolágeno > trocopolágeno > fibra colágeno Fibra colágena: formada por colágeno tipo I o Afinidade por corantes ácidos, como eosina Fibras colágenas na túnica adventícia da artéria, presença dos fibroblastos (pontos roxos) Fibra reticular: colágeno tipo III, arranjadas frouxamente (rede), unidas por glicoproteínas e proteoglicanas, forma o arcabouço de órgãos linfáticos Fibras reticulares no baço, células desse órgão se ancoram nas fibras Sistema elástico: fibras elásticas, elaunínicas e oxitalânicas Fibras elásticas: fibrilina (proteína base, nela se prende a elastina), elastina abundante, elasticidade, memória (estica e volta para posição original) Pavilhão auditivo, bronquíolos, traqueia Fibras elásticas (aspecto pálido quando corado por HE), aspecto mais rosa, em volta da túnica intima da artéria, ondas, capacidade de memoria Elástica com outra coloração, vermelho Substância Fundamental Amorfa (SFA): gel transparente, viscoso e hidratado Função: preencher os espaços, promover união entre as células e fibras, facilitar a passagem de moléculas, células e íons, barreira de penetração de microrganismos Glicosaminoglicanos (GAGs): polímeros lineares compostos por unidades dissacarídicas (ác. urônico + hexosamina) Atraem água ao seu redor, dão resistência a compressão e facilita a difusão de nutrientes e gases GAGs se ligam por lig. covalente a uma proteína, formando proteoglicano Proteoglicanos: parece uma escova, as cerdas são GAGs, também tem muita afinidade por água M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 3 Glicoproteínas multiadesivas: fibronectina tem sítios de ligação para células, colágeno e GAGs, sendo importante para adesão e migração celular Laminina participa na adesão das células epiteliais à lâmina basal Ligação com as células por ação das integrinas Tecido conjuntivo propriamente dito pode ser dividido de acordo com a abundância de fibras colágenas e da disposição delas na matriz extracelular Tecido conjuntivo frouxo: fibras colágenas mais finas e espaçadas, espalhadas sem organização definida, SFA abundante (espaços vazios na lâmina) o Abundante abaixo dos epitélios que cobrem superfícies corporais e revestem superfícies internas o Circunda glândulas e vasos sanguíneos o Encontrado na lâmina própria Tecido conjuntivo denso: grande quantidade de colágeno e abundantes fibroblastos, menos SFA o Não modelado: fibras colágenas em diversas direções, células mais distantes que no frouxo e com menos espaços vazios entre as fibras; tem grande resistência e força; encontrado em órgãos ocos na submucosa → Camada reticular vai ser sempre denso não modelado o Modelado: fibras colágenas em um único sentido, fibroblastos comprimidos entre as fibras; abundante em tendões, ligamento e aponeurose ---------------------------------------------------------------- Tecido Adiposo Tecido mais vascularizado que temos, arcabouço de fibras reticulares, mais abundante na mulher Células adiposas são grandes, cada um é envolvida por uma lâmina basal Pele espessa Bom exemplo para diferenciar tecido conjuntivo frouxo do denso Mais externamente, temos a epiderme > camada basal da epiderme > papilas dérmicas, com contado intimo com a derme Derme tem duas regiões: papilar e reticular Derme/camada papilar: mais próxima da camada basal da pele, composta por tecido conjuntivo frouxo Muitas células bem distanciadas, com grande espaço extracelular, células predominantes nessa camada são os fibroblastos Derme/camada reticular: mais profunda, extensão maior que a derme papilar, tecido conjuntivo denso não modelado Menos células que o frouxo e coração mais forte, devido a maior quantidade de fibras colágenas M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 4 Síntese e armazenamento de triglicerídeos (disponibilidade de energia mais eficiente que glicogênio) Funções: energia, isolamento térmico, modelamento do corpo, absorção de impactos, preenchimento de espaços no corpo Também produz e secreta hormônio e enzima: Lipase lipoprotéica o Secretada por adipócitos, quebra os quilomícrons e as lipoproteínas plasmáticas, liberando ácidos graxos e glicerol, que se difundem para dentro do adipócito Leptina o Age no hipotálamo, controlando a sensação de saciedade Obesidade: hipertrófica e hiperplásica Classificação: multilocular ou unilocular Multilocular: numerosas gotículas de gordura, aspecto pardo, muitas mitocôndrias, função de produção de calor (termogenina) Unilocular: uma gota citoplasmática única, não separada por membrana, com aspecto amarelado ou esbranquiçado (depende da dieta) o Formado por células mesenquimais (lisoblastos) (núcleo da célula espremido na periferia) Localização no corpo ---------------------------------------------------------------- TECIDO EPITELIAL Epitélios são constituídos por célulaspoliédricas justapostas, com pouca matriz extracelular Avascularizado, mas muito inervado Recebe nutrição sanguínea por difusão da derme M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 5 Células firmemente aderidas umas às outras por meio de junções intercelulares Permite organização em folhetos que revestem a superfície externa e as cavidades do corpo Associadas a membrana plasmática, contribuem para coesão e comunicação entre as células Caderinas (glicoproteínas transmembranas dependentes de cálcio) Funções: revestimento, absorção de moléculas, percepção de estímulos, secreção e contração Lâmina (membrana) basal: superfície de contato entre o epitélio e o tecido conjuntivo subjacente Papel estrutural e filtração de moléculas, na adesão química entre esses dois tecidos Influencia na polaridade das células, regula a proliferação, diferenciação, define metabolismo e serve de caminho e suporte da migração celular Especializações da membrana Finalidade de adesão e comunicação: Zônula de oclusão (ZO): junção apertada, faixa que circunda a célula e veda o espaço intercelular Fechamento, vedamento do espaço intercelular Fusão dos folhetos externos de membranas celulares adjacentes Cria barreiras Zônula de adesão (ZA): junção de aderência, circunda toda a célula e tem filamentos de actina na estrutura e proteínas transmembrana Desmossomos: promovem forte adesão celular, deixam as membranas celulares retas No lado citoplasmático ficam os filamentos de queratina, que se inserem numa placa de ancoragem (de proteína) Componente transmembrana são as caderinas Hemidesmossomos: promovem relação de adesão célula-membrana basal, presente na interface epitélio-conjuntivo Junções comunicantes (gap): grande proximidade entre as membranas celulares vizinhas Proteínas conexinas, se organizam em torno do poro hidrofílico, que permite a passagem de mensageiros químicos Finalidade de superfície de contato e movimentação: Microvilos: projeções com forma de dedo a fim de intensa absorção Estrutura de filamentos de actina M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 6 Pode ter glicocálix desenvolvido e superfície com borda em escova Estereocílios: imóveis, longos e ramificados; aumenta a superfície de contato Facilita movimento de moléculas para dentro e para fora da célula Estrutura de filamentos de actina Cílios e flagelos: prolongamentos moveis e longos Cílios tem organização 2 microtúbulos centrais + 9 pares periféricos, movimento ciliar permite a criação de corrente de fluido usando ATP como fonte de energia Flagelos tem estrutura parecida, são mais longos e limitados a um por célula Os epitélios podem ser de revestimento ou glandular Revestimento: tem as células organizadas em camadas, sendo classificado de acordo com o número de camadas e as características morfológicas das células De transição: forma original é cubica, mas ficam achatadas devido ao estiramento pela dilatação do órgão No pavimentoso, a característica morfológica que dá o nome é o da camada mais superficial Glandular: o Nº de células: unicelular ou multi o Exócrina: secreção na superfície ou em cavidade, através de ductos, tecido epitelial invagina e invade o tecido conjuntivo (ou) o Endócrina: secreção na circulação ou transita na matriz celular, sem ducto (cordonal ou folicular) -------------------------------------------- o Merócrina: só o produto eliminado por exocitose, sem perda de material celular (ou) o Holócrina: sofre desorganização durante a secreção, passando por autólise, suas células degeneradas saem junto com produto (ou) o Apócrina: libera o produto e fragmentos da célula, não toda a célula ---------------------------------------------------------------- SISTEMA TEGUMENTAR Funções: proteção, termorregulação, captação de estímulos externos, excreção, proteção contra raios UV, defesa imune Pode ser pele fina (maior parte do corpo) ou espessa (palma das mãos, dos pés e áreas de articulações, glabra) Estruturas sensoriais Terminações nervosas livres: epiderme e derme, captam estímulos (dor, temperatura, coceira, toque, pressão) M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 7 Terminações nervosas em cápsula: exclusivo da pele espessa, percepção de estímulos mecânicos o Corpúsculo de Meissner: fica nas papilas dérmicas (mais superficial), capta estímulos táteis, delicados o Corpúsculo de Pacini: parece uma cebola cortada, parte profunda da derme, capta estímulos grosseiros e vibração Estruturas anexas de pele: folículos pilosos (só na pele fina), unhas, glândulas sebáceas (só na pele fina) e sudoríparas (pele fina e espessa – mais na grossa) Pele = epiderme (porção epitelial de origem ectodérmica) + derme (tecido conjuntivo de origem mesodérmica) Epiderme: epitélio de revestimento estratificado pavimentoso queratinizado Camadas (superficial para profundo): córnea > lúcida > granulosa > espinhosa > basal (germinativa) 1. Estrato córneo - camada espessa de células que formam placas sem vida, desprovidas de núcleos, organelas e desmossomo 2. Estrato lúcido – células achatadas, eosinofílicas e translúcidas, sem núcleos 3. Estrato granuloso - queratinócitos com numerosos grânulos de querato-hialina basofílicos em seu citoplasma (são grânulos visíveis na microscopia de luz), bem roxa no HE 4. Estrato espinhoso – apresenta várias camadas de queratinócitos ligados uns aos outros por desmossomos em processos espinhosos, capacidade de mitose 5. Estrato basal - camada única de células germinativas que repousa sobre a membrana basal que está fixada na derme, núcleo esférico, capacidade de mitose (principal), forma de “onda” para melhor adesão e superfície de contato M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 8 Queratinócitos: produz queratina, recebe o pigmento de melanina no citoplasma Células de Langerhans: de defesa Células de Merkel: de percepção tátil Melanócitos: produção de melanina (proteção UV), ficam no estrato basal, não são pigmentados e não armazenam melanina o Fica junto dos queratinócitos, mas tem origem na crista neural o Melanina é muito encontrada na camada basal e espinhosa, pois são onde ocorrem mitose, assim, precisa proteger as células da radiação UV (agressor físico), para evitar algum dano e alteração Melanócitos, com citoplasma vacuolizado Queratinócitos com melanina (em marrom), acima dos melanócitos Derme: tecido conjuntivo Presença de feixes nervosos Glândulas são vistas aqui, porém são epiteliais, porque se invagina no tecido conjuntivo Hipoderme: tela subcutânea, mais profunda, não é considerada camada de pele, formada por tecido conjuntivo frouxo associado a adipócitos Une de maneira pouco firme a derme aos órgãos subadjacentes Pele fina Camada córnea bem menos espessa, se desprende por conta do processo histológico (linha roxa solta) Camada lúcida e espinhosa são difíceis de visualizar também na pele fina Presença de folículo piloso e m. eretor do pelo (m. liso) o Músculo (seta) se prende na bainha do folículo e na papila dérmica o Pelo é conjunto de queratinócitos, emerge na epiderme, a partir do bulbo do pelo (células troncos e acúmulo de melanina) M. eretor do pelo M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 9 Bainha epitelial interna termina no nível das gl. sebáceas Presença de glândula sebácea: cheia de depósito lipídico no citoplasma o Libera seu conteúdono folículo, saindo junto com o pelo o Nas regiões mais próximas do folículo, o núcleo fica mais condensado e degenerado, pois é uma glândula holócrina (autólise) o Na região mais periférica, o núcleo é mais arredondado e inteiro, fazem mitose para regenerar a glândula --------------------------------------------------------------- TECIDO CARTILAGINOSO Forma especializada de tecido conjuntivo, de consistência rígida Cartilagens desempenham papel de suporte, revestimento de superfícies articulares, absorção de choques e facilitam o deslizamento dos ossos nas articulações; essenciais para o crescimento dos ossos longos No HE, a cartilagem tem coloração bem arroxeada Matriz extracelular: colágeno (associado ou não a elastina), proteoglicanos, ácido hialurônico, glicoproteínas Tem duas regiões: o Territorial: fica ao redor dos grupos de condrócitos, tem mais GAGs e proteoglicanos (moléculas de carga negativa), bem roxo no HE o Interterritorial: entre os grupos/lacunas, tem mais fibras de colágeno II Células: Condroblastos: fonte de novas células, fica na camada condrogênica interna do pericôndrio Condrócitos: são os condroblastos maduros, células volumosas, produzem o maior volume de matriz dessa cartilagem, secretam colágeno tipo II e ficam nas lacunas do tecido o Ocorrem individualmente ou em aglomerados chamados grupos isógenos Tipos de cartilagem: M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 10 Cartilagem hialina: mais frequente, forma o esqueleto do embrião e a lâmina epifisial, traqueia o Matriz fica em fibrilas de colágeno II associadas a ácido hialurônico, proteoglicanos e glicoproteínas o Não tem vascularização nem inervação, sua nutrição vem pelo pericôndrio o Bem roxa o Os espaços (branco ou muito roxo) são as lacunas no tecido, dentro delas ficam os condrócitos Cartilagem elástica: presente no pavilhão auditivo, tuba auditiva, epiglote e laringe o Matriz com fibras elásticas, o que confere cor amarelada no fresco o Em preto, porque as fibras elásticas, são hidrofóbicas e não coram bem com HE, logo, usa-se outros corantes Lâmina da epiglote Cartilagem fibrosa: presente nos discos intervertebrais, sínfise pubiana e pontos que tendões e ligamentos se inserem nos ossos o Características intermediárias entre conjuntivo denso e cartilagem hialina o Áreas roxa (condrócitos, alguns espremidos entre os feixes de fibras de colágeno, mudando a sua morfologia) e rosa (colágeno tipo I) Lâmina de disco intervertebral ---------------------------------------------------------------- TECIDO ÓSSEO Forma especializada de tecido conjuntivo, mineralizado Principal constituinte do esqueleto, serve de suporte, protege órgãos vitais, aloja e protege a medula óssea, constitui sistema de alavancas Formado por células e matriz óssea calcificada Células: Pericôndrio Faixa de tecido conjuntivo denso na periferia da cartilagem hialina e elástica Tem duas faixas Camada fibrosa externa: maior extensão, tecido conjuntivo denso (rico em colágeno tipo I); Camada condrogênica interna: faixa limite entre pericôndrio e cartilagem, tom de rosa mais pálido, padrão de fibra muda e os núcleos das células M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 11 Osteoblastos: células secretoras, citoplasma rico RER, afinidade pela hematoxilina, ficam na periferia da matriz óssea o Secretam a parte orgânica (rica em colágeno I) o Participam da mineralização da matriz, acumula no citoplasma vesículas com concentração de fosfato de cálcio Osteócitos: ficam no interior da matriz, ocupando lacunas, tem prolongamentos importantes para nutrição e sobrevivência, citoplasma pouco desenvolvido o São osteoblastos envolvidos pela matriz que ele secreta, a matriz mineraliza Osteoclastos: células gigantes, multinucleadas, móveis e extremamente ramificadas o Citoplasma granuloso, rico em lisossomos e mitocôndrias o Fazem a reabsorção da matriz: acidifica o ambiente > expõe a parte orgânica da matriz > remove o mineral e desmineraliza > acessa o colágeno > solta enzimas para digerir o Remodelação do tecido ósseo e crescimento o Fica aderido na superfície Periósteo: tecido conjuntivo, fica na periferia do osso Lamelas: camadas paralelas de matriz mineralizada na superfície do osso Fibras colágenas organizadas em padrão no osso maduro Circunferenciais externas: formam a superfície externa e recebem nutrientes dos vasos sanguíneos no periósteo Circunferenciais internas: formam a superfície interna e recebem nutrientes dos vasos sanguíneos no endósteo Osteons: compostos por camadas concêntricas de matriz mineralizada que circundam um canal central - canais Haversianos Pelos canais (marrom escuro) passam os vasos Os canais são revestidos por uma faixa que serve de fonte de células para renovação dos osteoblastos Os pontos marrons são as lacunas (pequenos espaços na matriz circundante), que contêm osteócitos, os quais emitem prolongamentos M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 12 Os espaços que contêm os prolongamentos são chamados de canalículos Prolongamentos favorecem a passagem de íons e pequenas moléculas de um osteócito para outro pelos canalículos Canais de Volkmann: aberturas que correm perpendicularmente aos canais de Havers Permite a comunicação dos canais de Havers entre si e com a superfície Possuem vasos sanguíneos originados da medula e do periósteo Carregam vasos sanguíneos e fibras nervosas para o sistema Haversiano Tecido ósseo pode ser classificado em: Primário ou imaturo: surge durante o desenvolvimento ou na reparação, fibras colágenas não estão organizadas num padrão Secundário ou maduro ou lamelar: encontrada no adulto, tem padrão lamelar das fibras colágenas Ossificação intramembranosa: formação do osso no interior de membranas do tecido conjuntivo Ossificação endocondral: formação de osso a partir de peça de cartilagem hialina Ocorre hipertrofia dos condrócitos, redução da matriz cartilaginosa, mineralização e morte dos condrócitos por apoptose Nessa ossificação, uma faixa de tecido cartilaginoso se mantém, para que ocorra o crescimento longitudinal → lâmina epifisial No osso trabecular, os espaços brancos com pontos roxos são preenchidos por medula óssea (vermelha ou amarela – depende da idade) A lâmina epifisial (disco epifisário) tem 5 zonas: De repouso: camada fina de condrócitos que não se dividem De proliferação: condrócitos de divisão rápida (mitose), se organizam em colunas distintas (“pilhas de moedas”) Pontos roxos no rosa intenso (matriz óssea) são osteócitos De cartilagem hipertrófica: condrócitos (basofílicos) param de se dividir e aumentam de tamanho, matriz da cartilagem diminui e forma bandas lineares entre as colunas, concentra no citoplasma elementos importantes para a etapa seguinte M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 13 De cartilagem calcificada: matriz de cartilagem de calcifica e inibe a difusão de nutrientes, condrócitos são removidos (apoptose) e deixam espículas longitudinais de cartilagem calcificada (basofílica) o Ainda faz parte da lâmina De ossificação: células osteoprogenitoras migram para as cavidades com os novos vasos sanguíneos, novo osso (eosinofílico) se forma na estrutura da cartilagem calcificada (basofílica) Ao cessar o crescimento, a lâmina estará totalmente ossificada --------------------------------------------------------------- TECIDO MUSCULAROrigem mesodérmica, formado a partir de células mesenquimais que se tornam alongadas e sintetizam proteínas contrateis Especialmente a actina – um microfilamento, e a miosina – um filamento intermediário Ambas apresentam localização citoplasmática Função na contração: promove movimento corporal, batimentos cardíacos, contração de artérias musculares e capilares, de esfíncteres, da musculatura estriada esquelética (movimentos voluntários do corpo) e movimentos peristálticos Tecido muscular estriado esquelético: Contração voluntária, rápida, forte e descontínua Tem estriações transversais, multinucleada com os núcleos periféricos e fibras alongadas Regeneração por proliferação e fusão de células satélites Presença de fusos musculares: receptores da modificação do próprio musculo o Controle da postura e coordenação de mm. opostos durante atividades motoras o Cápsula de tecido conjuntivo que envolve as fibras intrafusais (fibras musculares modificadas) M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 14 Corte transversal Tecido muscular estriado cardíaco: Contração involuntária, rápida, forte e contínua Tem estrias transversais, um ou dois núcleos centrais, presença de discos intercalares, células ramificadas Produção de hormônio natriurético: pelas células atriais quando aumenta a PA, aumenta a diurese Não se regenera, substituído por cicatriz conjuntiva Corte transversal Discos intercalares: têm forma de escada, ricas em junções celulares, permite união entre as células e troca de informações pelas junções gap, desmossomos e zônulas de adesão Tecido muscular liso: Contração involuntária Não tem estriações, células não se agrupam formando fibras, núcleo único e central Células fusiformes, alongadas Regeneração pelas células não lesionadas próximas, por meio de mitose Citoplasma com abundância em mitocôndrias, complexo de golgi, retículo sarcoplasmático rugoso Retículo sarcoplasmático liso pouco desenvolvido, cálcio fica extracelular e é internalizado por cavéolas (vesículas de pinocitose) Não tem placas motoras (SNA) M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 15 Fibra muscular esquelética: conjunto de várias células musculares Amplo complexo de golgi, muitos ribossomos livres e mitocôndrias, retículo sarcoplasmático rugoso → características de célula que produz muita proteína Fonte de energia: glicogênio Mioglobina: análoga à hemoglobina Miofibrilas que são estruturas do citoesqueleto da célula Cálcio, importante na contração, só é liberado quando a célula sofre estímulo nervoso e fica armazenado no retículo sarcoplasmático liso Associado as fibras do tecido muscular há grande quantidade de tecido conjuntivo, que se organiza em envoltórios e separa o tecido muscular em camadas ou feixes Mantém as fibras musculares unidas, transmissão da força da contração aos ossos e tendões; nutrição e inervação Endomísio: mais interno, envolve cada fibra (célula) muscular, facilita o acesso à circulação e inervação da fibra, lâmina basal e fibras reticulares Conjunto de fibras = feixe Perimísio: envolve os feixes, tec. conj. denso não modelado Conjunto de feixes = músculo Epimísio: envolve o músculo externamente, tec. conj. denso não modelado Uma fibra muscular esquelética apresenta repetições de estruturas, os sarcômeros (unidades contráteis da musculatura) Delimitado por duas linhas Z (actina) Próximo à linha Z não se observa os filamentos de miosina, apenas actina, o que torna a região mais clara Banda A (miosina + actina) é a região que tem sobreposição das fibras de actina e miosina, exceto no seu centro; não sofre alteração de tamanho na contração No centro da banda A não tem actina somente miosina, gerando uma região mais clara que forma a Banda H (miosina); diminui na contração – quase desaparece No centro da banda H, tem-se uma linha escura por junção das moléculas de miosina, a linha M (miosina) M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 16 Banda I (actina) é faixa mais extrema e clara; diminui na contração Cada sarcômero tem metade de uma banda I de cada lado e a banda A ao centro Actina = filamento fino Miosina = filamento grosso Contração: quando as fibras de actina e miosina deslizam umas sobre as outras, aproximando as linhas Z, encurtando a fibra muscular Na fibra em repouso: actina tem sítio de ligação à miosina coberto pela tropomiosina > tropomiosina fica ligada à troponina (proteína globular) > troponina tem sítio de ligação com actina e cálcio Com estímulo nervoso: cálcio liberado > junto ao sarcômero, se liga a troponina > tropomiosina deixa sítio de ligação da actina exposto > actina se liga à miosina > miosina (com afinidade por ATP, mas só consegue quebra-lo junto da miosina) quebra o ATP > energia > miosina muda de posição e “arrasta” actina nessa mudança > contração Vai ter contração enquanto tiver ATP e cálcio disponível; quando acabar cálcio volta para o retículo sarcoplasmático liso Sistema T: sistema de túbulos transversais que faz a contração ser eficiente e atinja todos os pontos da célula ao mesmo tempo Os túbulos T são invaginações da membrana plasmática por toda a fibra Conduz o impulso nervoso por toda a célula de forma homogênea Entram em contato com os retículos sarcoplasmáticos liso, liberando o cálcio para o sarcolema Tríade = 1 túbulo T + 2 retículos sarcoplasmáticos o Exceção: no tecido cardíaco tem 1 túbulo T + 1 retículo sarcoplasmático (díades) ---------------------------------------------------------------- M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 17 SISTEMA RESPIRATÓRIO Composto por estruturas e tecidos especializados na condução de ar rico em oxigênio até os pulmões e do ar rico em gás carbônico para o meio externo Porção condutora: fossas nasais, nasofaringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e bronquíolos terminais Condicionamento do ar Tecidos com abundância de glândulas e células secretoras de muco (células caliciformes) para umedecer, aquecer e filtrar o ar Porção respiratória: bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos Trocas gasosas Cavidade nasal tem vestíbulo, área olfatória e área respiratória Ar na cavidade nasal > região vestibular (epitélio parecido com a pele, sem queratina, com glândulas sudoríparas, sebáceas e pelos) > região superior/teto (epitélio olfatório) Epitélio respiratório é um epitélio de revestimento pseudoestratificado colunar ciliado com células caliciformes Composto por células basais, caliciformes, granular (sistema neuroendócrino difuso), colunar em escova (sensorial) e colunar ciliada (batimento em direção a faringe) Epitélio vestibular é epitélio de revestimento estratificado pavimentoso não queratinizado → áreas sujeitas a atrito e trações Cavidade oral, orofaringe, epiglote, pregas vocais verdadeiras Epitélio olfatório não tem caliciformes, responsável pela sensibilidade olfativa e tem 3 tipos de células: Células basais: renovação tecidual Células de sustentação: isolamento elétrico, suporte físico, nutrição o Glândula de Bowman: produz secreção serosa, que “lava” os receptores para sentir os odores novamente Célula olfatória: neurônio bipolar o Dendrito em forma de botão olfatório, dele partem cílios com receptores para partículas odorantes o Axônio encaminha para o bulbo olfatório Ar deixa a cavidade nasal > nasofaringe >orofaringe > laringofaringe > laringe Na laringe, o ar inspirado passa livremente, já o expirado pode ser desviado e bater nas pregas vocais verdadeiras, produzindo som Laringe tem revestimento de epitélio respiratório, exceto na prega vocal e epiglote (epitélio vestibular) M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 18 Ar na laringe > traqueia > brônquios > bronquíolos > ductos alveolares Na traqueia, tem epitélio respiratório bem estabelecido, anéis de cartilagem e ausência de camada muscular; no lugar tem camada de fibras elásticas Lâmina própria é tec. conj. frouxo Mucosa = epitélio + lâmina própria + muscular da mucosa (GERAL), porém na traqueia não tem muscular Fibras elásticas separam a mucosa da submucosa, mas não aparece no HE Submucosa é tec. conj. denso e glândulas Adventícia Nos brônquios, tem epitélio respiratório discreto, cartilagem sem forma de anel (forma de placa), espessa camada de musculo liso (separado por lâmina própria da submucosa) Lâmina própria Músculo liso – muscular da mucosa: separa lâmina própria da submucosa Submucosa, com glândulas Adventícia é tec. conj. fibroelástico M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 19 Nos bronquíolos, não tem epitélio respiratório, substituído por epitélio simples (prismático ou cubico, com ou sem cílios), sem cartilagem, glândulas e nódulos linfoides sem submucosa, tem camada muscular espessa (muscular da mucosa, m. liso que relaxa na inspiração e contrai na expiração) Bronquíolo primário Bronquíolo terminal Bronquíolo respiratório começa a ter interrupções na parede pela presença de alvéolos o Presença de club cells (de Clara ou em bastão): produz surfactante, função mitogênica e de detoxicação do ar Bronquíolo respiratório M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 20 Os alvéolos (septos interalveolares) são compostos por pneumócitos do tipo I e pneumócitos do tipo II Pneumócitos do tipo I: células alveolares, pavimentosas e alongadas, compõe a barreira hematoaérea Pneumócitos do tipo II (septais): células globosas e arredondada, grânulos ricos em surfactante pulmonar (impede o colabamento das células, junto com as club cells), função mitogênica (se diferenciam em tipo I e dão origem a elas mesmo) Dentro do septo interalveolar estão os capilares contínuos que irão receber o oxigênio e macrófagos alveolares (células de poeira), com função de fagocitose Amarelas são os pneumócitos tipo I, os verdes o tipo II e os roxos são os macrófagos de poeira; vermelho são os capilares sanguíneos ---------------------------------------------------------------- M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 21 SISTEMA NERVOSO Função: integração e coordenação do organismo Organização morfológica: SNC e SNP SNC: encéfalo, medula espinal, sistema fotorreceptor SNP: gânglios nervosos, nervos cranianos e espinais Substância intercelular mais escassa se comparado com tecido conjuntivo Células: neurônios e células da glia Divisão histológica: substância branca e cinzenta Branca: contém prolongamentos de neurônios (axônios mielinizados) e células da glia Cinzenta: contém corpos celulares de neurônios, células da glia e prolongamentos de neurônios Subst. branca e cinzenta no HE; vermelho é neurônio, azul são células da glia Subst. cinzenta e neurônios piramidais Subst. cinzenta no HE Subst. branca com prolongamentos de neurônios e células da glia M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 22 Neurônios: células excitáveis, respondem a alterações do meio pela mudança do potencial de membrana Recepção, transmissão e processamento de estímulos Morfologia: o Multipolar: 1 axônio e muitos dendritos o Bipolar: 1 axônio e 1 dendrito o Pseudounipolar: 1 axônio que deixa a célula e depois se ramifica em estruturas que parecem axônios e dendritos Funções: o Motor: controle de órgãos efetores o Sensorial: recebem estímulos do ambiente e do organismo o Interneurônios: conexão Corpo celular (pericárdio): núcleo grande, esférico e pouco corado; RER e ribossomos livres (basófilos e corados por hematoxilina) Dendritos: aumentam a superfície celular, sinapse Axônio: condução de impulso nervoso, só um por célula o Pobre em organelas o Termina no telodendro, região ramificada o Fluxo anterógrado: fluxo do pericárdio para axônio, pela proteína cinesina o Fluxo retrogrado: do axônio para pericárdio, pela proteína dineína Células da glia: não excitáveis, menores que os neurônios e mais abundantes Nutrição de neurônio, crescimento, desenvolvimento, diferenciação, secreção de fatores de crescimento Oligodendrócitos: produz a bainha de mielina no SNC Células de Schwann: produz bainha de mielina no SNP Astrócitos: formato de estrela, núcleo condensado c/ ramificações, manutenção da vida dos neurônios o Pés vasculares: ramificação que vai em direção ao vaso sanguíneo, o Barreira hematoencefálica: sangue antes de chegar ao SN passa por células endoteliais > lâmina basal do vaso sanguíneo > pés vasculares (astrócitos) > matriz extracelular do SN o Cicatrização do S. Nervoso, substituem os neurônios perdidos por trauma ou anoxia Micróglia: fagocitose, importante no processo inflamatório e reparo do SNC o Pequenas, prolongamentos curtos e irregulares M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 23 Micróglia (azul) e astrócito (vermelho) Células ependimárias: revestem os ventrículos e canal medular do SNC o Ciliadas – cílios fazem a movimentação do líquor Células ependimárias revestindo canal medular Medula espinal: Subst. branca é periférica e cinzenta é central em formato de H Canal medular fica no centro, por ele circula o líquor Cornos anteriores tem neurônios motores; cornos posteriores tem fibras de neurônios sensoriais SNC é protegido e envolvido por 3 membranas conjuntivas: Dura-máter: mais externa, tec. conj. denso, contínua com periósteo do crânio o Forma espaço peridural com as vertebras e epidural com aracnoide Aracnoide: intermediária o Espaço subaracnóideo: fica o líquor (colchão hidráulico) Pia-máter: mais interna, reveste os vasos sanguíneos, aderida ao SNC, muito vascularizada o Plexos coroides: dobras em capilares dilatados e fenestrados, que se projetam para dentro dos ventrículos ↓ Tec. conj. frouxo e epitélio simples ↓ Secreta líquor M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 24 Nervos: componentes do SNP, feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo Esbranquiçados, rico em mielina e colágeno Fibra nervosa = axônio + bainha envoltória (várias voltas de memb plasmática que formam a bainha de mielina) o Mielínicas: envoltas por células de Schwann, rica em mielina, que é interposta por nódulos de Ranvier o Amielínicas: sem Schwann e Ranvier Envolvidos por 3 camadas de tecido conjuntivo o Epineuro: mais externo, camada fibrosa, sustentação e preenchimento de espaços entre os feixes; tec conj denso o Perineuro: camada c/ células justapostas achatadas, envolve os feixes nervosos (conjuntos de axônios com suas bainhas); tec conj denso não modelado o Endoneuro: mais interno, envolve cada axônio com sua bainha e célula de Schwann; lâmina basal rica em fibras reticulares (colágeno III) As “bolhas” no endoneuro são axônios, envoltade cada um (esburacado) é a bainha de mielina; fazendo o envoltório da bainha tem a lâmina basal (endoneuro) As bolinhas bem roxas no endoneuro são os núcleos das células de Schwann M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 25 Gânglios: componente do SNP, corpos de neurônios fora do SNC Envolvidos por cápsula conjuntiva e associados aos nervos do SN Autônomo (eferentes): neurônios multipolares, aspecto estrelado, ficam junto a nervos do SNA Sensoriais (aferentes): neurônios pseudo-unipolares, associados aos nervos cranianos e raízes dorsais dos nervos/gânglios espinais, tem células satélites Gânglio sensitivo dorsal Esses gânglios têm núcleos grandes e volumosos (em vermelho); são rodeados pelas células satélites (da glia, em azul) ---------------------------------------------------------------- TECIDO SANGUÍNEO Forma especializada do tecido conjuntivo Sangue tem movimento unidirecional e regular, formado por glóbulos sanguíneos (ficam suspensos no plasma) e plasma (parte líquida) Meio de transporte para células de defesa, gases, nutrientes, hormônios e outras moléculas No hematócrito: Plasma: sobrenadante translucido e amarelado Glóbulos se sedimentam o Camada superior: leucócitos, cor acinzentada o Camada inferior: hemácias; cor vermelha e ocupa maior volume Plaquetas não são distinguíveis Hemácias (eritrócitos): anucleadas e eosinofílicas (rosa claro) Formato de disco bicôncavo: proporciona grande superfície de contato, favorecendo a troca de gases Tempo de vida: 120 dias o Enzimas da hemácia em nível crítico > rendimento dos ciclos metabólicos é insuficiente > corpúsculo digerido por macrófagos, normalmente no baço (hemocaterese) Grande quantidade de hemoglobina (Hb, proteína transportadora de gases) o Tem 4 subunidades, cada uma com um grupo heme M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 26 Fe2+, local de ligação a um polipeptídeo o Oxi-hemoglobina: quando se liga ao O2; ligação reversível para transferência de gás nas regiões teciduais, de baixa pressão de O2 o Carbamino-hemoglobina: quando se liga a CO2, ligação desfeita no pulmão Leucócitos: incolores, esférico quando em suspensão; proteção do organismo contra infecção, produzidos na medula óssea ou em tecidos linfoides Granulócitos: núcleo lobulados (em lóbulos) e citoplasma com grânulos específicos (azul-rosa pálido) e grânulos azurófilos (lisossomos); não fazem mitose o Neutrófilos: núcleo com 2 a 5 lóbulos ligados entre si por pontes de cromatina; citoplasma neutro o Eosinófilos: com núcleo bilobulado, citoplasma com granulações ovoides coradas por eosina Núcleo com aspecto de “headphone” o Basófilos: núcleo volumoso, forma retorcida e irregular (S), citoplasma com grânulos específicos grandes e com afinidade por hematoxilina, metacromáticos c/ histamina, heparina e fatores quimiotáticos p/ eosinófilos e neutrófilos Citoplasma bem corado pela hematoxilina M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 27 Núcleo com aspecto de S irregular Agranulócitos: núcleo mais regular e citoplasma sem grânulos específicos, apenas os grânulos azurófilos (lisossomos) o Linfócitos: núcleo esférico com chanfradura e coloração escura, citoplasma escasso; fazem mitose Linfócito pequeno Linfócito grande o Monócitos: núcleo ovoide com forma de rim ou ferradura, excêntrico (se afasta do centro), citoplasma basófilo Em vermelho o monócito; em azul o neutrófilo com as pontes de cromatina Neutrófilos: mais numerosos, primeira linha de defesa contra bactérias e fungos Eosinófilos: fagocitam os complexos antígeno-anticorpo, liberam de forma seletiva o conteúdo dos grânulos para o meio extracelular; atuam nas reações alérgicas, como asma e as “ite” Basófilos: contém histamina e heparina nos grânulos, membrana plasmática com receptores de IgE; quantidade excessiva é associada com tumores ou doenças crônicas; aspectos semelhantes aos mastócitos Linfócitos: reconhecem moléculas estranhas e atuam por meio da resposta humoral (Ig) e citotóxica Monócitos: quando a célula realiza diapedese (saída dos vasos sanguíneos), ela se transforma em macrófagos; faz parte do sistema mononuclear fagocitário e representa uma fase na maturação da célula mononuclear M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 28 Plaquetas: anucleadas, forma de disco e derivadas dos megacariócitos Tempo de vida: 10 dias Coagulação sanguínea e reparação de vasos sanguíneos Coagulação: agregação primaria > agregação secundaria > coagulação do sangue > retração do coágulo > remoção do coagulo Plaquetas se apresentam em agregados, coradas por hematoxilina (roxo claro) Plasma: parte liquida composta por água, proteínas e sais inorgânicos Principais proteínas: albumina, imunoglobulina, lipoproteína, protrombina e fibrinogênio Maior volume de CO2 transportado é dissolvido no plasma ---------------------------------------------------------------- SISTEMA CIRCULATÓRIO Primeiro sistema a funcionar no embrião, coração primitivo e sistema vascular aparecem na 3ª semana Sistema vascular sanguíneo + sistema vascular linfático Microcirculação: seus vasos atuam no intercâmbio entre sangue e tecidos circunvizinhos Coração, artérias, capilares, veias e vasos linfáticos Ventrículo esquerdo e direito, notar a diferença de espessura Endotélio: reveste a superfície interna dos vasos e do coração, epitélio simples pavimentoso Funções das células endoteliais: lipólise, conversão de angiotensina I em II, conversão de bradicinina, serotonina, prostaglandinas em compostos inertes, produção de fatores vasoativos e de crescimento Função antitrombogênica Zônulas de oclusão entre as células endoteliais Primeira camada que tem contato com sangue; exclusivo do sistema circulatório M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 29 Camada única de células epiteliais pavimentosas, com núcleos achatados e em contato com as câmaras/sangue Coração e suas túnicas: Os “buracos” brancos no miocárdio são tecido conjuntivo frouxo não visíveis com o processamento histológico Endocárdio: mais interna o Primeira camada do endocárdio é o endotélio, que entra em contato direto com o sangue o Camada subendocardial: contém os vasos, nervos e células de Purkinje Miocárdio: mais espessa das túnicas, cardiomiócitos organizados em camadas, que envolvem as câmaras Epicárdio: mais externo, folheto visceral do pericárdio o Formado pelo mesotélio – epitélio de revestimento simples pavimentoso o Camada subepicardial: tecido conjuntivo associado ao tecido adiposo, onde ficam os vasos de médio calibre (aa. coronárias e vv. cardíacas) Artéria Coronária (de médio calibre, artéria muscular – por conta da parede espessa de tecido muscular liso, na túnica média) Estruturalmente, de forma geral, os vasos são formados por túnica adventícia, média e íntima Obs.: capilares são formados apenas por endotélio e sua lâmina basal Íntima: em contato com o sangue, sua primeira camada é o endotélio; depois lâmina basal e uma faixa de tecido conjuntivo com fibras elásticas e colágenas o Somente no sistema arterial, a última estrutura da túnica íntima é uma lâmina elástica interna, pois opera sobre pressão Média: tem músculo liso (quanto maior a quantidade de músculo, mais desenvolvida é a parede do vaso) o Células da musculatura circunscreve a luz do vaso o Promovem a vasoconstriçãoou vasodilatação o Somente no sistema arterial, a última estrutura da túnica íntima é uma lâmina elástica externa M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 30 Adventícia: tecido conjuntivo denso e irregular, com fibras elásticas e colágenas, fibroblastos o Pode ou não ter tecido adiposo junto o Se coloca entre paredes de estruturas vizinhas Túnicas da artéria coronária (muscular). A mais desenvolvida é a média Veia cardíaca (médio calibre), tem as três túnicas, mas são finas e de difícil distinção. A mais desenvolvida é a adventícia Sistema Arterial: Artéria elástica (grande calibre): estabilização do fluxo sanguíneo o Ex.: aorta e seus ramos, carótida o Túnica intima: rica em fibras elásticas, com lâmina elástica interna o Túnica média: espessa, músculo liso e lâminas elásticas concêntricas entre as células musculares Lâminas elásticas (ondas) na túnica média; núcleo das células musculares acompanha as disposições das lâminas o Túnica adventícia: tecido conjuntivo rico em fibras colágenas tipo I e tecido adiposo Colágeno se apresenta em blocos, pois segue o longo eixo do vaso (longitudinal); as fibras colágenas oferecem resistência para se contrapor a uma possível distensão excessiva das fibras elásticas (circunscreve luz do vaso); colágenas e elásticas são perpendiculares Vasa Vasorum: componente da microcirculação, vasos sanguíneos que suprem as túnicas adventícia (fica nela) e média; mais frequente no venoso que no arterial M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 31 Túnicas das artérias (elásticas) Outra coloração que evidencia as lâminas elásticas (pretas); roxo é a túnica média e lilás é a túnica adventícia Artéria muscular (médio calibre): controle de fluxo sanguíneo para os tecidos, contraindo ou relaxando as células musculares o Ex.: A. coronária o Túnica intima: somente lâmina elástica interna o Túnica média: músculo liso, sem lâmina elástica o Túnica adventícia: tecido conjuntivo com fibras de colágeno I Artéria muscular X Artéria elástica Arteríolas: grupo de vasos com lúmen estreito, componente da microcirculação com m. liso o Lâmina elástica interna ausente o Túnica média: 1-2 camadas de músculo liso o Encontrada nos “buracos” do miocárdio Núcleos escuros do endotélio próximos a luz do vaso; faixa rosa com núcleos de aspecto fusiforme das células musculares lisa; adventícia fina e de difícil visualização Capilares: vasos de troca (saídas e entradas de componentes entre os tecidos), entre sistema arterial e venoso Apenas endotélio e lâmina basal Fica próximo da membrana da célula cardíaca Pericitos: células mesenquimais c/ longos processos citoplasmáticos, contração Tipos de capilares: o Contínuo ou somático o Fenestrado com diafragma ou visceral o Fenestrado sem diafragma o Sinusóide M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 32 Corte transversal, capilar contínuo Arteríola (círculo) X Capilar contínuo (seta) Sequência usual: arteríola > metarteríola > capilar > vênula Sempre terá sist arterial e venoso capilar? No fígado, tem o sistema porta venoso, que tem vênula- capilar-vênula (também na hipófise e pâncreas) Outros: arteriovenosa (sem capilar); sistema porta arterial (arteríolas separadas por capilares, só tem nos rins) Sistema Venoso: Ausência de lâminas elásticas Presença de válvulas venosas o Projeção da túnica intima em forma de meia lua, ricas em fibras colágenas e elásticas o Revestidas por endotélio, pois entra em contato com sangue o Sangue empurra os folhetos à medida que se move para o coração; quando o sangue tenta retornar, atuam como bolsas, impedindo o Tem um eixo formado por tec. conjuntivo fibroelástico (NÃO pode ser tec conjuntivo frouxo, como normalmente é na túnica íntima) Corte transversal Setas indicam as válvulas; nota-se irregularidade nas bordas, mais presente no sistema venoso M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 33 Aproximação da válvula: pontos rosados na válvula são células endoteliais, no meio na válvula tem um eixo corado em um azul mais escuro (tecido conjuntivo fibroelástico) Grandes troncos venosos: perto do coração o Ex.: braquiocefálica, cavas o Túnica intima: muito bem desenvolvida o Túnica média: mais fina, musculatura lisa o Túnica adventícia: mais espessa; tecido conjuntivo denso, rico em fibras colágenas e feixes de m. liso longitudinais (exceção à regra, SÓ nas grandes veias) – por conta do retorno venoso Na túnica adventícia, é possível diferenciar a musculatura lisa (lilás) e as fibras colágenas tipo I (rosa, corada pela eosina) Vênulas: as pequenas são formadas apenas por lâmina basal e endotélio, podem ter pericitos o Maioria das vênulas é do tipo muscular, com algumas células musculares lisas Sistema de condução cardíaco: próprio, gera estimulo rítmico e o conduz por todo o miocárdio Constituído por nó atrioventricular nó sinoatrial, feixe atrioventricular e células de Purkinje Essas estruturas são formadas por músculo estriado cardíaco, mas com características próprias o Citoplasma com núcleo central, rico em mitocôndrias e glicogênio o Miofibrilas são escassas e ficam na periferia do citoplasma Ramos do SNA simpático e parassimpático não alteram a geração do batimento cardíaco e sim o ritmo do batimento o Simpático: aumento dos batimentos o Parassimpático: diminuição ---------------------------------------------------------------- M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 34 SIST REPRODUTOR FEMININO Ovogônias são formadas durante o período embrionária da mulher > geram os ovócitos primários Durante o nascimento da mulher, os ovários estarão repletos de ovócitos primários na camada cortical Ovário: produção hormonal e de gametas Epitélio germinativo: camada mais externa e faz o contato com o meio externo, mesotélio - epitélio simples cúbico Túnica albugínea: tecido conjuntivo denso não modelado, rica em fibroblastos Camada cortical (córtex): onde ficam as células reprodutivas exclusivamente mergulhados em tecido conjuntivo frouxo + fibras musculares lisas e células intersticiais (produção de estrogênio quando o ovário for funcional) (estroma) o Pode ser encontrado folículos ovarianos em diferentes estágios: primordial, primário Região medular: tecido conjuntivo frouxo bastante vascularizado Caixa de texto Hormônios sexuais femininos Estrogênio: crescimento e maturação dos órgãos sexuais, características sexuais secundarias, crescimentos das glândulas mamárias Progesterona: prepara o útero para gravidez e as glândulas mamárias para lactação Folículo ovariano: ficam no córtex; os ovócitos são rodeados por células foliculares, que são limitadas pelo estroma do ovário por uma lâmina basal Folículo primordial > folículo primário unilamelar > folículo primário multilamelar > folículo antral > folículo maduro M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 35 Folículo primordial: Ovócito primário + células foliculares rodeando + lâmina basal (isola cada folículo) Células foliculares são simples pavimentosas Folículo primário unilamelar: Aumento do ovócito primário e mudança das células foliculares Ovócito primário + células foliculares simples cúbicas Células foliculares simples e cúbicas Folículo primário multilamelar: Aumento do ovócito primário Estratificação das célulasfoliculares, deixando de ser simples e sendo agora um epitélio estratificado (se chama células da granulosa agora) Células da granulosa secretam estrogênio Produção da zona pelúcida: camada molecular glicoproteica entre membrana plasmática e células da granulosa (células foliculares aqui) Fora do folículo e depois da lâmina basal, o estroma rodeia o folículo e gera as tecas o Teca interna: células globulosas, produzem o hormônio androstenediona, que é convertido em estrogênio nas células da granulosa pela enzima aromatase; mt vascularizada, o que contribui para formação de coágulo sanguíneo que participa da formação do corpo lúteo Células foliculares estratificadas; zona pelúcida meio aberta com buracos por conta do corte histológico, tecas difíceis de serem definidas nessa fase Folículo antral (secundário): Formação do antro: espaços entre as células da granulosas, preenchidos por liquido antral (tem hormônios), que forma uma “cavidade” Tecas dividida em teca interna e externa o Teca externa: papel envoltório e estrutural, rica em fibroblastos e células musculares (contração para expulsar o ovócito na ovulação) Folículo maduro (de Graaf): realiza a ovulação Antro grande e ocupa maior parte do interior Células da granulosa se acumulam (cumulus oophorus), sustentam o ovócito primário Células da granulosa também rodeiam o ovócito, formando a corona radiata (coroa radiada) Na ovulação, expulsa o ovócito + zona pelúcida + coroa radiada + líquido antral o Aumento de estrogênio, pico de LH M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 36 o Conclusão da primeira fase da meiose As tecas permanecem no interior do ovário e constituem o corpo lúteo, junto com o resto de células da granulosa que ficaram Folículo maduro Teca interna tem células globosas e porosas, já a externa tem células mais achatadas Corpo lúteo: agregado de células tecas (principalmente da interna) e granulosas Secreta progesterona por estímulo do hormônio LH (tem receptores do LH) na fase secretora Corpo lúteo Tubas uterinas: transportam o ovócito secundário até o útero, capacitam os espermatozoides Local de fecundação (normalmente na ampola) Sujeito a ação de progesterona e estrogênio Motilidade: muscular e ciliar Camada mucosa: tem epitélio simples colunar com células ciliadas (locomoção e seleção de sptz) e secretoras de muco (nutritivo para as células reprodutivas) + lâmina própria abaixo do epitélio (tec conj. frouxo) Camada muscular: músculo liso que se subdivide em circular interna e longitudinal externa Camada serosa: composto por tec conj. fibroelástico + camada de epitélio simples pavimentoso (mesotélio) Corte transversal da tuba uterina M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 37 Camadas da tuba uterina Mucosa da tuba uterina aproximada; corte transversal Mesotélio na camada serosa Útero: composição da parede uterina Endométrio: mucosa do útero (epitélio simples colunar com cílios e células secretoras), em contato com a luz, varia a espessura conforme fase do ciclo menstrual, depende da maturação dos folículos o Camada funcional: alterada no ciclo menstrual, descama o Camada basal: não descama, mais celularizada, regenera a camada funcional Miométrio: músculo liso em três camadas Perimétrio: serosa (partes livres) ou adventícia (quando em contato com outros órgãos) do útero Diferença do endométrio em cada fase do ciclo menstrual; a linha tracejada separa a camada basal (não altera) da funcional (altera) Fase secretora é caracterizada pela intensa produção das glândulas endometriais e a presença das arteríolas espiraladas Arteríolas espiraladas: nutrem a camada funcional e formam as lacunas sanguíneas (nutrição do embrião se houver fecundação e implantação) Arteríolas espiraladas, na camada funcional M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 38 Glândulas endometriais: tem aspectos diferentes em cada fase do ciclo menstrual, ficam na camada funcional, epitélio cilíndrico simples, secretam glicogênio Útero na fase proliferativa; as glândulas endometriais são mais retas e pouco ramificadas (circulado em preto), elas apresentam apenas células secretoras Útero na transição para a fase secretora, nota-se que ainda tem glândulas endometriais retas (característica da fase proliferativa) Útero na fase secretora inicial; endométrio bem desenvolvido, glândulas endometriais maiores, onduladas e evidentes, com conteúdo no interior (glicogênio, rosa bem claro) Útero na fase secretora avançada; glândulas endometriais bem grandes e volumosas Útero na fase menstrual, descamando Útero na fase menstrual; camada funcional bastante destruída por obturação das arteríolas espiraladas, que causa necrose e descamação Colo do útero (cérvix): Mucosa ou endocérvix: epitélio colunar simples; tem grandes glândulas endometriais, sofre M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 39 pouca alteração e não descama; ausência de arteríolas espiraladas Glândulas cervicais: secreção de muco lubrificante o Na metade do ciclo: muco fluido o Outros períodos: muco viscoso Ectocérvix: projetado para o canal vaginal, rico em glândulas lubrificantes, revestido pelo mesmo epitélio do canal vaginal (epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado) Canal vaginal: Mucosa: epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado e lâmina própria (tec conj. frouxo); o Pregueada, sem glândulas e com acúmulo de glicogênio no epitélio Camada muscular: tem camada circular interna e uma longitudinal externa Adventícia: envolve o órgão externamente com tecido conjuntivo fibroelástico (tec conj. denso e fibras elásticas) Vagina não tem glândulas, a lubrificação provém das glândulas que ficam no cérvix do útero Camada mucosa do canal vaginal, baixo é lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo) ---------------------------------------------------------------- SISTEMA ENDÓCRINO Hormônios são moléculas que funcionam como sinais químicos, liberados por células endócrinas (especializadas) Glândulas (agrupamento das células) Células isoladas Os hormônios agem: Endócrina: longa distância, via corrente sanguínea Parácrina: curta distância Justácrina: molécula liberada na matriz extracelular, se funde nela para chegar a célula-alvo Autócrina: hormônios atuam na própria célula secretora ou em outra Sist hipotalâmico-hipofisário Tem 3 locais de produção para os grupos hormonais. Hormônios produzidos por: o Agregados de neurônios secretores no hipotálamo (núcleos supra-ópticos e paraventriculares) o Neurônios secretores de núcleos hipotalâmicos o Células da parte distal Hipófise (pituitária) Fica na sella túrcica, origem embrionária nervosa e ectodérmica Envolvida por cápsula de tecido conjuntivo, contínua com a rede de fibras reticulares que suporta as células do órgão M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 40 Suprimento sanguíneo por dois plexos capilares: Primário na região pedículo Secundário na parte distal Adeno-hipófise: origem do ectoderma, do teto da boca primitiva em direção cranial. Sem conexão com o sistema nervoso; produz e secreta seus hormônios Parte distal: cordões de células epiteliais que armazenam seu produto em grânulos (basófilo ou acidófilo - cromófilas) o Acidófilas: somatotrófica (produz GH), mamotrófica (produz prolactina) Células acidófilas, coradas bem rosa; afinidade poreosina o Basófilas: corticotrófico (produz ACTH), tireotrófico (produz TSH), gonadotrófico (produz FSH e LH) Células basófilas na parte distal, coradas bem roxa; afinidade por hematoxilina Somatotrófica Somatotropina (GH) Crescimento dos ossos longos Mamotrófica ou lactotrófica Prolactina (PRL) Estimula a produção de leite, durante a gravidez Gonadotrófica FSH e LH Folículos ovarianos, estrogênio e espermatogênese (FSH); ovulação, progesterona e andrógenos nos homens (LH) Tireotrófica TSH Estimula síntese e secreção de T3 e T4 Corticotrófica ACTH e alfa- MSH Estimula secreção de glicocorticoides no córtex adrenal (ACTH) o Cromófobas: tem coloração suave ou com citoplasma transparente, não secreta hormônios; podem ser células tronco (vão dar origem as cromófilas) ou que já degranularam (fizeram exocitose) ou quiescente (já se diferenciou, mas não está em atividade) Cromófobas Parte intermediária: fica na transição da parte distal da adeno- hipófise e neuro-hipófise M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 41 Remanescente da bolsa de Rathke, formada por folículos, são células que jogam para o ambiente extracelular o produto da sua secreção; núcleo periférico e meio rosa uniforme (conteúdo da secreção) Parte tuberal: forma um funil, cerca o infundíbulo da neuro-hipófise Neuro-hipófise: porção nervosa, do assoalho do diencéfalo em direção caudal. Armazena e secreta os hormônios produzidos pelo hipotálamo; não produz Neurossecreção é transportada até os axônios da parte nervosa e ficam armazenados em corpos de Herring o Hormônios liberados na parte nervosa: ADH e oxitocina o Pituícitos: células da glia ramificada Antidiurético ou vasopressina (ADH) Aumenta a permeabilidade nos rins à água, contração do m. liso dos vasos sanguíneos Oxitocina Contração do m. liso do útero e das células mioepiteliais da gl. Mamária (ejeção do leite) Os círculos marcam os corpos de Herring, os emaranhados rosas são os axônios; as setas apontam os núcleos dos pituícitos Capilar (verde) X corpo de Herring (preto) Parte nervosa: axônios sem mielina, seus corpos de neurônios ficam nos núcleos hipotalâmicos Pedículo Eminência mediana Órgãos com função endócrina: Glândulas Adrenais (suprarrenais) Córtex: seus hormônios formados por cortisol citoplasmático que é processado pelo REL e mitocôndrias, células espongiócitos; tem 3 partes Glomerulosa: subjacente a cápsula de tecido conjuntivo o Células piramidais/colunares, ficam em cordões; aspecto de arcos o Secreta aldosterona (mineralocorticóides) → estimula a reabsorção de Na e água o Zona fasciculada: M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 42 o Células em cordões retilíneos de células cúbicas; aspecto de feixes o Secretam corticosterona e cortisol (glicocorticoides), e andrógenos → suprime o sistema imune Citoplasma com lipídios, pois secretam hormônios a base de colesterol; áreas claras pelo aspecto negativo do colesterol devido ao processamento histológico Zona reticulada: faz limite com a medula; pouco desenvolvida o Cordões irregulares de células pequenas o Secretam glicocorticoides e andrógenos, em pequena escala Partes do córtex Medula: células poliédricas (cromafins) organizadas em cordões com origem da crista neural e células ganglionares parassimpáticas Neurônios simpáticos pós ganglionares modificados Secreta adrenalina e noradrenalina (catecolaminas) Presença de veias de médio calibre que drenam o órgão Citoplasma com pequenos grânulos, que tem epinefrina e norepinefrina Célula ganglionar simpática Pâncreas Ilhotas pancreáticas (de Langerhans): grupos arredondados de células, mais abundantes na cauda Células a, b, d, f A (alfa): secretam glucagon, são células acidófilas B (beta): secretam insulina, são células basófilas M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 43 Ilhotas de Langerhans, tem células basófilas (células roxas, azuis) e acidófilas (células rosas); as células bem roxas em volta da ilhota são a parte exócrina do pâncreas (suco pancreático) Tireoide Secreta os hormônios: T3 e T4: regulam o metabolismo, estimula o desenvolvimento correto do sistema nervoso do embrião (durante a gestação) Calcitonina: produzida pelas células C Formada por epitélio simples folicular (vai de achatada a colunar) + espaço preenchido por colóide (substância gelatinosa) Colóide é externo, circundado e limitado pelas células foliculares; não tem contato com o estroma Estroma: cápsula (redondezas) e trabéculas e septos (interna), tecido conjuntivo denso Células foliculares produzem a glicoproteína tireoglobulina > fica armazenada no colóide > tireoglobulina é processada e iodada > hormônios T3 e T4 de fato de prontos Folículos no parênquima da glândula tireoide Folículos em estágios de desenvolvimento diferente (da esquerda e maior tem células cúbicas, da direita tem células achatadas); parte corada em rosa é o colóide. As bolhas no coloide são os processos de fagocitose da glicoproteína Célula parafolicular ou C: produz a calcitonina, que fica armazena em grânulos Pode ou não compor a parede do folículo, adjacente ao folículo normalmente Tem núcleo maior que as foliculares e citoplasma mais claro e localização Calcitonina reduz a reabsorção óssea, deposita Ca2+ nos ossos M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 44 Glândulas paratireoides: ficam na tireoide, se organiza em cordões de células Receptor do paratormônio fica no osteoblasto, importante no processo da osteoclastogênese Células principais são as que produzem o paratormônio, que retira Ca2+ dos ossos, quando os níveis desse íon estão baixos na corrente sanguínea o Hormônio fica armazenado em grânulos no citoplasma Células oxífilas: não produzem paratormônio, tem no citoplasma muita mitocôndria; aspecto eosinofólico Glândula paratireoide, parte branca são tecido adiposo, o rosa é o septo (tecido conjuntivo), em roxo são as células principais Células principais, bem roxas e abundantes Células oxífilas (conjunto rosa) Pineal Pequena glândula revestida pela pia- máter, nela predominam: Pinealócitos: produzem melanina, hormônio que regula os biorritmos circadianos e sazonais o Recebe estímulos luminosos, que inibem a secreção o Areia cerebral: depósito de fosfato e carbonato de cálcio na matriz extracelular, em adultos; a presença não inibe a atividade da glândula Astrócitos --------------------------------------------------------------------- M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 45 SIST REPRODUTOR MASCULINO Composto por testículos, ductos genitais, glândulas acessórias e pênis Testículos: produz hormônios e sptz Cada um é envolto por uma túnica albugínea (tecido conjuntivo): espessa na superfície dorsal, de lá partem septos Septos penetram no testículo, divide em lóbulos testiculares, onde se encontra 1-4 túbulos seminíferos Túbulos seminíferos se alojam como novelos dentro do tecido intersticial (estroma + células intersticiais) o Células intersticiais = Leydig; produzem testosterona, via LH o Epitélio seminífero ou germinativo: células de Sertoli + da linhagem espermatogênica; forma as paredes dos túbulos seminíferos Espaço intersticial; o grupo de célula são as de Leydig (rica em REL e mitocôndrias); o espaço branco é o estroma (tecido conjuntivo frouxo, processo histológico não é bom) Célulasde Leydig ficam agrupadas e com citoplasma corado em rosa (por conta da testosterona, que é esteroide); LH se liga a ela para induzir a produção de testosterona o Possuem as células de Sertoli: suporte, proteção e nutrição dos sptz, fagocitose, secreção, produção do hormônio antimulleriano, barreira hematotesticular Células de Sertoli tem núcleo pouco corado e irregular de formato; presença de nucléolo proeminente (pontos roxos) FSH se liga a elas para produzir proteína ligadora de andrógeno, que se liga a testosterona para evitar que todo hormônio sai dos testículos M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 46 Caixa de texto Barreira Hematotesticular Entre o sangue e o interior dos túbulos seminíferos, formado pelas zônulas de oclusão das células de Sertoli Células de etapas avançadas da espermatogênese são protegidas de substâncias do sangue, de agentes nocivos e do reconhecimento imunológico por linfócitos Já as espermatogônias têm livre acesso às substancias presentes no sangue o Tem capilares viscerais, do tipo fenestrado e permitem a passagem de moléculas grandes o Até que a espermatogênese se complete, há células em diferentes níveis na parede do túbulo seminífero Espermatogônias (células tronco): tipo B forma espermatócitos 1º, após mitoses, duplicar material genético e meiose I Espermatócitos 1º e 2º: o secundário é haploide c/ cromátides duplicadas (tem o dobro de DNA) Espermátides: haploides com uma única cromátide Espermatogônias (em azul) ficam na periferia, tem células de núcleo bem roxo escuro, condensado; espermatócitos 1º (em vermelho) são células aumentadas após os processos; espermátides (em preto) são abundantes, pequena e de núcleo roxo escuro Corpos residuais, corado em rosa no centro; são restos de citoplasma das espermátides perdido durante a formação dos sptz Célula da linhagem espermatogênica > mitoses > duplicação do material genético > meioses > diferenciação (espemiogênese) = espermatogênese Sptz: células haploides com cromossomos de cromátides únicas Caminho do sptz: liberados no lúmen dos túbulos seminíferos > túbulos retos > rede testicular > ductos eferentes > epidídimo > ducto deferente > ducto ejaculatório > uretra (uretra prostática > membranosa > esponjosa) Até os ductos eferentes são todos intratesticulares De epidídimo a uretra são extratesticulares M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 47 Mediastino: região na qual os túbulos seminíferos convergem e os espermatozoides saem do testículo Da linha para frente (com setas) é o túbulo reto: epitélio simples de revestimento (cubico ou pavimentoso) e células de Sertoli, sem células da linhagem espermatogênica; mudança abrupta Rede testicular: conjunto de canais (túbulos revestidos por epitélio simples), recebe os sptz que estavam nos túbulos retos Corte transversal dos ductos eferentes: epitélio alto (cúbico alto ou colunar), tem faixa de m. liso contornando o epitélio; epitélio com cílios para ajudar no transporte dos sptz Epidídimo: túbulo único e enovelado; tem estereocílios para aumentar a superfície de contato com os sptz, permite a maturação e o processo de troca Epitélio colunar pseudoestratificado; no lúmen, estão os sptz. Camada de músculo liso envolvendo M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 48 Linha rosa na membrana apical é a concentração dos componentes do citoesqueleto que se organizam para formar os estereocílios Em branco, são células tronco que darão origem as células principais no epidídimo; em verde, são células da musculatura lisa Ducto deferente; região rosa (eosina) é músculo (bem mais desenvolvida que do epidídimo); em roxo é o epitélio da mucosa, bem pregueado (pseudoestratificado com estereocílios) Musculatura do ducto deferente é dividido em camadas: circular média (verde) e longitudinal externa (preto). Em vermelho, é a camada adventícia, que não é muscular Ducto deferente e glândula seminal são estruturas muito próximas Ductos genitais e glândulas acessórias: produção de secreções Secreções e contração do m. liso = transporte de sptz para o exterior Sptz + secreção = sêmen Glândulas seminais: dois tubos enovelados; nutrição das células reprodutoras (frutose) o Perto do ducto deferente o Lâmina própria rica em fibras elásticas e envolvida por espessa camada de m. liso o Estroma formado por tecido conjuntivo o Parênquima não é secretor até que tenha sinalização da testosterona (puberdade) M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 49 Projeção da mucosa (epitélio) com tecido conjuntivo no interior; no lúmen está a secreção nutricional Próstata: conjunto de glândulas túbulo-alveolares com a mesma cápsula, ductos desembocam na uretra prostática o Proteção da acidez vaginal, componente enzimático para tornar o sêmen mais liquido o Principal enzima: antígeno prostático especifico (PSA); é um biomarcador o Zona periférica: glândulas principais; principal sítio do câncer de próstata o Zona de transição: glândulas submucosas; mais afetado em alterações benignas o Zona central: glândulas mucosas Estroma da próstata: fibromuscular; a região rosa escura é músculo liso, o rosa claro é tecido fibroso Concreções prostáticas (roxo) é o produto de secreção da glândula que sofre calcificação, ocorre na luz da glândula; é um processo degenerativo Glândulas bulbouretrais: ficam na porção membranosa da uretra, onde lança sua secreção mucosa Pênis: formado por 3 corpos cilíndricos de tecido erétil (2 cavernosos e 1 esponjoso) Túnica albugínea: tecido Corpos cavernosos: em cada um tem uma artéria profunda Corpo esponjoso: tem a uretra e as glândulas de Littré (secretam muco) M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 50 Tecido erétil: trabéculas de tecido conjuntivo + m. liso + espaços venosos revestidos de endotélio Aa. helicinas: ficam nas trabéculas, conduzem sangue para os espaços venosos o Aumento do fluxo de sangue → ereção (regulada pelo SNA parassimpático) o Estímulo continuado no órgão leva a ejaculação e orgasmo, fazendo com que o pênis volte ao seu estado flácido e redução da atividade parassimpática Artéria profunda (muscular); sangue chega até ela, segue para as aa. helicinas e, em seguida, para os espaços venosos; corpo cavernoso Corpo cavernoso; as ondas em rosa são as trabéculas (tecido fibromuscular) Artéria helicina, envia sangue para os espaços venosos (em branco com hemácias; durante a ereção) Células do endotélio, revestindo os espaços venosos M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 51 Uretra (revestida por epitélio pseudoestratificado colunar, no centro), trabéculas e espaços nervosos; corpo esponjoso Glândulas de Littré, ficam ao longo da uretra e liberam o muco produzido nela; no corpo esponjoso ---------------------------------------------------------------- M a r i a L u i z a C a n a l l i T 1 0 7 P á g i n a | 52 SISTEMA URINÁRIO Composição: rins + ureteres + bexiga + uretra Funções: Filtragem do sangue: remove restos metabólicos, do metabolismo de proteínas principalmente Retenção de substâncias essenciais Regulação da composição e volume de líquidos extracelulares: inchaço no corpo Equilíbrio ácido-base: excreção de prótons de hidrogênio e bicarbonato Rins participam da síntese
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