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Anatomia •Introdução ao estudo da anatomia -Normalidade e variações anatômicas Normalidade: Para a anatomia, normal é aquilo que é mais frequente, seguindo um padrão. Ex: posição em que a artéria braquial se divide ocorre com mais frequência no cotovelo, gerando a artéria ulnar e radial. Variações anatômicas: São os formatos e posições diferentes, sem comprometer a sua função, de órgãos, tecidos, veias, artérias... è Fatores que influenciam as variações: Idade, sexo, raça, biotipo, evolução humana. -Anomalias Não são variações anatômicas, mas sim, uma alteração anatômica que compromete sua função, podendo ser congênita ou adquirida. -Monstruosidade São alterações anatômicas, deformidades (decorrentes de fatores genéticos, congênito, ou adquirido, decorrente do uso de drogas, por exemplo, na gestação). Normalmente nasce natimorto, impossibilidade de alcançar a vida adulta. • Divisão do corpo humano O corpo é dividido em 4 partes: Cabeça, Pescoço, Tronco (tórax, abdômen, pelve, períneo e dorso) e Membros (superiores e inferiores). •Posição anatômica Uma padronização mundial no estudo da anatomia. A figura deverá estar em posição ereta, com a face voltada para a frente, olhos no horizonte, membros superiores estendidos, palmas da mão voltadas para frente, membros inferiores unidos e com as pontas dos pés dirigidas para frente. -Posição deitada ou decúbito: Dorsal: de barriga para cima Lateral: de lado Ventral: de barriga para baixo •Termos de posição e direção As seguintes nomenclaturas são sempre em comparação de pelo menos duas estruturas. O plano mediano divide o corpo ao meio, o que está sobre esse plano é identificado na posição mediana. Ex: O osso esterno se localiza no mediano do tórax. As estruturas mais próximas do plano mediano são identificadas como pertencentes a posição medial. Ex: O quinto dedo de uma mão se localiza na posição medial em relação aos outros dedos. As estruturas mais afastadas do plano mediano são identificadas como pertencentes a posição lateral. Ex: O dedo polegar se localiza na posição lateral em relação aos outros dedos. Quando houver a comparação com pelo menos 3 estruturas acrescenta-se a posição intermédia, que fica entre a lateral e medial. Nos membros as divisões também são feitas de forma vertical, aquilo que for mais próximo da raiz, ou seja, da junção entre membros e tronco no local chamado cintura, é chamado de proximal, o mais afastado da cintura é conhecido como distal, aquilo que fica no meio é nomeado de médio. Na cabeça, pescoço e tronco, as divisões verticais recebem outra nomenclatura: de cima para baixo é superior, médio e inferior. •Planos de corte Mediano: corte que passa pelo meio do corpo, dividindo as regiões direita e esquerda. Frontal: corte que passa dividindo as regiões anteriores (da frente) e posteriores (de trás). Transversal: corte que passa dividindo as regiões superior/posterior da inferior/anterior. •Princípios gerais da construção do corpo humano -Antimeria: plano mediano que divide o corpo em duas regiões simétricas, direito e esquerdo. -Metameria: superposição de estruturas homólogas (coluna vertebral como exemplo). -Paquimeria: o plano frontal divide as regiões em dorsal e ventral. -Estratificação: são as camadas que formam o corpo, observadas nos cortes de planos transversal (pele -> tela subcutânea -> fáscia -> músculo -> vasos...) •Sistema esquelético Osteologia: é o estudo do sistema esquelético -Definição: É o conjunto de ossos unidos por cartilagem. -Função: Sustentação, proteção, conformação (formato do corpo), armazenamento de íons-minerais, hematopoiese, sistema de alavancas/movimento. -Divisão do esqueleto: -> Axial: Ossos da cabeça, tronco e pescoço -> Apendicular: Ossos dos membros -> Cintura: Ossos que unem os membros ao tronco. Cintura escapular que une os membros superiores ao tronco e cintura pélvica que une os membros inferiores ao tronco. -Esqueleto apendicular -> Membros superiores: 4 segmentos 1 – cintura escapular formada pela clavícula e escápula 2 – braço formado pelo úmero 3 – antebraço formado pelo rádio lateral e ulna medial 4 – mão formada pelos 8 ossos do carpo, 5 do metacarpo e 14 falanges. ->Membros inferiores: 4 segmentos 1 – cintura pélvica formada pelo osso do quadril formado por 3 regiões/ossos que são o ísquio, íleo e púbis. 2 – coxa formada pelo fêmur que se liga com a patela. 3 – perna formada pela tíbia (garante a maior parte do sustento) e fíbula. 4 – pé formado pelos 7 ossos do tarso, 5 do metatarso e 14 falanges. -Esqueleto axial: crânio, osso hioide, vértebras, esterno e costelas ->Crânio: osso frontal, maxilar, mandíbula, parietal, temporal, zigomáticos, nasal, lacrimal, esfenoide, etmoide, vômer, concha nasal inferior, occipital, palatino Obs: o formato do crânio ajuda a distribuir a energia em caso de impacto. ->Vértebras: 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, sacro e o cóccix ->Costelas: 12 Classificação morfológica dos ossos -Osso longo: seu comprimento é maior que a sua largura. Ex: fêmur, úmero, metacarpos, falanges... São levemente encurvados, possuindo maior resistência portanto Os ossos longos são divididos em 5 regiões: duas epífises, uma proximal e distas, sendo a extremidade do osso, nelas se encontram a medula óssea vermelha cuja função é a produção de hemácias, constituída principalmente por um tecido ósseo esponjoso/trabeculado; duas metáfises, uma proximal e outra distal, seria a zona de transição; uma diáfise sendo a haste/corpo do osso, nela se localiza a medula óssea amarela que passa pelo canal modular, constituída principalmente por um tecido ósseo compacto/cortical. Obs: o transplante de medula óssea vermelha é feito normalmente retirando a medula do osso do quadril. Obs2: crianças possuem a produção da medula óssea vermelha por quase todas as extensões e ossos do corpo, conforme a idade, as regiões dessa produção vai diminuindo. ->Cartilagem epifisária: responsável pelo crescimento longitudinal do osso, se aparenta como um risco/trinca nas epífises proximal e distal. Presentes até os 18/20 anos. ->Cartilagem articular: presente na parte externa sobre as epífises, evitam o contato direto osso- osso (artrose) e consequentemente uma perda óssea subcondral (abaixo da cartilagem). Tecido avascular, não se regenera. ->Periósteo: membrana permanente ao redor da diáfise e metáfise, formado por duas camadas, uma externa e outra interna, a parte interna é osteogênica, ou seja, possui células ósseas capazes de formar novas camadas de osso, responsável também por remodelar/renovar/regenerar o osso quando fraturado. É vascularizado e tem nervos. ->Endósteo: membrana interna com as mesmas funções do periósteo para região interna. ->Irrigação do osso: através de forames por onde entra uma artéria (nutrícia, epifisárias, periostal e metafisária) levando o sangue ao osso e saindo por esse forame umaveia. Osso pneumáticos: ossos que apresentam uma cavidade (seio) no crânio preenchidas com ar e revestidas por uma mucosa (que quando ocorre sua inflamação chama-se sinusite). ->Seios da face: frontal, esfenoidal, maxilar e etmoidal (dividido em várias células etmoidais – pequenas e múltiplas cavidades) Osso plano/laminar: seu comprimento e sua largura são próximos. Sua particularidade está no fato de possuírem uma estratificação de 3 camadas: cortical-esponjoso-cortical, que recebe o nome de díploe, essa região não possui canal medular, possuindo, portanto, apenas medula óssea vermelha, com periósteo e sem endósteo. Osso curto: ossos do carpo e metacarpo. Osso irregular: sem formato geométrico definido. Osso alongado: osso longo sem canal medular (medula óssea amarela). Ex: costelas. Osso sesamoide: são pequenos ossos inseridos nos tendões de regiões de muita fricção, como na mão, patela e pés. Osso supranumérico: são ossos extras presentes no crânio. Osso ectópico: ossos patológicos que surgem com a calcificação de tecidos moles •Artrologia é o estudo das juntas, conjunto de 2 ou mais ossos que pode haver ou não movimentos -Classificação: ->Fibrosas/sinartroses: a união entre ossos que não se movimentam mas que se articulam por um tecido fibroso, conjuntivo denso. Suturas: são um tipo de articulação fibrosa mas com pouca quantidade de tecido fibroso. Estão presentes somente no crânio. Ex: parietais e frontal, parietal e parietal, parietais e occipitais... Conforme a idade, essas estruturas se calcificam e desaparecem, tal junção óssea recebe o nome de sinostose. -Fontanelas: Popularmente chamadas de moleiras estão presentes até os 2-3 anos de idade. Caso a sinostose não ocorra, passa a vira um tipo de sutura. -Esquindilese: une ossos semelhantes a crista e vale -< <-. Ex: etmoide e vômer, o septo. Sindesmose: Muita quantidade do tecido fibroso. Ex: tíbia-fíbula, rádio-ulna. -Gonfose: saliência cônica numa cavidade. Ex: dentes. ->Cartilaginosas/anfiartroses: união de ossos que permite poucos movimentos, composto por tecido cartilaginoso Sínfise: é a articulação cartilaginosa mais resistente, formada por tecido cartilaginoso fibroso. Ex: disco cartilaginoso intervertebral, sínfise púbica. Sincondrose/hialina: mais flácido que a sínfise, está presente durante a infância e posteriormente se calcifica, serve para o crescimento dos ossos, é a cartilagem epifisária. Ex: os ossos do quadril ->Sinoviais/diartroses: é mais comum do corpo, formada por uma membrana chamada de cápsula articular, responsável por unir os ossos e sustentar essa articulação, é revestida internamente por uma membrana sinovial, vascularizada e que também é responsável por produzir o líquido sinovial que preenche a cápsula, formando a cavidade articular, por sua vez, esse líquido é responsável por evitar o atrito entre os osso. Nessa articulação, permite-se a ocorrência de amplos movimentos. Pode ser mais flácida como da cintura escapular ou mais rígidas como da cintura pélvica Outros anexos: Ligamentos: formado por um tecido conjuntivo denso que reforça as articulações sinoviais, pode ser: intra-articular, extra-capsular ou capsular (essa última ocorre quando o ligamento está misturado à cápsula articular. Disco e menisco: é um anexo da articulação sinovial intra-articular, servindo como amortecedor, além de ajudar a distribuir o líquido sinovial sobre a cápsula articular. Disco do atm (articulação temporomandibular) Bolsas sinoviais: presentes nos ombros, cotovelos, quadril e joelho, evitam o atrito entre músculos e ossos. Bainhas sinoviais: impedem o atrito tendão-osso. Bainha fibrosas: englobam as bainhas sinoviais, fixando melhor essa região. -Classificação dos movimentos das articulações Flexão e extensão Dorsiflexão e flexão plantar Circundação Supinação e pronação Abdução e adução Rotação lateral e medial Eversão e inversão Elevação e depressão Flexão lateral da direita ou esquerda Protração e retração Protrusão e retrusão Nutação e contra nutação Algumas articulações: Articulação esternoclavicular; articulação acromioclavicular, articulação do ombro ou escapuloumeral, articulação do cotovelo (são duas: úmero-ulnar e úmero radial), articulação radiulnar proximal a medial e a diastal, articulação radiocarpal, articulações intercárpica, articulações carpometacarpais, articulações metacarpofalãngicas, articulações interfalãngicas, articulação do quadril, articulação do joelho (são duas: femorotibial e femoropatelar), articulação tibiofibular (medial, proximal e distal), articulação atlantoccipital, articulação antlantoaxial lateral e mediana, articulação dos arcos vertebrais, articulação dos corpos vertebrais, articulação temporomandibular, articulação esternocostal...... -Classificação morfológica das articulações sinoviais Esferóide: permite os movimentos circulares, movimentos possíveis: flexão/extensão, abdução/adução, rotação medial/lateral. Gínglimo: dobradiças, movimentos possíveis: flexão/extensão Trocóide: pino, movimentos possíveis: rotação Plano: articulação presente nos tarsos e carpos, movimentos possíveis: deslizamento Elipsoide: presente entre o carpo e o rádio, movimentos possíveis: flexão/extensão, abdução/adução e movimentos curvilíneos. Selar: presente entre as falanges, movimentos possíveis: flexão/extensão, abdução/adução e movimentos curvilíneos. •Miologia é o estudo dos músculos Classificação: 3 tipos, o músculo estriado esquelético, estriado cardíaco e liso. Componentes do músculo estriado esquelético: -Tendão: é a extremidade do músculo, sua função é unir os músculos aos ossos, formado por colágeno. De cor branca -Aponeurose: sua composição é semelhante ao tendão, mas tem um formato laminar -Ventre muscular: parte entre os tendões, composto por células e fibras musculares, contém fibras nervosas, é a parte ativa, podendo se contrair -Fáscia: ajuda a fixar o músculo no osso, também serve para contenção e evita contato direto ente o osso, seus prolongamentos para região interior são chamados de septos que formam as regiões que se dividem em compartimentos -Retináculos: são um espessamento da fáscia q ajuda a fixar melhor os tendões. Os músculos podem ser divididos segundo a sua: Disposição das fibras: paralelas (podendo ser longo ou largo) ou oblíquas (podendo ser unipenado ou bipenado) Origem: bíceps, tríceps e quadríceps Inserção: bicaudado ou policaudado Ventre: digástrico ou poligástrico Ação: flexor, extensor, abdutor, adutor, rotador, pronador, supinador, flexor plantar e dorsal, depressores e levantadores Função: agonista e antagonista Contração: isomérica ou isotônica Pelos sulcos passam as artérias que alimentam o coração 9 – Artéria pulmonar direita 10 – Artéria pulmonar esquerda 11 – Arco da aorta 12 – Sulco coronário 13 – Sulco interatrial 14 – Sulco interventricular posterior 15 – Ventrículo esquerdo 16 – Ventrículo direito •Sistema circulatório Definição: é um sistema fechado de tubos (artérias e veias por onde circula o sangue) ligados por uma bomba central (coração), ligado também ao sistema linfático. O coração é formado por 4 câmaras, por onde ou saem artérias ou por onde chegam as veias. As artérias que chegam as células para distribuir oxigênio, em uma estrutura menor, são chamadas de capilares. Veias e artérias são contíguas, enquanto os vasos linfáticos tem um início entre as células. Coração: é uma bomba premente (sístole) e aspirativa (diástole), constituído por uma camada de músculos estriados(miocárdio) cardíaco e altamente vascularizado, formato aparentemente cônico e com cavidades delimitadas por paredes e subdivididas por septos, revestido por endocárdio, envolto externamente pelo pericárdio que limita sua expansão durante a diástole e separa o coração dos outros órgãos do mediastino. Localizado dentro da cavidade torácica, a frente das vértebras, atrás do osso esterno, lugar chamado de mediastino médio. Faces esterno-costal, face pulmonar (direita e esquerda), face diafragmática. 1 – Átrio direito 2 – Aurícula direita 3 – Ventrículo direito 4 – Ventrículo esquerdo 5 – Aurícula esquerda 6 – Sulco interventricular anterior 7 – Infundíbulo/ cone arterial 8 – Tronco pulmonar 9 – Arco da aorta 10 – Veia cava superior 11 – veia cava inferior 12 – Sulco coronário 13 – Artéria pulmonar esquerda 14 – Artéria pulmonar direita 15 – Ápice do coração 16 – Ligamento arterial 1 – Sulco interatrial 2 – Sulco terminal do coração 3 – Átrio direito 4 – Veia cava inferior 5 – Veia cava superior 6 – Átrio esquerdo 7 – Veia pulmonar superior esquerda 8 – Veia pulmonar superior direita 11 – Óstio atrioventricular 12 – Veia cava superior 13 – Veia caba inferior 14 – Átrio esquerdo 15 – Tronco pulmonar 16 – Arco da aorta 17 – ventrícula direito 18 – Ventrículo esquerdo 19 – sulco interventricular anterior 20 – ápice Organização interna do coração: átrios: direito e esquerdo limitado pelo septo interatrial. Ventrículos: direito e esquerdo delimitado pelo septo interventricular. Valvas: regulam o fluxo de sangue, impedem o seu refluxo e também protegem o óstio. 1 – Septo interatrial 2 – Fossa oval 3 – Limbo da fossa oval 4 – Válvula do seio coronário 5 – Óstio do seio coronário 6 – Válvula da veia cava inferior 7 – Aurícula direita 8 – Óstio da aurícula direita 9 – Crista terminal 10 – Músculos pectíneos 1 – Átrio direito 2 – Músculo papilar anterior 3 – Músculo papilar septal 4 – Músculo papilar posterior 5 – Parede lisa do cone arterial 6 – Crista supraventricular 7 – Trabéculas cárneas 8 – Válvula anterior VAVD 9 – Válvula septal 10 – Cordas tendíneas 11 – Valva do tronco pulmonar 12 – Tronco pulmonar 13 – Sulco interventricular anterior 14 – Ventrículo esquerdo 15 – Ápice do coração 16 – Aorta 17 – Veia cava superior 18 – Veia cava inferior 19 – Aurícula esquerda 20 – Trabécula septomarginal 1 – Ápice do coração 2 – Trabéculas cárneas 3 – Músculo papilar anterior 4 – Músculo papilar posterior 5 – Válvula posterior 6 – Válvula anterior 7 – Cordas tendíneas 8 – Aurícula esquerda 9 – Seio coronário 10 – Veia cava inferior 11 – Átrio esquerdo 12 – Veia pulmonar superior esquerda 13 – Tronco pulmonar 14 – Artéria pulmonar esquerda 15 – Arco da aorta 16 – Artéria pulmonar direita 17 – Ligamento arterial 18 – Trabéculas cárneas 1 – Septo interatrial 2 – Fossa oval 3 – Óstio da aurícula esquerda 4 – Cone arterial 5 – Óstio da veia pulmonar esquerda 6 – Valva da aorta 7 – Músculo do miocárdio 8 – Aurícula esquerda 8’ – Ligamento arterial 9 – Ápice do coração 10 – Septo interventricular 11 – Tronco pulmonar 12 – Aorta 13 – Artéria pulmonar esquerda 14 – Veias pulmonares direita 14’ – Veia cava inferior Esqueleto fibroso do coração: elemento conjuntivo rico em colágeno que serve para ancoragem do miocárdio e das valvas, serve também como um isolante elétrico. 1 – cone artrial 2 – anel fibroso da valva da aorta 3 – parede do ventrículo esquerdo 4 – parede do ventrículo direito 5 – válvula semilunar anterior do tronco pulmonar 6 – válvula semilunar direita do tronco pulmonar 7 – válvula semilunar esquerda do tronco pulmonar 8 – válvula semilunar esquerda da aorta 9 – válvula semilunar direita da aorta 10 – válvula semilunar posterior da aorta 11 – válvula anterior da valva atrioventricular esquerda 12 – válvula posterior da valva atrioventricular esquerda 13 – válvula anterior da valva atrioventricular direita 14 – válvula septal da valva atrioventricular direita 15 – válvula posterior da valva atrioventricular direita 16 – trígono esquerdo 17 – trígono direito 18 – anel fibroso da valva atrioventricular esquerda 19 – anel fibroso da valva atrioventricular direita 20 – tendão do infundíbulo Uma valva é um componente constituído por varias partes, como objetivo de evitar o refluxo do sangue Camadas do coração: Parte mais superficial chamada de epicárdio, parte média, o miocárdio e a parte interna endocárdio. A parte que envolve o coração, pericárdio, é uma membrana fibro serosa, a parte fibrosa envolve o coração e se insere no diafragma, enquanto a parte serosa envolve toda a região interna da parte fibrosa(lâmina parietal) e da parte externa do coração (lâmina visceral), entre essas duas lâminas, há um líquido que preenche a cavidade pericárdica, chamado de liquido pericárdio. Há dois seios mais importantes presentes no pericárdio: seio coronário (entre as veias e artérias pulmonares) e o seio oblíquo Artérias: são tubos constituídos por 3 camadas estruturais. Externa (adventícia), media mio-elástica, interna (endotélio). Apresentam paredes espessas capazes de suportar a pressão arterial, conduz o sangue do coração aos órgãos (modo centrífugo), localizada normalmente no plano profundo (exceção: punho, temporal, facial, subclávia, traqueal, radial, dorsal do pé, femoral -> áreas de afeção da pressão). -Classificação: grande calibre ou de condução (garante o fluxo contínuo de sangue, possuindo muita fibra elástica e pouca muscular); médio calibre ou de distribuição (emite uma série de ramos que garante a vascularização de cada órgão, possuindo pouca fibra elástica e muita muscular);pequeno calibre; arteríolas Veias: assim como as artérias são constituídas pelas mesmas camadas estruturais, o que as difere é a espessura, são finas e dilatáveis (artérias não se dilata, caso ocorra, recebe o nome de aneurisma). Conduz o sangue dos órgãos para o coração, geralmente apresentam válvulas semilunares, para garantir o retorno do sangue ao coração. Localizadas tanto no plano superficial (ajudam a resfriar o sangue e portanto a manutenção do equilíbrio térmico) como no profundo. Veias e artérias normalmente se apresentam juntas, o que garante um dos mecanismos de retorno do sangue ao coração, pois quando a artéria pulsa, acaba por pressionar também as veias, garantindo o retorno. O calibre de uma veia e sua quantidade é maior do que a artéria, uma estratégia biológica que também garante o retorno do sangue ao coração. Anastomose é a união entre artérias, entre veias ou entre artérias e veias (pode haver de nervos também). É útil para que possa haver dois caminhos diferentes, caso uma seja bloqueada, o sangue pode passar por outro, impedindo a necrose de certa região (vide o dorso da mão). Há dois tipos: funcional, servindo para que haja os dois caminhos; enquanto a anatômica, apesar de apresentar essa ligação, uma não serve como caminho alternativo da outra. Vias de circulação: são territórios de vascularização classificados segundo suas características morfológicas ou funcionais (sistêmica, pulmonar, portal, colateral, fetal) Portal: é uma veia central localizada entre duas extremidades ramificadas sendo uma delas de função absortiva e outro de distribuição. Exemplo: porta hepáticos, e outro porta hipofisária Colateral: artérias apresentam um curvatura chamada de circunflexo. Sistema linfático: Função: drenar o excesso de líquido intersticial (cavidade por onde pass, transportar lipídios dietéticos, condução de respostas imunes. Se assemelham a veias, paredes finas, com valvas Capilares e vasos linfáticos: normalmente não se comunicam com os vasos sanguíneos, Tecidos e órgãos linfáticos: Os capilares surgem a partir de um tecido, por um sistema de filamentos de ancoragem, que se estendem sobre o interstíciode modo que a pressão do líquido nesse espaço leve a abertura dos orifícios nos filamentos de ancoragem, permitindo que o tubo linfático, por meio de certas abertura nele, receba o líquido e que a drenagem comece. Líquido intersticial não é a mesma coisa de linfa Vasos linfáticos: acompanhando as veias, estão os vasos linfáticos, temos alguns troncos, jugular, subclávio, brocomediastinal que vão se juntar para formar um ducto linfático direito, do lado esquerdo termina do ducto torácico, temos também os tronco intestinal e lombar Órgãos linfáticos: Primário: medula óssea vermelha, timo Secundários: baço, linfonodo e e nódulos linfáticos Sistema Respiratório Definição: Conjunto de órgãos e estruturas que são responsáveis pela condução, olfação, trocas gasosas e pelo controle do pH corporal. Divisão: a primeira porção é formada pelo nariz externo onde encontra-se os ossos nasais, as cartilagens alares, cartilagem nasal lateral, cartilagem septal, cartilagens acessórias (tem livro que representa, tem livro que não). O nariz externo possui ápice, base com narinas, dorso e raiz. Internamente, passando pelo vestíbulo nasal temos o nariz interno, ou cavidade nasal que é dividido pelo septo nasal, cartilaginoso e ósseo (etmoide e vômer), o assoalho dessa cavidade é formado pelo processo palatino da maxila e pelo osso palatino, lateralmente temos as conchas nasais superior, média e inferior com os respectivos espaços: esfenoetmoidal, meato nasal superior, meato nasal médio e meato nasal inferior. Os tubos de condução do ar se iniciam pela faringe na região da base do crânio. A primeira parte é conhecida como nasofaringe, seguido pela bucofaringe, por fim a laringofaringe. A musculatura é formada pelos músculos constritores superior, médio e inferior. A partir, aproximadamente, da vértebra C3 temos o adito (abertura) da laringe, nesta região temos a cartilagem epiglote, a prega faringoepiglote, o recesso piriforme e a prega ariepiglótica. A primeira parte da laringe, chamada de cavidade supraglótica até a prega vestibular e da prega vocal até a altura da cartilagem cricóide temos a cavidade infraglótica. Sendo a glote uma área anteroposterior formada entre os ligamentos e músculos vocais da laringe. A cartilagem epiglote possui relação com o osso hioide através do ligamento hioepiglótico. Além disso, esta cartilagem se relaciona com a cartilagem tireóidea pelo ligamento tireoepiglótico (do tipo fibrosa). A cartilagem tireóidea se articula com a cartilagem cricóidea por uma articulação do tipo sinovial e a cartilagem cricóidea se articula com as cartilagens aritenóideas também por uma articulação do tipo sinovial. A partir da traqueia, a condição de regulação de abertura e fechamento por ação de uma musculatura como ocorria na laringe que regulava a entrada e passagem de ar haverá somente no final de sua estrutura, é um tubo que começa no nível da vértebra C6, podendo ir até o nível da vértebra T4, deslocada um pouco para direita, e também não é uma estrutura vertical, sua parte superior se encontra mais anterior do que sua parte inferior. Formada por cartilagens de semi anéis, que possuem na parte posterior uma membrana que fecha a traqueia, chamada de membrana traqueal, ligados por estruturas chamadas de ligamentos anulares, revestido por mucosas no entanto, o primeiro ligamento que está entre a cartilagem cricóidea e a traqueia, chamado de cricotraqueal. A última cartilagem da traqueia é diferente das anteriores, possuindo um quilha chamada de carina. Os brônquios são duas ramificações da parte inferior da traqueia, também revestidos por músculos e cada um deles possui mais ramificações, cada bronco se diferem um do outro, há o da direita, mais grosso e menor, possui cartilagens com formato de semi anéis que é fechado na parte posterior por membranas bronqueais e o da direita, sendo o bronco principal da direita, mais delgado e longo, os brônquios são divididos em três ordens, os de primeira, são os principais, os de segunda, chamados de lombar (bronco lombar superior, bronco intermediário, bronco lombar médio e inferior), é então tem os broncos de terceira ordem, sendo os segmentares. Os brônquios lombares não possuem ligamentos como os brônquios principais, mas sim, placas que mantém unidas as cartilagens. Pulmões: são órgãos constituídos por bronquíolos, alvéolos, tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e envoltos por finas membranas serosas denominada pleura. O pulmão é divido em partes, e dependendo de qual lado o pulmão é, ele pode possuir três partes como ocorre na direita, ou duas, como na esquerda. O pulmão é mantido “cheio” por uma pressão negativa existente entre o pulmão e as costelas, preenchidas pelo líquido pleural. O pulmão possui faces, costas, diafragmática, mediastinal, e também possui partes chamadas de ápice, base, margens, fissuras, lobos e hilo. A língula é uma parte superior do pulmão esquerdo que tem um correspondente funcional com o pulmão direito que é o lobo médio. Na face mediastinal ocorre uma abertura, chamada de hilo, por onde passam estruturas (artéria pulmonar, veias pulmonares, nervos, vasos linfáticos e brônquios), também chamada de raiz do pulmão. Na margem anterior do pulmão esquerdo há um pequeno recorte em razão da presença do coração chamada de incisura. Pleuras: são membranas serosas, assim como o pericárdio, que revestem a face interna da parede torácica, diafragma e pulmões. A pleura possui duas partes, a parietal e a visceral, a parte parietal por sua vez, está subdivida em partes segundo sua posição, temos a parte cervical da pleura parietal, a parte costal, a diafragmática e a mediastinal. Sistema Digestório – Supradiafragmática Conceito, divisão e função: O sistema digestório pode ser dividido como trato digestório superior/supradiafragmático ou inferior/infradiafragmático, também pode-se classificar como um sistema de tubos e glândulas anexas. Como funções temos: a captação de alimentos, o preparo físico, químico desses alimentos, absorção dos nutrientes e a eliminação dos resíduos na forma de fezes. Esse sistema possui relação com o sistema nervoso, principalmente o autônomo e também interage com a produção de hormônios. Estrutura: Músculos da língua: milo-hióideo, gênio-hióideo, genioglosso, hioglosso, palatoglosso, estiloglosso, transverso, vertical, longitudinal inferior e longitudinal superior O término da cavidade bucal se dá no istmo das fauces, mais precisamente, no arco palatoglosso, a partir daí, chegamos na bucofaringe e depois na laringofaringe até a altura da cartilagem cricóide ou sexta vértebra cervical, a partir dessa altura, inicia-se o esôfago. O esôfago é um tubo muscular que possui uma porção cervical, uma porção torácica e uma porção abdominal, ou infradiafragmática. Seu trajeto inicial é mediano e após sua entrada no tórax, passa a ser posicionado no antímero esquerdo. Possui relações com o mediastino (coração, arco da aorta, traquéia, brônquios e pleura) e posteriormente com a aorta descendente, veia cava e coluna vertebral. Ao passar pelo diafragma, pelo hiato esofágico este possui estabilidade pela presença de uma gordura neste hiato e pelos ligamentos frenicoesofágico superior e inferior. Apresenta três constrições, a cervical ou faringoesofágica, a broncoaórtica e a diafragmática. —Infradiafragmática Passando pelo hiato esofágico, o esôfago entra na cavidade do abdômen ou peritoneal, revestido pelo peritônio, com sua parte parietal em encontro com a parede da cavidade, com projeções (chamadas de meso, as projeções que vão ao intestino delgado, chamam-se mesentério por exemplo, já essas projeções que vão de um órgão ao outro é chamado de aumento) para as vísceras dessa região formando a parte visceral, com duas camadas novamente, a túnica serosa e a sub-serosa. O espaço entre a parte parietale visceral é chamada de cavidade peritoneal, preenchida pelo líquido peritoneal. Todo tubo digestório abaixo do diafragma possui duas camadas de músculos que o revestem que permitem os movimentos peristálticos, um músculos mais externo em formato espiral com passo longo e outro mais interno de espaço curto. Entre essas duas camadas de músculos, têm-se um plexo de nervos mio-entérico, também entre o músculo interno e a camada mucosa, há o plexo mio-entérico sub-mucoso. Esôfago: um tubo muscular que conduz o bolo alimentar da faringe ao estômago, dividido em 3 partes, a parte cervical, torácica e abdominal, na sua parte abdominal, ele sofre uma flexão para esquerda, se conectando ao estômago. Superiormente a junção esofagogástrica, no hilo esofágico há o esfíncter inferior do esôfago,. Estômago: parte dilatada do tubo digestório localizado entre o esôfago e o duodeno com 4 partes que o dividem, na região superior encostado ao músculo diafragma, o fundo, uma região de transição do esôfago ao estômago, a cárdia, o corpo em si e por fim a região pilórica que já é a parte do estômago que vai se estreitando para se conectar ao duodeno. Externamente pode-se observar um pequeno ângulo formado entre o esôfago e o fundo gástrico chamado de incisura cárdica, também uma curvatura menor do estômago em que nela há um outro ângulo chamada de incisura angular que diferencia a região pilórica do corpo do estômago, do lado oposto, há a curvatura maior. Duas faces: ventral e dorsal. Na região interna do estômago é observado um mucosa pregueada, o que permite a distensão do estômago. As pregas no ângulo menor possuem uma formatação longitudinal contínua ao esôfago, o canal alimentar. A região mais dilatada da região pilórica na parte interna é chamada de antro pilórico. Do estômago ao duodeno há o óstio pilórico, que passa por um espaço de 3cm mais ou menos, chamado de canal pilórico, essa região possui um espessamento que controla a saída e fluxo do alimento, esse mecanismo é chamado de piloro, com os músculos chamados de esfíncter pilórico. A entrada para o estômago possui o óstio cárdico. O estrato muscular do estômago possui três camadas musculares, longitudinal, oblíqua e circular, diferentes do esôfago que possui somente duas, essa quantidade extra de músculo permite uma maior resistência do estômago. Tipos de estômago: hipertônico, ortotônico, comum a indivíduos brevelíneo, hipotônico, comum à indivíduos longilíneo e atônico, um formato problemática devido a condições musculares. Intestino delgado: Duodeno: 4 partes, a primeira parte é a superior, depois temos uma parte descendente, horizontal e ascendente. Entre cada uma dessas partes há uma curva, chamada de flexura, temos a superior, inferior lateral e inferior medial e uma final chamada de flexura duodeno-jejunal. A mucosa dessa parte também são pregueadas e de formato circular, no entanto a parte superior possui pregas pouco desenvolvidas, chamadas de ampolas, na parte descendente há duas papilas que se formam, uma papila duodenal maior e outra menor. Jejuno: localizada na parte mais superior à esquerda. O jejuno possui na sua mucosa, pregas altamente desenvolvidas, sendo a principal região para absorção de nutrientes. Íleo: localizado na parte mais inferior. Sua mucosa é praticamente lisa, com poucos pregueamentos. Intestino grosso: apresenta diversos gominhos, chamadas de saculações ou haustrações, e uma disposição de 3 fibras musculares, chamadas de tênias. Apresenta também no peritônio que o reveste apêndices omentais. Na sua parte interna também apresenta uma mucosa pregueada, no entanto com um diferente formato, chamadas de pregas semilunares. Partes: ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmoide contínuo ao reto. Duas flexuras, a flexura cólica direita (hepática) e a esquerda e a flexura reto-sigmoide. No ceco há uma abertura correspondente a projeção do íleo, chamada de papila íleo-cecal, com uma prega chamada de frênulo íleo-cecal, responsável pelo fechamento dessa abertura, controlando o fluxo do bolo fecal. Na parte inferior do ceco, externamente, há o apêndice vermiforme que se abre no óstio apêndice-vermiforme. O reto apresenta uma parte abdominal e pélvico, este último sem revestimento do peritônio. O seu meio é chamado de ampola. Na sua mucosa há 3 pregas transversais, superior, média, inferior. Canal anal e ânus, separados do reto pelas colunas anais com espaços entre elas chamados de seios anais, na base das colunas há uma prega que recorda as válvulas semilunares, chamadas de válvula anal, atrás dessa válvula há a gripta. O canal anal vai da linha ano cutânea até o ápice das colinas anais, inferiormente a essa linha há o próprio ânus. O esfíncter é uma camada muscular externo que corresponde ao controle voluntário e a interna, reflexo. Fígado: possui ductos que se ligam aos tubos digestivos. Face: ventral ou diafragmática e visceral. Partes: lobo hepático direito e esquerdo, separados por um elemento anatômico, o ligamento falciforme, visível na parte ventral, na parte visceral, observa-se o lobo hepático caudado (ao lado da veia) de quadrado (ao lado da vesícula biliar). Em formato de H, o logo hepático caudado na parte de cima e o quadrado na inferior, o braço direito dessa h seria veia cava inferior, a perna direita a vesícula biliar, o braço esquerdo o ligamento venoso, a perna esquerda, o ligamento redondo. A parte horizontal do H forma o hilo hepático por onde passam a artéria hepática, a veia porta fígado e os ductos biliares extra hepático, essas três estruturas são chamadas de tríade portal ou pedículo hepático. Pâncreas: partes divididas em cabeça, corpo, cauda. Na cabeça há a incisura e na cauda o ducto pancreático. Vias biliares extra-hepático: sua mucosa apresenta pregueamentos com alta capacidade de absorção de água, apresentam um fundo, corpo, colo, ducto sístico. Do fígado saem dois ductos hepáticos, direito e esquerdo, se unindo e formando o ducto hepático comum, que se une ao ducto sístico, formando o ducto colédoco que pode ou não se juntar com o ducto pancreático principal, formando uma dilatação na ampola hepato-pancreatica, formando uma papila maior do duodeno Aparelho urogenital Sistema urinário: Rins: servem para remover substâncias tóxicas do sangue (ex: ureia e creatinina); auxiliam no controle de água e de íons; produz hormônios responsáveis pelo controle da pressão arterial; produz e libera glóbulos vermelhos pela medula óssea; produz vitamina D em sua forma ativa. Obs: o rim filtra cerca de 180 litros de sangue por dia. -localização: sobre a parede posterior do abdômen, com formato de grãos de feijões. Acima do rim está presente a suprarrenais/adrenal. -morfologia externa: duas extremidades, polo superior e polo inferior, uma margem lateral e outra medial, nessa margem medial a uma região que possibilita a entrada e a saída de tubos aos rins, o hilo renal, com entrada de nervos, sangue arterial e saída do sangue venoso e a urina que é conduzida pelo ureter, que por sua vez apresenta no início do rim uma maior espessura, chamada de pelve renal. É revestido por uma cápsula fibrosa do rim, mecanismo que auxilia na manutenção da pressão ótima do rim. -morfologia interna: Na vista anterior, o rim apresenta a veia em vista anterior a artéria. Na região do hilo renal há uma gordura que também envolve o rim, mantendo-o fixo na sua posição, a parte que não apresenta essa camada é chamada de seio renal. Há uma camada chamada córtex renal e outra, medula renal, há também a coluna renal e também as pirâmides renal, no ápice dessa pirâmide há a papila renal, que possui uma área crivosa, por onde goteja a urina. Nessa parte, há um sistema de tubos que vai drenar essas urinas produzidas, chamados de cálices renais menores, que vão se fundir nos cálices renais maiores, que por sua vez, também se fundem, formando a porção dilatada da pelve renal. Essa região formada tanto pelapirâmide quanto esses canais é chamada cálice piélico. -Vascularização: a artéria renal em sua extremidade apresenta uns capilares por onde haverá a filtração. A artéria renal esquerda é mais curta que a direita, por outro lado, a veia direita é mais curta que a veia esquerda. -Segmentos: superior, ântero-superior, ântero-inferior, inferior, posterior. Para cada região há uma nomenclatura para as artérias (por exemplo: artéria segmentar ântero-superior), essas artérias apresentam mais ramificações, chamadas artérias interlobares (nas colunas renais), elas dão uma volta na pirâmide renal, chamadas artérias arqueadas, e por fim, a vascularização final, artérias interlobulares. São nas artérias interlobulares onde ocorrerão a filtração no néfron. Ureteres: uma vez produzida a urina nos rins, essas excretas são conduzidas pelo ureter que conectam o rim com a bexiga. Divididos em duas regiões uma superior/abdominal e outra inferior/pélvica, essa região inferior também é dividida em intramural e outra submucosa. Há pontos de constrição sobre o canal, por onde normalmente ocorrem o alojamento dos cálculos renais. Bexiga urinária: um saco músculo-membranoso. Sua morfologia externa é dividida em face superior revestida por peritônio, e outra inferior. Na camada interna há dois orifícios por onde chega a urina, os óstio uretérios. Para eliminação da urina, passa por um novo tubo, a uretra. Nos homens, a região inferior da bexiga faz contato com a próstata. Sistema genital masculino: formado por testículos/gônodas, as vias espermáticas que são os epidídimo, ducto deferente e uretra. Testículos: são as gônodas masculinas, composto por um emaranhado de tubos, chamadas de ductos seminíferos, formato elipsoidal, tem função endócrina, produção de testosterona (que fornecem os caracteres sexuais secundários), e outra função exócrina (produção de espermatozoides). Revestido externamente por uma túnica albugínea. Epidídimo: órgãos tubular por onde ocorre o armazenamento e maturação dos espermatozoides, preso na borda posterior do testículo pelos ductos eferentes, é divido em cabeça, corpo e cauda, na cauda começa um outro ducto meio tortuoso, chamado de ducto deferente, por onde haverá o encaminhamento dos espermatozoides na ejaculação. Ductos deferentes: continuação do epidídimo, leva os espermatozoides até a próstata, por onde serão excretados pelo ducto ejaculatório. Partes: escroto, furnicular, e inguinal. A vasectomia é feita na região escrotal. Funículo espermático: formado no ângulo inguinal por estruturas que o acompanham, testículos, epidídimo, ducto deferente. Plexo panpiniforme é a estrutura dos vasos que formam essa região. Glândulas seminais: são bolsas sacciformes situados na parte posterior e inferior da bexiga, abaixo dos ductos deferentes, produz o líquido seminal, servindo de nutrição e ativação dos espermatozoides. Essa glândula possui o ducto da glândulas seminal, que se encontra com o ducto deferente, numa região dilatada chamada ampola, a fusão dos dois ductos ocorre na região da próstata, chamada de ducto ejaculatório Ducto ejaculatório: tubo delgado formado pela junção do ducto deferente com o ducto da vesículas seminal. Próstata: órgãos pélvico, consiste principalmente de músculo liso com tecido conjuntivo fibroso, que também é uma glândula, que produz o líquido prostático (contém substâncias que neutralizam as bactérias). No canal ejaculatório tem a crista uretral, uma dilatação o colículo seminal, seio prostático, óstios das glândulas prostáticas. Glândula bulbo-uretral: abaixo da próstata. Escroto: situado atrás do pênis e abaixo da sínfise púbica, na parte medial há uma costura do escroto por onde se fusionou durante o desenvolvimento embrionário, chamado de rafe do escroto, os testículos não se comunicam um com o outro, possuindo um septo que divide em compartimentos. Pênis: dividido em raiz por onde ocorre a fixação do pênis pelos ramos do pênis na parte lateral e na parte medial chamada de bulbo do pênis, a outra parte é o corpo do pênis por onde tanto o ramo quanto o bulbo apresentam uma continuação por onde ocorrem o tecido erétil, um corpo cavernoso e esponjoso, continuação do ramo e bulbo, respectivamente. A glande do pênis é uma dilatação do bulbo. No ápice da glândula ocorre o óstio do pênis por onde sai a urina e líquido ejaculatório. A glande é envolta pelo prepúcio Uretra: se estende desde o óstio interno da uretra, no colo da bexiga, até óstio externo da uretra (glande do pênis no homem e vestíbulo da vagina na mulher). Dois esfíncter, um na parte da bexiga (liso) e outro, chamada músculo esfíncter externo da uretra, controlando a entrada e saída da urina. Sistema genital feminina Ovários: são as gônadas femininas, função endócrinas (estrógeno, progesterona) e exócrinas (óvulos). Estão relacionados com o útero pelo ligamento próprio do ovário (vista posterior). Face medial e lateral, duas extremidades, margem mesovárica Tubas uterinas: extremidades proximal (do útero) e a distal, na parte distal há o óstio abdominal da tuba uterina, envolto por fímbrias, contínuo com o infundíbulo da tuba uterina, depois temos a ampola e por fim o istmo, uma região estreita. Há também uma parte da tuba que atravessa o útero, que é a parte uterina da tuba uterina, formando óstio tubário da tuba uterina. Útero: formato piriforme (de pera), possui suas partes: fundo, corpo, istmo e colo. Possui 3 paredes, endométrio, miométrio e perimétrio. Na vista anterior é visível o ligamento redondo do útero. O endométrio forma a cavidade uterina, por onde é colocado o DIU. No colo uterino apresenta um canal uterino, com um óstio interno do útero e outro externo do útero. O útero possui uma região vaginal, com uma estrutura chamada fórnece. O útero se relaciona com o peritônio pelo ligamento largo do útero, que também fixa a tuba e ovário. A parte do ligamento que se relaciona intimamente com o útero é mesométrio, Vagina: é um tubo ou bainha músculo membranosa, forma a porção inferior do sistema genital feminino e canal do parto, estendendo-se do colo uterino até a genitália externa (vulva ou pudendo feminino). Na parte próxima do útero há o fórnece, na extremidade externa tem o óstio da vagina, que é envolto pelo hímem (presente ou não dependendo da situação). Região da púbis: região do monte de púbis, na vulva/pudendo feminino, ocorrendo comissuras nas laterais da vulva, os lábios maiores, rima do pudendo, lábios menores, entre os lábios menores tem-se o vestíbulo da vagina, que contém certos orifícios, o óstio da vagina, o óstio da urina, e dois pequenos orifícios ao lado do da vagina, as glândulas ......, Sistema nervoso Neurônio: é a unidade básica do sistema nervoso, são células-troncos altamente excitáveis, possuindo três partes, corpo celular (que apresenta os dendritos, ramificações), axônio, por onde passa os impulsos nervosos, também revestido por bainhas de mielina, que entre cada uma delas há um nodo de Ranvier, esse mecanismo facilita a propagação do impulso elétrico, e terminações do axônio, por onde ocorre comunicações com os outros neurônios, por meio das sinapses. -Tipos de neurônios conforme a função Receptores/sensoriais – via aferentes: recolhem a informação do meio exterior/periferia e conduzem-na ao sistema nervoso central, o estimulo recebido por esses neurônios, os receptores sensoriais, será traduzido para um estímulo químico para que possa ser compreendido pelo SNC. Motores/efetuadores – via eferente: transmite a informação do SNC para os órgãos efetuadores (músculos ou glândulas). Associativos/interneurônios: estabelecem ligações entre os neurônios receptores e os motores -Tipos de neurônios conforme o formato Bipolar: tem uma bifurcação de dendritos, ocorre normalmente na retina. Multipolar: tem varias dendritos, apresentando mais de um prolongamento. Comum às vias eferentes. Pseudo-unipolar: comumàs vias aferentes. Obs: as comunicações entre os neurônios, ou seja, sinapses, podem ocorrer de diversas formas, axônio-axônio, axônio-dendrito, axônio-corpo. Cérebro: uma camada mais externa, o córtex cerebral, com predominância de corpos neuronais, é formado pela substâncias cinzenta. Na camada mais interna também ocorre um acúmulo de corpos neuronais, mas é chamada de núcleos, envolvendo essas duas camadas, no meio, temos a substância branca, chamado de tractos/fascículo, formado pelo acúmulo de axônios mielínicos. Medula espinhal: possui no centro uma camada em H, é o córtex, assim como no cérebro, envolto pela substâncias branca. Obs1: quando encontrado acúmulo de corpos neuronais fora do sistema nervoso central, ou seja, no periférico, chama-se gânglios nervosos. Obs2: nervo é a junção de vários axônios, também presente no sistema nervoso periférico. Uma massa cilindróide de tecido nervoso situada dentro do canal vertebral, se limita cranialmente com o bulbo. Os nervos espinhais são ramos da medula espinhal na altura das costelas, são 31 pares. Radículas se unem para formar as raizes que se unem para formar o nervo espinhal. A parte anterior das raizes forma a parte motora (eferente) dos nervos e a parte posterior forma a sensitiva (aferente) Em algumas regiões forma-se os plexos nervosos Divisão do sistema nervoso pela anatomia SNC: recebe, analisa e integra informações, local onde ocorre a tomada de decisões e envio de ordens. É “protegido por osso”, região formada pelo encéfalo e medula espinhal. Encéfalo: tudo que está dentro da cabeça Cérebro: formado pelo diencéfalo, a porção central, e pelo telencéfalo, a porção periférica. O diencéfalo é dividido em 5 regiões, uma parte central, o tálamo, posteriormente, o epitálamo, parte inferior, o hipotálamo. O diencéfalo é separado anatomicamente pelo corpo caloso que pertence ao telencéfalo. O telencéfalo é dividido em lobos (frontal, parietal, occipital, temporal e ínsula), apresenta algumas cavidades, os ventrículos preenchidos pelo liquor, um centro branco medular e os núcleos da base. O cérebro é separado por um sulco longitudinal que divide nos hemisférios direito e esquerdo. Externamente se apresenta com sulcos e giros O centro branco medular é formado por fibras de projeção e associação. Os núcleos da base estão ilhados no centro branco medular, estão no interior Tronco cerebral/encefálico: formado pelo bulbo, ponte e mesencéfalo. Cerebelo: localizado na região intero-posterior do cérebro. Serve para regular o equilíbrio e postura, controla o tônus muscular, os movimentos voluntários. Possui dois hemisférios separados pelo verme cerebelar, além de apresentar alguns sulcos, possui um córtex no interior (núcleos cerebelares) e exterior Medula espinal: tudo que está no interior da espinha. SNP: carrega informações dos órgãos sensoriais para o SNC e vice-versa, conversam normalmente com os músculos e glândulas. Nervos: podem ser nervos cranianos (12 pares, fazem conexão com o encéfalo, o mais importante deles é o nervo vago, ou décimo par de nervo. Alguns nervos são exclusivamente aferentes, outros eferentes e alguns mistos) ou espinhais, dependendo da região que partem. Gânglios nervosos: Terminações nervosas: Divisão do sistema nervoso pela função Sistema nervoso somático: parte consciente e voluntário, contração de músculos estriados esqueléticos, por exemplo, possui vias aferentes e eferentes Sistema nervoso visceral: também possui vias aferentes e eferentes, esta última é o próprio sistema nervoso autônomo, formada pelo sistema simpático e parassimpático. Esta via é formada pela parte involuntária, regulação hormonal, temperatura, concentração de substâncias, funcionamento de certos órgãos. Meninges espinais são membranas formadas por tecido conjuntivo fibroso que envolvem o SNC, são separadas em 3 camadas, a dura-máter, aracnóide, pia-máter. Irrigação do encéfalo O aporte sanguíneo tem duas origens, pelas artérias vertebrais, que são ramos das artérias subclávias, e pelas artérias carótidas internas. Esses dois vasos vão sofrer anastomose, no círculo arterial da base do cérebro ou polígono de Willis. Drenagem encefálica As veias encefálicas drenam principalmente para um conjunto de seios da dura-máter, se unindo na veia jugular interna Anatomia topográfica Significado do termo: é a anatomia de uma região, lugar, descrição e delineação exata com todos os seus acidentes anatômicos. Importância: para uso preciso do exame físico, descrição de alterações e lesões, queixas do paciente, acessos cirúrgicos. Divisão maior do corpo humano: cabeça, pescoço, tronco e os membros. Cada um desses membros passa a ser dividida em regiões menores A anatomia sistemática limita-se a descrição pura e sistematizada dos órgãos que, em conjunto, formam sistemas orgânicos, já a topográfica descreve diferentes planos constitutivas de uma determinada região independentemente dos sistemas, é uma anatomia aplicada. A importância da anatomia seccional serve para compreender a disposição espacial dos órgãos internos bem como outras estruturas, servindo para entendimento de exames radiológicos, ressonância magnética, tomografia computadorizada. Métodos utilizados: estratigrafia, anatomia seccionada, anatomia radiológica, dissecação, resoluções de casos. •Tórax Possui uma parede torácica, subdividida em anterior, lateral e posterior (dorso), sendo que cada um possui também sua sub-região e uma cavidade torácica, subdividida em mediastino (superior, que vai da primeira costela até a linha tracejada indo da topo do corpo do esterno até, aproximadamente a 4ª ou 5ª vértebra torácica, e inferior, que é a região abaixo dessa linha até o diafragma, sendo que também é dividia em anterior, médio e posterior) e pleuro pulmonar (direito e esquerda) A parede torácica anterior é dividida em peitoral, infrapeitoral, infraclavicular e esternal. A parede torácica lateral é chamada de peitoral lateral. LER MOORE PAREDE ANTERIOR E LATERAL OSSOS, ARTICULAÇÕES E MÚSCULOS Definição: O tórax é a parte superior do tronco entre o pescoço e o abdômen, sendo mais estreito na parte superior e mais largo na parte inferior, o lado anterior é mais curto, enquanto o lado posterior é mais longo Regiões do tórax Linhas imaginárias A)região frontal B)região peitoral lateral Paralelo as linhas esternais mediana e próximos dela são chamadas de linhas esternais Paralelo ao osso esterno, a um centímetro, temos a paraesternal Parede torácica: parte rígida do tórax, formada pelas costelas, esterno, parte torácica da coluna vertebral, músculos, mais revestimento interno (fáscia endotorácica e pleura parietal) e externa (fáscia e tegumento). Estratigrafia longitudinal do tórax: pele, tela subcutânea, fáscia muscular e músculo, costelas e músculos intercostais, fáscia endotorácica e pleura parietal. Procurar a estratigrafia de outras linhas Esqueleto do tórax: Osso esterno: manúbrio, corpo e processo xifoide. Entre o manúbrio e o corpo temos o ângulo esternal (de Louis – luí) local onde se liga a costela II. O processo xifoide está em nível entre a VI e a VII costela. Uma linha horizontal tracejada no ângulo esternal atinge a 4ª vértebra torácica (mais especificamente na transição da 4ª para a 5ª). Superiormente ao manúbrio temos a incisura jugular, lateralmente a incisura clavicular, e abaixo dela a incisura da primeira costela. Da III a VII se ligam ao corpo do esterno Há um ângulo sub-esternal que varia com o biotipo do indivíduo. Costelas: doze pares, sete pares verdadeiros (I – VII), articulando diretamente com o osso esterno, três pares falsos (VIII – X), cujas cartilagens formam o arco costal, se ligam a cartilagem da VIIcostela, dois pares (XI – XII) que estão livres, associadas a músculos. —Costelas típicas: III – IX costela. Apresenta cabeça, colo, tubérculo e corpo. A cabeça apresenta duas facetas/fóveas articulares que vão articular com duas vértebras. O tubérculo apresenta uma faceta/fóvea que articula com o processo transverso da vértebra. Apresenta 4 margens, externa, interna, superior, inferior —Costelas atípicas: I, II, X, XII são curtas, a face articular da cabeça é plana. Cada uma dessas costelas tem sua especificidade, procurar no moore depois. Costela Característica Tipo Cabeça Tubérculo Corpo I Atípica Verdadeira 1 faceta II Atípica Verdadeira III Típica Verdadeira 2 facetas 1 faceta IV Típica Verdadeira 2 facetas 1 faceta V Típica Verdadeira 2 facetas 1 faceta VI Típica Verdadeira 2 facetas 1 faceta VII Típica Verdadeira 2 facetas 1 faceta VIII Típica Falsa 2 facetas 1 faceta IX Típica Falsa 2 facetas 1 faceta X Atípica Falsa 1 faceta 1 faceta XI Atípica Flutuante 1 faceta Sem faceta XII Atípica Flutuante 1 faceta Sem tubérculo Cartilagens costais: são contínuas à parte óssea das costelas que termina, no osso esterno, permitem a movimentação Os espaços intercostais são onze, ocupados por músculos que recebem o nome do espaço, com estruturas nervosas e vasos passando por eles. Abaixo da XII costela temos o espaço subcostal. Articulações do tórax: todas as articulações da II a VI costela são sinoviais. A I e a VII são sincondroses. Músculos do tórax: -próprios/intrínsecos: são os músculos intercostais, permitem que as costelas se movimentem durante o movimento respiratório. São três camadas, músculo intercostal externo, interno e íntimo. Movimentos: elevação e expansão. “Braço de bomba e alça de balde” Mamas: são relevos arredondados e cônicos posicionados na parede anterior do tórax, formados por glândulas e gordura, revestida por pele. Parte central chamada de corpo da mama, apresentando uma projeção em sentido da axila, que é o processo axilar da mama, a parte mais escura é a auréola e no centro temos a papila mamárias, ao redor tem pequenos tubérculos aureolares, são glândulas sebáceas que produzem cera para lubrificar a superfície. Na região inferior temos o sulco mamários. O seio intermamário é o espaço entre as mamas. Com o rebatimento da pele temos uma camada de tela subcutânea trabeculado conjuntivo (ligamento suspensor) que delimita espaços que são preenchidos por gordura, mas em caso a mulher engravide, desenvolvem-se glândulas que apresentam ductos no sentido da papila mamária, sofrendo uma pequena dilatação nessa região, chamados de lactífero. A mama está entre a segunda e a sexta costela, a frente da fáscia peitoral que reveste o músculo maior. Vascularização da parede torácica Artérias: Da parte inferior das artérias subclávias, é possível identificar as artérias torácicas internas (mamárias), aproximadamente na sexta costela ela se ramifica em artérias músculo frênica e a outra é a artéria epigástrica superior. Conforme vão descendo, essas artérias vão emitindo ramos intercostais anteriores até o sexto espaços intercostal. A artéria músculo-frênico é quem vai emitir ramos dos espaços sete ao décimo espaços intercostal. Os espaços intercostais posteriores são nutridos por um ramo da artéria subclávias chamado de tronco costo cervical, emitindo um ramo chamada de artérias intercostal suprema, sendo que desta vai emergir ramo de artérias para suprir o primeiro e segundo espaço intercostal posterior (primeiras artérias intercostais posteriores). Do terceira até o décimo primeiro espaço são alimentados por ramos da parte torácica da aorta. A última artérias, do espaço subcostal é chamada de artéria subcostal. Tanto as artérias intercostais anteriores quanto as posteriores sofrem anastomose por inosculação na região da linha axilar anterior. Da primeira parte da artéria axilar sai um ramo, a artéria torácica superior, que vai nutrir a parte superior e anterior do tórax, da segunda parte, temos o ramo chamado de artérias peitoral, e a terceira parte sobre o músculo serratil temos um outro ramo. Dos espaços intercostais posteriores seguem 3 tubos, de cima para baixo, a veia intercostal posterior, a artéria intercostal posterior, e o nervo intercostal. VAN. Veias: as veias do primeiro e segundo espaço intercostal são drenados por veias correspondentes, se unem uma veia intercostal superior que termina na veia ázigo, mas também pode terminar na veia braquiocefálica. Do terceiro até o décimo espaço, do lado direito, terminam na veia ázigo, do lado esquerdo, eles terminam no sistema ázigo, mas não diretamente na veia ázigo, pois temos duas veias heme ázigo acessória, que termina na veia ázigo, muito variável anatomicamente, normalmente a drenagem é muito diferente. Pode-se então dizer que o sistema ázigo drena a parede torácica. A veia subcostal direita e esquerda se unem com as veias lombares ascendentes para forma a veia ázigo do lado direito e a heme ázigo do lado esquerdo. A veia ázigo termina na veia cavo superior. As veias intercostais anteriores terminam nas veias torácicas internas que terminam nas veias braquiocefálica. Inervação: da parte anterior da medula espinhal sai o nervo que vai permitir os movimentos motores, miótomo (voluntários e involuntários), da parte posterior da medula possui o nervo responsável pela sensibilidade, dermátomo, trazendo uma informação sensitiva (somática e visceral). Nervo intercostal é o nervo que transita no espaço intercostal, possui uma eferência somática, visceral e aferência somática e visceral. Dermátomo é uma faixa de pele inervado por um nervo espinhal Nervo intercostal típico: começa em um espaço intercostal, faz todo o trajeto e termina nesse mesmo espaço, são os nervos do segundo ao sexto espaço intercostal. Nervo intercostal atípico: começa em um espaço intercostal e termina em uma região diferente, são nervos chamados de tóraco-abdominal. São os nervos do sétimo até o décimo primeiro. O nervo do espaço subcostal é outro tipo. Mediastino: região mediana da cavidade torácica localizada entre as cavidades pulmonares, posterior ao osso esterno e anterior a coluna vertebral. Pode ser superior ou inferior, sendo esse último subdividido em três partes: anterior, média e posterior. O plano transverso do tórax que passa pelo ângulo esterno e pelas vértebras T4 e Te5 divide o mediastino superior do inferior. Os limites do mediastino superior: o limite superior é a abertura superior do tórax, o limite lateral são as pleuras mediastinais Pericárdio: saco fibroso que envolve o coração e a parte inicial dos vasos da base. Fixa-se no diafragma através dos ligamentos pericardiofrênicos, no esterno pelos ligamentos esternopericardio, nos vasos da base em continuação adventícia destes vasos e no mediastino posterior através do tecido conjuntivo frouxo. A cavidade pericárdica é o espaço localizado entre as laminas parietal e visceral do pericárdio serosos. Possui seio transverso e oblíquo do pericárdio e recessos como o pericárdio caval inferior, superior. Epicárdio: trata-se da camada mais externa do coração, contém a lâmina visceral do pericárdio seroso mais gordura, vasos e nervos. Vascularização e inervação do pericárdio: artérias pericardicofrênicas, musculofrênica (essas duas são as mais importantes), brônquicas, esofágicas e frênicas superiores e coronárias. Veias pericardicofrênicas, sistema ázigo. Nervos: frênicos, vago e tronco simpático. Linfáticos: linfonodos pericárdicos laterais, linfonodos pré- pericárdicos, linfonodos para-esternais e tronco broncomediastinal. Coração: da direita para esquerda na base do coração: nervo frênico, veia cava, arco da aorta, tronco pulmonar e nervo frênico. Irrigação e drenagem do coração: numa vista a partir da base do coração, duas artérias coronárias que se originam a partir do óstio na válvula do arco ascendente da aorta. Primeiro ramo do lado direito, nó sinoatrial,ramo cone, ramo ventricular anterior, ramo marginal direito, ramo nó atrioventricular, ramo interventricular posterior. Primeiro ramo do lado esquerdo, circunflexo, ramo interventricular anterior (descendente anterior), a artéria circunflexa emite o ramo marginal esquerdo. Veias – veia interventricular anterior, se junta a veia marginal esquerda, formando a veia cardíaca magna que se junta a veia oblíqua, formando o seio coronário que recebe a veia interventricular posterior, do lado direito temos a veia cardíaca parva que também se junta ao seio coronário. O seio coronário se abre sobre o óstio do seio coronário do lado direito do átrio. Os ramos interventriculares anteriores serão os responsáveis pela vascularização dos dois terços primeiros do septo interventricular por ramos septais anteriores, enquanto o ramo interventricular posterior emite os ramos septais para vascularizar o resto do septo, eles se encontram em uma anastomose, mas nos jovens, não é funcional, já nos mais velhos, essa anastomose é funcional. A área vascularizada pela coronária é variável, a esquerda pode predominar, depende de quem emite o ramo interventricular posterior, caso a coronária esquerda emita, há o predomínio de vascularização da artéria coronária esquerda, por exemplo. Complexo estimulante do coração: é um conjunto de estruturas capazes de gerar e conduzir eletricidade até à musculatura de trabalho do coração. O coração é formado por cardiomiócitos, capazes de fazer a contração (sístole) e o relaxamento (diástole), possuindo autonomia para fazer esses movimentos, independente do SNC, sendo que estes só possuem a capacidade de regular a velocidade disto. Na região da transição entre átrio e ventrículo direito temos um nó atrioventricular, enquanto na região próximo à veia cava superior temos o nó sinoatrial, esses nós possuem feixes que fazem a distribuição para se comunicarem. O nó sinoatrial distribui os impulsos elétricos para os átrios, terminada a contração em razão desse estímulo, gera-se impulsos elétricos no nó atrioventricular, que vai permitir a contração dos ventrículos. Do nó AV sai um tronco chamado de feixe de Hiss que vai emitir ramos pela face direita do septo interventricular, passando pela trabécula septo marginal para regular a contração do ventrículos direito. O nó SA é encontrada pelo sulco terminal do coração no encontro da veia cava. Já o AV pode ser achado encontrando a fossa oval, a válvula da veia cava inferior que possui um tendão com respectivo nome, mas que também pode ser chamado de tendão de Todáro, lembrando que ao lado dele possui o óstio do seio coronário também com sua válvula, e com a válvula atrioventricular direita pode ser encontrado uma região com formato de triângulo onde em sua ponta temos o AV, essa região é chamada de trígono de Koch O décimo par do nervo craniano, o nervo vago, está associado ao sistema nervoso autônomo, sendo parassimpático, relacionado também a inervação do coração, há também os nervos simpáticos vindo dos gânglios e os nervos sensitivos, que juntos formam o plexo cardíaco. A veia cava superior esta posicionada atras PROCURAR PROJEÇÃO DO CORE Traqueia e brônquios: a traquéia esta deslocada para a direita, posteriormente, temos o esôfago, e anteriormente a parte ascendente da aorta, o bronco principal direita se relaciona com o arco da veia ázigo, e o bronco principal esquerdo com o arco da aorta. Temos as veias brônquicas que terminam na veia ázigo. Esôfago: deslocado para a direita, sua parte superior se apresenta posterior a aorta e ao brônquio, mas sua parte inferior está anterior a aorta. Possui três regiões de estreitamento, a constrição faringoesofágica, a constrição broncoaórtico e a constrição diafragmática. O seio oblíquo do pericárdio se relaciona com o esôfago. Indivíduos que possuem problemas hepáticos não possuindo fluxo venoso adequado na porta leva a dilatação (por circulação colateral) dessas veias que na camada submucosa do esôfago causa um incômodo na hora da glutição, podendo levar a vômitos. O nervo vago esquerdo vai se diferenciar em tronco vagal anterior enquanto o esquerdo em posterior. Cavidade pleuropulmonar Definição: são as partes laterais da cavidade torácica onde estão contidos os pulmões e a pleura, cada lado da pleura são independentes, ou seja, um lado funciona sem necessitar do outro. A pleura: trata-se de um saco seroso que reveste a superfície dos pulmões e a parede interna do tórax. Possui uma parte costal, diafragmática, mediastinal e cervical e transição entre elas é chamada de recesso, os mais importantes são o recesso costo diafragmático pleural (seio costo frênico) e o recesso esterno mediastinal, com pontos de reflexão do lado direito diferente do lado esquerdo, o direito é praticamente mediana ao esterno, enquanto a esquerda deixa uma área triangular na cavidade torácica onde as pleuras não se encontram, deixando o epicárdio desnudo, então na hora da estratigrafia não há pleura. No hilo pulmonar há uma prega que corresponde a um ponto de transição. Relações da pleura parietal: intimamente relacionado ao pericárdio fibroso possuindo um espaço preenchido por um tipo de tecido conjuntivo frouxo.. A cúpula pleural é formada pela parte cervical da pleura parietal, possui uma pressão negativa o que permite os movimentos da respiração. A vascularização e a inervação da pleura é feita pelos feixes neurovascular intercostais, pleura parietal inervação somáticas, pleura visceral inervação sensitiva. Obs: desisti de escrever •Abdômen Diafragma e parede posterior do abdome Músculos diafragma: Origem nas costelas, processo xifoide e coluna vertebral. Trata-se de uma divisória musculotendínea, com dupla face... Possui parte costal, lombar e esternal Organização funcional do fígado Ponto para divisão: veia cava inferior e fundo da vesícula biliar. Entre esses dois pontos de referência, há a veia hepática intermédia, que se encontra num plano profundo. Cada setor do fígado, direito e esquerdo, está subdividido em 4 partes, em segmentos (I-VIII), o primeiro segmento corresponde ao lobo caudado, o II, III e IV seria aproximadamente ao lobo hepático esquerdo, os segmentos seguem uma disposição aproximadamente em sentido horário. Pedículo hepático: Veia porta, ducto biliar, artéria hepática. O segmento 1 é mantido pelos dois ramos da veia porta, os segmento V, VI, VII e VIII são supridos pelo ramo direito, o restante pelo esquerdo. A artéria que entra no fígado é chamada de artéria hepática própria que se divide em dois ramos, seguindo a mesma distribuição da veia porta. Os ductos que se encontram com a bile segue em sentido oposto ao da veia porta e artéria. A drenagem do fígado se da pelas veia hepáticas direita (drena V, VI, VII e VIII), intermédia (IV, V e VIII) e esquerda (II, III e IV), o segmento I é drenado diretamente para a veia cava inferior. O fígado é revestido, além do peritônio visceral, pela capa fibrosa do fígado que na tríade portal envolve as estruturas que passam por essa região. O ducto colédoco é dividido em partes, supraduodenal, retroduodenal, intrapancreática e intramural. A vesícula biliar está posicionada na fossa do fígado próximo da primeira parte do cólon transverso. O ducto hepático comum passa na frente da artéria hepática direita, sendo também paralela a a. Hepática esquerda. O baço é um órgão posicionado na parte esquerda, entre a oitava e décima costela, relacionado superiormente com o diafragma O baço é um órgão posicionado na parte esquerda, entre a oitava e décima costela, relacionado superiormente com o diafragma, face costal e visceral, possui o hilo esplênico por onde passa os vasos esplênicos, possui uma cápsula fibrosa, apresenta segmentos, assim como o pulmão, possui impressões na sua face visceral Na parte abdominal, a artéria aorta libera seus primeiros ramos, são as artérias frênicas, logo após, há um tronco celíaco que possui 3 ramos, a artéria hepáticaPelve e períneo Introdução: é a parte do tronco situada posteroinferior ao abdome e é a área de transição entre tronco e membros inferiores. Circundada pelos ossos do quadril. Dividida entre pelve maior e menor, a maior corresponde a parte onde se situa a parte inferior das vísceras abdominais, circundada pela parte superior do osso do quadril, enquanto a menor é circundada pela parte inferior. Inferiormente a pelve temos o períneo, área entre as coxas e as nádegas, inclui os órgãos genitais e o ânus. Cíngulo do membro inferior: é um anel ósseo em formato de bacia, serve para sustentar o peso da parte superior do corpo, transferindo-o para o esqueleto apendicular inferior, proporcionando fixação aos fortes músculos da locomoção e postura, contém e protege as vísceras pélvicas e abdominais. É formado por 2 maiores ossos, o osso do quadril, formado pelo osso ílio, ísquio e púbis, e o sacro, formado pela fusão de cinco vértebras sacrais. Anteriormente, os dois ossos do quadril estão unidos por meio da sínfise púbica, posteriormente se articulam com o sacro por meio da articulação sacroilíaca. -Ílio: parte superior do osso do quadril, possui a asa do ílio, corpo do ílio, crista ilíaca, que segue entre as espinhas ilíacas posterossuperior e anterossuperior, também tem a espinha ilíaca posteroinferior e anteroinferior, na asa possui uma fossa ilíaca, na face sacropélvica do ílio tem uma face auricular (articulação sinovial com o sacro) e uma tuberosidade ilíaca (articulação sindesmótica com o sacro). -Ísquio: tem um corpo e um ramo, no ramo forma parte do forame obturatório, possui um túber isquiático, espinha isquiática, e uma incisura isquiática menor e maior. -Púbis: ramo superior e inferior que formam parte do forame obturatório, no ramo inferior possui um espessamento para formar a crista púbica terminando no tubérculo púbico, no ramo superior temos a linha pectínea do púbis. A pelve maior da menor é dividida pela abertura superior da pelve, a margem óssea da pelve maior é formada pelo promontório e asa do sacro, as linhas terminais direita e esquerda (linha arqueada e linha pectínea) Dorso Divisão topográfica: região vertebral, supra-escapular, escapular, interescapular, infra-escapular, trígono lombar, sacral. Estratigrafia: Pele, tela subcutânea, fáscia muscular, músculos do dorso (superficiais, intermédios e profundos), vasos e nervos, coluna vertebral e medula espinal. Coluna vertebral: serve como proteção da medula espinhal; permite os movimentos ao mesmo tempo que mantém as vértebras firmes (por meio de ligamentos para que não comprometa a medula espinhal); sustentação do peso; distribuição do peso (tanto por meio das curvas quanto pela articulação sacro- ilíaca para os membros inferiores); conformação da postura. -regiões: região cervical (formada por 7 vértebras cervicais), torácica (12), lombar (5), sacral (5 fusionadas), coccígea (3-4 fusionadas). As vértebras cervicais, torácicas e lombares são separadas por discos intervertebrares, o primeiro disco está entre C2 e C3 -curvaturas: importantes para a postura e distribuição do peso, sem elas sobrecarregaria algumas articulações como a do quadril ou do joelho. Temos a curvatura cervical, torácica, lombar e sacral, as curvaturas primárias são aquelas que já haviam no recém-nascido, são a sacral e torácica, já a lombar e cervical são as secundárias. Alterações posturais podem provocar cifose, lordose, escoliose entre outras deformações causadas por problemas como hérnias de discos. Pode ocorrer alteração também no número de vértebras por regiões, pode ocorrer a lombarização de S1, sacralização de L5, agenesia sacral, anquilose óssea por formação de osteofitos (fusão de todas as vértebras) além de outras alterações como espinha bífida, espondilolistese. Canal vertebral e medula espinhal: as vértebras possuem o forame vertebral que juntas formam o canal vertebral, ele vem desde a altura do crânio, saindo pelo forâmen magno e terminando na altura de L1-L2. A medula espinhal em si termina na altura dez l1 e L3. As vértebras conforma vão se articulando, formam, na parte lateral da coluna, os forames intervertebrais, por onde passam os nervos espinais e alguns vasos (que comunicam canal vertebral e cavidade torácica). O forame intervertebral é delimitado pela cápsula articular que mantêm as vértebras unidas), pelo disco intervertebral e pela incisura vertebral. Disco cartilaginoso intervertebral: amortece impactos, formado pela parte mais central, chamado de núcleo polposo (avascular) e pelo anel fibroso; a parte anterior do disco é mais grossa do que a posterior, as hérnias ocorrem nessa área com menor espessura, Características gerais das vértebras Corpo, forame vertebral, processo espinhoso, 2 processos transversos, entre o transverso e espinhoso temos uma lâmina, entre o processo transverso e o corpo temos o pedículo, este e a lâmina forma um arco vertebral, a parte que permite que uma vértebra se articule com outra são as faces articulares (superiores e inferiores). -particularidades das cervicais: temos as atípicas (C1, atlas e C2, áxis), as típicas (C3-C6) e uma proeminente, C7. O atlas possui uma face articular superior que se articula com o crânio pelo osso occipital, uma face articular inferior (se articula com C2), possui um forame vertebral, um arco anterior e posterior e um forame transversário (presente constantemente até C6, C7 é inconstante, pode apresentar ou não), além das outras características em comum com outras vértebras como o processo transverso, não apresenta corpo nem proc. Espinhoso. O áxis possui um dente que permite o atlas realizar o movimento de rotação sem que o áxis se mova, possui uma face articular superior, (encaixe com C1) e inferior (encaixe com C3), apresenta um corpo, processo transverso, forame vertebral, forame transversário, e processo espinhoso bifurcado (ponto para fixação de um músculo). Pelo forame transverso passa a artéria vertebral que nasce da subclávia (e começa a subir por C6, se C7 tiver esse forame, provavelmente vai estar passando a veia vertebral, não a artéria). A artéria vertebral sobe até o atlas fazendo uma curva para a parte posterior formando o sulco da artéria vertebral e do primeiro nervo espinal. Na parte superior do dente do áxis pode haver um pequeno osso que não causa nenhuma complicação mas que pode gerar confusão no diagnóstico de uma provável fratura. As vértebras cervicais de C3-C6 apresentam no corpo os processos unciformes, e também os forames transversos, processos transversos, processo espinhoso, tubérculo anterior e posterior, face articular inferior e superior, lâmina, processo espinhoso. O tubérculo anterior do processo transverso de C6 é o maior de todos, também sendo chamado de tubérculo carotídeo. Entre dois processos unciformes temos uma articula uncovertebral (as vezes se fala que não é uma articulação, região de fácil formação de osteófitos) C7 apresenta tudo de comum às vértebras, a diferença é o processo espinhoso maior e pode ou não apresentar forame transverso. Para diferenciar a C7 da T1 temos que observar se há fóveas costais presentes no corpo e no processo transverso da vértebra. -particularidades das torácicas: diferente das cervicais apresentam fóveas costais (as cervicais possuem forames transversais, diferente das torácicas). Podem ser típicas (T2-T8) ou atípicas (T1, T9-T12). Uma vértebra torácica típica apresenta corpo, processo espinhoso, processo transverso, hemifóvea costal superior e inferior, face articular superior e inferior, região do pedículo. A fóvea costal permite a articulação com a cabeça e o tubérculo da costela, entre a fóvea do corpo da vértebra e a cabeça da costela temos a articulação costovertebral, sendo que uma cabeça se articula com duas fóveas do corpo, uma inferior da vértebra superior e outra superior da vértebra inferior, entre o tubérculo e a fóvea costal doprocesso transverso forma uma articulação costotransversária. As vértebras atípicas não apresentam hemifóvea, somente uma fóvea, ou seja, a cabeça da costela se articula somente com uma vértebra, além de que a T11 e T12 não apresenta fóvea no processo transverso. -particularidades das sacrais e coccígeas: as vértebras se apresentam fusionadas, a crista sacral mediana foi formada pela fusão dos processos espinhosos, os processos transversos se fundiram para formar a crista lateral, apresenta um promontório, forames sacrais posteriores e anteriores por onde passam os nervos espinais S1 a S4, o nervo S5 e coccígeo passa pelo hiato sacral, temos também o hiato sacral que termina nesse hiato. O hiato sacral contém gordura, nervo sacral 5 e coccígeos, filamento terminal. Desisti. Cóccix: inserção do músculo glúteo máximo, pio coccígeo e coccígeos/isquiococcígeo, do ligamento anococcígeo (extensões das fibras do músculo esfíncter externo do ânus) e coccígeos (filamento terminal da dura-máter da medula espinhal). Articulações da coluna vertebral: -atlanto-occipital: entre o côndilo occipital com a face articular superior do atlas. Do tipo sinovial (membrana atlanto-occipital anterior que desce ao longo das outras vértebras, anteriormente aos corpos, formando o ligamento longitudinal anterior, até o sacro), possui uma cápsula articular na parte posterior, próxima a essa membrana temos a artéria vertebral que nasce da subclávias subindo pelos forames transversos, perfurando a membrana atlanto-occipital posterior, passando pelo forame magno até irrigar o encéfalo, uma fibrose nessa membrana pode provocar uma lesão cerebral no paciente, também mantém uma relação com o primeiro nervo vertebral. Permite o movimento de flexão e extensão da cabeça (mov. Do sim) -lesão de chicote pode causar um comprometimento da artéria vertebral e da carótida, além de causar fratura ou lesão de algum osso ou ligamento. -atlantoaxial lateral: direita e esquerda. Face articular inferior da atlas articula com a face articular superior da áxis, possui uma cartilagem articular e uma articulação sinovial -atlantoaxial mediana: o arco anterior do atlas se articula com a parte anterior do dente da áxis, articulação sinovial, composta por líquido, cápsula e ligamentos que reforção. O dente é mantido preso para parte anterior por uma membrana tectória que ao descer, após o corpo de C2 se torna o ligamento longitudinal posterior (posterior ao corpo). Há também um ligamento, mais profundo do que a membrana tectória, que possui um formato de cruz, é o ligamento cruzado do atlas, que liga desde o occipital até o áxis. Temos também o ligamento do ápice do dente, que liga o dente ao osso occipital. Anterior ao ligamento cruciforme temos os ligamento alares que vai fixar ainda mais o dente. Esses ligamentos permitem o movimento de não -dos arcos vertebrais/zigoapofisária: lembrando que um arco vertebral é formado por pedículo e lâmina vertebral. É a articulação pelas faces articulares superiores de uma vértebra com a inferior de outra. Do tipo sinovial envolta por uma membrana, possui um ligamento posterior que está presente ao longo de toda coluna chamado de ligamento amarelo. Então vamos recapitular, a parede anterior do canal vertebral é fechada pelo ligamento longitudinal posterior, a parte posterior do canal vertebral é fechado pelo ligamento amarelo. Passando por cima do processo espinhoso têm-se o ligamento subespinhoso, entre os processos espinhosos temos o interespinhal. O ligamento supraespinhoso na altura da vértebra CVII se torna ligamento nucal. Temos o ligamento intertransversário também. -intercorpovertebral: formado por um disco intervertebral com anulo fibroso e núcleo pulposo, cuja função é amortecer o impacto, são mantidos nos locais certos pelos ligamentos longitudinais anteriores e posteriores. É do tipo sínfise -costovertebral e costotransversária: a cabeça da costela formada por duas facetas se encaixa nas fóveas vertebrais, o tubérculo se encaixa nos processos transversos das vértebras. A articulação costovertebral ocorre entre todas as vértebras torácicas, já a costotransversária não ocorre na XI e XII. Lembrando: da costela II a IX se articulam com a duas vértebras, portanto apresentam crista na cabeça. A costela I se articula somente com a vértebras TI. Temos os ligamentos costotransversários, os laterais e os superiores, os ligamentos radiados. Músculos do Dorso Superficiais: trapézio, vem desde a região occipital até a escápula, possuindo fibras médias, superiores e inferiores, permite a elevação, retração. Latíssimo do dorso, vem da região lombar se inserindo no úmero, possui uma aponeurose toracolombar (a fáscia recebe o mesmo nome). Levantador da escápula. Rombóide menor e maior. O trígono lombar é formado pela crista ilíaca, latíssimo do dorso e o oblíquo externo do abdome. Serrátil póstero-superior e póstero inferior participam na mecânica respiratória, são músculos acessórios. Eretor da coluna formado por três partes, de lateral para medial, a parte iliocostal, longuíssimo e espinal. Quadrado lombar e psoas. O espaço de Grynfelt é formado pelo serrátil póstero-superior, a décima segunda costela, o m. Oblíquo externo do abdome e o m. Eretor da coluna. O músculo multifídeo está ao longo de todo dorso, a parte lombar é chamada de transverso espinhal. O músculo semiespinhal do tórax começa na altura de TX também é considerado transverso espinhal. Músculos rotadores longos e curtos e levantadores das costelas To com sono Músculos interespinais e intertransversários. Vascularização do dorso A aorta torácica vai emitir ramos intercostais posteriores, a primeira e a segunda intercostal posterior se origina da artéria intercostal suprema/superior que é um ramo da costocervical. A intercostal posterior vai emitir um ramo espinhal que é a artéria medular segmentar e vai emitir o ramo dorsal, as artérias subcostal e as 4 lombares vão também emitir um ramo dorsal (irriga a parte óssea e toda a musculatura). Temos as sacrais medianas e laterais e a iliolombar. A artéria radícula medular magna pode se originar das últimas artérias intercostais posteriores ou da primeira lombar, geralmente está presente entre as vértebras TVIII a LI. Marcelinho furacão disse que já está tudo anotado nos slides, procure lá depois, slide de dorso 2. Anatomia topográfica e macroscópica da medula espinhal Meninges e espaços meníngeos, nervos espinais e vascularização Medula espinhal: massa cilindróide de tecido nervoso situada dentro do canal vertebral que mede, aproximadamente, 45cm, cranialmente limita-se com o bulbo, se estendendo desde o forame magno até ao nível da segunda vértebra lombar. Sua localização na superfície do dorso é na região vertebral, é possível localizar a altura da segunda vertebral lombar apalpando o ângulo inferior da escápula, que corresponde a TVII, e a altura da crista ilíaca, correspondente a LIV, o ponto médio dessas duas vértebras é TXII, pelos processos espinhosos podemos ir palpando até LII. -forma e estrutura: possui duas dilatações chamadas de intumescências, apresentam sulcos, pequenos filamentos nervosos e conjunto de filamentos, com uma estrutura na parte mais caudal em forma de cone, chamado de cone medular. A intumescência possui maior quantidade de corpos neuronais que possibilitam a inervação e formação de plexos nervosos tanto nos membros superiores e inferiores. Em um corte transversal podemos observar que a medula espinhal é formada por substância branca mais externamente e cinzenta internamente, o H medular. Nesse corte podemos observar algumas estruturas, por exemplo, a fissura mediana anterior, sulco mediano posterior, cornos posteriores e anteriores, sulco posterolateral, entre o sulco mediano posterior e posterolateral temos o funículo posterior, entre o sulco lateral anterior e a fissura mediana anterior temos o funículo anterior, entre esses dois funículostemos o lateral, entre outras estruturas. As radículas posteriores formam as raízes com a presença se gânglios sensitivos, as radículas anteriores não apresentam gânglios, e se unem formando as raízes, a raiz anterior se une com a posterior formando o nervo espinal, temos 31 pares de nervos espinais. Dentro dos funículos as vias (aferentes e eferentes) se organizam em tratos/feixes, para organizar as vias aferentes, eferentes ou mistas Meninges espinais: são membranas conjuntivas que envolvem o SNC, são classificadas em três tipos, dura- máter, aracnóide e pia-máter. A dura-máter por ser mais espessa é classificada como paquimeninge, já as outras duas são classificadas como leptomeninges. Na região dos forames intervertebrais a dura-máter se funde aos nervos formando uma bainha, não permitindo que o liquor presente na medula extravase. Entre duas raízes nervosas a pia-máter se espessa ligando-se com a dura-máter, chamado de ligamentos denticulados. Na extremidade caudal da medula espinhal, os filamentos radiculares ficam bem alongados formando a cauda equina, que apresenta também o filamento terminal (alongamento da pia-máter resultante do período fetal). A dura-máter também mantém um alongamento chamado filamento dural que se fixa no cóccix . Esses filamentos e os ligamentos denticulares servem como forma de fixação da medula em sua região. Espaços meníngeos: são os espaços entre as meninges. O epidural/peridural/extradural se localiza entre a dura- máter e o periósteo, contém tecido adiposo e plexo venoso. O subdural está entre a dura-máter e a aracnóide apresentando pequena quantidade de líquido. O subaracnoídeo está entre a aracnóide e a pia-máter apresenta o líquido cefalorraquidiano. O espaço subaracnoídeo é por onde se realiza a punção do liquor, normalmente entre L3 e L4, a medida da pressão do liquor, introdução de substâncias que aumentam o contraste ou de anestésicos raquidianos (servem para bloquear as raízes nervosas em cirurgias de extremidades inferiores). A agulha atravessaria a pele, tela subcutânea, ligamentos supraespinhoso, ligamento interespinhal, ligamento amarelo, tecido conjuntivo frouxo, plexo venoso vertebral, dura-máter e aracnóide, chegando ao espaço subaracnoídeo. Principais lesões na coluna: poliomielite atinge a coluna anterior mais frequente em criança e de causa viral, a neurosífilis lesa as raízes dorsais e perda, consequentemente, da propriocepção consciente, perda do tato epicrítico, perda da sensibilidade vibratória e da estereognosia. Uma hemissecção ou secção completa da coluna pode levar a uma hemiplegia, paraplegia ou tetraplegia. Nervos espinais: possuem conexão direta com a medula espinhal, inervando tronco, parte da cabeça e membros superiores e inferiores. Possui raizes posteriores, sensitivas, e anteriores, motores, é um nervo misto, portanto. Possuem também, partindo da região após o forame intervertebral ramos posteriores para inervação do dorso e anteriores. Lembrando que os axônios do SNP são envolvidos por bainha de mielina envolto ainda por endoneuro, formando uma fibra nervosa, um conjunto dessas fibras forma um fascículo envolto por uma perineuro e um conjunto desse fascículo forma o nervo envolto por epineuro. Os nervos espinais, quando não formam plexos, são chamados de nervos segmentares, os que formam plexos, se chamam de nervos multissegmentares. Os plexos formados são o cervical, braquial, lombar e sacral. May god help this man. Vascularização: os ramos espinais para irrigar a medula espinhal são originados da artéria vertebral, cervical ascendente, cervical profunda, intercostal posterior, lombar e sacral lateral. As artérias medulares segmentares (anteriores e posteriores) são formadas pelas artérias radiculares. Temos também a artéria espinhal anterior e posterior. O ramo posterior da artéria intercostal posterior emite um ramo espinal e este vai formar a artéria medular segmentar anterior que se liga à artéria espinal anterior, temos também as artérias radiculares. Resumo dorso – Moore Dorso: compreende a face posterior do tronco, inferior ao pescoço e superior às nádegas. Região onde se fixa a cabeça, pescoço e membros. Coluna vertebral: é o conjunto de vértebras e dos discos intervertebrais. Protege a medula espinhal, sustenta o peso do corpo superior no nível da pelve, garante um eixo rígido e flexível, permite a locomoção e define a postura. Vértebras: formada por 33 vértebras organizadas em 5 regiões: 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 coccígeas. As 5 sacrais e 4 coccígeas estão fundidas formando o osso sacro e o cóccix, respectivamente. À medida que a coluna vertebral desce até o sacro as vértebras se tornam maiores para sustentar cada vez mais peso corporal. O ângulo lombossacral está situado entre a região lombar e sacral. A flexibilidade da coluna vertebral se deve ao fato de ser formada por diversas vértebras separadas por discos intervertebrais elásticos. As 25 primeiras vértebras se articulam por meio da articulação zigoapofisária Características das vértebras: uma vértebra típica apresenta um corpo vertebral, um arco vertebral e sete processos. - Corpo vertebral: é a parte anterior do osso que confere resistência à coluna e sustenta o peso do corpo, formado em maior parte por trabéculas o que permite que o espaço entre elas seja preenchido por medula óssea vermelha. - Arco vertebral: consiste em dois pedículos e duas lâminas (direito e esquerdo). O arco vertebral e a face posterior do corpo vertebral formam o forame vertebral. A sucessão dos forames vertebrais formam o canal vertebral que contém a medula espinhal, raízes dos nervos espinais, meninges, vasos e gordura. Acima e abaixo de cada pedículo ocorre as incisuras vertebrais (superior e inferior). As incisuras vertebrais superiores de uma vértebra e inferiores de uma outra vértebra formam os forames intervertebrais por onde emergem os nervos espinais da coluna vertebral, além de estarem localizados nessa estrutura os gânglios sensitivos espinais. - Sete processos: apresenta um processo espinho, dois transversos, quatro articulares (dois superiores e dois inferiores) que também apresentam uma face articular. Os processos transversos e espinhosos são locais de fixação para os músculos profundos do dorso. Os processos articulares compõem as articulações zigoapofisárias. Vértebras cervicais: permitem a flexão, extensão, flexão e rotação e formam a região de maior amplitude de movimento da coluna vertebral. Apresentam o forame transversário no processo transverso por onde passam as artérias vertebrais e suas veias, com exceção da C VII. Apresentam um tubérculo anterior e outro posterior que dão fixação aos músculos cervicais laterais (levantadores da escápula e escalenos). Os tubérculos anteriores de C VI são chamados de caróticos. Os ramos anteriores dos nervos espinais cervicais seguem sobre os processos transversos no sulco do nervo espinal. De C III a C VII são vértebras típicas, com grandes forames vertebrais para acomodar a instrumescência cervical da medula espinhal por conta do papel dessa região na inervação dos membros superiores. C VII apresenta um processo espinho longo e pode ser chamada de vértebra proeminente. As duas primeiras vértebras recebem o nome de atlas e áxis. A primeira não possui corpo nem processo espinhoso, as suas faces articulares articulam-se com os côndilos occipitais nas laterais do forame magno. O arco posterior apresenta o sulco da artéria vertebral. A áxis permite que C I, que sustente o crânio, faça o movimento de rotação, e sua principal característica é a presença do dente que se projeta para cima, o dente se situa anteriormente a medula espinhal e posteriormente a face posterior do arco anterior do atlas, mantido nessa posição pelo ligamento transverso do atlas que pass entre o dente e a medula espinhal. O áxis possui um grande processo espinhoso bífidoque pode ser apalpado no sulco nucal. Vértebras lombares: são as maiores vértebras uma vez que sustentam o peso do corpo do tronco pra cima. Apresentam alguns processos acessórios para fixação de músculos intertransversários. Vértebras torácicas: permite flexão e extensão e maior grau de rotação. Permitem a fixação das costelas por meio das articulações das fóveas costais. A T I é uma vértebra atípica por apresentar um longo processo espinhoso além de apresentar uma fóvea costal completa em sua porção superior e uma hemifóvea na porção inferior. Sacro: está situado entre os ossos do quadril e forma o teto e a parede posterossuperior da metade posterior da cavidade pélvica. Garante resistência e estabilidade da cavidade pélvica e transmite o peso do corpo ao cíngulo do membro inferior. Apresenta canal sacral que é a continuação do canal vertebral contendo a cauda equina. Nas faces pélvica e dorsal apresenta 4 forames sacrais por onde saem os ramos posteriores e anteriores dos nervos espinais. A base do sacro formada por S I se articula com L V, e S I apresenta uma projeção chamado de promontório da base do sacro. O ápice do sacro se articula com o cóccix. A face dorsal do sacro apresenta cinco cristas longitudinais proeminentes, a crista sacral mediana é o local onde ocorreu a fusão dos processos espinhosos, as cristas sacrais mediais é decorrente da fusão dos processos articulares e as cristas sacrais laterais aos processos transversos. Cóccix: formado da fusão de 4 vértebras coccígeas, apresenta os cornos coccígeos equivalentes aos processos articulares. Permite a fixação dos músculos glúteos máximo, coccígeo e anococcígeo. Articulações da coluna vertebral - Articulações e ligamentos dos corpos das vértebras: são sínfises destinadas a sustentação do peso e resistência, os corpos adjacentes são unidos pelos discos intervertebrais que possibilitam o movimento dessas vértebras, absorvem o choque, é formado por um anel fibroso e um núcleo pulposo, este último é avascular. Não há disco intervertebral entre C I e C II e o último está entre L V e S I. A articulação uncovertebral ocorre entre os uncos dos corpos de algumas vértebras cervicais. O ligamento longitudinal anterior estende-se longitudinalmente da face pélvica do sacro até o tubérculo anterior de C I, entre C I e o osso occipital temos os ligamentos atlantoaxial e atlanto occipital. O ligamento longitudinal anterior também cobre as face laterais dos corpos até o forame intervertebral, impedindo a hiperextensão da coluna. O ligamento longitudinal posterior segue dentro da coluna vertebral ao longo da face posterior dos corpos vertebrais, ajuda a evitar ou redirecionar a herniação posterior do núcleo pulposo, é bem suprido por terminações nervosas de dor - Articulações dos arcos vertebrais: são as articulações dos processos articulares ou zigoapofisárias do tipo sinovial que ocorre entre os processos articulares superiores e inferiores de vértebras adjacentes. Cada Articulação é circundada por uma cápsula articular e são inervadas pelos ramos articulares que se originam dos ramos mediais dos ramos posteriores dos nervos espinais - Ligamentos acessórios das articulações intervertebrais: as lâminas de arcos vertebrais adjacentes são unidas por faixas largas e amarelas de tecido elástico denominadas de ligamento amarelo que resistem à separação da lâmina vertebral evitando a lesão dos discos intervertebrais por hiperflexão. Os processos espinhosos adjacentes são unidos por ligamentos interespinais e supraespinais, este último vai desde C VII até o sacro e se funde na parte superior com o ligamento nucal na região cervical posterior. O ligamento nucal se estende desde a protuberância occipital externa e a margem posterior do forame magno até os processos espinhosos das vértebras cervicais. Os ligamentos intertransversários unem processos transversos adjacentes. - Articulações craniovertebrais: são do tipo sinovial. As articulações atlantoccipital estão entre as faces articulares superiores e os côndilos occipitais, permitem o movimento do sim (flexão e extensão). O crânio e C I também são unidos pelas membranas atlantoccipital anterior e posterior que ajudam a evitar o movimento excessivo das articulações atlantoccipital. As articulações atlantoaxial são três, duas laterais e uma mediana que permitem o movimento do não, nesse movimento o crânio e C I giram sobre C II como uma unidade. O dente do áxis é mantido em sua posição anteriormente pelo arco anterior do atlas e posteriormente pelo ligamento transverso do atlas. Fascículos longitudinais superiores e inferiores do ligamento transverso do atlas até o osso occipital superiormente e C II inferiormente. Ligamento cruciforme do atlas é formado então pelo transverso e pelos fascículos longitudinais. Os ligamentos alares estendem-se das laterais dos dentes até as margens laterais do forame magno e impedem rotação excessiva. Membrana tectória é a continuação superior do ligamento longitudinal posterior que segue posteriormente sobre a articulação atlantoaxial mediana e seus ligamentos Curvatura da coluna vertebral: em adultos são quatro curvaturas. Duas cifoses, curvaturas primárias, torácica e sacral que são côncavas anteriormente e duas lordoses, curvaturas secundárias, lombar e cervical que são côncavas posteriormente. Vascularização da coluna vertebral: irrigadas por ramos das artérias cervicais e segmentares como as artérias vertebrais, cervicais, intercostais posteriores, subcostais, lombares, iliolombar e sacrais lateral e mediana que vão emitir ramos periosteais e equatoriais que vão irrigar toda a superfície das vértebras e o corpo vertebral enquanto os ramos espinais vão adentrar o canal vertebral pelo forame intervertebral, ramos dessa artérias vão emitir a artéria nutrícia que supre a maior parte da medula óssea vermelha. As veias espinais formam plexos venosos ao longo da coluna vertebral tanto interno quanto externo, esses plexos se comunicam por entre o forame intervertebral, a veia basivertebral normalmente drena para o plexo venoso externo anterior e a intervertebral recebe veias da medula espinhal e dos plexos acompanhando os nervos espinais através dos forames intervertebrais. Nervos da coluna vertebral: as articulações são inervadas por ramos articulares dos ramos mediais dos ramos posteriores, a coluna é inervada por ramos recorrentes meníngeos dos nervos espinais. Músculos do dorso: há dois grupos principais, os músculos extrínsecos do dorso e os intrínsecos ou próprio do dorso. - Músculos extrínsecos do dorso: os músculos extrínsecos superficiais unem o esqueleto axial ao esqueleto apendicular superior produzindo seus movimentos, são eles: trapézio, latíssimo do dorso, levantador da escápula e romboides. São inervados por ramos anteriores dos nervos cervicais, o trapézio recebe fibra motora do NC XI (acessório). Os músculos extrínsecos intermediários são responsáveis pelos movimentos de respiração superficial, são eles: serrátil posterior superior e serrátil posterior inferior. São inervados pelos nervos intercostais. - Músculos próprios do dorso: são inervados por ramos posteriores dos nervos espinais, responsáveis por manter a postura e controlar os movimentos da coluna. São revestidos por fáscia muscular que se fixa medialmente ao ligamento nucal, extremidade dos processos espinhosos, ligamento supraespinal e à crista mediana do sacro, e se fixa lateralmente aos processos transversos cervicais e lombares e aos ângulos das costelas. As partes torácica e lombar constituem a aponeurose toracolombar. — Camada superficial de músculos: são os esplênios da cabeça e do pescoço. — Camada intermédia de músculos: formados pelos eretores da espinha que são divididos em três colunas: iliocostal, longuíssimo e espinal, cada uma das colunas são divididas em três partes de acordo com suas fixações superiores. Temos o iliocostal do lombo, parte torácica do iliocostal do lombo e iliocostaldo pescoço, o longuíssimo da cabeça, longuíssimo do pescoço e longuíssimo do tórax e espinal da cabeça, espinal do pescoço e espinal do tórax. — Camada profunda de músculos: formados pelos músculos transversosespinais que compreende o grupo de músculos semiespinais, multifídios e rotadores. O semiespinal é dividido em 3 partes, da cabeça, do tórax e do pescoço. Temos também os intertransversários, levantadores da costela e interespinais que são grupos menores dos músculos profundos. Músculos suboccipiais e profundos do pescoço: são os reto posterior maior e menor da cabeça e os oblíquo superior e inferior da cabeça. São inervados pelo ramo posterior de C I, o nervo suboccipital que emerge no trígono suboccipital Resumo pelve e períneo – Moore Introdução: a pelve é a parte do tronco posteroinferior ao abdome e é a área de transição entre o tronco e os membros inferiores, a cavidade pélvica é a parte inferior da cavidade abdominopélvica, circundada pelo cíngulo do membro inferior. A pelve é subdividida em pelve maior e menor. A pelve maior é circundada pela parte superior do cíngulo do membro inferior, sendo ocupada pelas vísceras abdominais inferiores. A pelve menor é circundada pela parte inferior do cíngulo do membro inferior, seu assoalho formado pelo diafragma da pelve separa ela do períneo. A parte externa da pelve é envolvida pela parede abdominal anterolateral inferior anteriormente, a região glútea do membro inferior posterolateralmente, e o períneo inferiormente. O períneo é a área de superfície do tronco entre as coxas e as nádegas, que se extende do cóccix até o púbis e também um compartimento de pequena profundidade situado profundamente a essa área, inclui o ânus e os órgãos genitais externos. Cíngulo do membro inferior: é um anel ósseo, em forma de bacia, que une a coluna vertebral aos dois fêmures. Tem como função a sustentação do peso da parte superior do corpo, transferir o peso do esqueleto axial para o apendicular, proporcionar fixação aos fortes músculos de locomoção e postura, conter e proteger as vísceras pélvicas e abdominais inferiores, sustenta as vísceras abdominopélvicas, fixação para os corpos eréteis. - Ossos: o cíngulo do membro inferior é formado por três ossos: dois ossos do quadril e um sacro. O osso do quadril é formado a partir da fusão de três ossos: ílio, ísquio e púbis. As faces internas dos ossos do quadril limitam a pelve, formando suas paredes laterais. Os dois ossos do quadril são unidos anteriormente na sínfise púbica, uma articulação cartilagínea secundária. Posteriormente se articulam com o sacro na articulação sacroilíaca O ílio é a parte superior em forma de leque, contém a asa do ílio e o corpo do ílio, este último participa na formação do acetábulo. A crista ilíaca segue o contorno da asa entre as espinhas ilíacas anterossuperior e posterossuperior. A face côncava da asa possui a fossa ilíaca. A face sacropélvica do ílio tem uma face auricular (articulação sinovial) e uma tuberosidade ilíaca (articulação sindesmose). O ísquio tem um corpo e um ramo, o corpo do ísquio ajuda a formar o acetábulo e o ramo do ísquio forma parte do forame obturatório. O ísquio possui uma protuberância posteroinferior, o túber isquiático, uma projeção posteromedial, espinha isquiática e uma incisura isquiática menor e maior. O púbis possui um ramo superior do púbis que ajuda a formar o acetábulo e um ramo inferior do púbis que ajuda a formar o forame obturatório. A pelve é dividida em pelve maior (falsa) e menor (verdadeira) pelo plano oblíquo da abertura superior da pelve, a margem óssea que forma essa abertura é a margem da pelve, formada por: promontório e asa do sacro, linhas terminais que formam uma estria oblíqua contínua que é composta pela linha arqueada, na face interna do ílio, linha pectínea do púbis e crista púbica. O arco púbico é formado pelos ramos inferiores do ísquio e do púbis, o lado direito e esquerdo do arco se encontram medialmente na sínfise púbica e definem o ângulo subpúbico. A abertura inferior da pelve é limitada anteriormente pelo arco púbico, lateralmente pelos túberes isquiáticos, posterolateralmente pela margem inferior do ligamento sacrotuberal e posteriormente pelo cóccix. A pelve maior é a parte superior a abertura superior da pelve, limitada pelas asas do ílio e a face anterossuperior da vértebra S I, sendo ocupada por vísceras abdominais. A pelve menor está entre as aberturas superior e inferior e é limitada pelas faces pélvicas dos ossos do quadril, sacro e cóccix, inclui a cavidade pélvica verdadeira e as partes profundas do períneo. É a região de maior importância obstétrica e ginecológica. A face superior côncava do diafragma da pelve musculofacial forma o assoalho da cavidade pélvica verdadeira. A face inferior convexa do diafragma da pelve forma o teto do períneo. Em posição anatômica as espinhas ilíacas ântero-superior debem estar no mesmo plano vertical que a face anterior da sínfise púbica Articulações e ligamentos do cíngulo do membro inferior: - Articulações sacroilíacas: sustentam o peso que é transferido através dos ligamentos sacroilíacos quando de pé e para os túberes isquiáticos quando sentado. Formada por uma articulação sinovial anterior (entre as faces auriculares do sacro e do ílio) e uma sindesmose posterior (entre as tuberosidades desses ossos). Temos os ligamentos sacroilíacos anteriores, posteriores e interósseos, temos também ligamentos iliolombares que são acessórios. Entre as espinhas ilíacas posterossuperior e posteroinferior até o cóccix e inferiormente ao ligamento sacroilíaco posterior temos o ligamento sacrotuberal, esse grande ligamento transforma a incisura isquiática em um grande forame isquiático. O ligamento sacroespinal subdivide esse forame em forames isquiáticos maior e menor. - Sínfise púbica: é um disco interpúbico fibrocartilagíneo que une os corpos dos ossos púbis, normalmente mais largo em mulheres. Possui ligamentos púbicos superiores e inferiores. - Articulações lombossacrais: articulam-se na sínfise intervertebral formada pelos discos L V e S I entre seus corpos e nas articulações dos processos articulares, fortalecidas pelo ligamento iliolombar. - Articulações sacrococcígeas: articulação cartilagínea, contém os ligamentos sacrococcígeos anterior e posterior. Cavidade pélvica: espaço limitado pelas paredes e assoalhos ósseos, ligamentares e musculares da pelve, é a parte inferoposterior da cavidade abdominopélvica, é continuar com a cavidade abdominal através da abertura superior da pelve. A cavidade pélvica contém as partes terminais dos ureteres, bexiga urinária, reto, órgãos genitais pélvicos, vasos sanguíneos, linfáticos e nervos, além de transbordamento das vísceras abdominais como as alças do intestino delgado (principalmente ílio) e grosso (apêndice vermiforme e colo transverso e sigmoide). É limitada inferiormente com o diafragma da pelve que forma o seu assoalho pélvico, limitada posteriormente pelo cóccix pela parte inferior do sacro, sendo que a parte superior do sacro forma o seu teto. Os corpos do púbis formam a parede anteroinferior. - Parede anteroinferior da pelve: formada pelos corpos e ramos do púbis e pela sínfise púbica. Participa na sustentação da bexiga urinária. - Parede lateral da pelve: formadas pelos ossos do quadril, que contém o forame obturatório que é fechado por uma membrana obturatória. Os músculos obturadores internos cobrem a maior parte das parede laterais. As fibras desses músculos convergem posteriormente, tornando-se tendíneas e seguem lateralmente deixando a pelve através do forame isquiático menor para se fixarem no fêmur. As faces desses músculos são cobertas pela fáscia obturatória que se espessam centralmente formando o arco tendíneo - Parede posterolateral e teto: consiste em um teto ósseo formado pelo sacro e cóccix, e a parede posterolateral é formada por ligamentos associados as articulações sacroilíacas (ligamentos sacroilíacoanterior, sacrotuberal e sacroespinal) e músculos piriformes. Esses músculos seguem lateralmente, deixando a pelve menor através do forame isquiático maior para se fixar no fêmur, ocupando grande parte do espaço desse forame, imediatamente profundo a esses músculos temos os nervos do plexo sacral. - Assoalho pélvico: formado pelo diafragma da pelve, consiste nos músculos isquiococcígeos e levantador do ânus. Situa-se na pelve menor, separando a cavidade pélvica do períneo. A fixação do diafragma à fáscia obturatória divide o músculo em uma porção pélvica superior e inferior. Medialmente aos músculos obturadores internos estão os nervos e vasos obturatórios e outros ramos dos vasos ilíacos internos. Os músculos isquiococcígeos originam-se nas faces laterais da parte inferior do sacro e cóccix e situa -se sobre a face profunda do ligamento sacroespinal. O músculo levantador do ânus é a maior e mais importante parte do assoalho pélvico e está fixado no espessamento da fáscia obturatória/arco tendíneo do músculo levantador do ânus. Uma abertura anterior entre as margens mediais dos músculos levantadores do ânus de cada lada, o hiato urogenital, dá passam à uretra nos homens, e à vagina nas mulheres. O músculo levantador do ânus tem três partes. O puborretal é a parte medial em forma de U, alça puborretal, que delimita o hiato urogenital, o pubococcígeo é a parte intermédia , possui alças mais curtas que são denominas de acordo com a estrutura próxima do seu término (pubovaginal/puboprostático, puboperieneal e puboanal) e o iliococcígeo é a parte posterolateral. O músculo levantador do ânus forma um assoalho dinâmico para sustentar as vísceras abdominopélvicas e ajuda a manter a continência urinária e fecal. Estruturas neurovasculares da pelve: Artérias pélvicas: ocorre múltiplas anastomoses que permite a circulação colateral. Seis artérias principais entram pela pelve menor da mulher: duas artérias ilíacas internas, duas artérias ováricas, um artéria sacral mediana e uma artéria retal superior. Como as artérias testiculares não entram na pelve menor, apenas quatro artérias principais entram na pelve menor dos homens. - Artéria ilíaca interna: é a mais importante da pelve, responsável pela vascularização das vísceras pélvicas e parte da vascularização da porção musculoesquelética da pelve, também envia ramos para a região glútea, mediais da coxa e períneo. A artéria ilíaca interna é gerada de uma divisão da artéria ilíaca comum que se bifurca também na artéria ilíaca externa no nível entre as vértebras L V e S I. A artéria ilíaca interna é separada da articulação sacroilíaca pela veia ilíaca interna e pelo tronco lombossacral - Artéria umbilical: partes distais desses vasos não funcionam mais e são ocluídas formando cordões fibrosos chamados de ligamentos umbilicais medianos. Supre a face superior da bexiga urinária. - Artéria obturatória: origem variável, normalmente surge perto da umbilical, passa entre o nervo e a veia obturatória. Emite ramos musculares, uma artéria nutrícia para o ílio e um ramo púbico. O ramo púbico se anastomosa ao seu companheiro do lado oposto e o ramo púbico da artéria epigástrica inferior, um ramo da artéria ilíaca externa. - Artéria vesical inferior: apenas em homens. - Artéria vaginal: homólogo à vesical inferior. Origina ramos para as faces anterior e posterior da vagina. - Artéria uterina: ramo da ilíaca interna em mulheres pode se originar também da umbilical. Ao chegar ao lado do colo, divide-se em um ramo vaginal que irriga o colo e a vagina e um ramo ascendente da margem lateral do útero, este vai se bifurcar em um ramo ovárico e tubário que se anastomosam com os ramos ovárico e tubário da artéria ovárica. - Artéria pudenda interna: anterior ao músculo piriforme e ao plexo sacral. Deixa a pelve entre os músculos piriforme e isquiococcígeo, atravessando a parte inferior do forame isquiático maior, passa ao redor da face posterior da espinha isquiática e entra na fossa isquioanal através do forame isquiático menor, atravessando o canal pudendo na parede lateral da fossa isquioanal. Se divide em artérias profunda e dorsal do pênis/clitóris. - Artéria glútea inferior: maior ramo da divisão anterior da ilíaca interna, mas pode se originar do ramo posterior. Segue posteriormente entre os nervos sacrais e deixa a pelve através do forame isquiático maior. Irriga músculos e a pele das nádegas e a face posterior da coxa. - Divisão posterior da artéria ilíaca interna: origina a artéria iliolombar que se divide em um ramo ilíaco que supre o músculo ilíaco e o ílio, e um ramo lombar, que supre os músculos psoas maior e quadrado do lombo, origina também as artérias sacrais laterais, que também podem se originar como ramos independentes, emitem ramos espinais que atravessam os forames sacrais anteriores e irrigam as meninges vertebrais que envolvem as raízes dos nervos sacrais, irrigam os músculos eretores da espinha no dorso e a pele sobre o sacro, por fim, ela origina a artéria glútea superior que vai irrigar os músculos glúteos nas nádegas. - Artéria ovárica: se origina da parte abdominal da aorta inferiormente à artéria renal, superiormente à mesentérica inferior, passa anteriormente ao ureter emitindo ramos para ele, se divide em ramos ovárico e tubário. - Artéria sacral mediana: origina da face posterior da aorta abdominal, emite pequenos ramos parietais que se anastomosam com as artérias sacrais laterais, também originam pequenos ramos viscerais para a parte posterior do reto que se anastomosa com as artérias retais superior e medial. - Artéria retal superior: continuação direta da artéria mesentérica inferior, desce no mesocolo sigmoide até a pelve menor. Em S III se divide em ramos que descem de cada lado do reto que o irriga até o músculo esfíncter interno do ânus. Veias pélvicas: os plexos venosos pélvicos são formados pelas veias que se anastomosam circundando as vísceras pélvicas. Os vários plexos na pelve menor (retal, vesical, prostático, uterino e vaginal) são drenados principalmente por tributárias das veias ilíacas internas (principal), veia retal superior que da na veia mesentérica inferior até a veia porta do fígado e veias sacrais laterais que tributam para o plexo venoso vertebral interno. Temos também nos homens aa veia sacral mediana e nas mulheres as veias ováricas. As veias ilíacas internas formam-se superiormente ao forame isquiático maior, e tributam variavelmente. As artérias umbilicais não possuem veias acompanhantes. As veias iliolombares das fossas ilíacas da pelve maior geralmente drenam para as veias ilíacas comuns, essas se unem em L IV/V para formar a veia cava superior. As veias glúteas superiores são as maiores tributárias das ilíacas internas. As veias testiculares atravessam a pelve maior enquanto seguem pelo canal inguinal profundo. As veias sacrais laterais anastomosam-se com o plexo venoso vertebral interno. Linfonodos pélvicos: - Linfonodos ilíacos externos: ao longo dos vasos de mesmo nome, recebem linfa dos linfonodos inguinais e das vísceras pélvicas, parte superior. Esses linfonodos drenam para os ilíacos comuns. - Linfonodos ilíacos internos: recebem linfa das vísceras pélvicas, parte inferior, do períneo profundo e da região glútea. Drenam para os linfonodos ilíacos comuns. - Linfonodos sacrais: recebem linda das vísceras póstero-inferiores, drenam para os ilíacos internos ou comuns. - Linfonodos ilíacos comuns: recebem a linfa desses três grupos principais e drenam para os linfonodos lombares. Nervos pélvicos: a pelve é inervada principalmente pelos nervos espinais sacrais e coccígeos e pela parte pélvicas da divisão autônoma do sistema nervoso. - Nervo obturatório: origina-se dos ramos anteriores dos nervos espinais L2-L4 do plexo lombar, segue até o canal obturatório, se dividindo em partes anteriores e posterior, suprindo os músculos mediais da coxa, mas nenhuma estrutura pélvica. - Tronco lombossacral: parte descendentedo nervo L4 que se une ao ramo anterior de L5 para formar esse tronco que vai se unir ao plexo sacral. - Plexo sacral: situado na parede posterolateral da pelve menor. Desse plexo se originam dois principais nervos, o isquiático e o pudendo. A maioria dos ramos saem da pelve pelo forame isquiático maior. O nervo isquiático é o maior do corpo e é formado quando os ramos anteriores dos nervos de L4-S3 se unem na face anterior do músculo piriforme, o nervo isquiático atravessa o forame isquiático maior, inferior ao m. piriforme para entrar na região glútea, descendo na face posterior da coxa para suprir toda a perna e o pé. O nervo pudendo é o principal nervo do períneo e o principal nervo sensitivo dos órgãos genitais externos. Acompanha a artéria pudenda interna, sai da pelve pelo forame isquiático maior entre os mm. piriforme e isquiococcígeo e entra no períneo pelo forame isquiático menor. Temos também os nervoso glúteos superior e inferior para suprir a região glútea, o primeiro sai da parte superior do m. piriforme no forame isquiático maior e outro na parte inferior do m. piriforme do forame isquiático maior. - Plexo coccígeo: ramos anterior de S4 e S5 e os nervos coccígeos. Situam-se na face pélvicas do músculo isquiococcígeo e supre este músculos, parte do músculo levantador do ânus e a articulação sacrococcígea. Desse plexo também se originam os nervos anococcígeos perfuram o músculo isquiococcígeo e o corpo anococcígeo para suprir uma área da pele entre o ânus e o cóccix. Nervos autônomos pélvicos: - Troncos simpáticos sacrais: continuação inferior dos troncos simpáticos lombares, convergem no gânglio impar. Enviam ramos comunicantes cinzentos para cada um dos ramos anteriores dos nervos sacrais e coccígeos e ramos para as artérias sacrais mediana e o plexo hipogástrico inferior. Fornecem fibras pós-ganglionares ao plexo sacral para inervação simpática para os membros inferiores. - Plexos pariarteriais: fibras pós-ganglionares, simpáticas, vasomotoras para as artérias retal superior, ovárica e ilíaca interna. - Plexos hipogástricos: superior e inferior, redes de fibras nervosas aferentes simpáticas e viscerais. O superior se dividem em nervos hipogástricos direito e esquerdo e depois eles se fundem com os nervos esplâncnicos pélvicos para formar o plexo inferior, o inferior contém fibras simpáticas e parassimpáticas, bem como fibras aferentes viscerais que formam os plexos pélvicos - Nervos esplâncnicos pélvicos: fibras parassimpática derivadas dos nervos espinais S2-S4, formam fibras aferentes viscerais e a parte eferente sacral da parte parassimpática craniossacral. O sistema hipogástricos e pélvicos recebem fibras simpáticas através dos nervos esplâncnicos lombares e fibras parassimpáticas através dos nervos esplâncnicos pélvicos. Inervação aferente visceral na pelve: as fibras aferentes viscerais produzem a sensibilidade reflexa e seguem as fibras parassimpáticas, atravessam os os plexos pélvicos e hipogástricos inferior e os nervos esplâncnicos pélvicos até os gânglios sensitivos dos nervos espinais S2-S4. A linha de dor pélvica corresponde a um local que demarca a diferenciação que segue as fibras aferentes viscerais, os órgãos pélvicos acima dessa linha de dor, ou seja, que são vísceras intraperitoneais ou que estão em contato parcial, seguem as fibras simpáticas retrogradamente, ascendendo através dos plexos hipogástricos/aórticos, nervos esplâncnicos abdominopélvicos, troncos simpáticos lombares e ramos comunicantes brancos para chegar aos corpos celulares nos gânglios sensitivos dos nervos espinais torácicos inferiores/lombares superiores. As fibras dos órgãos pélvicos abaixo dessa linha, ou seja, vísceras subperitoneais, seguem as vias parassimpáticas retrogradamente através dos plexos hipogástricos inferiores e pélvicos dos nervos esplâncnicos pélvicos para chegar aos corpos celulares nos gânglios sensitivos de nervos espinais S2-S4. Vísceras pélvicas: incluem as partes distais dos sistemas urinários e digestório, além do sistema genital. O colo sigmoide e partes do intestino delgado são vísceras abdominais e não pélvicas. Órgãos urinários: - Ureteres: conectam os rins à bexiga urinária. Seguem nas paredes laterais da pelve, paralelas à margem anterior da incisura isquiática maior. Próximo à espinha isquiática, acima do músculo levantador do ânus, e entram na bexiga urinária. As extremidades inferiores são circundadas pele plexo venoso vesical. Passam obliquamente sobre a bexiga urinária, formando uma válvula unidirecional e a pressão interna ocasionada pelo enchimento da bexiga urinária causa o fechamento da passagem intramural, as contrações musculares da bexiga atuam como esfíncter, impedindo o refluxo da urina. A urina é transportada por contrações peristálticas. Nos homens, a única estrutura que passa entre o ureter e o peritônio é o ducto deferente. O ureter entra no ângulo posterior da bexiga urinária logo acima da glândula seminal. Nas mulheres, o ureter passa medialmente à origem da artéria uterina até o nível da espinha isquiática, depois passa próximo da parede lateral do fórnice da vagina e entra no ângulo posterossuperior da bexiga. Irrigação arterial é variável, proporcionada por ramos uretéricos originados das artérias ilíacas comuns, ilíacas internas e ováricas, esses ramos se anastomosam. As partes terminais do ureter nas mulheres são irrigados pelas artérias uterinas que emitem ramos para ele, nos homens são as artérias vesicais inferiores. A drenagem venosa é paralela à irrigação arterial, drenando para veias correspondentes. Os vasos linfáticos seguem para os linfonodos ilíacos comuns e interno. A inervação dos ureteres é proveniente de plexos autônomos adjacentes (renais, aórticos, hipogástricos superiores e inferiores). As fibras aferentes de dor dos ureteres seguem as fibras simpáticas em sentido retrógrado para chegarem aos gânglios sensitivos de nervos espinais dos segmentos T10-L2/L3. A dor ureteral é referida ao quadrante inferior ipsilateral do abdome, principalmente na região inguinal. - Bexiga urinária: víscera oca que tem fortes paredes musculares, caracterizadas por sua distensibilidade. É um reservatório temporário de urina. Quando vazia, a bexiga se localiza na pelve menor, parcialmente superior e parcialmente posterior aos ossos púbicos. É separada desses ossos pelo espaço retropúbico, virtual, inferior ao peritônio, apoiada sobre o púbis e a sínfise púbica anteriormente e sobre a próstata/vagina posteriormente. É fixada por ligamentos laterais vesicais e o arco tendíneo da fáscia da pelve, ligamento puboprostatico em homens e pubovesical em mulheres. Nas mulheres como a face posterior da bexiga urinária está apoiada na parede anterior da vagina, a fixação lateral da vagina ao arco tendíneo da fáscia da pelve, o paracolpo, é um fator indireto mas importante na sustentação da bexiga. A bexiga tem três partes, ápice, corpo, fundo e colo. O ápice aponta em direção à sínfise púbica, o fundo é oposto ao ápice e forma a parede posterior convexa. O corpo é a parte principal que se encontra entre o ápice e o fundo. Apenas a face superior é coberta por peritônio, enquanto é revestida por fáscia visceral. No colo temos o músculo esfíncter interno da uretra que reveste o óstio interno da uretra. Os óstios do ureter e o óstio interno da uretra estão nos ângulos do trígono da bexiga. Uma elevação nesse trígono é a úvula da bexiga. A irrigação arterial e feita por ramos das artérias ilíacas interna, vesicais superiores, nos homens temos a vesical inferior e nas mulheres a vaginal. As artérias obturatórias e glútea inferior também enviam pequenos ramos. As veias são correspondentes e tributam nas ilíacas internas. Nos homens, o plexo venoso vesical é contínuo com o plexo venoso prostático. O plexo venoso vesical drena pelas veias vesicais inferiores para as ilíacas internas, sacrais e plexos venosos vertebrais internos. Nas mulheres, o plexo venoso vesical recebe sangueda veia dorsal do clitóris e comunica-se com o plexo venoso vaginal. A inervação: as fibras simpáticas são conduzidas dos níveis torácicos inferiores e lombar superior da medula até os plexos vesicais/pélvicos, atravessando dos plexos e nervos hipogástricos. As fibras parassimpáticas dos níveis sacrais da medula espinhal são conduzidas pelos nervos esplâncnicos pélvicos e plexo hipogástrico inferior. As fibras parassimpáticas são motoras para o músculo detrusor e inibitórias para o músculo esfíncter interno. A parte simpática estimula a ejaculação enquanto a parassimpática a urina. A maior parte das fibras simpáticas são viscerais, as fibras aferentes reflexas seguem o trajeto das fibras parassimpáticas. As fibras de dor da parte superior da bexiga urinária seguem as fibras simpáticas retrogradamente até os gânglios sensitivos de nervos espinais torácicos inferiores e lombares superiores. - Parte proximal da uretra masculina: conduz urina do óstio interno da uretra na bexiga urinária até o óstio externo da uretra, localizado na extremidade da glande do pênis, sendo a via de saída também para o sêmen. Ela é dividida em quatro partes: intramural, prostática, membranácea e esponjosa. Na parte prostática temos a crista uretral que fica entre os seios prostáticos por onde se abrem os dúctulos prostáticos, no meio da crista temos o colículo seminal que se abre no utrículo prostático. Os ductos ejaculatórios se abrem na parte prostática da uretra. A irrigação arterial das partes intramural e prostática são feitas pelas artérias vesicais inferiores e retais médias, as vaias drenam para o plexo venoso prostático. A inervação é derivada do plexo prostático que é um dos plexos pélvicos que se origina do plexo hipogástrico inferior, contém fibras simpáticas, parassimpáticas e aferentes viscerais mistas. - Uretra feminina: o óstio externo da uretra feminina se localiza no vestíbulo da vagina. Se situa anteriormente à vagina, e seguem através do diafragma da pelve e membrana do períneo. Possui glândulas uretrais, homólogo à próstata. O músculo esfíncter externo da uretra se localiza no períneo. A irrigação arterial é feita pelas pudenda interna e vaginal, as veias seguem as artérias. A inervação é realizada pelo plexo vesical e nervo pudendo. As fibras aferentes viscerais seguem os nervos esplâncnicos pélvicos mas a sua terminação recebe fibras aferentes somáticas do nervo pudendo, até os gânglios sensitivos de S2-S4. Reto: é a parte pélvica do sistema digestório, contínuo com o colo sigmoide na junção retossigmoide no nível de S III. Contém uma flexura sacral do reto, flexura anorretal e três flexuras laterais (superior, inferior e intermediária). A parte terminal dilatada é a ampola do reto, que recebe e retém a massa fecal. O peritônio cobre o terço superior. Nos homens o peritônio se reflete formando a escavação retovesical, enquanto nas mulher, a escavação retouterina, tendo nos dois sexos as fossas pararretais. A irrigação arterial é feita pela artéria retal superior, contínua com a mesentérica inferior, pela retal média, originadas das ilíacas internas e as retais inferiores originadas da artéria pudendas internas que irrigam a junção anorretal. O sangue venoso drena para as retais superiores, médias e inferiores, a primeira para o sistema venoso porta e as outras para o plexo para o plexo venoso retal que se comunica com o plexo vesical/uterovaginal. A inervação simpática provém dos nervos esplâncnicos lombares e plexo hipogástrico/pélvico. A inervação parassimpática vem dos nervos esplâncnicos pélvicos e plexo hipogástrico inferior. Todas as fibras aferentes viscerais seguem as fibras parassimpáticas retrogradamente até os gânglios sensitivos S2-S4. Órgãos genitais: - Ducto deferente: é a continuação di ducto do epidídimo que começa na cauda dele, principal componente do funículo espermático, penetra a parede abdominal anterior através do canal inguinal, se une ao ducto da glândula seminal para formar o ducto ejaculatório, antes de terminar ele aumenta na ampola do ducto deferente. A irrigação arterial é feita pela artéria do ducto deferente que se origina da vesical superior se anastomosando com as artérias testicular. A drenagem venosa ocorra para a veia testicular e plexo pampiniforme distal, vesical/prostático. - Glândulas seminais: entre o fundo da bexiga e o reto, não armazenam espermatozoides mas secretam um líquido alcalino que vai servir como fonte de energia para eles. São separadas do reto superiormente pela escavação retovesical, as extremidades inferiores estão relacionadas com o reto e separadas somente pelo septo retovesical. A irrigação arterial é feita pela vesical inferior e retal média e as veias acompanham. - Ductos ejaculatórios: atravessam a parte posterior da próstata e ao longo das laterais do utrículo prostático. Se abrem no colículo seminal. As artérias do ducto deferente são ramos das vesicais superiores, as veias se unem no plexo prostático/vesical. - Próstata: a maior glândula acessória do sistema genital masculino, circunda a parte prostática da uretra. É circundada pela fáscia visceral da pelve que é contínua anterolateralmente pelos ligamentos puboprostáticos. Os ductos prostáticos se abrem nos seios prostáticos. A irrigação arterial é feita pelas artérias prostática que são ramos da ilíacas internas, sobretudo das vesicais inferiores, mas também, pudenda interna e retal média. As veias formam o plexo venoso prostático e drenam para as ilíacas internas, esse plexo é contínuo com o vesical e vertebral interno - Glândulas bulboretrais: situam-se posterolateralmente à parte membranácea da uretra. Inervação dos órgãos genitais internos masculinos: todos esses órgãos são ricamente inervados pelas fibras simpáticas originadas de T2-L2/L3 que vão formar os nervos esplâncnicos lombares e plexo hipogástrico e pélvico. As fibras parassimpáticas atravessam os nervos esplâncnicos pélvicos e se unem aos plexos hipogástrico e pélvico inferiores. Órgãos genitais femininos: - Ovários: são gônadas femininas e glândulas endócrinas. São suspensos por uma curta prega peritoneal, o mesovário, uma subdivisão do ligamento largo do útero. Os vasos sanguíneos e linfáticos e os nervos ovarianos entram e saem dele pela face superolateral do ovário, dentro de uma prega peritoneal, o ligamento suspensor do ovário, contínuo com o mesovário. O ligamento útero-ovário fixa o ovário ao útero. - Tubas uterinas: conduzem o oócito da cavidade peritoneal periovariana para a cavidade uterina, é o local onde ocorre a fertilização. O mesossalpinge é a parte do ligamento largo das tubas. Possui quatro partes: o infundíbulo, ampola, istmo e parte uterina. O infundíbulo tem uma abertura na cavidade peritoneal que é o óstio abdominal e fímbrias. A irrigação arterial é feita por artérias ováricas, que se originaram da aorta e também pelos ramos ascendentes das artérias uterinas que seguem ao longo das faces laterais do útero até as faces mediais do ovário e tubas. Ambas as artérias se bifurcam em ramos ováricos e tubários, criando uma circulação colateral. As veias drenam para o plexo pampiniforme e se fundem para formar a veia ovárica, a veia ovárica direita ascende e entra na VCI enquanto a esquerda drena para a renal esquerda, as veias tubárias drenam para as veias ováricas e para o plexo uterino. A inervação se dá pelo plexo ovárico e uterino. Estão acima da linha de dor, então as fibras de dor aferente viscerais seguem retrogradamente as fibras simpáticas dos plexos ováricos e nervos esplâncnicos lombares até os gânglios sensitivos dos nervos espinais T11-L1. As fibras reflexas seguem as fibras parassimpáticas através do plexo uterino e hipogástrico inferior e nervos esplâncnicos pélvicos até os gânglios sensitivos S2-S4. - Útero: é um órgão muscular oco, com uma estrutura extremamente dinâmica que se localiza sobre a bexiga urinária. Possui um corpo e um colo. O corpo possui um fundo e é separado do colo pelo istmo do útero.O colo tem uma porção supravaginal e vaginal, a porção vaginal é arredondada e circunda o óstio do útero, e por sua vez, é circundada pelo fórnice da vagina. É separada do reto pela escavação retouterina. O canal do parto é formado pelo lúmen da vagina e cavidade do útero. Tem três camadas, o perimétrio, miométrio e endométrio. Os ligamentos do útero são: ligamento útero-ovário, ligamento redondo do útero, ligamento largo do útero que na parte específico do útero é chamado de mesométrio, temos também o ligamento transverso do colo e retouterino. O útero se relaciona anteriormente com a bexiga, contendo uma escavação vesicouterina formada pelo peritônio fletido, posteriormente temos a retouterina. É irrigada pelas artérias uterinas e ováricas. As veias uterinas formam o plexo uterino e drenam para as veias ilíacas internas. - Vagina: estende-se do meio do colo do útero até o óstio da vagina que se abre no vestíbulo da vagina, serve para o canal de parto e permite a comunicação com o útero. A vagina está posteriormente à bexiga e à uretra e anteriormente ao reto e margens mediais do m. levantador do ânus. O fórnice da vagina é um recesso ao redor do colo. Quatro músculos atuam como esfíncter para a vagina: pubavaginal, esfíncter externo da uretra, esfíncter uretrovaginal e bulboesponjoso. Irrigação arterial da parte superior decorre das artérias uterinas e a parte média e inferior são ramos das artérias vaginais e pudenda interna. As veias formam o plexo vaginal, continuas com o plexo uterino, formando o plexo uterovaginal, drenando para as ilíacas internas, também se comunica com o plexo venoso vesical e retal. A inervação provém do nervo perineal profundo, ramo do nervo pudendo que conduz fibras simpáticas e viscerais, sensíveis ao toque e à temperatura. A maior parte da vagina tem inervação visceral derivadas do plexo nervoso uterovaginal que se estende do plexo hipogástrico inferior até as vísceras pélvicas, contendo fibras aferentes simpáticas, parassimpáticas e viscerais. A inervação simpática atravessa os nervos esplâncnicos lombares e plexo hipogástrico/pélvico. A parassimpática atravessa os nervos esplâncnicos pélvicos para o plexo hipogástrico inferior uterovaginal. A inervação visceral aferente da parte superior da linha de dor seguem a inervação simpática, enquanto da linha abaixo, seguem as fibras parassimpáticas. Drenagem linfática das vísceras pélvicas: -sistema urinário: a parte superior da parte pélvica do ureter é drenado para os linfonodos ilíacos externos, enquanto a porção inferior para os ilíacos internos. A parte superolateral da bexiga é drenada para os ilíacos externos e a parte do fundo e do colo para os ilíacos internos, alguns drenam para is sacrais ou ilíacos. A uretra feminina drena para os linfonodos ilíacos internos, sacrais e inguinais. -reto: porção superior do reto segue até os linfonodos mesentéricos inferiores passando pelos pararretais e/ou sacrais. Os linfonodos mesentéricos inferiores drenam para os lombares (aórticos/cavais). A metade inferior drenam para os sacrais e ilíacos internos. -vísceras pélvicas masculinas: os vasos linfáticos dos ductos deferentes, ductos ejaculatórios e partes inferiores das glândulas seminais drenam para os linfonodos ilíacos externos. A parte superior das glândulas seminais e da próstata terminam nos linfonodos ilíacos internos seguindo para os sacrais. -vísceras pélvicas femininas: vasos linfáticos dos ovários, unido aos vasos das tubas e do fundo do útero seguem para os linfonodos lombares (aórticos/cavais), inguinais superficiais, ilíacos externos e internos e sacrais. Neuroanatomia Tronco encefálico O encéfalo está presente dentro do crânio e é composto pelo cérebro, cerebelo e tronco encefálico. O tronco encefálico, por sua vez, é formado por três partes: mesencéfalo, ponte e bulbo/medula oblonga. Quando se sai do crânio através do forame magno temos a medula espinal que não faz parte do encéfalo. A ordem do tronco encefálico da região mais cranial para mais caudal é: mesencéfalo (se comunica com o cérebro), ponte (na mesma altura do cerebelo) e bulbo, o bulbo é contínuo com a medula espinal, e a divisão entre eles é o forame magno. Anteriormente ao forame magno temos uma área óssea chamada de clivo, onde se encontra, apoiado, o tronco encefálico. O formato do tronco encefálico, cheio de saliências reentrâncias é formado por neurônios. Mesencéfalo: é a parte do tronco encefálico que está diretamente relacionada com o cérebro, é a primeira parte do tronco encefálico, essa parte que apoia o cérebro é o pilar/pedúnculo cerebral, são dois pilares direito e esquerdo, observados em vista anterior. A região do cérebro que está em contato com o pilar é o diencéfalo, nele pode ser observado os corpos mamilares e substâncias perfuradas anterior e posterior, é uma região rica em vasos que perfuram o tecido nervoso para poder irrigar a parte interna do cérebro, são os vasos perfurantes. Na parte posterior temos outras estruturas visíveis do mesencéfalo como os colículos superiores e inferiores, o colículo superior se comunica com o corpo geniculado lateral por meio do braço do colículo superior, essa região possui neurônios relacionados com a visão. Essa região está relacionada com a glândula pineal. O braço do colículo inferior comunica o colículo inferior ao corpo geniculado medial, esses neurônios correspondem à audição. Abaixo do colículo inferior surge o nervo troclear, único nervo craniano do tronco encefálico que nasce em vista posterior, seguindo depois entre o mesencéfalo e a ponte para a região anterior. Os corpos geniculados pertencem ao diencéfalo e está superior ao colículo superior. Quando fazemos um corte transversal no mesencéfalo podemos observar que a parte anterior do mesencéfalo é a responsável por apoiar o cérebro (por meio do pilar). A parte posterior possui um canal chamado de aqueduto mesencefálico/de Silvius por onde passa o líquido cérebro-espinal ou encéfalo-raquidiano. O aqueduto liga o III ventrículo com o IV ventrículo, cavidades que são preenchidas por liquor. A parte posterior do mesencéfalo contém o teto do mesencéfalo. Ainda no corte transversal, na parte anterior, podemos observar algumas manchas formadas por acúmulos de corpos de neurônios com uma função específicas no interior do SNC, essa região é chamada de núcleos, no mesencéfalo temos os núcleos chamados de substâncias negra e núcleo rubro, cuja função é fornecer a motricidade de movimentos ordenados (a degeneração desses neurônios, ou alguma outra lesão leva ao Mal de Parkinson). A substância negra divide o pedúnculo cerebral em tegmento, mais dorsal, e base, mais ventral. Correspondendo à substâncias negra na superfície, temos dois sulcos longitudinais, o sulco lateral do mesencéfalo e o sulco medial do pedúnculo cerebral. Do sulco medial emerge o nervo oculomotor. Ponte: é uma estrutura intermediária do tronco encefálico, entre o mesencéfalo e o bulbo, a ponte está relacionada posteriormente com o cerebelo, essa região que se relaciona é chamada de pedúnculo cerebelar (temos o superior, médio e inferior). No meio da ponte, anteriormente, há um sulco por onde passa a artéria basilar, o sulco recebe o nome de sulco da artéria basilar. A ponte também apresenta algumas linhas transversais que passam pelo pedúnculo cerebelar chamadas de estrias transversais da ponte que seguem em direção do cerebelo levando consigo os neurônios que fazem sinapse com o cerebelo, esses neurônios presentes tanto na ponte quanto no cerebelo são os responsáveis pelo planejamento motor (o quanto eu tenho que esticar o braço para pegar uma caneta). Entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio emerge o quinto par de nervo craniano, com uma raiz sensitiva, maior, e outra motora, menor. A ponte também esta relacionada com o osso occipital (caso ocorra uma fratura desse osso pode ocorrer comprometimento do planejamentomotor). A ponte termina inferiormente no sulco bulbo-pontíneo, inferiormente temos o bulbo. Neste sulco emergem o VI, VII e o VIII pares de nervo craniano, de medial para lateral Numa vista posterior da ponte podemos observar a fossa romboide formada por três porções que são superior, média e inferior que exercem funções diferentes. O IV ventrículo é formado nessa região da fossa quando o cerebelo está presente. Superior a fossa romboide temos uma estrutura de V invertido chamado de véu medular superior que é uma lâmina que contem o plexo corióide (epitélio ependimário mais pia-máter), a continuação do véu dá origem aos pedúnculos cerebelares, temos o pedúnculo cerebelar superior, médio e inferior. No meio da fossa romboide temos um sulco mediano, lateralmente ao sulco mediano temos duas elevações, uma de cada lado, chamadas de colículo facial, essa região contém os neurônios que vão formar o nervo facial (VII) e corresponde a área superior da ponte, esses colículos são contínuos superiormente com as eminências mediais, que são os neurônios que continuam para o cérebro. Mais lateralmente à eminência medial temos o sulco limitante e uma área em depressão locus ceruleus, que contém neurônios com diversas funções, entre elas a função de planejamento motor, motricidade geral, controle do tempo de vigília e sono (essa região está sendo pesquisada como o desencadeamento do Mal de Parkinson). Lateralmente à fossa romboide temos o recesso lateral onde está a área vestibular que contém neurônios responsáveis pelo equilíbrio e interpretação de sons, corresponde a porção média da ponte. Essa porção contém também estrias medulares são neurônios que vão comunicar a parte medial à lateral da fossa romboide. Por fim, na porção inferior da fossa temos quatro elevações, a superior é o trígono do nervo hipoglosso (XII) e a inferior é o trígono do nervo vago (X). Por fim, terminando a ponte na parte posterior temos uma lâmina que vai fechar a fossa romboide, é o véu medular inferior, nele temos uma diferenciação do epitélio que se chama plexo corióide. O liquor que circula por entre os ventrículos precisam sair dessas cavidades e chegar até as meninges no espaço subaracnoídeo, o liquor sai do IV ventrículo pela abertura mediana do IV ventrículo ou por duas aberturas acessórias que são as aberturas laterais do IV ventrículo, o liquor está constantemente sendo produzido, e portanto precisa ser escoado para fora dos ventrículos, uma má formação ou acidente que leve a uma obstrução desse forame acabaria por levar a uma hidrocefalia por acúmulo do liquor e aumento da pressão intracraniana. Bulbo: inicia-se superiormente pelo sulco bulbo-pontíneo e termina na altura do forame magno, em transição com a medula espinal. Na vista anterior podemos observar uma fissura mediana anterior, lateralmente a essa fissura em cada lado tem-se uma saliência chamada de pirâmides, nela se encontram os neurônios motores (eferentes). Esses neurônios, ao descer, vão chegar em uma região de intersecção/cruzamento das fibras nervosas chamada de decussação (lembrando que nem todos os neurônios cruzam, mas a maior parte de 70-90%). Lateralmente às pirâmides temos uma estrutura chamada de oliva, separada da pirâmide pelo sulco anterolateral, por onde nasce o nervo hipoglosso, a oliva está relacionada com a capacidade de aprendizagem mais relacionada com a parte motora (andar, correr, nadar, andar de bicicleta), utilizando a parte motora e do planejamento motor das estruturas relacionadas a essa função. Em vista posterior do bulbo podemos também observar outras saliências, mais lateralmente temos uma estrutura chamada de fascículo cuneiforme, mais medialmente a esse fascículo temos o fascículo grácil, separados pelo sulco intermédio posterior, e entre os fascículo grácil temos o sulco mediano posterior, que é a continuação do sulco mediano (da fossa romboide). Do sulco posterolateral nascem os IX, X e XI pares de nervos cranianos. Na parte mais superior do fascículo grácil temos uma saliência chamada de tubérculo grácil, e na parte superior do fascículo cuneiforme temos o tubérculo cuneiforme. A parte anterior do bulbo é principalmente motora, já a parte posterior é sensitiva (dor, temperatura, sensibilidade tátil). O fascículo grácil recebe a sensibilidade dos membros inferiores e da parte inferior do tronco, já o cuneiforme recebe da parte superior do tronco e dos membros superiores (a sensibilidade da cabeça são dados pelos nervos cranianos, por exemplo o V). No interior do bulbo temos corpos de neurônios que controlam os movimentos respiratórios chamado de centro respiratório dorsal e ventral, a parte dorsal controla a inspiração e a parte ventral controla tanto a expiração quanto a inspiração. Nervos cranianos Recebem esse nome pois recebem conexão com o encéfalo, sendo que a maior parte desses nervos se ligam ao tronco encefálico (III ao XII). O primeiro par de nervo craniano, o olfatório se liga ao telencéfalo, o segundo par de nervo craniano vai partir do diencéfalo. Diferente dos nervos espinais, os nervos cranianos podem ser somente aferentes, ou eferentes ou mistos. A descrição e numeração dos nervos cranianos é feita de cranial-caudal. Os nervos são em ordem: olfatório, óptico, oculomotor, troclear, trigêmeo (dividido em porção oftálmica, maxilar e porção mandibular), abducente, facial, vestíbulo-coclear, glossofaríngeo, vago, acessórios e hipoglosso. Conceitos: Fibras aferentes somáticas gerais: são aqueles neurônios que partem do sistema nervoso periférico para central, levando informação consciente (somática) se originam em exteroceptores (ao redor de toda a pele) e proprioceptores (ligamentos, tendões e músculos), conduzindo impulsos sobre dor, temperatura, pressão e tato. Fibras aferentes somáticas especiais: são os neurônios relacionados com algum sentido como a visão, audição e equilíbrio, se originam da retina e da orelha interna. Fibras aferentes viscerais gerais: são aqueles neurônios que partem do periférico para o central, mas que carrega informação não consciente, se originam em visceroceptores e conduzem informação sobre dor visceral Fibras aferentes viscerais especiais: se originam em receptores gustativos e olfatórios, levando a informação de gosto e cheiro. É considerado visceral por estarem localizados em sistemas viscerais do digestivo e do respiratório. Fibras eferentes viscerais gerais: se relacionam com a inervação dos músculos lisos, estriados cardíacos e glândulas, são movimentação não consciente e não autônoma. Fibra eferente visceral especial: inerva músculos estriados esqueléticos braquioméricos, ou seja, os músculos de origem embrionárias que se originaram diferentes dos miótomos derivados dos somitos (que vão originar o músculo estriado esquelético normal), esse músculos se originaram dos arcos branquioméricos. Fibra eferente somática: relacionadas com a inervação dos músculos estriados esqueléticos miotômicos. Totalmente voluntários e conscientes. Nervo craniano Origem aparente no encéfalo Origem aparente no crânio Tipo de nervo Função Classificação Olfatório - I Bulbo olfatório Lâmina crivosa Sensitivo Olfação Aferente visceral especial Óptico - II Quiasma óptico Canal óptico Sensitivo Visão Aferente somática especial Oculomotor - III Sulco medial do pedúnculo cerebral Fissura orbital superior Motor Movimentos dos olhos (mm. Elevador da pálpebra superior, reto superior, reto inferior, reto medial, oblíquo inferior, ciliar e esfíncter da pupila) Eferente somáticas; eferente visceral geral. Troclear - IV Véu medular superior Fissura orbital superior Motor Movimentos dos olhos (m. oblíquo superior) Eferente somática Trigêmeos - V Entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio Fissura orbital superior (oftálmico) Forame redondo (maxilar) Forame oval (mandíbula) Motor e sensitivo Sensibilidade somáticas geral da face, 2/3 anteriores da língua,da dura-máter, mucosa nasal, oral e seios paranasais. Movimento dos músculos da mastigação (ventre anterior do digástrico, milo-hióideo, pterigoídeo medial e lateral, temporal e masseter) Aferente somáticas geral; eferente visceral especial. Abducente - VI Sulco bulbo- pontíneo Fissura orbital superior Motor Movimento dos olhos (m. reto lateral). Eferentes somáticas. Facial - VII Sulco bulbo- pontíneo Forame estilomastoídeo Misto Inerva m. estilo-hioide e ventre posterior do digástrico. Inerva glândulas lacrimais, submandibular, sublingual. Percebe os estímulos gustativos dos 2/3 anteriores da língua. Face superior do palato mole e parte posterior das fossas nasais. Parte do pavilhão auditivo e meato acústico interno Eferente visceral especial; Eferente visceral geral; Aferente visceral especial; Aferente visceral geral; Aferente somática geral. Vestíbulo- coclear - VIII Sulco bulbo- pontíneo Meato acústico interno Sensitivo Equilíbrio (parte vestibular); Audição (parte coclear) Aferente somática especial. Glossofaríngeo - IX Sulco posterolateral do bulbo Forame jugular Misto Gustação do 1/3 posterior da língua. Inervação da língua (faringe, tonsilas, úvula, tuba auditiva, seio e corpo carotídeo); Inerva pavilhão auditivo e meato acústico externo; Inerva a glândula parótida; Inerva m. constritor superior da faringe e m. estilofaríngeo; Aferente visceral especial; Aferente visceral geral: Aferente somático gera; Eferente visceral geral; Eferente visceral especial. Vago - X Sulco posterolateral do bulbo Forame jugular Misto Gustação da epiglote; inerva parte da faringe, laringe, traqueia, esôfago e vísceras do tronco; Inerva parte do pavilhão auditivo e meato acústico externo; Inervação parassimpática das vísceras do tronco; Inerva m. da faringe e laringe. Aferente visceral especial; Aferente visceral geral: Aferente somático geral; Eferente visceral geral; Eferente visceral especial. Acessório - XI Sulco posterolateral do bulbo e da medula Forame jugular Misto Inerva m. da laringe e m. trapézio e esternocleidomastóide. Inerva vísceras torácicas Eferente visceral especial; Eferente visceral geral. Hipoglosso - XII Sulco anterolateral do bulbo Canal do hipoglosso Motor Movimento da língua (m. intrínsecos e extrínsecos). Eferente somática. Cerebelo Localizado sobre a fossa cerebelar do occipital e situado dorsalmente ao tronco encefálico, especificamente à ponte, se relacionando com esta por meio dos pedúnculos cerebelares médios, mas também está relacionado com o bulbo e medula pelos pedúnculos cerebelares inferiores, e com o mesencéfalo pelo pedúnculo cerebelares superiores, contribui para formação do IV ventrículo. É um órgão suprasegmentar, formado por dois hemisférios cerebelares (direito e esquerdo), entre eles tem uma estrutura chamada verme cerebelar. Função: relacionada com o equilíbrio e postura, controla o tônus muscular, equilíbrio, movimentos voluntários e permite a aprendizagem motora. No inferior do cerebelo há a substâncias branca, chamada de centro medular do cerebelo que se erradia para o córtex do cerebelo, chamado de lâmina branca do cerebelo. No interior do centro medular, encontramos os núcleos centrais do cerebelo formado pelos denteado, globoso, emboliforme e fastigial. O cerebelo contém em sua superfície diversos sulcos transversais que delimitam as folhas do cerebelo (entre os sulcos). Alguns dos sulcos são mais profundos e são denominados de fissuras do cerebelo, formando um agrupamento de folhas chamadas de lóbulos do cerebelo. Os lóbulos podem ainda ser agrupados em estruturas maiores, os lobos do cerebelo, delimitados por evidentes fissuras. O hemisférios cerebelar possui lóbulos correspondentes ao verme, juntos eles formam os seguintes lobos: o lobo anterior, formado pelos lóbulos quadrangular anterior (pertencente ao hemisfério), língula, lóbulos central e cúlmem, esses últimos três pertencentes ao verme. O lobo posterior é formado pelo lóbulo quadrangular posterior, lóbulos biventre, lóbulos semilunar superior e inferior, tonsilas, estes pertencentes ao hemisfério, o declive, folha, túber, pirâmides e úvula, são as partes do verme. O último lobo é o flóculo-nodular formado pelo nódulo do verme e o flóculo do hemisfério. Observamos nos hemisférios que o lobo anterior é separado do posterior pela fissura prima, o lóbulo quadrangular posterior e separado do semilunar superior pela fissura pós-clival, o lóbulo semilunar posterior é separado do lóbulo semilunar inferior pela fissura horizontal, o lóbulo biventre é separado do semilunar inferior pela fissura pós-piramidal. A fissura retro-tonsilar separa a tonsila do lóbulo biventre. A fissura posterolateral separa os flóculos da tonsila e do lóbulo biventre. Nos vermes, em corte sagital podemos observar a seguinte ordem de cranial para caudal: língula, fissura pré- central, lóbulo central, fissura pré-culminar, cúlmem, fissura prima, declive, fissura pós-clival, folha, fissura horizontal, túber, fissura pré-piramidal, pirâmide, fissura pós-piramidal, úvula, fissura posterolateral e nódulo. Diencéfalo É a porção central do cérebro, correspondente ao prosencéfalo, contém o III ventrículo, e é formado por quatro partes: tálamo, que contém o metatálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo. Logo acima dos colículos superiores do mesencéfalo tem-se o epitálamo, o sulco hipotalâmico delimita superiormente o tálamo, e logo abaixo o hipotálamo. O diencéfalo é toda a região localizada entre o mesencéfalo e o corpo caloso (comunica hemisfério direito é esquerdo). Entre os dois diencéfalo ocorre o espaço que permite a formação do terceiro ventrículo. Entre os dois tálamos há uma aderência intertalâmica. O forame interventricular permite que o liquor caia no III ventrículo e este siga para o IV ventrículo. A cápsula interna é uma estrutura formada por substância branca entre as substâncias cinzentas, sendo que uma delas é o próprio tálamo mais medialmente. O III ventrículo é limitado lateralmente pelo tálamo (sulco hipotalâmico e aderência intertalâmica), posteriormente pelo epitálamo, superiormente pelo corpo caloso junto do plexo corióide, tela corióide e estrias medulares do tálamo, inferiormente pelo hipotálamo junto do quiasma óptico, infundíbulo, túber cinéreo e corpos mamilares e anteriormente pela lâmina terminal. Há alguns recessos no III ventrículo: recesso óptico, recesso do infundíbulo, recesso infrapineal e recesso suprapineal. O tálamo é uma massa volumosa cinzenta presente dos dois lados, de forma ovóide, disposta uma de cada lado, contém algumas estruturas como a aderência intertalâmica, forame interventricular e sulco hipotalâmico. Suas extremidades e formada anteriormente pelo tubérculo anterior e a posterior é a pulvinar do tálamo (que se projeta sobre os corpos geniculados). O metatálamo é uma porção do tálamo e contém os corpos geniculados lateral (via óptica) e medial (via auditiva), está relacionado superiormente pela parte pulvinar do tálamo e lateralmente com os braços dos colículos do mesencéfalo.Entre a face superior do tálamo e o corpo caloso existe outra cavidade, os ventrículos laterais. O tálamo se relaciona com a sensibilidade, todas as vias aferentes passam pelo tálamo antes de chegar ao córtex, exceto os olfatórios, com a motricidade, com o comportamento emocional e ativação do córtex. O epitálamo é uma porção posterior que limita o III ventrículo, acima do sulco hipotalâmico, contém comissura posterior e comissura das habênulas no trígono das habênulas. Sua porção mais visível é a glândula pineal, superior ao colículo superior, glândulas endócrina relacionada com a secreção de melatonina, estimulada pela falta de luz. Tem função antigonadotrópica (ação inibidora sobre as gônadas),sincroniza os ritmos cardíacos (durante sono e vigília), regulação da glicemia, regulação da apoptose, ação antioxidante, regulação do sistema imune. O subtálamo compreende a zono dê transição entre o diencéfalo e o tegmento do mesencéfalo, se localiza abaixo do tálamo, limitado lateralmente pela cápsula interna e medialmente pelo hipotálamo. Seu elemento mais evidente é o núcleo subtalâmico. O hipotálamo esta situada abaixo do sulco hipotalâmico, contém corpos mamilares, quiasma óptico, túber cinério, infundíbulo, glândula hipófise, sistema portal hipotalâmico-hipofisário e núcleo hipotalâmicos. É o centro integrador das atividades dos órgãos viscerais (Sistema Nervoso Autônomo), controla a temperatura corporal, regula o balanço de água no corpo, regula o apetite, regula o sono e vigília, regula a diurese, relacionado com o emocional e sexual, regula glândulas endócrinas (hipófise). Telencéfalo Formado por dois hemisférios, divididos por uma fissura longitudinal do cérebro, mas que são conectados pelo corpo caloso. Cada um dos hemisférios possuem uma cavidade, o ventrículo lateral, que se comunicam com o III ventrículo. Cada hemisfério é dividido por três pólos, o frontal, occipital e temporal, e por três faces, a supero- lateral, medial e inferior, mas formada funcionalmente por 5 lobos, o frontal, parietal, occipital, temporal e insular. As divisões do telencéfalo é feito por sulcos que também servem como referência: os dois mais importantes são o sulco central, um sulco profundo que separa os lobos frontal do parietal, e o sulco lateral que delimita o lobo temporal do frontal. Anteriormente ao sulco central temos o sulco pré-central, entre eles temos o giro pré-central (área somato- motora, permite a motricidade voluntária), posteriormente ao sulco central temos o sulco pós-central, entre eles temos o giro pós-central (somato-sensorial, permite a sensibilidade). Inferiormente ao sulco lateral temos o sulco temporal superior e inferior a ele o sulco temporal inferior. Entre o sulco lateral e o sulco temporal superior temos o giro temporal superior, entre o sulco temporal superior e inferior temos o giro temporal médio, abaixo do sulco temporal inferior temos o giro temporal médio. O sulco lateral possui ramos anterior, ascendente e posterior, que divide o giro frontal inferior em porção opercular, triangular e orbital Posteriormente e perpendicularmente ao sulco lateral temos o sulco intraparietal, que divide o lobo e, lóbulo parietal superior e inferior, superiormente a ele temos o sulco parietal superior e inferiormente temos o sulco parietal inferior Lobo frontal: na face supero-lateral observamos que possui os sulcos pré-central, frontal superior e inferior. Entre o sulco pré-central e central temos o giro pré-frontal, acima do sulco frontal superior temos o giro frontal superior, entre os sulcos frontal superior e inferior temos o giro frontal médio, abaixo do sulco frontal inferior temos o giro frontal inferior (também chamado de giro da Broca, está relacionado com a linguagem). O giro frontal inferior é dividido pelos ramos do sulco lateral (anterior, ascendente e posterior) em parte orbital, triangular e opercular. Na face medial podemos observar o sulco do corpo caloso (contínuo no lobo temporal com o sulco do hipocampo) e o sulco do cíngulo, entre eles temos o giro do cíngulo, um ramo do sulco do cíngulo é o sulco paracentral. Na face inferior podemos observar o sulco olfatório e medialmente a eles temos o giro reto e lateralmente temos os sulcos e giros orbitários. Lobo temporal: na face supero-lateral apresenta dois sulcos o sulco temporal superior e inferior, entre o sulco lateral e o temporal superior temos o giro temporal superior, entre os sulcos temporal superior e inferior temos o giro temporal médio, abaixo do sulco temporal inferior e limitado pelo sulco occípito-temporal. Na face inferior observamos três sulcos: o sulco occípito-temporal, colateral e do hipocampo. O giro temporal inferior, limitado pelo occípito-temporal e temporal inferior, pertence a face inferior, o giro occípito-temporal lateral está limitado pelo sulco colateral e occípito-temporal. O sulco colateral limita o giro occípito-temporal medial com o sulco calcaríno e o giro para-hipocampal com o sulco do hipocampo. O giro para-hipocampal se curva sobre o sulco do hipocampo para formar o giro uncinado, anteriormente, e se liga, posteriormente com o giro do cíngulo por meio do istmo do giro do cíngulo. Lobo parietal: na face supero-lateral apresenta dois sulcos principais o pós-central e o sulco intraparietal. Entre o sulco central e pós-central temos o giro pós-central, o sulco intraparietal separa o lóbulo parietal superior do inferior. No lóbulo parietal inferior há outros dois giros, o supramarginal e o angular. Sua face medial corresponde à mesma da frontal. Lobo occipital: Na face supero-lateral apresenta sulcos e giros muito irregulares, na face medial apresenta o sulco calcarino e o parietoccipital que separa o lobo parietal do occipital. Entre esses dois sulcos temos o cúneo. Lobo da ínsula: ao se afastar o sulco lateral podemos observar onde se situa a ínsula, podemos ver ainda os giros curtos e longos da ínsula. Em face medial podemos observar o corpo caloso, a maior comissura entre os hemisférios, se inicia acima da comissura anterior como o rostro do corpo caloso, continua então se fletindo posteriormente no joelho, então segue o corpo e por fim em uma porção dilatada, o esplênio. Abaixo do esplênio está um feixe de fibras, o fórnice, que constitui por duas metades unidas no meio no corpo do fórnice, as extremidades anteriores constituem o pilar do fórnice, terminando posteriormente nas pernas do fórnice, penetrando no hipocampo. O septo pelúcido separa os dois ventrículos laterais e unem o corpo caloso ao fórnice. Os ventrículos laterais são cavidades localizadas abaixo do corpo caloso e que apresenta três projeções, os cornos anterior, posterior e inferior. O corno anterior está anterior ao forame interventricular e seus limites mediais correspondem ao septo pelúcido, o seu teto e assoalho é o corpo caloso, seu limite lateral é formado pela cabeça do núcleo caudado. A parte central do ventrículo lateral tem sua parede medial, também o septo pelúcido e seu teto o corpo caloso, o assoalho é formado pelo fórnice, tálamo e núcleo caudado e lentiforme. O corno posterior é quase totalmente revestido pelo corpo caloso. O corno inferior possuo um assoalho formado pelo sulco colateral e o hipocampo que se liga às pernas do fórnice por meio das fímbrias, o teto é formado por substância branca e a margem medial pela cauda do núcleo caudado. Meninges e circulação liquórica Meninges: são membranas conjuntivas que envolvem o SNC, classificadas em três tipos: a dura-máter possui pregas e cavidades, a aracnóide-máter com suas trabéculas (em direção à pia-máter) e granulações aracnóideas e a pia-máter mais interna e fina está aderida ao córtex, acompanhando os giros e sulcos. No crânio não existe o espaço epidural, mas existe o espaço subaracnoídeo, é nele em que circula o liquor, e é o folheto externo quem desce pela canal vertebral. - Dura-máter: é altamente vascularizada (traumas de crânio podem facilmente causar o rompimento de uma artéria), forma algumas projeções para formar pregas (algumas possuem relações com nervos cranianos), formada por dois folhetos, um interno e externo (diferente da dura-máter da medula espinal que é folheto único, a parte interna é contínua com ela). A dura-máter forma cavidades chamadas de seios venosos (revestidos pelos dois folhetos), pois recebe o sangue vindo das veias cerebrais e da veia bulbo-ocular, outras cavidade acabam por alojar o nervo craniano V (cavo trigeminal). O encéfalo não possui terminações nervosas sensitivas, portanto a maior parte das dores de cabeça provémdos nervos sensitivos da dura-máter. A artéria meníngea média vai ser a principal fonte de vascularização da dura-máter. As proteções em pregas são o tentório/tenda do cerebelo que separa o cerebelo do lobo occipital dividindo em compartimentos supratentorial e infratentorial além de que separa a fossa posterior da fossa média do crânio, sua margem medial se relaciona com o mesencéfalo e nervos oculomotor e troclear, chamada de incisura da tenda, a tenda do cerebelo ainda está relacionada com alguns seios venosos da dura-máter, o reto, confluência do reto, transverso dos seios, transverso e petroso superior. A foice do cérebro, que separa os dois hemisférios do cérebro na fissura longitudinal, mantém relação também com seios, como o sagital superior e inferior e confluência dos seios. A foice do cerebelo que também separa os hemisférios cerebelares e se relaciona com os seios occipital e confluência dos seios. A último prega é o diafragma da sela, que vai prender a hipófise na sela turca na fossa hipofisária deixando apenas um óstio que permite a haste da hipófise para se comunicar com o cérebro. Seios venosos da dura-máter: são cavidades formadas entre os folhetos da dura-máter que se comunicam com a superfície do crânio através das veias emissárias (veias que comunicam a superfície externa do crânio com a interna) e com as veias jugulares internas, drenam as veias cerebrais e bulbo ocular. São dois tipos, um são os seios da calota e o outro da base do crânio. Há uma relação entre o escalpo e a sistema nervoso central por meio das veias superficiais que seguem até os seios. Os seios da calota: O seio sagital superior está presente na inserção da foice do cérebro no osso, terminando na confluência dos seios. Já o seio sagital inferior está na margem livre da foice e termina no seio reto. O seio reto está na união da foice do cérebro com a tenda do cerebelo, recebe a veia magna e termina na confluência dos seios. O seio transverso está na inserção da tenda do cerebelo no osso occipital e termina no seio sigmoide. O seio sigmoide desemboca na veia jugular interna no forame jugular do crânio. O seio occipital está na inserção da foice do cerebelo. Os seios da base: Os seios cavernosos estão localizados ao lado da hipófise e sela turca e recebe a veia oftálmica superior e central da retina. É atravessado pela artéria carótida interna, nervo abducente, troclear, oculomotor e o ramo oftálmico do trigêmeo. Se comunica com os seios petrosos (superior e inferior) e com o cavernoso do lado oposto através do seio intercavernoso. Atravessado pela artéria carótida interna e pelos nervos cranianos III, IV, V1, V2 e VI. O seio esfenoparietal está na asa do osso esfenoide e desemboca no seio cavernoso. O seio petroso superior está na parte petrosa osso temporal e drena sangue do seio cavernoso para o seio sigmoide. O seio petroso inferior comunica o plexo basilar com o seio sigmoide, cavernoso e intercavernoso, podendo ir até a veia jugular. O plexo basilar está na parte basilar do osso occipital e se comunica com o seio cavernoso, petroso superior, transverso, sigmoide e plexo vertebral. A superfície externa do rosto se comunica por meio das veias faciais até a veia oftálmica, até o seio cavernoso formado pela meninge. A carótida interna caso sofra algum problema como um aneurisma comprime o seio e impede que o sangue vindo das veias oftálmicas sigam seu caminho e leva a protrusão do olho. - Aracnóide-máter: membrana muito delicada, é a camada média das meninges, o espaço subaracnoídeo é o que contém o liquor, contém granulações aracnóides são tufos que penetram no interior dos seios venosos da dura- máter e é responsável por reabsorver o líquor, as trabéculas aracnóides se ligam à pia-máter, forma algumas cisternas (dilatações) subaracnóides e contém o espaço perivascular. As cisternas: A cisterna cerebelo-bulbar (magna) está entre o cerebelo e o bulbo e liga-se ao IV ventrículo pela abertura mediana. É utilizada para a obtenção de líquor nas punções suboccipitais( lembrando que também há a punção lombar realizada entre L3-L5, por não haver mais medula espinal abaixo de L2). A cisterna superior (colicular/quadrigeminal) está na parte região do tecto do mesencéfalo, entre o cerebelo e o esplênio do corpo caloso. A cisterna pontina (pré-pontina) está anterior à ponte. A cisterna interpeduncular (basal) estão entre os pedúnculos cerebrais. A cisterna quiasmática aloja o quiasma óptico. A cisterna da fossa lateral do cérebro está no sulco lateral do cérebro. Pia-máter: é a mais interna, está aderida ao encéfalo e medula espinhal, dá resistência aos tecidos nervosos e forma os espaços perivasculares, junto com as células ependimárias e uma rica vascularização forma o plexo corióide para produzir o liquor. Liquor: Produzidos em maior parte pelos ventrículos laterais por meio do plexo corióide, seguem para o terceiro ventrículo pelos forames interventriculares, chegando ao quarto ventrículo pelo aqueduto do mesencéfalo, do quarto ventrículo ele passa para o espaço subaracnoídeo pelas aberturas laterais e mediana, seguindo para cima até o seio sagital superior para ser reabsorvido pelas granulações aracnóideas. A circulação do liquor depende da pulsação das artérias e da diferença de pressão entre a sua produção e reabsorção. Vascularização do encéfalo O aporte sanguíneo para o cérebro possui duas origens, as artérias vertebrais e carótidas internas. As artérias vertebrais, direita e esquerda, são ramos das subclávias correspondentes e ascendem para a cabeça através dos forames transversos das vértebras cervicais. Na altura do sulco bulbo-pontino elas se fundem para forma a artéria basilar. As artérias vertebrais ainda emite os ramos para formar as artérias espinais posteriores e anterior para vascularizar a medula e a cerebelar inferior posterior. A artéria basilar vai terminar se bifurcando nas artérias cerebrais posteriores, além de emitir os ramos para as artérias cerebelares superiores, cerebelar inferior anterior, artéria do labirinto e os ramos pontinos. A artéria carótida interna é um ramo da bifurcação da carótida comum que ascende na cabeça penetrando no seio cavernoso descrevendo um S, o sifão carotídeo, ela termina se bifurcando em artéria cerebral anterior e média, além desses vasos, a carótida interna ainda vai emitir o ramo para artéria oftálmica, artéria comunicante posterior (anastomosando com as cerebrais posteriores) e a corióidea anterior (irriga os plexos corióides, parte da cápsula interna, núcleos da base e diencéfalo). O polígono de Willis ou circulo arterial do cérebro é uma anastomose formada pelos ramos proximais das artérias cerebrais anterior, média e posterior, além das artérias comunicantes posteriores e anteriores. A artéria comunicante anterior anastomosa as artérias cerebrais anteriores. As artérias cerebrais anteriores se distribui ao longo da face medial do telencéfalo até a região mais alta da face supero-lateral onde divide o território de irrigação com a cerebral média. A obstrução da cerebral anterior pode causar paralisia, diminuição de sensibilidade do membro inferior do lado oposto. As artérias cerebrais médias percorrem os sulcos laterais ao longo de toda a sua extensão e emitindo ramos para vascularizar a maior parte da face supero-lateral de cada hemisfério, regiões responsáveis pela fala, centro motor geral do corpo e outros. As artérias cerebrais posteriores percorrem a face inferior do lobo temporal até o lobo occipital, irrigando a parte que permite a visão. Sistema nervoso autônomo O sistema nervoso pode ser dividido em visceral ou somático, cada um deles são divididos em vias aferentes ou eferentes, o sistema nervoso visceral eferente é o sistema nervoso autônomo, que por sua vez, pode ser dividido em parassimpático ou simpático. O sistema nervoso autônomosegue um caminho diferente do somáticos, no somático temos um corpo neuronal presente no córtex do encéfalo que possui seu axônio que vai até medula espinhal (corno anterior), fazendo sinapse com outro neurônio que sai da medula espinhal em radículas, depois raiz e então formando um nervo para inervar a parte motora do músculo estriado esquelético. O caminho do SNA consiste em um corpo neuronal presente no diencéfalo (normalmente no hipotálamo) seguindo até a medula espinhal (ou nervos cranianos) e fazendo sinapse com outro neurônio (pré-ganglionar), esse outro neurônio vai partir com seu axônio até um gânglio e faz sinapse com outro neurônio (pós-ganglionar) que vai estabelecer sinapse com uma víscera. O conjunto desses neurônios se chama fibra, havendo uma fibra pré-ganglionar e outro pós-ganglionar. Os neurônios pré-ganglionar que partem do seguimento torácico ou lombar (T1-L2) pertencem à via simpática, se o neurônios pré-ganglionar partir do diencéfalo/tronco encefálico ou região sacral (S2-S4) ele vai ser parassimpático. O neurônio pré-ganglionar simpático (portanto partindo do segmento tóraco-lombar) estará localizado na coluna lateral da medula espinhal, enquanto os neurônios pós-ganglionares do sistema simpático estarão próximos da medula espinhal (para-vertebrais ou pré-vertebrais) e portanto distante da víscera. Portanto a fibra pós ganglionar é longa e a pré-ganglionar é curta. No caso de uma fibra pré-ganglionar parassimpática estará localizado no corno anterior (no caso da região sacral) podendo também partir da região do tronco encefálico e vai fazer conexão com a fibra pós-ganglionar próximo da víscera. Portanto a fibra pré-ganglionar será longa enquanto a pós-ganglionar é curta. O tronco simpático é formado por gânglios ao redor de toda a coluna vertebral em posição para-vertebral, estão presentes além da região tóraco-lombar, havendo gânglios simpáticos na região cervical, ou na região sacral que vão inervar os sistemas dependentes da informação simpática, como glândulas na cabeça ou nos braços. Mas para que isso ocorra é necessário que os gânglios além da região tóraco-lombar precisam receber comunicação dos outros gânglios por meio dos ramo interganglionares. Relembrando que os gânglios cervicais são 3 e recebem os nomes de cervical superior, médio e inferior, sendo que o último gânglios cervical e o primeiro torácico, normalmente, estão fundidos no gânglio estrelado; o último gânglio do tronco simpático é o gânglios ímpar. A região torácica possui de 10 a 12 gânglios, a região lombar de 3 a 5 e a sacral apenas um. Os nervos espinhais são unido ao tronco simpático or meio dos ramos comunicantes, que são dois tipos, o ramo comunicante branco vai estar localizado mais lateral ao gânglio simpático, fazendo comunicação entre o nervo espinal e o gânglios simpático, formado portanto por fibras pré-ganglionares, mais medialmente temos o ramo comunicante cinzento, formado por fibras pós-ganglionares. O neurônio pré-ganglionar, localizado na coluna lateral, e portanto simpático, vai seguir as radículas, raízes e então adentrar no nervo espinal na parte ventral, passando pelo ramo comunicante branco para se comunicar com o neurônio pós-ganglionar, num gânglio para ou pré-vertebral, o neurônio pós-ganglionar pode estar localizado em três alturas. O primeiro tipo de caminho seguido pela fibra pré-ganglionar é quando gânglio possui sua localização na mesma altura do nervo espinal. A fibra pré-ganglionar para realizar sinapse localizado no gânglio para-vertebral de mesma altura, vai adentrar este gânglio por meio do ramo comunicante branco, fazer a sinapse no neurônio pós- ganglionar, que lança sua fibra pelo ramo comunicante cinzento, retornando ao nervo espinal. Outra fibra pré-ganglionar vai sair da coluna lateral, seguindo as radículas, raízes e então formando o nervo espinal, passando pelo ramo comunicante branco até o gânglios para-vertebral, mas não realiza sinapse nessa altura do gânglio, ele pode seguir para gânglios inferiores ou superiores fazendo só então uma sinapse no neurônio pós-ganglionar, este volta para o nervo espinal pelo ramo comunicante cinzento. Outra fibra pré-ganglionar pode sair pelo mesmo caminho, passando pelo ramo comunicante branco, passando pelo gânglio para-vertebral mas não realizando sinapse, ele sai do gânglio em fibras chamadas de nervos esplâncnicos para se comunicar com o gânglio pré-vertebral fazendo sinapse só então com os neurônios pós- ganglionares presentes nesse gânglio. Os nervos esplâncnicos torácicos são três, o maior, menor e o imo, eles são originados em T5 e descendem atravessando o diafragma até um gânglio pré-vertebral em nível dos ramos da aorta. São eles: dois gânglios celíaco, dois aórtico-renais, um mesentérico superior e outro inferior. Como explicado anteriormente, os nervos esplâncnicos aparentam se originar dos gânglios para-vertebrais mas são formados por fibras pré-ganglionares. O neurônio pós-ganglionar pode seguir até uma glândula, músculo liso ou cardíaco por meio de três caminhos diferentes. No primeiro caminho o nervo pós-ganglionar segue pelo nervo espinal seguinte o mesmo trajeto dele para inervar a área de inervação correspondente deste nervo, inervando uma glândula cutânea ou algum músculo eretor de pelo. O segundo caminho a fibra pós-ganglionar segue por meio de um nervo independente até a víscera. O último caminho possível temo uma fibra pós ganglionar que segue às artérias, acompanhando seus territórios de vascularização, são os neurônios pós-ganglionares situados em gânglio pré-vertebrais que realizam esse tipo. Então vamos pensar como ocorre a inervação sináptica do coração: fibras pre-ganglionares saem do corno lateral passando pelo nervo espinal, passando pelo ramo comunicante branco, podendo se manter no mesmo nível ou ascender pelos ramos interganglionares para realizar sinapse com o pós-ganglionares que vão emitir suas fibras até o coração. Pesquisar: como se dá a inervação simpática da glândula suprarrenal? A inervação da medula da suprarrenal se dá por meio das fibras pré-ganglionares que seguem os esplâncnicos até o gânglio celíaco mas que não realiza sinapse com o neurônio pós-ganglionar, continuando até a medula para estimular a liberação de adrenalina e noradrenalina. A inervação simpática da pupila também é de extrema importância clínica. As fibras pré-ganglionares originadas nos cornos laterais entre T1 e T2 adentram no nervo espinal, seguindo ao tronco simpático pelo ramo comunicante branco e sobrem até o gânglio cervical superior, realizando uma sinapse, o nervo pós-ganglionar continua seu trajeto ascendente acompanho a artéria carótida interna, quando esta artéria atravessa o seio cavernoso os neurônios se destacam dela e seguem pelo gânglio ciliar (parassimpático), sem fazer sinapse, adentra os nervos ciliares curtos e formam um plexo dilatador da pupila. Em caso de algum tumor ou aneurismas que comprima esse nervo na região cervical ou torácica, a pupila ficará contraída, por conta de que ela vai estar recebendo inervação somente parassimpática, esta característica é um indício da Síndrome de Horner que também vai apresentar ptose palpebral e vasodilatação cutânea e deficiência de sudorese. A via parassimpática cranial é formado por núcleos de neurônios pré-ganglionares no tronco encefálico, gânglios e fibras nervosas. As fibras pré-ganglionares atingem os gânglios por meio de alguns nervos cranianos (III, VII, IX e X). São quatro os gânglios que vão receber as fibras parassimpáticas: O gânglio ciliar está dentro da cavidade orbitária, lateral ao nervo óptico e recebendo as fibras pré-ganglionares vindas do III nervo craniano, enviando fibras pós-ganglionares por meio dos nervos ciliares curtos, que ganham o bulbo ocular para inervar os músculos ciliares e esfíncter da pupila. O gânglio pterigopalatina o está na fossa pterigopalatina e recebe o ramo maxilar do trigêmeo e as fibras pré-ganglionares do VII par, enviando-nas para as glândulas lacrimais. O gânglio óptico está junto ao ramo mandibular do trigêmeo, abaixo do forame oval. Recebe fibras pré- ganglionares do IX par e manda as fibras pós-ganglionares para a parótida, por meio do nervo auriculotemporal. O gânglio submandibular está junto ao nervo lingual, recebe fibras pré-ganglionares do VII par e manda fibras pós-ganglionares para as glândulas sublinguais e submandibular. No tórax e abdômen ainda há alguns gânglios parassimpáticos que recebem sua informação através do vago para inervar algumas vísceras. A via parassimpática sacral é formada pelos segmentos S2-S4 por onde saem as fibras pré-ganglionares, os principais nervos são os esplâncnicos pélvicos que permitem as fibras pré-ganglionares atingirem os gânglios próximos das vísceras pélvicas realizando a sinapse, permitindo que as fibras pós-ganglionares atinjam diretamente as vísceras. Os plexos viscerais formados não são puramente formados por fibras apenas simpáticas ou parassimpáticas. São três os plexos da cavidade torácica, formados pelas fibras parassimpáticas vindas do vago e dos três gânglios cervicais e seis primeiros torácicos, os plexos são o cardíaco, o pulmonar e o esofágico. O coração recebe sua inervação através dos três nervos cardíacos cervicais do simpático e os dois nervos cardíacos cervicais do vago, além de outros nervos. Esses nervos seguem para a base do coração se ramificando e formando amplas anastomoses Na cavidade abdominal temos os plexos celíacos, entéricos e os da cavidade pélvica. O plexo celíaco se situa na altura do tronco celíaco, anterior aos pilares do diafragma e adiante da aorta abdominal, formados pelos gânglios simpáticos, celíacos, mesentérico superior e aórtico-renais. Os nervos que contribuem para o plexo celíaco são o esplâncnico maior e menor, o tronco vagal anterior e posterior. O plexo entérico se localizam no interior do trato gastrointestinal, formados por dois outros plexos, o mioentérico (de Auerbach) e o submucoso (de Meissner). Comandam a contração ou relaxamento da musculatura lisa local para que ocorra os movimentos peristálticos. Os plexos da cavidade pélvica são formados pelo plexo hipogástrico (superior e inferior). O superior se situa adiante do promontório, entre as artérias ilíacas direita e esquerda, para formação desse plexo, os nervos vindos do plexo pré-aórtico-abdominal, nervos esplâncnicos pélvicos e nervos dos gânglios lombares e sacrais. A inervação da bexiga tem importância clínica e ocorre da seguinte maneira: as fibras aferentes viscerais ganham a medula por meio do sistema simpático ou parassimpático, no primeiro caso, sobem pelos nervos hipogástricos e plexo hipogástrico superior (até T10-L2), as fibras que acompanham pelo parassimpático seguem por meio dos esplâncnicos pélvicos (até S2-S4). As fibras aferentes viscerais manifestam a informação de plenitude vesical, as aferentes que chegam na região sacral determinam o arco reflexo da micção, e a resposta eferente é conduzida pela via parassimpática (esse reflexo existe somente em crianças). Cabeça A cabeça é formada por subáreas que facilitam a identificação e localização das estruturas ou problema de um dado paciente. Estão relacionadas com os nomes dos ossos ou estruturas anatômicas. Por exemplo: região frontal, região orbital, região parietal, região temporal, região zigomática, região oral e por ai vai. Crânio: dividido em duas regiões que são divididas por um plano que passa pela margem superior da órbita, acima do arco zigomático, acima do meato acústico externo e acima da protuberância occipital externa. A área superior a este plano é o neurocrânio (enfoque na área de neurocirurgia), abaixo deste plano temos o víscero- crânio onde são encontradas as vísceras faciais (olhos, língua, cavidade nasal e a faringe). Face: é delimitada por uma linha anterior ao pavilhão externo da orelha, acompanha a borda posterior do ramo da mandíbula, inferiormente passa uma outra linha que acompanha a margem inferior do corpo da mandíbula, uma linha superiormente passa pela margem superior da órbita, uma outra linha passa anteriormente ao ápice do nariz externo. A face é subdividida em áreas: região parotídea, região massetérica, região jugal/da bochecha, região orbitária, região bucal, região nasal. Região parotídea-massetérica: na borda anterior desta região estão passando os vasos faciais (artéria facial e veia facial), relacionados com a irrigação e drenagem venosa das estruturas da face. A artéria facial possui uma alta pressão por estar relacionada próxima do coração, ao passar sobre a mandíbula é possível sentir sua pulsação. Posterior a esses vasos temos a glândula salivar parótida, de formato piramidal, com ápice voltada para inferior e base para superior. Inervada pelo sistema nervoso autônomo, possuindo fibras parassimpáticas e simpáticas, formada por dois lóbulos, um mais medial e outro mais lateral. O nervo facial, é um nervo misto (sensitiva e motor) que passa por entre os lóbulos da parótida se dividindo em dois troncos, um superior e outro inferior, que se ramificam em ramos temporais, zigomáticos, bucais, marginal da mandíbula e cervical, tem como principal função, apesar de também ser sensitivo, a mímica da face. A veia retro-mandibular passa pela parte posterior da parótida passando profundo à face formando um plexo. A parte sensitiva da face é dada principalmente pelo nervo trigêmeo, que apesar de também ser misto, está mais relacionado com a sensibilidade da face, correspondente pela propriocepção. Formado por três ramos, oftálmico, mandibular, maxilar. A parte mandibular corresponde com a motricidade. Região super ciliar: Região da calota/calvária craniana pertencente ao neurocrânio, essa região se limita pela borda superior da órbita até o arco super-ciliar, esse arco ocorre devido à impressão da musculatura frontal e orbicular do olho. Nessa área se localiza o seio frontal (seio paranasal), podendo ser examinado por um feixe de luz que ilumina a cavidade, permitindo que seja observado se o seio está de alguma forma congestionado. Este seio abrange desde o osso frontal, ao etmoidal. Conforme a idade os seios crescem, de forma muito lenta, até mais dos 60 anos, por conta de seu baixo desenvolvimento em recém-nascido, dificilmente haverá uma infecção dessa cavidade. Uma veia mais medial, chamada de veia supratroclear, e outra mais mediano, veia supraorbitária, vão drenar da parte externa para parte mais interna da cabeça, passando pelas veias oftálmicas superiores, chegando até a base do crânio no seio venoso cavernoso, localizado no osso esfenoide, abaixo da sela turca, onde fica localizada a hipófise. O seio cavernoso se comunica com o plexo venoso pterigóideo, relacionado com as meninges. No caso de uma infecção bacteriana nessa região, como uma acne, é possível que ela avance para o interior do crânio, evoluindo para uma meningite. Ao se retirar a calota craniano, em vista superior, podemos observar a base do crânio, que é dividida em três fossas, a primeira, anterior à asa do esfenoide e posterior ao osso frontal temos a fossa anterior do crânio, onde se apoia o lobo frontal do cérebro, nervos olfatório e óptico. Da asa do esfenoide até a crista superior da porção petrosa do osso temporal se localiza a fossa média do crânio, onde se apresentam os forames do crânio por onde passam os nervos e vasos. Posterior à crista superior da porção petrosa do osso temporal e anterior à escama do osso occipital temos a fossa posterior do crânio (ou cerebelar), onde se localiza o cerebelo, o lobo occipital e o início da medula espinal. Ainda no neurocrânio, podemos observar o escalpo, na calota craniana. A estratificação dessa região é a seguinte: pele, que contém inúmeros folículos pilosos. Abaixo dessa camada temos a tela subcutânea, com pouca gordura mas muitas fibras colágenas, então quando ocorreuma lesão de couro cabeludo, as artérias se afastam, sendo uma região de difícil estancamento do sangue, sendo necessário cauterizar os vasos. Passando pela tela subcutânea chegamos à fáscia muscular, abaixo dessa fáscia temos a lâmina óssea da calota craniana, formada por duas lâminas (externa e interna) que estão separadas por uma outra lâmina, a díploe. Essa região é formada pelos músculos occípito-frontal, ligados entre si por um ventre, a aponeurose epicraniana/Gálea aponeurótica. Os vasos do couro cabeludo superficiais que estão nessa região recebem o nome do osso próximo a elas, vasos occipitais, frontais, temporais. A tendência desses vasos é seguir para a parte interna do crânio, quando elas realizam esse percurso, passam a ser chamadas de vasos emissárias (externas e internas), quando passam pela parte esponjosa do osso são chamados de vasos diplóicos, esses vasos adentram a cavidade craniana até os seios cranianos. Novamente, uma infecção de couro cabeludo tem a possibilidade de entrar no encéfalo e atingir as meninges. Escalpo, crânio e face Processo mastóideo: A região do processo mastóideo é delimitada por uma linha superior que passa horizontalmente sobre a crista supramastóidea (variável), inferiormente o processo mastoídeo termina no ápice do processo mastóideo. O processo está relacionado com o músculo esternocleidomastóideo, digástrico e o esplênio da cabeça. Interno ao processo temos a fossa cerebelar, com o cerebelo e o seio sigmóideo. A fossa cerebelar se comunica com a orelha média e o processo mastóideo através do antro mastóideo também se comunica com a orelha média (uma otite pode alcançar o processo mastóideo e causar uma mastoidite óssea, que é uma inflamação dos seios do processo mastóideo). Nessa região temos também as células aéreas (seios) que tornam essa parte óssea mais leve, quando ocorre uma fratura nessa região, pode ser formados fragmentos ósseos, epitélio/mucosa, ou até mesmo ar, que podem entrar no seio sigmoide, causando um trombo no sangue venoso, além disso, os fragmentos podem continuar pelos vasos, passando pela jugular interna até o coração, causando um infarto, essas células também permitem a formatação de uma caixa acústica (o implante coclear é normalmente feito nessa área, aumentando a vibração do som). Fossa temporal: a fossa temporal é delimitada por uma linha da parte superior do osso temporal que acompanha a crista temporal superior, o ponto de inserção do músculo temporal (elevação e retrusão da mandíbula), pode haver uma outra linha superior a essa crista, a linha temporal suprema, que serve como ponto de fixação quando o músculo temporal for do tipo bíceps. Inferiormente passa uma outra linha que acompanha o arco zigomático, atrás dessa arco, mais medial, há uma região chamada de infra temporal. Nessa região da fossa, podemos encontrar o couro cabeludo/pele, uma tela subcutânea com pouca camada de gordura e rica em fibras colágeno, abaixo dessa tela temos a fáscia muscular e o músculo temporal, esse músculo possui uma fixação óssea superior na crista temporal superior e inferior no processo coronoide da mandíbula. A movimentação desse músculo permite a elevação e a retrui. Sobre a tela subcutânea existem alguns músculos que estão sofrendo involução, chamados de músculo auricular anterior e posterior. Ainda sobre a tela subcutânea podem ser encontrados alguns vasos e nervos, a artéria e veia temporais superficiais e o nervo auriculo-temporal, (ramo do mandibular do trigêmeo, nervo sensitivo para inervar toda a região do pavilhão da orelha externa, parte da pele anterior à orelha e parte da pele da região do couro cabeludo na área temporal), esse nervo também carrega informação do sistema nervoso autônomo (para a glândula parótida). Nessa região temos um encontro da asa maior do osso esfenoide, escama do osso temporal, osso parietal e osso frontal, o encontro desses ossos forma uma região articular do tipo sutura chamada de ptério, por ser uma articulação, essa região é uma área frágil, susceptível à fraturas. Por essa região passa um ramo da artéria maxilar que recebe o nome de artéria meníngea média (principal fonte de irrigação das meníngeas, porção lateral e superior da meninges, os três folhetos). Trauma nessa região pode romper a artéria meníngea média, deixando as meninges sem irrigação, pode ocorrer a formação de hemorragias subdural, comprimindo o lobo temporal. Fossa infra-temporal: região mais profunda ao arco zigomático, possui relação com a maxila e o esfenoide, a união entre esses ossos forma uma fissura chamada de fissura pterigo-maxilar, interior a essa fissura temos a fossa pterigopalatina/esfenopalatina. Sobre a fissura e fossa passa a artéria maxilar, essa artéria entra no forame esfeno-palatino, mudando de nome para artéria esefeno-palatina, que vai irrigar o palato e a cavidade nasal. Nessa região temos também um plexo venoso pterigoide, o nervo bucal, lingual e alveolar inferior, ramos do trigêmeo, possuindo sensibilidade geral, sendo que o último também contém algumas fibras motoras. Encefalotopia: traça-se uma linha no plano sagital mediano saindo da região nasal até a protuberância occipital externa, uma outra linha inferior é feita seguindo a margem/rebordo superior da órbita, passando pelo arco zigomático e processo mastóideo, chegando pela protuberância occipital externa, essa região formada compreende o telencéfalo. O sulco central possui uma projeção de dois dedos posterior à sutura frontal/coronal, ou dois dedos posterior ao ptério. O sulco lateral pode ser encontrado ao traçar uma linha a partir do ptério em direção ao osso parietal, sendo que o ptério, por sua vez, pode ser identificado ao achar o arco zigomático, pelo ponto mediano e subindo três dedos. Profundo ao ponto do ptério temos o lobo da ínsula. A linha que separa o neurocrânio do viscerocrânio, passa acima da órbita, do arco zigomático, do arco acústico externo, processo mastoídeo, terminando na protuberância occipital externa, podemos encontrar o seios sigmoide ao cruzar o plano com o processo mastoídeo. Traçando uma cruz sobre o ptério podemos determinar a região da glândula hipófise, lembrando que ela não é envolvida pela dura-máter, apenas passa por sua parte superior permitindo uma abertura para o infundíbulo, já a pia-máter e a aracnóide envolvem apenas a parte anterior. Ao redor da hipófise temos o seio venoso cavernoso e a artéria carótida interna. O acesso para a glândula hipófise se dá por meio da região nasal, devendo tomar cuidado para o acesso ser pelo plano mediano, evitando a perfuração do seio e da carótida. Por essa região também passam os nervos oculomotor, troclear, abducente, maxilar. Os pilares de força do crânio são formado durante as fases de desenvolvimento na primeira infância, de início, a cabeça de um recém-nascido é mais horizontalizada, conforme a criança vai crescer e se depara com situações como a alimentação, amamentação, respiração, o seu crânio vai se desenvolvendo no sentido vertical. O pilar canino é uma área muito resistente do crânio, indo desde a região maxilar, passa pela região nasal e orbital e se espalha no arco superciliar, dissipando a força exercida nessa região. Outro pilar surge sobre o primeiro molar superior, chamado de pilar maxilar, esse pilar vai ascendendo e entra na região da crista zigomático-maxilar, se bifurcando numa linha de força mais verticalizada, chamada de pilar zigomático-frontal, que vai para a região frontal, se dissipando também no arco superciliar e na linha temporal superior, o outro ramo, mais horizontalizada, chamada de pilar zigomático-temporal, se distribui na região do processo mastoide. Por conta desses pilares que em sua maioria é verticalizado, as fraturas mais comuns de face se dá de forma horizontalizada, já que é mais frágil. Quem estudou esses tipos de fraturas foi Le Fort, que as classificou em três tipos: A Le Fort I é uma lesão que ocorre basicamente na maxila,a principal característica do paciente é a movimentação meio que solta da maxila ao tentar movimenta-la pelo médico. A Le Fort II abrange a maxila, parte do osso zigomático, indo até o osso nasal, pode ser chamada de fratura em pirâmide, o paciente pode apresentar o sinal de guaxinim (olho escuro com hematomas), estrabismo, hematomas. A Le Fort III abrange maxila, zigomático, parte do temporal, parte da asa maior do esfenoide, podendo chegar até o osso frontal, pode acarretar no comprometimento do tecido nervoso, das meninges, extravasamento de liquor pelo nariz, além do sinal de guaxinim, pode apresentar estrabismo por comprometimento do nervo oculomotor, hematomas no processo mastoide (mesmo não sendo fraturado, mas o sangue pode percorrer pela tela subcutânea vindo da base do crânio). Uma mesma pessoa pode sofrer mais de um tipo de fratura. Pescoço: estratigrafia e trígonos Sua delimitação anteriormente se dá da seguinte forma: traça-se uma linha acompanhando a borda inferior da mandíbula, depois outra linha acompanhando a clavícula, o osso esterno, na incisura jugular, acompanhando o restante da clavícula do lado oposto. Posteriormente, o pescoço tem início na protuberância occipital externa, inferiormente, é delimitado por uma linha que passa sobre a 7ª vértebra cervical. Lateralmente a delimitação se da na articulação acromioclavicular (entre a escápula e a clavícula). O primeiro ponto de referência é o músculo esternocleidomastóideo, tendo origem em uma parte no manúbrio e na clavícula, se inserindo no processo mastoide do crânio, esse músculo permite o movimento lateral da cabeça para o lado oposto. Ao se localizar esse músculo, podemos dividir o pescoço em dois trígonos, o anterior, cujos limites são a margem inferior da mandíbula, superiormente, e margem anterior do músculo esternocleidomastóideo, inferiormente, posterior a esse trígono temos a região do músculo esternocleidomastóideo, posterior a esse músculo temos o trígono posterior em que se localiza entre a borda posterior do músculo esternocleidomastóideo, superiormente, e inferiormente a clavícula e posteriormente a borda anterior do músculo trapézio. No trígono anterior podemos encontrar a região supra-hióidea, nessa área temos uma pele rica em folículos pilosos (no homem) e também em gordura. Os músculos dessa região são o ventre anterior do digástrico, músculo estilo-hióideo e formando principalmente o assoalho da boca, o músculo milo-hióideo. A inervação dessa área se da pelo 12º par de nervo craniano, o hipoglosso que passa contornando o ângulo da mandíbula, passando lateralmente à artéria carótida externa e depois ele vai mais medial à glândulas submandibular, inervando os músculos da língua. Em caso de uma lesão do nervo hipoglosso haverá um desvio da língua ao tentar coloca-la para fora (protrusão), para o lado direito ou esquerdo, dependendo o lado do nervo lesionado. Ainda no trígono anterior podemos encontrar a região infra-hióidea, nessa região ainda podemos encontrar muitos folículos pilosos, mas agora com menos gordura. Abaixo da tela subcutânea, passando pela fáscia muscular, podemos encontrar o músculo platisma, um músculo superficial aderido às fáscias do pescoço e superiormente na mandíbula. Nessa região temos um grupo de músculos infra-hióideos, como o músculo esterno- hióideo, lateralmente a esse músculo temos o ventre superior do omo-hióideo. Ao se aprofundar nessa região, em direção à laringe, podemos encontrar o músculo tireo-hióideo, o esterno-tireóideo. Ainda na área infra-hióidea podemos encontrar a cartilagem tireóide, no plano mediano, inferior a ela temos a cartilagem cricóide com a glândula tireóide, ao lado dessas estruturas temos vasos que por ali passam, formando o círculo venoso anterior do pescoço, formado por duas veias, as veias jugulares anteriores (direita e esquerda), elas passam anterior ao músculo omo-hióideo e esterno-hióideo, mais inferior temos as veias tiroídeas inferiores. O processo de traqueotomia consiste em tomar como referência três pontos, um está entre a cartilagem tireóide e a cricóide, sobre a membrana crico-tireóidea, a abertura dessa região se chama coniotomia, o risco está em atingir as pregas vocais, a colocada de um tubo por essa membrana pode levar a uma calcificação das pregas vocais, a coniotomia não pode passar de 45/60 dias, por isso é um acesso emergencial e temporário. A traqueotomia em si se dá inferior à região da cartilagem cricóide, no ponto onde já se tem acesso à traqueia, a traqueotomia superior está na altura da glândula tireóide, o que pode levar a uma lesão dela, a traqueotomia inferior se dá na incisura jugular, onde se encontra o plexo venoso que forma o circulo venoso anterior do pescoço e as veias tireoídeas inferiores. Entre o trígono anterior e o posterior, se encontra o músculo esternocleidomastóideo. Na borda anterior desse músculo, temos a região carotídea, onde se encontram a artéria carótida comum, mais profunda e anterior, pode ser usada para sentir a pulsação arterial no pescoço, posteriormente a esta artéria passa o nervo vago, mais lateral e posterior a essas duas estruturas temos a veia jugular interna, essas estruturas formam o trígono carotídeo. Passando pela veia jugular interna temos uma alça cervical que vai unir os plexos cervicais emitindo ramos para os músculos infra-hióideos. O plexo cervical é formado por raizes nervosas de C1-C4 (C5 também pode contribuir), esse plexo inerva a parte anterior do pescoço, parte posterior e a nuca. A raiz nervosa que sai de C3 e C4 vai formar o nervo frênico (responsável pela contração do diafragma). O nervo vago inerva algumas estruturas do pescoço, mas seu destino principal é inervar os órgãos do tórax e abdome, no entanto, ao passar pelo pescoço ele forma uma alça, chamado de nervo laríngeo recorrente, inervando a parte motora da laringe (os músculos), principalmente àqueles relacionados com as cordas vocais, uma neoplasia de tireóide pode comprimir o nervo laríngeo do paciente, levando a uma rouquidão do paciente. Por essa região também passa o nervo acessório, que possui uma raiz no tronco encefálico e uma raiz espinal, esse nervo tem função motora, saindo da coluna vertebral na altura de C1 inervando o músculo esternocleidomastóideo e o trapézio, uma lesão na altura de C1 pode afetar esse nervo, o que impede a rotação da cabeça pro sentido oposto e a elevação da escápula e abdução de mais de 90° do membro superior. Profundamente a essas estruturas temos o tronco simpático e o tronco arterial chamado de tireo-cervical, desse tronco vão sair importantes artérias, por exemplo, a tireoídea inferior, cervical ascendente, vertebral e a cervical transversa. A artéria vertebral tem origem junto com o tronco tireo-cervical, e ela entre na altura da 6ª vértebra cervical, para ter um acesso a essa artéria normalmente se faz pela altura da 7ª vértebra cervical. Na fossa supraclavicular menor, que se encontra entre as duas origens do esternocleidomastóideo, podemos encontrar a veia jugular interna, na fossa supraclavicular maior, posterior ao esternocleidomastóideo, além da jugular interna, também podemos encontrar a veia subclávia, artéria subclávia e o plexo nervoso braquial. No trígono posterior, contornando o esternocleidomastóideo temos a veia jugular externa e ramos do plexo cervical que são os nervos supra-claviculares que vão inervar a pele e tela subcutânea da região supra-clavicular, na região do músculo escaleno anterior, anterior a ele temos o nervo frênico, entre o escaleno anterior e o escaleno médio temos o início do plexo braquial. Os linfonodos presentes na região do pescoço são os cervicais laterais superficiais que se encontram na tela subcutânea, linfonodos submentuais, os submandibulares, os linfonodos cervicais laterais profundos, sendo que dois deles são maiores, chamados de linfonodos jugulo-digástrico e o jugulo-homo-hióideo. As neoplasias mais superficiais vão ser drenadaspara os linfonodos cervicais laterais superficiais, já as mais internas, que acomete a laringe, por exemplo, vão drenas para os cervicais laterais profundos. O pescoço possui fáscias que servem de barreiras biológicas de lateral para lateral que impedem a passagem de agentes infecciosos, a primeira fáscia é chamada de cervical superficial ou de revestimento, envolve a parte anterior da laringe, o músculo esternocleidomastóideo e o trapézio. Outra fáscia é chamada de cervical pré- traqueal ou média, envolvendo os músculos infra-hióideos. Por fim, temos uma fáscia cervical pré-vertebral ou profunda, ela vai envolver os músculos pré-vertebrais e os da nuca. No trígono carotídeo as três fáscias do pescoço se unem para formar a bainha carotídea. Por outro lado, essas fáscias formam canais, por exemplo o canal perigoso do pescoço pré-traqueal e o o canal perigoso do pescoço pré-esofágico, esses canais permitem que infecções de tórax, por exemplo, ascendam por esses canais chegando até o crânio, da mesma maneira, infecções da cabeça podem chegar até o tórax. Olho A cavidade orbitária tem um teto formado pelo osso frontal, são eles o osso frontal, esfenoide e zigomático, esses últimos dois formam, além do teto, parte do fundo e lateral da cavidade orbitária, o palatino também se encontra presente nessa região, o maxilar forma o assoalho, enquanto o osso lacrimal e etmóide formam a parte mais medial da cavidade. O globo ocular é formada por três camadas ou túnicas, a mais externa, fibrosa, é chamada de esclera, a túnica média é conhecida como túnica vascular ou corióide e a mais interna é a túnica nervosa ou retina. Na região anterior do globo temos a lente/cristalino, o corpo vítreo mantém o formato do globo ocular e o humor aquoso é um líquido que banha essa cavidade. A lente é o que dá o foco para enxergarmos. São fibras que relaxam e contraem o cristalino. Essas fibras estão ligadas aos músculos ciliares que tensiona ou relaxam essas fibras para dar o foco. As fibras e os músculos formam o corpo ciliar, que também produz o humor aquoso, este sai e banha as câmaras e é drenado pelo seio venoso da esclera ou canal de Schelemm, caso não seja drenado, pode ocorrer o aumento da pressão intraocular, ou glaucoma. Atrás do corpo ciliar fica a retina anterior, esta não apresenta terminação nervosa, e portanto, não capta luz. A parte posterior do olho contém a retina com terminações nervosas. A região anterior do globo que é visível possui a parte branca com um epitélio chamada de conjuntivo, esse epitélio não passa em frente da córnea, uma estrutura transparente, atrás da córnea temos a câmera anterior do olho, nessa câmera se encontra a pupila que é delimitada pela íris, esta permite a dilatação e contração da pupila, além de fornecer coloração para o olho. A câmera posterior do olho apresenta uma abertura para a câmera anterior através da pupila e retina. A íris está relacionada com o músculo esfíncter da pupila, inervado pelo SNA parassimpático. O músculo dilatador da pupila também se relaciona com a íris sendo inervada pelo simpático do SNA. A câmera postrema é a maior câmara do olho que contém o corpo vítreo, substância gelatinosa que mantém a estrutura do globo ocular. A fóvea central é a parte da retina posterior em que mais recebe luz, possuindo muitos cones e bastonetes e terminações nervosas que conduzem os impulsos para o nervo óptico, este nervo sai do olho e segue para o SNC, dentro do nervo estão a artéria e veia central da retina, o nervo também está envolvido pelas meninges, então, no caso de um aumento na pressão intracraniana pode ocorrer fechamento desses vasos causando a formação de um edema no fundo do olho, ou papiledema ocular. Os músculos extrínsecos se fixam na parte óssea do crânio, mas se relacionam com o olho. O músculo levantador da pálpebra, músculo reto superior do olho (movimenta o globo para superior e medial), músculo reto lateral (movimenta para parte lateral, ou abdução), reto medial (adução), oblíquo inferior (superior e abdução), oblíquo superior (inferior e abdução). A maior parte desses músculos são inervadas pelo oculomotor, o nervo troclear vai inervar o oblíquo superior enquanto o abducente inerva o reto lateral. Uma lesão do nervo abducente pode gerar uma perda de movimento pelo músculo reto lateral, prevalecendo o medial. Orelha É dividida em uma parte externa (pavilhão da orelha/hélice, ramo da hélice, antélice, concha da orelha, lóbulo da orelha, antitrago, trago e incisura intertrágica. É vascularizada pela artéria temporal superficial, auricular posterior e a drenagem segue pelas veias temporais superficiais e auricular posterior. A inervação sensitiva se dá pelo nervo auricular temporal e a motora pelo facial. A orelha mediana começa na membrana timpânica, apresente uma cavidade timpânica e osso temporal, onde tem os oscículos da orelha. Se comunica com o processo mastóideo pelo antro mastóideo e com a faringe por meio do óstio faríngeo da tuba auditiva. Os oscículos são o martelo, bigorna e estribo. O martelo com a bigorna se relacionam por meio da articulação incudomalear, a bigorna se articula com o estribo por meio da articulação incudoestapedial. Passando pelo martelo temos o nervo corda do tímpano, que entra no osso temporal e vai para a língua, onde é responsável pela gustação. A orelha média é inervada pelo facial e pelo vago, sendo vascularizada pela artéria timpânica (ramo da maxilar) e pela artéria auricular posterior. A orelha interna fica dentro do osso temporal, formada pela cóclea e canais semicirculares (contém a endolinfa), o som passa pela cóclea, canais semicirculares que permitem o equilíbrio, é inervado pelo nervo vestibulococlear e vascularizada pelos ramos da basilar. Membro superior Cintura escapular, ombro e braços: a cintura escapular contém os ossos clavícula e escápula, enquanto o braço contém o úmero. A clavícula está intimamente relacionada com o plexo braquial (fibras aferentes e eferentes), artéria e veia subclávia. O plexo braquial está passando no espaço costoclavicularo (entre a primeira costela e clavícula). O processo coracoide da escápula serve como ponto de referência para o plexo braquial e vasos subclávios que passam medialmente a ele. A clavícula tem duas extremidades, uma esternal e outra acromial. A escápula tem em sua face posterior a espinha da escápula que em direção lateral tem o acrômio, este vai se articular com a clavícula, a escápula possui uma cavidade glenoide para articulação com a cabeça do úmero, este ainda possui um colo para formar o início do braço. O serrátil anterior mantém a escápula em sua posição no dorso, caso tenha uma fraqueza desse músculo a escápula pode sofrer uma modificação de posição, recebendo o nome clínico de escápula alada. Pela borda medial da escápula passa os vasos e nervo dorsal da escápula, pela margem superior passa os vasos e nervo supraescapular, pela borda lateral passa a artéria ... O úmero apresente o sulco do nervo radial bem na parte média do úmero, uma fratura nessa região pode lesar esse nervo, esse nervo é o responsável pelos músculos da parte posterior do antebraço responsável por levantar a mão. São três articulações dessa região, entre a incisura clavicular do manúbrio do esterno e a extremidade esternal da clavícula temos a articulação esternoclavicular (permite a retração, protração, elevação e depressão), é uma articulação do tipo sinovial (cápsula articular, líquido sinovial, membrana sinovial e ligamentos), os ligamentos dessa articulação são o ligamento interclavicular, o ligamento costoclavicular e esternoclavicular (anterior e posterior, também temos a cápsula formada por esse mesmo ligamento e de mesmo nome), a cartilagem presente é um disco articular. A articulação acromiolavicular também é do tipo sinovial que articula a extremidade acromial da clavícula com o acrômio da escápula, os ligamentos presentes são os acromioclaviculares,coracoclavicular (bifurcado, uma parte chamado de conoide e outra de trapezóide). A última articulação dessa região é a escapulo-umeral (permite a abdução e adução, rotação interna e externa, flexão e extensão), articula a cabeça do úmero com a cavidade glenoide da escápula, apresenta o ligamento coracoacromial, coracoumeral, transverso do úmero (além de participar da articulação do ombro também sustenta o tendão ao formar uma bainha sinovial tendínea intertubercular) e glenoumeral (superior, médio e inferior). Inferiormente ao ligamento coracoacromial e do acrômio temos uma bolsa (pode sofrer bursite). Acima dessa articulação temos os vasos supraescapular. O lábio glenoidal é uma cartilagem que acompanha a borda da cavidade glenoide. No caso de uma luxação inferior do úmero pode comprometer o nervo axilar, a artéria braquial profunda e outras estruturas presentes. No espaço subacromial passa a bolsa subacromial que por conta de movimentos constantes dessa parte do corpo pode causar uma síndrome do impacto. Os músculos dessa região são o trapézio, deltóide, latíssimo do dorso, levantador da escápula, romboide menor, romboide maior, romboide maior, supraespinal, infraespinal, redondo menor, redondo maior, subescapular e tríceps braquial. Procurar origem, inserção, ação, inervação e localização de cada músculo. O manguito rotador é responsável por manter a cabeça do úmero com a fossa glenoide da escápula, os músculos... são responsáveis por essa ação. O braço possui o músculo coracobraquial (participa no movimento de flexão do ombro além de que por ele passa o nervo músculocutâneo), braquial e acima desses músculos temos o bíceps (com sua cabeça/cabo longa e curta). As artérias presentes nessa região são a subclávia, radial, ulnar e braquial. A artéria subclávia é limitada pela borda externa da primeira costela, passando por ela temos a axilar, que vai até o músculo redondo maior e depois dela temos a ulnar. A artéria axilar é dividida em três partes, da primeira parte sai uma artéria, da segunda parte duas e da terceira três. Da primeira parte temos um ramo, a artéria torácica superior que vai irrigar o primeiro e segundo espaços intercostais. Da segunda parte sai a artéria toracoacromial (esta vai emitir quatro ramos) e a torácica lateral. Da terceira parte sai a subescapular (dela saem dois ramos), circunflexa anterior e posterior do úmero. As artérias da escápula são a dorsal da escápula, circunflexa da escápula, supraescapular. A artéria braquial vai emitir o ramo da braquial profunda, esta vai se dividir em colateral média e do rádio, a braquial também vai emitir os ramos da ulnar superior e inferior. Os nervos do plexo braquial são mistos, menos aqueles que são denominados cutâneo. O plexo braquial é formado pelos ramos/raizes de C5-T1. O ramo de C5 se junta com o C6 para formar o tronco superior, C7 forma o tronco médio e C8 e T1 formam o tronco inferior, esses troncos estão na região supraclavicular e emitem ramos entre si e formam os fascículos laterais, posterior e médio (essa nomenclatura se dá em relação à artéria axilar). Dos fascículos vão sair os nervos propriamente dito. Para cada nervo deve buscar as raizes nervosas, os músculos, qual a sua área sensitiva, qual artéria o acompanha e qual osso se relaciona. Entre o bíceps e o tríceps na região medial passa a artéria braquial e os nervos derivados do plexo. A estratigrafia do braço começa pela pele, tela subcutânea (contém veias superficiais, nervos cutâneos, ramos arteriais), fáscia muscular com projeções para formar septos intermusculares que dividem os compartimentos, cada compartimento contém seu músculo, artéria, veia, nervo. Da pele até a fáscia muscular corresponde ao plano superficial, da fáscia para baixo será o plano profundo. Trígono clavipeitoral: é uma subárea da infraclavicular, seus limites são o músculo peitoral maior, deltoide, clavícula e sulco deltopeitoral. Por essa região, no plano superficial passa o nervo peitoral lateral, veia cefálica, artéria toracoacromial e é separada do plano profundo pela fáscia clavipeitoral. No plano mais profundo, rebatendo o peitoral menor, de lateral para medial, temos o plexo braquial (fascículos), transição da artéria subclávia para axilar e da veia subclávia para axilar. Região axilar: apresenta duas pregas, uma é chamada de axilar anterior (formada pelo peitoral maior) e a prega axilar posterior (formada pelo latíssimo do dorso e redondo maior). Sobre essa região, por cima do serrátil anterior temos o nervo torácico longo, sobre o latíssimo do dorso temos as artérias, veias e nervos toracodorsal. O nervo cutâneo medial do braço vai emitir os ramos intercostobraquial que vão originar os primeiros intercostais. Temos a artéria braquial, acompanhada pelo nervo mediano, da braquial sai um ramo, a braquial profunda que é acompanhada pelo nervo radial. Para o músculo coracobraquial temos o nervo musculocutâneo. O nervo axilar acompanha a artéria circunflexa do úmero. Região escapular: Pela região posterior da escápula podemos observar um feixe vasculonervoso supraescapular que passa pelo nervo infraespinhal, supraespinha e subescapular. Pela borda medial da escápula passa a artéria e nervo dorsal da escápula. Pela borda lateral da escápula O úmero, a cabeça longa do tríceps, redondo menor e redondo maior definem dois espaços, um quadrangular e outro triangular. O espaço triangular apresente a artéria e veia circunflexa da escápula, nervo subescapular inferior. O espaço quadrangular apresenta o nervo axilar, e vasos circunflexo posterior do úmero. Região anterior do braço: temos no plano superficial o nervo cutâneo medial do antebraço que acompanha a veia basílica, esta veia vai se juntar às veias braquiais para formar a axilar, para isso, ela deve sair do plano superficial em direção ao profundo pelo hiato basílico. Ainda no plano superficial temos o nervo cutâneo medial do braço que vai emitir um ramo para formar o nervo intercostobraquial. No plano profundo temos os músculos bíceps, coracobraquial, braquial e o nervo musculocutâneo. Temos um sulco bicipital formado pelo bíceps e tríceps braquial, nesse sulco temos o nervo mediano, a artéria braquial, veias braquiais, nervo ulnar e veia basílica. Região posterior do braço: no plano superficial temos o nervo cutâneo lateral superior do braço (ramo do axilar), nervo cutâneo lateral inferior e cutâneo posterior do braço (ambos ramos do radial). No plano profundo encontramos o tríceps braquial, nervo radial acompanhado pela artéria braquial profunda, esse nervo passa por cima do úmero causando um sulco nesse osso. Antebraço: sua estratigrafia consiste em pele, tela subcutânea, fáscia muscular, septos intermusculares, compartimentos, músculos, vasos e nervos. Os ossos do antebraço é o rádio, mais lateral, e a ulna, mais medial. É muito comum a fratura de Colles, uma fratura distal do rádio. Os ossos da região do carpo são divididos em 2 fileiras, uma mais proximal e outra mais distal. Uma fratura do osso escafoide é muito complicado pois nela passam artérias que caso esteja comprimida pode levar a uma necrose da região. No polegar há o osso sesamóideo na maioria das pessoas. A articulação do cotovelo é formada por duas articulações, a úmero-radial e úmero-ulnar, ela permite realizar a flexão e extensão. A primeira articulação é feita pela fóvea da cabeça do rádio com o capítulo do úmero, a segunda articulação ocorre entre a tróclea do úmero e a incisura troclear ulnar. Sobre essas articulações temos uma cápsula articular com um ligamento colateral lateral do cotovelo (ou do rádio) e um ligamento colateral medial do cotovelo (ou da ulna). A articulação radioulanar proximal ocorre entre a circunferência articular da cabeça do rádio com a incisura radial da ulna, elas são circundadas pelo ligamento anular. Uma outra membrana de tecido fibroso une o rádio e a ulna, chamado de união radio-ulnar média, uma sindesmose. A articulação radio-ulnardistal é feita entre a incisura ulnar do rádio e a cabeça da ulna. A articulação do punho é chamado de articulação radiocarpica, procurar depois todos os ligamentos em vista palmar e dorsal. Fossa cubital É limitada pelos músculos pronador redondo, braquiorradial e pela aponeurose do músculo bicipital, nessa região se encontra o nervo mediano, a artéria braquial (que se divide em radial e ulnar) mais alguns linfonodos cubitais. Região anterior do antebraço No plano superficial temos a pele, tela subcutânea e fáscia muscular, nessa região temos o nervo cutâneo medial do antebraço e cutâneo lateral do antebraço, ramo superficial do nervo radial, veia cefálica (mais lateral), veia basílica (mais medial), veia mediana do antebraço e veia mediana do cotovelo. No plano profundo, abaixo da fáscia muscular, temos a artéria radial e veias radiais, artéria e veias ulnar, nervo ulnar, nervo mediano, artéria interóssea anterior e os músculos palmar longo, flexor radial do carpo, flexor ulnar do carpo, flexor superficial dos dedos, pronador redondo, pronador quadrado, flexor profundo dos dedos e flexor longo do polegar. Região lateral do antebraço Na parte superficial, entre a pele e a fáscia muscular temos o nervo cutâneo lateral do antebraço. No plano profundo temos o músculo braquiorradial, músculo extensor radial longo do carpo, extensor radial curto do carpo, ramo superficial do nervo radial e ramo profundo do nervo radial. Região posterior do antebraço No plano superficial temos os ramos cutâneos do nervo radial, veia cefálica e basílica e retináculo. No plano profundo temos o ramo profundo do nervo radial, artéria recorrente interóssea, artéria interóssea posterior, músculo extensor dos dedos, extensor do dedo mínimo, extensor ulnar do carpo, abdutor longo do polegar, abdutor curto do polegar, extensor longo do polegar, extensor curto do polegar, extensor do indicador, supinador e ancôneo. Região palmar da Mão No plano superficial temos os ramos cutâneos palmares e digitais (ramos do nervo mediano e ulnar). No plano profundo podemos observar o tendão do palmar longo que tem formato de leque, uma aponeurose, A região tenar apresenta os músculos tenares, abdutor curto do polegar, flexor curto do polegar, oponente do polegar, adutor do polegar e ramos musculares dos nervos mediano e ulnar. Na região hipotenar temos os músculos hipotenares, abdutor do dedo mínimo, flexor curto do dedo mínimo e oponente dos dedos mínimos e os ramos musculares do nervo ulnar. Na região média da mão temos a aponeurose palmar os tendões do músculo flexor dos dedos, músculos lumbricais e ramos digitais do nervo mediano e do nervo ulnar, mais o arco arterial palmar superficial com as artérias digirais palmares. Na parte mais profundo temos o arco arterial palmar profundo com artérias metacárpicas e suas comunicações com as digitais palmares do arco palmar superficial, temos também o músculo interósseo palmares e ramos musculares do nervo ulnar. Região dorsal da mão No plano superficial temos o arco venoso dorsal a veia cefálica e a basílica o arco arterial dorsal com seus ramos metacárpios e ramos digitais dorsais. O nervo ulnar inerva a metade do quarto dedo e o quinto dedo Membro inferior O m. Psoas se insere no Troclante menor Para cada músculo pesquisar origem, inserção, ação, localização Anatomia de superfície: troclante maior do fémur, patela, côndilos do fêmur. Valgismo/valgo fisiológico aproximado de 170° a 175°, ângulo entre fêmur e tíbia. O ângulo de inclinação do fêmur é de 125° a 128° nos adultos, em criança o ângulo é menor e em velho é maior. Patologicamente o ângulo menor é chamado de varo e ângulo maior é valgo, essa mudança de angulação causa uma mudança no joelho, marcha e deforma o pé. Coxa valva causa um joelho varo (para fora), um coxa vara causa um joelho valgo (para dentro). Artrologia: - Articulação do quadril: no osso do quadril temos o acetábulo, uma cavidade para alojar a cabeça do fêmur, esta possui uma cartilagem articular que o envolve, o acetábulo também apresenta uma cartilagem que o envolve, mas em forma de anel chamado de lábio do acetábulo, a fossa do acetábulo não apresenta cartilagem. Temos o ligamento intra-articular, dentro da cavidade articular, chamado de ligamento da cabeça do fêmur ou redondo da cabeça do fêmur. Essa articulação apresenta uma cápsula articular reforçada por três ligamentos, o iliofemoral, pubofemoral e isquiofemoral. O ramo acetabular da artéria obturatório chega até a cabeça do fêmur junto do ligamento da cabeça do fêmur para ajudar na sua irrigação. Temos ainda um quinto ligamento que se encontra na incisura do acetábulo chamado de transverso do acetábulo. Além disso, temos duas bolsas sinoviais, uma que se encontra entre o troclante maior e o glúteo máximo chamada de bolsa troclantérica, temos outra bolsa chamada de iliopectínea. Essa articulação permite realizar a abdução, adução, flexão, extensão, rotação interna e externa. - Articulação do joelho: é formada por outras duas articulações, a articulação femorotibial, entre os côndilos femorais (lateral e medial) e os côndilos tibiais (medial e lateral) e a art. Femoropatetal, entre a face patelar do fêmur e a face articular da patela. As duas articulações permitem realizar a flexão e extensão, quando ele está fletido também é possível realizar rotação interna e externa. A cápsula articular é reforçada por alguns ligamentos, o ligamento patelar (continuação do m. Quadríceps), retináculo medial e lateral, uma espécie de gordura que ajuda a patela a ficar no lugar, a gordura infrapatelar (de Hoffat), temos também, em algumas pessoas a prega infrapatelar (plica sinovial). Numa vista posterior, na região poplítea, temos o ligamento poplíteo oblíquo, indo de medial para lateral, e o ligamento poplíteo arqueado, que vai de lateral para medial, esses ligamentos são extra- articulares. Entre o fêmur e a tíbia temos o ligamento cruzado anterior (LCA), que ajuda a travar o joelho em extensão, além desse temos o ligamento cruzado posterior (LCP) que impede um deslocamento posterior e o ligamento meniscofemoral posterior. Entre o fêmur e a tíbia temos uma incongruência óssea, portanto há os menisco para ajudarem o contato entre os ossos, temos um menisco medial, em formato de C, e o menisco lateral em formato de O, a parte mais externa desses meniscos é vascularizada, e portanto se regenera, mas a parte interna não. Temos o ligamento colateral tibial ou medial (LCM) e o ligamento colateral fibular ou lateral (LCL), impedem um deslocamento lateralizado. No joelho também temos as bolsas sinoviais, uma bolsa suprapateral, infrapatelar, pré-patelar, anserine, gastrocnêmio, bíceps femoral, semimenbranáceo e outros. Miologia - Psoas maior - Psoas menor (inconstante) - Ilíaco - Iliopsoas - Glúteo Máximo - Glúteo Médio: abdutor, estabilizador da pelve - Glúteo mínimo - Piriforme (aba - Gemeo superior - Obturatório interno - Gemeo inferior - Quadrado femoral - Abdutor mínimo - Pectíneo - Sartório - Reto femoral - Vasto intermédio - Vasto medial - Vasto lateral Esses últimos 4 formam o quadríceps da coxa. - Adutor longo - Grácil - Adutor curto - Adutor magno: a fixação do seus dois tendões formam um hiato tendíneo, por onde passam a artéria femoral (anterior) para posterior para formar a artéria poplítea, da mesma maneira a veia poplítea sai de posterior e segue anterior por este hiato para formar a veia femoral. - Bíceps femoral - Semitendíneo - Semimembranáceo A parte longa do bíceps femoral mais os últimos dois formam o isquiotibial, estendem o quadril e fletem a coxa. O sartório, grácil e semitendíneo formam a pata de ganso, anserine. - Tensor da fáscia lata Na região lateral, a fáscia muscular se torna mais espessa, chamado de tracto iliotibial ou fáscia lata, ajuda a estabilizar o joelho.Artérias - Artéria femoral: continuação da ilíaca externa, se torna femoral após passar pelo ligamento inguinal, segue anterior à coxa e depois, na região do joelho, segue posteriormente por entre o hiato tendíneo formando a artéria poplítea. Emite os seguintes ramos: pudenda externa, epigástrica superficial, circunflexa ilíaca superficial, femoral profunda (emite 4 ramos chamados de artérias perfurantes, seguem para a região posterior da coxa, para os mm. Isquiotibiais), circunflexa femoral (medial e lateral) - Artéria poplítea: emite os ramo para formar a a. tibial anterior, aa. Geniculadas (medial, lateral, superior e inferior), tronco tibiofibular que vai originar a fibular e a tibial posterior - Artéria ilíaca interna: para a região do membro inferior vai emitir a Glútea superior e inferior e a artéria obturatória. Linfonodos Na região posterior do joelho temos os linfonodos poplíteos que vão drenar a linfa para os linfonodos inguinais que drenam para os ilíacos. Nervos - Plexo Lombar — Femoral: tem as raizes L2, L3 e L4, passa anterior ao músculo ilíaco, depois lateralmente ao psoas e então por baixo do ligamento inguinal, após passar por ele vai emitir ramos musculares para inervar o quadríceps, ramos cutâneos anteriores para inervação da região anterior da coxa e um ramo para formar o nervo safeno que vai garantir a sensibilidade da parte anterior da perna, emitindo dois ramos para isso, o ramo infrapatelar do nervo cutâneo na região do joelho e o ramo cutâneo medial da perna do nervo safeno, este último ramo é acompanhado pela veia safena magna. — Obturatório: nasce na região da pelve com raizes L2, L3 e L4 e passa pelo forame obturado alcançando a musculatura adutora para inerva-la, além disso também vai possuir uma parte sensitiva da parte medial da coxa. — Cutâneo femoral lateral: nervo apenas sensitivo, com raiz de L2 e L3, segue ao longo do músculo ilíaco, passa por baixo da crista ilíaca anterossuperior, por baixo do ligamento inguinal, e inerva a parte lateral da coxa. - Plexo Sacral — Nervo glúteo superior: formado pelas raizes L4, L5 e S1, passa acima no m. Piriforme para inerva o m. Glúteo médio e mínimo e tensor da fáscia lata. — Nervo glúteo inferior: inerva o m. Glúteo máximo, passando abaixo do m. Piriforme. — Ciático: formado por uma junção do nervo tibial e nervo fibular comum, segue do sacro até o troclante maior do fêmur, passa por baixo do m. Piriforme. Passa posterior aos músculos isquiotibial e vai se dividir em uma tibial e outro fibular comum, o fibular comum emite um ramo chamado de cutâneo lateral da sura e este vai emitir um ramo comunicante para se juntar com o ramo cutâneo medial da sura que vem do tibial para formar o nervo sural para inervação sensitiva da região posterolateral da perna e parte do dorso do pé, esse nervo é acompanhado pela veia parva. — Cutâneo posterior da coxa: passa medialmente ao ciático, vai garantir a sensibilidade da região posterior da coxa, além de emitir alguns ramos para o períneo (ramo perineal) e ramos para a região glútea inferior (nervo clúnio inferior). Obs: síndrome do piriforme ocorre quando ocorre uma contratura do m. Piriforme, comprimindo o nervo ciático que vai levar a uma dor espalhada pela região da coxa e perna, isso é chamado de ciatalgia. O nervo ciático pode ser encontrado ao pegar a região medial entre o troclante maior do fêmur e a tuberosidade do ísquio. Túnel do tarso: o nervo tibial segue posterior à tíbia e para chegar na região plantar do pé ele precisa passar pelo túnel do tarso, limitado pela calcâneo, retináculo e a região medial do tornozelo chamado de maléolo medial, pode ocorrer a síndrome do tarso. Por esse túnel também passa a artéria tibial posterior, duas veias tibiais posterior e tendões musculares. O sinal de Trendelenburg avalia a funcionalidade do músculo glúteo médio. Topografia do quadril e coxa. - Região glútea: no plano superficial, limitada do profundo pela fáscia glútea, passa os nervos clúneos (superior, médio e inferior) que são nervos sensitivos, o inferior é ramo do cutâneo posterior da coxa. No plano profundo temos o músculo glúteo máximo, principal extensor do quadril, por baixo dele temos o músculo piriforme que divide essa região em uma área suprapiriforme e outra infrapiriforme, na suprapiriforme passa o músculo glúteo médio e mínimo além das artérias, nervos e veias glútea superior, na região infrapiriforme temos os músculos gêmeos superiores e inferiores, obturatório interno e quadrado femoral, temos também o feixe vasculonervoso glúteo inferior e pudendo, além dos nervos ciático e posterior da coxa. - Região subinguinal: pertence ao trígono femoral, é limitado pelo m. Sartório, inguinal e pectíneo. No plano superficial temos a fáscia muscular (fáscia lata), que apresenta uma fenda chamada de hiato safeno para que a veia safena magna chegue na veia femoral, essa fenda é recoberta por tecido conjuntivo chamado de fáscia crivosa, que vai ser perfurada pela veia safena magna. Nesse plano ainda temos os linfonodos inguinais superficiais, além da safena magna ainda podemos ter as safenas acessórias, artéria e veia circunflexa ilíaca superficial, artéria e veia pudenda externa e artéria e veia epigástrica superficial, nervo genitofemoral e ilioinguinal. No plano profundo encontramos de lateral e medial, nervo, artérias e veia femoral e o canal femoral por onde pode ter um linfonodo, simplesmente gordura ou até mesmo nada, esse canal pode sofrer herniação com uma alça intestinal passando por ele, este canal é limitado pelo ligamento lacunar medialmente, pela veia femoral lateralmente, pelo ligamento inguinal e cordão espermático anterosuperiormente e ligamento pectíneo e fáscia do m. Pectíneo posteroinferiormente. - Trígono femoral: limitado pelo m. Sartório, adutor longo e ligamento inguinal, essa região contém no plano superficial o hiato safeno, veia safena magna e linfonodos inguinais superficiais, a veia safena magna nasce na região medial do dorso do pé, passa posteriormente pelo maléolo medial até a veia femoral no plano profundo contém os linfonodos inguinais profundos e a a. n. e v. Femoral. - Femoral anterior: na parte superficial temos o ramo cutâneo anterior do nervo femoral e fáscia lata, no plano profundo apresenta os músculos quadríceps femoral (vasto lateral, medialmente, intermédio e reto femoral), iliopsoas e sartório e artéria, veia e nervo femoral. - Medial da coxa: contém os músculos pectíneo, adutor longo, curto e magno e grácil, apresenta vasos e nervos obturatórios e o canal adutor e hiato tendíneo. O canal adutor é formado pelo m. Vasto medial, adutor magno e membrana vasto adutora, já o hiato tendíneo é formado pelas duas inserções do m. Adutor magno, tanto o canal adutor quanto o hiato tendíneo permitem a comunicação da região anterior com a posterior da coxa, por eles passa a artéria e veia femoral, e pelo canal adutor passa também o nervo safeno e artéria descendente do joelho. - Lateral da coxa: no plano superficial temos o nervo cutâneo lateral da coxa e o m. Tensor da fáscia lata e tracto iliotibial (fáscia lata). - Posterior da coxa: temos o nervo cutâneo posterior da coxa, artérias perfurantes, nervo ciático se dividindo em tibial e fibular comum, os músculos isquiotibial (semimembranáceo, semitendíneo e bíceps cabeça longa) e bíceps femoral cabeça curta. - Poplítea: é limitada superiormente pelos m. Isquiotibiais e inferiormente pelo gastrocnêmios lateral e medial, nessa região podemos encontrar o nervo fibular comum o nervo fibular comum, nervo tibial, linfonodos poplíteos, artérias geniculadas (ramos da poplítea), artéria e veia poplítea recebendo a veia safena parva, artéria surais. As fáscias musculares emitem septos que dividem a região da coxa em compartimentos, um anterior, medial e posterior, podem sofrer síndromes compartimentais que comprime artéria, nervo e veia, sendo necessário realizar uma fasciotomia. Perna, tornozelo e péA tíbia é mais grossa e a fíbula é a mais fina. É possível palpar na regulação dos tornozelos o maléolo lateral da fíbula, e o maléolo medial da tíbia, o primeiro é mais distal, por isso, o torcer do tornozelo ocorre mais frequente para medial. Também é possível palpar a tuberosidade da tíbia, por onde se insere o tendão do quadríceps. O pescoço se articula com a tíbia por meio da tróclea do tálus, que fica ao lado do calcâneo, esses ossos se articulam com o tarso pela articulação transversa do tarso, se ligando aos ossos cubóide, navicular e os cuneiforme lateral, intermédios e medial, temos também os metatarsos e as falanges. O pé também apresenta os ossinhos sesamóides. Alguns casos clínicos: esporão do calcâneo é uma espicula óssea do calcâneo que pode gerar inflamação e dor no local, mudando a marcha, postura e tudo mais. O hálux valgo e um desvio do hálux causado pelo primeiro metatarso em varo. Dedo em martelo ocorre devido a uma atrofia de um tendão, reumatismo ou outros fatores. Os movimentos do pé: flexor plantar, flexor dorsal, inversão e eversão Articulações da perna e pé - Articulação tibiofibular proximal: face articular do côndilo lateral da tíbia com a face articular da cabeça da fíbula, é uma articulação sinovial apresentando cápsulas e ligamentos. Apresenta os ligamentos anterior e posterior da cabeça da fíbula. - União tibiofibular medial: membrana interóssea - Articulação tibiofibular distal: é uma articulação fibrosa, sindesmose, que garante uma estabilidade dessa região, envolve a incisura fibular da tíbia e a extremidade distal da fíbula, e o ligamento que mantém essa articulação é o ligamento tibiofibular anterior e posterior. - Articulação do tornozelo (Talocrural): envolve o maléolo lateral da fíbula, o maléolo medial da tíbia, face articular inferior da tíbia com a tróclea do tálus. Os ligamentos dessa região são o ligamento colateral medial do tornozelo (ou deltoide), que apresenta 4 partes, uma parte tibiotalar posterior do ligamento medial do tornozelo, parte tibiotalar anterior, parte tibionavicular e parte tibiocalcanear, o outro ligamento é o colateral lateral com as seguintes partes, parte talofibular anterior do ligamento lateral, parte talofibular posterior e parte calcaneofibular. - Articulação talocalcanear (subtalar): é uma articulação sinovial, reforçada pelo ligamento talocalcanear posterior. - Articulação talocalcaneonavicular: articulação sinovial reforçada pelo ligamento talonavicular dorsal, talocalcanear, ligamento bifurcado, parte calcaneonavicular e parte calcaneocuboide, ligamento plantar longo e o ligamento mola (ou calcaneonavicular plantar). - Articulação calcaneocubóidea: articulação sinovial reforçada pelos ligamento plantar curto (ou calcaneocubóidea plantar). - Articulação cuneonavicular: articulação sinovial reforçada pelo ligamento cuneonavicular - Articulação intercuneiforme: articulação sinovial reforçada pelos ligamentos intercuneiforme dorsal. - Articulação cuneocubóide: articulação sinovial reforçada pelos ligamentos cuneocubóide dorsal. - Articulação tarsometatarsica: articulação sinovial reforçada pelos ligamentos tarsometatarsicos dorsais. - Articulação intermetatársica: articulação sinovial reforçada pelos ligamentos metatársicos dorsais. - Articulação metatarsofalangeana: articulação sinovial com as cápsulas articulares e reforçada pelo ligamentos colaterais, metatársicos transverso profundo. - Articulação interfalangeana: articulação sinovial com cápsulas articulares Músculos da região anterior da pele: - Tibial anterior: - Extensor longo dos dedos: - Extensor longo do Hálux: - Fibular terceiro: inconstante Esses músculos são sustentados pelo retináculo Músculos da região lateral da perna - Fibular longo: - Fibular curto: Músculos da região posterior da perna - Gastrocnêmio lateral - Gastrocnêmio medial - Sóleo Esses três músculos se juntam para formar o tríceps sural ou da perna que formam o tendão calcanear - Plantar - Poplíteo - Flexor longo dos dedos: - Tibial posterior - Flexor longo do Hálux Músculos do dorso do pé - Tendão do m. Extensor longo dos dedos - Extensor curto dos dedos - Extensor curto do Hálux - Tendão do m. Extensor longo do Hálux Esses músculos são envolvidos por bainhas sinoviais tendinosas - Interósseos dorsais Músculos da Planta do pé: Apresenta uma fáscia/aponeurose plantar, temos que rebate-la para ver os músculos. - Flexor curto dos dedos: - Abdutor do quinto dedo: - Flexor curto do quinto dedo: - Flexor curto do Hálux - Abdutor do Hálux - Tendão do músculos flexor longo dos dedos - Quadrado plantar - Lumbricais - Tendão do músculo flexor longo do Hálux - Interósseos plantares - Adutor do Hálux Vasos - Artéria poplítea: surge da artéria femoral ao passar pelo hiato tendíneo do músculo adutor magno. Ela vai emitir os ramos para artéria tibial anterior que segue para o dorso do pé, lateral ao Tendão do Hálux, que nessa região vai formar a artéria dorsal do pé que vai emitir os ramos társicos que vão para os ossos do tarso, o final dessa artéria é a artéria arqueada que vão sair as artérias metatársicas, se dividindo nos dedos, formando as digitais, a poplítea também vai emitir os ramos para formar a tibial posterior que segue para a planta do pé. - Artéria tibial posterior: emite os ramos para artérias plantares lateral e medial, arco arterial plantar profundo, artérias metatársicas plantares e digitais plantares. - Artéria tibial anterior: emite os ramos para as artérias maleolares, társicas, dorsal do pé, arqueada, metatársicas dorsais e digitais dorsais. - Veia safena magna: percorre medialmente até a veia femoral. Nasce no arco venoso, e ascende passando na frente do maléolo medial. - Veia safena parva: percorre lateralmente até a veia poplítea. Nasce no arco venoso, e ascende passando por trás do maléolo lateral. Nervos - Ciático - Tibial: acompanhado pela artéria tibial posterior e veias tibiais posteriores. - Fibular comum - Fibular profundo: - Fibular superficial: - Sural - Plantar medial - Plantar lateral - Nervo Fratura de cabeça e colo de Fíbula lesa o nervo fibular comum Região crural posterior: no plano superficial temos o nervo sural, a veia safena parva e a fáscia muscular, no conteúdo profundo temos o m. Tríceps sural (mm. gastrocnêmio e m. sóleo), plantar, poplíteo, tibial posterior, flexor longo dos dedos e flexor longo do hálux, artéria e veia tibial posterior e nervo tibial. Região curral anterior: no plano superficial temos a veia safena magna, o nervo safeno (infrapatelar e cutâneo medial da perna), fáscia crural e retináculo e nervo fibular superficial e seus ramos cutâneos dorsais. No plano profundo temos o m. Tibial anterior, extensor longo do hálux, extensor longo dos dedos, fibular terceiro, vasos tibial anterior e fibular profundo.