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PROJETO E INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
W
B
A
04
64
_v
1.
0
2
Rafaela Filomena Alves Guimarães
Londrina 
Editora e Distribuidora Educacional S.A. 
2020
PROJETO E INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS INDUSTRIAIS
1ª edição
3
2020
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Presidente
Rodrigo Galindo
Vice-Presidente de Pós-Graduação e Educação Continuada
Paulo de Tarso Pires de Moraes
Conselho Acadêmico
Carlos Roberto Pagani Junior
Camila Braga de Oliveira Higa
Carolina Yaly
Giani Vendramel de Oliveira
Henrique Salustiano Silva
Juliana Caramigo Gennarini
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Mariana Gerardi Mello
Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Mariana Gerardi Mello 
Revisor
Aristóteles Ramon Dias Couto Moreno 
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Beatriz Meloni Montefusco
Gilvânia Honório dos Santos
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
_________________________________________________________________________________________ 
 Guimarães, Rafaela Filomena Alves
 G963p Projeto e instalações elétricas industriais/ Rafaela 
 Filomena Alves Guimarães. - Londrina: Editora e 
 Distribuidora Educacional S.A., 2020.
 46 p.
 
 ISBN 978-65-86461-57-2
 1. Instalações Elétricas. 2. Projeto de Instalações. I. Título. 
 
CDD 621.32
____________________________________________________________________________________________
Jorge Eduardo de Almeida CRB-8/8753
© 2020 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, 
eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de 
sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, da Editora e Distribuidora Educacional S.A.
mailto:editora.educacional%40kroton.com.br?subject=
http://www.kroton.com.br/
4
SUMÁRIO
Normas e dimensionamento de circuitos ___________________________ 05
Dimensionamento de instalações elétricas __________________________ 25
Motores e acionamentos elétricos industriais _______________________ 39
Grupos tarifários presentes nas contas de energia __________________ 55
PROJETO E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS 
5
Normas e dimensionamento 
de circuitos
Autoria: Rafaela Filomena Alves Guimarães
Leitura crítica: Aristóteles Ramon 
Objetivos
• Estudar as normas técnicas mais utilizadas em 
instalações elétricas industriais.
• Calcular a demanda da instalação considerando o 
fator de demanda dos equipamentos. 
• Aprender a dimensionar os circuitos elétricos, 
calculando o número de pontos de iluminação e 
tomadas e a potência de cada um desses pontos. 
6
1. Normas técnicas utilizadas no projeto 
 de instalações elétricas
A energia elétrica se tornou um item de presença obrigatória na vida de 
toda a humanidade. Os seres humanos dependem da eletricidade para 
ter conforto, segurança e realizar trabalho. É impossível imaginar a vida 
na Terra sem o uso de energia elétrica. Entretanto, diferentemente das 
outras áreas da Engenharia, a eletricidade é invisível aos olhos humanos, 
e quando se sente sua presença, é porque ela está percorrendo o corpo 
humano através de um choque elétrico, ou seja, aconteceu algum erro, 
sobrecarga ou curto-circuito na instalação elétrica.
A energia elétrica é invisível e é gerada em grandes usinas localizadas 
a milhares de quilômetros dos grandes centros consumidores e 
transportada por uma rede imensa de cabos e instalações elétricas, 
sendo que esse sistema é chamado de sistema elétrico de potência.
Os conceitos iniciais de eletricidade são conhecidos desde a Grécia 
Antiga, por meio do filósofo Tales de Mileto. Friedrich et al. (2018, p. 16) 
informam que esse filósofo “utilizou a palavra eléktron para descrever o 
efeito de atração que um pedaço de âmbar exercia, quando esfregado a 
pelo de carneiro, sobre pedaços de palha e farpas de madeira”. Portanto 
a palavra eletricidade provém do grego e significa âmbar. 
A atração que o âmbar exercia na pele de carneiro ocorre devido aos 
átomos. Os átomos são formados por um núcleo, onde estão localizados 
os prótons (que possuem carga positiva) e os nêutrons (que não 
possuem cargas) e por elétrons (que possuem cargas negativas) que 
circulam ao redor do núcleo, como pode ser visto na Figura 1, que traz 
uma representação de um átomo composto por prótons e nêutrons 
que habitam ao redor do núcleo (representados pelas cores azul e 
vermelho, respectivamente) e por elétrons que giram ao redor do núcleo 
(representados pela cor cinza).
7
Figura 1 – Representação de um átomo
Fonte: Talaj/iStock.com.
Friedrich et al. (2018, p. 17) afirmam que os elétrons mais distantes do 
núcleo são chamados de elétrons livres, e que:
[...] os materiais considerados bons condutores de eletricidade são os 
que têm grande quantidade de elétrons, já os dielétricos ou isolantes são 
materiais com menor número de elétrons, portanto, mais estáveis devido à 
forte atração que o núcleo exerce sobre eles. 
O ouro, a prata, o cobre e o alumínio são exemplos de metais que 
são bons condutores de eletricidade. Já a madeira, o isopor, o 
vidro, a borracha e o ar são materiais isolantes, maus condutores 
de eletricidade. 
Para que a energia seja utilizada, as edificações dispõem de instalações 
elétricas que transportam esse imenso sistema de energia. Segundo 
Friedrich et al. (2018, p. 34), os circuitos elétricos são conjuntos formados 
por componentes com a finalidade de permitir a circulação da corrente 
elétrica para executar um determinado trabalho. 
http://iStock.com
8
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão 
responsável por emitir, atualizar e até mesmo cancelar as normas 
que devemos seguir para executar um projeto elétrico. A norma 
ABNT NBR 5.456: eletricidade geral: terminologia ABNT (2010, p. 7) 
define os termos matemáticos, físicos, químicos e eletromagnéticos 
que devem ser aplicados e relacionados entre si para resultar na 
geração de eletricidade. 
Essa norma define vários termos utilizados na análise de circuitos 
elétricos, dentre os quais destacamos, conforme a ABNT (2010, p. 91), 
a tensão de fase como cada uma das tensões fornecidas pelo sistema 
elétrico trifásico, essas tensões são conhecidas também por tensões 
fase-neutro. E como tensão de linha, a tensão medida entre duas das 
três fases do sistema elétrico. Essas fases são representadas pelas 
letras A, B e C. 
Cotrim (2009, p. 1) afirma que uma instalação elétrica também é:
[...] formada de componentes não elétricos que são essenciais ao seu 
funcionamento como condutos, caixas e estruturas de suporte. Então 
uma instalação elétrica é o sistema físico, ou seja, é o conjunto de 
componentes elétricos associados e coordenados entre si, composto para 
um fim específico. 
Cada instalação elétrica será representada por um sistema elétrico 
composto, ainda segundo este autor, de “projeto elétrico, plantas 
e detalhes (por exemplo, cortes, esquemas unifilares e trifilares)”. 
Um esquema unificar é a representação monofásica de um sistema 
enquanto um esquema trifilar é a representação trifásica. 
1.1 Normas ABNT NBR 5.410 (2008) e 14.039 (2005)
No Brasil, as principais normas que regulamentam nosso contato com 
a energia elétrica, devendo ser utilizadas exaustivamente nos projetos 
elétricos, são: a ABNT NBR 5.410 (2008), que trata das instalações 
9
elétricas de baixa tensão e tem como objetivo estabelecer todas as 
regras e procedimentos que devem ser seguidos para se obter um 
projeto seguro e funcional(ABNT, 2008) (essa norma é utilizada em 
projetos elétricos residenciais, comerciais, hospitalares etc., para o 
cálculo do número de pontos de iluminação, número de pontos de 
tomadas, potência da instalação, divisão dos circuitos, cálculo dos cabos, 
dispositivos de proteção e eletrodutos); agora quando a instalação for 
uma indústria, a parte industrial é regulamentada pela ABNT NBR 14.039 
(2005), que trata das instalações elétricas de média tensão de 1,0 a 36,2 
kV (ABNT, 2005, p. 7) e tem como objetivo estabelecer todas as regras e 
os procedimentos para a execução de projetos industriais alimentados a 
partir de tensões entre 1,0 e 36,2 kV.
É claro que existem outras normas aplicáveis ao projeto de instalações 
elétricas industriais, mas estas são as duas mais utilizadas. Antes do 
início de um projeto, é preciso realizar uma consulta ao site da ABNT 
e verificar se a norma está em vigor ou se ela sofreu uma atualização 
para que o projeto esteja sempre de acordo com as últimas edições da 
norma. Você deve mencionar as normas que utilizou na elaboração do 
projeto elétrico.
1.2 Norma Regulamentadora NR-10
Há um grande risco à vida envolvido nos trabalhos com energia elétrica. 
Só em 2018, foram registrados 1.424 acidentes com origem elétrica. 
Desse total, 836 foram por choques, 537 foram ocasionados por 
incêndios devido à sobrecarga ou curto-circuito e 51 foram por descargas 
atmosféricas. A reportagem ainda informa que 622 pessoas morreram, 
ou seja, os acidentes foram fatais em 74,4% dos casos, segundo 
reportagem publicada por Cruz (2019). O Ministério do Trabalho emitiu 
uma norma regulamentadora, a NR-10, que estabelece as regras para o 
trabalho com eletricidade (BRASIL, 1978). Na Figura 2, pode-se verificar 
um pouco desse risco, além do risco de trabalho em altura. 
10
Figura 2 – Trabalhadores elevados por gruas 
restaurando uma linha de alta tensão
Fonte: kozmoat98/iStock.com.
Os acidentes relacionados à energia elétrica podem resultar na morte 
do trabalhador ou na sua invalidez permanente justamente porque 
não se pode ver a eletricidade, e quando ela é sentida, percorrendo o 
corpo humano, significa que este corpo está sendo submetido a um 
choque elétrico que pode causar uma parada cardíaca ou queimaduras 
de até 3º grau. 
A NR-10 (BRASIL, 1978) trata principalmente dos riscos associados à 
eletricidade, da necessidade de constante treinamento em segurança, 
desde os procedimentos para se extinguir o fogo em material elétrico 
até mesmo a exigência de não se poder trabalhar somente com uma 
pessoa quando as instalações estão energizadas. O trabalho deve ser 
feito em dupla. 
Friedrich et al. (2018, p. 34) afirmam que os “trabalhadores autorizados 
a trabalhar com eletricidade devem estar aptos a executar o resgate 
e a prestar os primeiros socorros a acidentados, especialmente por 
http://iStock.com
11
meio de reanimação cardiorrespiratória”. Os extintores de incêndio que 
apagam o fogo em instalações elétricas são carregados com base de pó 
químico seco ou gás carbônico, classe C. Não se pode apagar um fogo 
elétrico com água!
A norma NR-10 (BRASIL, 1978) é a norma que estabelece os parâmetros 
para o trabalho com eletricidade, desde as medidas preventivas até 
a maneira de interagir em equipamentos energizados. A NR-10 ainda 
se aplica a todos os serviços que envolvam energia elétrica, desde a 
geração, transmissão, distribuição e instalações residenciais, industriais 
e comerciais.
Seguindo as normas ABNT NBR 5.410 (2008) e ABNT NBR 14.039 (2005), 
além dos procedimentos recomendados na NR-10, pode-se trabalhar 
com projetos e execuções de instalações elétricas sem maiores 
problemas. Você sabia que a equipe que trabalha com a linha viva, a 
linha energizada, com tensões de até 750 kV, apresenta um dos menores 
índices de acidente no Brasil? É porque, neste caso, qualquer erro é fatal 
e os trabalhadores respeitam a energia elétrica ao máximo. 
2. Demanda e fator de demanda
A demanda de uma instalação elétrica é definida por Creder (2013, 
p. 325) como o “valor máximo de potência absorvida num dado 
intervalo de tempo por um conjunto de cargas instaladas, a partir 
da diversificação por tipo de utilização”, ou seja, a demanda de uma 
instalação é a dada pela soma de todas as cargas instaladas na 
edificação. Como você deve ter pensado, a demanda total, composta de 
todas as cargas ligadas ao mesmo tempo, nunca é utilizada na instalação 
e nem no dimensionamento do ramal de alimentação, porque seria um 
desperdício de dinheiro, visto que os equipamentos de uma instalação 
nunca são ligados ao mesmo tempo. 
12
Do mesmo modo que a velocidade máxima representada no painel do 
carro não é utilizada nas estradas, os equipamentos elétricos não são 
usados todos ao mesmo tempo. Para isso foram criados os fatores de 
demanda. O fator de demanda será dado pela relação entre a demanda 
utilizada e a demanda máxima da instalação (Equação 1). Ele considera 
a probabilidade de mais de um equipamento do mesmo tipo (tomada, 
iluminação, motor) ser ligado ao mesmo tempo.
Fator de Demanda FD Potência utilizada
Potência instalada
 
 
 
( ) = (1) 
A demanda é dada em kVA (quilovolt-ampere) pela Equação 2, ou seja, a 
demanda total é a soma de todas as demandas e, segundo Creder (2013, 
p. 334), pode ser calculada por meio da Equação 2:
D (kVA) = d1 + d2 + d3 + d4 + d5 + d6 (2) 
Sendo que:
d1 (kVA) = demanda de iluminação e tomadas, calculada com base nos 
fatores de demanda da Tabela 1, que apresenta os fatores de demanda 
para cargas de iluminação e pequenos aparelhos, considerando o fator 
de potência igual a 1,0.
d2 (kVA) = demanda dos aparelhos para aquecimento de água (chuveiros, 
aquecedores, torneiras etc.) calculada conforme a Tabela 2, fatores 
de demanda para aparelhos para aquecimento de água (chuveiros, 
aquecedores, torneiras etc.), também considerando o fator de potência 
igual a 1,0.
d3 (kVA) = demanda dos aparelhos de ar-condicionado tipo janela, 
calculada conforme as Tabelas 3 e 4, que apresentam os fatores de 
demanda para aparelhos de ar-condicionado tipo janela, split e fan-coil – 
utilização residencial e não residencial.
d4 (kVA) = demanda das unidades centrais de condicionamento de ar, 
calculada a partir das respectivas correntes máximas totais – valores a 
13
serem fornecidos pelos fabricantes, aplicando os fatores de demanda 
da Tabela 5, fatores de demanda individuais para equipamentos de ar-
condicionado central, self-container e similares.
d5 (kVA) = demanda dos motores elétricos e máquinas de solda tipo 
motor gerador, calculado a partir da Tabela 6, que apresenta os fatores 
de demanda x número de motores.
d6 (kVA) = demanda das máquinas de solda a transformador e aparelhos 
de raios X, conforme Tabela 7.
Tabela 1 – Fatores de demanda para cargas de iluminação 
e pequenos aparelhos
Tipo de carga Potência Instalada (watt)
Fator de 
demanda (%)
Carga mínima 
(W/m2)
Residências (casas 
e apartamentos)
Até 1.000
1.000 a 2.000
2.000 a 3.000
3.000 a 4.000
4.000 a 5.000
5.000 a 6.000
6.000 a 7.000
7.000 a 8.000
8.000 a 9.000
9.000 a 10.000
Acima de 10.000
80
75
65
60
50
45
40
35
30
27
24
30 e nunca 
inferior a 
2.200 W
Auditórios, salões 
de exposição - 80 15
Bancos 80 50
Barbearias, salões 
de beleza 80 30
Clubes e semelhantes 80 20
Escolas e semelhantes Até 12.000Acima de 12.000
80
50 30
Escritórios Até 20.000Acima de 20.000
80
70 50
Garagens, áreas de 
serviço e semelhantes 80 5
14
Tipo de carga Potência Instalada (watt)
Fator de 
demanda (%)
Carga mínima 
(W/m2)
Hospitais, casas de 
saúde e semelhantes
Até 50.000
Acima de 50.000
40
20 20
Hotéis, motéis e 
semelhantes
Até 12.000
21.000 a 100.000
Acima de 100.000
50
40
30
20
Igrejas e semelhantes 80 15
Lojas, supermercados 
e semelhantes 80 20
Restaurantes e 
semelhantes 80 20
Quartéis e semelhantes Até 15.000Acima de 15.000
100
40 30
Fonte: Creder (2013, p. 99).
Nota: cada concessionária tem a sua própria norma, que deve ser sempre consultadaantes do cálculo 
da demanda. 
Tabela 2 – Fatores de demanda para aparelhos para aquecimento de 
água (chuveiros, aquecedores, torneiras etc.)
Número de 
aparelhos
Fator de 
demanda
Número de 
aparelhos
Fator de 
demanda
Número de 
aparelhos
Fator de 
demanda
1 100 10 49 19 36
2 75 11 47 20 35
3 70 12 45 21 34
4 66 13 43 22 33
5 62 14 41 23 32
6 59 15 40 24 31
7 56 16 39
25 ou 
mais 308 53 17 38
9 51 18 37
Fonte: Creder (2013, p. 99).
Nota: para o dimensionamento de ramais de entrada ou trechos da rede interna destinados ao suprimento 
de mais de uma unidade consumidora, fatores de demanda devem ser aplicados para cada tipo de aparelho, 
separadamente, sendo a demanda total de aquecimento o somatório da demanda obtida:
15
d2 = d2 chuveiros + d2 aquecedores + ...
Quando se tratar de sauna, o fator de demanda deverá ser considerado 
igual a 100%.
Tabela 3 – Fatores de demanda para aparelhos de ar-condicionado tipo 
janela, split e fan-coil (utilização residencial)
Número de aparelhos Fator de demanda (%)
1 a 4 100
5 a 10 70
11 a 20 60
21 a 30 55
31 a 40 53
41 a 50 52
Acima de 50 50
Fonte: Niskier e Macintyre (2013, p. 76).
Tabela 4 – Fatores de demanda para aparelhos de ar-condicionado tipo 
janela, split e fan-coil (utilização não residencial)
Número de aparelhos Fator de demanda (%)
1 a 10 100
10 a 20 75
21 a 30 70
31 a 40 65
41 a 50 60
51 a 80 55
Mais de 80 50
Fonte: Niskier e Macintyre (2013, p. 76).
16
 Tabela 5 – Fatores de demanda individuais para equipamentos de ar-
condicionado central, self-container e similares
Número de aparelhos Fator de demanda (%)
1 a 3 100
4 a 7 80
8 a 15 75
16 a 20 70
Acima de 20 60
Fonte: Niskier e Macintyre (2013, p. 76).
Tabela 6 – Fatores de demanda x número de motores
Número total de motores 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Mais de 10
Fator de demanda (%) 100 75 63 57 54 50 47 45 43 42
Fonte: Niskier e Macintyre (2013, p. 75).
Tabela 7 – Fatores de demanda individuais para máquinas de solda a 
transformador, aparelhos de raio X e galvanização
Equipamentos Potência do aparelho
Fator de 
demanda (%)
Solda a arco e aparelhos 
de galvanização
1ª Maior
2ª Maior
3ª Maior
Soma das demais
100
70
40
30
Solda a transformador MaiorSoma das demais
100
60
Aparelhos de raios X MaiorSoma dos demais
100
70
Fonte: Creder (2013, p. 334).
Cada parte da equação da demanda (Equação 2) deve ser calculada 
separadamente e somada no final. Você deve ter cuidado para não 
somar W e VA. Podemos transformar VA para W adotando o fator de 
potência 0,8.
De posse da demanda total, deve ser feita uma consulta para a 
concessionária de energia objetivando a verificação da maneira que o 
imóvel será atendido, se aéreo ou subterrâneo, se a entrada de energia 
vai ser em baixa tensão dada por 380/220 V ou em alta tensão em 13,8 
kV, se a edificação vai precisar adquirir um transformador de energia 
exclusivo e quais as normas da concessionária para a instalação do 
padrão de energia. 
3. Dimensionamento e critérios
Segundo Friedrich et al. (2018, p. 53):
[um] projeto elétrico de baixa tensão de excelência é aquele que consegue 
garantir perfeito funcionamento dos aparelhos elétricos contidos 
no recinto, bem como a segurança (contra acidentes que envolvam 
eletricidade) dos indivíduos que nele habitam. 
Um bom projeto elétrico deve ser feito em etapas. Creder (2013, p. 374) 
nos fornece um roteiro composto das seguintes fases:
• 1ª fase: alocação dos pontos de luz e tomadas, do quadro de 
distribuição e de todos os interruptores e demais comandos, como 
uma campainha.
• 2ª fase: devemos desenhar os eletrodutos, interligando-os por 
meio das caixas de passagem.
• 3ª fase: deve ser feita a divisão dos circuitos da instalação.
• 4ª fase: devemos fazer o dimensionamento dos condutores e dos 
dispositivos de proteção como os disjuntores.
• 5ª fase: alimentamos todos os circuitos monofásicos, bifásicos 
e, se for o caso, também os trifásicos, além do retorno, neutro e 
do terra.
18
• 6ª fase: dimensionamos os eletrodutos ou conduítes.
• 7ª fase: projetamos o alimentador de entrada, desde os cabos, o 
disjuntor e a caixa de medição.
Não existe uma maneira padrão de fazermos isso, um bom projeto 
é um projeto que respeita as normas técnicas e tem um orçamento 
acessível. Não podemos idealizar o projeto mais caro do mundo, 
mas não podemos especificar instalações em desacordo com as 
normas brasileiras. Como já dissemos, a ABNT NBR 5.410 (2008, p.1) 
regulamenta os projetos elétricos em baixa tensão.
3.1 Previsão de carga
De acordo com Friedrich et al. (2018, p. 53), um “projeto elétrico 
residencial tem como principal função o perfeito funcionamento de 
todos os elementos que o compõem”. Para isso, é preciso que se 
conheça a planta baixa da instalação e algumas características do 
público-alvo do empreendimento, como poder aquisitivo (classes A, B 
ou C), faixa etária (jovens, solteiros, famílias). O apartamento-padrão 
que muitas construtoras fazem para vender o loteamento pode fornecer 
algumas dessas informações. Se o dono do imóvel elaborar uma lista de 
equipamentos que ele pretende utilizar na sua moradia, essa lista tem 
que ser considerada no cálculo.
Creder (2013, p. 63) e a ABNT NBR 5.410 (2008, p. 26) estabelecem que 
os circuitos devem ser divididos para: 
• Limitar as consequências de uma falta, a qual provocará apenas o 
seccionamento do circuito defeituoso;
• Facilitar as verificações, os ensaios e a manutenção;
• Evitar os perigos que possam resultar da falha de um único circuito, 
como, por exemplo, no caso da iluminação.
19
Quanto mais circuitos uma instalação possuir, mais limitado será o 
defeito. Entretanto, mais cara será essa instalação. Para haver um 
equilíbrio entre essa dualidade, a NBR 5.410 (2008) afirma que os 
circuitos de iluminação devem ser separados dos circuitos de tomadas, 
principalmente porque, quando uma lâmpada queima, não desligamos 
o disjuntor para trocá-la, somente o interruptor. Pode-se fazer isso 
porque o circuito entre a lâmpada e o interruptor não está ligado na 
fase, somente ao retorno e ao neutro. A fase só alimenta o interruptor 
da lâmpada. Já os circuitos de tomadas são alimentados por uma fase 
(monofásico: fase + neutro), bifásico (duas fases + terra) ou trifásico (três 
fases). O circuito de iluminação da residência não deve ser único, porque 
em caso de falha, toda a casa ficará sem iluminação ou no escuro. 
3.1.1 Carga da iluminação
Na determinação das cargas de iluminação, Creder (2013, p. 62) e a 
ABNT NBR 5.410 (2008, p. 190-191) recomendam que se adotem os 
seguintes critérios:
• Todos os cômodos, por menores que sejam, devem possuir pelo 
menos um ponto de iluminação fixo no teto, mesmo que esse 
cômodo seja um depósito embaixo da escada, se ele for fechado 
por quatro paredes, ele deve possuir um ponto de iluminação. A 
potência de iluminação desse ponto é igual a 100 VA.
• Para cômodos com áreas maiores do que 6 m2, deve ser previsto 
uma potência de iluminação a mais a cada área acrescida de 
4 m2 inteiros, entretanto, a potência acrescida desse novo ponto 
deve ser igual a 60 VA, ou seja, se o cômodo tiver 12 m2 , deve ser 
previsto um ponto de iluminação (6 + 4) m2 com potência de 
160 VA (100 + 60). 
Pode-se, muitas vezes, substituir a iluminação do teto pela iluminação 
lateral. Agora vai-se calcular a iluminação de um dormitório de área 
3,55 x 3,80 m2 para se entender melhor esse critério: 
20
Resolução: primeiro, deve-se calcular a área desse dormitório. Logo 
A = 3,80 x 3,55 = 13,3 m2. A norma ABNT NBR 5.410 (2008, p. 190-191) 
diz para se considerar um ponto de iluminação para os primeiros 6 m2, 
então, da área do dormitório, deve-se subtrair 6 m2 , resultando em 
13,3 – 6 = 7,3 m2 e o restante se divide por 4 m2 , ou seja 7,3 / 4 = 1,82. 
Portanto, para esse dormitório, foi calculado um ponto de iluminação 
com potência de iluminação igual a 100 VA (para os primeiros 6 m2) e 
a outra potência de 60 VA (para os 4 m2 restantes) então,tem-se que: 
100 + 60 = 160 VA. Portanto, esse quarto deve ter, no mínimo, um 
ponto de iluminação com lâmpadas de potência total igual a 160 VA. 
Esta é a potência que deve ser considerada neste trecho, e não a 
potência da lâmpada.
É claro que pela norma ABNT NBR 5.410 ser de 2008, ela não engloba 
as lâmpadas LED (com potência muito menor que as incandescentes). 
A norma foi baseada nas lâmpadas incandescentes, que hoje são 
proibidas no Brasil devido à baixa conversão de energia elétrica em 
energia luminosa. Também se pode, a critério do projetista, considerar 
que 1,82 é praticamente igual a dois e colocar uma terceira potência de 
60 VA na iluminação. A norma estabelece os requisitos mínimos e não 
máximos. Quando essa norma for atualizada, muito provavelmente, 
o valor da potência de iluminação será revisto devido ao fato de que 
hoje se têm lâmpadas fluorescentes compactas e de LED com menor 
potência e maior capacidade de iluminação. As lâmpadas fluorescentes 
compactas podem ser utilizadas em toda a casa, assim como as 
lâmpadas de LED, enquanto que as lâmpadas fluorescentes tubulares 
são adotadas para cozinhas e áreas de serviço.
3.1.2 Carga de tomadas
As tomadas são separadas em tomadas de uso geral e tomadas de uso 
específico. As tomadas de uso geral são a maioria das tomadas de uma 
casa, sendo aquela em que pode ser ligado qualquer equipamento 
21
elétrico. Já a tomada de uso específico é projetada especialmente para 
aquele equipamento, por exemplo, a tomada do chuveiro ou do ar-
condicionado. A potência dessa tomada deve ser igual à do aparelho 
que ela alimenta e, de acordo com Creder (2013, p. 63), quando não se 
souber o valor exato dessa potência, deve-se adotar a maior potência 
entre os equipamentos disponíveis no mercado.
As tomadas no Brasil são únicas, a disposição dos seus furos é diferente 
das furações utilizadas no resto do mundo. Elas são divididas em 
dois tipos de diâmetro: as tomadas de 4 mm, que conduzem até 10 A 
para aparelhos de uso geral, e as de 4,8 mm, que são para aparelhos 
de uso específico, pois conduzem até 20 A. Você deve ter reparado 
que os plugues desses equipamentos são mais grossos do que os 
equipamentos de uso geral, não sendo possível ligar um aparelho de 
uso específico de 20 A em uma tomada de uso geral por causa dessa 
diferença de bitola. A Figura 3 representa uma tomada brasileira em que 
o contato do plugue com a energia elétrica ocorre dentro do rebaixo do 
espelho, ou seja, o plugue fica localizado dentro da parede, evitando, 
assim, que uma criança toque nele ou que ele possa ser facilmente 
removido. Todos os encaixes apresentam o formato de círculos.
Figura 3 – Tomada de três pinos padrão brasileiro
Fonte: W101/iStock.com.
http://iStock.com
22
Para se calcular a potência de cada tomada, deve-se saber onde ela 
será localizada. A ABNT NBR 5.410 (2008, p. 191) faz distinção entre as 
tomadas usadas em salas, quartos (podem-se chamá-los de áreas secas) 
e áreas molhadas, como copas, cozinhas, áreas de serviço. Creder (2013, 
p. 62) e a ABNT (2008, p. 191) relatam que é necessário colocar pelo 
menos um ponto de tomada no banheiro, e em cozinhas, copas, copas-
cozinhas, áreas de serviço e similares, devem-se colocar uma tomada 
a cada 3,5 metros de perímetro ou fração, sendo que pelo menos uma 
dessas tomadas deve ser instalada em cima da pia ou da bancada da 
pia. Também deve ser previsto pelo menos uma tomada para subsolo, 
varandas e áreas afins. Para as áreas secas, quartos, salas de TV e áreas 
afins, deve ser prevista uma tomada para áreas iguais ou inferiores a 
6 m2. Se a área for maior do que 6 m2, deve ser prevista uma tomada a 
cada cinco metros de perímetro ou fração. Observa-se que o cálculo de 
tomadas majoritariamente é feito por perímetro, e o perímetro é obtido 
pela soma dos lados de uma área.
A potência dessas tomadas deve ser calculada, segundo Creder (2013, 
p. 63) e a ABNT (2008, p. 192), pelos seguintes critérios: para as áreas 
molhadas, como copas, cozinhas, áreas de serviço e áreas semelhantes, 
tem-se que prever 600 VA para os três primeiros pontos e depois deve-
se adotar 100 VA para os demais pontos calculados. Já para o banheiro, 
deve ser prevista uma carga de 100 VA, lembrando que esse ponto não 
é o do chuveiro, que é um ponto de tomada específico, geralmente essa 
tomada é instalada ao lado ou um pouco acima da pia ou do lavatório. 
Para os demais cômodos, como os quartos e sala (áreas secas), são 
previstos 100 VA para cada ponto calculado.
Agora calcula-se o número de tomadas e a potência para o mesmo 
dormitório de 3,55 x 3,80, utilizado como exemplo no cálculo de 
iluminação. A diferença é que o número de tomadas é dado em função 
do perímetro. Então calcula-se o perímetro que é definido pela soma dos 
lados do dormitório. Perímetro = 2 x (3,80 + 3,55) = 2 x 7,35 = 14,7 m. 
Como a área do dormitório é maior do que 6 m2, deve-se considerar o 
23
perímetro. A norma pede um ponto de tomada a cada cinco metros 
de perímetro ou fração. Então, faz-se 14,7 / 5 = 2,94, portanto, esse 
dormitório deve ter três tomadas com potência de 100 VA cada, 
totalizando 300 VA (neste cálculo se considera a fração).
Agora, analisando o mesmo exemplo, mas considerando que estas são 
a metragem da cozinha de uma edificação. O cálculo da iluminação 
é o mesmo, com a diferença de que se podem adotar lâmpadas 
fluorescentes tubulares para a cozinha. Já o cálculo de tomadas mudará. 
Adotaram-se as mesmas metragens da cozinha e do dormitório para fins 
de comparação. Portanto, como a área da cozinha é igual a 
13,49 m2. > 6 m2, o número de tomadas será definido pelo 
perímetro = 14,7 m. Mas para áreas como cozinhas, o valor do divisor 
muda. Agora deve-se dividir por 3,5 metros, ou seja, 14,7 / 3,5 = 4,2. 
Então o número de tomadas deve ser igual a cinco (lembrando que, para 
as tomadas, devem-se considerar as frações). A potência das tomadas 
também será maior. As três primeiras tomadas devem ter uma potência 
de 600 VA quando o cômodo for uma cozinha, e as demais devem 
ser iguais a 100 VA cada. Logo, tem-se 3 x 600 + 2 x 100 = 2.000 VA de 
potência de tomadas nessa cozinha.
É claro que se podem colocar mais tomadas do que esse cálculo, mas 
nunca menos, pois essa é a exigência mínima da norma ABNT NBR 5.410 
(2008). Você pode estar se perguntando: meu quarto tem mais de 10 m2 
e só possui uma tomada, quem fiscaliza isso? A fiscalização de se uma 
obra está de acordo com as normas técnicas é feita pelo Crea (Conselho 
Regional de Engenharia e Agronomia). Contudo, devido ao imenso 
número de edificações, o Crea só vai fiscalizar um projeto quando ocorre 
um acidente com mortos ou feridos. O ideal é que os proprietários 
contratem um engenheiro eletricista para emitir um laudo sobre as 
instalações elétricas da edificação antes de realizarem o aceite da obra. 
Se houver alguma divergência de projeto, esse erro pode ser reparado 
pela construtora.
24
Referências bibliográficas 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5.410: instalações 
elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro: ABNT, 2008.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5.456: eletricidade 
geral: terminologia. Rio de Janeiro: ABNT, 2010.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 14.039: instalações 
elétricas de média tensão de 1,0 a 36,2 kV. Rio de Janeiro: ABNT, 2005.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR-10: segurança em instalações e 
serviços em eletricidade. Portaria MTb n.º 3.214, de 8 de junho de 1978. 
Diário Oficial da União: seção 1, parte 1, Brasília, DF, suplemento ao n. 127, [s.p.], 
6 jul. 1978. Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/
SST_Legislacao/SST_Legislacao_Portarias_1978/00---Portaria-MTb-n.-3.214_78.pdf. 
Acesso em: 18 mar. 2020.
CREDER, H. Instalações elétricas. 15. ed. Coordenação da revisão técnica e 
atualização: Luiz Sebastião Costa. Rio de Janeiro: LTC, 2013.
CRUZ, E. P. Acidentes com origem elétrica causaram 622 mortes em 2018.Agência Brasil. Brasília, DF, 2 maio 2019. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.
com.br/geral/noticia/2019-05/acidentes-com-origem-eletrica-causaram-622-mortes-
em-2018. Acesso em: 27 jan. 2020.
FRIEDRICH, D. N.; VAZ, P. M.; MARIMON, G. C.; QUADROS, M. L.; FREDO, G. L.; 
ROCHA, M. F. Equipamentos elétricos. Revisão técnica: Rodrigo Rodrigues. Porto 
Alegre: SAGAH, 2018. 
NISKIER, J.; MACINTYRE, A. J. Instalações elétricas. Colaborador: Luiz Sebastião 
Costa. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013.
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_Legislacao/SST_Legislacao_Portarias_1978/00---Portaria-MTb-n.-3.214_78.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_Legislacao/SST_Legislacao_Portarias_1978/00---Portaria-MTb-n.-3.214_78.pdf
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-05/acidentes-com-origem-eletrica-causaram-622-mortes-em-2018
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-05/acidentes-com-origem-eletrica-causaram-622-mortes-em-2018
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-05/acidentes-com-origem-eletrica-causaram-622-mortes-em-2018
25
Dimensionamento de 
instalações elétricas
Autoria: Rafaela Filomena Alves Guimarães
Leitura crítica: Aristóteles Ramon Dias Couto Moreno
Objetivos
• Entender como a energia elétrica alimenta 
as instalações elétricas por meio da rede de 
distribuição de energia.
• Estudar os três critérios a serem atendidos para o 
dimensionamento dos condutores elétricos.
• Dimensionar os cabos elétricos segundo o critério 
de máxima capacidade de corrente, adequando ao 
cálculo a influência da temperatura e do fator de 
agrupamento.
• Compreender os efeitos da queda de tensão 
e sua influência no dimensionamento dos 
condutores elétricos.
26
1. Rede de distribuição de energia
A energia elétrica é conectada por meio das redes de distribuição das 
concessionárias, geralmente em 13,8 kV, sendo que certos tipos de 
redes rurais podem ter tensões iguais a 25 kV. Grandes consumidores 
são atendidos na rede de sub-transmissão, com tensões iguais a 
69 kV, ou na rede de transmissão, com tensões iguais a 138 ou 230 kV. 
As redes de distribuição se dividem em aéreas e subterrâneas, sendo 
que o custo de instalação de uma rede subterrânea é dez vezes maior 
do que o de instalação de uma rede aérea, de acordo com Velasco et al. 
(2006), apesar das vantagens das redes subterrâneas de não causarem 
poluição visual, não poderem ser atingidas por acidentes de trânsito ou 
descargas atmosféricas. 
A Figura 1 mostra um poste de energia com os três cabos fase ligados 
horizontalmente formando a rede primária de média tensão, um 
transformador de distribuição e os quatro cabos (três fases mais o 
neutro) ligados verticalmente, formando a rede secundária de baixa 
tensão. Utilizam-se redes em baixa tensão fase-fase (denominada de 
tensão de linha) com valores de 440, 380 e 220 V, resultando em uma 
tensão entre fase e neutro (chamada também de tensão de fase) de 
254, 220 e 127 V. A tensão de fase-neutro é obtida pela divisão da 
tensão de linha pela raiz quadrada de três, conforme está descrito na 
Equação 1: 
V VF L =
3
 (1)
27
Figura 1 – Poste de energia da concessionária
Fonte: y-studio/iStock.com.
Os sistemas de distribuição de energia possuem tensões nominais 
determinadas pela concessionária. Infelizmente, o Brasil não possui 
uma única tensão de distribuição, ocorrendo, muitas vezes, tensões 
diferentes dentro do mesmo estado, como é o caso do estado de São 
Paulo, que possui tensão de 220/127 V na capital, e em muitas regiões 
do interior, como no litoral e em algumas cidades como Lins e São João 
da Boa Vista, a tensão é igual a 380/220 V, de acordo com o site da Aneel, 
que informa todas as tensões de todos os municípios brasileiros. Por 
isso é muito importante a realização de uma consulta à concessionária 
local de distribuição de energia antes da elaboração do projeto de 
instalação elétrica. 
Três cabos de 
média tensão 
(três fases)
Transformador
Quatro cabos de 
baixa tensão 
(três fases + neutro)
http://iStock.com
28
A ligação de um transformador de distribuição geralmente é feita por 
meio da conexão triângulo (D)/estrela (Y). As fases A, B e C de alta tensão 
são ligadas em formato de triângulo no transformador, o que também 
permite que esse sistema seja conhecido por ligação a três fios. Já o lado 
de baixa tensão do transformador é ligado a partir de um ponto em 
comum, o ponto de neutro e, por causa do seu formato, é chamado de 
ligação em Y (letra inglesa) ou estrela, sendo que, pelo número de fios, 
esse sistema também é conhecido por ligação a quatro fios, ou estrela 
com neutro acessível. 
2. Condutores elétricos
Os condutores elétricos são feitos de materiais com baixa resistência a 
passagem da corrente elétrica, como o cobre e o alumínio. O cabo de 
alumínio, por apresentar baixa resistência à tração, é fabricado com o 
seu centro em aço e denominado cabo de alumínio com alma de aço.
Um fio elétrico é formado de cobre maciço em formato cilíndrico 
enquanto um cabo é feito de fios encordoados, ou seja, trançados, 
como se fosse uma corda feita de fios com bitola pequena. Os cabos 
de cobre ou alumínio nu são usados para a instalação do aterramento 
das partes metálicas, como carcaça de motores, bandejas etc., nas 
instalações industriais. As instalações elétricas novas são instaladas com 
cabos flexíveis, entretanto, muitas instalações elétricas antigas foram 
construídas com fios de cobre. 
2.1 Isolação
A isolação dos condutores elétricos tem a função de proteger contra o 
contato direto com o cabo energizado, confinar o campo elétrico gerado 
pelo material condutor e proteger o fio de avarias mecânicas, por meio 
do contato com algum material pontiagudo restante da obra civil. 
A camada mais externa de um cabo elétrico é mais resistente à abrasão, 
29
mesmo assim, os cabos elétricos devem ser instalados em eletrodutos 
ou eletrocalhas. Os eletrodutos podem ser rígidos ou flexíveis, sendo 
que os flexíveis também são chamados de conduletes. As eletrocalhas 
podem ser lisas ou perfuradas.
As principais características dos condutores, conforme o tipo de isolação, 
são, de acordo com Friedrich et al. (2018, p. 89-90):
• Cabos com isolação de PVC (cloreto de polivinila): transmitem 
mal o fogo, mas produzem fumaça e gases corrosivos tóxicos, têm 
boa resistência química a água e têm rigidez dielétrica elevada, são 
usados em instalações elétricas residenciais.
• Cabos com isolação EPR (borracha etileno-propileno): 
apresentam uma flexibilidade muito grande, alta rigidez dielétrica, 
excelente resistência mecânica e temperatura máxima admissível 
elevada, são usados em alimentadores de baixa e média tensão.
• Condutores com isolação de XLPE (polietileno reticulado): 
possuem alta rigidez dielétrica (a rigidez dielétrica é o nome 
técnico dado à capacidade de o material ser isolante, ou seja, 
impedir a passagem da corrente), excelente resistência mecânica, 
temperatura máxima admissível elevada e 
baixas perdas dielétricas, são usados em equipamentos de média 
tensão.
Niskier e Macintyre (2013, p. 98-99) dividem os cabos em quatro 
categorias dadas por:
• Propagadores de chamas: esses cabos entram em combustão 
quando são expostos diretamente à ação das chamas e 
permanecem queimando mesmo depois de apagado o fogo. São 
eles os cabos revestidos por EPR e XLPE.
• Não propagadores de chamas: removida a chama ativadora do 
fogo, a combustão do material também cessa. São eles os cabos 
revestidos de PVC e Neoprene.
30
• Resistentes à chama: mesmo em caso de exposição prolongada 
ao fogo, a chama não se propaga.
• Resistentes ao fogo: são fabricados com materiais incombustíveis 
e funcionam mesmo em presença de fogo.
Os dois últimos cabos são mais caros que os cabos normalmente 
utilizados em instalações elétricas prediais e passaram a ser uma 
recomendação da norma ABNT NBR 5.410 (2008) a partir de recentes 
casos de incêndio em estabelecimentos de diversão queresultaram na 
morte de jovens por inalação de fumaça tóxica.
A isolação deve ser dimensionada de acordo com a temperatura 
ambiente onde o cabo será instalado, além de se verificar a temperatura 
que o condutor pode suportar em caso de sobrecarga e curto-circuito. 
Alguns dos valores comerciais das classes de isolação da tensão são:
• 750 V.
• 0,6/1 kV.
• 3,6/6 kV.
• 8,7/15 kV.
Os cabos elétricos são dimensionados segundo três critérios:
• Critério da capacidade de condução de corrente. 
• Critério da queda de tensão máxima admissível.
• Seção mínima do condutor segundo a ABNT NBR 5.410 (2008).
3. Critério da capacidade de condução de 
 corrente
O primeiro passo é a definição do método de instalação dos condutores, 
porque, de acordo com Friedrich et al. (2018, p. 98), “a maneira de 
31
instalar ocasiona influência na troca térmica entre os condutores e o 
meio ambiente, o que pode alterar o valor da capacidade de corrente 
no condutor”. Nesse momento, decide-se como a instalação elétrica 
será feita: se por meio de eletrodutos, eletrocalhas, barramentos ou 
blindados etc. A norma ABNT NBR 5.410 (2008) fornece 75 métodos 
diferentes de instalação. Essas maneiras são mostradas entre as páginas 
98 e 103, sendo que as maneiras de instalação A1, A2, E e F estão 
mostradas no Quadro 1, no qual estão descritas três maneiras diferentes 
de se instalar um cabo elétrico. Na primeira maneira, a instalação é feita 
por meio de cabos unipolares instalados dentro do eletroduto, que é 
inserido dentro da parede; na segunda, um cabo trifásico é instalado 
dentro do eletroduto que está embutido na parede; e na última, o cabo 
elétrico está instalado em um eletroduto do lado de fora da parede.
Quadro 1 – Tipos de linhas elétricas.
Método de 
instalação 
número
Esquema ilustrativo Descrição Método de referência
1
Condutores isolados ou 
cabos unipolares em 
eletroduto de seção circular 
embutido em parede 
termicamente isolante
A1
2
Condutores multipolar em 
eletroduto de seção circular 
embutido em parede 
termicamente isolante
A2
3
Cabos unipolares ou 
cabo multipolar em 
bandeja perfurada, 
horizontal ou vertical 
E (multipolar) 
F (unipolares)
Fonte: ABNT (2008, p. 98-99).
32
O próximo passo é determinar o número de condutores carregados 
por circuito. Segundo Niskier e Macintyre (2013, p. 103), o número de 
circuitos é dado por:
• Dois condutores carregados: F-N (fase-neutro) ou 
F-F (fase-fase).
• Três condutores carregados: 2F-N, 3F; 3F-N (supondo 
sistema equilibrado, ou seja, a corrente do neutro será 
igual a zero.
• Quatro condutores carregados: 3F-N.
Em seguida, deve-se calcular o valor da corrente nominal do circuito por 
meio da Equação 2:
I P
Tp
n
n
 = (2)
Sendo que Pn é a potência nominal do equipamento e Tn é a tensão 
nominal de alimentação do equipamento.
O valor calculado para Ip deve ser utilizado para se encontrar na Tabela 
1, retirada da ABNT NBR 5.410 (2008, p. 109), o valor em amperes para a 
corrente máxima que o cabo pode transportar segundo os métodos de 
instalação A1, A2, E e F.
Por exemplo, se Ip = 20 A, dois condutores carregados, método de 
instalação A1, tem-se um cabo de bitola # 4 mm², cuja capacidade de 
condução da corrente é de 26 A. Este valor seria utilizado para se definir 
o cabo caso não se necessitasse corrigir o valor da corrente de projeto 
de acordo com os critérios: da temperatura (conhecido por K1) e do fator 
de agrupamento (chamado de FAG ou K2).
33
Tabela 1 – Capacidade de condução de corrente conforme ABNT NBR 
5.410 (2008) em amperes, para os métodos de referência A1, A2 e B1
Seções 
mínimas 
dos 
condutores 
(mm²)
A1 A2 E F
2 
condu-
tores 
carre- 
gados
3 
condu-
tores 
carre- 
gados
2 
condu-
tores 
carre- 
gados
3 
condu-
tores 
carre- 
gados
2 
condu-
tores 
carre- 
gados
3 
condu-
tores 
carre- 
gados
2 
condu-
tores 
carre- 
gados
3 
condu-
tores 
carre- 
gados
Cobre – Correntes nominais (A)
1,5 14,5 13,5 14 13 22 18,5 22 17
2,5 19,5 18 18,5 17,5 30 25 31 24
4 26 24 25 23 40 34 41 33
6 34 31 32 29 51 43 53 43
10 46 42 43 39 70 60 73 60
Fonte: ABNT (2008, p. 109-111).
Notas: condutores isolados, cabos unipolares e multipolares – cobre, isolação de PVC, temperatura de 70 ºC 
no condutor; temperatura - 30 ºC (ambiente), 20 ºC (solo). 
O valor de Ip corrigido, chamada de I´p considerando os efeitos da 
temperatura e do agrupamento dos cabos, coeficientes k1 e k2 é obtido 
por meio da Equação 3:
I
I
k kp
p' 
 
�
�1 2
 (3)
Assim, a corrente Ip = 20 A, para temperatura igual a 35 ºC, cabo de PVC, 
instalado no ambiente, de acordo com a Tabela 2, terá o valor de 
k1 = 0,94. Agora considere que este cabo ocupe um eletroduto com mais 
dois circuitos, ou seja, para três circuitos, de acordo com a Tabela 3, 
tem-se k2 = 0,70. Logo k1 x k2 = 0,94 x 0,70 = 0,658. O valor da corrente de 
projeto que era de 20 A agora foi corrigido para 30,39 A. O cabo de bitola 
# 4 mm² não pode mais ser utilizado, agora deve-se adotar o cabo de 
bitola # 6 mm² que conduz 34 A.
34
Tabela 2 – Fatores de correção para temperaturas ambientes diferentes 
de 30 ºC para cabos não enterrados – k1
Am
bi
en
te
Temperatura (ºC)
Isolação
PVC EPR ou XLPE
15 1,17 1,12
20 1,12 1,08
25 1,06 1,04
35 0,94 0,96
Fonte: ABNT (2008, p. 114).
4. Método da queda de tensão
Após definir-se o cabo por meio do método da capacidade de condução 
da corrente, o cálculo deve ser confirmado por meio do método da 
queda de tensão. A energia é perdida por dissipação térmica ao longo 
do percurso da entrada até o ponto de utilização pelo consumidor. 
Além disso, a energia é dissipada pelos equipamentos do sistema 
elétrico, apesar de este valor ser baixo na maioria das vezes. Como 
o cabo elétrico possui resistividade, ele também dissipa energia 
elétrica na forma de energia térmica (perdas Joule, correntes parasitas, 
Foucault etc.).
• A norma ABNT NBR 5.410 (2008) estabelece os valores máximos 
admissíveis para a queda de tensão, como:
• A queda de tensão máxima de 5% para a instalação quando 
for alimentada pela rede da concessionária e de 7% quando a 
instalação possuir geração própria.
• Para ambos os casos, a máxima queda de tensão para circuitos de 
iluminação é de 2%.
35
O cálculo da queda de tensão é obtido por meio da fórmula dada pela 
Equação 4:
Queda de tensão percentual e
tensão de entrada tens
 
 
( %) �
� ãão na c a
tensão de entrada
 
 
 
arg
� 100 (4)
Tabela 3 – Fatores de correção – k2 para agrupamento 
de circuitos ou cabos multipolares, aplicáveis aos valores 
de capacidade de condução da corrente
Item
Disposição 
dos cabos 
justapostos
Número de circuitos ou de cabos multipolares
Tabela dos 
métodos de 
referência
1 2 3 4 5 6 7 8
9 
a 
11
12 
a 
15
16 
a 
19
≥ 20 Métodos A a F
1
Feixe de 
cabos ao ar 
livre ou sobre 
superfície; 
cabos em 
condutos 
fechados
1,00 0,80 0,70 0,65 0,60 0,57 0,54 0,52 0,50 0,45 0,41 0,38
Fonte ABNT (2008, p. 116).
Nota: esses fatores são aplicáveis a grupos de cabos uniformemente carregados; quando a distância 
horizontal entre cabos adjacentes for superior ao dobro de seu diâmetro externo, não é necessário aplicar 
nenhum fator de redução; os mesmos fatores de correção são aplicáveis a grupos de dois ou três condutores 
isolados ou cabos unipolares e cabos multipolares.
O valor da queda de tensão pode ser obtido também multiplicando 
a potência do aparelho (em watts) pela distância entre seu ponto de 
alimentação e o quadro geral de distribuição da residência. Se um 
circuito possuir mais de uma tomada, essa multiplicação será feita 
pela soma final de cada potência multiplicada por cada distância. O 
valor final deve ser menor que o indicado para essa soma por meio da 
Tabela 4. A tabela para a tensão de 220 volts é diferente, como se pode 
ver na Tabela 5. 
36
Tabela 4 – Soma das potências em watts x distâncias em metros 
para tensão V = 127 volts
Bitola do cabo 
em mm²
Queda de tensão
1% 2% 3% 4% 5%1,5 7.016 14.032 21.048 28.064 35.081
2,5 11.694 23.387 35.081 46.774 58.468
4 18.710 37.419 56.129 74.839 93.548
Fonte: Creder (2013, P.97).
Tabela 5 – Soma das potências em watts x distâncias em metros 
para tensão V = 220 volts
Bitola do cabo 
em mm²
Queda de tensão
1% 2% 3% 4% 5%
1,5 21.054 42.108 63.162 84.216 105.270 
2,5 35.090 70.180 105.270 140.360 175.450 
4 56.144 112.288 168.432 224.576 280.720 
Fonte: Creder (2013, P.97).
Observação: para circuitos trifásicos, multiplicar as distâncias por 3
2
0 866= , .
Para o circuito mostrado na Figura 2, são mostrados quatro aparelhos 
com suas potências e distâncias até o quadro de distribuição.
Figura 2 – Circuito ilustrativo
Fonte: elaborada pela autora. 
37
Este cálculo é obtido por meio de potência total (W) x distância em 
metros dada pela Tabela 6.
Tabela 6 – Exemplo ilustrativo para o cálculo da máxima 
queda de tensão
Aparelho Potência Distância Subtotal
1 40 6 m 240
2 100 6 + 4 = 10 m 1.000
3 180 6 + 4 + 11 = 21 m 3.780
4 600 6 + 4 + 11 + 7 = 28 m 16.800
Total 21.820 m
Fonte: elaborada pela autora.
Se for adotado um cabo de # 2,5 mm², alimentado em 127 V, tem-se que 
21.820 > 23.387, valor para uma queda de tensão de 2%, como a norma 
estabelece 5% como critério para circuitos de tomada, o cabo de bitola # 
2,5 mm² atende a este critério.
4.1 Seção mínima do condutor segundo a 
 ABNT NBR 5.410 (2008)
Mesmo que a bitola do cabo atenda aos dois critérios, capacidade de 
condução de corrente e máxima queda de tensão admissível, a norma 
ABNT NBR 5.410 (2008) estabelece as seções mínimas de condutores 
para alguns circuitos:
• Os cabos de circuitos de iluminação devem possuir bitola mínima 
de # 1,5 mm²;
• Os cabos de circuitos de tomadas de uso geral devem possuir 
bitola mínima de # 2,5 mm².
Assim, quando o valor calculado for menor do que o estabelecido pela 
ABNT NBR 5.410 (2008), deve-se utilizar a bitola dos cabos definida 
pela norma.
38
O dimensionamento dos condutores elétricos representa um ponto 
crucial para um projeto bem elaborado de instalações elétricas devido 
ao alto valor dispendido na aquisição desses condutores. Cabos 
com bitolas menores do que as necessárias representam um risco 
para a instalação, sendo a causa de muitos incêndios e a razão pela 
qual se deve começar o dimensionamento dos cabos pelo critério de 
condução da corrente. Cabos dimensionados com uma bitola maior 
do que as necessárias representam um custo desnecessário para o 
empreendimento, podendo até mesmo inviabilizá-lo. A queda de tensão 
é muito importante em instalações industriais devido à distância que 
alguns motores precisam ser instalados do painel elétrico. O último 
critério de bitola mínima deve ser seguido em qualquer projeto elétrico 
por ser uma determinação expressa da ABNT NBR 5.410 (2008).
Referências bibliográficas 
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA (ANEEL). Tensões nominais. ANEEL, 
[s.l.], 2016. Disponível em: https://www.aneel.gov.br/tensoes-nominais. Acesso em: 
3 abr. 2020.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 5.410: instalações 
elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro: ABNT, 2008.
CREDER, H. Instalações elétricas. 15. ed. Coordenação da revisão técnica e 
atualização: Luiz Sebastião Costa. Rio de Janeiro: LTC, 2013.
FRIEDRICH, D. N.; VAZ, P. M.; MARIMON, G. C.; QUADROS, M. L.; FREDO, G. L. E 
ROCHA, M. F. Equipamentos elétricos. Revisão técnica: Rodrigo Rodrigues. Porto 
Alegre: SAGAH, 2018. 
NISKIER, J.; MACINTYRE, A. J. Instalações elétricas. 6. ed. Colaborador: Luiz 
Sebastião Costa. Rio de Janeiro: LTC, 2013.
VELASCO, G. N.; LIMA, A. M. L. P.; COUTO, H. T. Z. Análise comparativa dos custos 
de diferentes redes de distribuição de energia elétrica no contexto da arborização 
urbana. Revista Sociedade de Investigações Florestais, Viçosa, v. 30, n. 4, p. 679-
686, 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rarv/v30n4/31690. Acesso em: 
3 abr. 2020.
https://www.aneel.gov.br/tensoes-nominais
http://www.scielo.br/pdf/rarv/v30n4/31690
39
Motores e acionamentos 
elétricos industriais
Autoria: Rafaela Filomena Alves Guimarães
Leitura crítica: Aristóteles Ramon Dias Couto Moreno
Objetivos
• Estudar os motores elétricos industriais, como são 
dimensionados os dispositivos utilizados para o seu 
acionamento e proteção.
• Entender as principais características de um motor 
trifásico de indução e os requisitos que devem ser 
considerados na determinação do seu torque.
• Estudar os principais componentes e requisitos de 
um projeto elétrico de média tensão. 
40
1. Motores e acionamentos elétricos industriais
As instalações elétricas industriais se diferenciam das instalações 
elétricas residenciais basicamente pelo uso dos motores trifásicos. 
A energia elétrica realiza trabalho por meio dos motores elétricos, 
que é o responsável por transformar a energia elétrica em energia 
mecânica. A energia mecânica executa o trabalho, como subir 
um elevador até o andar que é acionado no painel de comando, 
transportar uma carga do ponto A para o ponto B por meio de uma 
esteira rolante, envazar refrigerante na garrafa PET etc. O motor é 
definido pela sua potência mecânica, dada em CV (cavalo-vapor) ou HP 
(horsepower). A relação entre essas grandezas e o W é dada por:
1 CV = 736 W (Equação 1)
1 HP = 745 W (Equação 2) 
Os motores elétricos se dividem em motores alimentados em corrente 
contínua (pouco utilizados) e motores alimentados em corrente 
alternada (representam a maioria dos motores industriais). Os motores 
de corrente contínua eram utilizados para controle de velocidade, mas 
suas escovas apresentavam problemas que requeriam manutenções 
constantes, muitas vezes sem eficácia. É comum visitar uma indústria 
e verificar que uma esteira rolante ligada por motores em corrente 
contínua apresenta muitos motores faltantes devido a esse problema.
Com a diminuição do preço dos inversores de frequência e a evolução 
da eletrônica de potência, esses motores foram substituídos pelos 
motores de indução em corrente alternada controlados por esses 
dispositivos. Assim, é possível controlar a velocidade, a partida e a 
parada desses motores em um único equipamento, por isso eles, aos 
poucos, foram substituindo também os acionamentos usualmente 
utilizados pela indústria, como partida direta, chave estrela-triângulo, 
partida com autotransformador e soft-starter. 
41
Os motores de indução, ou motores de corrente alternada, são 
constituídos de um rotor que gira sobre um estator. O rotor bobinado, 
a parte interna de um motor elétrico, é mostrado na Figura 1, em 
que são destacados o eixo, responsável por transferir a potência, os 
enrolamentos feitos de cobre e os anéis de curto-circuito. 
Figura 1 – Rotor bobinado
Fonte: BigJoker/iStock.com.
O estator, a parte externa do motor elétrico, é formado pela carcaça 
do motor que possui um olhal para içamento, núcleo de chapas e 
enrolamentos. Todo motor elétrico possui uma caixa de ligação, que 
pode ser instalada nos lados esquerdo ou direito ou, ainda, acima 
da carcaça do motor, como é mostrado na Figura 2. O motor possui 
também canais de circulação de ar para refrigeração e uma placa de 
identificação com todos os dados do motor. 
Ventilador
Anéis de curto-circuito
Enrolamentos
Eixo
http://iStock.com
42
Figura 2 – Motor elétrico
 
Fonte: Grassetto/iStock.com.
Os motores na cor azul possuem baixo rendimento e baixo fator de 
potência, enquanto os motores fabricados na cor verde-escura possuem 
alto rendimento e alto fator de potência. Desde agosto de 2019, só 
é possível a compra de motores com alto rendimento e alto fator de 
potência. É claro que a fábrica pode entregar o motor pintado em outras 
cores, desde que o cliente arque com uma pequena diferença de preço 
devido a essa pintura especial. Muitos estados fornecem incentivos 
fiscais para que a empresa troque seus motores antigos por motores 
novos e possa abater o custo no valor do ICMS a pagar.
Os motores trifásicos são especificados pelasua potência nominal e 
tensão de operação (Vn) padronizadas em 220, 380 e 440 V. A potência 
nominal (Pn) é a potência fornecida ao eixo girante pelo motor sem que 
ele exceda a temperatura de operação. Os motores possuem um fator 
Caixa de ligação
Eixo
Canais de 
circulação 
de ar
Olhal de içamento
Ventilador
Placa de 
identificação 
do motor
http://iStock.com
43
de serviço, representado pela sigla FS, com valores variando entre 100% 
e 125% da sua potência nominal. Isso quer dizer que os motores podem 
funcionar com 1,25 x Pn sem nenhum sobressalto devido à elevação da 
temperatura no seu interior, porque ele foi projetado para suportar essa 
elevação de temperatura. Desse modo, os disjuntores, relés térmicos 
e inversores de frequência devem ser especificados com 1,25 x In do 
motor, sendo In a corrente nominal do motor.
Os motores podem ser especificados segundo classes de isolação 
determinadas pelos materiais isolantes utilizados na fabricação do 
motor. Essas classes podem variar de 105 ºC (classe A) até 180 ºC 
(classe H). 
Para o projeto de um motor elétrico e todos os seus dispositivos de 
proteção, como disjuntor-motor, relé térmico, contator (usado para ligar 
e desligar o motor) e cabos elétricos, podem-se utilizar dois métodos: 
leitura de dados retirados da placa do motor e consulta aos manuais. 
A leitura de dados é mais confiável, mas não é o método mais prático, 
porque geralmente se projeta a instalação do motor sem o motor, ou 
seja, os equipamentos são adquiridos juntos e não se tem o motor 
para a realização dessa coleta de dados. A consulta aos manuais dos 
fabricantes para a obtenção dos dados-padrão do motor baseia-se no 
seu número de polos, ou seja, para quatro polos, o motor terá uma 
rotação de 1.800 rpm (rotações por minuto) aproximadamente. Motores 
usualmente possuem dois, quatro, seis ou oito polos, o valor do número 
de polos é calculado por meio da Equação 3, em que o valor 120 é uma 
constante da equação e o valor de 60 é a frequência da rede brasileira, 
N é o número de rotações e p será o número de polos.
N
p
 
 
�
�120 60 (Equação 3) 
Os dados dos fabricados são especificados por meio de tabelas, aliás 
quase toda a tarefa necessária para a realização de um projeto de 
instalações elétricas consiste na leitura correta de tabelas. 
44
Nessas tabelas, o fabricante especifica a carcaça do motor, o conjugado 
nominal, o momento de inércia, a massa e o nível médio de ruído que 
um motor pode apresentar. Essas informações não estão disponíveis na 
Tabela 1, porque são utilizadas mais no projeto mecânico de um motor.
A Tabela 1 apresenta somente a parte que interessa para o projeto 
elétrico de dimensionar o contator, o relé térmico, o disjuntor motor, os 
cabos de alimentação e os dispositivos que irão acionar esse motor. 
A primeira informação a ser coletada é a corrente com rotor bloqueado 
dado por:
I
I
valorp
n
= (Equação 4) 
ou seja, a corrente de partida do motor, simbolizada por Ip , será dada 
por:
I I x valorp n= (Equação 5)
Tabela 1 – Dados elétricos dos motores W22 IR4 
Super Premium do fabricante Weg – motor de 4 polos
Potên-
cia 
(kW)
Corrente 
com rotor 
bloqueado 
Ip/In
Tempo 
máximo 
de rotor 
bloqueado (s)
Fator 
de 
ser- 
viço
Rpm
% de carga
Ten- 
são 
 (V)
Corrente 
nominal 
In (A)
Quente Frio
Rendimento (%) Fator de potência
50 75 100 50 75 100
0,75 8,2 19 42 1,25 1.735 80,5 83,4 84,5 0,54 0,68 0,74 220 3,15
1,1 8,8 16 35 1,25 1.760 83,8 86,6 87,5 0,51 0,65 0,73 220 4,52
1,5 8,3 13 29 1,25 1.755 86 86,9 87,5 0,55 0,68 0,73 220 6,16
2,2 8,6 23 51 1,25 1.750 87 88,7 90,3 0,55 0,69 0,76 440 4,21
3 9 17 37 1,25 1.749 87,9 89,4 90,3 0,55 0,68 0,75 220 11,6
3,7 7,5 23 51 1,25 1.755 88,3 89,6 90,3 0,55 0,68 0,75 220 14,3
4,5 6,7 28 62 1,25 1.745 88,9 89,4 90,5 0,62 0,74 0,8 220 16,3
45
Potên-
cia 
(kW)
Corrente 
com rotor 
bloqueado 
Ip/In
Tempo 
máximo 
de rotor 
bloqueado (s)
Fator 
de 
ser- 
viço
Rpm
% de carga
Ten- 
são 
 (V)
Corrente 
nominal 
In (A)
Quente Frio
Rendimento (%) Fator de potência
50 75 100 50 75 100
5,5 10 18 40 1,25 1.770 90,2 91,9 92 0,6 0,73 0,71 440 11
7,5 11,5 12 26 1,25 1.776 89,6 91,8 92,7 0,53 0,68 0,77 440 13,8
9,2 11 10 22 1,25 1.770 90,5 92,2 93,1 0,58 0,72 0,79 440 16,4
11 10,8 9 20 1,25 1.770 91 92,3 93,1 0,6 0,74 0,8 440 19,4
15 8,3 15 33 1,25 1.775 92 92,9 93,6 0,62 0,74 0,8 440 26,3
18,5 9,1 14 31 1,25 1.777 92,2 93,5 94,1 0,6 0,73 0,81 440 31,8
22,1 8,7 20 44 1,25 1.775 92,6 93,7 94,3 0,61 0,74 0,82 440 37,5
30 8,4 22 48 1,25 1.780 93,6 94,5 95 0,64 0,75 0,81 440 51,2
37 7,4 20 44 1,25 1.780 94,1 95 95,4 0,62 0,73 0,81 440 62,8
45 8,5 24 53 1,25 1.783 94,5 95,4 95,6 0,69 0,8 0,84 440 73,5
55 7,7 16 35 1,25 1.780 94,5 95,4 95,8 0,68 0,78 0,83 440 90,8
75 9,3 12 26 1,25 1.785 95,4 95,8 96,2 0,65 0,76 0,82 440 125
90 7,6 38 84 1,25 1.787 95 95,8 96,2 0,68 0,79 0,84 440 146
110 8,9 30 66 1,25 1.787 95,4 96,2 96,5 0,68 0,79 0,84 440 178
132 7,7 30 66 1,25 1.790 94,6 95,7 96,5 0,72 0,81 0,85 440 211
150 7,7 25 55 1,25 1.790 95,4 96,2 96,8 0,75 0,83 0,87 440 234
185 7 22 48 1,25 1.790 95,7 96,3 96,8 0,75 0,83 0,86 440 292
200 6,5 38 84 1,15 1.791 95,2 96,3 96,6 0,73 0,81 0,85 440 320
220 7,3 22 48 1,15 1.790 95,6 96,2 96,6 0,77 0,84 0,87 440 343
260 7,3 20 44 1,15 1.790 95,8 96,4 96,6 0,78 0,85 0,87 440 406
300 7,8 12 26 1,15 1.790 95,9 96,4 96,7 0,76 0,84 0,87 440 468
330 7,8 14 31 1,15 1.790 96 96,5 96,7 0,73 0,82 0,86 440 521
370 7,5 18 40 1,15 1.790 96,3 96,6 96,7 0,74 0,83 0,86 440 584
Fonte: WEG (2020, p. 34).
46
Por exemplo, para o motor de 10 CV (7,5 kW), primeiro deve ser 
levantado o fator de serviço desse motor, no caso, FS = 1,25, portanto a 
corrente nominal do motor, na verdade, é igual a In = 13,8 x 1,25 = 17,25 
A, depois se analisa a relação entre a corrente de partida com rotor 
bloqueado. Logo, a corrente de partida do motor apresenta a seguinte 
relação dada por: 
I
I
p
n
=11 5, e, portanto, a corrente de partida será igual a 
Ip = 17,25 x 11,5 = 198,34 A. Em seguida, o valor que deve ser levado em 
consideração é o tempo de rotor bloqueado a quente, porque o motor 
não pode receber um novo comando para partir antes de decorrido esse 
tempo, que, no caso, é igual a 77 segundos caso a primeira partida falhe. 
Esses dados foram feitos para um motor ligado em 440 V. Se o mesmo 
motor fosse ligado em 220 V, deveríamos multiplicar a sua corrente 
nominal por 2, e se o motor fosse ligado em 380 V, a corrente nominal 
deveria ser multiplicada por 1,158.
Os motores possuem diferentes valores de rendimento e fator de 
potência, para serem utilizados como o rendimento e o fator de potência 
no cálculo da potência aparente, eles são apresentados na tabela para 
os valores de 50%, 75% e 100% do valor da potência nominal. Se o motor 
estiver funcionando, podemos medir a corrente do motor e verificar 
qual a relação entre o valor medido e a corrente nominal. Se a relação 
estiver mais próxima de 50%, 75% ou 100%, devemos adotar o valor 
da coluna que estiver mais próxima. Por exemplo, o nosso motor de 
10 CV possui uma corrente nominal igual a 17,25 A. Se, ao medirmos 
o valor da corrente com o motor funcionando, encontrarmos 10 A, 
temos que a relação utilizada deverá ser a de 75%, porque obtivemos 
um coeficiente igual a 58%. Essa medida deve ser feita pelo menos três 
vezes em horários diferentes e de preferência com processos produtivos 
diferentes. Se o motor foi somente comprado e não está instalado 
ainda, podemos utilizar os dados para 75%, e quando o motor estiver 
funcionando, verificar qual a porcentagem real que devemos utilizar.
Então, o contator e o relé térmico devem ser especificados para 
suportarem uma corrente de 17,25 A. A partir de 5 CVs, mesmo 
47
indústrias que geram sua própria energia ou são alimentadas por 
meio de subestações iguais ou acima de 69 kV não permitem que seus 
motores partam por meio de acionamento direto, porque o valor da 
corrente de partida é muito alto,mesmo que o motor leve somente 
alguns segundos para partir. 
Antigamente as indústrias acionavam os motores de tensões iguais 
a 380 ou 440 V com uma tensão menor, de 220 V, e, quando o motor 
atingisse aproximadamente 70% da sua corrente nominal, a tensão era 
comutada para o valor real. Esse mecanismo é conhecido como chave 
estrela-triângulo, é um método de acionamento barato porque exige 
somente dois contatores. Entretanto, o motor precisa ter seis polos de 
ligação (fases A, B e C), ou seja, polos acessíveis nas duas tensões, a de 
partida e a de operação, o que encarece o valor do equipamento. Esse 
método pode reduzir a corrente de partida a 1/3 do seu valor original.
Outras indústrias ligavam os motores por chaves compensadoras 
formadas por autotransformadores que primeiro forneciam 65% da 
tensão nominal, depois 80% e finalmente 100% da tensão nominal. Esse 
equipamento é maior e mais caro, e necessita de maior cuidado com 
manutenção por ser basicamente um transformador. A redução da 
corrente de partida é a mesma da chave estrela-triângulo.
Depois foram utilizados os soft-starts, chaves estáticas fabricadas 
com eletrônica de potência que forneciam para o motor uma rampa 
de aceleração, variando a tensão do motor de 0% a 100% durante 
um tempo desejado para que o motor possa partir. Esse mesmo 
equipamento pode ser usado para a parada do motor, por meio de 
uma rampa de desaceleração que varia de 100% a 0% durante o tempo 
desejado para a parada do motor.
Contudo, nenhum desses equipamentos controlava a velocidade do 
motor durante a sua operação. Já os inversores de frequência acionam 
o motor por meio da mesma rampa de aceleração, com a vantagem 
de controlarem a velocidade, e, portanto, o torque do motor durante 
48
o seu funcionamento. A Figura 3 representa inversores de frequência 
utilizados nas indústrias. Esses equipamentos variam a tensão e a 
frequência que eram fixas para o valor necessário para aumentar ou 
diminuir a rotação do motor.
Figura 3 – Inversores de frequência
Fonte: yanik88/iStock.com.
Este equipamento é o responsável por reduzir ou aumentar a velocidade 
da escada rolante de shoppings centers em dias de pouco ou muito 
movimento. Assim, os motores podem ser controlados de uma maneira 
muito simples porque a programação desses equipamentos é quase 
intuitiva. Esse controle é chamado de PWM (termo em inglês que quer 
dizer pulse width modulation, ou modulação por largura de pulso). Os seis 
tiristores que compõem o inversor de frequência recortam a senoide 
da tensão de entrada e fazem com que ela seja transformada em uma 
onda de frequência variando entre 15 ou 1.800 rpm, por exemplo. As 
desvantagens da utilização dos inversores de frequência são o aumento 
de perdas no motor e sua elevação de temperatura. 
http://iStock.com
49
Para a sua especificação, deve-se conhecer o tipo de carga que o motor 
irá trabalhar e como deve ser a variação de velocidade para essa carga. 
Os motores possuem três categorias diferentes de torque: N, H e D. 
O torque tipo N é o torque da maioria dos motores, eles apresentam 
elevada corrente de partida e torque normal. Já os de categoria H são 
os que acionam cargas um pouco mais pesadas, ou seja, eles precisam 
de força para partir porque apresentam conjugado de partida elevado 
e corrente de partida normal. Já os da categoria D representam os 
motores que devem possuir o maior conjugado de partida, eles devem 
movimentar um equipamento que está com carga máxima. Muitos 
processos industriais fazem com que os motores partam a vazio e 
depois os equipamentos que eles devem movimentar são enchidos. Os 
elevadores são um exemplo de equipamento que devem partir com 
lotação máxima. 
O tipo de carga e a posição de funcionamento dos motores influenciam 
a potência do motor e seu torque. A maioria dos motores trabalha 
na posição horizontal, em salas abrigadas, onde os motores não são 
submetidos às intempéries climáticas. Entretanto, alguns motores 
trabalham em ambientes muito hostis, como os motores responsáveis 
pelo tratamento de esgoto, chamados de aeradores, e devem trabalhar 
de ponta-cabeça. Outros motores precisam trabalhar submersos, como 
os motores responsáveis pela retirada de petróleo do pré-sal. 
A posição de trabalho de um motor define a sua forma construtiva, que 
varia desde as posições da família B, que são posições horizontais, até 
as posições da família V, que são verticais. No momento da definição 
da posição de fixação do motor também se define a posição que deve 
ser instalada a caixa de ligação para que os cabos de alimentação do 
motor possam ser fixados de tal forma que o acesso a eles seja fácil, 
permitindo a realização de manutenções e termografias.
Alguns motores devem partir com uma carga tão pesada que, 
quando acionados, a sua partida é impossibilitada, ou por algum 
intertravamento, ou porque a carga que deve ser movimentada está 
50
acima da permitida. Essa tentativa de partir que não foi completada gera 
um aquecimento desnecessário no motor. Os circuitos de acionamento 
devem impossibilitar a partida desse equipamento antes do seu total 
resfriamento. A quantidade de partidas que um motor pode realizar 
durante uma hora é chamada de regime de funcionamento. Geralmente 
eles são projetados para serem acionados e trabalharem por muitas 
horas seguidas.
Contudo, alguns motores precisam realizar várias partidas durante uma 
hora, como é o caso dos motores dos elevadores. Os regimes se dividem 
em contínuo, intermitentes periódicos ou intermitentes com partidas 
e regime de tempo limitado. Quanto mais partidas por hora um motor 
tiver que ser submetido, mais quente será sua temperatura interna e 
maior a sua classe de isolação. 
Os motores podem ser fabricados com sensores de temperaturas do 
tipo PT-100 (uma resistência de platina que aumenta a temperatura 
conforme aumenta a temperatura do meio ambiente em que esse 
dispositivo está posicionado). Esses sensores são inseridos no meio das 
bobinas de cobre e localizados no ponto mais quente do motor para 
que seja feito um controle da temperatura interna deste. O sensor é 
conectado ao PLC e envia constantemente a leitura da temperatura para 
o controlador lógico programável. Assim, muitas empresas conseguem 
parar o funcionamento do motor ou diminuir a sua velocidade ou seu 
torque antes que o motor seja desligado pelo relé térmico, o que é feito 
para que a produção não precise ser paralisada por sobrecarga em um 
equipamento. 
2. Subestação de consumidor
Mamede (2015, p. 422) define uma subestação como um “conjunto 
de condutores, aparelhos e equipamentos destinados a modificar 
as características da energia elétrica, permitindo sua distribuição 
51
aos pontos de consumo em níveis adequados de utilização”. Os 
consumidores industriais, em sua maioria, são alimentados por 
subestações onde dois ou mais transformadores transformam a 
tensão de entrada, geralmente fornecida pela concessionária em 13,8 
ou 69 kV para a tensão industrial, dada em 380 ou 440 V e a tensão de 
alimentação dos escritórios é feita em 220 V. As indústrias possuem 
dois transformadores ligados em paralelo em vez de um, porque, se 
um dos equipamentos falhar, pelo menos parte do processo industrial 
continuará funcionando. Na Figura 4 é possível a visualização de vários 
transformadores iguais, com as mesmas especificações técnicas.
Figura 4 – Subestação industrial
Fonte: jetcityimage/iStock.com.
Para o projeto de uma subestação, é preciso definir se ela será abrigada, 
ao tempo ou blindada (a mais cara e também a que ocupa menor 
http://iStock.com
52
espaço). Mesmo que a subestação seja construída ao tempo, é preciso 
que se levante um espaço abrigado para a instalação dos instrumentos 
de medição da concessionária. 
As subestações devem ser construídas com brita para se evitar o choque 
por carga estática, espaços para a retenção do óleo do transformador 
caso ocorra algum vazamento e protegidas contra a entrada de pessoas 
não autorizadas.Além disso, deve ser instalado um sistema corta-
chamas entre um transformador e outro, ou entre equipamentos que 
podem pegar fogo. 
Todas as subestações devem possuir uma chave de manobra para que, 
em caso de curto-circuito ou sobrecarga, elas possam ser facilmente 
desconectadas da rede elétrica. A roupa de proteção deve ficar em 
local de fácil acesso para que operador possa se vestir e executar essa 
manobra rapidamente. 
Geralmente, somente os transformadores são instalados ao ar livre, o 
painel de proteção e comando da subestação, chamado de painel de 
média tensão, é instalado na sala elétrica. Nessa sala são instalados os 
disjuntores de média tensão a vácuo ou a SF6 (hexafluoreto de enxofre), 
os mais utilizados na proteção desse nível de tensão. A carga é dividida 
e protegida por meio de vários painéis, somente o cabo de alimentação 
geral e o painel geral é especificado para suportar toda a carga do 
transformador. Assim os custos são reduzidos por causa do paralelismo 
dos transformadores. Deve ser feito um aterramento para a subestação, 
sendo que muitos transformadores e equipamentos sensíveis requerem 
aterramentos por meio de equipamentos chamados de resistores de 
aterramento para garantir que sua resistência de aterramento seja 
verdadeiramente baixa. 
Os barramentos da subestação e os cabos elétricos de média tensão 
requerem um cálculo de corrente de curto-circuito feito também 
com base na seletividade. A seletividade garante que a área que será 
53
desligada por causa de um curto-circuito é a mais próxima do curto e 
que essa área foi desligada na medida certa, sem que sejam desligadas 
cargas desnecessárias. A seletividade e a coordenação das proteções 
devem ser feitas de forma conjunta e com muita atenção. É comum, por 
exemplo, encontrar um disjuntor de 100 A protegendo um disjuntor de 
125 A (todos trifásicos), o que contraria a coordenação da proteção. O 
valor da corrente dos disjuntores de proteção deve ser dimensionado do 
menor para o maior, ou seja, um disjuntor com menor corrente nunca 
pode proteger um disjuntor com maior corrente. Do mesmo modo é 
feito com a corrente de curto-circuito. O maior valor da corrente de 
curto-circuito é encontrado no barramento de entrada do projeto, e o 
menor, no circuito de alimentação do menor equipamento. 
Algumas empresas utilizam geradores para suprir parte do seu processo 
industrial com energia elétrica obtida por meio do óleo diesel ou gás 
natural, para não terem que se enquadrar como consumidor taxado 
pela tarifa azul. O uso desse tipo de geração durante o horário de 
pico, muitas vezes (dependendo do preço do óleo diesel ou do gás 
natural, é claro), é mais barato do que o valor do kWh fornecido pela 
concessionária. É recomendado que se faça esse cálculo no momento da 
instalação da indústria e, mesmo que naquele mês essa energia não seja 
a mais barata, os geradores devem ser instalados porque, no próximo 
mês, esse valor pode representar uma economia significativa. Outra 
razão para o uso dos geradores é a manutenção de processos industriais 
essenciais ao processo produtivo ou que não podem parar em caso de 
falta de energia elétrica. 
Os motores elétricos e suas principais características foram estudados 
assim como foram explicados os principais itens que devem ser 
analisados para o cálculo dos dispositivos de proteção e acionamento. 
A especificação de um motor elétrico requer maior atenção e se torna 
mais onerosa quando seu projeto for feito para áreas insalubres, com 
exposição às intempéries, ou forem requisitadas muitas partidas ou 
partidas acionando cargas pesadas. 
54
As subestações de energia podem ser do tipo abrigadas ou ao ar 
livre, sendo que devem ser levados em consideração vários cuidados 
para que, caso ocorra um acidente em uma subestação, o fogo 
não atinja toda a instalação fabril. Assim como sempre deve ser 
dimensionado transformadores ou geradores em paralelo para 
suprir energia para a fábrica. 
Referências bibliográficas 
FITZGERALD, A. E.; KINGSLEY JR, C.; UMANS, S. D. Máquinas elétricas com 
introdução à eletrônica de potência. 7. ed. Trad. Anatólio Laschuk. Porto Alegre: 
AMGH Editora, 2014.
MAMEDE FILHO, J. Instalações elétricas industriais. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015.
WEG. W22 Motor Elétrico Trifásico – Catálogo Técnico Mercado Brasil. Jaraguá do 
Sul: Weg. 2020. Disponível em: https://static.weg.net/medias/downloadcenter/h94/
h69/WEG-w22-motor-eletrico-trifasico-50023622-brochure-portuguese-web.pdf. 
Acesso em: 17 mar. 2020.
https://static.weg.net/medias/downloadcenter/h94/h69/WEG-w22-motor-eletrico-trifasico-50023622-brochure-portuguese-web.pdf
https://static.weg.net/medias/downloadcenter/h94/h69/WEG-w22-motor-eletrico-trifasico-50023622-brochure-portuguese-web.pdf
55
Grupos tarifários presentes 
nas contas de energia
Autoria: Rafaela Filomena Alves Guimarães
Leitura crítica: Aristóteles Ramon Dias Couto Moreno
Objetivos
• Estudar os diferentes grupos de classificação das 
unidades consumidoras e suas respectivas tarifas.
• Entender a tarifa branca, suas vantagens e 
desvantagens em relação às demais formas de 
cobrança da energia elétrica.
• Estudar os grupos tarifários de acordo com as 
bandeiras verde, amarela e vermelha e como 
é feita essa definição em função dos níveis 
dos reservatórios das hidrelétricas do Sistema 
Interligado Nacional (SIN).
56
1. Tarifas de energia elétrica
A energia elétrica não custa o mesmo valor para todos os consumidores, 
ela é dividida basicamente em cinco grandes grupos de consumidores 
dados por:
• Residenciais: esses consumidores, basicamente, possuem 
a conta de energia vinculada a um CPF (Cadastro de 
Pessoa Física) e usam a energia elétrica para o seu 
conforto e o da sua família. O valor das tarifas dentro 
desse grupo se divide de acordo com a renda dessa pessoa 
em: baixa renda, baixa renda indígena e quilombola e 
tarifa convencional.
• Comerciais: esses consumidores possuem CNPJ (Cadastro 
Nacional das Pessoas Jurídicas) e suas atividades são 
relacionadas com o comércio ou a prestação de algum 
serviço, como de telefonia, transporte, templos religiosos etc.
• Industriais: esses consumidores também possuem CNPJ, 
mas suas atividades são industriais, sendo que essa tarifa 
é dividida em tarifa azul, utilizada quando a empresa 
trabalha durante o horário de pico, e tarifa verde, para 
empresas que não funcionam durante o horário de pico.
• Poder público: são os estabelecimentos pertencentes 
aos poderes federais, governamentais e municipais. 
Existe também um valor definido para o consumo de 
equipamentos que não possuem medidores de energia 
e gastam um valor fixo por mês, pertencentes a esses 
órgãos, como a iluminação pública.
• Rurais: os consumidores localizados em área rural 
possuem uma tarifa específica para atividades como 
agricultura, pecuária, granjas e demais estabelecimentos.
57
O órgão encarregado de definir o valor da tarifa de cada 
concessionária de serviço público é a Aneel (Agência Nacional de 
Energia Elétrica), que também aprova integral, parcialmente ou 
não os reajustes anuais solicitados pelas distribuidoras de energia 
elétrica que devem apresentar uma planilha detalhada de todos 
os seus custos, investimentos e projeções de investimentos para o 
ano subsequente. 
A partir de 2020, os consumidores residenciais (menos os de baixa 
renda), rurais, industriais, comerciais, do setor de serviços e o poder 
público, podem optar por uma tarifa chamada tarifa branca. Essa 
tarifa pode resultar em uma conta de energia até 30% mais barata 
se a instalação não acionar grandes cargas consumidoras durante o 
horário de pico e nos horários intermediários (geralmente uma hora 
antes e uma hora depois do horário de pico). Para isso, é necessário 
apresentar para a concessionária o desejo de adesão a essa nova 
modalidade tarifária, para que a distribuidora realize a troca do 
medidor de energia convencional por um medidor inteligente. Por 
exemplo, o horário de pico estabelecidopela Enel para a cidade de 
São Paulo começa às 17h30 e termina às 20h30. Portanto, o horário 
intermediário se iniciará às 16h30 e terminará às 17h30, e retornará no 
período entre 20h30 e 21h30. 
O valor da tarifa convencional aplicado pela Enel é de R$ 0,516 por 
kWh para o consumidor convencional, enquanto para a tarifa branca, o 
consumidor pagaria R$ 0,437 por kWh no horário normal, R$ 0,617 por 
kWh no horário intermediário e R$ 0,961 por kWh no horário de ponta. 
Essa tarifa é excelente para estudantes e profissionais que trabalham à 
noite. A economia de energia da tarifa branca para a tarifa convencional 
é de 15,31%.
58
Figura 1 – Comparação entre um medidor inteligente 
e um medidor convencional
Fonte: dpullman/iStock.com. Fonte: Bet_Noire/iStock.com.
1.1 Detalhamento de uma conta de consumidor 
 residencial
Instalações elétricas atendidas por tensões abaixo de 2,3 kV são todas 
classificadas como grupo B, sendo que este grupo é subdividido em:
• Subgrupo B1: tarifas residenciais e residenciais de baixa 
renda.
• Subgrupo B2: tarifas rurais e aquelas fornecidas por 
cooperativas de eletrificação rural.
• Subgrupo B3: demais classes.
• Subgrupo B4: iluminação pública.
As tarifas de baixa renda se dividem em vários níveis diferentes de 
descontos, a saber:
http://iStock.com
http://iStock.com
59
Tabela 1 – Descontos tarifários a partir de valores de kWh consumidos 
mensalmente para consumidores de baixa renda urbanos
Parcela de consumo mensal 
de energia elétrica Desconto
Tarifa para aplicação 
da redução
De 0 a 30 kWh 65%
B1 subclasse baixa rendaDe 31 a 100 kWh 40%
De 101 a 220 kWh 10%
A partir de 221 kWh A instalação não pode mais ser classificada como de baixa renda
Fonte: Aneel (2016b).
Tabela 2 – Descontos tarifários a partir de valores de kWh consumidos 
mensalmente para consumidores quilombolas e indígenas
Parcela de consumo mensal 
de energia elétrica Desconto
Tarifa para aplicação 
da redução
De 0 a 50 kWh 100%
B1 subclasse baixa rendaDe 51 a 100 kWh 40%
De 101 a 220 kWh 10%
A partir de 221 kWh A instalação não pode mais ser classificada como de baixa renda
Fonte: Aneel (2016b).
Esse desconto só é autorizado se a família ou a pessoa física estiver 
cadastrada no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo e 
solicitar à concessionária o desconto. Algumas concessionárias ainda 
confrontam esses dados com a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostras 
de Domicílio), pesquisa realizada anualmente e utilizada para classificar 
uma determinada região da cidade como de baixa renda.
Desde 2014, os consumidores podem aderir a uma tarifa pré-paga 
condicionada à decisão da concessionária local em oferecer essa 
modalidade tarifária, sendo que, infelizmente, esse serviço não é muito 
oferecido pelas concessionárias, que preferem adotar a modalidade pós-
paga de fornecimento de energia elétrica.
60
Basicamente, a conta de energia elétrica é composta de três parcelas de 
cobranças:
• A energia efetivamente consumida pela unidade consumidora 
chamada de TE (Tarifa de Energia), parcela que representa 53,5% 
do valor pago na conta de energia.
• O custo do uso do sistema de distribuição chamado de Tusd (Tarifa 
de Uso dos Sistemas de Distribuição), que é o custo de a energia 
gerada pelas usinas chegarem até a instalação residencial, essa 
parcela representa 17% do valor pago na conta de energia elétrica.
• Impostos, como ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias 
e Serviços), cobrados pelos estados e PIS/Cofins (PIS: Programa 
de Integração Social e Cofins: Contribuição para Financiamento 
da Seguridade Social), cobrados pelo Governo Federal, que 
representam 29,5% do valor final da conta.
A concessionária pode oferecer outros serviços, como seguros, 
ou, ainda, ser obrigada a cobrar taxas municipais como a Cosip 
(Contribuição para Custeio da Iluminação Pública), cobrada pela 
Prefeitura Municipal da cidade de São Paulo. 
Tabela 3 – Tarifas aplicadas pela Enel 
(distribuidora de energia da cidade de São Paulo) 
para clientes atendidos em baixa tensão pertencentes ao grupo B
Modalidade tarifária convencional
Subgrupo/classe/
subclasse (R$/kWh)
Tarifa do Uso do 
Sistema de Distribuição 
(Tusd) (R$/kWh)
Tarifa de energia 
ET (R$/kWh)
B1 – residencial 0,25971 0,25588
Bi – residencial baixa renda
Consumo mensal 
até 30 kWh 0,06759 0,08956
Consumo mensal 
entre 31 e 100 kWh 0,11586 0,15353
61
Modalidade tarifária convencional
Subgrupo/classe/
subclasse (R$/kWh)
Tarifa do Uso do 
Sistema de Distribuição 
(Tusd) (R$/kWh)
Tarifa de energia 
ET (R$/kWh)
Consumo mensal entre 
101 e 220 kWh 0,17380 0,23029
Consumo mensal 
superior a 220 kWh 0,19311 0,25588
B2 – Rural 0,19738 0,19447
B2 – Cooperativa de 
eletrificação rural 0,19738 0,19447
B2 – Serviço público 
de irrigação 0,17660 0,17400
B3 – Demais classes 0,25971 0,2588
Fonte: Enel (2019a).
Os consumidores são identificados pelo número da instalação, 
escrito em destaque na conta de energia, além de dados como o dia 
de vencimento da conta, a data da realização da próxima leitura e o 
histórico de consumo da unidade. Também são informados o grupo, 
subgrupo, classe e subclasse do consumidor, se a unidade é monofásica, 
bifásica ou trifásica. Acima dos valores das tarifas, ainda é informada a 
bandeira tarifária aplicada no mês. 
1.2 Detalhamento de uma conta de consumidor 
 industrial
Os consumidores atendidos por tensõ es acima de 2,3 kV pertencem ao 
grupo A, que é dividido em:
• Subgrupo A1: consumidores alimentados por tensões iguais ou 
acima de 230 kV.
• Subgrupo A2: consumidores alimentados por tensões entre 88 e 138 kV.
• Subgrupo A3: consumidores alimentados por tensões iguais a 69 kV.
62
• Subgrupo A3a: consumidores alimentados por tensões entre 30 e 44 kV.
• Subgrupo A4: consumidores alimentados por tensões entre 2,3 e 25 kV.
• Subgrupo AS: consumidores alimentados por sistema subterrâneo 
(mesmo que o nível de tensão desses consumidores seja abaixo do 
valor de 2,3 kV).
O nível de tensão desses consumidores depende da demanda a ser 
consumida pela indústria, shopping center, grandes condomínios, 
hospitais, ou seja, da instalação e da disponibilidade da rede da 
concessionária no local onde a instalação vai ser construída. 
O valor da energia elétrica paga por esses consumidores é chamado 
de tarifa binômia porque, além da energia consumida, também se 
cobra um valor pela demanda contratada. Portanto, a concessionária 
é remunerada por separar (ou reservar) aquela parte da energia para 
o consumidor. 
O medidor de energia desses consumidores é trifásico e tem capacidade 
de medir a potência complexa, ou seja, esse equipamento analisa as 
formas de onda da tensão, da corrente, a potência ativa, reativa, o fator 
de potência, a frequência, valores de sobtensões e sobretensões. Ele 
realiza uma medição completa a cada 15 minutos, portanto, ele realiza 
quatro medições por hora, 96 medições ao longo de um dia e 2.880 
medições ao longo de um mês. O valor cobrado será o maior valor entre 
as demandas contratada e a registrada dentre todas essas medições. 
Se o cliente ultrapassar o valor da demanda contratada em mais de 5% do 
valor acordado, será cobrada uma multa por ultrapassagem de demanda, 
que corresponde ao dobro do valor da ultrapassagem. A multa por 
ultrapassagem da demanda vem cobrada como excesso de demanda. 
É dado pelas concessionárias um período de carência de três meses 
quando a indústria começar a funcionar para que ela verifique se 
63
sua demanda está de acordo, é maior ou menor do que a demanda 
informada no momento da solicitação do pedido de fornecimento de 
energia elétrica para a distribuidora.
Por isso é muito importante que, em ampliações, a indústria refaça o 
contrato com a distribuidora e informe o novo valor da demanda, assim 
como em períodos de redução da demanda, porque senão ela pagará 
o valor da demanda contratada mesmo usando, por exemplo, somente 
70% da sua capacidade de produção.
Esses consumidores tambémpagam multa por fator de potência inferior 
a 0,92 indutivo entre as 6h30 e as 23h30 e por fator de potência indutivo 
entre as 23h30 e as 6h30 (esse intervalo de seis horas pode mudar de 
acordo com as concessionárias, mas sempre abrangerá as madrugadas). 
A multa na conta de energia desses consumidores está escrita como 
excesso de reativos, excesso de capacitivos. As concessionárias evitam 
utilizar a palavra multa em suas contas de energia. 
Além da demanda e da energia propriamente dita, esse grupo apresenta 
diferentes valores de kWh e KW durante o dia e o período de pico da 
curva de consumo do sistema elétrico, que é chamado de ponta e tem 
a duração de três horas consecutivas, é definido de acordo com cada 
concessionária. Por exemplo, a Enel (distribuidora de energia da cidade 
de São Paulo) define este valor como sendo entre as 17h30 e as 20h30 
durante a semana. O horário de pico não é válido para finais de semana 
e feriados nacionais. O período compreendido fora desse horário de 
pico é chamado de fora da ponta.
Além disso, os valores de KWh e KW são diferentes ao longo do ano, essa 
divisão é baseada nos períodos secos e chuvosos do nosso clima. Para o 
estado de São Paulo, por exemplo, o período chuvoso foi definido como 
dezembro, janeiro, fevereiro, março e abril, e os demais meses do ano 
correspondem ao período seco. O valor da energia no período seco é 
mais caro do que no período chuvoso.
64
Baseado nesses dados, o consumidor pode escolher entre as tarifas:
• Verde: é a tarifa ideal para aqueles consumidores que não utilizam 
a energia durante o horário de ponta.
• Azul: é a tarifa ideal para aqueles consumidores que utilizam a 
energia durante o horário de ponta.
O valor da conta de energia do consumidor enquadrado pela tarifa verde 
é o valor do kWh fora da ponta mais o valor da demanda consumida 
fora da ponta. Caso esse consumidor tenha utilizado a energia durante 
o horário de pico, ele será cobrado de maneira diferenciada durante 
esse horário. Assim ele pagará um valor diferente de kWh e KW para a 
energia utilizada na ponta. 
O consumidor enquadrado na modalidade tarifária azul é cobrado pela 
energia utilizada na ponta e fora da ponta, mas, geralmente, os valores 
dessa energia são mais caros do que a do consumidor enquadrado na 
tarifa verde.
Os consumidores alimentados por tensões superiores a 69 kV só podem 
ser faturados pela tarifa azul. Portanto, uma conta de energia de um 
consumidor industrial pode ter os seguintes itens:
• Demanda ativa kW HFP Único: esse valor se refere à demanda 
contratada em kW fora do horário de ponta.
• Ultrapassagem kW HFP Único: esse valor se refere a se houve 
alguma ultrapassagem superior a 5% no valor dos kW contratados 
fora do horário de ponta.
• Demanda ativa kW HP: esse valor se refere à demanda 
contratada em kW durante o horário de ponta.
• Energia Ativa kWh HP Único: energia efetivamente consumida 
pela empresa fora do horário de ponta.
• Energia Ativa kWh HP: energia efetivamente consumida pela 
empresa durante o horário de ponta.
65
• Energia Ativa kWh Noturno: energia efetivamente consumida 
pela empresa durante o horário noturno.
• Demanda Reativa kW HFP Único: valor do fator de potência 
abaixo de 0,92 consumida pela empresa fora do horário de ponta.
• Demanda Reativa kWh HP Único: valor do fator de potência 
abaixo de 0,92 consumida pela empresa durante o horário de 
ponta.
Tabela 4 – Valores das tarifas de energia azul e verde 
para os subgrupos A2 e A3a
Modalidade 
tarifária
Subgrupos
A2 (88 a 138 kV) A3a (30 a 44 kV)
Tarifa do uso 
do Sistema de 
Distribuição (Tusd)
Tarifa de 
Energia 
(TE)
Tarifa do uso 
do Sistema de 
Distribuição (Tusd)
Tarifa de 
Energia 
(TE)
Demanda 
(R$ /kW)
Energia 
(R$ /kWh)
Energia 
(R$ /kWh)
Demanda 
(R$ /kW)
Energia 
(R$ /kWh)
Energia 
(R$ /kWh)
Tarifa horária azul
Ponta 10,71 0,6144 0,40493 20,00 0,07562 0,40493
Fora de ponta 7,51 0,6144 0,242333 12,96 0,07562 0,24233
Ultrapassagem de 
demanda ponta 21,42 - - 40,00 - -
Ultrapassagem 
de demanda 
fora de ponta
15,02 - - 25,92 - -
Energia reativa 
excedente 7,51 - 0,25588 12,96 - 0,2588
Tarifa horária verde
Ponta
-
- -
12,96
0,56227 0,40493
Fora da ponta - - 0,07562 0,24233
Ultrapassagem 
de demanda - - - 25,92 - -
Energia reativa 
excedente - - - - - 0,2588
Fonte: Enel (2019b).
66
2. Bandeiras tarifárias
As bandeiras tarifárias surgiram em 2015 por meio da Resolução 
Normativa nº 547/13, como uma solução para indicar para os 
consumidores a situação dos reservatórios das hidrelétricas e o nível 
de utilização das usinas térmicas. Entre 1º de julho de 2001 e 19 de 
fevereiro de 2002, o Brasil viveu seu pior cenário no fornecimento 
de energia elétrica, um episódio que ficou conhecido como apagão, 
e que consistiu na incapacidade das usinas geradoras de energia de 
atenderem a toda a demanda exigida pelos consumidores. O Governo 
Federal teve que proibir aumento de carga para os consumidores, ou 
seja, as empresas não podiam aumentar sua produção, o comércio 
não podia expandir suas vendas, um cenário dramático que ocorreu 
devido à matriz elétrica brasileira ser essencialmente hidrelétrica e, 
naqueles anos, não ter havido chuvas nos reservatórios das maiores 
usinas hidrelétricas.
Com base nesse triste acontecimento, o Governo Federal, por meio da 
Aneel e da EPE (Empresa de Pesquisas Energéticas), decidiu diversificar 
a matriz energética brasileira com a instalação de usinas termelétricas à 
base de gás natural, biomassa e usinas eólicas. O problema é que essas 
fontes de geração geram um kWh mais caro do que as produzidas pelas 
usinas hidrelétricas e, em épocas de estiagem, quando o governo precisa 
acionar 100% das usinas termelétricas, produzindo a máxima energia 
que cada usina consegue fornecer, o custo da geração não é mais o 
mesmo do que em épocas de chuvas abundantes, quando a energia 
hidrelétrica pode ser acionada para suprir a demanda do país.
Outro problema apresentado pelas épocas secas de baixos valores 
pluviométricos é que muitos reservatórios de usinas hidrelétricas ou 
os rios que abastecem esses reservatórios também são utilizados para 
o fornecimento de água para a população, animais e a agricultura, 
prioridades em face da geração de energia elétrica por essa matriz.
67
Por todo esse cenário, foi decidido pela criação das bandeiras 
tarifárias, uma forma de identificação do nível dos reservatórios 
baseada nas cores dos semáforos encontrados nas ruas. 
Assim temos:
• Bandeira verde: indica que os reservatórios das hidrelétricas estão 
cheios e não haverá custo adicional para o consumidor.
• Bandeira amarela: indica um alerta para o nível dos reservatórios 
e a necessidade de chuvas, o valor adicional na conta de energia 
para cada kWh consumido é de R$ 0,01343.
• Bandeira vermelha – Patamar 1: nível de geração crítico e 
acionamento das usinas termelétricas, o valor adicional na conta 
de energia para cada kWh consumido é de R$ 0,04169.
• Bandeira vermelha – Patamar 2: nível de geração ultracrítico e 
acionamento das usinas termelétricas, o valor adicional na conta 
de energia para cada kWh consumido é de R$ 0,06243.
Todos os consumidores cativos das concessionárias, inclusive os 
comerciais e os industriais, com exceção dos isolados, ou seja, os 
consumidores localizados no estado de Roraima, pagam essas bandeiras 
na sua conta de energia elétrica. A bandeira vermelha patamar 2 foi 
acionada pela última vez em junho de 2018. Esses valores de tarifa são 
referentes a abril de 2020 e no site da Aneel podemos ver as datas da 
divulgação da bandeira do próximo mês. 
Com esse sistema de bandeiras, a Aneel e o ONS (Operador Nacional 
do Sistema) esperam que os consumidores usem a energia mais 
racionalmente e não precise ser acionado o racionamento de 
energia, como foi feito na época do “apagão”, porque, por exemplo, 
para cada 100 kWh consumidos, a conta de energia pode ter um 
acréscimo de R$ 6,243. 
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2.1 CCEE (Câmara de Comercializaçãoda Energia Elétrica)
Os grandes consumidores de energia podem comprar sua energia na 
CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) por meio de 
leilões. Para ser um consumidor livre, ele deve ter uma demanda maior 
que 500 kW e inferior a 3.000 kW em baixa tensão. Esses leilões ocorrem 
diretamente entre as produtoras de energia e os consumidores, e o valor 
do kWh se torna mais barato do que aquele cobrado pela concessionária 
local. Ao valor acordado é acrescida uma taxa de remuneração pelo uso 
da rede de distribuição da concessionária local. Muitos desses grandes 
consumidores produzem sua energia em outros locais, como é o caso, 
por exemplo, da montadora Honda instalada no município de Sumaré 
(São Paulo) e com parque eólico instalado no município de Xangri-lá (Rio 
Grande do Sul). 
Algumas fábricas compram energia de concessionárias instaladas muito 
distantes da sua localização física ou optam por gerar uma parte ou toda 
a sua energia para tentar baratear o custo desse insumo que é muito 
representativo no processo produtivo de uma instalação fabril.
Referências bibliográficas 
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA (ANEEL). Bandeiras tarifárias. 2016a. 
Disponível em: https://www.aneel.gov.br/bandeiras-tarifarias. Acesso em: 6 abr. 
2020.
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA (ANEEL). Tarifa social de energia 
elétrica. 2016b. Disponível em: https://www.aneel.gov.br/tarifa-social-baixa-renda. 
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consumo de energia elétrica. 1. ed. São Paulo: Érica, 2014.
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KUTNEY, P. Honda aposta na força dos ventos do Sul. Newsletter 
AutomotiveBusiness. Xangri-lá, 2014. Disponível em: http://www.
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sul. Acesso em: 6 abr. 2020.
MAMEDE FILHO, J. Instalações elétricas industriais. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015.
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BONS ESTUDOS!
	Sumário
	Normas e dimensionamento de circuitos 
	Objetivos 
	1. Normas técnicas utilizadas no projeto de instalações elétricas 
	2. Demanda e fator de demanda 
	3. Dimensionamento e critérios 
	Referências bibliográficas 
	Dimensionamento de instalações elétricas
	Objetivos 
	1. Rede de distribuição de energia 
	2. Condutores elétricos 
	3. Critério da capacidade de condução de corrente 
	4. Método da queda de tensão 
	Referências bibliográficas 
	Motores e acionamentos elétricos industriais 
	Objetivos
	1. Motores e acionamentos elétricos industriais 
	2. Subestação de consumidor 
	Referências bibliográficas 
	Grupos tarifários presentes nas contas de energia 
	Objetivos
	1. Tarifas de energia elétrica 
	2. Bandeiras tarifárias 
	Referências bibliográficas

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