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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA 
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA/ FITOTECNIA 
 
 
 
 
 
 
GEÓRGIA CARVALHO ANSELMO 
 
 
 
 
 
EFEITOS DE EXTRATOS DE PLANTAS E DE REAGENTES QUÍMICOS SOBRE 
Papaya lethal yellowing virus E SUA MOVIMENTAÇÃO EM MAMOEIRO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA-CEARÁ 
2013 
 
 
GEÓRGIA CARVALHO ANSELMO 
 
 
 
 
 
 
 
EFEITOS DE EXTRATOS DE PLANTAS E DE REAGENTES QUÍMICOS SOBRE 
Papaya lethal yellowing virus E SUA MOVIMENTAÇÃO EM MAMOEIRO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dissertação submetida à Coordenação do 
Curso de Pós-Graduação em Agronomia/ 
Fitotecnia da Universidade Federal do Ceará 
como requisito parcial da obtenção do título de 
Mestre em Fitotecnia. 
 
Orientador: Prof º. Drº. José Albersio Araújo 
Lima 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA-CEARÁ 
2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação 
Universidade Federal do Ceará 
Biblioteca de Ciências e Tecnologia 
 
 
A627e Anselmo, Geórgia Carvalho. 
 Efeitos de extratos de plantas e reagentes químicos sobre Papaya lethal yellow virus e sua 
movimentação em mamoeiro. / Geórgia Carvalho Anselmo. – 2013. 
 53 f. : il. color., enc. ; 30 cm. 
 
 Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, 
Departamento de Fitotecnia, Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Fitotecnia, 2013. 
 Área de Concentração: Fitopatologia. 
 Orientação: Prof. PhD. José Albersio Araújo Lima. 
 
 1. Mamão. 2. Plantas medicinais. 3. Produtos químicos. 4. Virus de plantas. I. Título. 
 
 CDD 631 
 
 
 
 
GEÓRGIA CARVALHO ANSELMO 
 
 
 
 
 
EFEITOS DE EXTRATOS DE PLANTAS E DE REAGENTES QUÍMICOS SOBRE 
Papaya lethal yellowing virus E SUA MOVIMENTAÇÃO EM MAMOEIRO. 
 
 
 
 
 
Dissertação submetida à Coordenação do 
Curso de Pós-Graduação em Agronomia/ 
Fitotecnia da Universidade Federal do Ceará 
como requisito parcial da obtenção do título de 
Mestre em Fitotecnia. 
 
 
 
Aprovada em ____/____/____ 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
________________________________________________ 
Profº. Drº. José Albersio Araújo Lima 
Universidade Federal do Ceará (UFC) 
 
 
 
__________________________________________________ 
Profa. Dra. Carmem Dolores Gonzaga Santos 
Universidade Federal do Ceará (UFC) 
 
 
_____________________________________________________ 
Dra. Paula Radaelli 
Pesquisadora da Syngenta
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICO 
 
A DEUS 
 
E A 
 
MINHA FAMÍLIA. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Deus, por ter me dado inteligência, por me ajudar nos momentos difíceis, iluminando os 
meus caminhos. 
 
À minha família, a minha mãe Francisca Carvalho, ao meu pai Manoel Anselmo, pela 
educação que me proporcionaram desde criança e aos meus irmãos Gizele Carvalho e Daniel 
Carvalho pelo apoio e carinho. 
 
À Universidade Federal do Ceará pela oportunidade da realização do curso de Pós- graduação 
em Agronomia (Fitotecnia). 
 
A Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP), pelo 
apoio financeiro. 
 
Ao Laboratório de Virologia Vegetal pelo o espaço cedido para a realização do experimento. 
 
Ao Prof. PhD José Albersio de Araújo Lima pela orientação e dedicação oferecida durante a 
construção do trabalho e pelos seus ensinamentos em virologia vegetal. 
 
À Msc. Aline Kelly Queiroz do Nascimento, pelos ensinamentos, companheirismo, incentivo, 
confiança, colaboração e amizade. 
 
As minhas amigas e amigos de trabalho do laboratório de virologia/ UFC: Graziela Barbosa, 
Ana Kelly, Nádia Rutielly, Layanne, Maria do Livramento (Princesa), Vicente, Fátima Gonçalves, 
Verônica Cavalcante, Paula Radaelli, Márcio Costa, Marilena Lopes, pela amizade, apoio, pelos 
bons momentos e pelo conhecimento adquirido nesse período. 
 
Aos meus amigos e amigas do curso de mestrado, pela amizade e companheirismo durante o 
curso. 
 
 
 
RESUMO 
 
O mamoeiro (Carica papaya) é uma importante fruteira tropical e sua produção está 
aumentando no Nordeste Brasileiro. O Papaya lethal yellowing virus (PLYV) é encontrado 
infetando o mamoeiro somente no Nordeste brasileiro, aonde vem constituindo sério 
problema para os produtores. O PLYV é bastante estável e pode ser transmitido por 
inoculação mecânica, solo, água de irrigação, mãos e instrumentos de corte contaminados. A 
presente atividade de pesquisa teve por objetivo avaliar os efeitos de produtos químicos e de 
extratos de plantas de uso medicinal sobre a infectividade do PLYV; acompanhar a 
distribuição do vírus em plantas inoculadas e avaliar sua interação com o Papaya ringspot 
virus (PRSV). Extratos de plantas infetadas com PLYV foram misturados com igual volume 
de um dos seguintes produtos químicos: álcool, n-butanol, sabão líquido comercial, Triton X-
100, sódio dodecilsulfato (SDS), hipoclorito de sódio e carbonato de sódio e com extratos de 
23 espécies vegetais de uso medicinal. As misturas foram incubadas por 30 min em condições 
de laboratório e mecanicamente inoculadas em plantas de mamoeiro. Amostras iguais de 
tecidos de plantas inoculadas com PLYV foram avaliadas por ELISA indireto para determinar 
o tempo necessário para sua infecção sistêmica. De acordo com os resultados, somente SDS, 
hipoclorito de sódio e carbonato de sódio inativaram o vírus, mas o SDS ocasionou danos nas 
plantas e o carbonato ocasionou pequenas pontuações esbranquiçadas. De outra parte, nenhum 
dos extratos de plantas inativou completamente o PLYV, mas o extrato de Schinus 
terebinthifolius retardou os sintomas do vírus. Tais resultados demonstram a importância do 
uso de soluções de hipoclorito de sódio para a inativação do PLYV na superfície de 
ferramentas agrícolas. Estudos da movimentação do vírus em plantas inoculadas indicaram 
que a presença do PLYV pode ser detectada por sorologia nas folhas inoculadas três a quatro 
dias após a inoculação, seis dias no caule, 10 dias nas raízes, 15 dias nas folhas mais jovens e 
a planta inteira foi infetada sistemicamente somente após 25 a 30 dias. Estudos de gama de 
hospedeiros confirmaram que o PLYV não infeta espécies das famílias: Amaranthaceae, 
Brassicaceae, Fabaceae, Pedaliaceae e Solanaceae, nem ocasiona lesões locais nas indicadoras 
Chenopodium amaranticolor; C. murale e C. quinoa. Os estudos sobre a interação entre 
PLYV e PRSV demonstraram a existência de sinergismo entre os dois vírus em mamoeiro. A 
técnica de imunoprecipitação de RT-PCR (IP-RT-PCR) demonstrou ser um método prático e 
específico para amplificação do RNA do vírus, reduzindo problemas de contaminação com o 
RNA de plantas. 
 
Palavras-chave: Carica papaya. Plantas medicinais. Produtos químicos. Distribuição viral. 
 
ABSTRACT 
 
Papaya (Carica papaya) is an important tropical fruit crop and its production is increasing 
every year in Northeastern Brazil. Papaya lethal yellowing virus (PLYV) is found infecting 
papaya only in Northeastern Brazil where it has become a serious problem for the papaya 
producers. PLYV is very stable and it can be readily transmitted by human actions including 
contaminated hands, agricultural tools, soil and irrigation water. The present study had the 
objective to evaluate the effects of chemical products and the extracts from 23 medicinal 
plants on the infectivity of PLYV in greenhouse experiments; to determine the distribution 
and movement of PLYV in mechanically inoculatedplants and evaluate its interaction with 
Papaya ringspot virus (PRSV). Extracts from PLYV infected plants were mixed with equal 
amount of either one of the following chemical products: alcohol, n-butanol, commercial 
liquid soap, Triton X-100, sodium dodecilsulfate (SDS), sodium hypochlorite and sodium 
carbonate, and with equal amount of extracts from 23 medicinal plant species. The mixtures 
were incubated for 30 min at room temperature and mechanically inoculated in healthy 
papaya. Equal amounts of tissue from each part of papaya plants inoculated with PLYV were 
serologically evaluated to demonstrate how long the virus takes to infect systemically 
inoculated plants. According to the results only SDS, sodium hypochlorite and sodium 
carbonate inactivated the virus, but SDS caused damage in the plants and carbonate caused 
small whitish points on the treated leaves. On the other hand, neither one of the used 
medicinal plant extracts inactivated completely the PLYV infectivity, but extracts from 
Schinus terebinthifolius inhibited the symptoms induced by the virus. Those results 
demonstrated the importance of sodium hypochlorite to inactivate PLYV in contaminated 
agriculture tools. The presence of PLYV in inoculated plants was serologically detected three 
to four days after inoculation in the inoculated leaves, only after six days in the stem, ten days 
in the roots, 15 days in the younger leaves and the plants were systemically infected only 25 
to 30 days after inoculation. Host range studies confirmed that PLYV does not infect plant 
species from the families: Amaranthaceae, Brassicaceae, Fabaceae, Pedaliaceae and 
Solanaceae, neither cause local lesions in Chenopodium amaranticolor; C. murale and C. 
quinoa. Interaction studies indicated a synergistic effect between PLYV and PRSV in papaya. 
The technique of RT-PCR immunoprecipitation (IP-RT-PCR) has proven to be practical and 
specific for amplification of PLYV RNA, reducing problems of contamination with plant 
RNAs. 
Keywords: Carica papaya. Medicinal plants. Chemicals. Virus distribution. 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Folhas de plantas de mamoeiro (Carica papaya) inoculadas com Papaya lethal 
yellowing virus (PLYV) submetido ao tratamento com extratos das seguintes 
espécies vegetais: A) Alecrim pimenta (Lippia sidoides); B) Alfavaca cravo 
(Ocimum gratissimum); C) Alfavaca roxa (Ocimun pupuraceus); D) Alho (Allium 
sativum); E) Aroeira (Schinus terebinthifolius) e F) Boldo gigante (Plectranthus 
barbatus). .................................................................................................................... 
Figura 2 - Folhas de plantas de mamoeiro (Carica papaya) inoculadas com Papaya lethal 
yellowing virus (PLYV), todas exibindo sintomas da infecção do vírus, submetido 
ao tratamento com extratos das seguintes espécies vegetais: A) Primavera 
(Bougainvillea spectabilis); B) Cajueiro (Anacardium occidentale); C) Cidreira 
(Melissa officinalis); D) Corama (Bryophyllum calycinum); E) Dedo do diabo 
(Euphorbia tirucalli) e F) Espirradeira (Nerium oleander). ....................................... 
Figura 3 - Folhas de plantas de mamoeiro (Carica papaya) inoculadas com Papaya lethal 
yellowing virus (PLYV) submetido ao tratamento com extratos das seguintes 
espécies vegetais, todas exibindo sintomas da infecção do vírus: A) Goiabeira 
(Psidium guajava); B) Hortência (Calotropis procera); C) Malva santa 
(Plectranthus barbatus); D) Manjericão (Ocimum basilicum); E) Mastruz 
(Chenopodium ambrosioides) e F) Mirra (Commiphora myrrha). ............................. 
Figura 4 - Folhas de plantas de mamoeiro (Carica papaya) inoculadas com Papaya lethal 
yellowing virus (PLYV) submetido ao tratamento com extratos das seguintes 
espécies vegetais, todas exibindo sintomas da infecção do vírus: A) Nim 
(Azadirachta indica); B) Pimenta (Piper nigrum); C) Pinhão (Jatropha curcas) e 
D) Xambá (Justicia pectoralis). ................................................................................. 
Figura 5 - Plantas de mamoeiro (Carica papaya) inoculadas com Papaya lethal yellowing 
vírus (PLYV) submetido ao tratamento com os seguintes produtos químicos: A) 
SDS; B) Carbonato de sódio; C) Triton e D) Sabão. .................................................. 
Figura 6 - Plantas de mamoeiro (Carica papaya) inoculadas com Papaya lethal yellowing 
vírus (PLYV) submetido ao tratamento com os seguintes produtos químicos: A) 
Hipoclorito de sódio; B) n- butanol e C) Álcool. ........................................................ 
Figura 7 - Plantas de mamoeiro (Carica papaya) inoculadas com diferentes combinações, 
simples e mista de vírus: A) Plantas inoculadas com Papaya lethal yellowing virus 
(PLYV); B) Plantas inoculadas com Papaya ringspot virus (PRSV); C) Plantas 
 
 
 
 
 
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inoculadas com PLYV+ PRSV; D) Plantas inoculadas com PLYV e após 10 dias 
com PRSV; E) Plantas inoculadas com PRSV e após 10 dias com PLYV e F) 
Plantas sadias mantidas como testemunhas. ............................................................... 
Figura 8 - Representação esquemática da movimentação do Papaya lethal yellowing virus 
(PLYV) em mamoeiro (Carica papaya) após a inoculação mecânica em folhas de 
plantas sadias. Seta indica a folha que foi mecanicamente 
inoculada...................................................................................................................... 
 Figura 9 - Resultados da eletroforese em gel de agarose de produtos da PCR com isolados de 
Papaya lethal yellowing virus (PLYV): M- marcador ladder 1 kb; 1- Planta sadia ; 
2- Produto da amplificação do isolado PLYV-Horizonte; 3- Produto da 
amplificação do isolado de PLYV-Marco e 4- Produto da amplificação o isolado de 
PLYV-CEASA. ........................................................................................................... 
Figura 10 - Resultados da eletroforese em gel de agarose de Papaya lethal yellowing virus 
(PLYV) isolado de Marco: M- marcador ladder 1 kb; 1- Produto da amplificação 
da IP-RT-PCR de planta sadia; 2- Produto da amplificação da RT-PCR de planta 
sadia; 3- Produto da amplificação do isolado de PLYV de Marco por IP-RT-PCR; 
4- Produto da amplificação do isolado de PLYV de Marco por RT-PCR. ................ 
 
 
 
40 
 
 
 
42 
 
 
 
 
43 
 
 
 
 
44 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1- Efeitos de extratos de espécies de plantas de uso medicinal sobre a infectividade 
do Papaya lethal yellowing virus (PLYV) em mamoeiro (Carica papaya), 
confirmado por ELISA. .......................................................................................... 
Tabela 2 - Efeitos de produtos químicos na infectividade de Papaya lethal yellowing virus 
(PLYV) em plantas de mamoeiro (Carica papaya) avaliadas por porcentagem de 
plantas infetadas e presença do vírus avaliada por ELISA. ..................................... 
Tabela 3- Sintomatologia em plantas de mamoeiro inoculadas com Papaya lethal yellowing 
virus (PLYV) e Papaya ringspot virus (PRSV) isoladamente e em combinação. 
.................................................................................................................................. 
 
 
 
 
30 
 
 
 
 
36 
 
 
 
 
39 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 LISTA DE FIGURAS.................................................................................................... 
 LISTA DE TABELAS................................................................................................... 
1- INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 
2- REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................... 
2.1- Família Caricaceae........................................................................................................2.2- A Cultura do Mamoeiro................................................................................................ 
2.3- Vírus que Infetam o Mamoeiro..................................................................................... 
2.4- Papaya lethal yellowing virus (PLYV)………………...…………………………….. 
2.5- Efeitos de Extratos de Plantas e de Produtos Químicos sobre Vírus de Planta............ 
3- MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................................... 
3.1- Efeitos de Extratos Plantas de uso Medicinal sobre o PLYV em Mamoeiro............... 
3.2- Técnica de ELISA Indireto Usada nas Avaliações....................................................... 
3.3- Efeitos de Produtos Químicos sobre o PLYV............................................................ 
3.4- Estudos da Gama de Hospedeiros do Isolado de PLYV............................................... 
3.5- Interação Entre PLYV e PRSV em Plantas de Mamoeiro............................................ 
3.6- Movimentação do PLYV em Plantas de Mamoeiro .................................................... 
3.7- Detecção Molecular do PLYV...................................................................................... 
3.7.1- Extração de RNA Total e PCR de Isolados do PLYV............................................... 
3.7.2- Detecção do PLYV por Imunoprecipitação Seguido de RT-PCR (IP- RT-
PCR)..................................................................................................................................... 
4- RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................... 
4.1- Efeitos de Extratos Plantas de uso Medicinal sobre o PLYV em Mamoeiro .............. 
4.2- Efeitos dos Produtos Químicos sobre a infectividade do PLYV.................................. 
4.3- Gama de Hospedeiros de Papaya lethal yellowing virus.............................................. 
4.4- Interação do PLYV com PRSV-P em Plantas de Mamoeiro........................................ 
4.5- Movimentação do PLYV em Plantas de Mamoeiro .................................................... 
4.6- Análise Molecular do PLYV......................................................................................... 
5- CONCLUSÕES.............................................................................................................. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................. 
10 
12 
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16 
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46 
 
14 
 
1- INDRODUÇÃO 
O mamoeiro (Carica papaya L.) é uma fruteira tropical de grande importância 
econômica para o Brasil, sobretudo para o Nordeste. Seu cultivo encontra-se distribuído em 
países tropicais e subtropicais, sendo conhecido em todo mundo, em virtude de seu valor 
alimentício e medicinal (FAO, 2011). É uma dicotiledônea pertencente à família Caricaceae, 
sendo uma cultura de grande expressão agrícola (MANICA, 1982). 
O mamão é uma fruta rica em vitamina A, B, C e D, possuindo diversas 
utilidades, como na fabricação de doces, saladas, purês e geléias. Segundo Patro (2011), as 
folhas, raízes, flores e frutos do mamoeiro possuem propriedades medicinais. O mamão 
caracteriza-se por possuir uma vida útil curta, podendo variar em torno de quatro semanas, 
tornando-se importante os cuidados no transporte e armazenamento. 
Doenças causadas por fungos, bactérias, nematóides, fitoplasmas e vírus podem 
ocasionar sérios danos à cultura. De acordo com Lima et al. (2001), as viroses constituem o 
principal grupo de doenças que podem trazer perdas à cultura do mamoeiro, podendo 
ocasionar perda total da plantação. As principais viroses no Brasil são ocasionadas por 
Papaya ringspot virus (PRSV), família Potyviridae, gênero Potyvirus (LIMA; LIMA, 2002); 
Papaya meleira virus (PMeV), ainda não taxonomicamente classificado pelo Comitê 
Internacional de Taxonomia de Virus (ICTV) (MARCIEL-ZAMBOLIM et al., 2003.); e pelo 
Papaya lethal yellowing virus (PLYV), gênero Sobemovirus (SILVA, 1996; NASCIMENTO 
et al., 2010 ; PEREIRA, et al., 2012) objeto da presente atividade de pesquisa. 
O PLYV foi detectado primeiramente no Estado de Pernambuco e segundo Lima 
et al. (2001), sua dispersão tem se manifestado no sentido leste a oeste, podendo ocasionar 
sérios problemas nas regiões de produção de mamão. Os sintomas têm início nas folhas mais 
jovens da copa que se apresentam amareladas, ligeiramente retorcidas e que posteriormente 
murcham e caem, levando a planta à morte. A doença tem se constituído em sério problema, 
não só pela crescente disseminação do vírus, mas também pela severidade dos sintomas nas 
plantas (LIMA et al., 2001; LIMA; LIMA, 2002; NASCIMENTO, et al., 2010; LIMA et al., 
2013). 
Para evitar a disseminação do PLYV têm sido recomendadas medidas de controle 
preventivas incluindo a produção de mudas livres de vírus, a prática do “roguing” das plantas 
doentes, erradicação das plantas de áreas abandonadas e desinfestação de ferramentas 
utilizadas na colheita (LIMA; LIMA, 2002). 
15 
 
A possibilidade da utilização de produtos naturais extraídos de vegetais poderá, 
eventualmente, constituir-se em alternativa para o controle de patógenos, inclusive vírus, com 
a vantagem da redução de gastos e redução do impacto ambiental. 
Em razão da grande importância da cultura e sua crescente dispersão no Nordeste, 
o presente trabalho teve como objetivos: avaliar os efeitos de extratos de plantas de uso 
medicinal e de produtos químicos de uso em laboratório na infectividade do PLYV, para a 
possibilidade de uso como alternativas no controle do vírus; verificar a distribuição do PLYV 
em plantas infetadas de mamoeiro; investigar a interação do PLYV com o PRSV-P, outro 
vírus de grande importância que causa sérios danos na cultura do mamoeiro a nível mundial; 
efetuar estudos complementares de gama de hospedeiro como também avaliar o uso de 
técnicas moleculares na detecção do vírus. 
16 
 
2- REVISÃO DE LITERATURA 
2.1- Família Caricaceae 
O mamoeiro pertence à família Caricaceae, que inclui cinco gêneros com 
aproximadamente 34 espécies, já identificadas. Segundo Badillo (1993), os números de 
espécies nos cinco gêneros estão assim distribuídos: Cylicomorpha (duas espécies), Jacaratia 
(sete espécies), Horovitzia (uma espécie), Jarilla (três espécies) e Carica (21 espécies). No 
Brasil ocorrem 10 espécies pertencentes aos gêneros: Carica e Jacaratia (LORENZI; 
SOUZA, 2008). 
As plantas de mamoeiro são herbáceas, com folhas alternas, que podem ser 
simples ou compostas, podendo apresentar estípulas ou não. Apresentam inflorescência 
cimosa, às vezes reduzida a uma única flor, sendo que as flores são vistosas, bissexuadas, 
actinomorfas, diclamídeas, com cálice pentâmero, gamopétala ou dialipétala, prefloração 
valvar. Possui de cinco a dez estames, que podem estar livres ou unidos entre si. O ovário é 
súpero, pentacarpelar, podendo ser unilocular ou pentalocular, e o fruto é classificado como 
baga (LORENZI; SOUZA, 2008). 
 
2.2- A Cultura do Mamoeiro 
O mamoeiro pertence à classe Dicotyledoneae, subclasse Archichlamydeae, 
ordem Violales, família Caricaceae e gênero Carica (MANICA, 1982). Seu centro de origem 
está localizado na Bacia Amazônica Superior, aonde a diversidade genética é elevada, 
caracterizando-se como uma planta tipicamente tropical (FARIAS et al., 1998). De acordo 
com Alves (2003), o mamoeiro encontra-se distribuído em vários países entre as latitudes de 
32º Norte e Sul, sendo que seu cultivo está localizado entre os trópicos de Câncer e 
Capricórnio. O cultivo do mamoeiro encontra-se distribuído tanto nos países tropicais como 
nos subtropicais, em locais de clima quente, pluviosidade alta e em solo rico em matéria 
orgânica, com um pH entre 5,5 a 6,5.Nessas condições, o mamoeiro possui ciclo semi-
perene, com produção durante três a cinco anos (COSTA; PACOVA, 2003; NASCIMENTO, 
2010). 
A espécie Carica papaya L. apresenta uma raiz pivotante com ramificações 
radiais. Seu caule é normalmente indiviso e ereto. Suas folhas são alternas, com limbos e 
pecíolos foliares grandes e apresenta flores dióicas, monóicas ou hermafroditas. Segundo 
Badillo (1993), seu fruto pode ter forma ovóide, esférica, ou piriforme desde pequeno (2 a 10 
17 
 
cm de comprimento por 1,5 a 6 cm de largura) até muito grande (em cultivo), polpa amarela, 
alaranjada, ou avermelhada, geralmente oco. O fruto possui em sua casca a papaína, uma 
pepsina vegetal que tem ação no intestino, sendo rico em vitamina A, B, C, e D, podendo ser 
utilizado na fabricação de doces ou ser consumido maduro (MANICA, 1982; GOMES; 1986). 
Segundo Manica (1982), o mamão ainda pode ser utilizado na fabricação de purê em calda, 
mamão cristalizado, em salada de frutas tropicais, geléia, confeitos, coquetéis e aperitivos. Na 
indústria as sementes são usadas para a extração de um óleo e as folhas utilizadas como 
forrageiras e também no preparo de expectorante. Segundo Patro (2011), o mamoeiro possui 
valor medicinal, sendo indicado para problemas renais e respiratórios, obesidade, prisão-de-
ventre, verminoses, possuindo propriedades antiinflamatória, calmante, cicatrizante, laxativa, 
através da utilização das folhas, raízes, flores e frutos. 
Suas sementes são pequenas com aproximadamente de 5 a 7 mm, apresentando 
várias protuberâncias em forma de cristas (BADILLO, 1993). De acordo com Costa (2003), a 
germinação das sementes do mamoeiro é rápida de três a quatro semanas, aproximadamente, 
com um pico de produção entre três a cinco anos, sendo considerada uma cultura de grande 
expressão agrícola (MARIN; SILVA, 1996). 
Dados recentes da FAO (2011) mostram que os maiores produtores mundiais de 
mamão são o Brasil, México, Nigéria, Índia e Indonésia, enquanto os maiores exportadores 
são o México e a Malásia. A produção mundial de mamão representa 10% da produção 
mundial de frutas tropicais, em torno de 8 milhões de toneladas. Em 2009, o Brasil produziu 
1,8 milhões de toneladas em 34,2 mil hectares, sendo que as regiões que mais produziram 
foram o Nordeste e Sudeste (IBGE, 2011). Os principais estados produtores foram Bahia (891 
mil toneladas), Espírito Santo (550 mil toneladas), Ceará e Rio Grande do Norte com (104 mil 
toneladas). 
A cultura do mamoeiro possui uma estreita base genética, sendo limitado o 
número de cultivares plantadas. As cultivares de mamoeiro mais utilizadas no Brasil são 
classificadas em dois grupos: o grupo Solo, abrangendo as cultivares („Sunrise Solo‟ e 
„Improved Sunrise Solo cv.72/12‟) e grupo Formosa („Tainung nº1‟ e „ Tainung nº2‟). As 
cultivares do grupo Formosa são adequadas à comercialização no mercado interno e as do 
grupo Solo são comercializadas nos mercados interno e externo, possuindo material 
geneticamente uniforme (LIMA et al., 2001; DANTAS; LIMA, 2001). 
Mesmo com condições propícias ao cultivo de mamoeiro no Brasil, existem 
alguns problemas que podem reduzir o sucesso da cultura, incluindo as doenças causadas por 
18 
 
fungos, bactérias, nematóides, fitoplasmas e vírus (LIMA et al., 2001; MARCIEL-
ZAMBOLIM et al., 2003). 
Entre as doenças causadas por fungos, destacam-se a Mancha de Alternaria 
causada por Alternaria alternata (Keissl.); Mancha de Cercóspora causada por 
Pseudocercospora papayae (Hansf.); Antracnose causada por Colletotrichum gloeosporioides 
Penz.; Podridão mole de Rhizopus causada por Rhizopus stolonifer Vuill. (SANTOS; 
BARBOSA; NICKEL, 2003). O amarelecimento interno do fruto é causado pela bactéria 
Enterobacter cloacer (Jordan) Hormaeche & Edwards. Os nematóides também causam sérios 
problemas na cultura, destacando-se Rotylenchus reniforme Linford & Oliveira, Melodogyne 
incognita (Kofoid & White) Chitwood e o M. hapla Chitwood (SILVA, 1996). 
Os vírus são os principais causadores de doenças no mamoeiro, ocasionando 
perdas na produção, reduzindo ou até podendo chegar à destruição total da plantação infetada 
(LIMA; SANTOS, 1991; LIMA; LIMA; MARQUES, 1994; REZENDE; FANCELLI, 1997; 
LIMA et al., 2001; LIMA; LIMA, 2002; NASCIMENTO, 2010; NASCIMENTO, et al., 
2010.) 
 
2.3- Vírus que Infetam o Mamoeiro 
Segundo Lima e Lima (2002), as viroses constituem os principais problemas do 
mamoeiro, causando sérios prejuízos na sua produção, podendo atingir toda uma plantação, 
reduzindo sua produção para o mercado consumidor. 
A multiplicação dos vírus em plantas suscetíveis se dá por replicação do seu 
material genético e pela síntese de suas proteínas nas células das plantas hospedeiras 
(MATTHEWS, 1992). A entrada do vírus nas células de uma planta hospedeira ocorre por um 
processo passivo, através de leves ferimentos da superfície do tecido vegetal ou por ação de 
vetores biológicos (MATTHEWS, 1992; HULL, 2004; ZERBINI; CARVALHO; 
ZAMBOLIM, 2006). 
Os principais vírus que infetam a cultura do mamoeiro em diversas partes do 
mundo pertencem às seguintes famílias e/ou gêneros: Família Potyviridae, gênero Potyvirus: 
Papaya leaf distortion mosaic virus (PLDMV) (CONOVER, 1976; KAWANO; YONAHA, 
1992); Papaya ringspot virus (PRSV) (PURCIFULL et al., 1984; GONSALVES ; 
TRIPATHI; SUZUKI, 2010); Gênero Sobemovirus: Papaya lethal yellowing virus (PLYV) 
(LORETO; VITAL; RESENDE, 1983; LIMA et al., 2001; LIMA; LIMA, 2002; 
19 
 
NASCIMENTO, 2010; NASCIMENTO, et al., 2010; PEREIRA, et al., 2012; LIMA et al., 
2013); Família Rhabdoviridae: Papaya apical necrosis virus (PANV) (LASTRA; 
QUINTERO, 1981); Gênero Potexvirus: Papaya mosaic virus (PMV) (COOK; ZETTLER, 
1970) e Papaya mild yellow leaf virus (PMYLV) (MARYS; CARBALLO; IZAGNIRRE-
MAYARAL, 1995) e Papaya meleira virus (PMeV), ainda não taxonomicamente classificado 
pelo Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus (ICTV); 
No Brasil os principais vírus que infetam a cultura do mamoeiro são PRSV-P, 
(COSTA; CARVALHO; KAMADA, 1969; LIMA; GOMES, 1975; LIMA; BEZERRA, 1988; 
LIMA et al., 2001); PMeV (LIMA et al., 2001; RAMOS et al., 2008; KUNG et al., 2009; 
NASCIMENTO et al., 2010) e PLYV (LORETO; VITAL; RESENDE, 1983; LIMA et al., 
2001; LIMA; LIMA, 2002; NASCIMENTO, 2010; NASCIMENTO, et al., 2010; LIMA et 
al., 2013). 
Uma planta infetada com PRSV-P apresenta folhas com sintomas de mosaico, 
bolhosidade e deformações foliares, e os frutos apresentam anéis oleosos concêntricos. No 
caule e no pecíolo das folhas podem surgir manchas anelares ou irregulares, sendo que a 
infecção do vírus pode causar a morte prematura da planta. Como forma de controle no Brasil, 
tem sido recomendada a eliminação das plantas infetadas para evitar a dispersão do vírus 
(LIMA; LIMA, 2002; VENTURA; COSTA; TATAGIBA, 2004). 
O PMeV pode induzir a exsudação de látex nos frutos, que ao oxidar, apresentam 
manchas borradas. O látex das plantas infetadas tem como característica um aspecto aquoso 
translúcido, escorrendo com maior facilidade. O látex ocorre também nas folhas mais jovens, 
causando oxidação e manchas necróticas. No fruto, também se observa áreas amarelo e verde, 
confundindo o produtor com sintomas de deficiência de micronutrientes. Assim, como para o 
PRSV, as plantas que apresentam meleira devem ser erradicadas (LIMA; LIMA, 2002; 
VENTURA et al., 2003). 
 
2.4- Papaya lethal yellowing virus (PLYV) 
O PLYV agente causal do amarelo letal no mamoeiro foi primeiramente 
identificado no Brasil, no estado de Pernambuco (LORETO; VIDAL; RESENDE, 1983). Em 
seguida, Vega, Bezerra e Resende (1988) constataram o vírus na Bahia; Lima e Santos (1991) 
identificaram o PLYV no estado do Ceará; Kitajima et al. (1992) constataram o vírus no Rio 
Grande do Norte e Camarço et al. (1996) na Paraíba. 
20 
 
O PLYV possui origem desconhecida, podendo ser resultado de uma possível 
mutação de outrosvírus (LORETO; VIDAL; RESENDE, 1983). Conforme Lima et al. 
(2001), sua dispersão na região Nordeste tem sido manifestada no sentido de leste-oeste. O 
vírus pertence ao gênero Sobemovirus (SILVA, 1996; NASCIMENTO et al., 2010; PEREIRA 
et al., 2012) sendo seu capsídeo formado por uma única proteína capsidial de ca. 34.7 kDa , 
contendo um genoma constituído por um segmento de RNA de hélice simples (SILVA, 1996; 
CAMARÇO, 1997; NASCIMENTO et al., 2010; LIMA et al., 2013). Conforme Kitajima 
(1992), as partículas poliédricas do PLYV podem ser visualizadas no interior dos vacúolos 
das plantas infetadas através de microscópio eletrônico. 
A doença ocasionada pelo PLYV vem causando sérios problemas nas regiões 
produtoras de mamão do estado do Ceará. As plantas infetadas com PLYV apresentam as 
folhas jovens amareladas, cloróticas e retorcidas. O amarelecimento das folhas tem início no 
terço superior da copa e nos frutos surgem manchas circulares, que no início são verdes, mas 
depois se tornam amareladas, e ocasiona geralmente a morte da planta (LORETO; VIDAL; 
RESENDE, 1983; LIMA; LIMA, 2002; VENTURA; MARTINS, 2007). 
Alguns estudos em casa de vegetação com mais de 30 espécies vegetais 
mostraram que a gama de plantas hospedeiras do PLYV está limitada à família Caricaceae, 
infetando Jacaratia heterophyla L., J. spinosa (Aubli) A. DC., Vasconcella cauliflora (Jacq.) 
Badillo, V. quercifolia A.St.-Hil. e V. monoica A. DC. (NASCIMENTO et al., 2010; LIMA et 
al., 2013). 
O PLYV pode ser transmitido por enxertia, de forma mecânica, por ferramentas 
usadas no corte de plantas infetadas, por solo contaminado, por água de rega e por mãos 
contaminadas, mesmo depois de lavadas com sabão (LIMA; SANTOS, 1991; CAMARÇO, 
1997; CAMARÇO; LIMA; PIO-RIBEIRO, 1998; SARAIVA, et al., 2006; NASCIMENTO et 
al., 2010; LIMA et al., 2013). Embora o vírus não seja transmitido por sementes de frutos 
infetados, o mesmo foi sorologicamente detectado na superfície das sementes de frutos com o 
vírus (CAMARÇO; LIMA; PIO-RIBEIRO, 1998; NASCIMENTO et al., 2010). Portanto, o 
PLYV pode estar presente nas sementes de frutos doentes, sendo importante não utilizar 
sementes sem conhecer sua origem, por conta do risco da introdução do vírus em áreas 
produtoras (CAMARÇO, 1997; LIMA; LIMA, 2002). 
O PLYV é um vírus relativamente estável, apresentando ponto de inativação 
térmica (PIT) de 80 ºC, longevidade in vitro (LIV) de 60 dias e ponto máximo de diluição 
(PMD) de 10
-6
. A elevada estabilidade das partículas do vírus facilita sua disseminação pelas 
21 
 
ações do homem, o que pode explicar sua crescente dispersão sem um vetor biológico 
(CAMARÇO et al., 1996; LIMA et al., 2001; LIMA ; LIMA, 2002; SARAIVA et al., 2006; 
NASCIMENTO et al., 2010; LIMA et al., 2013). 
Como forma de controle para o PLYV é importante evitar o transporte de mudas, 
frutos e sementes infetadas com o vírus; realizar a erradicação de mamoeiros infetados com 
sintomas típicos da doença e promover a eliminação total de pomares velhos abandonados, 
mesmo que não estejam com o vírus, para que não sejam fontes de inóculo; realizar roguing 
de plantas que apresentem os sintomas iniciais da doença; e por conta da elevada estabilidade 
do vírus, realizar a desinfestação das ferramentas agrícolas a fim de evitar sua transmissão 
dentro de uma mesma área (LIMA; LIMA, 2002; VENTURA; MARTINS, 2007; LIMA et 
al., 2013). 
 
2.5- Efeitos de Extratos de Plantas e de Produtos Químicos sobre Vírus de Planta 
O Brasil é um país rico em biodiversidade de plantas, possuindo uma das mais 
ricas floras do mundo, sendo que existem milhões de espécies vegetais que podem ser 
estudadas e utilizadas em benefício ao homem (GUERRA; NODARI, 2001). De acordo com 
Ilha et al. (2008), com o tempo o homem observou que as frutas e as plantas além das 
propriedades nutritivas possuem também atributos medicinais. 
Existem na literatura vários trabalhos relacionados ao efeito de extrato de plantas 
e de produtos químicos sobre bactérias, fungos e nematóides, tanto em animais como nas 
plantas, mas são poucos os relacionados a vírus em plantas. Segundo Noronha et al. (1983), 
os efeitos dos extratos sobre vírus mais estudados são os que infetam a cultura do tomateiro 
(Solanum lycopersicum L.) e do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.). 
Além das plantas medicinais, existem produtos químicos que podem inibir a ação 
de determinados patógenos como Sodium Dodecyl Sulphate (SDS), Triton X-100, carbonato 
de sódio e álcool, produtos comuns e rotineiros de laboratório utilizados no combate a 
determinados patógenos, inclusive vírus (DONINI et al., 2005; CASTILHO et al, 2008; 
ZACHÉ et al., 2010) . 
22 
 
3- MATERIAL E MÉTODOS 
3.1- Efeitos de Extratos de Plantas de uso Medicinal sobre o PLYV em Mamoeiro 
Foram avaliados os efeitos de extratos de várias espécies vegetais de uso 
medicinal, sobre a infectividade do PLYV em mamoeiro. Os extratos foram preparados a 
partir de folhas das seguintes espécies botânicas: Alecrim pimenta (Lippia sidoides Cham.), 
Alfavaca cravo (Ocimum gratissimum L.), Alfavaca roxa (Ocimum pupuraceus L.), Alho 
(Allium sativum L.), Aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi), Boldo gigante (Plectranthus 
barbatus Andr.), Cajueiro (Anacardium occidentale L.), Cidreira (Melissa officinalis L.), 
Comigo ninguém pode (Dieffenbachia pictada L.), Corama (Bryophyllum calycinum Salisb.), 
Dedo do diabo (Euphorbia tirucalli L.), Espirradeira (Nerium oleander L.), Goiabeira 
(Psidium guajava L.), Hortência (Calotropis procera Aiton.), Malva santa (Plectranthus 
barbatus Andr.), Manjericão (Ocimum basilicum L.), Mastruz (Chenopodium ambrosioides 
L.), Mirra (Commiphora myrrha Engl.), Nim (Azadirachta indica A.), Pimenta (Piper nigrum 
L.), Pinhão (Jatropha curcas L.) Primavera (Bougainvillea spectabilis Willd.) e Xambá 
(Justicia pectoralis Jacq.). As folhas das espécies de plantas medicinais foram obtidas da 
coleção de plantas Prof. Francisco Matos da Universidade Federal do Ceará (UFC) e do 
Núcleo de Ensino e Pesquisa em Agricultura Urbana (NEPAU) localizado também no 
Campus do Pici. 
Os extratos das plantas de uso medicinal e o extrato de planta de mamoeiro 
infetada por PLYV foram preparados em água destilada, na proporção de 1:2 (p/v). Em 
seguida, foi feito uma mistura dos extratos foliares das espécies vegetais de uso medicinal 
com extrato de plantas de mamoeiro com PLYV, na proporção de 1:1 (v/v). As misturas 
foram incubadas em condições de laboratório (26 ºC) durante 30 min. Em seguida, cada 
mistura foi inoculada em plantas sadias de mamoeiro cultivadas em vasos com 
aproximadamente 60 dias após o plantio. Todas as plantas inoculadas foram mantidas em casa 
de vegetação e observadas durante, aproximadamente, 30 dias, ao final dos quais, as plantas 
inoculadas foram testadas por “Enzime linked immunosobent assay” (ELISA) indireto, com 
antissoro específico para PLYV. 
 
3.2- Técnica de ELISA Indireto Usada nas Avaliações 
Para a realização do ELISA indireto nos diferentes experimentos, amostras 
foliares ou de outros tecidos de plantas foram maceradas em tampão de carbonato de sódio 
23 
 
(0,15 M Na2CO3, 0,035 M de NaHCO3 e 0,007 M de dietilcarbamato, pH 9,6) na diluição de 
1:10 (p/v). Alíquotas de 100 µL de cada amostra foram depositadas nos poços de placas de 
ELISA e em seguida foram incubadas a 4 ºC por um período de 12 h. As placas foram 
submetidas a três lavagens consecutivas com PBS-Tween-20 (0,08% de Nacl, 0,02% de 
KH2PO4, 0,11% de Na2HPO4, 0,02% de KCl e 0,05% Tweem-20) e mais uma lavagem com 
água destilada. Em seguida, foram adicionados 100 µL de antissoro específico para PLYV 
previamente absorvido com extrato de planta sadia de mamoeiro, diluído na proporção 1:1000 
em tampão do antissoro (PBS-Tween 20 com 0,5 M polivinilpirrolidona, 0,2% de 
ovoalbumina, 0,3M de azida de sódio, 0,17% de dietilcarbamato). As placas foram incubadas 
a 37 °C por1 h, e depois lavadas novamente com PBS-Tween-20 e água destilada. Em 
seguida, foi adicionado 100 µL de imunoglobulina G (IgG), diluída na proporção 1:2.000, em 
tampão do conjugado (0,5 M polivinil pirrolidona, 2% de ovoalbumina e 0,03 M de azida de 
sódio) e novamente as placas foram incubadas a 37 °C por 1 h. Após as lavagens com PBS-
Tween-20 e água destilada, foi adicionado 100 µL do substrato p-nitrofenil fosfato na 
concentração de 0,5 mg/mL dissolvido em tampão do substrato (MgCl2 0,0005 M, pH 9,8, 
contendo 12% de dietanolamina), e incubadas por 20 min no escuro para permitir a reação 
enzimática. As leituras das placas foram feitas aos 20 e 40 min em leitor de ELISA 
Labsystems Multiskam MS, com comprimento de onda de 405 nm. As amostras testadas 
foram consideradas positivas quando os valores da absorbância em 405 nm foram superiores a 
duas vezes as médias dos valores das absorbâncias das plantas sadias mais três vezes o desvio 
padrão destes valores (ALMEIDA, 2001). 
 
3.3- Efeitos de Produtos Químicos sobre o PLYV 
Extrato de plantas de mamoeiro infetadas por PLYV foi preparado em água 
destilada, na proporção de 1:2 (p/v) e misturado com igual volume de um dos seguintes 
produtos químicos: Álcool, Carbonato de sódio, Hipoclorito de Sódio, n-Butanol, Sabão 
líquido comercial, Dodecilsulfato de sódio (SDS) e Triton X-100. 
As misturas foram incubadas em condições de laboratório (26 ºC) durante 30 min 
e em seguida, foram inoculadas em plantas sadias de mamoeiro cultivadas em vasos com 
aproximadamente 60 dias. Todas as plantas inoculadas foram observadas durante, 
aproximadamente 30 dias, em condições de casa de vegetação, e testadas por ELISA indireto 
com antissoro específico para PLYV. 
24 
 
3.4- Estudos da Gama de Hospedeiros do Isolado de PLYV 
Os estudos da gama de hospedeiros do PLYV foram realizados em casa de 
vegetação com um isolado do vírus, sendo as plantas inoculadas mecanicamente na fase 
inicial de desenvolvimento. A inoculação mecânica foi realizada com extratos de plantas de 
mamoeiro infetadas sistemicamente pelo PLYV, preparados em solução tampão 0,05 M de 
KPO4, pH 7,5, obtidos pela maceração de tecido foliar infetado, na proporção de 1 g de tecido 
para 8 mL de solução. As plantas inoculadas foram observadas diariamente e aos 30 dias após 
a inoculação, tanto as folhas inoculadas e uma folha formada após a inoculação foram testadas 
por ELISA indireto. 
Foram avaliadas 16 espécies e variedades das seguintes famílias botânicas: 
Amaranthaceae: Chenopodium amaranticolor Costa e Reyn; C. murale L.; C. quinoa Wild.; 
Gomphrena globosa L.; Brassicaceae: couve chinesa (Brassica rapa Pekinesis); couve rábano 
(B. oleraceae L.); couve brocoli (B. oleraceae L.) var. Gongylodes; couve manteiga (B. 
oleraceae L.) var. Acephala; couve flor (B. oleraceae L.) var. Botrytis; mostarda (Brassica 
alba L.); Fabaceae: feijão de rola (Macroptilium lathyroides L.); família Solanaceae: fumo 
(Nicotiana tabacum L.) „Xanthi‟, „TNN‟, „Sansum White Burley‟; N. glutinosa L.; e da 
família Pedaliaceae: gergelim (Sesamum indicum L.). 
 
3.5- Interação Entre PLYV e PRSV em Plantas de Mamoeiro 
Foram utilizadas 60 plantas de mamoeiro cultivadas em vasos com 
aproximadamente 60 dias. O estudo foi composto dos seguintes tratamentos com cinco vasos 
com duas plantas cada: T1- plantas inoculadas com PLYV; T2- plantas inoculadas com 
PRSV-P; T3- plantas inoculadas com PLYV + PRSV-P; T4- plantas inoculadas com PLYV e 
após 10 dias inoculadas com PRSV-P; T5- plantas inoculadas com PRSV-P e após 10 dias 
inoculadas com PLYV e T6- plantas sadia, mantidas como testemunhas. 
Os extratos contendo os vírus foram preparados através da maceração de folhas de 
plantas de mamoeiro infetadas com PLYV ou com PRSV-P em solução tampão 0,05 M de 
KPO4, pH 7,5, na proporção de 1:2 (p/v), sendo que os extratos utilizados no tratamento T3 
foram preparados com tecidos de plantas de mamoeiro com PLYV misturados com tecidos de 
plantas de mamoeiro com PRSV-P na proporção de 1:1 (v/v). 
25 
 
Diariamente foram avaliados o aparecimento, a evolução e a severidade dos 
sintomas e aos 30 dias após as inoculações as presenças dos vírus foram avaliadas por ELISA 
indireto em todas as plantas constantes dos tratamentos com inoculação simples e dupla. 
 
3.6- Movimentação do PLYV em Plantas de Mamoeiro 
O estudo da movimentação do PLYV em plantas infetadas de mamoeiro foi 
realizado em casa de vegetação. Foram utilizadas 30 plantas com aproximadamente 60 dias 
cultivadas individualmente em vasos. Folhas de plantas de mamoeiro infetadas por PLYV 
foram maceradas com solução tampão 0,05 M de KPO4, pH 7,5 na proporção de 1:2 (p/v) e, 
em seguida, o extrato foi inoculado em 24 plantas sadias de mamoeiro, sendo mantidas seis 
plantas sem inoculação, como testemunha. 
O estudo foi composto de quatro tratamentos com seis plantas cada, sendo 
avaliada a presença do vírus em cada parte da planta a cada dois dias, através de ELISA 
indireto. Após as inoculações, a presença do PLYV era avaliada por ELISA indireto nas 
folhas inoculadas, em folhas novas, no caule e nas raízes. Foram consideradas positivas os 
valores da absorbância em 405 nm superiores a duas vezes as médias dos valores das 
absorbâncias das plantas sadias mais três vezes o desvio padrão destes valores (ALMEIDA, 
2001). 
 
3.7- Detecção Molecular do PLYV 
3.7.1 - Extração de RNA Total e PCR de Isolados do PLYV 
Na análise molecular do PLYV foram utilizadas amostras de folhas de plantas de 
mamoeiro infetadas por isolados do PLYV obtidos das regiões produtoras de mamão dos 
municípios de Marco e de Horizonte, e um isolado obtido de frutos comercializados na 
Central de Abastecimento do Ceará (CEASA). Folhas de planta sadia, mantidas em casa de 
vegetação, foram usadas como controle. O RNA total foi extraído de cada amostra foliar, 
através do uso do kit Brazol®, a partir de 50 mg de tecido vegetal, de acordo com o protocolo 
sugerido pelo fabricante. Para a RT-PCR com os RNAs obtidos foi utilizado o seguinte par de 
primers: PLYV- RA1 (5‟- GTG TAT GGC ATA CAG TTA TC- 3‟) e o PLYV-FA2 (5‟- 
CTG AAG CGG ATA TTT CTG G- 3‟) específicos para o PLYV (SILVA, KITAJIMA, 
RESENDE, 2000). 
26 
 
O processo da RT- PCR consistiu em duas etapas. Na primeira etapa foram 
obtidos os DNAs complementares às seqüências do RNA viral (cDNAs), e na segunda etapa, 
foi realizada a amplificação dos cDNAs obtidos nas reações anteriores. No preparo dos 
cDNAs, 3 µL das preparações dos RNAs totais foram colocados em microtubos de 200 µL, 
contendo o mix 1 (5 µL de água DEPC e 2 µL do primer), totalizando 10 µL. As misturas 
foram levadas ao termociclador programado para 10 min a 70 ºC, retirando-se posteriormente 
e colocando em gelo por 5 min. Logo após, foram adicionados 15 µL do mix 2 (6 µL de água 
DEPC; 5 µL do tampão da RT 5X; 2 µL de dTT 0,1 M; 1 µL de 10 mM dNTPs; 0,5 µL de 
Inibidor de RNAse 400 U/ µL e 0,5 µL de Moloney murine leukemia virus, MMLV 200 U/ 
µL). Em seguida, os tubos foram levados ao termociclador programado para 1 h a 37 ºC e 15 
min a 70 ºC. 
Os cDNAs obtidos da RT foram amplificados por PCR, utilizando 2 µL das 
reações anteriores (cDNAs); 17,5 µL de água DEPC; 2,5 µL de tampão 10X; 1,75 µL de 25 
mM cloreto de magnésio (MgCl2); 0,5 µL de 10 mM dNTPs; 0,5 µL dos primers e 0,25 µL 
da Taq polimerase 5 U/ µL, com um volume final de reação de 25 µL. O programa de 
amplificação consistiu de um ciclo inicial de 94 ºC por 4 min e 25 ciclos subseqüentes de 94 
ºC de 50 s, 48 ºC de 50 s, 72 ºC de 2 min. A temperatura de anelamento para os primers 
PLYV-RA1 e PLYV-FA2 foi de 48 ºC, e de 72 ºC por 10 min para a extensão final. 
Os produtos obtidos por PCR foram analisados em gel de agarose 1% preparado 
em tampão de corrida TBE 1X (40 mM Tris base, 2 mM de EDTA) e a eletroforese conduzida 
a 90 V por aproximadamente 50 min. Logo após a corrida, o gel foi coradoem brometo de 
etídio (0,1 µL/ mL) e o perfil eletroforético foi visualizado em luz ultravioleta e 
fotodocumentado no Transiluminador 212 PRO Gel Logic. 
 
3.7.2- Detecção do PLYV por Imunoprecipitação Seguido de RT-PCR (IP- RT-PCR) 
A técnica de imunoprecipitação seguido de RT-PCR (IP- RT-PCR) desenvolvida 
por LIMA et al. (2011) foi utilizada com o isolado de PLYV de município de Marco mantido 
em casa de vegetação e plantas sadias. Imunoprecipitação das partículas do PLYV foi 
realizada com antissoro específico para o vírus a partir de amostras de folhas de mamoeiro 
infetado por PLYV. As amostras foliares foram maceradas em tampão de carbonato de sódio 
na diluição de 1:2 (p/v) e, em seguida, foi adicionado igual volume de antissoro específico 
para PLYV previamente absorvido com extrato de planta sadia de mamoeiro. O antissoro foi 
27 
 
usado na diluição de 1:500 (v/v) em tampão do antissoro. As misturas de extratos de plantas 
macerados e antissoro na proporção de 1:1 (v/v) foram incubadas em agitação lenta por 3 h a 
37 ºC, e centrifugado a 5.000 g por 10 min. O sobrenadante foi descartado e o precipitado foi 
ressuspenso no tampão do kit de extração de RNA - Ultra Clean Plant RNA Isolation®. 
Processo semelhante foi realizado com extrato de plantas sadias de mamoeiro, como controle. 
Os cDNAs complementares às seqüências do RNA viral foram preparados segundo 
metodologia acima descrita e, em seguida, os produtos da RT foram amplificados por PCR, 
usando o seguinte par de primers: PLYV- RA1 (5‟- GTG TAT GGC ATA CAG TTA TC- 3‟) 
e o PLYV-FA2 (5‟- CTG AAG CGG ATA TTT CTG G- 3‟) específico para PLYV. As 
sequências obtidas por PCR foram analisadas em gel de agarose 1% preparado em tampão de 
corrida TBE 1X (40 mM Tris base, 2 mM de EDTA) com a eletroforese conduzida a 90 V por 
aproximadamente 50 min. Logo após a corrida, o gel foi corado em brometo de etídio (0,1 
µL/ mL) e o perfil eletroforético foi visualizado fotodocumentado em luz ultravioleta em luz 
ultravioleta no Transiluminador 212 PRO Gel Logic. 
28 
 
4- RESULTADOS E DISCUSSÃO 
4.1- Efeitos de Extratos de Plantas de Uso Medicinal sobre o PLYV em Mamoeiro 
De acordo com os resultados obtidos, nenhum dos extratos das 23 espécies 
vegetais testados afetou completamente a infectividade do PLYV em plantas de mamoeiro. 
Exceto, o extrato de aroeira que retardou o aparecimento de sintomas nas plantas inoculadas 
(TABELA 1). Embora a presença do PLYV tenha sido detectada por ELISA indireto em 75% 
das plantas inoculadas com o vírus tratado com extrato de aroeira, nenhuma das plantas 
apresentou sintomas típicos do vírus, constituindo o único extrato que inibiu a apresentação 
dos sintomas comumente observados nos demais casos. Tais resultados indicam que as 
partículas virais podem ter sido afetadas comprometendo a infectividade das mesmas, 
reduzindo o número de partículas infectivas (TABELA 1; FIGURA 1E). 
A aroeira é uma espécie nativa da América do Sul, pertencente à família 
Anacardiaceae, utilizada no tratamento de inflamações uterinas e na cicatrização de úlceras 
(AMORIM; SANTOS, 2003). De acordo com Santos et al. (2010), extratos de aroeira 
inibiram o crescimento dos seguintes fungos fito-patogênicos: Alternaria spp., Botrytis spp., 
Colletotrichum spp., e Fusarium spp. Há estudos sobre o efeito antifúngico, antimicrobiano, 
inseticida e repelente, demonstrando que seu extrato possui também efeitos tóxicos sobre 
outros patógenos (AMORIM; SANTOS, 2003). 
Ao contrário das plantas de mamoeiro inoculadas com PLYV tratado com extrato 
de aroeira, todas as plantas inoculadas com o vírus tratado com extratos das demais espécies 
vegetais apresentaram sintomas de amarelecimento, mosaico leve, bolhosidades e a redução 
do número de folhas (FIGURA 1 a 4). 
Mesmo sem apresentar inibição total da infectividade e dos sintomas do PLYV, 
66,7 % das plantas inoculadas com PLYV tratado com extrato de folhas de espirradeira não 
foram infetadas pelo vírus (TABELA 1), indicando a possibilidade da presença de algum 
componente capaz de inibir a infectividade do vírus. A espirradeira é um arbusto perene, 
originário do Mediterrânio e da Ásia cultivado como planta ornamental em parques e jardins. 
De acordo com Osweiler (1995), essa planta possui glicosídeos cianogênicos e alcalóides, 
substâncias oriundas do metabolismo que tem função de proteção. Apresentam princípios 
ativos tóxicos que causam danos ao homem e animais quando ingeridas, como distúrbios 
gastrintestinais intensos, caracterizados por náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia e 
arritmia cardíaca (OLIVEIRA; GODOY; COSTA, 2003). Estudos demonstraram a presença 
29 
 
de glicosídeos cianogênicos e alcalóides na espirradeira (BARG, 2004) que poderiam afetar a 
infectividade viral. Segundo Holffmann et al.(2007), o extrato preparado a partir de folhas de 
espirradeira possui efeito alelopático sobre outras espécies vegetais. 
Da mesma forma, somente 50 % das plantas inoculadas com PLYV tratado com 
extratos de hortência, nim, pimenta e pinhão não foram infetadas pelo PLYV (TABELA 1), 
indicando a possibilidade destas espécies vegetais possuírem componentes químicos capazes 
de inibir a infectividade do vírus. Já foi, também, confirmado que extratos destas espécies 
vegetais possuem atividades inseticida (MESHRAM, 1995), antibacteriana e antifúngica 
(KUMAR; CHANHAN, 1992). Segundo Lorenzi e Matos (2002) e Braga et al. (2007), folhas 
de hortência são utilizadas como estimulantes, antireumáticas, tranquilizantes e seu látex é 
usado pelos sertanejos como odontálgico. A pimenta também tem evidenciado propriedades 
antifúngicas, demonstrando seu potencial no controle de patógenos de plantas (BASTOS, 
1997). O pinhão possui o princípio ativo tóxico que é a toxialbumina jatrofina (curcina), que 
pode causar irritação das mucosas do estômago e intestino, queimaduras e náuseas (BARG, 
2004). 
Aproximadamente 12,5% das plantas de mamoeiro inoculadas com PLYV tratado 
com extrato de folhas de cajueiro não foram infetadas com o vírus (TABELA 1). O cajueiro é 
uma planta originária do Brasil, e muito utilizada na medicina, principalmente no Nordeste 
Brasileiro, sendo utilizado para dor de dente, dor de garganta, bronquites, artrites, cólicas 
intestinais, icterícia, no diabetes, e até asma (MORAIS et al., 2005; AGRA; FRANÇA; 
BARBOSA-FILHO, 2007; MOTA, 2011). Segundo Albuquerque (1989), os extratos obtidos 
das cascas ou folhas do cajueiro podem conter substâncias que podem atuar contra 
fitopatógenos. De acordo com Laurens et al. (1992), a casca do caule do cajueiro possui 
atividade antimicrobiana, tendo sido avaliada no controle de várias espécies de bactérias 
incluindo a Pseudomonas aeruginosa Schr., Staphylococcus aureus Rosenb., Escherichia coli 
T. Esch. e Salmonella typhi Lign. Portanto, os resultados obtidos, indicam a possibilidade de 
extratos de folhas de cajueiro conter inibidores virais eficientes para inibir, parcialmente, a 
infectividade do PLYV em plantas de mamoeiro. Embora constitua uma fruteira tropical 
largamente cultivada no Nordeste brasileiro, não há relatos da incidência de vírus infetando o 
cajueiro no Brasil (EMBRAPA, 2006). 
 
30 
 
Tabela 1 - Efeito de extratos de espécies de plantas de uso medicinal sobre a infectividade do 
Papaya lethal yellowing virus (PLYV) em mamoeiro (Carica papaya) confirmado por 
ELISA. 
 
Planta Medicinal 
 
Plant. Inoc./ 
Plant. Infet. 
Sintomas 
ELISA 
(%) 
Alecrim pimenta (Lippia sidoides) 4/4 Presente 100% 
Alfavaca cravo (Ocimum gratissimum) 4/4 Presente 100% 
Alfavaca roxa (Ocimun pupuraceus) 4/4 Presente 100% 
Alho (Allium sativum) 4/4 Presente 100% 
Aroeira (Schinus terebinthifolius) 4/3 Ausente 75% 
Boldo gigante (Plectranthus barbatus) 4/4 Presente 100% 
Cajueiro (Anacardium occidentale) 8/6 Presente 87.5% 
Cidreira (Melissa officinalis) 4/4 Presente 100% 
Comigo ninguém pode (Dieffenbachiapictada) 4/4 Presente 100% 
Corama (Bryophyllum calycinum) 4/4 Presente 100% 
Dedo do diabo (Euphorbia tirucalli) 4/4 Presente 100% 
Espirradeira (Nerium oleander) 6/2 Presente 33.3% 
Goiabeira (Psidium guajava) 8/8 Presente 100% 
Hortência (Calotropis procera.) 4/2 Presente 50% 
Malva santa (Plectranthus barbatus) 4/4 Presente 100% 
Manjericão (Ocimum basilicum) 4/4 Presente 100% 
Mastruz (Chenopodium ambrosioides) 4/4 Presente 100% 
Mirra (Commiphora myrrha) 4/4 Presente 100% 
Nim (Azadirachta indica) 6/3 Presente 50% 
Pimenta (Piper nigrum) 6/3 Presente 50% 
Pinhão (Jatropha curcas) 6/3 Presente 50% 
Primavera (Bougainvillea spectabilis) 4/4 Presente 100% 
Chambá (Justicia pectoralis) 4/4 Presente 100% 
Fonte: Dados obtidos e organizados pelo autor. 
31 
 
Figura 1- Folhas de plantas de mamoeiro (Carica papaya) inoculadas com Papaya lethal 
yellowing virus (PLYV) submetido ao tratamento com extratos das seguintes espécies 
vegetais: A) Alecrim pimenta (Lippia sidoides); B) Alfavaca cravo (Ocimum gratissimum); 
C) Alfavaca roxa (Ocimun pupuraceus); D) Alho (Allium sativum); E) Aroeira (Schinus 
terebinthifolius) e F) Boldo gigante (Plectranthus barbatus). As observações efetuadas 30 
dias após a inoculação das misturas do PLYV com extrato das plantas, demonstraram 
ausência de sintomas somente quando o vírus foi tratado com extrato de aroeira (E). 
 
 
Fonte: Fotografias organizadas pelo autor. 
F E 
D C 
A B 
32 
 
Figura 2- Folhas de plantas de mamoeiro (Carica papaya) inoculadas com Papaya lethal 
yellowing virus (PLYV), todas exibindo sintomas da infecção do vírus, submetido ao 
tratamento com extratos das seguintes espécies vegetais: A) Primavera (Bougainvillea 
spectabilis); B) Cajueiro (Anacardium occidentale); C) Cidreira (Melissa officinalis); D) 
Corama (Bryophyllum calycinum); E) Dedo do diabo (Euphorbia tirucalli) e F) Espirradeira 
(Nerium oleander). As observações foram efetuadas 30 dias após a inoculação das misturas 
do PLYV com extrato das plantas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Fotografias organizadas pelo autor. 
C 
A B 
D 
E F 
33 
 
Figura 3- Folhas de plantas de mamoeiro (Carica papaya) inoculadas com Papaya lethal 
yellowing virus (PLYV) submetido ao tratamento com extratos das seguintes espécies 
vegetais, todas exibindo sintomas da infecção do vírus: A) Goiabeira (Psidium guajava); B) 
Hortência (Calotropis procera); C) Malva santa (Plectranthus barbatus); D) Manjericão 
(Ocimum basilicum); E) Mastruz (Chenopodium ambrosioides) e F) Mirra (Commiphora 
myrrha). As observações foram efetuadas 30 dias após a inoculação das misturas PLYV e 
extrato de planta. 
 
 
Fonte: Fotografias organizadas pelo autor. 
E 
D C 
A B 
F 
34 
 
 
 
 
 
Figura 4- Folhas de plantas de mamoeiro (Carica papaya) inoculadas com Papaya lethal 
yellowing virus (PLYV) submetido ao tratamento com extratos das seguintes espécies 
vegetais, todas exibindo sintomas da infecção do vírus: A) Nim (Azadirachta indica); B) 
Pimenta (Piper nigrum); C) Pinhão (Jatropha curcas) e D) Chambá (Justicia pectoralis). As 
observações foram efetuadas 30 dias após a inoculação das misturas PLYV e extrato de 
planta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Fotografias organizadas pelo autor. 
 
D C 
B A 
35 
 
4.2- Efeitos dos Produtos Químicos sobre a Infectividade do PLYV. 
Dentre os sete produtos químicos testados contra o PLYV em plantas de 
mamoeiro, apenas três inibiram a infectividade do vírus: carbonato de sódio, hipoclorito de 
sódio e SDS (TABELA 2). No entanto, apenas o hipoclorito de sódio não apresentou efeitos 
tóxicos nas plantas de mamoeiro. O carbonato de sódio ocasionou leves pontuações 
esbranquiçadas nas folhas inoculadas (FIGURA 5B) e as plantas inoculadas com SDS 
apresentaram manchas necróticas. A ausência de infecção viral nas plantas inoculadas com 
PLYV tratado com carbonato de sódio, hipoclorito de sódio ou com SDS foi confirmada por 
ELISA indireto em todas as plantas inoculadas (FIGURAS 5 e 6). 
O hipoclorito de sódio é um produto muito utilizado na desinfestação de 
ferramentas e material biológico. Resultados de pesquisa desenvolvida recentemente na 
Austrália (COUTTS; KEHOE; JONES, 2013) demonstraram que hipoclorito de sódio é capaz 
de inibir a infectividade de Zucchini yellow mosaic virus (ZYMV), membro da família 
Potyviridae, gênero Potyvirus, em ferramentas agrícolas e solados de botas contaminados com 
extratos de plantas infetadas. A par de demonstrar a eficiência do hipoclorito de sódio na 
desinfecção de instrumentos agrícolas contaminados com vírus, a pesquisa evidencia a 
importância da transmissão de ZYMV e, conseqüentemente, dos vírus de plantas em geral, 
por meios mecânicos resultantes de praticas culturais. 
Em experimento com folhas de pepino (Cucumis sativus L.), Zaché et al. (2010) 
utilizaram o método de desinfestação utilizando água corrente e solução de hipoclorito de 
sódio a 1%, com resultados satisfatórios. Donini et al. (2005) verificaram, também, que o 
hipoclorito de sódio foi eficiente na desinfestação de agentes contaminantes de lâminas 
foliares de aráceas ornamentais, enquanto que Kalil e Costa (1994) afirmam que os 
hipocloritos sendo de sódio ou de cálcio possuem intensa atividade antimicrobiana, podendo 
agir por inibição das reações enzimáticas, como a desnaturação de proteína ou a inativação do 
ácido nucléico. 
Todas as plantas que foram inoculadas com o PLYV tratado com álcool, n-
butanol e sabão líquido neutro apresentaram sintomas da infecção viral que foi confirmada 
por ELISA indireto, demonstrando que a infecção do vírus não foi inibida pelos referidos 
produtos químicos (FIGURA 5 e 6). O n-butanol tem sido usado, com sucesso na purificação 
do PLYV (NASCIMENTO, et al., 2010; LIMA et al., 2013). De outra parte, o Triton X-100 
inibiu a infectividade do vírus em apenas 25% das plantas inoculadas (TABELA 2). 
36 
 
Castilho et al. (2008) observaram a atividade antimicrobiana de surfactantes sobre 
Candida albicans Berkh., constatando que o Triton-X-100 e SDS inibiram o crescimento de 
Candida spp. Tais resultados comprovam que esses produtos possuem a capacidade de 
promover a inibição de certos patógenos como fungos, bactérias e até vírus. 
O álcool e o sabão líquido de uso comercial que são utilizados na desinfestação de 
ferramentas do campo e de mãos contaminadas, não foram eficientes na eliminação do vírus, 
sendo o PLYV transmitido para as mudas sadias, confirmando assim sua alta estabilidade 
(TABELA 2). 
 
 
 
Tabela 2- Efeitos de produtos químicos na infectividade de Papaya lethal yellowing virus 
(PLYV) em plantas de mamoeiro (Carica papaya) avaliadas por porcentagem de plantas 
infetadas e presença do vírus avaliada por ELISA. 
 
Produto Químico 
 
Plant. Inoc./ 
Plant. Infet. 
Sintomas 
ELISA 
(%) 
ÁLCOOL 4/4 Presente 100% 
CARBONATO DE SÓDIO 4/0 Ausente 0% 
HIPOCLORITO DE SÓDIO 4/0 Ausente 0% 
n-BUTANOL 4/4 Presente 100% 
SABÃO 4/4 Presente 100% 
SDS 4/0 Ausente 0% 
TRITON X-100 4/1 Presente 25% 
PLYV sem Tratamento 4/4 Presente 100% 
Fonte: Dados obtidos e organizados pelo autor. 
 
 
37 
 
 
 
 
Figura 5- Plantas de mamoeiro (Carica papaya) inoculadas com Papaya lethal yellowing 
vírus (PLYV) submetido ao tratamento com os seguintes produtos químicos: A) SDS; B) 
Carbonato de sódio; C) Triton e D) Sabão. As observações foram efetuadas 30 dias após a 
inoculação das misturas PLYV com os produtos químicos, demonstrando ausência de 
sintomas quando o vírus foi tratado com SDS (A) e carbonato de sódio (B). 
 
 
 
Fonte: Fotografias organizadas pelo autor. 
D C 
A B 
38 
 
Figura 6- Plantas de mamoeiro (Carica papaya) inoculadas com Papaya lethal yellowing 
vírus (PLYV) submetido ao tratamento com os seguintes produtos químicos: A) Hipoclorito 
de sódio; B) n- butanole C) Álcool. As observações foram efetuadas 30 dias após a 
inoculação das misturas PLYV com os produtos químicos, demonstraram ausência de 
sintomas quando o vírus foi tratado com hipoclorito de sódio (E). 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Fotografias organizadas pelo autor. 
 
 
4.3- Gama de Hospedeiros de Papaya lethal yellowing virus. 
O isolado de PLYV do município de Marco não infetou sistemicamente nenhuma 
das espécies das famílias: Amaranthaceae, Brassicaceae, Fabaceae, Pedaliaceae e Solanaceae, 
nem ocasionou lesões locais nas plantas indicadoras: C. amaranticolor; C. murale e C. 
quinoa. Resultados semelhantes com outras espécies vegetais foram obtidos por Lima et al. 
(1994), Camarço et al. (1998) e Nascimento et al. (2010). 
Outros estudos em casa de vegetação com mais de 30 espécies vegetais mostraram 
que a gama de hospedeiros do PLYV está limitada à família Caricaceae, infetando Jacaratia 
heterophyla, J. spinosa, Vasconcella cauliflora, V. quercifolia e V. monoica, todas 
pertencentes a família Caricaceae. As espécies J. heterophyla e V. monoica não são 
encontradas no Brasil, mas J. spinosa e V. quercifolia são encontradas no Sul e no Centro 
Oeste do Brasil. Outros estudos com gama de hospedeiro com 58 espécies de plantas, em casa 
de vegetação, mostraram que o PLYV não infetou as plantas indicadoras C. amaranticolor, C. 
murale, C. quinoa e Nicotiana benthamiana Domin. (NASCIMENTO et al., 2010). 
 
 
C B A 
39 
 
4.4- Interação do PLYV com PRSV-P em Plantas de Mamoeiro 
As plantas inoculadas somente com PLYV (T1) apresentaram grande perda de 
folhas e amarelecimento; enquanto que as inoculadas somente com o PRSV-P (T2) 
apresentaram os sintomas típicos do vírus, como a presença de mancha oleosa do caule e a 
formação do cordão de sapato nas folhas, sintomas característicos do PRSV-P em mamoeiro, 
em condições de campo. As plantas inoculadas com PLYV+PRSV-P (T3) apresentaram 
sintomas severos, sem a ocorrência da morte de plantas (TABELA 3). Nas plantas inoculadas 
com PLYV seguido de PRSV-P (T4), a sintomatologia foi bem severa e algumas plantas 
morreram, enquanto que as plantas inicialmente inoculadas com PRSV-P seguida da 
inoculação com PLYV (T5) apresentaram os sintomas característicos, sem a ocorrência de 
morte de plantas (FIGURA 7). 
Estudos anteriores sobre a interação sinérgica entre PLYV e PRSV-P mostraram 
que as plantas de mamoeiro infetadas com os dois vírus ao mesmo tempo exibiam sintomas 
severos, com clorose sistêmica, amarelecimento, diminuição do crescimento, necrose e morte 
de 50% das plantas, mostrando a forte interação sinérgica entre esses dois vírus (LIMA; 
MARQUES; CAMARÇO, 1993; LIMA et al., 2001). 
 
Tabela 3– Sintomatologia em plantas de mamoeiro inoculadas com Papaya lethal yellowing 
virus (PLYV) e Papaya ringspot virus (PRSV-P) isoladamente e em combinação. 
 
Tratamentos Sintomas* 
T1: PLYV ML/A/B 
T2: PRSV-P MS/B/CS/MAC 
T3: PLYV+PRSV-P MS/A/B/CS/MAC 
T4: PLYV-P 10 dias depois PRSV MS/A/MAC/B/Mt 
T5: PRSV-P- 10 dias depois PLYV MS/A/B/CS/MAC 
T6: SADIA SS 
 
*Sintomas nas folhas: A - Amarelecimento; ML- Mosaico Leve; MS - Mosaico Severo; B-
Presença de Bolhas; MAC- Mancha anelar do caule; CS: Cordão de sapato; SS- Sem 
sintomas; Mt: morte das plantas. 
 
Fonte: Dados obtidos e organizados pelo autor. 
 
40 
 
Figura 7- Plantas de mamoeiro (Carica papaya) inoculadas com diferentes combinações, 
simples e mista de vírus: A) Plantas inoculadas com Papaya lethal yellowing virus (PLYV); 
B) Plantas inoculadas com Papaya ringspot virus (PRSV); C) Plantas inoculadas com PLYV+ 
PRSV; D) Plantas inoculadas com PLYV e após 10 dias com PRSV; E) Plantas inoculadas 
com PRSV e após 10 dias com PLYV e F) Plantas sadias mantidas como testemunhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Fotografias organizadas pelo autor. 
 
F E 
D C 
B A 
41 
 
4.5- Movimentação do PLYV em Plantas de Mamoeiro 
Os resultados dos testes de ELISA indireto com antissoro específico para PLYV 
usando a mesma quantidade de tecido das partes das plantas infetadas demonstraram que o 
vírus distribui-se uniformemente nas folhas inoculadas, caule, raízes e folhas novas. Nas 
folhas inoculadas o vírus pode ser detectado por ELISA indireto entre três a quatro dias após a 
inoculação, e somente após seis e 10 dias o vírus foi detectado no caule e nas raízes, 
respectivamente. Aos 15 dias após a inoculação, o vírus foi detectado nas folhas mais jovens e 
a planta foi infetada sistemicamente somente 25 a 30 dias depois da inoculação (FIGURA 8). 
Esses resultados estão de acordo com o que foi proposto por Agrios (1997) para distribuição 
dos vírus em plantas infetadas, indicando que o vírus move-se de célula a célula 
multiplicando-se em sua maioria. Após atingir as células do floema o vírus é rapidamente 
transportado à longa distância. De acordo com os resultados obtidos, o PLYV começa a se 
replicar dentro da célula inoculada e leva aproximadamente 25 a 30 dias para infectar 
sistemicamente a planta inteira. Conforme Matthews (1992) a infecção começa a partir da 
entrada do vírus na célula hospedeira e a concentração do vírus em tecidos da planta infetada 
aumenta em função do tempo. 
A infecção de uma planta por vírus envolve a replicação viral na célula 
inicialmente infetada, o movimento do vírus célula a célula e movimento sistêmico. O 
movimento sistêmico compreende três etapas: a entrada do vírus no elemento crivado, 
transporte via floema e saída do vírus do floema, voltando ao mesófilo (HULL, 2004; 
ZERBINI; CARVALHO; ZAMBOLIM, 2006). Esse transporte via floema permite que a 
planta seja totalmente infetada pelo vírus, à semelhança do que foi constatado com as plantas 
de mamoeiro infetadas pelo PLYV (FIGURA 8). 
42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8 - Representação esquemática da movimentação do Papaya lethal yellowing virus 
(PLYV) em mamoeiro (Carica papaya) após a inoculação mecânica em folhas de plantas 
sadias. Seta indica a folha que foi mecanicamente inoculada. 
 
 
 
 
Fonte: Elaborada pelo autor, com base em resultados obtidos e esquema proposto por Agrios (1997). 
 
 2 dias 4 dias 6 dias 10 dias 15 dias 25 dias 
43 
 
4.6- Análise Molecular do PLYV 
A eletroforese em gel de agarose dos produtos da RT-PCR com amostras de 
folhas de mamoeiro infetadas pelos isolados do PLYV: provenientes de Marco, Horizonte e 
CEASA, e de folha de planta sadia usada como testemunha, mostraram que a reação da RT-
PCR amplificou fragmentos de DNA de aproximadamente 932 pb a partir de plantas infetadas 
com os referidos isolados de PLYV mantidos em casa de vegetação, sem a amplificação de 
nenhum fragmento a partir de planta sadia (FIGURA 9), demonstrando a eficiência e rapidez 
na detecção do vírus por RT- PCR. 
 
 
Figura 9 - Resultados da eletroforese em gel de agarose de produtos da PCR com isolados de 
Papaya lethal yellowing virus (PLYV): M- marcador ladder 1 kb; 1- Planta sadia ; 2- Produto 
da amplificação do isolado PLYV-Horizonte; 3- Produto da amplificação do isolado de 
PLYV-Marco e 4- Produto da amplificação o isolado de PLYV-CEASA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Fotografia organizadas pelo autor. 
 
As reações da IP-RT-PCR com “primers” descritos por Amaral, Resende e Souza 
Junior (2006) e antissoro específico para PLYV possibilitaram a amplificação de fragmentos 
de 932 pb das amostras de folhas de mamoeiro infetadas com PLYV isolado de Marco e 
ausência de amplificação de amostras de planta sadia (FIGURA 10). Os resultados obtidos 
confirmaram a eficiência da IP-RT-PCR na detecção do PLYV em plantas infetadas. Esta 
250 pb 
500 pb 
932 pb 
M 1 2 3 4 
 1000 pb 
44 
 
inovação tecnológica tem contribuído para a detecção de diferentes vírus de plantas, 
sobretudo aqueles que possuem genoma do tipo RNA, entreos quais se inclui o PLYV 
(LIMA et al., 2011). 
A técnica de IP-RT-PCR constitui uma variação da RT-PCR que combina as 
vantagens da PCR com as especificidades da sorologia e foi desenvolvida para detecção de 
vários vírus com genoma do tipo RNA pertencentes aos gêneros: Comovirus, Cucumovirus, 
Potyvirus e Sobemovirus (LIMA et al., 2011). Esta nova adaptação da RT-PCR envolve uma 
prévia imunoprecipitação das partículas do vírus razão da sua designação: IP-RT-PCR. 
A técnica de IP-RT-PCR é um método prático, específico que reduz problemas de 
contaminação com o RNA da planta na extração de RNA total das plantas infetadas, não 
requer utilização de novos equipamentos ou mais reagentes utilizados em laboratório e 
combina as especificidades das propriedades sorológicas com as vantagens técnicas da 
amplificação dos RNAs dos vírus (LIMA et al., 2011; LIMA et al., 2012). 
 
Figura 10- Resultados da eletroforese em gel de agarose de Papaya lethal yellowing virus 
(PLYV) isolado de Marco: M- marcador ladder 1 kb; 1- Produto da amplificação da IP-RT-
PCR de planta sadia; 2- Produto da amplificação da RT-PCR de planta sadia; 3- Produto da 
amplificação do isolado de PLYV de Marco por IP-RT-PCR; 4- Produto da amplificação do 
isolado de PLYV de Marco por RT-PCR. 
 
Fonte: Fotografia e organização elaboradas pelo autor. 
 
 
2 3 4 M 1 
500 pb 
250 pb 
932 pb 
 1000 pb 
45 
 
5- CONCLUSÕES 
Com base nos resultados obtidos, nas condições em que a pesquisa foi 
desenvolvida, conclui-se que: 
1- Dos extratos das 23 espécies vegetais testadas sobre a infectividade de Papaya 
lethal yellowing vírus (PLYV) em plantas de mamoeiro (Carica papaya) apenas os extratos 
de aroeira, cajueiro, espirradeira, hortência, nim, pimenta e pinhão apresentaram algum efeito 
sobre o vírus, sendo que o extrato de aroeira foi o único que retardou o aparecimento dos 
sintomas do PLYV, confirmado por ELISA aos 30 dias após a inoculação; 
2- Carbonato de sódio, hipoclorito de sódio e SDS inibiram a infectividade do 
PLYV, no entanto o SDS demonstrou possuir efeitos fitotoxicos no mamoeiro e o carbonato 
de sódio ocasionou pequenas pontuações esbranquiçadas nas folhas tratadas; 
3- Os estudos de casa de vegetação confirmaram que a gama de plantas 
hospedeiras do PLYV está restrita a espécies da família Caricaceae; 
4- Infecções mistas de entre Papaya lethal yellowing vírus (PLYV) e Papaya 
ringspot virus (PRSV) apresentam efeitos sinérgicos em plantas de mamoeiro; 
5- Estudos sobre a movimentação do PLYV em plantas de mamoeiro indicam que 
a planta inteira é infetada sistemicamente somente 25 a 30 dias depois da inoculação; 
6- A inovação tecnológica IP-RT-PCR mostrou-se eficiente para a detecção do 
PLYV, confirmando sua vantagem de combinar as especificidades das propriedades 
sorológicas com as vantagens técnicas da amplificação do RNA do vírus. 
 
 
46 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
AGRA, M. F.; FRANÇA, P. F.; BARBOSA-FILHO, J. M. Synopsis of the plants known as 
medicinal and poisonous in Northeast of Brazil. Rev. Bra. Farmacogn, v. 17, p. 114-140, 
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