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CONSTRUÇÃO CIVILCONSTRUÇÃO CIVIL Construção Civil Gabriela Maria Silva Maia Gabriela Maria Silva Maia GRUPO SER EDUCACIONAL gente criando o futuro Ao longo desse curso, entenderemos os sistemas iniciais de construção e, para além da técnica, aprenderemos conceitos importantes, desenvolvendo, a partir deles, as com- petências necessárias para aplicá-los em uma construção. Como pro� ssional atuante dentro da esfera construtiva em nosso País, enfrentamos desa� os e precisamos tomar decisões, selecionando a técnica construtiva mais adequada para cada situação. Para isso, precisamos conhecer todas as etapas de uma obra, desde os estágios iniciais de implantação do canteiro até a sua � nalização. O ramo da construção civil é um ramo que está em constante mudança, tanto no que diz respeito aos materiais empregados, quanto às técnicas adotas para construir. É uma área ampla, na qual podemos aplicar os conhecimentos obtidos em cada um dos prin- cipais processos de execução de uma edi� cação. Isso permite guiar a execução de uma obra, liderando seus funcionários em cada processo, a � m de entregar produtos de alto padrão aos seus clientes. Visamos aqui, portanto, conduzir o aluno por uma jornada de aprendizagem, a � m de ampliar seu conhecimento técnico acerca da construção civil. SER_ENGCIV_CONCIV_CAPA.indd 1,3 23/11/2020 12:19:18 © Ser Educacional 2020 Rua Treze de Maio, nº 254, Santo Amaro Recife-PE – CEP 50100-160 *Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência. Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal. Imagens de ícones/capa: © Shutterstock Presidente do Conselho de Administração Diretor-presidente Diretoria Executiva de Ensino Diretoria Executiva de Serviços Corporativos Diretoria de Ensino a Distância Autoria Projeto Gráfico e Capa Janguiê Diniz Jânyo Diniz Adriano Azevedo Joaldo Diniz Enzo Moreira Gabriela Maria Silva Maia DP Content DADOS DO FORNECEDOR Análise de Qualidade, Edição de Texto, Design Instrucional, Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico e Revisão. SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 2 23/11/2020 12:02:35 Boxes ASSISTA Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações comple- mentares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado. CITANDO Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa relevante para o estudo do conteúdo abordado. CONTEXTUALIZANDO Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato; demonstra-se a situação histórica do assunto. CURIOSIDADE Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto tratado. DICA Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado. EXEMPLIFICANDO Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto. EXPLICANDO Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da área de conhecimento trabalhada. SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 3 23/11/2020 12:02:35 Unidade 1 - Sistemas iniciais Objetivos da unidade ........................................................................................................... 12 Infraestrutura......................................................................................................................... 13 Tipos de construções ...................................................................................................... 13 Fases de uma obra .......................................................................................................... 16 Locação de obras ................................................................................................................. 21 Contrapiso ......................................................................................................................... 23 Andaimes e transporte vertical ..................................................................................... 24 Concretagem ......................................................................................................................... 27 Materiais para formas e escoramentos ...................................................................... 27 Formas para elementos estruturais ............................................................................. 29 Execução, cura e desmontagem .................................................................................. 34 Sintetizando ........................................................................................................................... 37 Referências bibliográficas ................................................................................................. 38 Sumário SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 4 23/11/2020 12:02:35 Sumário Unidade 2 - Sistemas intermediários Objetivos da unidade ........................................................................................................... 41 Alvenarias .............................................................................................................................. 42 Tipos e funções ................................................................................................................ 42 Materiais empregados ................................................................................................... 46 Técnicas de execução ................................................................................................... 48 Revestimentos e pavimentação ......................................................................................... 52 Ferramentas utilizadas ................................................................................................... 55 Técnicas de execução ................................................................................................... 55 Impermeabilização............................................................................................................... 62 Tipos e materiais .............................................................................................................. 63 Processos e ferramentas ............................................................................................... 66 Sintetizando ................................................................................................... 67 Referências bibliográficas ................................................................................................. 69 CONSTRUÇÃO CIVIL 5 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 5 23/11/2020 12:02:35 Sumário Unidade 3 - Sistemas finais: acabamentos Objetivos da unidade ........................................................................................................... 71 Esquadrias ............................................................................................................................. 72 Tipos e materiais empregados ...................................................................................... 73 Ferramentas utilizadas ................................................................................................... 83 Processos de colocação ................................................................................................ 84 Vidros ...................................................................................................................................... 86 Ferramentas utilizadas ................................................................................................... 91 Processos de colocação ................................................................................................ 92 Pinturas ..................................................................................................................................93 Tipos de pinturas ............................................................................................................. 94 Ferramentas utilizadas ................................................................................................... 97 Processos de aplicação ................................................................................................. 97 Sintetizando ......................................................................................................................... 100 Referências bibliográficas ............................................................................................... 102 CONSTRUÇÃO CIVIL 6 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 6 23/11/2020 12:02:35 Sumário CONSTRUÇÃO CIVIL 7 Unidade 4 - Sistemas finais: cobertura Objetivos da unidade ......................................................................................................... 104 Telhados e coberturas ....................................................................................................... 105 Componentes da estrutura .......................................................................................... 106 Materiais de cobertura ................................................................................................. 111 Traçado de telhados...................................................................................................... 118 Técnicas de execução ................................................................................................. 121 Forros .................................................................................................................................... 122 Tipos de forros ............................................................................................................... 123 Ferramentas utilizadas ................................................................................................. 128 Técnicas de execução ................................................................................................. 129 Sintetizando ......................................................................................................................... 132 Referências bibliográficas ............................................................................................... 133 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 7 23/11/2020 12:02:35 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 8 23/11/2020 12:02:35 Ao longo desse curso, entenderemos os sistemas iniciais de construção e, para além da técnica, aprenderemos conceitos importantes, desenvolvendo, a partir deles, as competências necessárias para aplicá-los em uma construção. Como profi ssional atuante dentro da esfera construtiva em nosso País, enfren- tamos desafi os e precisamos tomar decisões, selecionando a técnica constru- tiva mais adequada para cada situação. Para isso, precisamos conhecer todas as etapas de uma obra, desde os estágios iniciais de implantação do canteiro até a sua fi nalização. O ramo da construção civil é um ramo que está em constante mudança, tanto no que diz respeito aos materiais empregados, quanto às técnicas adotas para construir. É uma área ampla, na qual podemos aplicar os conhecimentos obtidos em cada um dos principais processos de execução de uma edifi cação. Isso permite guiar a execução de uma obra, liderando seus funcionários em cada processo, a fi m de entregar produtos de alto padrão aos seus clientes. Visamos aqui, portanto, conduzir o aluno por uma jornada de aprendizagem, a fi m de ampliar seu conhecimento técnico acerca da construção civil. CONSTRUÇÃO CIVIL 9 Apresentação SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 9 23/11/2020 12:02:35 À minha querida mãe, por estar sempre presente, independentemente da distância ou situação, e por ser minha inspiração diária e mentora de vida. Aos meus irmãos, Daniela e Júnior, pela parceria e amor incondicional. Por fim, aos meus mestres e alunos, responsáveis pelo que chamo de evolução profissional. A professora Gabriela Maria Silva Maia é especialista em Geoprocessa- mento e Georreferenciamento, pelo Instituto Prominas (2019), graduada em Engenharia Civil (2018) e Ciência e Tecnologia (2016), pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Minis- trou aulas de Cálculo I, II, III e Ciência dos Materiais, de 2018 a 2020 e atua na construção civil desde 2018. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3023463828510861 CONSTRUÇÃO CIVIL 10 A autora SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 10 23/11/2020 12:02:36 SISTEMAS INICIAIS 1 UNIDADE SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 11 23/11/2020 12:02:46 Objetivos da unidade Tópicos de estudo Conhecer os tipos e etapas de uma construção e diferenciar os principais sistemas construtivos; Entender os procedimentos para implantação do canteiro de obras e como se dá o deslocamento de materiais dentro de uma obra; Entender o que é e como é elaborado um sistema de formas e escoramentos; Compreender as etapas de execução da concretagem, assim como a cura do concreto e seus métodos de aplicação. Infraestrutura Tipos de construções Fases de uma obra Locação de obras Contrapiso Andaimes e transporte vertical Concretagem Materiais para formas e esco- ramentos Formas para elementos estruturais Execução, cura e desmontagem CONSTRUÇÃO CIVIL 12 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 12 23/11/2020 12:02:46 Infraestrutura Desde os tempos mais remotos, as construções existem nas suas variadas formas. Juntamente com a descoberta do fogo, o homem descobriu também ser engenheiro. A descoberta de materiais e suas formas de aplicação insti- garam o homem a começar a construir. Desde as construções primitivas, as técnicas foram evoluindo, até chegar no formato de construção que conhece- mos hoje. Com o contínuo avanço da tecnologia e o desenvolvimento de novos materiais, as técnicas de construção tendem a uma constante mudança. Assim, é importante que conheçamos todos os tipos e as etapas da constru- ção, desde a concepção do projeto até a fi nalização da obra. Devemos sempre nos atentar às mudanças e modernizações nas formas de construir, tendo em vista que este processo está em constante evolução. Com isso em mente, estu- daremos os sistemas iniciais de construção e desenvolveremos competências acerca das técnicas para a execução de obras. Tipos de construções A construção tradicional, que utiliza blocos cerâmicos, é a mais conhe- cida e começou a ser aplicada há muito tempo, se mostrando satisfatória até hoje. A prova disso é o fato de continuar sendo amplamente utilizada, mesmo com a evolução dos sistemas construtivos. Hoje em dia, a indús- tria é capaz de produzir inúmeros bens e serviços, a partir da aplicação de tecnologias que permitem ir além do convencional, construindo de forma inteligente e efi caz. Quando se fala em construir um imóvel, uma ponte, um espaço de con- vivência ou qualquer que seja o ambiente, logo se pensa na oportunidade de projetar e construir esse espaço de forma que atenda às ne- cessidades daqueles que o utilizarão. O que poucos param para pensar é no tipo de construção adequada a ser implan- tada. A seleção do sistema construtivo envolve a análise de diversos aspectos, como o custo e a du- ração da obra, o material empregado e até mesmo a aparência da construção. CONSTRUÇÃO CIVIL 13 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 13 23/11/2020 12:02:46 O tipo de construção depende muito do tipo de material utilizado, pois, na verdade, o tijolo cerâmico é apenas um dentre os vários elementos disponíveis que caracterizam os tipos de construções existentes. Podemos citar, então, as construções de concreto, de madeira, de aço, os contêineres e tantos outros. Em meio a tantas opções construtivas existentes, os mais empregados são: a alvenaria tradicional, a alvenaria estrutural, as paredes de concreto, o concreto pré-moldado, o steel framing e o wood framing. Na construção em alvenaria tradicional (Figura1), o elemento principal utilizado para a execução é o tijolo cerâmico, ou seja, o edifício, a residência ou outro tipo de espaço construído é feito apenas de tijolos. Essa alvenaria é comumente nomeada como alvenaria de vedação e é um sistema amplamente empregado no Brasil. É aque- la composta por paredes de tijolos, que têm a função de separar os ambientes. Apesar de não apresentar característica estrutural, esse tipo de construção deve desempe- nhar a função de sustentar seu próprio peso e o peso dos possíveis revestimentos. Figura 1. Bloco de tijolo na construção civil residencial. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 29/06/2020. A construção em alvenaria estrutural é outro tipo muito comum, que difere da tradicional, segundo Ricardo Bentes Kato (2002), por apresentar função dupla: separar ambientes e estruturar a edificação. Nesse tipo de construção, o elemento utilizado é o bloco estrutural, que consiste em um bloco feito de concreto e apre- senta propriedades específicas, que influenciam na estruturação da construção. Ao contrário das construções em alvenaria tradicional, esse tipo de construção re- quer mão de obra especializada, tendo em vista que o processo construtivo pode causar acidentes, caso haja execução inadequada. CONSTRUÇÃO CIVIL 14 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 14 23/11/2020 12:02:54 A construção em paredes de concreto tem crescido muito nos últimos anos, sen- do amplamente empregado em todo o País. Trata-se de uma construção na qual tanto paredes, como lajes são concretadas simultaneamente. Para isso, toda a estrutura da edificação é modelada com formas reaproveitadas, podendo ser plásticas, metálicas ou de madeira, e todas as instalações (elétricas e hidráulicas) são posicionadas antes da concretagem. O processo produtivo desse tipo de construção tem início com a montagem das formas, seguido pelo correto posicionamento da armadura e das tubulações e, por fim, é feita a concretagem da estrutura. Assim, existe uma vantagem econômica nes- se tipo de construção, tendo em vista a reutilização das formas e a diminuição do tempo gasto em sua execução (VIEIRA, 2014). Apesar de ser semelhante à construção com parede de concreto, a construção em concreto pré-moldado apresenta um processo de produção diferente. Trata-se de uma construção em que a estrutura ganha forma a partir da junção de peças de concreto fabricadas em indústria. Esse tipo de construção é amplamente empregado em viadutos, galpões e estruturas de grande porte. De fácil execução, uma de suas principais vantagens é a rapidez na execução, além de gerar poucos resíduos. A construção em steel framing consiste em um sistema em que todo o es- queleto da obra é feito com perfis de aço (Figura 2). Esses perfis, posicionados adequadamente, formam o esqueleto da edificação. O fechamento das paredes é feito com outros tipos de materiais, como drywall, placas de madeira ou cimentí- cias. Esse tipo de construção se destaca pela simplicidade no processo executivo, sendo parte da estrutura montada durante o processo de fabricação, chegando quase pronta ao canteiro de obras. Figura 2. Construção utilizando perfis de aço. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 29/06/2020. CONSTRUÇÃO CIVIL 15 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 15 23/11/2020 12:02:59 Segundo Molina e Junior (2010), a construção em wood framing consiste em um sistema durável, na qual toda a estrutura é feita com perfi s de ma- deira (Figura 3), formando toda a região de pisos, paredes e telhados, que são preenchidos com outros materiais. Esse tipo de construção proporciona maior conforto térmico e acústico, além de ser leve, tendo seu peso comple- tamente distribuído entre os perfi s de madeira. É um sistema pouco utilizado no Brasil, mas que, aos poucos, está crescendo e ganhando a confi ança de muitos construtores. Figura 3. Estrutura de residência feita em wood framing. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 29/06/2020. Fases de uma obra Assim como na vida e na maioria dos processos que existem, as obras tam- bém respeitam um ciclo de início, meio e fi m, que chamamos de fases da obra. É dentro dessas fases que uma construção é planejada, sai do papel, ganha forma e é fi nalizada. Para que uma obra aconteça com o máximo de aproveitamento e o mínimo de imprevistos possíveis, todas as suas fa- ses devem ser cumpridas e executadas. Para isso, é indispensável conhecer cada uma delas. CONSTRUÇÃO CIVIL 16 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 16 23/11/2020 12:03:02 Toda obra inicia com a elaboração do projeto, que norteará o desenvolvimento da construção. Seguindo o escopo do projeto, são realizados os serviços prelimina- res, nos quais o terreno é preparado, para, em seguida, ser implementado o alicerce da construção. Na sequência, os elementos estruturais e não estruturais são exe- cutados, ou seja, a construção tem seu esqueleto moldado, para que a construção passe pela fase de acabamentos. Assim, as fases da obra constituem seu ciclo de desenvolvimento, todas elas possuindo ligações entre si, o que torna o processo bem intuitivo, pois, para que uma fase inicie, a anterior precisa ter sido finalizada. Os serviços preliminares de uma obra constituem todas as ações que devem ser realizadas antes do início da construção em si. Elas envolvem desde o reconhe- cimento e preparação do terreno até a montagem do canteiro de obras. Os serviços preliminares iniciam com a limpeza do terreno, pois, para que se possa construir, o terreno precisa estar limpo e nivelado. Em seguida, o local da obra precisa ser identificado, etapa fundamental para que o canteiro de obras possa ser instalado. O processo de limpeza e nivelamento do terreno é conhecido como terra- plenagem (Figura 4). Também chamada de movimentação de terra, ela consiste no procedimento de adequar o terreno aos requisitos propostos no projeto. Tal adequação se dá por meio do corte de terra em locais onde há excesso, aterro em locais com pouca terra e transporte do material excedente. A transposição do material em excesso, para locais fora do canteiro de obras, deve ser legalizada e devidamente regularizada, em concordância com as normas locais. Figura 4. Vista aérea do grande canteiro de obras com várias máquinas de terraplenagem. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 29/06/2020. CONSTRUÇÃO CIVIL 17 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 17 23/11/2020 12:03:06 O requisito mínimo para a execução de terraplenagem consiste no levanta- mento planialtimétrico, contendo as cotas exatas para a locação do canteiro de obras. Além disso, para realizar a movimentação de terra por corte ou ater- ro, é necessário um estudo prévio do tipo de solo com o qual se está trabalhan- do. Todo o detalhamento a respeito do tipo de terra em questão é obtido por meio do relatório de sondagem. De posse dos dados contidos nestse relatório, o profissional pode executar a terraplenagem com segurança e precisão. As informações necessárias para identificação e classificação das diversas camadas que compõem o subsolo, e que proporcionam um bom entendimento do comportamento da edificação sobre ele, são obtidas durante a etapa de investigação geotécnica, também conhecida como sondagem do solo. Com a realização da sondagem, é possível identificar diversas características do terre- no em trabalho, tais como a profundidade na qual o lençol freático se encontra, bem como o tipo e a resistência do solo naquele local. Feita a limpeza do terreno e seu nivelamento, o canteiro de obras pode ser instalado, o que requer providências específicas para garantir a qualidade e higiene no local de trabalho. Por ser uma área de trabalho em que são realizados todos os serviços de apoio à execução de uma obra, o canteiro de obras precisa conter ins- talações elétricas, hidráulicas e sanitárias adequadas, além de conter obrigatoriamente espaços operacionais e de convivência. Na instalação do canteiro de obras, estão previstas as instalações provisó-rias, que têm início com a escolha do material que circundará a obra. Em sua grande maioria, as construções no Brasil têm seu canteiro de obras instalado em áreas circundadas por chapas de compensado resinado. Além disso, os es- paços operacionais e de vivência, contidos dentro do canteiro, apresentam ele- mentos específicos locados, conhecidos como elementos do canteiro de obras, e que podem ser divididos entre: • Elementos de produção – são todos aqueles necessários à execução da obra, como a central de argamassa, o pátio de corte e dobra de armaduras, e as centrais de formas, de pré-moldados e de montagem das instalações, além dos espaços para armazenamento dos materiais que chegam à obra, como ci- mento, agregados, argamassas, ferramentas, tubulações, tintas, louças e todos aqueles materiais necessários a uma construção; CONSTRUÇÃO CIVIL 18 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 18 23/11/2020 12:03:06 • Elementos de transporte – são elementos indispensáveis, res- ponsáveis pelo transporte de materiais dentro da obra e classificados de acordo com o tipo de movimentação realizada. Podem ser manuais, sendo deslocados pelos próprios trabalhadores (como carrinhos de mão, baldes ou masseiras), ou mecanizados (como gruas, guindastes e bombas de argamassa); • Elementos de apoio técnico – são aqueles que devem ser instalados no canteiro de obras, como, por exemplo, guaritas, estacionamentos, es- critórios e sala de reuniões; • Elementos de vivência – são aquelas designadas a suprir as necessi- dades básicas de alimentação, higiene, descanso e convivência dos seres humanos. A Norma Regulamentadora 18 (BRASIL, 1978) define a implemen- tação de espaços obrigatórios de vivência no canteiro, como alojamentos, banheiros, refeitórios, cozinha e outros, além de exigir que tais ambientes não sejam instalados no subsolo das construções, a fim de manter boas condições de higiene e saúde. CURIOSIDADE Os banheiros em um canteiro de obras devem ser posicionados de tal forma que a distância entre eles e qualquer outro ambiente da obra não ultrapasse 150 m, ou seja, a localização dos banheiros dentro de uma obra deve ser estratégica. Além disso, não é permitida a existência de portas que deem acesso direto ao refeitório, para que sejam mantidas as condi- ções básicas sanitárias. Além da NR-18, existem outras Normas Regulamentadoras (Quadro 1) que norteiam os processos da construção civil. Por fim, a Figura 5 ilus- tra com clareza um canteiro de obras, sendo possível visualizar elementos como o armazenamento de materiais (agregados), elementos de transporte de materiais, recipien- tes para armazenamento de água, estaciona- mento e outros. Observe o nível de organiza- ção do canteiro ilustrado, com os elementos devidamente instalados e de fácil localização, garantindo o bom desenvolvimento da obra. CONSTRUÇÃO CIVIL 19 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 19 23/11/2020 12:03:06 NR DESCRIÇÃO NR-4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) NR-5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) NR-6 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) NR-7 Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) NR-9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais NR-10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade NR-11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais NR-12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos NR-26 Sinalização de Segurança NR-35 Trabalho em Altura Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais Segurança em Instalações e Serviços em EletricidadeTransporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos Sinalização de Segurança Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos Sinalização de Segurança Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos Sinalização de Segurança Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos Sinalização de Segurança Trabalho em Altura Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos Sinalização de Segurança Trabalho em Altura Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos Sinalização de Segurança Trabalho em Altura Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos Sinalização de Segurança Trabalho em Altura Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos Sinalização de Segurança Trabalho em Altura Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos Trabalho em Altura Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos QUADRO 1. NORMAS REGULAMENTADORAS APLICADAS À CONSTRUÇÃO CIVIL Fonte: BRASIL, 1978. (Adaptado). Figura 5. Canteiro de obras. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 29/06/2020. CONSTRUÇÃO CIVIL 20 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 20 23/11/2020 12:03:11 Locação de obras Locar uma obra significa passar o projeto do papel para o terreno. Nesse processo, todos os pontos que se pretende construir são marcados no terreno, como os recuos e a localização de cada parede dos cômodos, assim como as distâncias entre eles. Esse procedimento é chamado de gabarito de uma obra, que nada mais é do que marcar previamente tudo o que se pretende construir, utilizando tábuas e pontaletes, para que, a partir dele, o alicerce seja feito e as parede sejam levantadas. De forma sucinta, é o molde da edificação. É indispensável que os serviços preliminares tenham sido concluídos para que o gabarito possa começar a ser cravado. Walid Yazigi (2017) co- menta que somente um profissional habilitado deve fazer a locação da obra, tomando como base a referência de nível (RN) para posicionar os eixos. A locação deve envolver todo o perímetro da obra e os gabaritos precisam ser bem fixados, para que possam resistir à tensão das linhas de náilon que os circundam. A locação do gabarito é feita a partir de um projeto adicional, especi- ficamente voltado à sua execução. Nesse projeto, todos os eixos de refe- rência das fundações, dos pilares e das paredes são determinados, bem como as posições dos elementos de divisão a partir de um eixo global, determinado por meio de levantamentos topográficos. A grande vanta- gem em se executar o gabarito de uma obra a partir de um projeto pré-de- terminado é ter alinhamentos perfeitos para a execução de fundações e, posteriormente, de pilares, vigas e paredes. Yazigi (2017) cita ainda alguns tipos de ferramentas que podem ser utilizadas para locar os gabaritos de uma obra. Entre eles temos: • Os EPCs e EPIs (capacete, botas e luvas adequadas); • O nível de mangueira ou a laser e o nível bolha; • A trena de aço, com comprimento mínimo de 30 m; • As tábuas, os sarrafos, os pontaletes e os piquetes; • O lápis de carpinteiro; • O martelo e a marreta; • O prumo de centro; CONSTRUÇÃO CIVIL 21 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 21 23/11/2020 12:03:11 • A linha de náilon; • O esquadro metálico; • As tintas de várias cores; • O teodolito; • Os projetos a serem executado no local. Definidas a referência de nível, os eixos e as distâncias, e estando o gaba- rito devidamente marcado, inicia-se sua execução. Os pontaletes devem ser cravados a uma distância de 1,5 m entre si, e a linha de náilon deve seguí-los sempre pela mesma face, ou seja, a linha não pode mudar de direção, deven- do seguir sempre o mesmo sentido, a fim de manter os pontaletes alinhados. No passo seguinte, as tábuas devem ser fixadas por pregos na face in- terna dos pontaletes, estruturando o que se conhece por tabeiras. É ex- tremamente importante fazer a verificação do alinhamento da primeira tabeira fixada, a partir da utilização de esquadros, para que se possa fixar as demais tabeiras com segurança. Havendo necessidade de travamento do gabarito, devem ser execu- tadas mãos francesas nas extremidades do gabarito (Figura 6). Os ele- mentos construtivos (fundações, pilares, vigas, paredes) devem ser marcados com tinta nas tabeiras, respeitando as determinações do pro- jeto, para que, na sequência, esses elementos possam ser executados. Figura 6. Face externa de uma tabeira travada por uma sequência de mãos francesas. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 29/06/2020. CONSTRUÇÃO CIVIL 22 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 22 23/11/2020 12:03:26 EXPLICANDO O termo mão francesa se refere a uma estrutura em formato de triângu- lo, que pode ser feita de madeira ou de material metálico. Este elemento, muito comum na construção civil, é utilizado para apoiar, sustentar ou travar componentes que não estejam completamente fi xos. Normalmen- te, ele é utilizado nas extremidades, como escora, e apresenta várias aplicações, desde o travamento de estruturas na construção civil (como gabaritos, beirais e colunas) até o suporte de prateleiras, ar condiciona- do e caixas d’água. Contrapiso Com a locação perfeitamente implementada, a construção da edifica- ção pode iniciar. No entanto, não é indicado executar a obra diretamente no terreno, sendo, portanto, necessário aplicar uma camada regulariza- dora sobre o solo. Em construções civis, essa camada é conhecida como contrapiso e é realizada para que a obra possa receber, na sequência, o acabamento adequado. O contrapiso compreende uma ou mais camadas postas diretamente sobre o terreno ou sobre a laje, que, além de regularizar, tem também como função conferir inclinação adequada à base, para o escoamento de águas e o embutimento de tubulações para instalações hidrossanitárias e elétricas, caso haja necessidade. Alémdisso, o contrapiso também apre- senta elevada importância no que diz respeito à fixação de elementos de fundação e elementos estruturais, uma vez que transmite as cargas advin- das desses componentes diretamente ao solo. Por fim, sendo uma de suas aplicabilidades mais conhecidas, o contra- piso é essencial para o adequado assentamento de revestimentos. Assim, existem três tipos de contrapisos (Quadro 2), cuja classificação está relacionada à espessura da camada aplicada e ao tipo de aderência em relação à base do terreno (British Standard, 2011). Além disso, os contrapi- sos são feitos à base de argamassas, que po- dem ser caracterizadas em três tipos (TONUS; MINOZZI, 2013), sendo eles: CONSTRUÇÃO CIVIL 23 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 23 23/11/2020 12:03:26 TIPO CARACTERÍSTICAS Contrapiso aderido Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm. Contrapiso não aderido Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra- balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm. Contrapiso fl utuante Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama- da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade- rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba- lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm. Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm. Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra- balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm. Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra- balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm. Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra- balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm. Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama- Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm. Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra- balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm. Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama- da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm. Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra- balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm. Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama- da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade- Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm. Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra- balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm. Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama- da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade- rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba- Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm. Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra- balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm. Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama- da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade- rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba- Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm. Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra- balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm. Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama- da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade- rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba- Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm. Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra- balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm. Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama- da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade- rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba- lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm. Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm. Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra- balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm. Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama- da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade- rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba- lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm. Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm. Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra- balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm. Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama- da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade- rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba- lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm. Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm. Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra- balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm. Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama- da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade- rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba- lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm. Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm. Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra- balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se necessária a utilizaçãode espessuras superiores a 35 mm. Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama- da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade- rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba- lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm. Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm. Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra- balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm. Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama- da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade- rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba- lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm. Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, com espessuras aproximadas entre 20 e 40 mm. Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra- balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm. Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama- da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade- rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba- lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm. Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra- balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm. Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama- da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade- rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba- lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm. Adere completamente à base, compondo-se de camadas mais fi nas, Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra- balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm. Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama- da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade- rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba- lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm. Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra- balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm. Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama- da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade- rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba- lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm. Não existindo garantia de aderência completa à base, deve-se tra- balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm. Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama- da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade- rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba- lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm. balhar com espessuras maiores. Para esse tipo de contrapiso, faz-se necessária a utilização de espessuras superiores a 35 mm. Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama- da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade- rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba- lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm. Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama- da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade- rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba- lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm. Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama- da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade- rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba- lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm. Esse tipo de contrapiso é caracterizado pela existência de uma cama- da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade- rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba- lhar com espessuras que variam entre 40 e 70 mm. da intermediária entre a base e o contrapiso. A camada intermediária geralmente é uma camada de isolamento e, por esse motivo, a ade- rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba-rência é completamente impedida. Nesses casos, é necessário traba- QUADRO 1. TIPOS DE CONTRAPISO E SUAS RESPECTIVAS CARACTERÍSTICAS Fonte: British Standard, 2011. (Adaptado). • A argamassa plástica, que apresenta a mesma consistência das arga- massas tradicionais. Ela é mais pastosa e apresenta um consumo maior de cimento, tornando-a mais cara; • A argamassa seca, que apresenta um consumo menor de cimento, sen- do comumente conhecida como concreto magro, bem como baixa quantida- de de água e elevada presença de agregados, se assemelhando ao concreto. É o tipo de contrapiso mais utilizado em construções no Brasil, devido ao seu custo-benefício satisfatório; • A argamassa autonivelante, que apresenta fl uidez mais elevada, quan- do comparada às outras argamassas. Ela contém cimento em sua composi- ção, tal como as demais, diferindo destas por contar com aditivos que lhes conferem características mais fl uidas. Andaimes e transporte vertical A construção de uma edificação de qualquer tipo envolve várias eta- pas, contendo, em cada uma, inúmeros detalhes que devem ser observa- dos com o máximo de cuidado possível. Uma das etapas mais importantes em uma obra é a execução da sua estrutura e o posterior acabamento. Nessa fase da construção, é necessário operar em determinadas alturas, CONSTRUÇÃO CIVIL 24 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 24 23/11/2020 12:03:26 sendo necessária a utilização de equipamentos de suporte para efetivar o serviço. A NR-18 determina que serviços realizados a uma altura supe- rior a 4 m em relação à base precisam, obrigatoriamente, da utilização de andaimes (BRASIL, 1978). Os andaimes são peças de encai- xe, utilizadas temporariamente den- tro do canteiro de obras, constituído por peças metálicas e de madeira, cuja finalidade é proporcionar, ao funcionário, o acesso às partes mais elevadas de uma construção. Dife- rentemente do que se supõe, é ape- nas na fase de acabamentos, como reboco e pintura, que os andaimes não são utilizados. Sendo assim, a utilização de andaimes pode ser requisitada em todas as fases de uma obra, como é o caso das demolições necessárias no início de uma obra ou durante o processo de enchimento de vigas e pilares de forma manual. Esse enchimento normalmente acontece em obras peque- nas, nas quais os próprios funcionários enchem estes elementos de con- creto, por meio de baldes, precisando do auxílio de andaimes para chegar à altura adequada. Yazigi (2017) cita alguns requisitos básicos para o dimensionamento adequado de andaimes. Segundo o autor, estes equipamentos devemser dimensionados por profissionais capacitados, de modo que atenda aos re- quisitos de segurança e resistência aos esforços a que estarão expostos. Além disso, os andaimes devem dispor de guarda-corpo, com cerca de 0,90 a 1,2 m e rodapé com 20 cm, a fim de garantir a segurança do traba- lhador. Como medida de segurança, é aconselhável não deixar pregos, pa- rafusos ou outros materiais cortantes sobre as plataformas dos andaimes. Os andaimes podem ficar posicionados a alturas tão elevadas que di- ficultam o transporte manual de materiais de um ponto a outro. Imagi- nemos a seguinte situação: seu funcionário está executando o reboco de uma parede situada a 7 m em relação ao solo. Em determinado momento, CONSTRUÇÃO CIVIL 25 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 25 23/11/2020 12:03:28 a argamassa que este funcionário estava utilizando acaba. Devido à altura em que ele se encontra, não é possível fazer manualmente a reposição da argamassa, para que ele possa continuar o serviço. Como responsável pela obra, qual solução você encontraria para resolver o problema? Em situações como essas, são utilizados transportes verticais, para deslocar materiais da base do canteiro até os níveis mais elevados, estan- do o funcionário em andaimes ou em lajes. Os transportes verticais podem ser utilizados para realizar a movimentação de materiais, bem como de pessoas, de acordo com a NR-18 (BRASIL, 1978). Esta norma estabelece requisitos mínimos para a utilização de transportes verticais, de modo que garanta a segurança de todos os envolvidos no processo. Alguns desses requisitos são: • A realização da manutenção, montagem e desmontagem, que somen- te pode ser feita por profissionais capacitados; • A sinalização adequada no canteiro, indicando a área de operação desses equipamentos; • O uso de área com espaço livre suficiente para a operação e movimen- tação dos transportes verticais; • O uso de técnicos especializados para fazer a operação. Dentre os transportes verticais mais utilizados, podem ser citados os elevadores para transporte de materiais, elevadores para transporte de trabalhadores e equipamentos de guindar. É importante ressaltar que, para que os elevadores possam funcionar dentro de uma obra, é necessário construir as torres de elevadores obedecendo todas as normas. Yazigi (2017) comenta que as torres devem obedecer a dois re- quisitos, sendo eles: • Ter uma altura máxima de 15 m; • Permanecer, na obra, o projeto de execução das torres. EXEMPLIFICANDO Os equipamentos de guindar são todos aqueles que içam materiais e os deslocam de um ponto a outro, como guindastes, empilhadeiras, gruas, pontes rolantes, guinchos, talhas e outros. CONSTRUÇÃO CIVIL 26 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 26 23/11/2020 12:03:28 Concretagem Para que uma edifi cação seja estável e duradoura, ela precisa ser bem es- truturada, pois é a estrutura que vai garantir a qualidade da edifi cação. Todas as cargas e forças que atuam sobre uma construção são transferidas ao solo pela estrutura. A NBR-6118/2014 estabelece todos os requisitos necessários para dimensionar e executar estruturas de concreto (BRASIL, 2014). Assim, para que a estrutura da edifi cação possa ser efetivada, existe uma série de procedimentos que devem ser cumpridos. Para desenvolver uma estrutura, deve-se, inicialmente, dimensionar e de- talhar os elementos em projeto. A partir dessas determinações, os elementos estruturais, tais como fundações, vigas, pilares, lajes e escadas, podem ser moldados a partir de formas que delimitarão todas as suas dimensões. Feito isso, os elementos podem ser concretados e, após o período adequado para a cura do concreto, realiza-se a desforma. Vale ressaltar a importância da correta moldagem das formas, uma vez que elas determinarão o resultado dos elementos estruturais. Uma vez concretado de forma errônea, o elemento não desempenhará as funções para as quais foi dimensionado. Assim, também, deve ser respeitado o período para a cura do concreto, para garantir a funcionalidade das peças. Materiais para formas e escoramentos O sistema de formas nada mais é que um conjunto de elementos cuja função principal é moldar o concreto e fornecer a ele a sustentação necessária, até que atinja seu ponto ideal de resistência. Além disso, a forma imprime ao concreto a simetria previamente estipulada em proje- to e limita a perda de água do concreto, facilitando sua cura. As formas devem ser produzidas de tal forma que a sua re- tirada, após a cura do concreto, seja relativamente fácil. Para que sejam confeccionadas de forma adequada, se faz necessário o uso do projeto es- trutural da edificação, contendo detalhadamente todas as dimensões de cada elemento que será con- CONSTRUÇÃO CIVIL 27 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 27 23/11/2020 12:03:28 cretado. De posse dos detalhes do projeto estrutural, as medidas são conferidas pelo carpinteiro e as formas são fabricadas. No modelo cons- trutivo brasileiro tradicional, as formas são feitas usando chapas de madeira compensada ou tábuas, como matéria-prima. As formas de madeira (Figura 7) ainda são as mais utilizadas, devido à sua facilidade de acesso e ao seu satisfatório desempenho. No entan- to, existem, no mercado, formas confeccionadas com materiais alter- nativos, como as plásticas, as metálicas, as de alumínio, de papelão e as mistas (que são constituídas pela junção de dois ou mais materiais e são amplamente utilizadas). Em sua grande maioria, as obras utilizam formas de madeira, travadas por peças metálicas, constituindo o sistema misto. As formas plásticas, por sua vez, vêm ganhando espaço no mercado, de- vido à sua facilidade de desforma e possibilidade de reaproveitamento em mais de um processo de concretagem. Figura 7. Formas de pilares em madeira e barra de reforço no canteiro de obras. Fonte: Shutterstock. Acesso em 01/07/2020. A escolha do sistema de formas adequado dependerá das necessidades da obra e dos recursos disponíveis, devendo sempre manter a qualidade e a precisão na confecção das peças, de acordo com o projeto. Outro ponto que deve ser conside- rado está relacionado à produtividade durante todo o processo, desde a confecção, transporte, montagem e desforma, garantindo o melhor custo benefício. CONSTRUÇÃO CIVIL 28 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 28 23/11/2020 12:03:33 Em seguida, o escoramento, também conhecido como cimbramento, consiste no procedimento de sustentação das formas, a fi m de conferir estabilidade ao con- creto, após o lançamento. Ele sustenta as formas desde o lançamento do concreto até o momento da desforma, transferindo as cargas que atuam sobre as formas para um local seguro. O escoramento metálico é o mais utilizado atualmente, por dispor de grande durabilidade e atingir alturas maiores, quando comparado ao es- coramento de madeira, além de serem facilmente manuseáveis. Formas para elementos estruturais Os elementos de fundação, os pilares, as vigas, as lajes, as escadas e os reservatórios se classificam como elementos estruturais. Sobre esses elementos atuam esforços e solicitações, fazendo-se necessário realizar o adequado dimensionamento para atender a todos eles, garantindo sua eficiência. Cada um deles possui formatos e dimensões específicos e, por isso, a confecção de suas formas é feita individualmente. As fundações são os elementos da construção responsáveis por rece- bem todos os esforços da estrutura e transferi-los ao solo, podendo ser divididas em dois grupos (CAMPOS, 2015): rasas e profundas. O tipo de fundação a ser escolhida estará diretamente relacionada ao tipo de solo no local da construção e às tensões que atuarão sobre a edificação. As fundações rasas são aquelas que apresentam profundidades iguais ou inferiores a 3 m, na quais as cargas da edificação são transferi- das ao solo pela base da fundação. Esse tipo de fundação é utilizado em construções de pequeno porte,como casas e outras edificações meno- res. As fundações profundas, por outro lado, são dimensionadas para suportar cargas maiores, apresentando profundidades superiores a 3 m e transferindo as cargas da edificação ao solo por meio da superfície lateral de suas peças. Esse tipo de fundação pode alcançar grandes pro- fundidades e são inseridas diretamente no solo. Por serem inseridas no solo, as fundações profundas não necessitam da utilização de formas. As fundações rasas, por sua vez, precisam de formas para moldar seus formatos, como é o caso de sapatas (Figura 8), blocos, radiers e vigas de fundação, também conhecidas como vigas bal- CONSTRUÇÃO CIVIL 29 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 29 23/11/2020 12:03:33 drames. As formas para esse tipo de elemento estrutural devem seguir à risca os detalhes do projeto, uma vez que são elas que sustentarão toda a estrutura da edificação. Figura 8. Forma de sapata (fundação rasa). Fonte: Shutterstock. Acesso em 01/07/2020. Assim como ocorre com as fundações, o processo de elaboração de for- mas para vigas, pilares e lajes deve seguir os critérios do projeto. O conjunto formado por formas, escoramento e acessórios recebe diferentes nomen- claturas para vigas, pilares e lajes. Para muros de arrimo, as formas devem alcançar a altura do muro em sua totalidade, podendo ser montadas com chapas de madeira, mistas ou plásticas. A montagem deve seguir os critérios do projeto, sendo adequadamente ancoradas para satisfazer os requisitos durante a concretagem. A colocação das formas é feita após a correta marcação do posiciona- mento dos elementos estruturais. Em seguida, três das quatro faces que compõem as formas são posicionadas e niveladas. Sobre elas é aplicado o desmoldante, que atuará de modo a facilitar a desmontagem das formas após a concretagem. O passo seguinte consiste em posicionar corretamente as armaduras, conforme as especificações do projeto. CONSTRUÇÃO CIVIL 30 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 30 23/11/2020 12:03:36 Entre as barras e a forma existe um espaçamento mínimo que deve ser respeitado, denominado cobrimento. Ele pode variar de 2,5 cm a 5,0 cm, em função da classe de agressividade ambiental (CAA). As faces da forma devem estar posicionadas de modo tal que respeite o cobrimento mínimo. Após a co- locação das pastilhas, a forma pode ser fechada, a partir do posicionamento de sua quarta e última face. Em seguida, é feito o travamento do sistema, a partir de elementos como barras de ancoragem, vigas de travamento, sarrafos, pontaletes e outros. A fim de detalhar a nomenclatura desses elementos, devemos elencar algumas representações simplificadas dos sistemas tradicionais para formas. A Figura 9 apresenta os elementos de formas para pilares, respeitando um sistema composto por placas nas laterais e no fundo, travadas por vigas, sar- rafos e pontaletes, que podem ser posicionados tanto na horizontal como na vertical. As barras de ancoragem com porcas travam as vigas e os gastalhos travam a parte inferior da forma. Molde Painéis estruturados Sarrafo Pontalete Travamento Travamento Sarrafo Mão-francesa Acessório Gastalho maluco Tensor Barras de ancoragem Barras de ancoragem Vigas de travamento Vigas de travamento Gastalho GastalhoTravamento “Perereca” Porca da barra de ancoragem Porca da barra de ancoragem Painéis não estruturados Figura 9. Forma para pilar composta por painéis com travamento. Fonte: FREIRE; SOUZA, 2001. (Adaptado). A montagem do sistema de formas para vigas, pode se apresentar de dife- rentes formas. Na Figura 10(a), é possível visualizar as chapas travadas por mão francesa em sarrafo e sarrafos de pressão, enquanto na Figura 10(b), as chapas são travadas por gastalhos e, na Figura 10 (c), as chapas são travadas por barras de ancoragem e sarrafos de pressão. CONSTRUÇÃO CIVIL 31 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 31 23/11/2020 12:03:38 Mão-francesa Travamento TravamentoVigamento Escoramento Sarrafo Sarrafo Gastalho Sarrafo de pressão Sarrafo de pressão Painéis não estruturados Molde Barra de ancoragem A B C Figura 10. Diferentes tipos de montagem de formas e escoramentos para vigas. Fonte: FREIRE; SOUZA, 2001. (Adaptado). Na Figura 11, é possível identificar que o conjunto de formas para lajes é composto por vigamento inferior e vigamento superior, que recebem as chapas de madeira compensada. Esses vigamentos são escorados por pontaletes, que podem ser metálicos ou de madeira. Para escadas e reservatórios, a execução das formas se assemelha aos modelos citados. No caso específico de escadas, a atenção aos requisitos determinados no projeto deve ser redobrada, uma vez que, para cada tipo de escada, têm-se diferentes detalhes construtivos. Molde Painel não estruturado em chapa de compensado Pontaletes com cruzeta Escoramento Vigamento inferior Vigamento Viga- mento superior Figura 11. Elementos de forma e escoramento para lajes. Fonte: FREIRE; SOUZA, 2001. (Adaptado). CONSTRUÇÃO CIVIL 32 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 32 23/11/2020 12:03:38 Além dos sistemas de formas tradicionais, existem aquelas denominadas formas especiais, que podem ser divididas em deslizantes e trepantes. A for- mas deslizantes constituem-se de um sistema provisório, que possui alturas equivalentes a 1,20 m e funciona por meio de painéis que deslizam vertical- mente. Durante esse deslocamento, os elementos são concretados de forma contínua. Elas podem ser executadas com madeira ou material metálico, sen- do comumente aplicadas para a concretagem de torres, reservatórios, poços, elevadores e outros. Já as formas trepantes, em geral, alcançam alturas superiores, quando comparadas às formas deslizantes, sendo esta uma de suas principais carac- terísticas. Esse sistema é composto por painéis metálicos que prosseguem de forma vertical, a partir do auxílio de macacos hidráulicos. Sua utilização facilita a execução de elementos estruturais de difícil acesso ou que apresentem gran- des elevações, tais como usinas, viadutos e pontes. Assim, é possível perceber com clareza que o processo de confecção e montagem das formas não é simples e irrelevante. Pelo contrário, deve ser tomado como um dos procedimentos mais importantes em uma construção, indo além de simplesmente moldar peças estruturais. Um sistema de formas confeccionado e executado adequadamente favorece a qualidade e a dura- bilidade das peças concretadas, bem como é capaz de acelerar o processo executivo e reduzir despesas. Imagine um engenheiro, responsável pela execução da concretagem de um edifício, que precisa entregar a obra o quanto antes. Correndo contra o tempo, ele solicita aos funcionários que montem as formas o mais rápido possível. Cumprindo ordens, os funcionários fazem o que lhes foi solicitado, mas sem a atenção necessária, devido à pressa com que o serviço foi pedi- do. No momento da concretagem, uma forma mal ancorada não suporta as cargas advindas do concreto e acaba cedendo, perdendo material e compro- metendo todo o andamento da obra. Assim, isso gera retrabalho e gastos extras, com material e com diárias de funcionários, pois a obra vai levar mais tempo do que o planejado. Além de perdas de material, formas mal executadas podem causar defor- mações às peças, e até mesmo o surgimento de fissuras, trincas ou rachadu- ras. Quando o concreto não tem resistência para sustentar as cargas, são as CONSTRUÇÃO CIVIL 33 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 33 23/11/2020 12:03:38 formas que sustentam. Por isso, há uma necessidade de executar, com aten- ção, cada detalhe construtivo das formas. Isso vale para todos os procedimen- tos executáveis dentro de uma obra. Execução, cura e desmontagem Durante a execução, antes de colocar o concreto, as formas devem ser molhadas até chegar ao ponto de saturação. Esse procedimento é feito para conter a perda de água do concreto. Além disso, as escoras devemser posi- cionadas e travadas adequadamente. Ao preparar o sistema de formas, ou seja, a montagem e o escoramento, é indispensável fazer a verifi cação da contra fl echa, especialmente quando se trata de lajes. A contra flecha é o afastamento intencional das formas no sentido contrário ao da flecha, feito por meio do escoramento. É importante exe- cutá-lo para garantir o equilíbrio das deformações que atuarão na laje posteriormente, provenientes dos carregamentos atuantes nela. Essas de- formações são chamadas de flechas e acontecem naturalmente, exigindo a criação intencional de contra flechas nas formas, para que, ao desfor- mar, haja o equilíbrio da peça. Finalmente, estando apropriadamente posicionados, os elementos es- truturais podem ser enchidos, ou seja, pode-se iniciar a concretagem. O processo de concretar envolve etapas como o transporte do concreto fres- co, o recebimento desse concreto na obra e sua aplicação. O concreto chega à obra em caminhões betoneira e, ao recebê-lo, é fundamental efetuar a verifi cação da sua resistência, realizando o slump test. EXPLICANDO O slump test é um procedimento utilizado para verifi car a consistência do concreto em seu estado fresco e, a partir dos resultados, atestar sua qua- lidade. O teste é feito a partir do abatimento do tronco de cone. Para rea- lizá-lo, pega-se uma amostra do concreto que chega à obra, colocando-a em uma forma com formato de tronco de cone, em três camadas iguais. A cada camada inserida, deve-se adensar o concreto com 25 golpes. Ao fi nal da terceira camada, retira-se a forma e verifi ca-se a diferença de altura entre o topo da forma e o concreto. Essa diferença consiste no abatimento do concreto. CONSTRUÇÃO CIVIL 34 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 34 23/11/2020 12:03:38 Estando o concreto na obra, é feito o seu lançamento nas formas. Em ca- sos de pilares, o lançamento não pode ser feito a alturas superiores a 2 m, pois dificulta o adensamento. A ausência de adequado adensamento pode causar o aparecimento de nichos de concretagem na peça. Após o lançamen- to, é necessário dispersar o concreto de forma uniforme nas formas, o que geralmente se faz com o auxílio de pás ou enxadas. Essa etapa é extrema- mente importante, pois permite dispersar o concreto e levá-lo aos locais de mais difícil acesso (YAZIGI, 2017) Após o lançamento, inicia-se a etapa mais importante do processo de con- cretagem: o adensamento. Adensar o concreto significa espalhá-lo o máximo possível, a fim de remover os vazios e o excesso de água nele contidos. Isso torna o concreto mais denso e garante a sua completa aderência às barras de aço das armaduras, conferindo-lhe resistência e durabilidade. Concreto e aço aderidos trabalham em conjunto e atribuem à peça características de resistência à tração e compressão. Para situações em que se tenham pilares com alturas superiores a 3,5 m, a NBR-6118/2014 determina que sejam feitas aberturas nas formas, semelhantes a janelas, para que se realize a concreta- gem a cada 2 m (BRASIL, 2014). Finalizado o adensamento, o concreto é nivelado, procedimento comumen- te conhecido como sarrafeamento. Com a obra concretada, é preciso aguardar até que o concreto adquira a resistência ideal solicitada. Enquanto ele atinge essa resistência, é necessário executar a cura do material, que consiste em um conjunto de providências que devem ser tomadas para garantir que o concreto recém executado não perca a água que existe em sua composição. Essa perda se dá, na grande maioria das vezes, por evaporação. De forma sucinta, o termo cura do concreto significa garantir que ele não desidrate durante o período que ele leva para endurecer, atingindo sua resistência. Uma boa cura gera um bom concreto, imprimindo aos elementos caracterís- ticas como boa resistência, impermeabilidade e durabilidade. A NBR-6118/2014 determina que a cura do concreto deve ser feita de forma ininterrupta durante os sete primeiros dias após o seu lançamento, no mínimo, pois o concreto é um material extremamente sensível à ação de ventos e do sol, que naturalmente causam evaporação de água (BRASIL, 2014). Ao perder água, o concreto retrai, podendo gerar o aparecimento de fissuras e trincas na superfície concretada. CONSTRUÇÃO CIVIL 35 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 35 23/11/2020 12:03:38 A cura existe para evitar que isso aconteça e para manter o concreto hidratado, até que ele atinja sua resistência ideal. Assim, existem alguns métodos para realizar a cura do concreto, sendo os mais conhecidos: • A molhagem contínua, que é o procedimento mais conhecido e mais uti- lizado nas obras, sendo ela a ação de molhar a superfície concretada, repetida- mente, com mangueiras ou baldes; • O recobrimento, que compreende a utilização de uma manta (sendo os mais utilizados sacos de aniagem, mantas geotêxteis, mantas de algodão etc.), que retém a umidade dos elementos. Esse tipo de cura é ideal para locais de difícil acesso na obra; • O alagamento, que se caracteriza pela completa imersão da peça em água, sem que haja a necessidade de molhá-la com frequência. Normalmente, é aplicado em peças planas, como lajes pequenas, piscinas ou blocos de funda- ção, fazendo-se necessária a criação de barreiras que contenham o escoamen- to da água, para garantir sua eficiência; • A cura química, que se utiliza de químicos, como elementos produzidos à base de parafina ou PVA, para realizar a cura. Os compostos são aplicados sobre as peças, formando uma membrana que reduz a perda de água. Em ambientes que apresentam baixa temperatura, a cura é feita por meio de mantas termoisolantes, que mantém a temperatura do concreto, impedin- do que ele congele. Assim como climas quentes são prejudiciais ao desenvolvi- mento do concreto por causarem a perda de água, climas excessivamente frios também podem causar fissuras no concreto. Após o concreto receber a cura e atingir a resistência determinada em projeto, pode-se remover o sistema de formas das peças. A NBR- 14931/2004 orienta que a retirada de formas e es- coramentos deve ser feita seguindo um plano de desforma previamente determinado no pro- jeto (BRASIL, 2004). Além disso, o sistema so- mente poderá ser removido ao assegurar-se que o concreto atingiu resistência suficiente para: • Resistir a problemas que possam surgir durante a remoção; • Ser capaz de suportar seu peso próprio e as cargas a que esteja exposto; • Não apresentar deformações além daquelas previstas no projeto. CONSTRUÇÃO CIVIL 36 SER_ENGCIV_CONCIV_UNID1.indd 36 23/11/2020 12:03:38 Sintetizando Nesa unidade, vimos que, nos dias de hoje, com o avanço no estudo de materiais e suas propriedades, existem várias técnicas construtivas aplicá- veis à construção civil. A escolha da alternativa adequada a uma construção específica dependerá de características próprias de cada uma, levando em consideração aspectos orçamentários, tempo de execução, material utiliza- do e aspectos estéticos. Dessa forma, identificamos os tipos de construções mais comuns (a alve- naria tradicional e estrutural, as paredes de concreto e concreto pré-molda- do e as técnicas de steel framing e wood framing) e os materiais utilizados em cada uma delas. Posteriormente, identificamos as fases de uma obra, que passa pela elaboração do projeto, a realização dos serviços preliminares (a preparação do terreno e implantação do canteiro de obras), a execução dos elementos estruturais e não estruturais e, por fim, o acabamento. Em seguida, exploramos a etapa de concretagem da estrutura de uma obra, que depende da montagem do sistema de formas, elementos que mol- dam as peças estruturais, podendo ser feitas de diversos materiais. A esco- lha do sistema de formas adequado dependerá das necessidades da obra, bem como dos recursos disponíveis. As formas são ancoradas por peças que transferem as cargas que atuam sobre elas para um local seguro. Por fim, estando
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