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Parada Gay Há 14 anos a cidade de São Paulo é sede da Parada LGBT lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, mais conhecida como Parada Gay, que dispensa apresentação. O colorido da bandeira arco-íris, símbolo da comunidade LGBT, esse ano deu lugar ao preto e branco para destacar o lema “Vote contra a homofobia: defenda a cidadania!” Segundo os organizadores, cerca de 3 milhões e 200 mil pessoas participaram do desfile realizado no dia 6 de junho e que trouxe a novidade do tema político, destacando a importância do voto. Reconhecida como a maior parada gay do mundo, a cidade de São Paulo atrai milhares de turistas, como o príncipe indiano Manvendra Gohil que participou do evento no ano passado. A primeira parada do orgulho LGBT foi realizada em 1969 na cidade de Nova York e reuniu milhares de manifestantes que denunciaram a violência policial contra gays e lésbicas. O dia 28 de junho passou, desde então, a simbolizar o dia do orgulho gay. Assim, cada vez mais, a Parada Gay tem obtido espaço para tornar visível as reivindicações de direitos civis para os/as homossexuais. A maioria dos países europeus e das Américas comemoram suas paradas. No ano passado, a cidade de Xangai realizou a primeira festa do Orgulho Gay da China. Nesse sentido, pode-se afirmar que, o movimento homossexual ganhou força nas últimas décadas do século XX, como na Dinamarca, primeiro país a regulamentar, em 1989, a união civil registrada. Por outro lado, é necessário lembrar que a homossexualidade é considerada crime moral em países islâmicos e que os/as homossexuais são condenados/condenadas à morte por enforcamento ou por apedrejamento, sem julgamento de defesa. E a Rússia proíbe a Parada Gay. Direitos civis: entre ganhos e desafios O movimento LGBT luta contra o preconceito, a intolerância e a discriminação que eles e elas sofrem na sociedade. No ano passado, várias pessoas foram feridas com a explosão de bomba caseira na Parada Gay de São Paulo. A mídia, diariamente, reporta tipos de violência cometidos contra homossexuais e, segundo Tony Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais, ABGLT, no Brasil foram mortos cerca de 2.500 homossexuais, nos últimos 20 anos. Como foi dito acima, pode ser constatado na pesquisa Política, Direitos,Violência e Homossexualidade (CLAM/CESeC) que tomou por base entrevistas e depoimentos coletados com homossexuais nas Paradas de Orgulho GLBT, em três cidades, Rio de Janeiro (2004), São Paulo (2005) e Recife (2006), e verificou diferentes manifestações de homofobia presentes na sociedade brasileira. O Projeto de Lei da Câmara ( PLC) nº 122, de 2006, que criminaliza a homofobia, há dois anos tramita no Senado. Embora seja uma questão complexa, no Brasil tem ocorrido pouco a pouco a ampliação de direitos civis para homossexuais, constatando-se que o Judiciário tem, em várias ocasiões, reconhecido direitos civis. E, há no Supremo Tribunal Federal ação proposta pelo governador do estado do Rio de Janeiro pedindo o reconhecimento da união estável de casais homossexuais. Em 4 de junho se 2010, véspera da Parada Gay, foi instituído por decreto presidencial, o Dia Nacional de Combate à Homofobia.
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