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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO 
CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO 
CURSO DE ARQUITETURA 
 
 
 
 
 
 
 
A INTENÇÃO SUBJACENTE AO USO DA COR EM 
ILUMINAÇÃO 
 
 
 
 
 
Gustavo de Lima Ferreira Fernandes Costa 
 
 
 
 
Recife, dez. 2008 
 
 
 
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO 
CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO 
CURSO DE ARQUITETURA 
 
 
 
 
 
 
A INTENÇÃO SUBJACENTE AO USO DA COR EM 
ILUMINAÇÃO 
 
 
 
 
Trabalho monográfico de conclusão da 
especialização em Projetos 
Luminotécnicos, apresentado à UCB 
como requisito para a obtenção do título 
de especialista em Projetos 
Luminotécnicos, sob a orientação do 
Prof. Luís Lancelle 
 
 
 
Recife, dez. 2008 
 
 
 
RESUMO 
 
O objeto deste estudo é a cor quando usada em iluminação e o objetivo é 
entender de que forma ela pode interferir no significado do fato visual objeto da 
arquitetura, qual seja, o espaço. Para tanto, foi feita um revisão bibliográfica 
explorando aspectos relacionados à sintaxe visual, fisiologia da percepção, 
teorias da cor e tecnologias disponíveis para o uso da cor em iluminação. Usando 
os conceitos apreendidos na revisão bibliográfica, associados a uma pesquisa em 
revistas especializadas, projetos foram identificados e agrupados de acordo com 
o propósito com que a cor foi utilizada dentro do contexto da mensagem visual. As 
classificações propostas não apresentam caráter terminativo, mas apenas a 
indicação de um caminho a ser trilhado, baseado na necessidade de se construir 
um vocabulário de projeto que permita ao light designer ter um maior domínio 
sobre o conteúdo significativo resultante do ato de projetar. 
 
Palavras-chave: cor, sintaxe visual, fisiologia da percepção 
 
 
 
 
 
 ABSTRACT 
 
The object of this study is the color when used in illumination and the objective is 
to understand the way it may interfere in the meaning of the visual fact object of 
the architecture, namely, the space. For this purpose, a bibliographical review was 
carried on exploring aspects related to the visual syntax, physiology of the 
perception, available theories of the color and technologies for the use of color in 
illumination. Using the concepts acquired in the bibliographical revision, 
associated to a search in specialized magazines, projects were identified and 
grouped according to the intention that color was used on the context of the visual 
message. The proposed classifications do not present terminative character, but 
only the indication of a way to be followed, based on the necessity of constructing 
a project vocabulary that allows light designers having a greater domain about the 
significative content derived from the act of projecting. 
 
Keywords: color, visual syntax, physiology of the perception 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 01 – Círculo cromático 7 
 
Figura 02 - Cristo Redentor no dia mundial da diabetes 15 
 
Figura 03 - San Francisco City Hall na luta contra o câncer de mama 15 
 
Figura 04 – San Francisco City Hall na abertura da temporada de concertos 16 
 
Figura 05 – Bar Bix Jazz iluminado na cor dos metais 17 
 
Figura 06 – Museu de História Natural Rose Center 18 
 
Figura 07 – Boate NOX 19 
 
Figura 08 – Pelé Club 20 
 
Figura 09 – Alexander Graham Bell House 22 
 
Figura 10 – Museu das telecomunicações 22 
 
Figura 11 – Ponte Estaiada 23 
 
Figura 12 – Acesso COAL WASHERY MUSEUM 24 
 
Figura 13 – TV GLOBO 24 
 
Figura 14 – Academia L`orèal 26 
 
Figura 15 – Lobby do Hotel Puerta America 27 
 
Figura 16 – Água Bar com iluminação neutra 27 
 
Figura 17 – Água Bar com iluminação azul 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
Resumo i 
Abstract ii 
Lista de figuras iii 
1. A intenção subjacente ao uso da cor em iluminação 1 
1.1. Apresentação do problema 1 
1.2. Objeto do estudo 2 
1.3. Objetivo do estudo 3 
1.4. Metodologia do estudo 4 
2. Revisão Bibliográfica 6 
2.1. Teoria da cor 6 
2.2. Sintaxe da linguagem visual 8 
2.2.1. Os elementos visuais/ A cor 9 
2.3. Tecnologias disponíveis para o uso da cor em iluminação 10 
2.3.1 Fontes de luz 10 
 
2.2.1.1 Lâmpadas fluorescentes 10 
2.2.1.2 LEDS 11 
2.3.2 Sistemas de gerenciamento de iluminação 12 
 
 
 
3. Classificações propostas 14 
3.1. A cor como elemento surpresa 14 
3.2. A cor como elemento associativo 16 
3.3. A cor como elemento dinâmico 18 
3.4. A cor como elemento dramático 20 
3.5. A cor como ênfase 23 
3.6. A cor enquanto partido 25 
4. Considerações finais 28 
5. Referências bibliográficas 29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
 
1. A INTENÇÃO SUBJACENTE AO USO DA COR EM ILUMINAÇÃO 
1.1. Apresentação do problema 
Segundo Goethe, arquitetura é música petrificada. Tal constatação se 
baseia no fato de que a arquitetura, enquanto manifestação visual, tem a 
capacidade de transmitir significado, emoção, assim como a pintura, a escultura 
ou qualquer outra manifestação artística. 
Quando o arquiteto se depara com uma demanda do cliente a respeito de 
um programa que precisa ser cumprido, faz-se necessário que paralelo a essas 
demandas meramente funcionais, o profissional acrescente outras relacionadas à 
leitura daquilo que se concebe, do significado da obra enquanto manifestação 
visual. 
Essas demandas de cunho estético devem surgir na colocação do 
problema, juntamente com as demais diretrizes elencadas pelo cliente e pelo 
ambiente onde se irá construir. No processo de criação o problema a ser 
solucionado deve apresentar o mesmo nível de complexidade da resposta que se 
quer alcançar, como expressa o poeta e cientista dinamarquês Piet Hein, “a arte 
consiste em resolver problemas que não podem ser formulados antes que tenham 
sido resolvidos. A formulação da questão constitui parte da resposta.” 
No entanto, a percepção do problema a ser resolvido é influenciada 
diretamente pelo vocabulário de que dispõe o arquiteto. “Se nossa compreensão 
2 
 
 
 
de uma linguagem de projeto é limitada, o espectro de soluções possíveis a um 
problema também será limitado...”9. 
Neste sentido, uma área específica no campo da arquitetura, qual seja a de 
iluminação, tem apresentado novas fronteiras a serem exploradas em termos 
conceituais. Estas fronteiras foram abertas com o advento de novas tecnologias, a 
exemplo dos LED’s, que ampliaram em muito as possibilidades compositivas 
através da utilização da cor como elemento de projeto. 
Segundo Constantin, “... o uso da luz colorida e das projeções de imagens 
e texturas ainda continua sendo utilizado de forma aleatória, sem muito conceito e 
projeto. A tecnologia deveria ser o meio, e não o fim... ”1. 
Portanto, este trabalho se propõe a contribuir para a ampliação do 
vocabulário projetual do light designer, explicitando alguns dos propósitos aos 
quais a cor pode se prestar no que se refere a construção do significado do fato 
visual objeto de estudo do arquiteto, qual seja, o espaço. 
1.2. Objeto do estudo 
Para entendermos o objeto de estudo do presente trabalho, faz-se 
necessário discorrer a respeito de alguns conceitos relacionados ao tema para 
que se possa, a partir de uma breve contextualização, localizar mais 
precisamente o que se pretende abordar. 
3 
 
 
 
Inicialmente, precisamos entender a iluminação enquanto uma área 
pertencente aos ofícios visuais, cuja finalidade última, por conseguinte, é interferir 
num fato visual, o espaço. 
Na seqüência, deve-se ter em mente que, enquanto fato visual, o espaço 
apresenta um conteúdo comunicativo que pode ser aleatório ou intencional, cujo 
significado se dá a partir da inter-relação dos elementos compositivos, entre os 
quais está a cor. 
Portanto, para que a mensagem visual intencional transmita o conteúdo 
pretendido, é necessário que a criação seja norteada por decisões compositivas 
conscientes, ordenando os elementos visuais de formaa transmitir o conteúdo 
pretendido. 
Dentre todos os elementos visuais, este trabalho se propõe a analisar o 
papel da cor, quando inserida a partir da fonte luminosa, na construção do 
significado da mensagem visual. 
1.3. Objetivo do estudo 
O presente trabalho pretende despertar para a existência de um sentido 
identificável no uso da cor em iluminação e, conseqüentemente, para a 
possibilidade de usá-la com maior pertinência e previsibilidade quanto ao 
resultado a ser alcançado. 
Para tanto, buscar-se-á organizar um vocabulário de projeto inicial, partindo 
de projetos já executados, os quais serão separados de acordo com o objetivo 
4 
 
 
 
com que a cor foi utilizada, de forma a reforçar as semelhanças dentro de cada 
classificação e salientar as diferenças. 
No entanto, não se pretende com a criação deste vocabulário, esgotar as 
possibilidades de uso da cor em iluminação, apenas dar o primeiro passo no 
sentido de estruturar de uma forma didática e multidisciplinar o conhecimento 
latente que já permeia as publicações especializadas. 
De uma forma mais ampla, objetivamos atentar para a necessidade de 
ampliar a abordagem das áreas do conhecimento relacionadas à comunicação 
visual para questões voltadas à transmissão de significado e aos processos de 
criação. 
1.4. Metodologia do estudo 
Quando nos propomos a estudar a intenção subjacente ao uso da cor em 
iluminação, sabíamos que se tratava de um campo de investigação em que 
necessitaríamos de uma abordagem multidisciplinar. 
Portanto, a partir da revisão bibliográfica, foram selecionadas as disciplinas 
que mais poderiam contribuir para o entendimento do papel da cor quando usada 
em iluminação. 
Desta forma, logo de início ficou caracterizada a importância do estudo da 
sintaxe visual, uma vez que estamos lidando com a cor quando usada em 
iluminação e esta última enquanto modificadora de um fato visual, qual seja o 
espaço. 
5 
 
 
 
Mais adiante, surgiu a necessidade de entender os aspectos relacionados 
à fisiologia da percepção, uma vez que parte do sentido inerente às cores está 
relacionado a questões fisiológicas. 
Também se buscou fazer uma abordagem da cor enquanto fenômeno 
físico, explorando conceitos como cor complementar, círculo cromático e demais 
aspectos. 
Por último, levantamos manuais de fabricantes de lâmpadas, luminárias e 
outros dispositivos relacionados à iluminação, visando descobrir as tecnologias 
disponíveis para se fazer o uso da cor em iluminação. 
Depois de finalizada a revisão bibliográfica, iniciou-se a pesquisa em sites 
e revistas especializadas em light design de projetos onde a cor se fazia presente 
através da iluminação. A partir desta pesquisa, os projetos foram agrupados de 
acordo com o aspecto da cor que assumia maior relevância para a construção de 
sentido da mensagem visual. De acordo com o sentido predominante identificado 
em cada grupo foi atribuído um nome para cada classificação. 
Com o intuito de facilitar o entendimento dos conceitos, foi elaborada uma 
tabela onde os aspectos relevantes para a análise das classificações foram 
organizados de uma forma didática. 
Portanto, cada uma das classificações, bem como cada um dos projetos 
apresenta uma tabela onde estão descritos os aspectos mais relevantes para o 
caso em questão. 
6 
 
 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
2.1 Teoria da cor 
 Segundo Pedrosa, cor “... é a sensação provocada pela ação da luz sobre 
o órgão da visão...” 7. Mais adiante ele faz a distinção entre cor-luz e cor-
pigmento: 
 
“... os estímulos que causam as sensações cromáticas estão 
divididos em dois grupos: o das cores-luz e o das cores 
pigmento. 
 Cor-luz, ou luz colorida, é a radiação luminosa visível 
que tem como síntese aditiva a luz branca... 
 Cor-pigmento é a substância material que, conforme 
sua natureza, absorve refrata e reflete os raios luminosos 
componentes da luz que se difunde sobre ela... “7. 
 
 
 Em termos eletromagnéticos, as cores se distribuem ao longo da faixa do 
espectro visível, variando desde o comprimento de onda de 400 nm (violeta) até 
700 nm (vermelho). 
 As cores primárias são as três cores indecomponíveis a partir das quais 
podem ser geradas todas as cores do espectro. No caso da cor-luz, elas são o 
vermelho, o verde e o azul-violetado. No caso da cor pigmento, elas são o 
vermelho, o amarelo e o azul. 
 As cores secundárias são aquelas que resultam do equilíbrio ótico de duas 
cores primárias. As cores terciárias, por sua vez, resultam da mistura de uma cor 
primária com uma secundária. 
7 
 
 
 
 Quando se dispõem as cores primárias em um círculo, intercaladas com as 
cores secundárias e terciárias, tem-se o que se chama de círculo cromático 
(figura 01). Conforme se pode perceber através dele, nas cores quentes 
predominam o vermelho e o amarelo e nas cores frias, o verde e o azul. 
 
Figura 01 – Círculo cromático 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mapa_de_cores.jpg 
 
 As qualidades mensuráveis da cor são três: matiz, luminosidade e croma. 
Segundo Pedrosa, “... matiz é a característica que diferencia uma cor de outra... 
Luminosidade é o grau de claridade ou de obscuridade contido numa cor... Croma 
é a qualidade específica de saturação de cada cor que indica seu grau de pureza. 
As cores perdem croma... ao serem misturadas com o branco...”7. 
8 
 
 
 
 A complementar de uma cor primária é a cor secundária resultante da 
mistura das outras duas primárias. Por conseguinte, a cor complementar de uma 
secundária é a cor primária que não participou de sua síntese. 
2.2. Sintaxe da linguagem visual 
Para podermos entender de que forma as manifestações visuais 
transmitem significado, é necessário conhecer a natureza da linguagem visual. 
Diferentemente da linguagem verbal, que necessita do uso de símbolos 
para poder ser transmitida, a linguagem visual acontece de forma direta, sem 
mediação. Esta característica explica em parte a efetividade do seu poder de 
comunicação. 
Outro fator que contribui neste sentido são os aspectos psicofisiológicos 
envolvidos no input visual. Quando observamos uma determinada imagem, 
automaticamente, nosso cérebro avalia aspectos relacionados ao equilíbrio, 
tensão, nivelamento, aguçamento, atração, agrupamento, positivo/negativo, 
dentre outros. Estes mecanismos perceptivos estão relacionados à nossa 
necessidade de sobrevivência e são inerentes ao ser humano. 
A matéria prima desta linguagem não verbal são os elementos visuais. Eles 
constituem, segundo Dondis, a “... substância básica daquilo que vemos, e seu 
número é reduzido: o ponto, a linha, a forma, a direção, o tom, a cor, a textura, a 
dimensão, a escala e o movimento...”4. Eles poderão ser ou não utilizados na 
composição da obra, de acordo com a intenção pretendida. 
9 
 
 
 
Quanto ao significado, nossa percepção pode apreender em três níveis: o 
representacional – os objetos, os elementos da natureza; o abstrato – aquilo que 
é transmitido pelos elementos visuais quando o fato visual está reduzido a sua 
composição mais elementar; o simbólico – aquilo que é transmitido pelos códigos 
e símbolos inventados pelo homem. 
As técnicas visuais, por sua vez, são estratégias compositivas que podem 
ser utilizadas pelo artista ou designer com o intuito de transmitir um determinado 
significado a partir da obra. Dentre as técnicas visuais, a mais importante é o 
contraste. 
2.2.1. Os elementos visuais/ a cor 
Todo fato visual é composto pelos elementos visuais: o ponto, a linha, a 
forma, a direção, o tom, a cor, a textura, a dimensão, a escala e o movimento. 
Eles consistem na matéria prima da linguagem visual. 
Apesar de se apresentarem em um número reduzido, são infinitas as 
possibilidades compositivas. No entanto, a forma como se organizam dentro da 
mensagem visual, deve ser coerente com o significado pretendido. 
Assim os elementos devem ser utilizados na mensagemvisual dentro de 
uma coerência de propósito, para que formem um sistema integrado e bem 
articulado, cujo significado seja facilmente identificável. 
Partindo da identificação dos elementos básicos, nosso sistema perceptivo 
tenderá a criar unidades, as quais, a partir do momento em que são 
10 
 
 
 
individualizadas, tendem a se integrar no todo de acordo com os fatores de 
proximidade, similaridade, fechamento, simetria, destino comum e continuidade, 
definidos pela teoria da Gestalt. 
Deve-se destacar que os elementos não estão presentes da mesma forma 
nos diversos ofícios visuais. No desenho, por exemplo, há a predominância da 
linha, da forma. O movimento se apresenta de uma forma implícita e a cor está 
ausente. 
Dentre os elementos visuais iremos destacar a cor e o movimento, tendo 
em vista a sua importância para o presente trabalho. 
2.3 Tecnologias disponíveis para o uso da cor em iluminação 
 
Conforme explicitado no site do fabricante OSRAM, “... há duas opções 
básicas para elaborar projetos com luz colorida: produção estática com fontes de 
luz que já são coloridas, e produção dinâmica e controle com o auxílio de 
sistemas de gerenciamento da iluminação... “13. 
Desta forma faz-se necessário explorar os dois elementos principais no que 
se referem ao uso da cor em iluminação, quais sejam as fontes de luz e os 
sistemas de gerenciamento. 
2.3.1 Fontes de luz 
 
2.3.1.1 Lâmpadas Fluorescentes 
 
Segundo Costa, “... lâmpadas fluorescentes são lâmpadas de descarga 
operando em baixa pressão contendo mercúrio no seu interior...”14. 
11 
 
 
 
De uma forma simplificada, a luz é gerada a partir de uma descarga 
elétrica que ioniza o gás mercúrio, liberando um fóton, o qual, ao entrar em 
contato com o pó fluorescente (fósforo) que reveste a parede interna do tubo de 
vidro, transforma a radiação ultravioleta em radiação (luz) visível. 
Ainda segundo Costa, 
 
 
 
“... o mercado, sob forma restrita, oferece lâmpadas 
fluorescentes coloridas que têm finalidades decorativas. 
Lâmpadas vermelhas usam fósforos na base de magnésio 
que produzem radiação em torno de 640 nm e absorvem 
algumas radiações azuis das linhas visíveis do mercúrio com 
uma camada de sulfito de cádmio ou de óxido de ferro para 
absorver completamente o restante das radiações azuis e 
verdes. Similarmente outras lâmpadas empregam camadas 
de fósforo de forma que as radiações sejam coloridas, mas 
monocromáticas. Incluem-se as cores nas radiações 
vermelhas, amarelas, verdes e azuis...”14. 
 
 
 
As lâmpadas fluorescentes apresentam uma eficiência luminosa que, 
dependendo do tipo, pode variar de 48 lm/W até 103 lm/W. As maiores 
eficiências são alcançadas pelas lâmpadas de menor diâmetro de tubo. 
2.3.1.2 LEDS 
 
O LED é um componente eletrônico semicondutor, ou seja, um diodo 
emissor de luz (L.E.D. = Light emitter diode), que tem a propriedade de 
transformar energia elétrica em luz. 
12 
 
 
 
Apesar do efeito da eletroluminescência ter sido descoberto em 1907, seu 
uso para fins de iluminação de ambientes só se iniciou na década de 90, a partir 
de dois momentos. O primeiro, em 1995, quando foi lançado o primeiro LED com 
luz branca criada por conversão de luminescência e num segundo momento, em 
1997, quando começou a ser fabricado o LED de potência, que alcançava um 
fluxo luminoso da ordem de trinta a quarenta lumens. 
Atualmente, os LEDS podem ser encontrados em diversas configurações, 
dependendo do uso a que se destina. Pode-se destacar dentre os dispositivos 
disponíveis, a mangueira de luz, a barra, o painel, o projetor e ainda, em forma 
tubular. 
Com relação à lâmpada fluorescente, os LEDS apresentam a vantagem de 
não apresentar desgaste com os sucessivos acendimentos, apresentando uma 
vida útil em torno de 50.000 horas. Outra particularidade é que o eles emitem 
comprimento de onda monocromático, não dependendo de filtros ou quaisquer 
outros artifícios que possam se deteriorar quando expostos ao sol, gerando cores 
mais saturadas. 
Deve-se destacar ainda que o LED pode alcançar eficiência luminosa 
superior a 100 lumens/W. 
2.3.2 Sistemas de gerenciamento de iluminação 
 
13 
 
 
 
Além do avanço da tecnologia das fontes de luz, principalmente no que se 
refere aos LEDS, um grande aliado para a sofisticação dos projetos de iluminação 
são os sistemas de gerenciamento. 
No que se refere ao uso da cor, ele se apresenta como um elemento 
essencial, pois permite a criação de uma gama infinita de cores a partir da 
combinação de um número limitado de fontes de luz coloridas. 
A utilização destes sistemas possibilita ao light designer projetar o 
ambiente de uma forma dinâmica com a programação de cenas que se sucedem 
de acordo com o efeito desejado. 
De acordo com o site da OSRAM, estes equipamentos auxiliares trabalham 
com os seguintes conceitos: 
 
 
“Dimmerizar: Ajustar a luminosidade das lâmpadas, 
aumentando ou reduzindo a quantidade de luz no ambiente. 
Grupo: É o agrupamento de várias luminárias, que serão 
controladas conjuntamente, ou seja, quando ligamos ou 
dimmerizamos um determinado grupo, todas as luminárias 
pertencentes àquele grupo serão ligadas ou dimmerizadas 
simultaneamente. 
Cena: É o status de cada grupo/luminária presente no 
ambiente, ou seja, quais estão desligadas, quais estão 
ligadas, e quais são os níveis de “dimmerização” 
(quantidade de luz) de cada uma delas naquela cena em 
específico... ”15. 
 
 
 
14 
 
 
 
3. CLASSIFICAÇÕES PROPOSTAS 
Para facilitar a caracterização de cada uma das classificações, foram 
elencados alguns fatores considerados relevantes para o entendimento 
estruturado dos conceitos propostos. 
A relevância de cada um dos fatores para a caracterização das 
classificações propostas possibilitará estabelecer mais facilmente as diferenças e 
semelhanças entre elas, de modo que as definições alcancem um grau de clareza 
necessário para que sejam incorporadas ao vocabulário de projeto. 
3.1 A cor como elemento surpresa 
O propósito da cor como elemento surpresa é o de chamar a atenção do 
espectador para algum fato ou acontecimento. Desta forma, a cor funciona como 
um chamamento, procurando informar a respeito de algo. 
Diante do caráter informativo que a cor assume nesta classificação, é 
fundamental que se observe a sua dimensão semântica, a personalidade própria 
de cada matiz, buscando uma correlação com a informação que se quer 
transmitir. 
Assim como o indivíduo modifica sua feição de acordo com aquilo que quer 
exprimir, ou a mulher põe o vestido apropriado para cada ocasião, o edifício 
também se veste da cor que melhor exprime o fato ou acontecimento em questão 
(figuras 02 e 03). 
15 
 
 
 
Desta forma, os principais monumentos públicos (figura 01) são 
normalmente as edificações escolhidas para este tipo de intervenção em datas 
comemorativas. Também se adéquam a esta intenção de projeto, edificações 
destinadas a eventos públicos, como teatros, ginásios esportivos ou salas de 
concerto com o intuito de destacar o início de uma temporada ou anunciar algum 
evento específico. 
 
Figura 02 – Cristo Redentor no dia mundial da diabetes 
Fonte: http://www.diamundialdodiabetes.org.br/agenda/materia_002.php 
 
 
Figura 03 – San Francisco City Hall na luta contra o câncer de mama 
Fonte: http://www.swerbo.com/2008/01/12/komen-for-the-cure-turns-san-francisco-city-hall-pink/ 
 
16 
 
 
 
 
Figura 04 – San Francisco City Hall na abertura da temporada de concertos 
Fonte: http://www.newyorksocialdiary.com/node/3485 
 
3.2 A cor como elemento associativo 
Para introduzir a presente classificação precisamos inicialmente entender a 
forma como as mensagens visuais podem se apresentar. Segundo Dondis, 
Os dados visuais têm três níveis distintos e individuais: o input visual, que 
consiste de miríades de sistemas de símbolos; o material visual representacional, 
que identificamos no meio ambiente e podemos reproduziratravés do desenho, 
da pintura, da escultura e do cinema; e a estrutura abstrata, a forma de tudo 
aquilo que vemos, seja natural ou resultado de uma composição para efeitos 
intencionais. 
 
A cor como elemento associativo explora justamente o caráter 
representacional da cor, a sua capacidade de se ligar a objetos, elementos 
17 
 
 
 
naturais e, dentro de um contexto apropriado (figura 04), passar a significar o 
próprio objeto. Esta capacidade associativa é explicitada por Dondis: 
 
“No meio ambiente compartilhamos os significados 
associativos da cor das árvores, da relva, do céu (figura 05), 
da terra e de um número infinito de coisas nas quais vemos 
as cores como estímulos comuns a todos. E a tudo 
associamos um significado... Assim, a cor oferece um 
vocabulário enorme e de grande utilidade para o alfabetismo 
visual... ”4. 
 
 
 
 
Figura 05 – Bar Bix Jazz iluminado na cor dos metais 
Fonte: L + D (fev.2007, p.66) 
 
 
Guimarães exemplifica o processo associativo da cor a partir do seguinte 
caso: 
 
“Acenar um lenço branco,... , implica uma recepção imediata 
pelo hemisfério direito, que já busca o repertório da imagem, 
relacionando-a com ‘pedido de trégua (paz)’, ou adeus, ou 
outro significado armazenado de uso convencionado entre o 
emissor e o receptor da informação visual... ”6. 
 
18 
 
 
 
 
Figura 06 – Museu de História Natural Rose Center 
Fonte: PROJETODESIGN (jul. 2001) 
 
3.3 A cor como elemento dinâmico 
Segundo Basbaum, “... desde o século XVIII há relatos descrevendo 
pessoas que, expostas a um estímulo relacionado a uma determinada modalidade 
sensorial, experimentam sensação em uma modalidade diversa...”9. Este aspecto 
sinestésico dos nossos sentidos também é explorado quando o light designer 
utiliza as cores de uma forma seqüenciada para criar a idéia de movimento. 
A iluminação, desta forma, torna-se uma aliada para criar um clima 
dançante em boates (figura 06) ou estimular a prática de exercícios em 
19 
 
 
 
academias de ginástica (figura 07). De uma forma geral, o que se pretende é criar 
algo vivo, lúdico, em constante transformação. 
Pode-se perceber ainda a intenção de tratar o espaço enquanto cenário, 
induzindo o espectador a interagir com o ambiente. 
Para tanto, as tecnologias que têm sido desenvolvidos a partir dos LEDS, a 
exemplo dos dispositivos que se utilizam do sistema RGB para a criação 
seqüenciada de infinitos matizes têm facilitado a exploração da cor enquanto 
elemento dinâmico. 
É importante salientar que o aspecto marcante desta classificação é o fato 
de que ela apresenta uma dependência temporal. 
 
 
 
Figura 07 – Boate NOX 
Fonte: www.arcoweb.com.br/arquitetura/arquitetura780.asp 
20 
 
 
 
 
Figura 08 – Pelé Club 
Fonte: www.arcoweb.com.br/lightdesign/lightdesign59.asp 
 
3.4 A cor como elemento dramático 
 
Segundo Dondis, “a percepção da cor é o mais emocional dos elementos 
específicos do processo visual.” Esta característica da cor pode ser entendida a 
partir dos mecanismos da psicofisiologia da percepção. Os sinais recebidos pela 
área visual, segundo Guimarães, “... são enviados também para regiões inferiores 
do lobo occipital... Nessa área há ligação direta com o sistema límbico,..., 
importante pela participação do conteúdo emocional...”6. 
Além da afinidade natural que a cor possui com as emoções, o seu caráter 
emotivo pode ser intensificado a partir da escolha adequada do croma e matiz. 
Dondis afirma que, “...quanto mais intensa ou saturada for a coloração de um 
objeto ou acontecimento visual, mais carregado estará de expressão e 
emoção...”4. 
Outro aspecto relevante para o entendimento dos mecanismos da 
percepção da cor é o fato de que ela acontece de uma forma global. Segundo 
21 
 
 
 
Guimarães, “... se uma superfície fazia parte de uma cena complexa e 
multicolorida, não havia relação simples entre o comprimento de onda e a cor 
percebida. Ou seja, a síntese da percepção das cores é global e não ponto a 
ponto. Quando a zona é vista como parte de uma cena completa, a luz que reflete 
localmente não é suficiente para predeterminar a cor percebida...”6. 
Uma vez que a síntese da percepção acontece de uma forma global, ela 
pode ser intensificada a partir da combinação adequada dos matizes. Segundo 
Pedrosa, “... a qualidade cromática é acentuada simultaneamente quando uma cor 
se confronta com outra... Em geral as cores contrárias têm uma forma particular 
quando estão opostas às suas respectivas contrárias...”7. 
Mais adiante Pedrosa reforça, 
 
“... como a complementar de uma cor pertence sempre ao 
gênero oposto, é fácil deduzir que duas cores, uma quente 
justaposta a uma fria, se exaltem reciprocamente, de vez 
que são influenciadas uma pela outra... Outra característica 
da percepção das cores que nos parece particularmente 
importante é o fenômeno da aberração cromática, em que os 
raios luminosos vermelhos são focalizados mais 
posteriormente que os raios luminosos azuis, e os olhos 
escolhem qual está em melhor foco, alterando a 
convexidade do cristalino. Daí o encontro dos fatores 
biofísicos da percepção com algumas características 
intrínsecas da cor, de onde surgem conceitos como a 
tranqüilidade do verde e do azul e a agressividade e 
passionalidade do vermelho...”7. 
 
 
Portanto, o caráter emotivo das cores associado ao contraste simultâneo, 
bem como, o fenômeno da aberração cromática, explica a dramaticidade que 
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recobre uma composição formal quando a articulação dos seus elementos 
constituintes é reforçada a partir de uma iluminação que contrapõe o vermelho a 
uma cor fria, normalmente o azul (figuras 08 e 09) ou a sua complementar, o verde 
(figura 10). 
 
 
Figura 09 – Museu das telecomunicações 
Fonte: http://www.arcoweb.com.br/design/design93.asp 
 
 
Figura 10 – Alexander Graham Bell House 
Fonte: www.arcoweb.com.br/lightdesign/lightdesign7b.asp 
 
23 
 
 
 
 
Figura 11 – Ponte Estaiada 
Fonte: LUME ARQUITETURA (ago. set. 2008) 
 
3.5 A cor como ênfase 
Um dos propósitos a que se presta a cor quando utilizada em iluminação é 
o de enfatizar um determinado elemento da composição. Assim como na sintaxe 
visual, ela deve ser utilizada enquanto estratégia compositiva. Segundo Dondis, 
“...muito pouco da atmosfera de neutralidade é perturbada pela técnica da ênfase, 
em que se realça apenas uma coisa contra um fundo em que predomina a 
uniformidade...”4. 
Desta forma, a ênfase pode servir à funcionalidade (figura 11), buscando 
realçar o acesso a uma edificação, por exemplo, ou estar a serviço do marketing, 
24 
 
 
 
reforçando algum elemento simbólico de uma fachada institucional (figura12), ou 
ainda, em prol da estética, selecionando o ponto focal de uma composição formal. 
Uma vez que se busca atrair a atenção do espectador ou usuário, deve-se 
entender que o uso de cores primárias, bem como, de tons saturados é mais 
adequado ao objetivo da presente classificação. Segundo Dondis, 
 
“... quanto mais intensa ou saturada for a coloração de um 
objeto ou acontecimento visual, mais carregado estará de 
expressão e emoção. Os resultados informacionais, na 
opção por uma cor saturada ou neutralizada, fundamentam a 
escolha em termos de intenção. Em termos, porém, de um 
efeito visual significativo, a diferença entre a saturação e a 
sua ausência é a mesma que existe entre o consultório de 
um dentista e o Electric Circus...”4. 
 
 
 
Figura 12 – Acesso COAL WASHERY MUSEUM 
Fonte: http://www.krets.org/img/news/essen2.jpg 
 
 
 
 
Figura 13 – TV GLOBO 
Fonte: LUME ARQUITETURA (ago. 2008) 
 
 
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3.6 A cor enquanto partido 
Gustavo Avilés, light designer mexicano define cor volume como aquela “... 
que preenche uma parte das três dimensões do espaço, e que é parcialmente 
transparente, permitindo a visualização de um objeto detrás de outro...”. 
Esta definição ilustra o uso da cor enquanto partido, tendo em vista que elapreenche o espaço como um líquido e se confunde com ele, adquirindo uma 
natureza substantiva (figuras 13 e 14). 
Os demais elementos visuais passam a exercer um papel secundário 
dentro da composição. A própria dimensão do espaço deixa de ser percebida de 
uma forma marcante. Pode-se comparar o efeito visual resultante àquele obtido 
através da técnica visual da planura. Segundo Dondis, esta técnica se caracteriza 
pela ausência da perspectiva através da eliminação da aparência natural da 
dimensão. 
Uma vez que a cor passa a exercer um papel dominante, confundindo-se 
com o próprio fato visual, seu aspecto semântico adquire também um papel 
relevante, uma vez que a personalidade cromática passará a exercer uma 
influência dominante no estado de espírito do usuário. Segundo Valdir, “... no 
aspecto semântico o que mais deve ser observado é como as sensações 
percebidas pelo receptor relacionam-se com o significado do elemento 
observado...”16. 
26 
 
 
 
Desta forma, quando o light designer utiliza a cor enquanto partido, é 
fundamental que se faça uma escolha consciente dos aspectos de croma e matiz 
que serão empregados num determinado projeto, tendo em vista que a 
personalidade da cor escolhida ficará associada ao ambiente. 
A definição cor enquanto partido busca ressaltar a força que o aspecto 
cromático pode exercer num projeto, sendo capaz, inclusive, de mudar o uso de 
um determinado ambiente. Um exemplo disso é o caso do Água Bar (figuras 15 e 
16) em que um restaurante sóbrio se transforma em um bar descontraído a partir 
da inserção da cor. 
 
Figura 14 – Academia L’oréal 
Fonte: LUME ARQUITETURA (fev. 2008) 
 
27 
 
 
 
 
Figura 15 – Lobby do Hotel Puerta America 
Fonte: http://www.stevensons-of-norwich.co.uk/service/hotels/ 
 
 
Figura 16 – Água Bar com iluminação neutra 
Fonte: www.confortovisual.com.br/pdfs/Agua%20Bar%20-%20rev%20Potencia.pdf 
 
 
Figura 17 – Água Bar com iluminação azul 
Fonte: www.confortovisual.com.br/pdfs/Agua%20Bar%20-%20rev%20Potencia.pdf 
 
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A contribuição do presente trabalho no sentido de ampliar o vocabulário de 
projeto do light designer pode ser considerada tímida, uma vez que as seis 
classificações propostas abrangem muito pouco das possibilidades compositivas 
que se descortinam quando se faz o uso da cor em iluminação. 
No entanto, o presente trabalho cumpre seu papel, no sentido de apontar 
para um caminho que precisa ser trilhado, de abordar o uso da cor em iluminação 
de uma forma sistematizada, a partir da exploração do seu aspecto 
multidisciplinar, que faz deste elemento visual um importante aliado para a 
construção do significado da mensagem visual. 
Portanto, fazem-se necessárias novas pesquisas que possam aprofundar 
as classificações aqui propostas, bem como, propor outras. Alguns aspectos 
importantes que surgiram ao longo do trabalho não puderam ser explorados por 
falta de tempo hábil. Dentre eles, a cor enquanto elemento cultural, a cor 
enquanto elemento terapêutico e a cor enquanto instrumento de marketing. 
A relação entre sintaxe visual e o uso da cor em iluminação apresenta um 
horizonte bastante amplo a ser descortinado, principalmente, quando se faz uma 
abordagem das técnicas visuais em função da cor. 
 
 
 
 
29 
 
 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
1 CONSTANTIN, L. Ponto de vista. Lume Arquitetura. São Paulo: Ed. De Maio, 
n.32, p.68-76, jun. 2008. 
 
2 ARNHEIM, R. Arte de percepção visual: uma psicologia da visão criadora. 
São Paulo: Pioneira, 2007. 
 
3 CHING, Francis D. K. Arquitetura: forma, espaço e ordem. São Paulo: Editora 
Martins Fontes, 1998. 
 
4 DONDIS, Donis A. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Editora Martins 
Fontes, 2000. 
 
5 GOMES FILHO, João. Gestalt do objeto: sistema de leitura visual da forma. 
São Paulo: Editora Escrituras, 2004. 
 
6 GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação: a construção biofísica, 
lingüística e cultural da simbologia das cores. São Paulo: Editora Annablume, 
2000. 
 
7 PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. Rio de Janeiro: Editora L. 
Christiano, 2002. 
 
8 PEDROSA, Israel. O universo da cor. Rio de Janeiro: Editora Senac Nacional, 
2004. 
 
9 BASBAUM, Sergio R. Sinestesia e percepção digital. Trabalho apresentado 
no Subtle Tecnologies Festival, Toronto, maio 2003. 
 
10 LUME ARQUITETURA. São Paulo: Ed. De Maio, n.30, fev. 2008, il. 
 
11 LUME ARQUITETURA. São Paulo: Ed. De Maio, n.33, ago. 2008, il. 
 
12 L + D. São Paulo: Ed. Lumière, n.17, fev. 2007, il. 
 
30 
 
 
 
13 OSRAM, Lâmpadas fluorescentes T5: catálogo. Disponível em: 
<http://www.osram.com.br/osram_br/Profissional/Iluminacao_Geral/Lampadas_Fl
uorescentes_Tubulares_e_Circulares/Produtos/Lampadas_fluorescentes_T5/LU
MILUX_T5_coloridas.html> Acesso em: 25 dez. de 2008. 
 
14 COSTA, Gilberto J. C. da. Lâmpadas. Apostila elaborada para a 
especialização em Projetos Luminotécnicos da Universidade Castelo Branco, Rio 
de Janeiro, 2007. 
 
15 OSRAM, Sistemas para gerenciamento de iluminação - DALI: catálogo. 
Disponível em: <http://br.osram.info/download/catalogo/dali.pdf> Acesso em: 25 
dez. de 2008. 
 
16 VALDIR, W. L. A psicodinâmica das cores como ferramenta de 
marketing: a percepção, influência e utilização das cores na comunicação 
mercadológica. 2005. Tabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em 
Administração) – Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2005. Disponível 
em:< http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Pesquisa/Psicodinamica.pdf>. Acesso 
em: 25 dez. de 2008.

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