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eBook Construção Civil

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CONSTRUÇÃO CIVILCONSTRUÇÃO CIVIL
Construção Civil
Gabriela Maria Silva Maia Gabriela Maria Silva Maia 
GRUPO SER EDUCACIONAL
gente criando o futuro
Ao longo desse curso, entenderemos os sistemas iniciais de construção e, para além da 
técnica, aprenderemos conceitos importantes, desenvolvendo, a partir deles, as com-
petências necessárias para aplicá-los em uma construção. Como pro� ssional atuante 
dentro da esfera construtiva em nosso País, enfrentamos desa� os e precisamos tomar 
decisões, selecionando a técnica construtiva mais adequada para cada situação. Para 
isso, precisamos conhecer todas as etapas de uma obra, desde os estágios iniciais de 
implantação do canteiro até a sua � nalização. 
O ramo da construção civil é um ramo que está em constante mudança, tanto no que diz 
respeito aos materiais empregados, quanto às técnicas adotas para construir. É uma 
área ampla, na qual podemos aplicar os conhecimentos obtidos em cada um dos prin-
cipais processos de execução de uma edi� cação. Isso permite guiar a execução de uma 
obra, liderando seus funcionários em cada processo, a � m de entregar produtos de alto 
padrão aos seus clientes. Visamos aqui, portanto, conduzir o aluno por uma jornada de 
aprendizagem, a � m de ampliar seu conhecimento técnico acerca da construção civil.
SER_ENGCIV_CONCIV_CAPA.indd 1,3 23/11/2020 12:19:18
© Ser Educacional 2020
Rua Treze de Maio, nº 254, Santo Amaro 
Recife-PE – CEP 50100-160
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. 
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio 
ou forma sem autorização. 
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do 
Código Penal.
Imagens de ícones/capa: © Shutterstock
Presidente do Conselho de Administração 
Diretor-presidente
Diretoria Executiva de Ensino
Diretoria Executiva de Serviços Corporativos
Diretoria de Ensino a Distância
Autoria
Projeto Gráfico e Capa
Janguiê Diniz
Jânyo Diniz 
Adriano Azevedo
Joaldo Diniz
Enzo Moreira
Gabriela Maria Silva Maia 
DP Content
DADOS DO FORNECEDOR
Análise de Qualidade, Edição de Texto, Design Instrucional, 
Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico e Revisão.
SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 2 23/11/2020 12:02:35
Boxes
ASSISTA
Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações comple-
mentares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado.
CITANDO
Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa 
relevante para o estudo do conteúdo abordado.
CONTEXTUALIZANDO
Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato;
demonstra-se a situação histórica do assunto.
CURIOSIDADE
Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto 
tratado.
DICA
Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma 
informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado.
EXEMPLIFICANDO
Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto.
EXPLICANDO
Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da 
área de conhecimento trabalhada.
SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 3 23/11/2020 12:02:35
Unidade 1 - Sistemas iniciais
Objetivos da unidade ........................................................................................................... 12
Infraestrutura......................................................................................................................... 13
Tipos de construções ...................................................................................................... 13
Fases de uma obra .......................................................................................................... 16
Locação de obras ................................................................................................................. 21
Contrapiso ......................................................................................................................... 23
Andaimes e transporte vertical ..................................................................................... 24
Concretagem ......................................................................................................................... 27
Materiais para formas e escoramentos ...................................................................... 27
Formas para elementos estruturais ............................................................................. 29
Execução, cura e desmontagem .................................................................................. 34
Sintetizando ........................................................................................................................... 37
Referências bibliográficas ................................................................................................. 38
Sumário
SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 4 23/11/2020 12:02:35
Sumário
Unidade 2 - Sistemas intermediários
Objetivos da unidade ........................................................................................................... 41
Alvenarias .............................................................................................................................. 42
Tipos e funções ................................................................................................................ 42
Materiais empregados ................................................................................................... 46
Técnicas de execução ................................................................................................... 48
Revestimentos e pavimentação ......................................................................................... 52
Ferramentas utilizadas ................................................................................................... 55
Técnicas de execução ................................................................................................... 55
Impermeabilização............................................................................................................... 62
Tipos e materiais .............................................................................................................. 63
Processos e ferramentas ............................................................................................... 66
Sintetizando ................................................................................................... 67
Referências bibliográficas ................................................................................................. 69
CONSTRUÇÃO CIVIL 5
SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 5 23/11/2020 12:02:35
Sumário
Unidade 3 - Sistemas finais: acabamentos
Objetivos da unidade ........................................................................................................... 71
Esquadrias ............................................................................................................................. 72
Tipos e materiais empregados ...................................................................................... 73
Ferramentas utilizadas ................................................................................................... 83
Processos de colocação ................................................................................................ 84
Vidros ...................................................................................................................................... 86
Ferramentas utilizadas ................................................................................................... 91
Processos de colocação ................................................................................................ 92
Pinturas ..................................................................................................................................93
Tipos de pinturas ............................................................................................................. 94
Ferramentas utilizadas ................................................................................................... 97
Processos de aplicação ................................................................................................. 97
Sintetizando ......................................................................................................................... 100
Referências bibliográficas ............................................................................................... 102
CONSTRUÇÃO CIVIL 6
SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 6 23/11/2020 12:02:35
Sumário
CONSTRUÇÃO CIVIL 7
Unidade 4 - Sistemas finais: cobertura
Objetivos da unidade ......................................................................................................... 104
Telhados e coberturas ....................................................................................................... 105
Componentes da estrutura .......................................................................................... 106
Materiais de cobertura ................................................................................................. 111
Traçado de telhados...................................................................................................... 118
Técnicas de execução ................................................................................................. 121
Forros .................................................................................................................................... 122
Tipos de forros ............................................................................................................... 123
Ferramentas utilizadas ................................................................................................. 128
Técnicas de execução ................................................................................................. 129
Sintetizando ......................................................................................................................... 132
Referências bibliográficas ............................................................................................... 133
SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 7 23/11/2020 12:02:35
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Ao longo desse curso, entenderemos os sistemas iniciais de construção e, 
para além da técnica, aprenderemos conceitos importantes, desenvolvendo, a 
partir deles, as competências necessárias para aplicá-los em uma construção. 
Como profi ssional atuante dentro da esfera construtiva em nosso País, enfren-
tamos desafi os e precisamos tomar decisões, selecionando a técnica constru-
tiva mais adequada para cada situação. Para isso, precisamos conhecer todas 
as etapas de uma obra, desde os estágios iniciais de implantação do canteiro 
até a sua fi nalização. 
O ramo da construção civil é um ramo que está em constante mudança, 
tanto no que diz respeito aos materiais empregados, quanto às técnicas adotas 
para construir. É uma área ampla, na qual podemos aplicar os conhecimentos 
obtidos em cada um dos principais processos de execução de uma edifi cação. 
Isso permite guiar a execução de uma obra, liderando seus funcionários em 
cada processo, a fi m de entregar produtos de alto padrão aos seus clientes. 
Visamos aqui, portanto, conduzir o aluno por uma jornada de aprendizagem, a 
fi m de ampliar seu conhecimento técnico acerca da construção civil.
CONSTRUÇÃO CIVIL 9
Apresentação
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À minha querida mãe, por estar sempre presente, independentemente 
da distância ou situação, e por ser minha inspiração diária e mentora 
de vida. Aos meus irmãos, Daniela e Júnior, pela parceria e amor 
incondicional. Por fim, aos meus mestres e alunos, responsáveis pelo que 
chamo de evolução profissional.
A professora Gabriela Maria Silva 
Maia é especialista em Geoprocessa-
mento e Georreferenciamento, pelo 
Instituto Prominas (2019), graduada 
em Engenharia Civil (2018) e Ciência e 
Tecnologia (2016), pela Universidade 
Federal Rural do Semi-Árido. Minis-
trou aulas de Cálculo I, II, III e Ciência 
dos Materiais, de 2018 a 2020 e atua na 
construção civil desde 2018.
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/3023463828510861
CONSTRUÇÃO CIVIL 10
A autora
SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 10 23/11/2020 12:02:36
SISTEMAS INICIAIS
1
UNIDADE
SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 11 23/11/2020 12:02:46
Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
 Conhecer os tipos e etapas de uma construção e diferenciar os principais 
sistemas construtivos;
 Entender os procedimentos para implantação do canteiro de obras e como 
se dá o deslocamento de materiais dentro de uma obra;
 Entender o que é e como é elaborado um sistema de formas e 
escoramentos;
 Compreender as etapas de execução da concretagem, assim como a cura do 
concreto e seus métodos de aplicação.
 Infraestrutura
 Tipos de construções
 Fases de uma obra
 Locação de obras
 Contrapiso
 Andaimes e transporte vertical
 Concretagem
 Materiais para formas e esco-
ramentos
 Formas para elementos 
estruturais
 Execução, cura e desmontagem
CONSTRUÇÃO CIVIL 12
SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 12 23/11/2020 12:02:46
Infraestrutura
Desde os tempos mais remotos, as construções existem nas suas variadas 
formas. Juntamente com a descoberta do fogo, o homem descobriu também 
ser engenheiro. A descoberta de materiais e suas formas de aplicação insti-
garam o homem a começar a construir. Desde as construções primitivas, as 
técnicas foram evoluindo, até chegar no formato de construção que conhece-
mos hoje. Com o contínuo avanço da tecnologia e o desenvolvimento de novos 
materiais, as técnicas de construção tendem a uma constante mudança.
Assim, é importante que conheçamos todos os tipos e as etapas da constru-
ção, desde a concepção do projeto até a fi nalização da obra. Devemos sempre 
nos atentar às mudanças e modernizações nas formas de construir, tendo em 
vista que este processo está em constante evolução. Com isso em mente, estu-
daremos os sistemas iniciais de construção e desenvolveremos competências 
acerca das técnicas para a execução de obras.
Tipos de construções
A construção tradicional, que utiliza blocos cerâmicos, é a mais conhe-
cida e começou a ser aplicada há muito tempo, se mostrando satisfatória 
até hoje. A prova disso é o fato de continuar sendo amplamente utilizada, 
mesmo com a evolução dos sistemas construtivos. Hoje em dia, a indús-
tria é capaz de produzir inúmeros bens e serviços, a partir da aplicação de 
tecnologias que permitem ir além do convencional, construindo de forma 
inteligente e efi caz.
Quando se fala em construir um imóvel, uma ponte, um espaço de con-
vivência ou qualquer que seja o ambiente, logo se pensa na oportunidade 
de projetar e construir esse espaço de forma que atenda às ne-
cessidades daqueles que o utilizarão. O que poucos param para 
pensar é no tipo de construção adequada a ser implan-
tada. A seleção do sistema construtivo envolve a 
análise de diversos aspectos, como o custo e a du-
ração da obra, o material empregado e até mesmo 
a aparência da construção.
CONSTRUÇÃO CIVIL 13
SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 13 23/11/2020 12:02:46
O tipo de construção depende muito do tipo de material utilizado, pois, na 
verdade, o tijolo cerâmico é apenas um dentre os vários elementos disponíveis 
que caracterizam os tipos de construções existentes. Podemos citar, então, as 
construções de concreto, de madeira, de aço, os contêineres e tantos outros. 
Em meio a tantas opções construtivas existentes, os mais empregados são: a 
alvenaria tradicional, a alvenaria estrutural, as paredes de concreto, o concreto 
pré-moldado, o steel framing e o wood framing.
Na construção em alvenaria tradicional (Figura1), o elemento principal utilizado 
para a execução é o tijolo cerâmico, ou seja, o edifício, a residência ou outro tipo de 
espaço construído é feito apenas de tijolos. Essa alvenaria é comumente nomeada 
como alvenaria de vedação e é um sistema amplamente empregado no Brasil. É aque-
la composta por paredes de tijolos, que têm a função de separar os ambientes. Apesar 
de não apresentar característica estrutural, esse tipo de construção deve desempe-
nhar a função de sustentar seu próprio peso e o peso dos possíveis revestimentos. 
Figura 1. Bloco de tijolo na construção civil residencial. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 29/06/2020.
A construção em alvenaria estrutural é outro tipo muito comum, que difere 
da tradicional, segundo Ricardo Bentes Kato (2002), por apresentar função dupla: 
separar ambientes e estruturar a edificação. Nesse tipo de construção, o elemento 
utilizado é o bloco estrutural, que consiste em um bloco feito de concreto e apre-
senta propriedades específicas, que influenciam na estruturação da construção. 
Ao contrário das construções em alvenaria tradicional, esse tipo de construção re-
quer mão de obra especializada, tendo em vista que o processo construtivo pode 
causar acidentes, caso haja execução inadequada.
CONSTRUÇÃO CIVIL 14
SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 14 23/11/2020 12:02:54
A construção em paredes de concreto tem crescido muito nos últimos anos, sen-
do amplamente empregado em todo o País. Trata-se de uma construção na qual tanto 
paredes, como lajes são concretadas simultaneamente. Para isso, toda a estrutura da 
edificação é modelada com formas reaproveitadas, podendo ser plásticas, metálicas 
ou de madeira, e todas as instalações (elétricas e hidráulicas) são posicionadas antes 
da concretagem. 
O processo produtivo desse tipo de construção tem início com a montagem das 
formas, seguido pelo correto posicionamento da armadura e das tubulações e, por 
fim, é feita a concretagem da estrutura. Assim, existe uma vantagem econômica nes-
se tipo de construção, tendo em vista a reutilização das formas e a diminuição do 
tempo gasto em sua execução (VIEIRA, 2014).
Apesar de ser semelhante à construção com parede de concreto, a construção 
em concreto pré-moldado apresenta um processo de produção diferente. Trata-se 
de uma construção em que a estrutura ganha forma a partir da junção de peças de 
concreto fabricadas em indústria. Esse tipo de construção é amplamente empregado 
em viadutos, galpões e estruturas de grande porte. De fácil execução, uma de suas 
principais vantagens é a rapidez na execução, além de gerar poucos resíduos.
A construção em steel framing consiste em um sistema em que todo o es-
queleto da obra é feito com perfis de aço (Figura 2). Esses perfis, posicionados 
adequadamente, formam o esqueleto da edificação. O fechamento das paredes é 
feito com outros tipos de materiais, como drywall, placas de madeira ou cimentí-
cias. Esse tipo de construção se destaca pela simplicidade no processo executivo, 
sendo parte da estrutura montada durante o processo de fabricação, chegando 
quase pronta ao canteiro de obras.
Figura 2. Construção utilizando perfis de aço. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 29/06/2020.
CONSTRUÇÃO CIVIL 15
SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 15 23/11/2020 12:02:59
Segundo Molina e Junior (2010), a construção em wood framing consiste 
em um sistema durável, na qual toda a estrutura é feita com perfi s de ma-
deira (Figura 3), formando toda a região de pisos, paredes e telhados, que 
são preenchidos com outros materiais. Esse tipo de construção proporciona 
maior conforto térmico e acústico, além de ser leve, tendo seu peso comple-
tamente distribuído entre os perfi s de madeira. É um sistema pouco utilizado 
no Brasil, mas que, aos poucos, está crescendo e ganhando a confi ança de 
muitos construtores.
Figura 3. Estrutura de residência feita em wood framing. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 29/06/2020.
Fases de uma obra
Assim como na vida e na maioria dos processos que existem, as obras tam-
bém respeitam um ciclo de início, meio e fi m, que chamamos de fases 
da obra. É dentro dessas fases que uma construção é planejada, 
sai do papel, ganha forma e é fi nalizada. Para que uma 
obra aconteça com o máximo de aproveitamento e o 
mínimo de imprevistos possíveis, todas as suas fa-
ses devem ser cumpridas e executadas. Para isso, é 
indispensável conhecer cada uma delas.
CONSTRUÇÃO CIVIL 16
SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 16 23/11/2020 12:03:02
Toda obra inicia com a elaboração do projeto, que norteará o desenvolvimento 
da construção. Seguindo o escopo do projeto, são realizados os serviços prelimina-
res, nos quais o terreno é preparado, para, em seguida, ser implementado o alicerce 
da construção. Na sequência, os elementos estruturais e não estruturais são exe-
cutados, ou seja, a construção tem seu esqueleto moldado, para que a construção 
passe pela fase de acabamentos. Assim, as fases da obra constituem seu ciclo de 
desenvolvimento, todas elas possuindo ligações entre si, o que torna o processo 
bem intuitivo, pois, para que uma fase inicie, a anterior precisa ter sido finalizada. 
Os serviços preliminares de uma obra constituem todas as ações que devem 
ser realizadas antes do início da construção em si. Elas envolvem desde o reconhe-
cimento e preparação do terreno até a montagem do canteiro de obras. Os serviços 
preliminares iniciam com a limpeza do terreno, pois, para que se possa construir, 
o terreno precisa estar limpo e nivelado. Em seguida, o local da obra precisa ser 
identificado, etapa fundamental para que o canteiro de obras possa ser instalado.
O processo de limpeza e nivelamento do terreno é conhecido como terra-
plenagem (Figura 4). Também chamada de movimentação de terra, ela consiste 
no procedimento de adequar o terreno aos requisitos propostos no projeto. Tal 
adequação se dá por meio do corte de terra em locais onde há excesso, aterro 
em locais com pouca terra e transporte do material excedente. A transposição do 
material em excesso, para locais fora do canteiro de obras, deve ser legalizada e 
devidamente regularizada, em concordância com as normas locais.
Figura 4. Vista aérea do grande canteiro de obras com várias máquinas de terraplenagem. Fonte: Shutterstock. Acesso 
em: 29/06/2020.
CONSTRUÇÃO CIVIL 17
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O requisito mínimo para a execução de terraplenagem consiste no levanta-
mento planialtimétrico, contendo as cotas exatas para a locação do canteiro 
de obras. Além disso, para realizar a movimentação de terra por corte ou ater-
ro, é necessário um estudo prévio do tipo de solo com o qual se está trabalhan-
do. Todo o detalhamento a respeito do tipo de terra em questão é obtido por 
meio do relatório de sondagem. De posse dos dados contidos nestse relatório, 
o profissional pode executar a terraplenagem com segurança e precisão.
As informações necessárias para identificação e classificação das diversas 
camadas que compõem o subsolo, e que proporcionam um bom entendimento 
do comportamento da edificação sobre ele, são obtidas durante a etapa de 
investigação geotécnica, também conhecida como sondagem do solo. Com a 
realização da sondagem, é possível identificar diversas características do terre-
no em trabalho, tais como a profundidade na qual o lençol freático se encontra, 
bem como o tipo e a resistência do solo naquele local.
Feita a limpeza do terreno e seu nivelamento, o canteiro de obras 
pode ser instalado, o que requer providências específicas para garantir 
a qualidade e higiene no local de trabalho. Por ser uma área de 
trabalho em que são realizados todos os serviços de apoio à 
execução de uma obra, o canteiro de obras precisa conter ins-
talações elétricas, hidráulicas e sanitárias adequadas, além de 
conter obrigatoriamente espaços operacionais e de convivência. 
Na instalação do canteiro de obras, estão previstas as instalações provisó-rias, que têm início com a escolha do material que circundará a obra. Em sua 
grande maioria, as construções no Brasil têm seu canteiro de obras instalado 
em áreas circundadas por chapas de compensado resinado. Além disso, os es-
paços operacionais e de vivência, contidos dentro do canteiro, apresentam ele-
mentos específicos locados, conhecidos como elementos do canteiro de obras, 
e que podem ser divididos entre:
• Elementos de produção – são todos aqueles necessários à execução da 
obra, como a central de argamassa, o pátio de corte e dobra de armaduras, e 
as centrais de formas, de pré-moldados e de montagem das instalações, além 
dos espaços para armazenamento dos materiais que chegam à obra, como ci-
mento, agregados, argamassas, ferramentas, tubulações, tintas, louças e todos 
aqueles materiais necessários a uma construção;
CONSTRUÇÃO CIVIL 18
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• Elementos de transporte – são elementos indispensáveis, res-
ponsáveis pelo transporte de materiais dentro da obra e classificados 
de acordo com o tipo de movimentação realizada. Podem ser manuais, 
sendo deslocados pelos próprios trabalhadores (como carrinhos de mão, 
baldes ou masseiras), ou mecanizados (como gruas, guindastes e bombas 
de argamassa);
• Elementos de apoio técnico – são aqueles que devem ser instalados 
no canteiro de obras, como, por exemplo, guaritas, estacionamentos, es-
critórios e sala de reuniões; 
• Elementos de vivência – são aquelas designadas a suprir as necessi-
dades básicas de alimentação, higiene, descanso e convivência dos seres 
humanos. A Norma Regulamentadora 18 (BRASIL, 1978) define a implemen-
tação de espaços obrigatórios de vivência no canteiro, como alojamentos, 
banheiros, refeitórios, cozinha e outros, além de exigir que tais ambientes 
não sejam instalados no subsolo das construções, a fim de manter boas 
condições de higiene e saúde.
CURIOSIDADE
Os banheiros em um canteiro de obras devem ser posicionados de tal 
forma que a distância entre eles e qualquer outro ambiente da obra não 
ultrapasse 150 m, ou seja, a localização dos banheiros dentro de uma obra 
deve ser estratégica. Além disso, não é permitida a existência de portas 
que deem acesso direto ao refeitório, para que sejam mantidas as condi-
ções básicas sanitárias.
Além da NR-18, existem outras Normas Regulamentadoras (Quadro 1) 
que norteiam os processos da construção civil. Por fim, a Figura 5 ilus-
tra com clareza um canteiro de obras, sendo possível visualizar 
elementos como o armazenamento de materiais (agregados), 
elementos de transporte de materiais, recipien-
tes para armazenamento de água, estaciona-
mento e outros. Observe o nível de organiza-
ção do canteiro ilustrado, com os elementos 
devidamente instalados e de fácil localização, 
garantindo o bom desenvolvimento da obra.
CONSTRUÇÃO CIVIL 19
SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 19 23/11/2020 12:03:06
NR DESCRIÇÃO
NR-4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT)
NR-5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
NR-6 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
NR-7 Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO)
NR-9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
NR-10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
NR-11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
NR-12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
NR-26 Sinalização de Segurança
NR-35 Trabalho em Altura
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina 
do Trabalho (SESMT)
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO)
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina 
do Trabalho (SESMT)
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO)
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina 
do Trabalho (SESMT)
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO)
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina 
do Trabalho (SESMT)
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO)
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina 
do Trabalho (SESMT)
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO)
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina 
do Trabalho (SESMT)
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO)
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina 
do Trabalho (SESMT)
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO)
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
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Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
Segurança em Instalações e Serviços em EletricidadeTransporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
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Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
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Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
Sinalização de Segurança
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
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Sinalização de Segurança
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Trabalho em Altura
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
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QUADRO 1. NORMAS REGULAMENTADORAS APLICADAS À
CONSTRUÇÃO CIVIL
Fonte: BRASIL, 1978. (Adaptado).
Figura 5. Canteiro de obras. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 29/06/2020.
CONSTRUÇÃO CIVIL 20
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Locação de obras
Locar uma obra significa passar o projeto do papel para o terreno. 
Nesse processo, todos os pontos que se pretende construir são marcados 
no terreno, como os recuos e a localização de cada parede dos cômodos, 
assim como as distâncias entre eles. Esse procedimento é chamado de 
gabarito de uma obra, que nada mais é do que marcar previamente tudo 
o que se pretende construir, utilizando tábuas e pontaletes, para que, a 
partir dele, o alicerce seja feito e as parede sejam levantadas. De forma 
sucinta, é o molde da edificação.
É indispensável que os serviços preliminares tenham sido concluídos 
para que o gabarito possa começar a ser cravado. Walid Yazigi (2017) co-
menta que somente um profissional habilitado deve fazer a locação da 
obra, tomando como base a referência de nível (RN) para posicionar os 
eixos. A locação deve envolver todo o perímetro da obra e os gabaritos 
precisam ser bem fixados, para que possam resistir à tensão das linhas de 
náilon que os circundam.
A locação do gabarito é feita a partir de um projeto adicional, especi-
ficamente voltado à sua execução. Nesse projeto, todos os eixos de refe-
rência das fundações, dos pilares e das paredes são determinados, bem 
como as posições dos elementos de divisão a partir de um eixo global, 
determinado por meio de levantamentos topográficos. A grande vanta-
gem em se executar o gabarito de uma obra a partir de um projeto pré-de-
terminado é ter alinhamentos perfeitos para a execução de fundações e, 
posteriormente, de pilares, vigas e paredes. Yazigi (2017) cita ainda alguns 
tipos de ferramentas que podem ser utilizadas para locar os gabaritos de 
uma obra. Entre eles temos:
• Os EPCs e EPIs (capacete, botas e luvas adequadas);
• O nível de mangueira ou a laser e o nível bolha;
• A trena de aço, com comprimento mínimo de 30 m;
• As tábuas, os sarrafos, os pontaletes e os piquetes;
• O lápis de carpinteiro;
• O martelo e a marreta;
• O prumo de centro;
CONSTRUÇÃO CIVIL 21
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• A linha de náilon;
• O esquadro metálico;
• As tintas de várias cores;
• O teodolito;
• Os projetos a serem executado no local.
Definidas a referência de nível, os eixos e as distâncias, e estando o gaba-
rito devidamente marcado, inicia-se sua execução. Os pontaletes devem ser 
cravados a uma distância de 1,5 m entre si, e a linha de náilon deve seguí-los 
sempre pela mesma face, ou seja, a linha não pode mudar de direção, deven-
do seguir sempre o mesmo sentido, a fim de manter os pontaletes alinhados.
No passo seguinte, as tábuas devem ser fixadas por pregos na face in-
terna dos pontaletes, estruturando o que se conhece por tabeiras. É ex-
tremamente importante fazer a verificação do alinhamento da primeira 
tabeira fixada, a partir da utilização de esquadros, para que se possa fixar 
as demais tabeiras com segurança. 
Havendo necessidade de travamento do gabarito, devem ser execu-
tadas mãos francesas nas extremidades do gabarito (Figura 6). Os ele-
mentos construtivos (fundações, pilares, vigas, paredes) devem ser 
marcados com tinta nas tabeiras, respeitando as determinações do pro-
jeto, para que, na sequência, esses elementos possam ser executados.
Figura 6. Face externa de uma tabeira travada por uma sequência de mãos francesas. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 
29/06/2020.
CONSTRUÇÃO CIVIL 22
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EXPLICANDO
O termo mão francesa se refere a uma estrutura em formato de triângu-
lo, que pode ser feita de madeira ou de material metálico. Este elemento, 
muito comum na construção civil, é utilizado para apoiar, sustentar ou 
travar componentes que não estejam completamente fi xos. Normalmen-
te, ele é utilizado nas extremidades, como escora, e apresenta várias 
aplicações, desde o travamento de estruturas na construção civil (como 
gabaritos, beirais e colunas) até o suporte de prateleiras, ar condiciona-
do e caixas d’água.
Contrapiso
Com a locação perfeitamente implementada, a construção da edifica-
ção pode iniciar. No entanto, não é indicado executar a obra diretamente 
no terreno, sendo, portanto, necessário aplicar uma camada regulariza-
dora sobre o solo. Em construções civis, essa camada é conhecida como 
contrapiso e é realizada para que a obra possa receber, na sequência, o 
acabamento adequado. 
O contrapiso compreende uma ou mais camadas postas diretamente 
sobre o terreno ou sobre a laje, que, além de regularizar, tem também 
como função conferir inclinação adequada à base, para o escoamento de 
águas e o embutimento de tubulações para instalações hidrossanitárias e 
elétricas, caso haja necessidade. Alémdisso, o contrapiso também apre-
senta elevada importância no que diz respeito à fixação de elementos de 
fundação e elementos estruturais, uma vez que transmite as cargas advin-
das desses componentes diretamente ao solo. 
Por fim, sendo uma de suas aplicabilidades mais conhecidas, o contra-
piso é essencial para o adequado assentamento de revestimentos. Assim, 
existem três tipos de contrapisos (Quadro 2), cuja classificação 
está relacionada à espessura da camada aplicada e 
ao tipo de aderência em relação à base do terreno 
(British Standard, 2011). Além disso, os contrapi-
sos são feitos à base de argamassas, que po-
dem ser caracterizadas em três tipos (TONUS; 
MINOZZI, 2013), sendo eles:
CONSTRUÇÃO CIVIL 23
SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 23 23/11/2020 12:03:26
TIPO CARACTERÍSTICAS
Contrapiso aderido Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm.
Contrapiso não
aderido
Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra-
balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se 
necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm.
Contrapiso
fl utuante
Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama-
da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária 
geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade-
rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba-
lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm.
Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, 
com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm.
Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra-
balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se 
Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, 
com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm.
Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra-
balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se 
Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, 
com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm.
Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra-
balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se 
necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm.
Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama-
Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, 
com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm.
Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra-
balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se 
necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm.
Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama-
da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária 
Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, 
com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm.
Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra-
balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se 
necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm.
Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama-
da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária 
geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade-
Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, 
com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm.
Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra-
balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se 
necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm.
Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama-
da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária 
geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade-
rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba-
Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, 
com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm.
Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra-
balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se 
necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm.
Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama-
da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária 
geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade-
rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba-
Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, 
com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm.
Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra-
balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se 
necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm.
Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama-
da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária 
geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade-
rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba-
Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, 
com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm.
Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra-
balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se 
necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm.
Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama-
da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária 
geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade-
rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba-
lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm.
Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, 
com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm.
Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra-
balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se 
necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm.
Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama-
da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária 
geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade-
rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba-
lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm.
Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, 
com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm.
Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra-
balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se 
necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm.
Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama-
da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária 
geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade-
rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba-
lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm.
Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, 
com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm.
Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra-
balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se 
necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm.
Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama-
da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária 
geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade-
rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba-
lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm.
Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, 
com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm.
Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra-
balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se 
necessária a utilizaçãode espessuras superiores a 35 mm.
Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama-
da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária 
geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade-
rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba-
lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm.
Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, 
com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm.
Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra-
balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se 
necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm.
Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama-
da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária 
geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade-
rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba-
lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm.
Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, 
com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm.
Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra-
balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se 
necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm.
Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama-
da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária 
geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade-
rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba-
lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm.
Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, 
Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra-
balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se 
necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm.
Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama-
da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária 
geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade-
rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba-
lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm.
Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, 
Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra-
balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se 
necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm.
Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama-
da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária 
geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade-
rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba-
lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm.
Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra-
balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se 
necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm.
Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama-
da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária 
geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade-
rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba-
lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm.
Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra-
balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se 
necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm.
Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama-
da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária 
geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade-
rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba-
lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm.
balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se 
necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm.
Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama-
da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária 
geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade-
rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba-
lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm.
Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama-
da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária 
geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade-
rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba-
lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm.
Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama-
da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária 
geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade-
rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba-
lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm.
Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama-
da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária 
geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade-
rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba-
lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm.
da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária 
geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade-
rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba-rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba-
QUADRO 1. TIPOS DE CONTRAPISO E SUAS
RESPECTIVAS CARACTERÍSTICAS
Fonte: British Standard, 2011. (Adaptado).
• A argamassa plástica, que apresenta a mesma consistência das arga-
massas tradicionais. Ela é mais pastosa e apresenta um consumo maior de 
cimento, tornando-a mais cara;
• A argamassa seca, que apresenta um consumo menor de cimento, sen-
do comumente conhecida como concreto magro, bem como baixa quantida-
de de água e elevada presença de agregados, se assemelhando ao concreto. 
É o tipo de contrapiso mais utilizado em construções no Brasil, devido ao seu 
custo-benefício satisfatório;
• A argamassa autonivelante, que apresenta fl uidez mais elevada, quan-
do comparada às outras argamassas. Ela contém cimento em sua composi-
ção, tal como as demais, diferindo destas por contar com aditivos que lhes 
conferem características mais fl uidas.
Andaimes e transporte vertical
A construção de uma edificação de qualquer tipo envolve várias eta-
pas, contendo, em cada uma, inúmeros detalhes que devem ser observa-
dos com o máximo de cuidado possível. Uma das etapas mais importantes 
em uma obra é a execução da sua estrutura e o posterior acabamento. 
Nessa fase da construção, é necessário operar em determinadas alturas, 
CONSTRUÇÃO CIVIL 24
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sendo necessária a utilização de equipamentos de suporte para efetivar 
o serviço. A NR-18 determina que serviços realizados a uma altura supe-
rior a 4 m em relação à base precisam, obrigatoriamente, da utilização de 
andaimes (BRASIL, 1978).
Os andaimes são peças de encai-
xe, utilizadas temporariamente den-
tro do canteiro de obras, constituído 
por peças metálicas e de madeira, 
cuja finalidade é proporcionar, ao 
funcionário, o acesso às partes mais 
elevadas de uma construção. Dife-
rentemente do que se supõe, é ape-
nas na fase de acabamentos, como 
reboco e pintura, que os andaimes 
não são utilizados. 
Sendo assim, a utilização de andaimes pode ser requisitada em todas 
as fases de uma obra, como é o caso das demolições necessárias no início 
de uma obra ou durante o processo de enchimento de vigas e pilares de 
forma manual. Esse enchimento normalmente acontece em obras peque-
nas, nas quais os próprios funcionários enchem estes elementos de con-
creto, por meio de baldes, precisando do auxílio de andaimes para chegar 
à altura adequada.
Yazigi (2017) cita alguns requisitos básicos para o dimensionamento 
adequado de andaimes. Segundo o autor, estes equipamentos devemser 
dimensionados por profissionais capacitados, de modo que atenda aos re-
quisitos de segurança e resistência aos esforços a que estarão expostos. 
Além disso, os andaimes devem dispor de guarda-corpo, com cerca de 
0,90 a 1,2 m e rodapé com 20 cm, a fim de garantir a segurança do traba-
lhador. Como medida de segurança, é aconselhável não deixar pregos, pa-
rafusos ou outros materiais cortantes sobre as plataformas dos andaimes.
Os andaimes podem ficar posicionados a alturas tão elevadas que di-
ficultam o transporte manual de materiais de um ponto a outro. Imagi-
nemos a seguinte situação: seu funcionário está executando o reboco de 
uma parede situada a 7 m em relação ao solo. Em determinado momento, 
CONSTRUÇÃO CIVIL 25
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a argamassa que este funcionário estava utilizando acaba. Devido à altura 
em que ele se encontra, não é possível fazer manualmente a reposição da 
argamassa, para que ele possa continuar o serviço. Como responsável pela 
obra, qual solução você encontraria para resolver o problema? 
Em situações como essas, são utilizados transportes verticais, para 
deslocar materiais da base do canteiro até os níveis mais elevados, estan-
do o funcionário em andaimes ou em lajes. Os transportes verticais podem 
ser utilizados para realizar a movimentação de materiais, bem como de 
pessoas, de acordo com a NR-18 (BRASIL, 1978). Esta norma estabelece 
requisitos mínimos para a utilização de transportes verticais, de modo que 
garanta a segurança de todos os envolvidos no processo. Alguns desses 
requisitos são:
• A realização da manutenção, montagem e desmontagem, que somen-
te pode ser feita por profissionais capacitados;
• A sinalização adequada no canteiro, indicando a área de operação 
desses equipamentos;
• O uso de área com espaço livre suficiente para a operação e movimen-
tação dos transportes verticais; 
• O uso de técnicos especializados para fazer a operação.
Dentre os transportes verticais mais utilizados, podem ser citados os 
elevadores para transporte de materiais, elevadores para transporte de 
trabalhadores e equipamentos de guindar. É importante 
ressaltar que, para que os elevadores possam funcionar 
dentro de uma obra, é necessário construir as torres 
de elevadores obedecendo todas as normas. Yazigi 
(2017) comenta que as torres devem obedecer a dois re-
quisitos, sendo eles:
• Ter uma altura máxima de 15 m; 
• Permanecer, na obra, o projeto de execução das torres.
EXEMPLIFICANDO
Os equipamentos de guindar são todos aqueles que içam materiais e os 
deslocam de um ponto a outro, como guindastes, empilhadeiras, gruas, 
pontes rolantes, guinchos, talhas e outros.
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Concretagem
Para que uma edifi cação seja estável e duradoura, ela precisa ser bem es-
truturada, pois é a estrutura que vai garantir a qualidade da edifi cação. Todas 
as cargas e forças que atuam sobre uma construção são transferidas ao solo 
pela estrutura. A NBR-6118/2014 estabelece todos os requisitos necessários 
para dimensionar e executar estruturas de concreto (BRASIL, 2014). Assim, 
para que a estrutura da edifi cação possa ser efetivada, existe uma série de 
procedimentos que devem ser cumpridos.
Para desenvolver uma estrutura, deve-se, inicialmente, dimensionar e de-
talhar os elementos em projeto. A partir dessas determinações, os elementos 
estruturais, tais como fundações, vigas, pilares, lajes e escadas, podem ser 
moldados a partir de formas que delimitarão todas as suas dimensões. Feito 
isso, os elementos podem ser concretados e, após o período adequado para a 
cura do concreto, realiza-se a desforma.
Vale ressaltar a importância da correta moldagem das formas, uma vez que 
elas determinarão o resultado dos elementos estruturais. Uma vez concretado 
de forma errônea, o elemento não desempenhará as funções para as quais foi 
dimensionado. Assim, também, deve ser respeitado o período para a cura do 
concreto, para garantir a funcionalidade das peças.
Materiais para formas e escoramentos
O sistema de formas nada mais é que um conjunto de elementos 
cuja função principal é moldar o concreto e fornecer a ele a sustentação 
necessária, até que atinja seu ponto ideal de resistência. Além disso, a 
forma imprime ao concreto a simetria previamente estipulada em proje-
to e limita a perda de água do concreto, facilitando sua cura. 
As formas devem ser produzidas de tal forma que a sua re-
tirada, após a cura do concreto, seja relativamente 
fácil. Para que sejam confeccionadas de forma 
adequada, se faz necessário o uso do projeto es-
trutural da edificação, contendo detalhadamente 
todas as dimensões de cada elemento que será con-
CONSTRUÇÃO CIVIL 27
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cretado. De posse dos detalhes do projeto estrutural, as medidas são 
conferidas pelo carpinteiro e as formas são fabricadas. No modelo cons-
trutivo brasileiro tradicional, as formas são feitas usando chapas de 
madeira compensada ou tábuas, como matéria-prima.
As formas de madeira (Figura 7) ainda são as mais utilizadas, devido 
à sua facilidade de acesso e ao seu satisfatório desempenho. No entan-
to, existem, no mercado, formas confeccionadas com materiais alter-
nativos, como as plásticas, as metálicas, as de alumínio, de papelão e as 
mistas (que são constituídas pela junção de dois ou mais materiais e são 
amplamente utilizadas). Em sua grande maioria, as obras utilizam formas 
de madeira, travadas por peças metálicas, constituindo o sistema misto. 
As formas plásticas, por sua vez, vêm ganhando espaço no mercado, de-
vido à sua facilidade de desforma e possibilidade de reaproveitamento 
em mais de um processo de concretagem.
Figura 7. Formas de pilares em madeira e barra de reforço no canteiro de obras. Fonte: Shutterstock. Acesso em 
01/07/2020.
A escolha do sistema de formas adequado dependerá das necessidades da obra 
e dos recursos disponíveis, devendo sempre manter a qualidade e a precisão na 
confecção das peças, de acordo com o projeto. Outro ponto que deve ser conside-
rado está relacionado à produtividade durante todo o processo, desde a confecção, 
transporte, montagem e desforma, garantindo o melhor custo benefício.
CONSTRUÇÃO CIVIL 28
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Em seguida, o escoramento, também conhecido como cimbramento, consiste 
no procedimento de sustentação das formas, a fi m de conferir estabilidade ao con-
creto, após o lançamento. Ele sustenta as formas desde o lançamento do concreto 
até o momento da desforma, transferindo as cargas que atuam sobre as formas 
para um local seguro. O escoramento metálico é o mais utilizado atualmente, por 
dispor de grande durabilidade e atingir alturas maiores, quando comparado ao es-
coramento de madeira, além de serem facilmente manuseáveis.
Formas para elementos estruturais
Os elementos de fundação, os pilares, as vigas, as lajes, as escadas e 
os reservatórios se classificam como elementos estruturais. Sobre esses 
elementos atuam esforços e solicitações, fazendo-se necessário realizar 
o adequado dimensionamento para atender a todos eles, garantindo sua 
eficiência. Cada um deles possui formatos e dimensões específicos e, por 
isso, a confecção de suas formas é feita individualmente.
As fundações são os elementos da construção responsáveis por rece-
bem todos os esforços da estrutura e transferi-los ao solo, podendo ser 
divididas em dois grupos (CAMPOS, 2015): rasas e profundas. O tipo de 
fundação a ser escolhida estará diretamente relacionada ao tipo de solo 
no local da construção e às tensões que atuarão sobre a edificação. 
As fundações rasas são aquelas que apresentam profundidades 
iguais ou inferiores a 3 m, na quais as cargas da edificação são transferi-
das ao solo pela base da fundação. Esse tipo de fundação é utilizado em 
construções de pequeno porte,como casas e outras edificações meno-
res. As fundações profundas, por outro lado, são dimensionadas para 
suportar cargas maiores, apresentando profundidades superiores a 3 m 
e transferindo as cargas da edificação ao solo por meio da superfície 
lateral de suas peças. Esse tipo de fundação pode alcançar grandes pro-
fundidades e são inseridas diretamente no solo.
Por serem inseridas no solo, as fundações profundas não necessitam 
da utilização de formas. As fundações rasas, por sua vez, precisam de 
formas para moldar seus formatos, como é o caso de sapatas (Figura 8), 
blocos, radiers e vigas de fundação, também conhecidas como vigas bal-
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drames. As formas para esse tipo de elemento estrutural devem seguir à 
risca os detalhes do projeto, uma vez que são elas que sustentarão toda 
a estrutura da edificação.
Figura 8. Forma de sapata (fundação rasa). Fonte: Shutterstock. Acesso em 01/07/2020.
Assim como ocorre com as fundações, o processo de elaboração de for-
mas para vigas, pilares e lajes deve seguir os critérios do projeto. O conjunto 
formado por formas, escoramento e acessórios recebe diferentes nomen-
claturas para vigas, pilares e lajes. Para muros de arrimo, as formas devem 
alcançar a altura do muro em sua totalidade, podendo ser montadas com 
chapas de madeira, mistas ou plásticas. A montagem deve seguir os critérios 
do projeto, sendo adequadamente ancoradas para satisfazer os requisitos 
durante a concretagem.
A colocação das formas é feita após a correta marcação do posiciona-
mento dos elementos estruturais. Em seguida, três das quatro faces que 
compõem as formas são posicionadas e niveladas. Sobre elas é aplicado o 
desmoldante, que atuará de modo a facilitar a desmontagem das formas 
após a concretagem. O passo seguinte consiste em posicionar corretamente 
as armaduras, conforme as especificações do projeto. 
CONSTRUÇÃO CIVIL 30
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Entre as barras e a forma existe um espaçamento mínimo que deve ser 
respeitado, denominado cobrimento. Ele pode variar de 2,5 cm a 5,0 cm, em 
função da classe de agressividade ambiental (CAA). As faces da forma devem 
estar posicionadas de modo tal que respeite o cobrimento mínimo. Após a co-
locação das pastilhas, a forma pode ser fechada, a partir do posicionamento de 
sua quarta e última face. 
Em seguida, é feito o travamento do sistema, a partir de elementos como 
barras de ancoragem, vigas de travamento, sarrafos, pontaletes e outros. A 
fim de detalhar a nomenclatura desses elementos, devemos elencar algumas 
representações simplificadas dos sistemas tradicionais para formas. 
A Figura 9 apresenta os elementos de formas para pilares, respeitando um 
sistema composto por placas nas laterais e no fundo, travadas por vigas, sar-
rafos e pontaletes, que podem ser posicionados tanto na horizontal como na 
vertical. As barras de ancoragem com porcas travam as vigas e os gastalhos 
travam a parte inferior da forma.
Molde
Painéis 
estruturados
Sarrafo
Pontalete
Travamento
Travamento
Sarrafo
Mão-francesa
Acessório
Gastalho maluco
Tensor
Barras de
ancoragem
Barras de
ancoragem
Vigas de
travamento
Vigas de
travamento
Gastalho
GastalhoTravamento
“Perereca”
Porca da barra
de ancoragem
Porca da barra
de ancoragem
Painéis não 
estruturados
Figura 9. Forma para pilar composta por painéis com travamento. Fonte: FREIRE; SOUZA, 2001. (Adaptado).
A montagem do sistema de formas para vigas, pode se apresentar de dife-
rentes formas. Na Figura 10(a), é possível visualizar as chapas travadas por mão 
francesa em sarrafo e sarrafos de pressão, enquanto na Figura 10(b), as chapas 
são travadas por gastalhos e, na Figura 10 (c), as chapas são travadas por barras 
de ancoragem e sarrafos de pressão.
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Mão-francesa
Travamento
TravamentoVigamento
Escoramento
Sarrafo
Sarrafo
Gastalho
Sarrafo de
pressão
Sarrafo de
pressão
Painéis não
estruturados
Molde
Barra de
ancoragem
A B
C
Figura 10. Diferentes tipos de montagem de formas e escoramentos para vigas. Fonte: FREIRE; SOUZA, 2001. (Adaptado).
Na Figura 11, é possível identificar que o conjunto de formas para lajes é 
composto por vigamento inferior e vigamento superior, que recebem as chapas 
de madeira compensada. Esses vigamentos são escorados por pontaletes, que 
podem ser metálicos ou de madeira. Para escadas e reservatórios, a execução 
das formas se assemelha aos modelos citados. No caso específico de escadas, 
a atenção aos requisitos determinados no projeto deve ser redobrada, uma vez 
que, para cada tipo de escada, têm-se diferentes detalhes construtivos.
Molde
Painel não 
estruturado em chapa 
de compensado
Pontaletes 
com cruzeta
Escoramento 
Vigamento 
inferior
Vigamento
Viga-
mento 
superior
Figura 11. Elementos de forma e escoramento para lajes. Fonte: FREIRE; SOUZA, 2001. (Adaptado).
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Além dos sistemas de formas tradicionais, existem aquelas denominadas 
formas especiais, que podem ser divididas em deslizantes e trepantes. A for-
mas deslizantes constituem-se de um sistema provisório, que possui alturas 
equivalentes a 1,20 m e funciona por meio de painéis que deslizam vertical-
mente. Durante esse deslocamento, os elementos são concretados de forma 
contínua. Elas podem ser executadas com madeira ou material metálico, sen-
do comumente aplicadas para a concretagem de torres, reservatórios, poços, 
elevadores e outros.
Já as formas trepantes, em geral, alcançam alturas superiores, quando 
comparadas às formas deslizantes, sendo esta uma de suas principais carac-
terísticas. Esse sistema é composto por painéis metálicos que prosseguem de 
forma vertical, a partir do auxílio de macacos hidráulicos. Sua utilização facilita 
a execução de elementos estruturais de difícil acesso ou que apresentem gran-
des elevações, tais como usinas, viadutos e pontes.
Assim, é possível perceber com clareza que o processo de confecção e 
montagem das formas não é simples e irrelevante. Pelo contrário, deve ser 
tomado como um dos procedimentos mais importantes em uma construção, 
indo além de simplesmente moldar peças estruturais. Um sistema de formas 
confeccionado e executado adequadamente favorece a qualidade e a dura-
bilidade das peças concretadas, bem como é capaz de acelerar o processo 
executivo e reduzir despesas. 
Imagine um engenheiro, responsável pela execução da concretagem de 
um edifício, que precisa entregar a obra o quanto antes. Correndo contra o 
tempo, ele solicita aos funcionários que montem as formas o mais rápido 
possível. Cumprindo ordens, os funcionários fazem o que lhes foi solicitado, 
mas sem a atenção necessária, devido à pressa com que o serviço foi pedi-
do. No momento da concretagem, uma forma mal ancorada não suporta as 
cargas advindas do concreto e acaba cedendo, perdendo material e compro-
metendo todo o andamento da obra. Assim, isso gera retrabalho e gastos 
extras, com material e com diárias de funcionários, pois a obra vai levar 
mais tempo do que o planejado.
Além de perdas de material, formas mal executadas podem causar defor-
mações às peças, e até mesmo o surgimento de fissuras, trincas ou rachadu-
ras. Quando o concreto não tem resistência para sustentar as cargas, são as 
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formas que sustentam. Por isso, há uma necessidade de executar, com aten-
ção, cada detalhe construtivo das formas. Isso vale para todos os procedimen-
tos executáveis dentro de uma obra.
Execução, cura e desmontagem
Durante a execução, antes de colocar o concreto, as formas devem ser 
molhadas até chegar ao ponto de saturação. Esse procedimento é feito para 
conter a perda de água do concreto. Além disso, as escoras devemser posi-
cionadas e travadas adequadamente. Ao preparar o sistema de formas, ou 
seja, a montagem e o escoramento, é indispensável fazer a verifi cação da 
contra fl echa, especialmente quando se trata de lajes. 
A contra flecha é o afastamento intencional das formas no sentido 
contrário ao da flecha, feito por meio do escoramento. É importante exe-
cutá-lo para garantir o equilíbrio das deformações que atuarão na laje 
posteriormente, provenientes dos carregamentos atuantes nela. Essas de-
formações são chamadas de flechas e acontecem naturalmente, exigindo 
a criação intencional de contra flechas nas formas, para que, ao desfor-
mar, haja o equilíbrio da peça.
Finalmente, estando apropriadamente posicionados, os elementos es-
truturais podem ser enchidos, ou seja, pode-se iniciar a concretagem. O 
processo de concretar envolve etapas como o transporte do concreto fres-
co, o recebimento desse concreto na obra e sua aplicação. O concreto chega 
à obra em caminhões betoneira e, ao recebê-lo, é fundamental efetuar a 
verifi cação da sua resistência, realizando o slump test.
EXPLICANDO
O slump test é um procedimento utilizado para verifi car a consistência do 
concreto em seu estado fresco e, a partir dos resultados, atestar sua qua-
lidade. O teste é feito a partir do abatimento do tronco de cone. Para rea-
lizá-lo, pega-se uma amostra do concreto que chega à obra, colocando-a 
em uma forma com formato de tronco de cone, em três camadas iguais. 
A cada camada inserida, deve-se adensar o concreto com 25 golpes. 
Ao fi nal da terceira camada, retira-se a forma e verifi ca-se a diferença 
de altura entre o topo da forma e o concreto. Essa diferença consiste no 
abatimento do concreto.
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Estando o concreto na obra, é feito o seu lançamento nas formas. Em ca-
sos de pilares, o lançamento não pode ser feito a alturas superiores a 2 m, 
pois dificulta o adensamento. A ausência de adequado adensamento pode 
causar o aparecimento de nichos de concretagem na peça. Após o lançamen-
to, é necessário dispersar o concreto de forma uniforme nas formas, o que 
geralmente se faz com o auxílio de pás ou enxadas. Essa etapa é extrema-
mente importante, pois permite dispersar o concreto e levá-lo aos locais de 
mais difícil acesso (YAZIGI, 2017)
Após o lançamento, inicia-se a etapa mais importante do processo de con-
cretagem: o adensamento. Adensar o concreto significa espalhá-lo o máximo 
possível, a fim de remover os vazios e o excesso de água nele contidos. Isso 
torna o concreto mais denso e garante a sua completa aderência às barras 
de aço das armaduras, conferindo-lhe resistência e durabilidade. Concreto 
e aço aderidos trabalham em conjunto e atribuem à peça características de 
resistência à tração e compressão. Para situações em que se tenham pilares 
com alturas superiores a 3,5 m, a NBR-6118/2014 determina que sejam feitas 
aberturas nas formas, semelhantes a janelas, para que se realize a concreta-
gem a cada 2 m (BRASIL, 2014). 
Finalizado o adensamento, o concreto é nivelado, procedimento comumen-
te conhecido como sarrafeamento. Com a obra concretada, é preciso aguardar 
até que o concreto adquira a resistência ideal solicitada. Enquanto ele atinge 
essa resistência, é necessário executar a cura do material, que consiste em um 
conjunto de providências que devem ser tomadas para garantir que o concreto 
recém executado não perca a água que existe em sua composição. Essa perda 
se dá, na grande maioria das vezes, por evaporação. De forma sucinta, o termo 
cura do concreto significa garantir que ele não desidrate durante o período 
que ele leva para endurecer, atingindo sua resistência.
Uma boa cura gera um bom concreto, imprimindo aos elementos caracterís-
ticas como boa resistência, impermeabilidade e durabilidade. A NBR-6118/2014 
determina que a cura do concreto deve ser feita de forma ininterrupta durante 
os sete primeiros dias após o seu lançamento, no mínimo, pois o concreto é um 
material extremamente sensível à ação de ventos e do sol, que naturalmente 
causam evaporação de água (BRASIL, 2014). Ao perder água, o concreto retrai, 
podendo gerar o aparecimento de fissuras e trincas na superfície concretada. 
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A cura existe para evitar que isso aconteça e para manter o concreto hidratado, 
até que ele atinja sua resistência ideal. Assim, existem alguns métodos para 
realizar a cura do concreto, sendo os mais conhecidos:
• A molhagem contínua, que é o procedimento mais conhecido e mais uti-
lizado nas obras, sendo ela a ação de molhar a superfície concretada, repetida-
mente, com mangueiras ou baldes;
• O recobrimento, que compreende a utilização de uma manta (sendo os 
mais utilizados sacos de aniagem, mantas geotêxteis, mantas de algodão etc.), 
que retém a umidade dos elementos. Esse tipo de cura é ideal para locais de 
difícil acesso na obra;
• O alagamento, que se caracteriza pela completa imersão da peça em 
água, sem que haja a necessidade de molhá-la com frequência. Normalmente, 
é aplicado em peças planas, como lajes pequenas, piscinas ou blocos de funda-
ção, fazendo-se necessária a criação de barreiras que contenham o escoamen-
to da água, para garantir sua eficiência; 
• A cura química, que se utiliza de químicos, como elementos produzidos 
à base de parafina ou PVA, para realizar a cura. Os compostos são aplicados 
sobre as peças, formando uma membrana que reduz a perda de água.
Em ambientes que apresentam baixa temperatura, a cura é feita por meio 
de mantas termoisolantes, que mantém a temperatura do concreto, impedin-
do que ele congele. Assim como climas quentes são prejudiciais ao desenvolvi-
mento do concreto por causarem a perda de água, climas excessivamente frios 
também podem causar fissuras no concreto. 
Após o concreto receber a cura e atingir a resistência determinada em 
projeto, pode-se remover o sistema de formas das peças. A NBR-
14931/2004 orienta que a retirada de formas e es-
coramentos deve ser feita seguindo um plano de 
desforma previamente determinado no pro-
jeto (BRASIL, 2004). Além disso, o sistema so-
mente poderá ser removido ao assegurar-se que 
o concreto atingiu resistência suficiente para:
• Resistir a problemas que possam surgir durante a remoção;
• Ser capaz de suportar seu peso próprio e as cargas a que esteja exposto;
• Não apresentar deformações além daquelas previstas no projeto.
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Sintetizando
Nesa unidade, vimos que, nos dias de hoje, com o avanço no estudo de 
materiais e suas propriedades, existem várias técnicas construtivas aplicá-
veis à construção civil. A escolha da alternativa adequada a uma construção 
específica dependerá de características próprias de cada uma, levando em 
consideração aspectos orçamentários, tempo de execução, material utiliza-
do e aspectos estéticos. 
Dessa forma, identificamos os tipos de construções mais comuns (a alve-
naria tradicional e estrutural, as paredes de concreto e concreto pré-molda-
do e as técnicas de steel framing e wood framing) e os materiais utilizados em 
cada uma delas. Posteriormente, identificamos as fases de uma obra, que 
passa pela elaboração do projeto, a realização dos serviços preliminares (a 
preparação do terreno e implantação do canteiro de obras), a execução dos 
elementos estruturais e não estruturais e, por fim, o acabamento.
Em seguida, exploramos a etapa de concretagem da estrutura de uma 
obra, que depende da montagem do sistema de formas, elementos que mol-
dam as peças estruturais, podendo ser feitas de diversos materiais. A esco-
lha do sistema de formas adequado dependerá das necessidades da obra, 
bem como dos recursos disponíveis. As formas são ancoradas por peças 
que transferem as cargas que atuam sobre elas para um local seguro. 
Por fim, estando

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