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Eritrograma

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Thais Alves Fagundes 
ERITROGRAMA 
 COMO É FEITO O HEMOGRAMA 
HEMOGRAMA Uma das análises de sangue mais úteis e solicitadas na prática médica 
Hemograma: eritrograma, leucograma e plaquetograma 
 
Coleta de sangue Anticoagulante EDTA 
Sem necessidade de jejum 
 
Escolha dos tubos de 
coleta sanguínea 
Tubo 2 – citrato de sódio (tampa azul): utilizado para dosagem dos fatores de coagulação. 
Tubo 4 – sem aditivos (tampa vermelha): utilizado para soro e imunoglobulinas. 
Tubo 7 – EDTA (tampa roxa): hemograma 
 
 
Técnica Processo manual: 
• Uso da câmara de Neubauer 
 
 
• Esfregaço sanguíneo – permite a visualização das hemácias 
Cabeça/Corpo/Cauda da lâmina 
 
Processo automático: 
• Analisador automático 
 
Thais Alves Fagundes 
 ERITROGRAMA 
PARÂMETROS Avaliação da série vermelha pode ser feita através dos seguintes parâmetros: 
Número de glóbulos vermelhos 
Dosagem de hemoglobina 
Hematócrito (Ht): porcentagem de volume ocupada pelas hemácias no volume total de sangue. 
Índices hematimétricos: 
• Avaliam indiretamente as características dos eritrócitos. 
• Quanto ao volume e o conteúdo de hemoglobina 
 
Eritrograma permite o diagnóstico e o acompanhamento das anemias (diminuição da quantidade de 
glóbulos vermelhos ou de hemoglobina no sangue) e poliglobulias (condição caracterizada por um 
aumento exagerado na quantidade de glóbulos vermelhos no sangue). 
 
Índices 
hematimétricos 
 
GV = glóbulos 
vermelhos 
Índice Cálculo Significado 
VCM 
Volume corpuscular médio 
Ht / GV Tamanho da hemácia 
HCM (pg) 
Hemoglobina corpuscular média 
Hb / GV Cor da hemácia 
CHCM (%) 
Concentração de hemoglobina corpuscular média 
Hb / Ht ou HCM / VCM Cor da hemácia 
RDW (%) 
Células vermelhas distribuição 
 Anisocitose 
Diferença de tamanho 
Hematócrito / Ht (%) 
 
GV x VCM Volume eritrocitário 
Valores de 
referência 
 
 
Microcítica: VCM < 80 
Normocítica: VCM 80 - 100 
Macrocítica: VCM > 100 
 
ERITROPOESE 
 
Medula óssea: 
• Regulado pela eritropoietina, hormônio produzido nos rins. 
• Estimula célula-tronco mieloide, que se diferencia. 
• Reticulócito maduro passa a chamar hemácia e é liberado no sangue. 
o Presença de núcleo até o eritroblasto, que é perdido no reticulócito 
 
Eritrócitos normais: 
• Hemácias anucleadas, constituídas apenas de membrana citoplasmática citoplasma 
• Constitui a maior população de células no sangue 
• Função: transporte de O2 e CO2 através da hemoglobina A 
• Forma homogênea de corpúsculos circulares; bicôncava; com diâmetro de 8m. 
 
ALTERAÇÕES 
MORFOLÓGICAS DE 
ERITRÍCITOS 
Tamanho: anisocitose 
• Microcóticos VCM < 80 
• Macrocíticos VCM > 100 
 
Coloração: anisocromia 
• Hipocrômica 
• Hipercrômica 
 
Poiquilocitose: forma 
Inclusões 
 
 
Thais Alves Fagundes 
TAMANHO 
Anisocitose (VCM) 
Tamanho do eritrócito: tamanho do núcleo de um linfócito (núcleo ocupa todo citoplasma do linfócito) 
Micrócitos: eritrócitos de tamanho menor que o normal 
Macrócitos: eritrócitos de tamanho maior que o normal 
 
 
COLORAÇÃO 
Anisocromia (HCM e 
CHCM) 
Hipocrômica: eritrócitos com coloração mais pálida (diminuição de Hb) 
Hipercromia (policromasia): eritrócitos com coloração mais forte (aumento de Hb) 
• Podem ser reticulócitos. 
 
 
FORMA 
Poiquilocitose 
Drepanócitos: hemácias em forma de foice. Menor capacidade de transporte de O2. 
• Anemia falciforme (herança autossômica recessiva) 
 
 
Codócitos: hemácias em forma de alvo 
Malformação da hemoglobina, que se concentra na região central da célula, tomando a forma de alvo. 
• Talassemias, hemoglobinopatia com defeito no gene das cadeias beta ou alfa da globina 
• Ferropenia importante, com excesso de membrana para pouca hemoglobina 
 
 
Esferócitos: hemácias em forma de esfera 
Eritrócito em forma esférica que perdeu a forma bicôncava devido a perda da membrana celular sem 
perda de citoplasma (não possui halo central). 
• Esferocitose hereditária 
• Anemias hemolíticas 
 
 
Dacriócitos: hemácias em forma de gota ou lágrima 
Deformação ocorre quando as células passam nas fenestrações entre cordões e sinus medulares do 
baço, sofrendo estiramento além dos limites da elasticidade. 
• Mielofibrose, doença crônica, caracterizada por fibrose da medula óssea 
• Talassemia 
• Anemia megaloblástica 
 
Thais Alves Fagundes 
Eliptócitos/Ovalócitos: hemácias elípticas ou ovais 
Causas dessa alteração são defeitos genéticos nas proteínas do citoesqueleto da célula. 
• Anemia ferropriva 
• Talassemia 
• Anemia megaloblástica 
 
 
Esquizócitos: hemácias com formas bizarras 
Eritrócitos fragmentados, irregularmente contraídos e “mordidos”. 
Causados por traumas mecânicos, válvulas cardíacas artificiais, agressão térmica nas queimaduras e 
agressão química pelo uso de fármacos oxidantes. 
• Anemia hemolítica 
• Coagulação intravascular disseminada (CIVD) 
• Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) 
• Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU – causada pela verotoxina, produzida por uma bactéria). 
 
 
Estomatócitos: hemácias com o halo central semelhante a uma boca de peixe (stoma = boca). 
• Artefato da distensão sanguínea. 
• Hepatopatias 
• Sangue de recém-nascidos 
• Estomatocitose hereditária, anemia hemolítica congênita muito rara. 
 
 
Equinócitos ou hemácias crenadas: hemácias com a membrana irregular, com espículas regularmente 
distribuída – apresentam de 10-30 pequenas espículas regulares. 
• In vitro pode ser artefato. 
• In vivo decorre de hiperuremia, tratamento com heparina IV, hipotireoidismo e após 
transfusões sanguíneas. 
 
 
Acantócitos: hemácias de forma espiculada, com a membrana irregular, com espículas irregularmente 
distribuídas, apresentam até 20 espículas irregulares. 
• In vitro pode ser artefato. 
• In vivo decorre de hepatopatias, diminuição da função do baço e esplenectomia. 
 
 
Thais Alves Fagundes 
HEMATOSCOPIA 
Inclusões 
Inclusões: presença de remanescentes de material nuclear ou de mitocôndrias ou à presença de micro-
organismos no seu interior 
• Pontilhado basófilo: inclusões contendo RNA dispersas no citoplasma dos eritrócitos 
• Corpúsculos de Howell-Jolly: hemácias em forma de lágrima 
• Anéis de Cabot: hemácias de forma espiculada 
 
Pontilhado basófilo: inclusões contendo RNA dispersos no citoplasma dos eritrócitos. Resquício de 
RNA, que permaneceu após o amadurecimento da hemácia. 
• Anemias hemolíticas 
• Anemias megaloblásticas 
• Mielofibrose idiopática 
• Intoxicação pelo chumpo 
Presença do RNA desnaturado pode ocorre por inibição da enzima pirimidina 5’ nucleotidase 
observada, por exemplo, na intoxicação pelo chumbo (saturnismo). 
 
 
Corpúsculo de Howell-Jolly: inclusões contendo remanescentes de material nuclear presentes no 
interior dos eritrócitos. São pequenos, basofílicos e geralmente únicos. 
• Após esplenectomia 
• Hipoesplenismo 
• Asplenia funcional, nas doenças falciformes 
 
 
Anéis de Cabot: inclusões contendo restos do fuso mitótico remanescentes de mitoses anômalas 
• Anemias megaloblásticas 
• Anemias hemolíticas 
• Após esplenectomia 
 
 
OUTROS ACHADOS Neutrófilo hipersegmentado: neutrófilo apresentando mais de 5 núcleos. Neutrófilo normalmente 
possui núcleo segmentado, com aproximadamente 4-5 núcleos. Ex: anemia megaloblástica 
 
 
Eritroblastos: eritrócitos nucleados presentes no sangue periférico no decurso de grandes processos 
regenerativos eritrocitários ou na infiltração medular. 
 
 
Fenômeno de Rouleaux: empilhamento de eritrócitos nos esfregaços sanguíneos, por elevada 
concentração de fibrinogênio ou globulinas. Ex: paraproteinemia (gamopatia monoclonal). 
Fenômeno ocorre na cabeça da lâmina, pelo excesso de sangue, mas não deve estar presente na cauda. 
 
Thais Alves Fagundes 
Policromasia / Policromatofilia: hemácias levemente azuladas, de maior tamanho, vistas ao 
hemograma convencional. Prováveis hemácias jovens (reticulócitos?) 
 
 
RETICULÓCITOS 
 
 
Reticulócitos: 
• Eritrócitos imaturos. 
• Não mais apresentamnúcleo. 
• Estágio de maturação antecede à hemácia madura. 
• Não são identificados no hemograma. 
• Malha reticular de RNA ribossômico visível à microscopia corada de azul de cresil brilhante. 
 
Principal utilidade clínica: classifica a anemia em hiporregenerativa, arregenerativa e regenerativa. 
Verifica a resposta medular, se está funcionando de forma normal, aumentada ou diminuída. 
• Reticulocitose: anemia regenerativa (anemia com medula funcionante) 
• Reticulocitopenia: hiporregenerativa e arregenerativa (anemia com medula não funcionante) 
 
Reticulocitose: aumento de reticulócitos 
• Hemólise 
• Recuperação de hemorragia aguda 
• Pós-tratamento ferro 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS 
ANEMIAS 
Morfológica: pelos índices VCM e CHCM 
• Microcítica VCM < 80 
o Ferropriva 
o Talassemias 
• Normocítica VCM 80-100 
o Drepanocitose 
o Autoimune (hipotireoidismo) 
o Anemia da doença crônica (pode ser micro) 
• Macrocítica VCM > 100 
o Megaloblástica 
 
Fisiopatológica: mecanismo gerador da anemia 
• Insuficiência do parênquima medular (aplasia) 
• Anemias carenciais (Fe, B12, B9, Vit C) 
• Anemias de doenças crônicas 
• Perda de sangue (TGI, mioma) 
• Hemólise (esferocitose,  glicose-6-fosfato desidrogenase) 
 
Resposta medular: produção de hemácias normal, aumentada ou diminuída 
• Anemias arregenerativas → reticulocitopenia 
Insuficiência do parênquima medular 
• Anemias hiporregenenerativas → reticulocitopenia 
Anemias carenciais (Fe, B12, B9, Vit C) 
Anemias de doenças crônicas 
• Anemias regenerativas → reticulocitose 
Perda de sangue (TGI, mioma) 
Hemólise (esferocitose,  glicose-6-fosfato desidrogenase) 
 
FLUXOGRAMA DA 
ANEMIA

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