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Caderno-de-resumos-EDICC-6

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6º ENCONTRO DE DIVULGAÇÃO DE CIÊNCIA E CULTURA 
05-06 DE JUNHO DE 2019 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMOS 
 
COMUNICAÇÕES ORAIS E RELATOS DE EXPERIÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
6º ENCONTRO DE DIVULGAÇÃO DE CIÊNCIA E CULTURA 
05-06 DE JUNHO DE 2019 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
6º ENCONTRO DE DIVULGAÇÃO DE CIÊNCIA E CULTURA 
05-06 DE JUNHO DE 2019 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
2 
 
- COMUNICAÇÕES ORAIS – 
Quarta-feira, 05 de junho, das 13h45 às 15h45 
 
 
Sessão 1 | Instituto de Biologia – IB 17...................p. 13 
Debatedor: Marcus Pereira Novaes 
 
1. Divulgação científica em Astronomia para crianças surdas: 
aproximações com escolas bilíngues por meio do programa 
Banca da Ciência - Virgínia Gaiba de França, Emerson Izidoro dos 
Santos e Érica Aparecida Garrutti de Lourenço 
2. Os meninos dos planetas: Intervenção de divulgação 
científica no território da Educação Infantil baseada na obra de 
Ziraldo - Thuane Santos Valverde Magalhães, Emerson Izidoro dos 
Santos e Renata Marcílio Cândido 
3. O universo da Ficção Científica como possibilidade para 
divulgar ciência na primeira infância - Tatiana Pereira da Silva, 
Anna Cecília de Alencar Reis e Luís Paulo de Carvalho Piassi 
4. Construindo a experiência do brincar em espaços escolares 
da sociedade do consumo - Talita Vitória Cordasso Santoro e Victor 
Pimenta Pales Costa 
 
Sessão 2 | Instituto de Biologia – Auditório 1............p. 18 
Debatedora: Márcia Maria Tait Lima 
 
1. O envolvimento de meninas em eventos de divulgação 
científica no desenvolvimento da autonomia e do protagonismo 
na adolescência - Tuany de Menezes Oliveira e Luis Paulo de 
Carvalho Piassi 
2. Fake News e Saúde no Ensino Médio - Cesar Augusto Gomes 
3. Relação de gênero na escola: uma análise a partir de um clube 
de ciências exclusivo para meninas - Gabriela Ferreira da Silva 
Marcondes 
4. Mochilando pelas Galáxias: Do que você precisa para viajar 
pelo Universo? - Kaio Gabriel Gameleira da Silva e Thaís Saboya 
Teixeira 
6º ENCONTRO DE DIVULGAÇÃO DE CIÊNCIA E CULTURA 
05-06 DE JUNHO DE 2019 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
3 
 
5. Banca da Ciência: como um projeto de extensão em 
divulgação científica se estabelece como plataforma de pesquisa 
e formação - Luís Paulo de Carvalho Piassi, Emerson Izidoro dos 
Santos e Rui Manoel de Bastos Vieira 
 
Sessão 3 | Instituto de Biologia – IB18....................p. 25 
Debatedor: Guilherme Ferragut 
 
1. Internet, ciência e fake news: O papel da internet como meio 
de divulgação científica e no combate às fake News - Carlos 
Eduardo Quintiliano, Dayane Santos de Gois e Emerson Ferreira 
Gomes 
2. Estruturas de rede e dispersão de discurso online: a atuação 
de grupos políticos digitais brasileiros - Maria Cortez Salviano 
3. Vigilância e monitoramento na era da Internet das Coisas: um 
olhar sobre o “paradoxo da privacidade” – Quézia Salles Cabral 
Viana e Guilherme Cavalcante Silva 
4. O discurso liberal de grupos políticos no facebook: 
Movimento Brasil Livre e Livres – Erick Lucas Migoto Teodoro 
 
Sessão 4 | Instituto de Biologia – Auditório 2............p. 31 
Debatedora: Camila Pinto da Cunha 
 
1. Efeitos de sentido sobre transgênicos produzidos a partir de 
modificações nas condições de produção de leitura - Alberto Lopo 
Montalvão Neto e Elisabeth Barolli 
2. Representações de licenciandos em Física sobre o uso de 
textos de divulgação científica sobre Energia Nuclear na 
educação básica - Érica Talita Brugliato e Maria José P. M. de 
Almeida 
3. Percepções de jovens cariocas sobre ciência e tecnologia - Ione 
Maria Mendes, Yurij Castelfranchi e Luisa Massarani 
4. A Comunicação Pública da Ciência nos portais das 
universidades federais da região Nordeste - Marcilio José de 
Sousa Costa e Sonia Aguiar Lopes 
5. Divulgação científica e transferência do conhecimento em 
instituições de pesquisa agropecuária em São Paulo - Fernanda 
Domiciano da Silva 
6º ENCONTRO DE DIVULGAÇÃO DE CIÊNCIA E CULTURA 
05-06 DE JUNHO DE 2019 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
4 
 
 
Sessão 5 | Sala de reuniões do Labjor....................p. 38 
Debatedora: Natália Martins Flores 
 
1. O papel da mídia na prevenção, diagnóstico precoce e redução 
de mortalidade por câncer de mama - José de Moura Leite Netto e 
Ademar Lopes 
2. Controvérsias Científicas sobre Tecnologias do DNA: um 
olhar para o Jornalismo Científico - Tássia Oliveira Biazon, 
Alberto Lopo Montalvão Neto e Wanderson Rodrigues Morais 
3. Percepção do público em relação à CT&I pela avaliação das 
cartas de leitores - Adilson Roberto Gonçalves e Simone Pallone de 
Figueiredo 
4. Efeito de exterioridade da ciência: manchetes dos dossiês da 
Revista Arco - Mirella Tavares Joels, Antônio Inácio dos Santos de 
Paula e Mauricio Dias Souza 
 
 
Quinta-feira, 06 de junho, das 8h às 10h 
 
 
Sessão 6 | Instituto de Biologia – Auditório 1............p. 44 
Debatedor: Fabiano Ormaneze 
 
1. Meu corpo em uma palavra: um estudo do discurso de jovens 
universitários sobre a autoimagem corporal - Kátia Zanvettor 
Ferreira e Milena Cristina Peres 
2. Obrigatoriedade e direito ao próprio corpo no discurso 
antivacina - Natiely Rallo Shimizu 
3. O funcionamento discursivo em processos de identificação e 
laço social em discursos de divulgação científica: Movimento 
antivacina - Beatriz Almeida Gabardo e Wanderson Rodrigues 
Morais 
4. A incidência do significante no corpo: o afeto como condição 
da política - Agustina Craviotto 
5. O ato de cuidar e a natureza do levante: pesquisa acadêmica 
desdobrada em redes sociais - Marta Eugenia Fontenele Pimenta 
6º ENCONTRO DE DIVULGAÇÃO DE CIÊNCIA E CULTURA 
05-06 DE JUNHO DE 2019 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
5 
 
 
Sessão 7 | Instituto de Biologia – IB20....................p. 51 
Debatedor: Rafael Alves da Silva 
 
1. Cinema e divulgação científica: reinventado a percepção da 
ciência no cotidiano - Renato Salgado de Melo Oliveira e Gabriella 
Nery da Silva 
2. Superaventuras e ciência: um estudo sobre a representação 
da ciência e dos cientistas em filmes do Hulk - Fernando Alves da 
Silva Filho e Luisa Medeiros Massarani 
3. Cultura e divulgação científica: as possibilidades de diálogo a 
partir do cinema de ficção científica - Livia Delgado Leandro da 
Cruz e Emerson Ferreira Gomes 
 
Sessão 8 | Sala de reuniões do Labjor....................p. 56 
Debatedor: Duílio Fabbri Jr 
 
1. Controvérsias sobre as tecnologias do DNA no Youtube: que 
discursos pautam os canais de divulgação científica? - Renan 
Machado, Alberto Lopo Montalvão Neto e Flávia Novaes Moraes 
2. A codificação do meio ambiente: o discurso de modernização 
e progresso no discurso jornalístico e jurídico sobre o Código 
Florestal Brasileiro de 1934 - Kyene Becker da Silva e Marcos 
Aurélio Barbai 
3. O discurso jurídico em circulação: jogos de memória e poder 
- Marília Boczar de Souza Beraquet 
 
Sessão 9 | Instituto de Biologia – IB17....................p. 60 
Debatedor: Sebastian Wiedemann 
 
1. A memória e o testemunho em Maus, a história de um 
sobrevivente - Guilherme Henrique Vicente 
2. Fogo no mar: as possíveis aproximações do documentário 
com o jornalismo literário - Armando Martinelli Neto 
3. Mais um ensaio sobre a loucura: visões sobre a história da 
luta antimanicomial no município de Campinas - João Manoel da 
Silva Magalhães 
6º ENCONTRO DE DIVULGAÇÃO DE CIÊNCIA E CULTURA 
05-06 DE JUNHO DE 2019 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
6 
 
4. Efeitos de sentido na imbricação entre relações ecológicas e o 
jogo político em Princesa Mononoke (1997): contribuições para 
o Ensino - Wanderson Rodrigues Morais, Alberto Lopo Montalvão 
Neto e Flávia Novaes Moraes 
 
Sessão 10 | Instituto de Biologia – Auditório 2..........p. 66 
Debatedora: Cristiane Dias 
 
1. Balbúrdia! Divulgação Científica da Linguística: Caminhos, 
Tecnologia e Linguagem - Gabriel Agustinho Piazentin 
2. Público leigo, ciência e alteridade- Flávia Novaes Moraes, 
Alberto Lopo Montalvão Neto e Wanderson Rodrigues Morais 
3. Espaços de cidadania e alguns dizeres normativos - Adriana 
Lopes Rodrigues 
4. Resistência, memória e (dis)curso no caso do movimento 
estudantil em protesto à Reorganização Escolar Paulista (2015): 
uma análise em Folha de S. Paulo, Jornalistas Livres e O Mal 
Educado - Minéya Gimenes Fantim 
 
 
Quinta-feira, 06 de junho, das 13h45 às 15h45 
 
 
Sessão 11 | Instituto de Biologia – Auditório 1..........p. 71 
Debatedora: Valquíria Botega de Lima 
 
1. Violências encenadas: efeitos de sentido da fotografia de 
violência contra a mulher no Instagram - Victória Bernardino 
Coelho 
2. A imagem da mulher com deficiência em produtos 
audiovisuais de entretenimento - Thaís R. Alencar 
3. O que consomem as bulímicas? Um estudo sobre a relação do 
transtorno alimentar com o conteúdo consumido na plataforma 
Instagram - Milena Cristina Peres 
4. A indústria da beleza e a (não) neutralidade da ciência - Stella 
Centola Pupo 
5. Uma história social da pílula: a controversa trajetória dos 
contraceptivos hormonais - Camila Pissolito 
6º ENCONTRO DE DIVULGAÇÃO DE CIÊNCIA E CULTURA 
05-06 DE JUNHO DE 2019 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
7 
 
 
Sessão 12 | Instituto de Biologia – Auditório 2..........p. 78 
Debatedora: Lorena Faria 
 
1. “Muitas fugiam ao me ver”: a importância da poesia de 
Carolina Maria de Jesus como problematizadora da cultura 
negra em ambientes educacionais - Julia Amorim Monteiro, 
Camila Oliveira Lourenço e Marco Antonio Villarta-Neder 
2. Entre nós: por uma escrita de afetos mulheris - Maria Carolina 
Scartezini Cruz 
3. O pessoal é político: romper com o indizível por meio de uma 
rádio - Fabiana de Oliveira Benedito 
4. Sujeitos preposicionados circunstanciais e a relação do 
Português Brasileiro e línguas africanas: possíveis 
consequências para a identidade linguística brasileira - Rosana 
Rogeri 
 
Sessão 13 | Instituto de Biologia – IB19...................p. 83 
Debatedora: Natália Martins Flores 
 
1. Quintal da ciência: implementação das atividades a partir da 
participação da comunidade local - Karla Cristina da Silva Souza 
e Grazielle Rodrigues Pereira 
2. Mobilização popular, educação e comunicação: uma análise 
sobre a reabertura do Observatório Municipal Astronômico de 
Diadema a partir da Educomunicação - Graciele Almeida de 
Oliveira, Victor Rondon Fernandes e Renata de Oliveira Seguchi 
3. É possível ler um instrumento científico? A experiência das 
sessões de leitura do Museu de Astronomia e Ciências Afins - 
Cláudia Penha dos Santos e Tânia Pereira Dominici 
4. Comunicação Pública e Educação Ambiental: um estudo sobre 
o Programa Município VerdeAzul em Sorocaba - Gisele Gabriel 
 
Sessão 14 | Instituto de Biologia – IB20...................p. 89 
Debatedora: Andréia Guimarães Moura 
 
1.Iniciação Científica: construção conjunta de projetos - Maria 
Fernanda Moreira e Maurício Fernando 
6º ENCONTRO DE DIVULGAÇÃO DE CIÊNCIA E CULTURA 
05-06 DE JUNHO DE 2019 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
8 
 
2. A Ressurreição da Finitude: a relação entre morte e consumo 
na modernidade líquida - Michael Wesley Oliveira Neves e Gleber 
Paula 
 
 
- RELATOS DE EXPERIÊNCIA – 
Quarta-feira, 05 de junho, das 13h45 às 15h45 
 
 
Sessão 1 | Instituto de Biologia – IB20....................p. 91 
Debatedora: Thamara Zacca 
 
1. Leitura Animada “Caça aos insetos”: articulando arte e 
ciências naturais como proposta de intervenção lúdico-didática 
na educação infantil - Anna Cecília de Alencar Reis, Andreia 
Medeiros Jardim e Emerson Izidoro dos Santos 
2. Divulgação Científica do programa Banca da Ciência no 
contexto da licenciatura em Pedagogia na Unifesp – campus 
Guarulhos - Vitor Amorim, Marina S. Versolato Pugin e Emerson 
Izidoro dos Santos 
3. De Experimentoteca à Ludoteca da Ciência: a construção de 
um acervo de kits lúdico-didáticos - Ricardo Augusto Viana de 
Lacerda, Dayana Aparecida Brito dos Santos e Vitor Amorim 
4. Canções em processos de comunicação da ciência: Possíveis 
diálogos na educação infantil - Érika Dias Soares e Emerson 
Ferreira Gomes 
 
Sessão 2 | Instituto de Biologia – IB19....................p. 96 
Debatedor: Davi Henrique de Oliveira Codes 
 
1. Fragmentos narrativos de um percurso formativo em 
psicologia - Laura De Aro Galera e Leandro de Campos Fonseca 
2. As potencialidades apresentadas pelo filme “Rio” na 
divulgação da educação ambiental - Laise Vieira Gonçalves, 
Augusto Antonio de Paula e Antonio Fernandes Nascimento Junior 
6º ENCONTRO DE DIVULGAÇÃO DE CIÊNCIA E CULTURA 
05-06 DE JUNHO DE 2019 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
9 
 
3. Anima Física: Física de partículas sob o olhar da animação - 
Eduardo Akio Sato, Marcelo Moraes Guzzo e Maurício Squarisi 
4. Oficina chocante: estratégias de divulgação científica na 
escola de temas relacionados à eletricidade - Agnes Rebeca 
Pereira de Lira, Giovanna Marques Santos, Thais Cristine da Silva 
Soares e Emerson Ferreira Gomes 
5. Divulgação Científica do programa Banca da Ciência: a 
experiência dos jogos na Banca da Ciência no Dia Aberto da 
Unifesp – campus Guarulhos - Antônio de Andrade Souza, Adriana 
Regina Braga e Emerson Izidoro dos Santos 
 
Sessão 3 | Instituto de Biologia – IB21...................p. 104 
Debatedora: Laís Virginia Alves Medeiros 
 
1. Ficção científica e super-heroínas: estratégias para debater 
sobre a mulher na ciência - Thaís Saboya Teixeira, Rayana Saboya 
Modanez, Ana Paula dos Santos Sales e Emerson Ferreira Gomes 
2. Grupo de discussão sobre masculinidades na Unicamp: uma 
proposta de reflexão - Gabriel Lopes Cavalcanti, Marco Túlio 
Câmara e Victor Schlude 
3. Festival “Bela, Cientista e do Bar”: visibilidade feminina na 
ciência e na divulgação científica - Lucas Mascarenhas de 
Miranda, Bárbara Lúcia de Almeida e William Ferreira de Oliveira 
Junior 
4. Banca da Ciência no presídio: Uma experiência de difusão 
científica e educação não formal em espaços de privação de 
liberdade - Ana Paula Moreira Alves, Marina Sarvodelli Versolato 
Pugin e Emerson Izidoro dos Santos 
 
 
Quinta-feira, 06 de junho, das 8h às 10h 
 
 
Sessão 4 | Instituto de Biologia – IB19...................p. 110 
Debatedora: Juliana Sangion 
 
6º ENCONTRO DE DIVULGAÇÃO DE CIÊNCIA E CULTURA 
05-06 DE JUNHO DE 2019 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
10 
 
1. Revista Arco, do impressa ao digital: o jornalismo científico e 
cultural da UFSM – Luciane Treulieb 
2. Divulgação científica na UFU: as ações que levam as pesquisas 
para fora da universidade– Taciana Alves de Sousa e Diélen dos 
Reis Borges Almeida 
3. Comunicação pública da ciência na universidade: estratégias 
da assessoria de comunicação da UFU– Diélen dos Reis Borges 
Almeida e Taciana Alves de Sousa 
4. Arco dos saberes: o funcionamento da Revista Arco como 
veículo de divulgação científica - percepções de estágio – Antônio 
Inácio dos Santos de Paula, Cláudia Herte de Moraes e Mauricio Dias 
Souza 
5. Oxidocs: um podcast narrativo para divulgar pesquisas em 
ciências humanas – Beatriz Guimarães de Carvalho, Simone 
Pallone de Figueiredo e Claudia Castellanos Pfeiffer 
 
Sessão 5 | Instituto de Biologia – IB06...................p. 117 
Debatedora: Stella de Mello Silva 
 
1. A relação do PIBID como ferramenta de divulgação científica 
– Cristine Sayumi Yamamoto Eguchi, Daniela Vicente Mendes e Rui 
Manoel de Bastos Vieira 
2. Circuito de papel: Ensino por investigação no espaço formal 
e não formal de ensino – Danilo Macedo Rocha, Rafael Simão e Rui 
Manoel de Bastos Vieira 
3. Um dia de perito: uma proposta de utilização da ciência 
forense no ensino de ciências – Felipe Oliveira da Silva, Juliana 
Suemi Miyano e Rui Manoel de Bastos Vieira 
4. Projeto Ciência Móvel para o Museu De História Natural da 
Universidade Federal De Lavras: ações de Divulgação Científica 
nos municípios sul mineiros – José Sebastião Andrade de Melo e 
Antônio FernandesNascimento Júnior 
 
Sessão 6 | Instituto de Biologia – IB22...................p. 123 
Debatedora: Paula Drummond de Castro 
 
6º ENCONTRO DE DIVULGAÇÃO DE CIÊNCIA E CULTURA 
05-06 DE JUNHO DE 2019 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
11 
 
1. A voz do cientista na política através da divulgação científica: 
Um relato da experiência com o Especial “Ciência e Política” no 
Blogs de Ciência da Unicamp - Erica Mariosa Moreira Carneiro, 
Eduardo Akio Sato e Ana de Medeiros Arnt 
2. Estratégias da Casa da Ciência do Hemocentro de Ribeirão 
Preto para promoção da divulgação científica - Caio Martins Cruz 
Alves de Oliveira e Marisa Ramos Barbieri 
3. Estratégias de engajamento de pesquisadores nas mídias 
sociais do periódico Ciência Rural - Maria Luiza Carvalho De 
Grandi e Natália Martins Flores 
4. “Língua Livre”: divulgação de conteúdo em Linguística e 
Literatura em formato de podcast - Vivian Borges Paixão e Liliane 
Machado 
5. Participação do PIBID Ciências da Universidade Federal de 
São Paulo para divulgação científica no “Encontro De Surdos 
Com a Ciência” na Universidade Federal de São Paulo: um relato 
de experiência - Sandy Samar Santos Silva e Rui Manoel de Bastos 
Vieira 
 
 
Quinta-feira, 06 de junho, das 13h45 às 15h45 
 
 
Sessão 7 | Instituto de Biologia – IB17...................p. 130 
Debatedor: Antonio Carlos Rodrigues de Amorim 
 
1. Caminhadas como estratégia para divulgação da história da 
conservação da natureza: o caso do Horto Florestal de São Paulo 
- Felipe Augusto Zanusso Souza, Natália Ferreira de Almeida e Paulo 
Andreetto de Muzio 
2. Revisitando uma década de atividades de conscientização 
acerca dos problemas poluição luminosa no Brasil - Tânia 
Pereira Dominici 
3. Escrevendo sobre morcegos para audiências mais amplas: o 
desafio da redação de textos de divulgação científica por 
acadêmicos - Valdir Lamim-Guedes 
6º ENCONTRO DE DIVULGAÇÃO DE CIÊNCIA E CULTURA 
05-06 DE JUNHO DE 2019 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
12 
 
4. Estratégias de escrita: utilização de textos de divulgação 
científica no ensino superior de química - Carolina Sotério e 
Salete Linhares Queiroz 
5. A cozinha como meio de contextualização para o ensino de 
ciências na formação inicial de professores - Augusto Antonio de 
Paula, Laise Vieira Gonçalves e Antonio Fernandes Nascimento 
Júnior 
 
Sessão 8 | Instituto de Biologia – IB22...................p. 137 
Debatedor: João Roberto Bort 
 
1. Um diálogo entre a formação cidadã e o reconhecimento de 
povos indígenas por meio da história de Sepé Tiaraju: um relato 
de experiência - Pollyana Cristina Alves Cardoso e Antonio 
Fernandes Nascimento Júnior 
2. Um relato sobre as atividades ligadas à história da música 
afro-brasileira desenvolvidas pelo Núcleo de Estudos Educação, 
Cultura e Sociedade- (NEECS) da Universidade Federal de 
Lavras - Gustavo Henrique Alves Silva, Carolina de Souza Oliveira 
e Antonio Fernandes Nascimento Júnior 
3. Análise de uma aula sobre resistência indígena a partir da 
história de Ajuricaba: um relato de experiência - Carolina de 
Souza Oliveira, Gustavo Henrique Alves Silva e Antonio Fernandes 
Nascimento Júnior 
4. A terra produz seus guerreiros e guerreiras: uma intervenção 
teatral para a compreensão da luta pela terra à luz da Reforma 
Agrária - Gabriel Batista Amaral, Marina Battistetti Festozo e 
Antonio Fernandes Nascimento Júnior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6º ENCONTRO DE DIVULGAÇÃO DE CIÊNCIA E CULTURA 
05-06 DE JUNHO DE 2019 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
13 
 
 
 RESUMOS - COMUNICAÇÕES ORAIS 
 
Sessão 1 
 
Divulgação científica em Astronomia para crianças surdas: 
aproximações com escolas bilíngues por meio do programa Banca da 
Ciência 
 
Virgínia Gaiba de França1 
Emerson Izidoro dos Santos2 
Érica Aparecida Garrutti de Lourenço3 
Universidade Federal de São Paulo 
 
RESUMO: A Banca da Ciência (BC) é um programa de extensão interinstitucional em 
divulgação científica (DC) baseado no uso de materiais didáticos lúdicos de baixo custo 
(PIASSI; SANTOS; VIEIRA, 2017). Entende-se aqui que a BC é um Espaço de Educação 
Não-Formal, na perspectiva discutida por Marandino (2008), que explica a importância 
destes espaços e de seus mediadores a partir do momento em que eles tornam-se grandes 
centros de divulgação científica, pois eles são utilizados para suprimir a defasagem de 
comunicação de extensão que existe entre a produção científica de pesquisadores de 
Ciência e a sociedade, em especial no que se refere a comunidades periféricas. Em 
Guarulhos, por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência 
(PIBID), os graduandos em Pedagogia da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 
da Universidade Federal de São Paulo (EFLCH-Unifesp) têm atuado como mediadores 
na BC divulgando Ciência em escolas, instituições e eventos com público-alvo versátil 
de crianças a idosos. Uma das escolas-campo da BC é a Escola Pública Municipal 
Bilíngue Sophia Fantazzini Cecchinato que possui duas turmas multisseriadas bilíngues 
(libras/português) de crianças com deficiência auditiva com idades entre 6 a 10 anos. O 
Parágrafo Único do Artigo nº 2 do Decreto nº5.626 de 22 de dezembro de 2005 define 
pessoa com deficiência auditiva pela perda bilateral, parcial ou total de 40 dB ou mais, 
aferida por audiograma nas frequências de 500Hz, 1000Hz, 2000Hz e 3000Hz. 
Entretanto, a partir deste ponto, o termo “surdo” será utilizado ao invés de “pessoa com 
deficiência auditiva”, pois entendemos a construção da identidade do sujeito surdo por 
meio da língua de sinais e da cultura surda, ao invés da caracterização de pessoas com 
deficiência no sentido médico legal como aquele sujeito com uma subtração de “audição”. 
Para este primeiro semestre de 2019, as visitas nessa escola têm o objetivo de abordar o 
tema Astronomia para que as crianças compreendam, ao final do semestre, o fenômeno 
envolvendo o sistema Sol-Terra-Lua. Nesse trabalho pretendemos apresentar resultados 
parciais das ações desenvolvidas. Marandino (2008) também discute a definição de 
Educação Não-Formal como outra questão de debate, já que costuma ser comparada com 
à Educação Formal e à Informal. No caso da BC sua plasticidade para acatar diferentes 
demandas e públicos pode confundir ainda mais suas delimitações, apesar desse trabalho 
 
1 virginiagfranca@gmail.com 
2 emerson.izidoro@unifesp.br 
3 egarrutti@yahoo.com.br 
6º ENCONTRO DE DIVULGAÇÃO DE CIÊNCIA E CULTURA 
05-06 DE JUNHO DE 2019 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
14 
 
tratar das ações divulgação científica da BC especificamente para um público escolar e 
diferenciado. Essa abordagem justifica-se quando observado que existem poucos 
trabalhos de pesquisa na interface entre o Ensino de Ciências e a Educação 
Especial/Inclusiva no Brasil (OLIVEIRA; MELO; BENITE, 2012) e, portanto, sobre a 
divulgação científica para o público surdo. Partindo da perspectiva sociocultural de 
Vygotsky (1896-1934) e de forma a favorecer às crianças surdas (GOLDFELD, 1997) 
foram realizadas nessa escola, até então, duas intervenções, mediadas em libras, sobre 
dois temas de Astronomia distintos: “dia e noite” e “rotação”. A partir dessas intervenções 
destacamos três aspectos do processo de DC para esse público: primeiro, a necessidade 
de planejamento de ações de DC voltadas para o público surdo; segundo, a importância 
do conhecimento acerca da libras para a comunicação com esse público específico; 
terceiro, o impacto positivo na divulgação de Astronomia para abordar com os demais 
conteúdos no projeto da escola e de suas turmas bilíngues. Espera-se que, com a 
continuação dessas ações, os mediadores da BC adquiram conhecimento para abordar 
temáticas das Ciências Naturais, em especial Astronomia, pensando especificamente no 
público surdo, levando em consideração a cultura surda e a libras. É nosso objetivo, 
também, que as criançassurdas dessa escola tenham acesso às ideias da Astronomia, 
compreendendo alguns fenômenos inerentes ao sistema Sol-Terra-Lua e associando aos 
demais conteúdos que serão discutidos ao longo deste ano letivo e dos próximos. 
 
Palavras-chave: Divulgação Científica. Ensino de Astronomia. Educação Infantil. 
Surdos. 
 
 
Os meninos dos planetas: Intervenção de divulgação científica no 
território da Educação Infantil baseada na obra de Ziraldo 
 
Thuane Santos Valverde Magalhães1 
 Emerson Izidoro dos Santos2 
 Renata Marcílio Cândido3 
 Universidade Federal de São Paulo 
 
RESUMO: O presente trabalho tem por objetivo analisar uma intervenção não formal 
voltada à abordagem da astronomia, com a temática “sistema solar e exploração espacial”, 
desenvolvida na escola de rede pública de Guarulhos, EPG Walter Efigênio, com crianças 
da educação infantil na faixa etária de cinco anos de idade. A intervenção foi elaborada 
com base no projeto apresentado ao mestrado em educação da Universidade Federal de 
São Paulo, que tem como um de seus objetivos propor, executar e analisar os resultados 
de uma sequência de intervenções - em que as últimas intervenções estão sendo 
elaboradas - baseadas em estratégias de divulgação científica para a primeira infância. As 
estratégias variam desde a literatura infantil, - como é o caso da coleção de livros de 
Ziraldo - contação de história a peças teatrais, produção de figuras com massinha de 
modelar, desenhos ilustrativos, vídeo clipes entre outros. A sequência será desenvolvida 
a partir da coleção de livros infantis “Os meninos dos planetas”, de autoria de Ziraldo. A 
escolha dessa coleção se deu, pois do nosso ponto de vista, pode introduzir de maneira 
 
1 thuanevalverde@gmail.com 
2 emerson.izidoro@unifesp.br 
3 remarcilio@gmail.com 
6º ENCONTRO DE DIVULGAÇÃO DE CIÊNCIA E CULTURA 
05-06 DE JUNHO DE 2019 
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lúdica, a temática da astronomia para crianças. Publicado em 2006 pela editora 
Melhoramentos, “Os meninos dos planetas” trata-se de uma coleção de livros que aborda 
os astros do Sistema Solar. Nesta série, Ziraldo dá vida a nove personagens, meninos que 
habitavam os planetas e a lua. Para análise dos resultados das intervenções, temos 
utilizado como referencial metodológico os conceitos de pesquisa-ação (TRIPP, 2005) e 
pesquisa-intervenção (PASSOS; BARROS, 2015). Segundo Tripp (2005), a pesquisa-
ação é uma das formas da intervenção-ação, que visa aprimorar as práticas desenvolvidas, 
podendo atuar na área da educação como estratégia para professores e pesquisadores 
utilizarem suas pesquisas para o aprimoramento do ensino. Essa metodologia estabelece 
quatro etapas para a sua constituição: planejar, agir, avaliar e descrever. Tem-se uma 
visão de pesquisa-intervenção como dispositivo de transformação, que não visa uma 
mudança imediata da ação, não é instituído, porque a mudança é a consequência da 
produção de uma outra relação entre teoria e prática, bem como entre sujeito e objeto. A 
pesquisa-intervenção é ação, construção, transformação coletiva, análise das forças sócio-
históricas e políticas. Especificamente, nesse trabalho, a proposta é identificar e discutir 
contribuições da intervenção “Onde está a Terra?” para ampliação do repertório das 
crianças sobre a temática “sistema solar e exploração espacial” e como essa ampliação 
pode refletir no processo imaginativo e criativo dessas crianças relacionadas às ciências 
da natureza - com novas experiências que foram disponibilizadas. A intervenção 
analisada foi realizada com a coparticipação de alunas bolsistas do Pibid (Programa 
Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência) Unifesp no contexto do subprojeto de 
extensão J.O.A.N.I.N.H.A (Jogar, Observar, Aprender, Narrar: Investigações sobre 
Natureza, Humanidades e Artes). Este projeto é voltado para crianças de primeira 
infância. Possui linhas de pesquisas que realizam atividades dentro das escolas da 
periferia de Guarulhos que atuam com alunos na pós-graduação de mestrado profissional, 
mestrado e doutorado acadêmico, graduandos de diferentes cursos da Unifesp e USP e de 
alunos de pré-iniciação científica. A atividade investigativa analisada, é de levantamento 
do conhecimento prévio das crianças acerca da localização espacial da Terra e dos 
elementos observados no céu. As crianças foram levadas a pensar sobre onde a Terra se 
localiza, se ela está sozinha (a presença de outros astros), etc. Os questionamentos foram 
realizados de acordo com a curiosidade e informações que as crianças traziam. Logo, em 
seguida, foram convidadas a olhar o céu do lado de fora da sala de aula e após interação 
dialógica, pedimos para que elas desenhassem com canetinhas em uma folha grande de 
papel kraft todas juntas no chão da sala, como imaginavam que era o planeta Terra e onde 
ela se localizava. Essa foi a segunda atividade da sequência de intervenções. A primeira 
atividade foi uma roda de conversa para levantamento de conhecimento prévio acerca do 
sistema solar, dos astros com o enfoque no planeta Terra, já que é o planeta em que 
habitamos. Logo após a conversa, as crianças foram convidadas a assistir o vídeo clipe 
da música “ora bolas” do grupo Palavra Cantada. Com base na metodologia de abordagem 
qualitativa, que se aprofunda no mundo dos significados das ações e relações humanas, 
buscamos averiguar se os objetivos dessa intervenção foram alcançados. 
 
Palavras-chave: Intervenção não-formal. Divulgação científica para crianças. Planeta 
Terra. Céu. 
 
 
O universo da Ficção Científica como possibilidade para divulgar 
ciência na primeira infância 
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Tatiana Pereira da Silva1 
Anna Cecília de Alencar Reis2 
Luís Paulo de Carvalho Piassi3 
Universidade de São Paulo 
 
RESUMO: A ficção científica apresenta possibilidades de discutir ciências naturais em 
relação ao contexto social, pois por meio de uma história de fantasia traz questões da vida 
real e também proporciona entretenimento (PIASSI, 2015). Esse gênero literário retrata 
visões de futuro ao mesmo tempo que problematiza questões atuais, do presente e do 
cotidiano. Nesse ponto de vista, articular a ficção científica e manifestações artísticas 
possibilita promover um espaço de reflexão crítica sobre as ciências em relação aos 
aspectos sociais dos grupos de sujeitos envolvidos nas atividades educativas. A ficção 
científica permite desbloquear o imaginário, tanto no pensamento quanto na linguagem, 
rompendo com os lugares-comuns, o que amplia a capacidade do sujeito refletir sobre si 
mesmo e sobre a sociedade (HELD, 1980). Nesse ponto vista, esse trabalho pretende 
apresentar possibilidades de aproximação entre a ficção científica e o universo infantil, 
tendo como ponto de congruência a Leitura Animada para a divulgação da ciência (REIS; 
SILVA; SANTOS, 2018). Essa dinâmica de desenvolvimento do processo visa promover 
um espaço lúdico, interativo e científico por meio dos elementos artísticos culturais do 
teatro de bonecos e da contação de histórias articulados aos pressupostos de uma 
divulgação científica para crianças. Para tanto, esse estudo foi realizado no âmbito do 
projeto J.O.A.N.I.N.H.A (Jogar, Observar, Aprender, Narrar: Investigando Natureza, 
Humanidades e Arte na pré-escola), pela linha de frente L.U.C.I.A (Leituras Universais 
e Criatividade na Investigação da Arte-Ciência) em parceria com a Universidade de São 
Paulo (EACH-USP) e Universidade Federal de São Paulo (EFLCH-Unifesp). 
Compreendemos que, desta forma, a divulgação científica quando direcionada à criança 
– mesmo que ainda não alfabetizada, busca essencialmente sua inserção no espaço da 
ciência e seu subsequente interesse por ela,como sujeito leitor crítico e também ativo da 
linguagem científica. O estudo foi realizado em três etapas: I) Leitura, análise e 
transcrição teatral do conto de ficção científica em leitura animada; II) Aplicação das 
intervenções lúdico-didáticas de ficção científica pontuais para turmas de crianças com 
idade entre 4 e 6 anos em escolas de educação infantil da rede municipal de São Paulo e 
Guarulhos; III) Análises das intervenções. As intervenções foram adaptadas a partir do 
universo ficcional das histórias de literatura de Ficção Científica: O Homem Bicentenário 
(1976) e o conto Sonhos de Robô (1986) de Isaac Asimov, Frankenstein (1994) de Mary 
Shelley, e As crônicas marcianas (1950) de Ray Bradbury. Por se configurar como um 
discurso social sobre a ciência, as narrativas de ficção científica apresentam personagens 
de cunho científico que podem representar papéis e objetos da ciência, de modo que as 
representações construídas nas narrativas se configuram em sua multiplicidade nesse 
conjunto científico. Os personagens dessas histórias sendo robôs, criaturas e alienígenas 
foram considerados como o ser diferente, e possibilitou explorar questões de alteridade 
visando a percepção da criança sobre o reconhecimento das diferenças no grupo social. 
Buscamos em primeiro lugar analisar se as crianças se envolveram e se manifestaram com 
a interação da narrativa e que tipo de manifestações realizaram, investigando se foram, 
 
1 tatianasilva@usp.br 
2 anna.reis@usp.br 
3 lppiassi@usp.br 
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por exemplo, de caráter científico ou se situaram puramente no campo da magia sem 
referência a elementos da linguagem científica. A transcrição teatral em leitura animada 
possibilitou com que as crianças interagissem entre os pares, com o espaço e a narrativa, 
ampliando a imaginação e pensamento reflexivo em relação a história pois participavam 
como sujeitos ativos no espaço cênico, promovendo discussões a partir das temáticas 
científicas apresentadas. Com base nas intervenções assumimos que a ficção científica 
possibilita a discussão e a reflexão sobre o que é ser diferente em relação ao contexto 
sociocultural, pois ao longo da intervenção, tanto na leitura animada quanto nas atividades 
posteriores a ela, possibilitou a discussão das temáticas em relação as questões científicas, 
gênero, raça, etnia, ética e ambientais. 
 
Palavras-chave: Ficção científica. Educação infantil. Divulgação científica. 
 
 
Construindo a experiência do brincar em espaços escolares da 
sociedade do consumo 
 
Talita Vitória Cordasso Santoro1 
Alan Victor Pimenta Pales Costa2 
Universidade Federal de São Carlos 
 
RESUMO: A pesquisa “Construindo a experiência do brincar em espaços escolares na 
sociedade do consumo”, realizou um estudo crítico-analítico sobre a nova configuração 
do ato de brincar, se atentando aos modos de como essa concepção de brincadeira tem 
atuado nos espaços escolares, prioritariamente na relação criança-brinquedo, e seu 
desenvolvimento balizado por referenciais de consumo na sociedade capitalista 
contemporânea. Com discussão guiada por conceitos de Walter Benjamin sobre a 
infância, brincadeira e educação, o motivo que nos levou a estudar essa nova concepção 
de brincar é o modo como ela tem atuado e controlado a imaginação infantil, diante do 
que sentimos a necessidade de resgatar a potencialidade da criança como um sujeito 
criativo e capaz como concepção fundamental nas instituições escolares e em outras 
instancias sociais (LEITE, 2013). Sendo assim, o aparato teórico que se imbricou nas 
árduas discussões fora as diferentes concepções, ideias e expectativas lançadas sobre as 
crianças e suas atuações na sociedade do consumo, e principalmente, sobre o despertar da 
escola para a constituição e formação do ser criança livre, criativo e sonhador. Para 
aplicação da pesquisa, a metodologia utilizada foi a “pesquisa-ação prática”, referenciada 
como um modelo de pesquisa que atua de forma conjunta na relação pesquisador e sujeito, 
com o objetivo de proporcionar experiências culturais, artísticas e sociais além de 
mudanças construtivas na aprendizagem das crianças. O público alvo contemplado foi a 
sala de aula intitulada “pré” de uma instituição escolar de rede privada na cidade de 
Limeira. Sobre o encaminhamento prático da pesquisa, este se evidenciou na criação de 
“oficinas de brincar”, e se deu como proposta interventiva que possibilitou às crianças 
um momento de reconstrução de si como sujeito protagonista da brincadeira. As oficinas 
foram organizadas em 4 encontros presenciais e realizadas nas sextas-feiras, devido ao 
dia intitulado como “dia do brinquedo” na instituição escolar. O desenrolar das oficinas 
 
1 santoro.talitaa@gmail.com 
2 russo333@hotmail.com 
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se deu na apresentação aos alunos de vários materiais reciclados, como garrafas pet 
limpas e vazias, rolos de papel higiênico, suporte para ovos e etc., visto que os mesmos 
eram livres para inventarem e abusarem da criatividade na construção de seus brinquedos. 
Salientamos que em todo momento a pesquisadora e a professora efetiva da sala 
auxiliaram os alunos para que a montagem de seus brinquedos ocorresse em segurança e 
de forma adequada. Ao chegar ao fim da análise e discussão dos dados construídos nas 
oficinas de brincar, constatamos a dificuldade de categorizar a construção dos brinquedos 
e brincadeiras segundo as premissas teóricas de “invenção” ou “reprodução”, uma vez 
que, as particularidades e singularidades de cada criança ultrapassou e dificultou a 
categorização de suas ações brincantes. Por mais que o nosso foco estivesse nos 
brinquedos, foi impossível desconsiderar a criança que dá vida e sentido ao objeto. Isto 
é, diferente dos brinquedos industrializados tomados pela artificialização da brincadeira 
que independe da criança, os brinquedos construídos revelaram o oposto dessa relação 
unilateral com o ser brincante: o brinquedo é dependente da criança, mas a criança é 
independente ao brinquedo. A protagonização da brincadeira passou do objeto para o 
sujeito criativo e capaz. Dessa forma, o ponto crucial dessa pesquisa se evidenciou no 
movimento de inventividade que os alunos estabeleceram frente a objetos inutilizáveis. 
Aquilo que era considerado sem valor, sem utilidade e sentido fora transformado em algo 
passível de prazer, alegria e brincadeira. Uma experiência do brincar que buscou 
promover um novo sentido e significado tanto para as crianças ao exercer seu 
protagonismo sobre o brinquedo, como para a instituição escolar sobre a possibilidade de 
fazer do “dia do brinquedo” um dia de brincar. Assim, ao desmitificar esse ser infante 
reprodutor do mundo adulto, essa pesquisa concebeu um processo reflexivo sobre como 
as crianças devem ser incentivadas à inventividade para brincarem nos espaços escolares. 
Isto é, os educadores precisam proporcionar momentos e ambientes em que os alunos se 
sintam motivados a experimentar a vida pela ótica da brincadeira e não do brinquedo. 
Constatamos a necessidade de que as escolas assumam a experiência estética como aposta 
política de invenção de mundos nos quais as crianças sejam sujeitos ativos das relações 
sociais e institucionais. Uma prática esta que requer um movimento contrário frente a 
lógica capitalista e consumista imbrincada nas instituições escolares, visto que, enquanto 
o tempo e a autenticidade dos estudantes estão sendo sucumbidos pela reprodutibilidade 
técnica, nós como professores não podemos deixar que as crianças se reduzam a um 
adulto em produção para o futuro. É preciso deixar que ascrianças, antes de tudo, sejam 
crianças. 
Palavras-chave: Educação. Infância. Brincadeira. Experiência. 
 
Sessão 2 
 
 
O envolvimento de meninas em eventos de divulgação científica no 
desenvolvimento da autonomia e do protagonismo na adolescência 
 
Tuany de Menezes Oliveira1 
Luis Paulo de Carvalho Piassi2 
 
1 tuany.oliveira@usp.br 
2 lppiassi@usp.br 
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Universidade de São Paulo 
 
RESUMO: Nosso objetivo nessa pesquisa foi verificar se através do envolvimento de 
meninas, alunas de uma escola municipal de ensino fundamental localizada na zona leste 
da cidade de São Paulo, em apresentações de divulgação científica, que mesclam arte, 
cultura e ciência, é possível desenvolver a autonomia e o protagonismo dessas meninas. 
Nossa questão de pesquisa é parte da pesquisa de doutorado em andamento da autora 
desse artigo, que objetiva refletir sobre a necessidade da criação de espaços educativos 
de exclusividade feminina para o envolvimento das meninas na ciência. Nossa questão se 
justifica pela necessidade de refletirmos sobre a invisibilidade das mulheres na ciência e 
sobre os possíveis modos de transformarmos essa realidade na busca pela 
representatividade feminina e igualdade de gênero em áreas científicas. Desde 2015, 
desenvolvemos projetos que misturam arte e ciência em uma escola municipal de São 
Paulo, esses projetos fazem parte do programa Mais Educação e são coordenados por 
professoras/es da escola. Nos três primeiros anos realizamos projetos de Astronomia, 
Meio Ambiente e Robótica com grupos mistos e, a partir dessa experiência, notamos que 
as meninas não se sentiam confortáveis para se envolver nos projetos e mesmo as que se 
inscreviam acabavam desistindo. Isso nos estimulou a refletir sobre possíveis razões para 
que isso acontecesse e levantamos a hipótese de que as meninas não se inscreviam ou 
deixavam de participar, porque não se sentiam parte daqueles espaços. Decidimos, no 
início de 2018, que fundiríamos os três projetos e criaríamos um único projeto exclusivo 
para as meninas, e assim nasceu o clube de ciências para meninas Puellae in Scientia (do 
latim, Meninas na Ciência). No ano de 2018, contamos com a participação de 
aproximadamente treze meninas dos oitavos anos. Em 2019, há cerca de vinte meninas 
dos nonos anos participando do clube. O clube é coordenado pela autora dessa pesquisa, 
doutoranda em Educação, e por um professor de geografia da escola, mestrando em 
Estudos Culturais; na equipe há também cinco graduandas da Universidade de São Paulo 
dos cursos de Lazer e Turismo, Licenciatura em Ciências da Natureza, Gestão Ambiental 
e Pedagogia. O clube de ciências é parte do projeto Banca da Ciência, do grupo de 
pesquisa INTERFACES da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal de São 
Paulo e se enquadra na modalidade ALICE (Arte e Lúdico na Investigação em Ciência 
nos Espaços Educativos), que é voltada para pré-adolescência e adolescência. A pesquisa 
é desenvolvida na linha de pesquisa EMMA (Estudos da Mulher e das Minorias na Arte-
Ciência), que abrange trabalhos que têm como objetivo discutir as relações entre gênero 
e ciência. Os encontros do nosso clube ocorrem duas vezes na semana (terça e quinta) em 
horário contra turno (do meio-dia às trezes horas). Nesses encontros diversas atividades, 
em sua maioria da escolha das adolescentes, são realizadas, como a produção de 
experimentos científicos, discussões sobre filmes, videoclipes e livros, rodas de conversa 
sobre temas diversos pertinentes a essa faixa etária, visitas técnicas e, o que mais interessa 
a esse artigo, apresentações em feiras e eventos de divulgação científica. No segundo 
semestre de 2018, aconteceu a primeira apresentação pública das meninas do clube de 
ciências no sarau anual da própria escola. A apresentação foi um sucesso e isso empolgou 
as participantes a darem continuidade a esse trabalho e realizarem novas apresentações. 
No final de 2018, uma nova apresentação, na Feira de Projetos da escola, destinada às/aos 
alunas/os e a seus familiares, foi realizada. A partir disso, vimos a necessidade de começar 
a realizar as apresentações em espaços externos e, no início de 2019, as meninas 
realizaram uma apresentação na Feira de Profissões de uma escola particular da cidade 
de São Paulo. Nas apresentações, as meninas realizam e explicam experimentos químicos, 
físicos e de lógica para o público, em sua maioria, produzidos com materiais de baixo 
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custo. Finalmente, em maio de 2019, as meninas participaram do evento USP Ciência na 
Comunidade, que, a partir da parceria entre diversos institutos da USP, objetivava atender 
a um público de aproximadamente duzentas pessoas, entre alunas/os do ensino 
fundamental e médio, professoras/es da rede pública e pessoas da comunidade. A partir 
de trabalhos de Paulo Freire, que aborda a importância da educação transformadora, 
dialógica e problematizadora, e de George Snyders, que faz reflexões sobre a necessidade 
de uma renovação dos conteúdos culturais escolares e da relação entre prazer e 
conhecimento, além de outras autoras e autores dos Estudos Culturais e dos Estudos de 
Gênero, desenvolvemos esse artigo. Utilizamos referenciais da Análise do Discurso para 
analisar episódios selecionados das atividades em que as meninas do clube de ciências 
participaram de apresentações públicas de divulgação científica com o objetivo de 
responder a questão inicialmente colocada. Como resultado, apontamos que o 
envolvimento das meninas em apresentações e eventos de divulgação científica 
contribuiu de forma decisiva para o desenvolvimento da autonomia e protagonismo 
dessas adolescentes. 
 
Palavras-chave: Clube de Ciências. Igualdade de Gênero. Adolescência. 
 
 
Fake News e Saúde no Ensino Médio 
 
Cesar Augusto Gomes1 
Labjor/IEL/Unicamp 
 
RESUMO: Esta pesquisa tem como objetivo verificar se e como as escolas do Ensino 
Médio de Campinas, públicas e privadas, têm preparado o estudante para a leitura crítica 
da mídia e identificação de fake news, tendo como referencial as informações que 
circulam sobre Saúde na Internet. Com o advento desta que Lévy (2013) chamou de “a 4ª 
Revolução da Comunicação Humana”, o cidadão comum passa a ser produtor e 
distribuidor ativo de conteúdo, a competir com o jornalismo na tarefa de agendar o debate 
na sociedade e a fabricar consenso (CHOMSKY; HERMAN, 1994). Apesar das inúmeras 
regulações existentes, tanto no campo da legislação quanto no da engenharia de software, 
no que tange ao estudo de algoritmos e seu papel no cenário atual, esse protagonismo do 
cidadão comum tem possibilitado a proliferação de fake news, termo que, neste momento 
histórico, não dá conta tanto da natureza quanto da escala do problema da desinformação 
na sociedade (WARDLE; DERAKHSHAN, 2017). Elas têm sido usadas para disseminar 
e legitimar crenças sobre a eficácia e necessidade das vacinas, em detrimento de fatos 
científicos, fenômeno denominado de Pós-fato (MANJOO, 2008) ou Pós-verdade 
(OXFORD, 2016), cuja distorção tem provocado mudanças importantes na percepção da 
realidade. É necessário salientar que a manipulação da informação factual não surge com 
o advento da internet, pelo contrário, remonta ao Império Romano, passando pela 
Revolução Francesa, chegando a influenciar o processo político brasileiro, no ano de 
1937, no contexto da implantação do Estado Novo por Getúlio Vargas. O cenário atual 
inovou na possiblidade de disseminação mais rápida e exponencial desse tipo de 
informação ou desinformação, cujas consequências se espraiam pela sociedade, 
causando, por exemplo, recentemente, o retorno de doenças entãoerradicadas, devido a 
 
1 c.agomes161@gmail.com 
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movimentos antivacinas que se instalaram nas Redes Sociais Digitais (RSD). No curto 
prazo, a sociedade se mobiliza criando agências de checagem de informações, as Fact-
Checking, legislações punitivas e até algoritmos que tentam identificar conteúdos 
fabricados para enganar. No médio prazo, especialistas concordam que é preciso 
aproveitar esse debate como oportunidade de se educar para a leitura crítica da mídia e 
formar o leitor para identificar e saber lidar com tais deturpações. Nesse sentido, quando 
se olha para a Educação, os números preocupam: 11,8 milhões de brasileiros, segundo 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2016), não sabem ler sequer uma 
frase ou sentença; apenas 8%, segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF, 
2016), podem ser considerados proficientes em leitura; apenas 56%, segundo a pesquisa 
Retratos da Leitura (2016), são leitores assíduos. O próprio poder público admite seu 
fracasso na implantação de políticas educacionais eficientes, conforme reconheceu o 
então Secretário da Educação do Estado de São Paulo, Jose Roberto Nalini, em entrevista 
ao jornal Folha de S. Paulo (2018). Ao responder sobre desempenho nas avalições 
externas, revelou que “Nós (as escolas estaduais) adestramos crianças. E depois, como 
avaliamos? Vemos se elas memorizaram esse conteúdo”. Em tempo, convém esclarecer 
que alfabetização midiática, contudo, não significa simplesmente levar as mídias para a 
aula. Conforme Caldas (2006: 122) para realizar uma leitura crítica dos meios é preciso 
“aprender sobre o mundo editado pela mídia, a ler além das suas aparências, a 
compreender a polifonia presente nos enunciados da narrativa jornalística (...) capacitar 
professores e alunos para entender os sentidos, o significado do implícito no discurso da 
imprensa”. Esta pesquisa tem como aparato teórico a Pedagogia da Autonomia, de Paulo 
Feire (2008), a Educomunicação, de Ismar de Oliveira Soares (2000), a Pedagogia dos 
Multiletramentos, de Roxane Rojo (2012), a Comunicação Ubíqua, de Lúcia Santaella 
(2013) e a Midiatização da Cultura e da Sociedade, de Stig Hjarvard (2014) entre outros. 
Utiliza como metodologia central o método de checagem da International Federation of 
Library Associations and Institutions (IFLA) e os princípios estabelecidos pela 
International Fact-Checking Network (IFCN), bem como os Sete Tipos de 
Desinformação, da pesquisadora Claire Wardle, do instituto First Draft, ligado à 
Universidade de Harvard. Investiga, por meio de testes e entrevistas se o aluno do ensino 
médio das escolas públicas e privadas de Campinas consegue, efetivamente, distinguir 
um conteúdo factual de um não factual, a partir de sua compreensão sobre as controvérsias 
que envolvem as vacinas e seus efeitos para a saúde pública. Se e como a escola vem 
trabalhando a alfabetização midiática e enfrentado o desafio da leitura no ambiente 
digital. Quer saber qual a visão dos docentes sobre todo esse processo. Pretende 
contribuir, assim, não só, para apontar possíveis ruídos surgidos na opinião pública com 
a proliferação das fake news versus informações qualificadas, a partir de evidências 
científicas, como também, para trazer luz ao debate sobre as formas de produção, de 
disseminação e de consumo das notícias no mundo atual. Uma reflexão necessária que 
permita apontar caminhos para transformar as RSD na Ágora Moderna, tornando-as 
ferramentas da Tecnodemocracia, essenciais na sociedade para a formação de uma 
cidadania ativa e plena. 
 
Palavras-chave: Comunicação. Educação. Leitura Crítica da Mídia. Vacinas. 
 
 
Relação de gênero na escola: uma análise a partir de um clube de 
ciências exclusivo para meninas 
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Gabriela Ferreira da Silva Marcondes1 
Universidade De São Paulo 
 
RESUMO: Esta pesquisa busca analisar as relações de gênero na escola, através de 
experiências e relatos de meninas estudantes do ensino fundamental da Escola Municipal 
Arquiteto Luís Saia localizado na Zona Leste de São Paulo. Estas garotas participam do 
Clube de Ciência (Puellae in Scientia) organizado por estudantes da Escola de Artes, 
Ciências e Humanidades - Universidade de São Paulo (EACH – USP), este clube faz parte 
do projeto Banca da Ciência que tem como um dos seus objetivos popularizar a ciência. 
Puellae in Scientia, que do latim significa meninas na ciência, é o nome do clube de 
ciência exclusivamente feminino e que existe há um ano e quatro meses. Esta proposta 
surgiu após três anos desenvolvendo outros projetos nesta mesma escola, nos quais 
apenas os meninos participavam, embora fossem projetos mistos. Os projetos sempre 
tiveram um viés de empoderamento de meninas na ciência, entretanto constatou-se que 
isso não seria possível se as meninas não participassem do que era proposto. A partir desta 
experiência foi desenvolvido um clube de ciência apenas para meninas, que teve como 
finalidade inicial verificar se desse modo elas participariam mais ativamente das 
atividades. Neste clube são desenvolvidos experimentos científicos, roda de conversas 
sobre temas escolhidos pelas garotas, jogos lúdicos, apresentação de filmes e músicas que 
abordam a temática da ciência e da mulher, além de proporcionar ida a museus, 
universidades, encontros com mulheres cientistas e feiras de ciências apresentadas pelas 
garotas e promovidas pelo Projeto Banca da Ciência. O resultado deste clube não poderia 
ser mais positivo. Notamos que as meninas participam muito mais das atividades, 
compartilham conhecimentos uma com as outras, fortalecem suas relações e demonstram 
mais interesse pela ciência do que quando estavam em projetos que os meninos 
participavam. Esta experiência também suscitou diversas discussões entre as meninas 
sobre a desigualdade de gênero presente na escola, principalmente durante os horários 
das aulas, nas quais elas se sentem mais inseguras e os meninos se destacam. Segundo as 
meninas mesmo sabendo das respostas que são perguntadas pelos professores, elas 
hesitam em responder por conta da presença dos meninos. A partir disso verifica-se a 
necessidade de entender melhor o motivo das garotas se sentirem mais confiantes quando 
estão em um projeto exclusivamente feminino e como são suas relações com os meninos 
na sala de aula. Nota-se também a importância de estudar, compreender e analisar o 
comportamento das meninas e dos meninos na escola, tendo em vista que a vida escolar 
é um momento muito importante para se formar opinião, construir identidade e senso 
crítico, bem como tem influência em muitas escolhas fundamentais, por exemplo, a 
profissão que querem seguir. Este estudo ancora-se metodologicamente na investigação 
narrativa a partir das contribuições de Larrosa (1996, 2004) e Connelly e Clandinin 
(1995). Nesta perspectiva teórica é possível interpretar a narrativa como formações 
discursivas por meio das quais os sujeitos vão dando sentido aos percursos que são 
vividos. São utilizados como aporte teórico, os estudos na área da educação não formal 
dentre os/as autores/as Gohn (2006) e Trilla (2008). A metodologia de verificação das 
entrevistas centra-se na análise do discurso a partir de Michel Foucault (2008). A pesquisa 
tem como resultado esperado uma análise dos discursos que são gerados nas atividades e 
rodas de conversa do clube e também nas entrevistas realizadas com as meninas, com 
intuito de investigar como a desigualdade de gênero na escola interfere no desempenho 
 
1 gabriela.marcondes@usp.br 
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das meninas, nas suas relações e decisões. O presente texto reforça ainda a importância 
da educação não formal e divulgação científica, da indispensabilidade de se discutir 
gênero como um ato político e ciência na escola, além disso, ressalta a relevância de 
existir projetos como este que levantam questões que precisam ser discutidas e estudadas. 
 
Palavras-chave: Relação de Gênero. Clube de Ciência. Divulgação Científica. Educação 
não formal. 
 
 
Mochilando pelas Galáxias: Do que você precisa para viajar pelo 
Universo? 
 
Kaio Gabriel Gameleira da Silva1 
Thaís Saboya Teixeira2 
Universidade de São Paulo 
 
RESUMO: Como discutir sobre o universo de maneira informal com os jovens? Como 
despertar seu interesse pelo assunto? Como levar – ou mesmo apresentar – a ficção 
científica para pré-adolescentes? Estes são desafios que buscamos superar neste trabalho. 
Acreditamos que a ciência precisa ser discutida com os jovens, mas que isso precisa ser 
feito para além do ambiente de sala de aula, mostrando que a ciência é mais acessível do 
que possa parecer e que eles podem se apropriar dela. Para isso adotamos algumas 
estratégias, sendo a primeira valer-nos da ficção científica (FC) como ferramenta, tendo 
em vista que ela traz histórias com temáticas científicas unidas a reflexões acerca da 
sociedade, fornecendo um panorama vasto para discussões (PIASSI, 2007). A utilizamos 
a partir de atividades de Divulgação Científica (DC) buscando levar as histórias de FC e 
os debates de ciência até os jovens de maneira lúdica e atrativa (ALBAGLI, 1996). Dessa 
maneira é possível aproxima-los mais das temáticas, propor debates e ainda levar 
diferentes histórias de ficção científica para que possam conhecer. O trabalho é 
desenvolvido dentro do Projeto Banca da Ciência, mais especificamente na linha de 
pesquisa L.U.C.I.A. (Literatura, Utopias e Cenas na Investigação da Arte-Ciência) utiliza-
se de leituras para inspirar as atividades, acreditando-se que fornecem o cenário ideal para 
as mesmas e que é preciso que os jovens se sintam capazes também de apoderarem-se 
dela. Aqui falaremos de uma atividade inspirada no livro “The Hitchhiker’a Guide to the 
Galaxy”, de Douglas Adams, que é bastante cômico e costuma atrair a atenção dos 
participantes. A intervenção foi realizada em um espaço educativo na zona leste de São 
Paulo e consistia em narrar um pouco da história e logo em seguida realizar um jogo de 
mímica, com palavras que estão relacionadas ao que foi contado, visto que a dinâmica 
costuma funcionar bastante com o grupo e ajuda a ‘’quebrar o gelo’’. Vamos descrever 
um pouco mais sobre a atividade em si, para que no final possamos colocar uma breve 
análise desse trabalho como um todo. Os participantes foram divididos em grupos e 
conforme foram acertando as mímicas avançavam na atividade, ganhando alguns pontos. 
Para a etapa seguinte, foi proposto que cada grupo desenhasse – em uma cartolina – o que 
levariam caso fossem para uma viagem no espaço, sendo que ficou delimitado a escolha 
de apenas um objeto para cada integrante, e neste caso também a escolha era de certo 
modo coletiva, já que deveriam discutir suas estratégias para a sobrevivência no espaço, 
 
1 kaiogabriel@usp.br 
2 thais.saboya.teixeira@usp.br 
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na etapa final da atividade pediu-se para que os grupos apresentassem suas escolhas uns 
aos outros, contando um pouco também quais os motivos os levaram a escolha daqueles 
itens. É possível perceber como as etapas da atividade complementaram-se e geraram 
caminhos para que diferentes discussões acontecessem, até mesmo fora dos âmbitos 
previstos. A mímica ajudou a deixá-los um pouco mais à vontade e criar certo vínculo 
entre os membros do grupo e até os monitores que aplicaram a dinâmica, enquanto os 
desenhos os estimularam a ir mais a fundo no assunto e, por estarem em grupos, gera 
troca de ideias entre eles. Foi possível perceber aqueles que sugeriram objetos de 
fundamental importância para a sobrevivência, como alimentos, oxigênio etc; outros que 
sugeriram coisas mais relacionadas ao seu próprio cotidiano, que não ficariam sem, como 
bola, pão (para o café da manhã); e alguns que fizeram relações com outras atividades 
anteriores que já haviam participado. Também identificar o interesse deles pela temática, 
surgindo diversas dúvidas sobre o universo e viagens espaciais. Entendemos que as 
atividades contribuem, então, para despertar o interesse dos jovens sobre as temáticas 
propostas, ajudando a envolvê-los mais com a ciência e a literatura. 
 
Palavras-chave: Divulgação Científica. Ficção Científica. Literatura Juvenil. 
 
 
Banca da Ciência: como um projeto de extensão em divulgação 
científica se estabelece como plataforma de pesquisa e formação 
 
Luís Paulo de Carvalho Piassi1 
Universidade de São Paulo 
Emerson Izidoro dos Santos2 
Rui Manoel de Bastos Vieira3 
Universidade Federal de São Paulo 
 
RESUMO: O projeto "Banca da Ciência" (Piassi, Santos & Vieira, 2015) realiza ações de 
disseminação científica para o público infantil e juvenil em ambientes educacionais na 
Macrometrópole Paulista. Dentro de um raio de cerca de 100 km da cidade de São Paulo, 
a MMP abriga uma população de aproximadamente 33 milhões de habitantes, 
constituindo o maior aglomerado urbano do continente americano e caracterizado por 
intensa desigualdade socioeconômica (Haddad, 2009). As ações da Banca da Ciência são 
geridas por unidades universitárias públicas cujos campi estão localizados em áreas 
periféricas dessa região e tem como objetivo incentivar o acesso de estudantes de baixa 
renda a programas universitários de graduação e pós-graduação. A iniciativa centra-se em 
atividades recreativas baseadas em mídia popular, artefatos e práticas culturais que 
enfatizam narrativas de fantasia e ficção científica para abordar questões sociais como 
igualdade de gênero, direitos dos animais, sustentabilidade, etc. Como programa de 
divulgação científica destinado a abordar questões sociais, a “Banca da Ciência” abre 
espaço para o ativismo de forma que “reúne diversos grupos, com comprometimentos 
suficientemente comuns, mas compromissos educacionais e políticos divergentes, de 
modo a poderem compartilhar e aprender em conjunto como "sujeitos" em vez de 
"objetos" de processos educativos” (Alsop & Bencze, 2004, p. 8). O desenho de tal 
 
1 lppiassi@usp.br 
2 emerson.izidoro@unifesp.br 
3 rui.vieira@unifesp.br 
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proposta em uma sociedade altamente desigual como o da MMP, pode ser entendido 
como uma tarefa revolucionária a partir de uma perspectiva freireana (Freire, 2017, p. 
93). O projeto “Banca da Ciência” executa ações em diferentes formatos e destinadas a 
diversos públicos em espaços e configurações específicas. Essas atividades são 
desenvolvidas e executadas por estudantes de diferentes cursos de graduação como uma 
formação complementar em divulgação de ciência baseada em ativismo. Os grupos de 
desenvolvimento de atividades estão constituídos em três diferentes linhas de interesses. 
A primeira, voltada para Causas Sociais, contém o grupo Dian, que trabalha com em 
direitos animais e sustentabilidade envolvendo a relação ética com o meio ambiente e 
outras espécies; e o grupo Emma, que visa incentivar e capacitar a presença, inclusão e 
valorização das mulheres e minorias na arena da ciência. A segunda linha de interesse, 
relacionada com Interesses Culturais, possui o grupo Lucia, que adota narrativas 
ficcionais de fantasia para discutir suas representações,concepções e papéis através da 
lente de artefatos imaginativos; o grupo Maria, que utiliza artefatos e práticas de 
brincadeiras, jogos, humor e outros elementos culturais do lúdico, no contexto da ciência; 
e o grupo Rita, que investiga o ritmo e a cultura musical em suas relações com a ciência, 
incluindo canções, dança e práticas afins. A terceira linha de interesse estuda como 
promover C&T Acessível, possui o grupo Annas, que desenvolve experimentos simples 
e de baixo custo e protótipos científicos com materiais familiares da vida cotidiana; e o 
grupo Lira, que desenvolve protótipos robóticos, eletrônicos e de programação 
envolvendo cultura maker e plataformas abertas de hardware e software abertas. Além 
disso, alguns grupos de trabalho e/ou projetos podem ser combinados: por exemplo, um 
projeto de Emma-Lucia pode ser criado para discutir questões de gênero na ciência por 
meio de filmes de ficção científica e romances. O objetivo desse trabalho é realizar um 
meta-relatório dessas atividades frente aos aspectos de engajamento e ativismo, 
analisados por meio de depoimentos das mediadoras coletados em entrevistas ou outros 
processos sistemáticos de gravação de fala. Nesse trabalho, apresentamos cada um dos 
programas, sua estrutura e consecução em cada uma das universidades participantes 
(USP, UNIFESP e IFSP) e examinamos os discursos de mediadoras selecionadas desses 
grupos para identificar parâmetros de compromisso e impacto percebido de seu 
engajamento no projeto. Pudemos identificar nos projetos o engajamento dos alunos nos 
processos de comunicação da ciência em espaços formais como escolas e universidades 
e em espaços sociais para a recepção de crianças e adolescentes em situação de 
vulnerabilidade social, além de espaços públicos-diversos. A possibilidade de integrar 
diferentes linhas de pesquisa/interesse permitem uma disseminação da ciência em uma 
perspectiva interdisciplinar, refletindo a ampla participação de estudantes de diferentes 
níveis de ensino superior e básico. Além disso, podemos notar que, em alguns casos, unir 
as linhas de interesse pode resultar em benefícios para as alunas(os) de graduação para 
além de suas perspectivas acadêmicas, uma vez que alguns deles acabam mudando seus 
hábitos e atitudes. O programa desempenha também um papel fundamental na integração 
da comunidade acadêmica com a comunidade local, colaborando com a comunicação 
científica para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Esse 
contato, especialmente a partir de uma perspectiva que levanta o debate sobre a 
desigualdade de gênero na ciência, artes e sociedade em geral é, do nosso ponto de vista, 
fundamental, especialmente na faixa etária em que trabalhamos. 
 
Palavras-chave: Sócio-ativismo. Comunicação pública da ciência. Relação comunidade-
universidade. 
 
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Sessão 3 
 
Internet, ciência e fake news: O papel da internet como meio de 
divulgação científica e no combate às fake news 
 
Carlos Eduardo Quintiliano1 
Dayane Santos de Gois2 
Emerson Ferreira Gomes³ 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - Campus Boituva 
 
RESUMO: Esta pesquisa tem como objetivo analisar a capacidade da internet como 
ferramenta de divulgação científica e seu papel como contrapeso na disseminação das 
fake news acerca das ciências da natureza. Nota-se que, por meio do desenvolvimento das 
tecnologias, tais como a internet, decorrente da segunda grande guerra, meios de 
comunicação como a televisão, rádios e jornais perderam partes significativas de sua força 
como protagonistas na divulgação de informações. Tal evento se justifica por diversos 
motivos. A quebra parcial do monopólio dos canais de televisão fez com que o indivíduo 
receptor tivesse acesso a diversas perspectivas a respeito de um determinado assunto, já 
que a internet conta com um conjunto infindável de informações que se intensificam todos 
os dias. Isto é, as redes e mídias sociais on-line despertaram a necessidade de mudanças 
nas práticas jornalísticas tradicionais, principalmente no que se relaciona ao conceito de 
imparcialidade (CARVALHO e BELDA, 2017) A metodologia em que assuntos relativos 
à ciência são abordados é um assunto que faz parte principalmente dos métodos 
pedagógicos mais progressistas como os de Paulo Freire (2013) e George Snyders (1988), 
falando a respeito da liberdade na visão educacional e a satisfação de um estudante ao se 
deparar com abordagens que incluam sua cultura primeira. Ambos são aspectos 
proporcionados pela internet, seja pela disponibilidade de informações científicas 
acessíveis a quase todas as classes da sociedade, proporcionando um espaço de críticas e 
expressões da realidade do indivíduo, seja pelas diversas formas do conteúdo de um 
conhecimento propostos na rede. Segundo Fayard (1999), é possível perceber que o 
desconhecimento público acaba por diminuir se levarmos em consideração um atual 
diálogo entre a ciência e a sociedade, proporcionado pela prática de comunicação atual. 
A internet, com sua eficiência em relação ao tempo, permite a publicação eletrônica de 
revistas científicas e por conseguinte permite que os artigos estejam disponíveis 
imediatamente após aprovação pelos editores. Isso justifica a atenuação do espaço entre 
o povo e o conhecimento científico. A partir desse diálogo, é notório que a internet 
dinamizou e disseminou os processos de conhecimento, sejam eles legítimos ou não. Este 
ponto torna-se fundamental para compreender o processo atual das fake news. 
Informações com aspectos questionáveis não se deram apenas no século XXI. Tomemos 
como exemplo a corrida espacial, com a ida do homem à lua no final dos anos 60. 
Numerosos e insistentes rumores se dispersaram pelo mundo nos quais diziam que a 
expedição teria sido integralmente gravada em um estúdio secreto e que tudo não passava 
de uma farsa. Partindo para os dias atuais temos como exemplo o movimento antivacina 
 
1 ce.quintiliano@gmail.com 
2 dayanesg.ifsp@gmail.com 
³ emersonfg@ifsp.edu.br 
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ou terra planista que não possuem uma base científica sólida. Tais manifestações com 
conceitos equivocados através da internet atingem uma grande massa de pessoas visto 
que estas argumentações pseudocientíficas se difundem sem risco de afetar o autor, já que 
na maioria das vezes estes conseguem permanecer no anonimato na web. Nesses e em 
diversos outros contextos, principalmente no século XXI, emerge o conceito de pós-
verdade onde, segundo Luce e colegas (2017), informações sem embasamento científico 
sólido, acabam por mascarar ou idealizar uma verdade. Estas utilizam como recurso 
questões emocionais, ideológicas e assuntos controversos para que ganhe destaque nas 
redes sociais. Esta pesquisa não analisa necessariamente a veracidade dessas informações, 
refutando-as com base no método científico, mas sim as características que estas possuem 
de atrair adeptos. Desta forma, analisamos um conjunto de sites que comunicam diversos 
assuntos relacionados às ciências da natureza, sejam eles reconhecidos ou não pela 
comunidade científica, e verificar as características que utilizam para sua divulgação 
observando a capacidade dessas de atingir um número significativo de receptores, tendo 
como base recursos que já foram citados antes como a forma do conteúdo, sendo esta 
atrativa para o indivíduo utilizando sua cultura primeira, a maneira com que a informação 
gera um senso crítico e de liberdade e com isso analisar a capacidade geral da internet de 
divulgar a ciência e se opor às fake news. Nesse sentido, buscamos compreender de que 
forma a internet se sucedeu no queé hoje, analisando seu progresso histórico desde o 
avanço técnico-científico informacional do século XX e apresentar as ferramentas que 
esta utiliza para atingir a comunicação em massa. 
 
Palavras-chave: Divulgação científica. Internet. Fake news. Pós-verdade. 
 
 
Estruturas de rede e dispersão de discurso online: a atuação de grupos 
políticos digitais brasileiros 
 
Maria Cortez Salviano1 
Universidade Estadual de Campinas 
 
RESUMO: Nos últimos anos, a Internet se tornou peça essencial em debates sobre a 
participação democrática e a cidadania, devido principalmente às novas relações sociais 
que possibilita e ao enorme volume de dados e metadados que movimenta - também 
chamados big data (KITCHIN, 2014). Desde o seu surgimento, o ciberespaço tem sido 
pauta de declarações as mais apaixonadas sobre as suas potencialidades emancipatórias; 
alguns autores destacaram, por exemplo, que a sua estrutura descentralizada abriria 
espaço para uma grande liberdade individual e para ações políticas inovadoras, longe de 
um Estado “opressor” (BARLOW, 1996). No entanto, observa-se que o ciberespaço é o 
lugar por excelência de um novo tipo de poder, que se manifesta não mais via disciplina 
(FOUCAULT, 1975), mas pelo controle (DELEUZE, 1992). Neste cenário, o poder passa 
a agir principalmente no espaço aberto, modulando escolhas, fluxos, indivíduos. Uma 
ação totalmente imprevisível torna-se cada vez mais difícil nesta estrutura, visto que 
qualquer movimento é passível de gerar dados e, portanto, ser monitorado. Porém, 
compreender (mesmo que superficialmente) a lógica deste ambiente altamente conectado 
e saber se movimentar nele podem ser consideradas ferramentas políticas essenciais 
atualmente, visto que permitem um posicionamento menos passivo em um espaço 
 
1 maria.salviano@gmail.com 
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controlável e um lugar de relativa influência nos debates na esfera pública. Isto é ainda 
mais relevante diante do surgimento de uma opinião pública digital, que tem afetado 
fortemente os espaços tradicionais da atividade política – sendo a eleição de Jair 
Bolsonaro para a Presidência o caso mais significativo no Brasil nos últimos anos. Além 
deste exemplo, uma série de movimentos políticos que se declaram apartidários tem tido 
grande influência no debate digital, com destaque para os grupos que divulgam ideias 
associadas à direita ou à extrema direita e que se utilizam de argumentações simplistas e 
mensagens espetaculares (muitas das quais comprovadamente falsas) para influenciar a 
opinião pública. Longe de uma visão utópica que destacaria a essência emancipadora da 
Internet, este trabalho pretende analisar as formas pós-modernas como os indivíduos se 
relacionam com as esferas tradicionais da política e as possibilidades de ação política 
computacional. Para tanto, propõe um estudo do modo pelo qual grupos como o 
Movimento Brasil Livre (MBL) mobilizam seus afetos em ambientes digitais e sugere 
pensar em uma aliança entre estrutura reticular e conteúdo semântico, olhando 
simultaneamente para o discurso utilizado por tais movimentos e para a estrutura em rede 
que permite a ampla difusão de suas ideias. Como objeto de estudo, a pesquisa buscará 
analisar as publicações em redes sociais com maior dispersão sobre a reforma da 
Previdência feitas pelo MBL entre abril e maio de 2019, observando que elementos do 
discurso conseguiram maior adesão da opinião pública digital e de que forma as 
mensagens circularam pela rede de apoio do grupo e a impactaram. A proposta de reforma 
que está sendo discutida no Congresso é amplamente defendida pelo MBL, seja online, 
com várias publicações a seu favor em seus perfis oficiais nas redes sociais e em seu site, 
seja nas ruas, com uma série de atos em prol de sua aprovação em muitas cidades 
brasileiras. Outros movimentos políticos similares, como o Vem Pra Rua, também são 
favoráveis à reforma da Previdência; juntos, tais grupos tentam gerar um discurso positivo 
a respeito da proposta em ambientes digitais, desqualificando as críticas a ela (afirmando 
que se tratariam de fake news, por exemplo) ou exaltando supostos benefícios que a 
medida poderia trazer ao país. É importante notar, porém, que a proposta de reforma da 
Previdência que tramita no Congresso deverá demorar alguns meses para ser efetivamente 
negada ou aprovada – portanto, é provável que ainda não haja um “desfecho” para este 
embate de narrativas políticas até a data em que este trabalho seja apresentado no 
Encontro de Divulgação de Ciência e Cultura. No entanto, mais do que comentar ou 
prever os fins, a pesquisa pretende analisar os meios pelos quais a propaganda política 
computacional é feita atualmente, atentando para os contextos em que esta emerge. 
 
Palavras-chave: Sociedades de controle. Redes sociais. Política. Big Data. Ativismo 
digital. 
 
 
Vigilância e monitoramento na era da Internet das Coisas: um olhar 
sobre o “paradoxo da privacidade” 
 
Quézia Salles Cabral Viana1 
Guilherme Cavalcante Silva2 
Universidade Estadual de Campinas 
 
1 queziasalles@outlook.com 
2 guilhermecavalcantesilva@outlook.com 
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RESUMO: As revelações de Edward Snowden a respeito das práticas de vigilância 
operadas pelo governo americano e o recente caso da Cambridge Analytica, empresa pivô 
no escândalo do Facebook, despertam o olhar crítico sobre as formas e consequências do 
monitoramento vigente na sociedade contemporânea (LYON, 2015). Além disso, com a 
crescente emergência dos objetos conectados e do Big Data, a diversidade e a quantidade 
de dados pessoais provenientes de todas as fontes possíveis ganham nova proporção. 
Pesquisas apontam que o Brasil pode ter 100 milhões de objetos conectados até 2025, o 
que implica em um acúmulo de dados e formas de vigilância cada vez mais amplas, afinal 
os objetos conectados vão desde eletrodomésticos e carros a roupas, sapatos e acessórios 
(MAGRANI, 2018). Ao mesmo tempo em que as problemáticas acerca das dinâmicas de 
monitoramento são trazidas a lume e preocupam parte dos usuários, é interessante notar, 
todavia, que pouco tem sido feito em um senso individual com relação à proteção dos 
dados pessoais, em um fenômeno recentemente nomeado de “paradoxo da privacidade” 
(BARTH; DE JONG, 2017). Tendo isso em vista, este trabalho busca discutir questões 
de vigilância e monitoramento na era da Internet das Coisas, em relação ao paradoxo da 
privacidade, tendo como recorte um grupo de estudantes universitários do Centro 
Universitário Adventista de São Paulo, campus Engenheiro Coelho. Em levantamento 
bibliográfico prévio, se constatou que tal grupo se encontra em evidência no emergir de 
tal paradoxo (BARNES, 2006; KOLOKAKIS, 2015). Com isso, a pesquisa procura tratar 
das seguintes questões: como estudantes universitários reagem às questões de vigilância 
e monitoramento que a crescente emergência de objetos conectados suscita? Está a 
maioria dos alunos preocupada com a privacidade a ponto de adotar medidas necessárias 
para resguardá-la? Em que proporção o paradoxo da privacidade está presente em suas 
rotinas? Para caminhar neste sentido, é preciso entender primeiramente quais as relações 
entre as práticas de vigilância na era da Internet das Coisas. Tudo indica que as formas de 
monitoramento estão intrinsecamente entrelaçadas às formas de poder, controle e 
manipulação (FOUCAULT, 2013). Entretanto, é necessário entender ainda até que ponto 
as práticas de vigilância interferem na liberdade dos universitários, e de que forma isso 
pode ser analisado a partir da perspectiva das relações de poder, uma

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