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Resumão Saúde da Família 4 M4 – PR2 Instrumentos de Abordagem Familiar O fato de observar o ciclo familiar e suas respectivas crises permite que o médico de família gere hipóteses. O que é uma família? Grupo de pessoas relacionadas por laços de afeto e lealdade fortes e recíprocos, com uma história e um futuro comuns e que participam de um sentido de lar. Função Básica da família 1. Garantir a sobrevivência dos seus membros. 2. Ajudar a modelar suas qualidades humanas. A família pode ser vista como um sistema, pois o que ocorre a uma pessoa afeta a toda a família e por sua vez, a família como sistema influencia a pessoa, a sociedade e vice-versa. Contexto Saúde x Adoecimento Os membros da família sofrem com a doença e morte de seus parentes. A relação entre os familiares pode afetar positivamente ou negativamente toda a família. A evolução de uma doença de um membro da família afeta a relação entre eles e o sucesso de um tratamento depende muitas vezes da dinâmica familiar e de como esta doença afeta a família e o próprio doente. Como fazer isso? É necessário respeitar as regras daquela família, respeitar a hierarquia (ajuda na comunicação e adesão ao tratamento), facilitando a comunicação, evitar lateralizar com um membro da família, vale lembrar que dependendo do tipo de família é preciso adaptar a comunicação para que haja uma compreensão e por fim auxiliar esta família a buscar suas próprias soluções. Crises Previsíveis Adulto jovem independente (etapa fundamental para que as etapas posteriores da vida familiar possam se realizar com solidez). Casamento. Nascimento do primeiro filho. Família com filhos pequenos. Família com filhos adolescentes. Ninho vazio. Crises Acidentais Envolve uma Mudança de domicílio, desemprego, doença e morte de entes queridos, incapacidade física e Garantir desenvolvimento dos indivíduos Necessidades Sociais Necessidades Afetivas Necessidades Biológicas Necessidades Intelectuais OBS: Entender qual tipo de família o paciente pertence ajuda a promover saúde, prevenir adoecimentos e auxiliar os membros na necessidade de comunicação. Psicológica, violência, ruptura conjugais etc. Resumão Saúde da Família 4 M4 – PR2 Ciclo Vital Familiar Uma crise familiar é um evento da vida presente ou passada que ocasiona mudanças nos papeis dos membros da família. Etapa Constitutiva (matrimônio; dependência econômica ou afetiva, diferenças socioculturais, intelectuais, econômicas, educativas e religiosas): Fase preliminar; Fase Recém-casados. Etapa Procriativa (superproteção ou afastamento dos filhos, expectativas diferentes sobre a gravidez, nascimento do primeiro filho etc.): Fase de Expansão 1. Nascimento dos Filhos 2. Filhos Pré-Escolares Fase de Consolidação 1. Filhos Escolares 2. Filhos Adolescentes Etapa de Dispersão (separação dos filhos com entrada na escola ou no trabalho): 1. Fase de desprendimento. Etapa Familiar Final (pais novamente sós, síndrome do ninho vazio): 1. Fase de Independência 2. Fase de Dissolução Família Anciã; Viuvez. Ecomapa É uma importante ferramenta para a abordagem familiar. Está incluído no sistema de suporta da família. Representa graficamente os contatos dos membros da família com os outros sistemas sociais, incluindo a rede de suporte sócio sanitário, desenhando, o seu sistema ecológico. Forma de representação: No ecomapa, a família apresenta-se dentro de um círculo, enquanto os contatos da família com a comunidade ou com pessoas e grupos significativos, são representados em círculos externos. Incluindo a vizinhança, grupos sociais, instituições de ensino, trabalho, serviços da comunidade, relações pessoais, trabalho etc. Neste ecomapa temos as linhas Pontilhada ou tracejada (ligações frágeis, relações tênues) e linhas Contínuas ou duplas (ligações fortes,relações sólidas). OBS: Importante conhecer os papeis familiares. Resumão Saúde da Família 4 M4 – PR2 Mas também existem ecomapas com barras ou talhadas (aspectos estressantes/relações conflituosas), Ausência de linhas significa ausência de conexão e setas desenhadas ao lado das linhas significam o fluxo de energia e recursos. Objetivos e Vantagens Pode ajudar a construir/melhorar a relação dos profissionais com a família Diminui a resistência dos elementos da família em partilhar com os profissionais os dados informativos Pode ilustrar a natureza e o impacto das relações da família com o meio, permitindo verificar se são fonte de suporte ou não suporte Fornece uma melhor compreensão das situações geradoras de stress e dos recursos disponíveis. Mostra os superutilizações da APS Trabalho de promoção de saúde Família em crise e problemas de saúde que aquela família tem. Genograma É uma ferramenta de descrição da família e dos seus padrões de relacionamento. Tem a vantagem de resumir graficamente e em uma página muitas informações sobre a família. Possibilita a identificação da estrutura da família, ressaltando os que vivem no mesmo domicílio, seu padrão de relação, as doenças que costumam ocorrer e as causas de falecimento, a repetição dos padrões de relacionamento e os conflitos que podem desembocar no processo de adoecer. Inclui o passado hereditário da família e o risco que oferece aos membros atuais, Ajuda a comunicação e a relação médico-paciente. Regras para a construção Simbologia própria; No mínimo, três gerações; Nomes dos membros da família Idade ou ano de nascimento; Mortes, com idade ou data da morte e sua causa; Doenças ou problemas significativos; Datas de casamentos e divórcios; Indicação dos membros que vivem juntos na mesma casa; Relações familiares e vitais mais significativas; Fazer primeiramente o casal com seus filhos; Fase do ciclo vital; Sistema familiar de origem; Estressores; Interpretações do problema. Resumão Saúde da Família 4 M4 – PR2 Simbologia Uso dos genogramas na APS Reconhecimento da necessidade dos pacientes de alto risco (ex: realização mais frequente de mamografia se história de Ca. de mama). Promoção de alterações no estilo de vida e colocação de maior ênfase na orientação do paciente (ex: incentivar a interrupção do tabagismo se história de Ca. Pulmonar ou isquêmica). Demonstração de que as relações familiares são de interesse do médico da família e importantes para a saúde de cada um de seus membros. Revisão rápida pelo médico da situação da família. Elaboração de um vínculo através do uso dos primeiros nomes dos membros da família e sabendo quem vive na residência. Identificação rápida dos fatores de risco importantes nos membros da família, como história familiar de DM e peso excessivo etc. Cuidados no Domicílio É a interação do profissional com o paciente sua família. Possui o atendimento de forma programada e continuada conforme a necessidade, analisando e propondo ações de promoção em saúde, preventivas e curativas assistenciais. Possibilita a articulação de vários pontos da Rede de Atenção à Saúde (RAS). Otimiza o uso de leitos e recursos hospitalares e amplia o acesso aos serviços por usuários acamados ou domiciliados. Transição Epidemiológica – Tripla carga de doença Doenças Infecciosas Causas Externas Doenças Crônicas O cuidado a domicílio é de importante possibilidade de resposta do SUS. Resumão Saúde da Família 4 M4 – PR2 Por que fazer o cuidado em domicílio? Melhor acesso, desospitalização (liberação de leitos), cria vínculo, conheceo território e possibilita a exploração o contexto em que o paciente vive para entender possíveis causas para patologia. Tipos de cuidado a domicílio ● Doenças crônicas estabilizadas ● Doenças crônicas agudizadas ● Doenças agudas ● Doenças mentais ● Pré-natal ● Puericultura ● Curativos ● Vacinas Cuidado Formal Cuidado Informal Relação contratual, já há experiencia, não tem poder decisório, possui horário definido e atribuições definidas (ex: cuidador, enfermeiro) Relação pessoal, não tem experiencia de cuidar de doentes, tem poder decisório, não possui emprego regular. (ex: eleito da família para cuidar do doente). Organização da atenção domiciliar mapear os usuários que necessitam de AD e suas demandas - identificadas nas visitas dos ACS (etapa inicial) Incluir a discussão nas reuniões e agenda da equipe. Se necessário, realizar encaminhamentos para serviços de referência e solicitações de exames complementares. A APS é o maior serviço de Atenção Domiciliar do Brasil A VD é estratégica: reconhecimento de riscos, vulnerabilidades, potencialidades e possibilidades, não ocorre somente dentro das casas, mas no percurso principal da vida daquela pessoa - as ruas, as construções, os vizinhos. Demanda da pessoa x demanda da família x demanda da equipe - plano comum! Projeto terapêutico singular É o terceiro componente do Método clínico centrado na pessoa. É um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, resultado da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar, com apoio matricial se necessário. OBS: Quem faz o cuidado a domicílio é a equipe, ACS e ouros profissionais. Influência mútua e entendimento entre médico e paciente; Incorporar ideias, sentimentos, expectativas e ocupação; Entender modelo explicativo do paciente. Resumão Saúde da Família 4 M4 – PR2 Diretriz: Clínica ampliada A clínica ampliada contribui para a abordagem clínica do adoecimento e sofrimento que está relacionada a singularidade de cada paciente e complexidade do processo saúde/doença. Aumenta o vínculo com paciente (busca o tratamento de cada caso). A PTS deve se responder às demandas objetivas e subjetivas dos usuários e tem como objetivo a produção de sua autonomia e apropriação de seu processo de cuidado. Resultantes de discussão coletiva de equipe interdisciplinar, que objetiva, além da melhoria de sintomas, a ampliação da rede social e o aumento de espaços de contratualidade para modificar o curso do adoecimento. História Biopsicossocial Qual o sentido da doença para o usuário? Qual a singularidade do caso? Há negação da doença? Há autonomia? Intenções de linha de força: expectativas dos profissionais x usuários. Atividades de lazer? Condições de sobrevivência (moradia, alimentação, saneamento, renda...)? 4 momentos do PTS 1. Diagnostico incluindo biopsicossocial 2. Definir metas Dificuldades para elaboração do PTS Falta de qualificação, organização e comunicação, dificuldade da equipe em atender às necessidades do usuário, falta ou insuficiência de registros em prontuários, formação profissional inadequada para as necessidades, rotatividade e sobrecarga da equipe. Decisão compartilhada Informar sobre a condição do paciente (diagnostico), perguntar o que ele está sentindo, sanar dúvidas (Descrever os riscos da doença), mostrar as metas e tratamentos possíveis (pílulas, injeções, xaropes), mostrar risco e malefício, e garantir que pessoa e médico chegaram a uma decisão baseada na mútua compreensão (compartilhamento de responsabilidades e decisões), garantindo que a decisão seja compartilhada. O paciente precisa compartilhar as escolhas dele para ver a melhor possibilidade a ser tomada e fortalece a adesão. Gestão da Clínica (Prática clínica) É a organização em equipe dos cuidados às pessoas, famílias e comunidades do território Conjunto de tecnologias de macrogestão destinadas a prover uma atenção à saúde de qualidade: centrada nas pessoas, quantos pacientes, qual território, quantas ruas, quanto tempo de consulta, como as pessoas chegam na unidade, efetiva (resolve os problemas das pessoas). Para o profissional que atua nesse nível de atenção precisa focar nos aspectos administrativos e organizacionais da prática clínica pois é fundamental para uma melhor OBS: Objetiva entender como o paciente lida com a doença. 3. Divisão de responsabilidades, reavaliação 4. Reunião de equipe assistência aos usuários do serviço e satisfação pessoal com o trabalho. Resumão Saúde da Família 4 M4 – PR2 Gestão da prática clínica (gestão da equipe) Se possui um acolhimento (possui escuta qualificada) Organização de serviços antes no brasil PSF (1993 - unidades básicas tradicionais) X ESF (2006) As unidades de saúde eram tradicionais, presas a vacina e curativo, com programas verticais. Assistência restrita (só tratavam hipertensão, diabetes, tuberculose e hanseníase). Hoje em dia a ESF possui serviços para problemas abrangentes (clínica ampliada). Atributos da APS longitudinalidade, integralidade (biopsicossocial) acesso (atributo no sentido amplo e acessibilidade é como as pessoas acessam a unidade e a equipe ex: deficiente físico, pois cada população tem uma característica específica) e coordenação do cuidado. Atendimento de Pessoas por equipe Varia conforme os governos vão passando. Para a APS o melhor é que menos pessoas sejam atendidas por equipe, diferente da opinião do município, eles querem abranger uma grande população por equipe. Otimizando o tempo da consulta: dividido em demanda espontânea e marcados. Necessário ter gestão do tempo, havendo continuidade e não precisando tratar tudo em uma única consulta. OBS: Pacientes poli queixosos são pacientes que demandam muita atenção e são pacientes para fazer uma PTS. Colocar eles no final dos turnos Rascunho:
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