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O nascimento de um continente, seus povos e sua história.
 O continente americano tem uma extensão territorial de 18.000 km, deste modo, destaca-se por possuir climas diversificados e regiões ricas em biodiversidade, incitando a vontade de vários impérios de chegar a este “novo mundo”. Inúmeras teorias manifestaram-se acerca dos primeiros que chegaram ao continente, entretanto, pelos estudos efetuados, constatou-se que povos paleo-siberianos e asiáticos do Leste convergiram e percorreram o estreito de Bering até a América do Norte, graças a baixa do nível das águas do oceano glacial.
 A adaptação destes povos verificou-se nas ondas migratórias, confirma-se isto nos estudos arqueológicos desse período, este comprovou que os grupos antecedentes de povoamento dos Ameríndios separaram-se por volta de 18.000 a.C., posteriormente, os Na-Dene, os Inuit e os Aleutes.
A mitologia Inuit conecta-se a diversas religiões pagãs observadas posteriormente, estes acreditavam que vários espíritos influenciavam na força da natureza, de modo que utilizavam máscaras de madeira que englobavam os seus numerosos espíritos, assim como, pintavam peles de foca para representar o seu quotidiano. Podemos observar o seu empenho de conhecer as outras terras pela lenda do “tamanho do mundo”, esta conta que dois homens se questionaram sobre quanto o planeta media, em sequência, para descobrir, montaram nos seus trenós com as suas famílias e viajaram ano após ano, já haviam envelhecido após tanto tempo, finalmente, encontraram o seu ponto de partida e alegaram antes de desfalecerem: “O mundo é maior do que pensávamos!”.
 A organização da sociedade Paleoíndia era equitativa a todos os níveis, os líderes eram momentâneos, escolhidos por robustez e atributos pessoais. As suas habitações eram pequenas comunidades com todas as faixas etárias e géneros, da mesma maneira que coexistiam com acampamentos de grande tamanho para contacto periódico, no âmbito das cerimónias de confraternização entre outros clãs. 
 Em vista disso, era comum relacionarem matrimonialmente para reforço de alianças. As trocas entre esses bandos era neste domínio de utensílios de caça (feitos de ossos e pedra) e alimentos, estas ações davam frutos de cooperações mútuas de ajuda e amizade entre eles.
 A subsistência destes era na caça, porém, ocorreram as mudanças climáticas abruptas após o degelo glacial, houve uma extinção dos grandes animais, tais como o tigre dente-de-sabre, o mamute e o cavalo, tão essencial para locomoção, entre outros. Isto tornou necessário reforçar o consumo complementar de outros tipos de animais, assim como sementes e vegetais, o que implicou uma maior especialização em atividades de recolha. 
 O período arcaico foi marcado por um período de lento desenvolvimento, assim como, por sedentarismo e um planeamento face às atividades de sobrevivência. No entanto, sucederam inúmeras descobertas para ajudar a sobrevivência do homem, como:
· Novas ferramentas, a exploração do cobre, surgimento de novos equipamentos de pesca (anzol e redes), domesticação dos cães e novas habilidades com a comida;
· A diversificação da caça, síncrono a adição de novos alimentos;
· Aparecimento de culturas, em razão ao crescimento populacional;
· Novas tecnologias com o “ecossistema de cultivo”;
· O imperativo de uma sociedade de classes com distinções mais claras;
Por outro lado, este imperativo da divisão de culturas trouxe uma diferenciação na evolução de cada zona com a dispersão para outros territórios. Por exemplo, nas grandes planícies, receberam migrantes dos bosques orientais e do Oeste, a sua dissemelhante era por motivo das condições climáticas áridas, por isso, a alimentação por animais grandes ainda perdurou nesta área, os bisontes principalmente. A interior ocidental eram mais nómadas para busca de alimentos, tornou-se um futuro empecilho. 
A grande bacia era singular notavelmente ao conseguirem utilizar dos seusclimas, a moagem de sementes era mais especializada com instrumentos próprios, eram nómadas, empenhavam na caça de pequenos animais. Em contraste, os do Planalto Noroeste, tinham temperaturas mais húmidas, utilizavam dos rios para a subsistência e habitações únicas desse povo, a sua semelhança com os anteriores era suas migrações.
Na atual Califórnia, era composto por pequenos grupos, estes somatizados resultava, aproximadamente, quinhentas comunidades. Os Modoc, localizavam-se na fronteira com Oregão, estes concebiam a ideia que o criador do mundo (Kumush) foi à casa dos espíritos para dançar com a sua filha, posteriormente, levou consigo apenas uma cesta cheia de ossos, que ao alcançar a luz, semeou estes ao solo, originando os povos desta região. 
A costa noroeste, dispunha privilégio de recursos naturais, florestas de clima temperado e rios. Desta forma, o sedentarismo começou anteriormente. Em disparidade, os povos do Subártico, suportavam climas extremos, caçavam no oceano e os seus avanços na pesca eram singulares para o contexto, estes povos que ocuparam estas regiões do círculo polar Ártico, expandiram-se, geraram línguas e uma nova cultura, nomeadamente, os Dorset. 
No livro “Social Anthropology” uma perspetiva sucinta do arqueólogo Vere Gordon Chile, na esfera dessas mudanças é necessária para delinear esta evolução: 
“He understood the transformation of food gathering societies into food producers as a revolutionary change-over, which was followed in turn by a second revolution, the urban, state-making revolution, which first established the processes that led to the development of high cultures” (1994: 4)
Os povos ao chegarem no continente necessitavam de recursos, neste empenho, conseguiram chegar ao outro extremo de um continente que é o segundo maior do mundo atualmente. Em vista disso, expandiram-se para o México, Guatemala, Belize, São Salvador e Honduras. 
Para estas culturas, os antropólogos propuseram uma designação, esta sendo “Mesoamérica”, as suasinvestigações foram minuciosas, pois, notavelmente, foi a formação de civilização mais única em contexto histórico e cultural. Os embates que as sociedades a norte padeceram, decorreu para estes povos também, porém, para estes era mais extremo, pois avançavam para locais árduos de povoar e percorrer, não obtinham animais para a ajuda. (Wolf, 1994) 
Assim, o antigo povo Mesoamericano, desenvolveu um método sofisticado de agricultura e processamento alimentício que possibilitou cultivar uma imensa variedade de culturas e preservar e compor os seus alimentos de diversas formas. Estas inovações colaboraram para o crescimento de sociedades complexas e simplificaram o progresso do comércio na região. As características dessas comunidades agrícolas foi a introdução de elementos característicos, como: milho, feijão, abóbora, etc.
A renovação trouxe uma criação de habitações mais duradouras na Mesoamérica e as sociedades sistematizadas igualmente. Todavia, coexistiam com uma disparidade regional em relação as outras, no que concerne a etnicidade e línguas, no entanto, no prisma cultural, possuíam uma homogeneidade. 
Como visto anteriormente, esta região usufruía de grandes civilizações, em contraste com o espaço-tempo que se formaram, pois, a sua revolução urbana trouxe uma sociedade de classes com estado e economia, síncrono com crescimento das esferas culturais como a arte, a escrita e a literatura.
As sociedades mais célebres desta região tinham sistemas desenvolvidos de medicina, igualmente com métodos de transmissão de conhecimentos e competências, assim notamos como a educação foi um pilar para o funcionamento dessas civilizações, por exemplo, a ênfase na tradição oral para passar costumes e aprendizado para os mais jovens.
Na costa do Golfo do México, manifestou-se a primeira grande sociedade Mesoamericana, designadamente, os Olmecas. Com base nos estudos, sua língua era a mixe-zoque e a sua escrita é registada como a mais antiga do novo mundo, as cidades detinham de estruturas arquitetónicas singulares, os seus edifíciosretratavam os atributos da paisagem que eram hieráticos. As características do xamanismo, envolvia os espaços com água, montanhas e grutas, estes espaços eram utilizados para a oferta aos deuses, sucedia também o uso de substâncias alucinógenas para os chefes xamânicos entrarem em contacto com os seus ancestrais. São conhecidos pela sua utilização de remédios naturais para tratar doenças. Eles utilizavam uma variedade de ervas, plantas e minerais para tratar uma vasta gama de doenças. 
A estrutura desta sociedade, assentava nos centros sendo governados por membros de um grupo social prestigiado, tratava dos assuntos importantes, porém, uma classe social mais baixa também administrou esferas monetárias e empenhou-se no comércio com outros impérios desta localidade. 
 A civilização que temos mais contacto com a sua história é, evidentemente, A Maia. O seu território era nos países do México, Guatemala, Belize, El salvador e Honduras. Cresceram notavelmente, visto que eram dotados de notáveis criações, o seu ápice foi no período clássico entre 250 d.C. e 900 d.C., atualmente, 31 línguas Maias são faladas, cada uma derivada do Proto-Maio. 
As suas contribuições perduram e espantam os estudiosos do seu conhecimento a frente do tempo, temos de traçar estas: 
· As pirâmides de pedra e templos grandiosos;
· um sistema sofisticado de medicina que assentava nos princípios do equilíbrio e da harmonia. Aplicavam uma variedade de ervas, plantas e minerais para tratar inúmeras enfermidades, assim como, executavam práticas espirituais, tais como a oração e o sacrifício, para a cura.
· Esculturas, pinturas, inscrições hieroglíficas e um sistema matemático. É necessário ressaltar que os escribas maias também eram artistas e maioritariamente os seus símbolos(logógrafos) eram protagonistas da sua cultura, a sua representação artística e escrita cativava todos os sentidos humanos e o seu entendimento depende de uma esfera do espaço-tempo. (Stone, Andrea e Zender, 2011)
· O mais ilustre foram seus sistemas calêndricos com um amplo conhecimento em astronomia;
· Uma sofisticada utilização de fortificações para proteção e utilização de táticas de guerrilha;
 A religião para esta cultura tinha muita influência, a nobreza maia, por exemplo, formava-se de s “seres espirituais” que realizavam sacrifícios de sangue e de cativos. Em vista disso, a visão do senso comum de que os Maias eram “pacíficos, filósofos do tempo e guiados por conhecimento” cessou, após, a descoberta dos muros de Bonampak, situado nas terras baixas do Chiapas em antigas estruturas, as imagens demonstravam a história, no entanto, estava presente a violência das batalhas e o sacrifício dos seus cativos de guerra(Miller, 1989; Arellano, 1998). Ademais, o muro que conta a história do senhor deste território ilustra concisamente o contraste:
“A.D. Chan Muwaan was portrayed in the murals as the most prominent of several captors of the defeated enemy in the battle scene of Room 2. On another wall in that room, he was shown again standing tall over crestfallen prisoners who awaited the end of their tortures and the loss of their heads and hearts” ( A. Miller 1989; Arellano 1998; Sullivan, 2014: 273).
Os nobres, possuíam títulos e seu quotidiano consistia em fazer banquetes, dançar e pagar impostos, habitavam o centro das cidades. Enquanto a maioria da população vivia nas “periferias” agrícolas, a sua forma de agricultura era corte e a queimada, o milho era o produto base elaborado nessas vilas. 
Esta povo com esta cultura perdurou ao longo dos anos, seus descendentes aguentaram conflitos, enfermidades e exploração, citando caso análogo, no seculo VIII, estava com instabilidade a todos os níveis na civilização Maia, por conseguinte, foi o começo de uma guerra endémica. (Miller, 2001)
O império Azteca foi o superior no sector demográfico e territorial. Este povo estabeleceu habitação na Bacia do México com a união de outras cidades de poder da região, futuramente, conseguiram expandir até a fronteira da Guatemala. Sua densidade populacional era alta no seu apogeu, a cultura Azteca foi notável para história humana. 
Em contraste, antes da segunda guerra mundial, o estudo sobre esses povos era carecido de noções mais amplas, os estudiosos traçavam os contributos na arte, matemática, línguas e geografia que estes percorriam, portanto, focado em um progresso desses povos, e não num panorama material e organizacional, compreendemos isto neste excerto:
“For them the Aztecs lacked the diagnostic traits of civilisation: states, metal, and writing. Morgan and Bandelier ascribed to them an egalitarian and communal clan-based social organisation, similar to that of the Iroquois of Morgan’s upstate New York”. (Wolf, 1994: 3)
Suas produções de cultura foram de suma importância para seu progresso, sua organização militar era muito desenvolvida e seu estado era uma monarquia. Possuíam escolas militares, religiosas e profissionais que propiciaram inúmeros livros, todas as classes sociais frequentavam estas. A cultivação dos alimentos era bem avançada, estes sendo a mandioca, cacau e algodão. A sua medicina usufruía de curandeiros treinados, conhecidos como "ticitls", que eram responsáveis por diagnosticar e tratar doenças. 
O artefacto mais conhecido produzido por esta cultura é sua “pedra do sol”, alguns teorizam que pode ser como um calendário, porém, a relevância deste item é mostrar como compreendiam a cosmologia, atualmente, acredita-se que pode ter sido de uso ritualístico. 
Na sua mitologia, constatamos que a maioria dos seus deuses eram animais, assim, assumiam que viviam sobre o sol do deus serpente com pernas, Quetzalcoatl, que movia o sol com seu sopro e que ao morrerem as suas almas convertiam-se em aves e voavam este Sol. Igualmente, concebiam a Ideia do deus coiote, Xolotl, utilizavam destas divindades para a inocência dos animais acima dos desejos humanos. 
Essas civilizações alcançaram lugares para além das suas fronteiras, mas os estudiosos tencionavam colocar estes como “bárbaros”, como compreendemos, os processos das sociedades são dissemelhantes, não é possível colocar na mesma esfera nas analises do passado mesoamericano ( Prescott, 1873; Dostal, 1985; Wolf, 1994)
O caso da América do Sul é de uma diversidade sem comparações, como nas línguas, algumas estão extintas e outras cresceram com as colonizações, já no domínio da etnicidade ameríndia, esta sempre sujeita a mudanças, não temos possibilidade de reconhecer algumas pelo ato do genocídio em 1500, outras geraram outros grupos com as misturas entre si e os colonos. 
Suas características e sua sociedade adequavam-se ao local que se encontravam, utilizando em todos os setores os seus recursos, como nos Andes que usufruíam de sistema de irrigação, também, as aldeias agrícolas nas florestas tropicais.
 Os territórios de maior desenvolvimento no princípio foi na perto do mar do pacifico e na bacia amazónica preenchida por biodiversidade em fauna e flora. A geografia da América do Sul varia em todos os aspetos, banhada por três oceanos, encontramos diversas zonas climáticas, possuem grandes bacias, montanhas e relevos. 
Os povos da América do Sul usavam seu conhecimento ecológico do seu ambiente para a sobrevivência nestes climas extremos, as sociedades com maior estruturação social e mais habitantes, povoavam a costa do pacifico. 
O seu princípio foi nas terras baixas próximas a Amazónia e na costa do Equador e Colômbia, estes povos despunham de templos ligados à sua religião e normalmente sua produção agrícola era, maioritariamente, milho e mandioca. Contudo, estas adaptaram-se e aumentaram seus habitantes, que aproveitavam dos campos elevados. Nas terras mais a sul, a densidade era menor, sua produtividade agrícola era mais simples e os caçadores nómadas percorriam os extremos mais perto do oceano Atlântico, sua subsistência conseguia acomodar-se com o ambiente. 
Em contraste, nas terras altas, o seu conhecimento avançado da agricultura fez, posteriormente, uma aparição de cidadesmais rápida, com os seus longos canais de irrigação da terra, já nas zonas costeiras produziam cerâmica e tecidos. Nestas terras costeiras do pacífico, um império estabeleceu-se, designadamente, o Inca, em 1200, estabeleceram a sua capital, Cuzco, em sequência, expandiram-se, conquistaram várias zonas que trouxeram para este império 12 milhões de pessoas.
Na cordilheira dos Andes está presente todo o seu progresso arquitetónico, com estradas, palácios e templos, nesse sentido, a sua sociedade baseava-se na sociedade de classes com a ascensão dos grupos privilegiados hereditariamente, estes exercendo o poder do estado. Acabaram em 1532 com a chegada dos europeus.
No Brasil, os índios, apresentam critérios de auto definição marcantes como a sua vinculação com a sua terra, os seus sistemas nas suas sociedades bem definidos, assim como, aspetos marcantes da sua cultura. As maiores famílias linguísticas desses é os Tupi, o Guarani, Arawak, Carib e Jê.
 Quando, em 1493, Cristóvão Colombo regressa da sua viagem com o pensamento que havia chegado a Ásia, entretanto, o verdadeiro destino foi nas Bahamas, após retornaram para ajustamento das ilhas, pois, estes Ameríndios eram povos pacíficos. No ano a seguir, assinam o tratado de Tordesilhas que dava as terras do Atlântico Sul para Portugal, sete anos depois, os portugueses chegam ao nordeste do Brasil, no atual Porto Seguro, para fixar território também, encantados com a beleza das Índias. 
No livro “Europe and the People Without History”, Eric Wolf, traça toda a chegada dos europeus na América, suas consolidações, como a conquista do México em 1521 e a destruição da sua capital, a conquista do império Inca, a chegada ao Chile. Esta conquista para o lado dos “vencedores” era no imperativo do acúmulo de riquezas, porém esta pendia para os indígenas, devido à alteridade e subjugação dos colonizadores, sempre na busca pela superioridade perante a eles. Ergueram cidades de controlo espanhol para afastar os índios da sua própria terra. (1982-2010)
Contudo, a propagação dos organismos dos Colonizadores dizimou as populações do novo mundo, pois, não possuíam anticorpos contra as suas doenças, neste fragmento percebemos melhor: 
“The impact of smallpox and measles, often complicated by respiratory ailments, was perhaps decisive over wide areas. There were as many as fourteen major epidemics in Mesoamerica and perhaps as many as seventeen in the Andean region between 1520 and 1600” (Gibson 1964: 448-451; Dobyns 1963: 494; Wolf, 1982-2010: 133).
 Posto isso, somatizaram 31 grandes epidemias entre 1520 e 1600, essas disseminaram rápido nas pessoas devido ao uso despótico e desmedido do trabalho dos nativos, a desnutrição pela falta do manuseamento ecológico que apenas os nativos das terras conheciam. As guerras entre os indígenas e os colonos e a insegurança social, pendia para uma dúvida se o resto das matrizes das terras americanas sobreviveria. As sociedades anteriormente vistas com capacidades avançadas a nível da agricultura, havia sido destruída. O único benefício deste contacto com o povo Ibérico foi a introdução de novas culturas como o trigo e uma cultura pecuária nasceu, os cavalos extintos, voltaram com os colonos. (Wolf, 1982-2010)
Subsequente ao sucesso dos portugueses na costa do ouro na África, o seu empenho era na busca do ouro, porém, apenas a Colômbia possuía desta riqueza com 185 quilos de ouro enviado para monarquia espanhola. Seguidamente, a prata tornou-se auxiliar no crescimento da riqueza da Espanha, a extração deste minério foi incumbida aos escravos, por motivo da sua toxidade, porém um sistema de trabalho fundamentou minas com pessoas livres a exercer o trabalho também, com a escravatura nativa se constituindo ilegal em algumas zonas no final de 1542. A diáspora negra sucedeu para este fim de substituir nativos.
No tempo em que do apogeu da Ouro espanhol, os portugueses se empenhavam nas plantações de cana-de-açúcar, esta chamou atenção de todos a sua volta e uma rivalidade com outros grupos começou a surgir, apesar dos primeiros a transferirem esta iguaria para o novo mundo serem os portugueses. 
Em suma, compreendemos como o contacto com os europeus prejudicou a América, com 55 milhões de pessoas mortas após esta colonização brutal, escravocrata e despótica, de modo que observamos as influências até hoje onde esses países que foram colonizados correspondem e subjugam-se a países com economias melhores, assim como, a alteridade perante o indígena e o negro ser testemunhada abundante na zona da América. 
Na reportagem “return of the sacred pole”, Os Omaha, clã a este do Missouri, clamam pela devolução de um elemento sagrado da sua cultura, um objeto de madeira que representa uma pessoa. Este instrumento significava bastante para este povo, por motivo de estar com eles em todas as suas quedas, representando o deus Umon'hon'ti, em 1870 foram obrigados a deixar a caça dos búfalos, instaurando uma incerteza de como cultuar esta divindade, para isso teriam que deixar os seus traços e adaptar-se ao modo de vida americano do Norte. A sua mitologia é bem assente nesta divindade, porém um antropólogo para salvaguardar o objeto levar para um museu, em sequência, em 1988, o objeto voltou para sua mão e o líder deste povo emocionou-se, rezou para divindade e após devolveu para seus ancestrais. (Ridigton R, 1993)
A antropologia pressagiou o fim dos nativos americanos, mas eles perduraram e lutam contra este sistema assente no colonialismo: 
“They survive in the gifts they give to honor one another. They survive as dancers and singers. They survive in the stories they tell of one another's lives. They survive when they conclude a sweat or ceremony by saying, "All my relations." They survive in cities and on reservations. They survive as nations.” (Ridigton, R, 1993 : 86) 
	
Em síntese, podemos verificar que neste continente as sucessivas vagas migratórias, em conjunto com as condições climáticas e geográficas, muito próprias, levaram a criação das mais diversificadas civilizações, em diversos estados da evolução tecnológica e social. A chegada de Colombo e da cultura Ocidental tiveram, como consequência, uma alteração da ordem sociopolítico do continente que colonizaram, assim, estes povos com tecnologias militares superiores e doenças desconhecidas ocasionaram a extinção de diversos povos e culturas, nasceu uma nova conjuntura no Novo Mundo. 
Referência Bibliográfica:
· Wolf, Eric, 1994, “Explaining Mesoamerica (1) *”, Social Anthropology, 2. 1. 1-17
· Ridington, Robin, 1993, “A Sacred Object as Text: Reclaiming the Sacred Pole of the Omaha Tribe”, American Indian Quarterly, Vol. 17, No. 1, pp. 83-99
· Wolf, Eric, 1982, [2010] “Iberians in America”, Europe and the People Without History, California: University of California Press: pp. 131 – 157.
· Ridington, Robin, 1993, “A Sacred Object as Text: Reclaiming the Sacred Pole of the Omaha Tribe”, American Indian Quarterly, Vol. 17, No. 1, pp. 83-99 
· Philip, N., & Mistry, N. (1995). The illustrated book of myths: tales & legends of the world. 1st American ed. London; New York : Boston, D. Kindersley.
· SILVA, Daniel Neves. "Astecas"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historia-da-america/astecas.htm.
· Britannica, T. Editors of Encyclopaedia (2022, December 16). Olmec. Encyclopedia Britannica. https://www.britannica.com/topic/Olmec
· Britannica, T. Editors of Encyclopaedia (2022, August 24). Aztec. Encyclopedia Britannica. https://www.britannica.com/topic/Aztec

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