Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Dermatite Alérgica à Picada de Pulga-DAPP Etiopatogenia - Ctenocephalides felis e canis. · Essas parasitos são hematófagos e inoculam seus aparelhos bucais na pele do hospedeiro para se alimentar, introduzindo saliva que pode conter pelo menos 15 antígenos capazes de desencadear reações alérgicas. - Alérgenos presentes na saliva. · Reação de hipersensibilidade tipo I: - Reação imediata. - Liberação de IgE e degranulação de mastócitos. · Reação de hipersensibilidade tipo IV: - Reação tardia que ocorre na ausência das pulgas. - É uma reação de hipersensibilidade cutânea a antígenos presentes na saliva de pulgas que pode ocorrer em cães e gatos. - Incidência e predisposição. · Cães e gatos adultos são mais predispostos. · 3 a 5 anos. · Faixa etária provável para início dos sinais clínicos. · Animais com mais idade podem ser diagnosticados com DAPP, porém a sensibilização pode ter ocorrido mais precocemente. · É improvável que a doença ocorra antes dos 6 meses de idade. - Sazonalidade associada às épocas de maior ocorrência de ectoparasitos, mas em países tropicais, a pulga pode estar presente durante todo o ano. - A deflagração da crise independe da intensidade do parasitismo e da associação dos sinais clínicos com a presença das pulgas, pois são parasitas temporários e não necessariamente eles precisam ser encontrados no paciente no momento da consulta. · Alguns podem demonstrar vestígios do parasitismo como a presença de fezes da pulga. · Pontinhos pretos. Manifestações Clínicas · Quadro sintomático/lesional cães: - Alopecia em região lombar próximo a base da cauda. · Região ventral. - O prurido pode estar ou não associado com alopecia, eritema ou quadros mais crônico com liquenificação e melanose. - “Triângulo” da DAPP. · Uma área focal ou extensa de alopecia dorso-lombar que também pode estar presente no flanco, cauda e região caudal dos membros posteriores. - Muitos cães podem apresentar eritema e lambedura intensa das patas. - Pústulas generalizadas, colarinhos epidérmicos, crostas e DUA. · Associado a infecção bacteriana. · Triângulo da DAPP. · Quadro sintomático/lesional gatos: - Alopecia simétrica. - Complexo granuloma eosinofílico. · Podem exibir lesões em forma de placa, alopécica e eritematosa nas regiões de pele glabra principalmente na região abdominal ventral. · Conhecidas com placas eosinofílicas. · Nódulos isolados ou confluentes podem surgir na região do queixo, próximos ao lábio, região caudal de membros posteriores ou ainda dentro da cavidade oral. · Alguns felinos podem apresentar úlceras indolentes que são lesões erodoulcerativas em região de lábio superior ou comissura labial. · Podem ser discretas ou associadas a edema e tumefação do tecido labial. · Esse processo é caracterizado por processo inflamatório piogranulomatoso com predominância de eosinófilos e compreendem sinais indicativos de processo alérgico dos felinos. - Dermatite miliar. · Lesões papulocrostosas. · Podem estar acompanhadas de hipotricose ou alopecia. · Lesões focais ou generalizadas. - Prurido na cabeça e pescoço. · Presente em todos os casos. · Pode se caracterizar por arranhaduras, mordedura, arrancamento de pelos ou lambedura intensa. - Escoriações de cabeça e pescoço. - Lesões biopsiantes graves. · Se o prurido não for controlado. - Alopecia simétrica autoinduzida. · Podem estar presentes nas regiões abdominal, ventral, lateral, dorsal, face interna dos membros e/ou cauda, onde o felino consegue alcançar com a boca. · No EF, percebe-se que nesses locais os pelos foram tonsurados muito próximos à pele pela mordedura ou lambedura excessiva. Diagnóstico - Exames parasitológicos para exclusão de sarnas. · Clínico. - Anamnese, exame físico e exclusão de outras dermatopatias pruriginosas. - Anamnese. · Manejo. · Ambiente. · Dipilidiose (doença parasitária causada pelo cestoide Dipylidium caninum que em sua forma adulta parasita o intestino delgados de caninos e felinos). · Uso de preventivos. · Grau e local de prurido. - Exame físico. · Distribuição lesional. - Se o animal tem acesso a rua, petshops, tenha contato indireto com outros pets, more em casa com quintal ou fazenda, além de outras situações pontuais e não realize medicações preventivas para pulgas, a DAPP deve ser considerada suspeita. · Terapêutico. - Se os animais forem diagnosticados com infecção bacteriana associada, deverão ser tratados até a resolução do quadro de infecção com terapia antisséptica adequada e/ou utilização de antibióticos tópicos os sistêmicos. · Se houve persistência do prurido e dados de anamnese e exame físico que justifiquem possível parasitismo por pulgas, a DAPP deve ser considerada. Tratamento - Controle de pulgas. · Tratamento de todos os animais da casa. · Controle de pulgas adultas no animal. · Precisa ser estabelecido por pelo menos 40 dias e o paciente precisa ser reavaliado. · Caso o prurido tenha diminuído consideravelmente ou tenha sido eliminado, o diagnóstico da DAPP está estabelecido. · Pulga adulta: Fipronil, Selamectina, Imidacloprid. · Adulto e jovens: Nitempiram, Spinosad, Fluralaner, Afoxolaner, Sarolaner. - Controle das fases ambientais da pulga. · Desinsetização da casa, aspirador, limpeza nas camas, IGR’s. - Redução do prurido. · Corticoesteroides: prednisolona de 7 a 10 dias, 0,5 mg/kg em cães e 1 mg/kg em gatos, a cada 24 horas. · Felinos com lesões do complexo granuloma eosinofílico podem precisar de maiores doses. · Oclacitinib-Apoquel: de 10 a 20 dias, 0,4 a 0,6 mg/kg, a cada 12 horas, em cães. - Controle de infecções secundárias.
Compartilhar