Buscar

guia-de-itinerarios-formativos-vol-i-v3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Volume I 
Planejamento, estudos e diagnósticos 
para os Itinerários Formativos
Guia de 
Itinerários 
Formativos
1. marca
A marca nasce como uma submarca de Itaú, 
segmentado escrito com tipografia Itaú Display XBold, 
com a altura de X da tipografia da marca Itaú.
2
Idealização 
Instituto Reúna
Apoio 
Itaú Educação e Trabalho
Instituto Natura
Instituto Sonho Grande 
Fundação Telefônica Vivo
Apoio Institucional
Fundação Lemann
Imaginable Futures
INSTITUTO REÚNA
Diretoria-executiva
Kátia Stocco Smole 
Coordenação de projetos 
Bruna Henrique Caruso
Clea Maria da Silva Ferreira
Daniel Ramos Cordeiro 
Mariana Costa Marcondes
Marcos Vinicius Rossi 
EQUIPE DE PRODUÇÃO 
Produção técnico-
pedagógica 
Bruna Henrique Caruso
Clea Maria da Silva Ferreira
Daniel Ramos Cordeiro
Kátia Stocco Smole
Mariana Fátima Muniz Soares
Renato Alves Resende
Rodrigo de Souza Araujo
Taciana Ferreira Vaz
Educação a distância (EAD)
Betina von Staa 
Educação especial
Fernanda Squassoni Lazzarini 
Educação indígena
Jósimo da Costa Constant
Educação no campo
Karla Tereza Amélia Fornari 
de Souza 
Medidas socioeducativas 
Marisa Fortunato 
Educação de jovens e 
adultos e ensino noturno 
Monica Silva Tavares 
Educação quilombola 
Nádia Maria Cardoso da Silva 
Ensino Médio em tempo 
integral
Renata Lazzarini Monaco 
Roberta Maia Pontes
Leitura crítica 
Bruno Pereira Garcês
Hugo Bovareto de 
Oliveira Horsth
Marisa Montrucchio
Caetano Pansani Siqueira 
Catarina Ianni Segatto
Gustavo Blanco de Mendonça 
UX designer
Izadora Ribeiro Perkoski 
Tecnologia 
Fabiana Cabral Silva
Edição de texto
Maggi Krause 
Edição e revisão de texto
Mariane Genaro 
Projeto gráfico e diagramação
Victor Borges Malta 
Ficha Técnica 
Ilustração
Sabrina Zerlini de Sá
CONSULTORIA 
Alison Fagner de Souza 
e Silva
Chefe da Unidade do Ensino 
Médio - SEE PE
Ana Coelho Vieira Selva 
Secretária Executiva do 
Desenvolvimento da Educação 
- SEE PE
Anna Penido
Diretora do Centro Lemann 
de Liderança para Equidade 
na Educação 
Danielly Franco de Matos
Chefe de Divisão de Ensino 
Médio da Seduc-AC e 
coordenadora de Etapa de 
Ensino Médio - ProBNCC
Durval Paulo Gomes Júnior
Assessor Pedagógico da 
Secretaria Executiva de 
Desenvolvimento da Educação- 
SEDE - PE
Flavia Leal King Baleche
Assessora pedagógica - SEED 
PR
Léia Gonçalo da Silva
Gerente executiva de Ensino 
Médio - SEE-PB
Marcia Proescholdt Wilhelms
Gestora de Ensino Médio 
e Educação Profissional/
COPEMEP/SUPED/SED/MS
Natalino Uggioni
Frente Nacional Currículo e 
Novo Ensino Médio do Consed
3sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos
Sumário
3
A árvore4 19
5
9
30
11
17
39
Apresentação
Ponto de partida
As modalidades e ofertas 
específicas do Ensino Médio
Metodologia de 
elaboração deste guia
ETAPA 1 
Planejamento 
da implementação 
ETAPA 2 
Estudos
ETAPA 3 
Ciclo de diagnósticos
4sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos
A árvore representa estrutura e força. Depois da germinação, precisam de energia e impulso para começar a sair do fundo dos 
solos. Com uma raiz forte e bem ramificada, tornam-
se plantas saudáveis com mil e uma possibilidades 
diferentes de visual, altura e formato. Uma planta 
mal enraizada está fadada a não sobreviver. 
Não só as raízes fortes sustentam a árvore, mas 
também seu caule é responsável pelo transporte 
de água e minerais para as folhas, garantindo um 
desenvolvimento saudável. Além de necessitarem 
de sol, ar e nutrição, poucas são as árvores que 
sobrevivem sozinhas; muitas precisam estar em um 
ambiente com outras, inclusive de outras espécies, 
para sobreviver. 
Da família Bignoniaceae, e dos gêneros Tabebuia e 
Handroanthus, o ipê é uma árvore nativa brasileira1. 
Seu nome, de origem tupi, significa “árvore de casca 
grossa”. Existem mais de 10 espécies de ipês, em 
suas mais variadas características: de norte a sul 
do Brasil, com flores brancas, amarelas, rosadas, 
1 Fontes: http://www.invivo.fiocruz.br/biodiversidade/a-flor-simbolo-
do-brasil/. INSTITUTO BRASILEIRO DE FLORESTAS. Quais são as 
partes da árvore e as suas funções?. 2020. Disponível em: https://www.
ibflorestas.org.br/conteudo/quais-sao-as-partes-da-arvore. Acessos em: 
4 jun. 2022.
lilases e roxas, em Florestas Tropicais, Cerrado 
e Caatinga, cada região com sua flor. Algumas 
florescem no calor e outras nos dias cinzentos de 
inverno, informando a chegada da primavera. A 
árvore-símbolo do Brasil é usada na construção 
civil, na indústria naval e na marcenaria. Serve como 
remédio e chá e tem o poder de enfeitar qualquer 
cenário com sua beleza. 
Assim como as árvores, esse guia tem o propósito 
de lançar raízes num solo fértil e, com muita 
estrutura, orientar o crescimento de um caule 
que alimente com ideias e boas propostas os 
Itinerários Formativos do Novo Ensino Médio. O 
desafio é coletivo e se desdobra em muitas etapas. 
Mas, à semelhança do ipê, que pode florescer com 
cores e em momentos diferentes, dependendo 
do contexto e das escolas, elas se configuram de 
formas totalmente distintas umas das outras, sem, 
no entanto, prescindir de uma base sólida. Nosso 
convite é para que você nos acompanhe na jornada 
do Guia Itinerários Formativos para entender 
a estruturação, o planejamento, as condições 
e os desafios que influenciam a construção e a 
implementação de variados Itinerários Formativos, 
levando em conta as muitas modalidades e ofertas 
educacionais. Que o conhecimento se mostre denso 
como um tronco, mas aponte para a leveza das folhas 
e para a beleza das flores. Que a passagem das 
estações só reforce suas cores e formatos e possa 
encantar, assim como aos amantes da flora, os mais 
dedicados educadores. 
A árvore
https://www.ibflorestas.org.br/conteudo/quais-sao-as-partes-da-arvore
https://www.ibflorestas.org.br/conteudo/quais-sao-as-partes-da-arvore
5sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos
Olá! Bem-vindo ao desafio de tecer Itinerários Formativos! A equipe do Instituto Reúna elaborou este Guia para apoiar os 
responsáveis pelo processo de implementação do Novo Ensino Médio 
nas Secretarias de Educação. É uma publicação que elenca os principais pontos 
a considerar até que os estudantes comecem de fato a seguir as opções de 
Itinerários oferecidas pela rede. 
Em especial, nosso público são os técnicos das Secretarias de Educação das 
redes estaduais e distrital diretamente envolvidos na criação e implementação 
dos Itinerários Formativos (IF). Se você se encaixa nesse perfil, saiba que este 
Guia foi feito para acompanhá-lo nesse período importante e desafiador. Além 
de apresentar informações relevantes para a compreensão da nossa proposta, 
convidamos você a fazer reflexões conosco ao longo do estudo do material.
Sabemos que os desafios para colocar em prática essa grande mudança no 
Ensino Médio não são poucos nem simples. Observamos quanto esforço e 
dedicação têm sido depositados nesse processo e acreditamos que, juntos, 
estamos transformando para melhor esta etapa da Educação Básica, em especial 
porque a nova arquitetura considera os interesses e as necessidades dos jovens, 
conferindo-lhes maior protagonismo e formando-os para a autonomia.
O Instituto Reúna acompanha de perto a implementação das inovações do 
Ensino Médio e contribui com as redes em iniciativas como leituras críticas dos 
currículos referenciais de cada UF, a produção de um Guia para Elaboração 
do Plano de Formação, a plataforma de formação continuada Nosso Ensino 
Médio, o desenvolvimento de um Referencial para Seriação das Matrizes 
Curriculares, a escrita de ementas para Itinerários Formativos, a elaboração de 
material de apoio ao professor (estas duas últimas, em parceria com a Secretaria 
Estadual de Educação de São Paulo). Por isso, queremos compartilhar com vocênossa experiência até o momento e esperamos que os conteúdos do Guia sirvam 
de inspiração ou referência para o planejamento e a efetivação das mudanças 
tão esperadas pelas juventudes.
Para maximizar o repertório e a oferta de situações inspiradoras, realizamos 
entrevistas com técnicos das Secretarias, gestores escolares e especialistas 
em diferentes territórios. O objetivo foi elaborar diagnósticos das reais 
necessidades das redes, para considerá-las do modo mais apropriado e 
completo possível. O grande diferencial deste material é detalhar percursos 
de implementação dos IFs, ilustrados por relatos de prática que revelam a 
realidade experimentada por redes de ensino de diferentes UFs, refletindo suas 
conquistas e seus desafios. 
Convidamos você a contar como acontece esse processo na sua rede e a dar 
uma devolutiva a respeito deste material, pois ele seguirá em construção 
permanente. Venha colaborar e apontar caminhos para o Ensino Médio 
dialogando com nossa equipe pelo e-mail: contato@institutoreuna.org.br 
Apresentação
https://nossoensinomedio.org.br/wp-content/uploads/2021/06/GUIA-DO-ELABORADOR_v3.pdf
https://nossoensinomedio.org.br/wp-content/uploads/2021/06/GUIA-DO-ELABORADOR_v3.pdf
https://nossoensinomedio.org.br/
https://nossoensinomedio.org.br/
https://www.institutoreuna.org.br/projeto/Referencial-para-Seria%C3%A7%C3%A3o-das-Matrizes-Curriculares-no-Ensino-M%C3%A9dio
https://www.institutoreuna.org.br/projeto/Referencial-para-Seria%C3%A7%C3%A3o-das-Matrizes-Curriculares-no-Ensino-M%C3%A9dio
mailto:contato@institutoreuna.org.br
6sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos
Convidamos você a dialogar sobre seu papel de articulador da implementação dos Itinerários Formativos lendo o poema “Tecendo a manhã”, 
de João Cabral de Melo Neto. Conhece?
Como você se sentiu ao ler o poema? Houve 
ecos com seu fazer cotidiano como liderança e 
articulador de pessoas e saberes? Você se sente 
parte de um todo que tece tantas práticas da 
educação brasileira? Como tem sido a tessitura dos 
Itinerários Formativos em seu território?
Fazendo um paralelo do poema com o processo de 
implementação dos IFs, destacamos que é preciso 
“erguer tendas” nas quais diferentes atores possam 
se sentir acolhidos, respeitados e pertencentes. É 
necessário criar um canal de comunicação em que 
um escute o outro atentamente. Dessa forma, vai 
sendo construída uma teia tênue de consensos que 
indicam uma arquitetura de caminhos possíveis. 
Toda essa colaboração resulta em um catálogo de 
IFs que reflita as diversidades, as necessidades e os 
anseios das comunidades escolares.
Em um contexto de gestão democrática, para 
exercer um papel de liderança e articulação com 
assertividade, acreditamos que seja essencial 
começar a criação dos Itinerários com um convite 
para que cada ator seja protagonista e colabore no 
ato de arquitetar, elaborando um planejamento que 
envolva a corresponsabilização de todos.
Tecendo a manhã
1.
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
2.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
MELO NETO, João Cabral de. A educação pela pedra. In: 
OLIVEIRA, Marly (org.) Obra completa: volume único. Rio 
de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. p. 345. Disponível em: 
https://www.escritas.org/pt/t/11508/tecendo-a-manha. 
Acesso em: 4 jun. 2022.
Apresentação
https://www.escritas.org/pt/t/11508/tecendo-a-manha
7sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos
Premissas que podem guiar seu papel de líder e articulador2: 
Comunicação e diálogo 
Fazer com que o processo decisório seja sempre 
dialógico com a escola é fator fundamental para que 
a implementação dos IFs aconteça de fato. Para isso, 
sugerimos algumas estratégias:
• Utilizar os canais de comunicação estabelecidos pela 
Secretaria para publicar documentos oficiais, temas 
para debate e materiais orientadores, bem como 
realizar consultas públicas etc. 
• Praticar a pedagogia da presença, ou seja, promover 
ações cotidianas que ajudem a estreitar e fortalecer 
o vínculo entre Secretaria, Regionais e escolas, 
numa relação de parceria, colaboração e 
acompanhamento da implementação.
• Disponibilizar equipe técnica – órgão central 
e regionais – para realizar curadoria, tirar dúvidas 
e apoiar a implantação dos IFs.
• Estar atento e disponível para mediar conflitos. 
Embora os conflitos façam parte das relações 
humanas, é preciso garantir que sempre exista 
diálogo, respeito e empatia nas interações, certo? 
É importante estar pronto, em seu papel de liderança, 
para mediar conflitos e buscar consensos. 
2 Lembramos que os líderes e articuladores da formulação e implementação 
dos Itinerários Formativos podem estar em diferentes áreas da Secretaria e 
não apenas na pedagógica, dada a intersetorialidade inerente ao processo 
Mobilização de competências 
socioemocionais3 por todos
Muito tem-se falado sobre o desenvolvimento 
de competências socioemocionais pelos 
estudantes (crianças e jovens), e mais 
recentemente a BNC-Formação explicitou a 
necessidade de incluir seu desenvolvimento 
também na formação de docentes. Hoje 
queremos convidar você, que faz parte 
da equipe da Secretaria de Educação, a 
refletir sobre as competências que têm sido 
requisitadas nesse processo de implementação 
dos IFs. Vamos elencar as competências 
socioemocionais que consideramos mais 
relevantes para a implementação deles: 
abertura para o novo, organização, colaboração, 
comunicação e resiliência. Faz sentido para 
você? Como você tem desenvolvido essas 
competências? Que tal refletir sobre os 
momentos da implementação em que elas 
são relevantes e antever como você pretende 
fortalecê-las e praticá-las nessas oportunidades?
3 Quando falamos de competências socioemocionais, 
consideramos como referência de estudos o Modelo das 5 
macrocompetências, elaborado pelo Instituto Ayrton Senna. 
Nela, são elencadas cinco macrocompetências que se desdobram, 
ao todo, em 17 competências socioemocionais relevantes para 
o século 21. Além deste, o material Caminhos para Educação 
Integral, do Movimento pela Base. 
Criação e fortalecimento de uma 
comunidade de aprendizagem4
Reforçamos que é essencial promover e 
partilhar reflexões, discutir e buscar soluções 
conjuntas para os desafios, mapear, celebrar e 
socializar as conquistas, ou seja, com colegas 
de Secretarias de Educação, para que possam 
juntos compreender e formular a política do 
Novo EM e os IFs em específico. Sabemos que 
é uma tarefa de grande complexidade e que 
deve ser feita a muitas mãos. 
Por isso, para contribuir com a ampliação 
e o fortalecimento de uma comunidade 
de aprendizagem nacional do EM, vamos 
compartilhar, neste material, práticas de 
equipes de diferentes territórios e realidades, 
para que possam servir de inspiração e, quem 
sabe, promover o diálogo entre você e a equipe 
citada em busca de trocas e parcerias.
4 Quando falamos de comunidade de aprendizagem, 
consideramos seu conceito mais amplo, que abarca técnicos/
servidores das Secretarias envolvidos na implementação dos IFs, 
para que eles possam promover a colaboração e o intercâmbio 
de ideias entre os diversos atores envolvidos com os IF nas 
escolas, com o objetivo de estender e fortalecer cada vez mais a 
comunidade. Para saber mais sobre a temática, sugerimos a leiturado artigo “Comunidade de aprendizagem”, do Portal Centro de 
Referências em Educação Integral, e a exploração deste portal. 
Apresentação
https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-br/BNCC/desenvolvimento.html
https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-br/BNCC/desenvolvimento.html
https://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2019/09/BNCC-trajetorias_diagramado_17.09_interativo_final.pdf
https://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2019/09/BNCC-trajetorias_diagramado_17.09_interativo_final.pdf
https://educacaointegral.org.br/glossario/comunidade-de-aprendizagem-2/#:~:text=Podemos%20definir%20Comunidades%20de%20Aprendizagem,crian%C3%A7as%2C%20seus%20jovens%20e%20adultos.
https://www.comunidadedeaprendizagem.com/
V O L U M E I
V O L U M E I I
V O L U M E I I I
2
3
65
78
9
4
1
Lorem ipsum 
dolor sit amet, 
consectetuer
Roteiro de apoio aos técnicos das secretarias estaduais e distrital de 
educação para o planejamento e criação dos Itinerários Formativos, 
viabilizando um catálogo de IFs aplicáveis às diversidades 
do território e coerentes às normativas nacionais. O Guia 
também apoia a elaboração de materiais de apoio aos 
professores e sua formação, bem como a adaptação de 
PPPs e o processo de monitoramento da implemen-
tação dos IFs nas escolas. 
Planejamento, estudos e diagnósticos para os 
Itinerários Formativos
Definições de arquitetura dos IFs, elaboração 
do catálogo de aprofundamentos curriculares 
e de materiais de apoio ao professor 
Formação, PPPs escolares e monitoramento 
da implementação dos IFs
O QUE É?
Planejar a implementação dos 
Itinerários Formativos de modo a 
garantir a oferta adequada às diversas 
realidades específicas do território e 
coerentes às normativas nacionais e 
locais, assegurando equidade e qualidade. 
Assegurar que as equipes pedagógicas 
envolvidas na implementação compreendam em 
profundidade e se alinhem em relação aos objetivos, 
ao conceito, a estrutura e funcionamento, bem como 
às premissas pedagógicas dos Itinerários Formativos.
Conduzir o diagnóstico das 
capacidades da rede e as 
necessidades e demandas do 
território para que os dados 
levantados orientem a Secretaria 
de Educação na definição, ajuste 
e/ou detalhamento das ofertas de 
Itinerários Formativos. 
Apoiar as equipes 
escolares no processo de 
apropriação e implementação 
dos Itinerários Formativos e suas 
inovações, assegurando aos 
estudantes oportunidades 
equânimes de desenvolvimento 
de habilidades, protagonismo e 
aprendizagem ativa. 
Produzir um catálogo de
ementas que considere as
inovações propostas no 
referencial em relação aos 
IFs(desenvolvimento das
habilidades dos eixos estruturantes,
protagonismo juvenil, projeto de 
vida e outros princípios) e 
arealidade do território.
Formar os educadores da 
rede de ensino a fim de que 
eles tenham o preparo necessário 
para atuarem no processo de 
implementação do Novo Ensino 
Médio nas escolas.
Garantir que o currículo 
chegue oficialmente ao 
chão da escola e que a 
revisão do Projeto Político 
Pedagógico reflita as inovações 
do Ensino Médio em cada 
unidade escolar.
Avaliar continuamente o 
que está dando certo, o que 
ainda precisa de aprimoramentos, 
quais são as demandas 
administrativas e as pedagógicas e 
como elas podem ser endereçadas 
por cada equipe gestora. 
Definir e detalhar a 
arquitetura e a oferta dos 
IFs, sua distribuição no tempo, 
condições e regras de mobilidade 
e avaliação, de modo estruturado 
e de fácil compreensão para 
estudantes e comunidade 
educativa. 
GUIA DE Itinerários 
Formativos
9sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos
Ponto de partida 
Para nos alinharmos com relação às definições e dúvidas frequentes sobre a temática , 
preparamos uma lista de perguntas 
e respostas sobre os Itinerários 
Formativos.
O que são Itinerários Formativos?
Vamos retomar a Portaria n. 1.432 para responder a esta 
questão.
“Itinerários Formativos: Conjunto de situações e atividades 
educativas que os estudantes podem escolher conforme seu 
interesse, para aprofundar e ampliar aprendizagens em uma 
ou mais Áreas de Conhecimento e/ou na Formação Técnica e 
Profissional, com carga horária total mínima de 1.200 horas.”
Quais são os objetivos dos Itinerários Formativos?
Segundo a Portaria n. 1.432:
“- Aprofundar as aprendizagens relacionadas às competências 
gerais, às Áreas de Conhecimento e/ou à Formação Técnica e 
Profissional;
- Consolidar a formação integral dos estudantes, desenvolvendo a 
autonomia necessária para que realizem seus Projetos de Vida;
- Promover a incorporação de valores universais, como ética, 
liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e 
sustentabilidade; e
- Desenvolver habilidades que permitam aos estudantes ter uma 
visão de mundo ampla e heterogênea, tomar decisões e agir nas 
mais diversas situações, seja na escola, seja no trabalho, seja na vida.”
Qual é a diferença entre Aprofundamento 
Curricular e IF?
De acordo com um alinhamento consolidado 
na Coletânea de Materiais (pág. 52), produzido 
pela Frente Currículo e Novo Ensino Médio do 
Consed, o Aprofundamento Curricular é uma 
das partes que compõem o IF, junto de Projeto 
de Vida e das Eletivas. Portanto, os IFs são a 
parte diversificada do currículo e compostos 
pelo conjunto dos Aprofundamentos, Projeto 
de Vida e Eletivas. Os Aprofundamentos 
Curriculares podem ser de área do 
conhecimento, de Educação Profissional e 
Tecnológica (EPT) ou integrados (entre áreas 
ou áreas e EPT).
O que são Unidades Curriculares (UCs)?
São elementos com carga horária predefinida, 
formados pelo conjunto de estratégias, 
cujo objetivo é desenvolver competências 
específicas. As UCs podem ser organizadas em 
áreas do conhecimento, disciplinas, módulos, 
projetos, entre outras formas.
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/70268199
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/70268199
https://drive.google.com/file/d/1j6Iy4oNwgXkROX_4Z1nfIjFI0J-Ks1cZ/view
10
Como podem ser distribuídas as cargas horárias da Formação 
Geral Básica (FGB) e dos Itinerários Formativos ao longo da 
etapa do Ensino Médio? 
As novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino 
Médio indicam apenas a carga horária geral da FGB (máximo 
de 1.800 horas) e dos IF (mínimo de 1.200 horas). Por isso, fica 
a critério das redes a escolha de como distribuir os tempos 
entre todos os componentes ao longo das três séries do EM. É 
importante comunicar aos estudantes e familiares que a Formação 
Técnica do EM, também chamada de Quinto Itinerário ou 
Itinerário de EPT, pode ter diferentes cargas horárias. Saiba mais 
no conteúdo Cursos da Educação Profissional Técnica de Nível 
Médio, do Ministério da Educação.
Quantos são os eixos estruturantes e qual é a função deles? 
Eles são quatro: Investigação Científica, Mediação e Intervenção 
Sociocultural, Processos Criativos e Empreendedorismo. 
O principal papel dos eixos é buscar garantir que os jovens, 
independentemente do IF que cursarem, tenham experiências 
educativas conectadas à realidade e que promovam sua formação 
pessoal, profissional e cidadã. Saiba mais lendo os Referenciais 
Curriculares para a elaboração de Itinerários Formativos, 
produzido pelo MEC.
Ponto de partida 
sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos
http://portal.mec.gov.br/docman/novembro-2018-pdf/102481-rceb003-18/file#:~:text=2%C2%BA%20As%20Diretrizes%20Curriculares%20Nacionais,Federal%20e%20dos%20Munic%C3%ADpios%20na
http://portal.mec.gov.br/docman/novembro-2018-pdf/102481-rceb003-18/file#:~:text=2%C2%BA%20As%20Diretrizes%20Curriculares%20Nacionais,Federal%20e%20dos%20Munic%C3%ADpios%20na
http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=68561:cursos-da-educacao-profissional-tecnica-de-nivel-medio
http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=68561:cursos-da-educacao-profissional-tecnica-de-nivel-mediohttps://drive.google.com/file/d/1LH9ICc4skEIWxe95scAUHtNjnzKqb_zJ/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1LH9ICc4skEIWxe95scAUHtNjnzKqb_zJ/view?usp=sharing
11sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos
As modalidades 
e ofertas específicas 
do Ensino Médio
Sabe-se que o Ensino Médio regular (diurno e noturno), como definido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, compõe a maior parte das unidades escolares nas redes estaduais e distrital. Por esse motivo, é 
comum que se inicie com o foco nesta oferta ao se planejar a nova arquitetura do 
Ensino Médio (especialmente o diurno). Em geral, adaptar as decisões para outras 
situações fica para uma etapa posterior. No entanto, desde o princípio, é preciso 
dar atenção especial às modalidades de ensino e ofertas específicas da etapa 
do Ensino Médio5, possibilitando aos estudantes matriculados nessas escolas 
a garantia plena do seu direito à aprendizagem, atendido com qualidade e com o 
mesmo grau de importância dado aos demais estudantes das redes.
Quando se trata de modalidades e ofertas específicas nos referimos à educação 
indígena, educação quilombola, educação do campo, das águas e das 
florestas, educação de jovens e adultos, educação para estudantes em 
privação de liberdade e em medidas socioeducativas, o Ensino Médio 
noturno, o Ensino Médio em tempo integral. Além disso, consideramos a 
educação especial e a educação a distância (EaD) como eixos transversais 
garantidores de equidade, devendo ser pensados de maneira integrada em todas 
as modalidades, ofertas específicas e também no Ensino Médio regular. Para 
a compreensão geral das modalidades e ofertas específicas, foram elaboradas 
algumas definições que resgatam os principais aspectos de cada uma delas. 
5 As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, de 21 de novembro de 2018, estipulam que a 
implementação da nova arquitetura e dos currículos do Ensino Médio deve observar as diretrizes e normas 
nacionais da educação especial, educação do campo, educação escolar indígena, educação escolar quilombola, 
educação de pessoas em regime de acolhimento ou internação e em regime de privação de liberdade, 
atendimento escolar de adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas, educação escolar 
para populações em situação de itinerância e da educação a distância. Além disso, o art. 13 da resolução deixa 
claro que podem ser considerados outros saberes relevantes às realidades da educação escolar indígena, da 
educação escolar quilombola e de comunidades tradicionais.
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/51281622
12
A educação de jovens e adultos (EJA), conforme a LDB/1996, 
é uma modalidade destinada aos estudantes que não concluíram, 
não acessaram ou abandonaram os estudos na idade apropriada. 
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) 
do Ensino Médio, a EJA “deve ser especificada uma organização 
curricular e metodológica diferenciada para os jovens e adultos, 
considerando as particularidades geracionais, preferencialmente 
integrada com a formação técnica e profissional, podendo ampliar 
seus tempos de organização escolar, com menor carga horária 
diária e anual, garantida a carga horária mínima da parte comum 
de 1.200 (um mil e duzentas) horas e observadas as diretrizes 
específicas”. Além disso, dado o perfil e as necessidades do 
educando, é possível oferecer até 80% da carga horária por 
meio da educação a distância, desde que haja adequado apoio 
tecnológico e pedagógico. 
A educação escolar para os adolescentes e jovens privados 
de liberdade não se caracteriza como uma escola específica do 
sistema escolar. Cabe considerar que a privação de liberdade não 
significa que os jovens e adolescentes estejam privados de seus 
direitos. No caso da educação, este direito é garantido por meio de 
diferentes arranjos, como salas de aula/classes organizadas dentro 
dos centros de atendimento socioeducativo, porém, vinculadas 
a uma escola da rede pública de ensino. Cada UF tem autonomia 
para definir sua estrutura e seu funcionamento por meio do acesso 
ao ensino regular ou à EJA.
eja
jpl
As modalidades e ofertas 
específicas do Ensino Médio 
A educação quilombola se dispõe ao atendimento das populações 
quilombolas rurais e urbanas, sendo dever do Estado sua oferta 
e organização em associação com comunidades quilombolas e 
movimentos sociais. As escolas quilombolas são tanto as que se 
localizam nas comunidades quilombolas quanto as que atendem 
estudantes oriundos delas. Essa educação, portanto, ocorre 
na oferta aos estudantes quilombolas, cujos valores, saberes 
e histórias são compartilhados pela memória coletiva e pela 
oralidade.
A educação do campo pode ser definida de acordo com as 
Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas 
do Campo (2001), isto é, “tem um significado que incorpora os 
espaços da floresta, da pecuária, das minas e da agricultura, mas 
os ultrapassa ao acolher em si os espaços pesqueiros, caiçaras, 
ribeirinhos e extrativistas. O campo, nesse sentido, mais do que 
um perímetro não urbano, é um campo de possibilidades que 
dinamizam a ligação dos seres humanos com a própria produção 
das condições da existência social e com as realizações da 
sociedade humana.”
A educação indígena é voltada aos povos indígenas em seus 
territórios, reafirmando e valorizando suas identidades. As 
escolas dessa oferta atualmente se organizam de acordo com os 
normativos nacionais, os critérios das Secretarias de Educação e 
as normas estabelecidas e dialogadas com as comunidades.
qui
cam
ind
sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos
13
A Educação Profissional e Tecnológica (EPT) 
é uma modalidade prevista na LDB/1996 com a 
principal finalidade de preparar “para o exercício de 
profissões”, contribuindo para que o cidadão possa 
se inserir e atuar no mundo do trabalho e na vida em 
sociedade. No Ensino Médio, pode ser trabalhada de 
forma articulada de oferta (integrada, concomitante 
ou intercomplementar – concomitante na forma e 
integrada no conteúdo) e na forma subsequente. 
Na arquitetura do Novo EM, a EPT ocupa espaço 
como Itinerário Formativo ou parte de itinerários 
formativos integrados com áreas do conhecimento. 
A nova arquitetura curricular do Ensino Médio nas 
escolas pequenas pode trazer alguns desafios 
em sua implementação. Um exemplo é a eventual 
falta de professores para oferta de diferentes 
Aprofundamentos Curriculares e eletivas ou mesmo 
infraestrutura física inadequada para a composição 
de diferentes turmas nos Itinerários Formativos. 
Sendo assim, é fundamental ter em vista essa lente 
em sua rede ao longo do processo de planejamento e 
implementação dos IFs, garantindo possibilidades de 
escolha aos estudantes, bem como condições propícias 
à viabilização das inovações do Ensino Médio. 
ept
peq
As modalidades e ofertas 
específicas do Ensino Médio 
O Ensino Médio em tempo integral (EMTI) não se resume 
apenas à ampliação da jornada escolar dos estudantes, mas 
defende a compreensão de que as juventudes devem ser 
desenvolvidas em todas as suas dimensões: intelectual, emocional, 
física, cultural e social. Vale lembrar que esse princípio de educação 
integral está garantido pelas DCNs do Ensino Médio e pela Base 
Nacional Comum Curricular (BNCC) da etapa, para todos os seus 
estudantes. Além disso, as DCNs também preconizam a expansão 
da carga horária para 1.000 horas anuais (3.000 horas para a 
etapa), bem como a expansão progressiva para 1.400 horas anuais, 
o que já configura Ensino Médio em tempo integral. 
Na realidade atual, o ensino noturno, desenvolve-se, muitas 
vezes, da mesma maneira que o diurno. Não há uma adequação ao 
seu alunado específico (homens, mulheres, jovens e adultos que 
estudamapós uma rotina árdua de trabalho e, ao mesmo tempo, 
trazem consigo enormes lacunas de vivência e aprendizagem 
escolar, em razão de diferentes motivos de afastamento e/
ou evasão). Sabe-se que as DCNs demandam adequações 
curriculares e de arquitetura da etapa nesta oferta específica, 
prevendo, por exemplo, um número maior de anos para sua 
conclusão e até mesmo uma carga horária estendida de EaD (até 
30%), dando maior flexibilidade ao cotidiano de estudos desses 
educandos. 
emti
not
sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos
14
Os Itinerários Formativos do 
Novo Ensino Médio em função das 
modalidades e ofertas específicas 
No planejamento da implementação dos IFs nas modalidades e 
ofertas específicas, é preciso compreender suas especificidades 
e suas convergências. A educação indígena, a quilombola e a do 
campo, das águas e das florestas ofertam o EM para populações 
distintas, porém, com semelhanças que podem fortalecer e 
favorecer a execução dos IFs.
Observar, conhecer e selar um compromisso com a diversidade 
de territórios, sujeitos, suas realidades e potencialidades são 
pressupostos da educação do campo, das águas e das florestas. 
Essa oferta é marcada pelos desafios e pela diversidade da 
realidade brasileira e suas regiões, que possuem distintas formas 
de viver, de se organizar e de implementar as políticas com 
diferentes infraestruturas, entre outras dimensões que interferem 
diretamente nos processos educativos. É necessário refletir sobre 
quais destas diversidades existem em seu Estado ou sua região e 
como suas especificidades serão tratadas nos IFs propostos.
Sabe-se que, nos últimos 20 anos, com as lutas, mobilizações, 
proposições dos Movimentos e Organizações Sociais do Campo, 
foram muitos os desafios enfrentados e também as conquistas 
para essa oferta escolar. Nesse sentido, precisaremos de um olhar 
sensível e dialógico para contemplar as diversidades do campo, 
das águas e das florestas em todos os seus aspectos: culturais, 
sociais, políticos, econômicos, de gênero, de etnia e geracionais 
se pretendemos desenvolver uma educação democrática com 
formação humana integral para a vida desses sujeitos.
Por todo o Brasil, muitas das escolas que oferecem o 
Ensino Médio para essa oferta seguem a metodologia da 
alternância, na qual os tempos educativos são divididos entre 
“tempo escola” e “tempo comunidade”. São experiências que 
merecem ser conhecidas e valorizadas. Além da vivência 
escolar, trabalha-se com pesquisas feitas na comunidade, 
que são sistematizadas no tempo escolar em diálogo com as 
áreas do conhecimento e seus componentes curriculares. Na 
volta para as comunidades, técnicas e saberes aprendidos 
são colocados em prática, além de haver um tempo para se 
dedicar aos Projetos de Vida. A metodologia da alternância 
pode ser uma excelente alternativa para a constituição de IFs 
da EPT, promovendo educação no campo, do campo e para 
o campo, valorizando a diversidade, os saberes e as práticas 
da região, ao mesmo tempo que oferta condições para uma 
formação para o mundo do trabalho. É possível também a 
proposição de Itinerários Formativos com Aprofundamentos 
Curriculares que integrem unidades curriculares de EPT e de 
áreas do conhecimento, contribuindo para a diversificação das 
experiências de aprendizagem dos estudantes. 
sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos
As modalidades e ofertas 
específicas do Ensino Médio 
15
A cronologia das escolas indígenas no que se refere ao tempo 
segue o calendário não indígena e as normas e diretrizes da base 
nacional e estadual, entretanto, o conceito de tempo é singular 
para as sociedades indígenas: ele é sempre marcado pela relação 
com os elementos culturais e segue a cronologia da natureza 
indígena. 
Os espaços são basicamente construídos pela relação social 
e cultural de cada povo e comunidade (existe um respeito e 
uma reciprocidade entre ambos). Por exemplo, o povo indígena 
Puyanawa (Mâncio Lima/AC) organiza o tempo com base nas 
tradições antigas e une-o com o conhecimento que vem de fora. 
Dessa forma, a comunidade, em especial professores e alunos, 
protagonizam a construção coletiva de saberes. Assim como 
muitos outros grupos indígenas, os Puyanawa estão totalmente 
inseridos no ambiente não indígena, têm muitas relações com a 
comunidade externa e dependem muito dela, e isso traz impactos 
negativos e positivos no cotidiano escolar. 
As gêneses de muitas sociedades indígenas funcionam como 
teias, com algumas caixinhas de conhecimentos que podem 
ser pesquisadas e outras não. Existem 305 povos indígenas 
reconhecidos pelo estado brasileiro, que falam em torno de 274 
línguas. São povos que ainda lutam pelo reconhecimento de suas 
terras e sua identidade e precisam reafirmar suas peculiaridades, 
porém o conhecimento sobre essas nações carece de mais 
abrangência. Não podemos cair no erro de construir 
a história, os itinerários e as relações apenas com 
o conhecimento externo. Por isso, é imprescindível 
que os técnicos conheçam cada vez mais a realidade, 
a história desses povos, seus determinantes 
culturais e como eles interpretam o outro.
Há de se considerar que territórios etno-linguísticos 
indígenas não necessariamente convergem com as 
divisões dos estados brasileiros, portanto, buscar 
colaboração com outras redes pode ser um caminho 
para duas ou mais UFs que contam com populações 
indígenas de um mesmo território.
Já quando se trata da educação quilombola 
é necessário reconhecer que quilombos são 
comunidades negras originárias da resistência à 
escravização, a partir do século 16. As terras de 
quilombos foram doadas, entregues ou adquiridas 
como concessões feitas pelo Estado em retribuição 
aos serviços prestados, iniciativas que permitiram 
aos ex-escravizados e seus descendentes um 
lugar para viver e produzir. Os quilombos 
contemporâneos guardam uma continuidade 
histórica com a forma social de os africanos e seus 
descendentes resistirem ao escravismo. 
sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos
As modalidades e ofertas 
específicas do Ensino Médio 
16
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a 
Educação Escolar Quilombola determinam que a 
educação escolar quilombola6 na Educação Básica 
“deve ser ofertada por estabelecimentos de ensino 
localizados em comunidades reconhecidas pelos 
órgãos públicos responsáveis como quilombolas, 
rurais e urbanas, bem como por estabelecimentos 
de ensino próximos a essas comunidades e que 
recebem parte significativa dos estudantes oriundos 
dos territórios quilombolas”.
O que as escolas quilombolas têm em comum é que 
os estudantes protagonizam trajetórias escolares 
fragmentadas, com históricos de distorção idade/
série, evasões e reprovações. Segundo dados do 
Inep (Censo escolar 2018), das 2.460 escolas em 
localidades quilombolas no Brasil, apenas 97 (4%) 
oferecem o Ensino Médio. A educação de jovens e 
adultos é ofertada em apenas 578 das escolas em 
territórios quilombolas brasileiros. Essa situação é 
grave, pois, nesses territórios, habitam populações 
negras que foram historicamente interditadas do 
acesso à escolarização. 
6 Educação escolar quilombola é uma oferta da Educação Básica cujos 
fundamentos estão estabelecidos pela Resolução n. 8/2012 do CNE.
A precariedade no atendimento aos estudantes 
quilombolas fica exposta ainda em dados como: a 
maioria dos estabelecimentos é de pequeno porte, 
com até duas salas de aula (57,3%); apenas 15,3% 
deles têm mais de seis salas, enquanto no total da 
Educação Básica 51,5% têm esse mesmo porte (e 
22% contam com mais de dez salas). 
Assim como ocorre para o Ensino Médio regular, nas 
modalidades e ofertas específicas descritas aqui é 
essencial que osIFs estejam atrelados à escuta 
dos estudantes e das comunidades, considerando 
o território em que se inserem, seus contextos 
locais e as problemáticas concernentes às 
localidades. Isso deve se expressar na construção 
de IFs que façam sentido aos estudantes do 
campo, indígenas e quilombolas, de acordo com 
seus Projetos de Vida. 
Transversalidade: Educação a 
distância e educação especial
De acordo com a Resolução 1/2016, a educação 
a distância é uma forma de desenvolvimento do 
processo de ensino-aprendizagem por meio de 
tecnologias, permitindo a atuação e troca entre 
docentes e estudantes localizados em diferentes 
ambientes físicos. Esse modelo de oferta pode 
ser instituído em todas as modalidades e ofertas 
específicas de ensino, desde que atendidas 
características e infraestrutura mínima nas unidades 
de ensino. De acordo com as Diretrizes Nacionais para 
o Ensino Médio, publicadas na Resolução 4 CNE-CP 
de 2018, o Ensino Médio diurno pode ofertar até 20% 
de sua carga horária total via EaD, enquanto o noturno 
pode chegar até 30% e a EJA até 80%. 
A Resolução 2/2021 determinou que os sistemas 
de ensino se organizem para incluir e atender os 
estudantes em suas necessidades educacionais 
especiais. A educação especial, portanto, considera 
uma aproximação sucessiva dos pressupostos 
e da prática pedagógica inclusiva para garantir 
um atendimento educacional especializado aos 
estudantes com deficiências. Assim como a EaD, a 
educação especial deve ser trabalhada de maneira 
transversal entre todas as modalidades e ofertas 
específicas de ensino, garantindo o atendimento aos 
estudantes que estejam em toda e qualquer escola.
sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos
As modalidades e ofertas 
específicas do Ensino Médio 
17sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos
O Guia de Itinerários Formativos foi elaborado por meio da revisão de 
normativos e referências teóricas 
que se relacionam ao Ensino 
Médio, mas, acima de tudo, 
com base no mapeamento de 
experiências reais de formulação 
e implementação dos Itinerários 
Formativos pelas Secretarias 
Estaduais de educação. Para 
a elaboração das seções e 
orientações sobre equidade, 
foram realizadas cinco oficinas de 
cocriação com os especialistas em 
modalidades e ofertas específicas. 
O Guia faz referência a diversos 
materiais orientadores sobre o 
Novo Ensino Médio já publicados, 
procurando integrar as diversas 
produções e inseri-las em 
um contexto sequenciado de 
planejamento, formulação e 
implementação dos Itinerários 
Formativos. 
Estrutura 
Para orientar a forma de organizar e tecer os IFs, 
indicamos seu caminho de estudos segundo uma 
sequência de fases que julgamos fundamentais no 
processo de implementação. É possível e recomendável 
que as ações descritas neste material sejam 
personalizadas de acordo com a realidade da sua rede. 
Elas podem, por exemplo, ser feitas de forma linear 
e específica para a arquitetura dos Itinerários ou em 
paralelo com outras ações. No entanto, é imprescindível 
que estejam estritamente articuladas com o 
planejamento da oferta da Formação Geral Básica. 
O mais importante é planejar cuidadosamente o que 
será feito em seu território e seguir uma linha lógica de 
decisões e escolhas que melhor atenda aos objetivos e 
às necessidades da sua rede na construção dos IFs. 
Este Guia sistematiza as diferentes fases de 
planejamento, concepção e implementação dos 
Itinerários Formativos do Ensino Médio em uma 
estrutura que contempla considerações, sugestões e 
exemplos tanto para o Ensino Médio Regular quanto 
para as modalidades de ensino e ofertas específicas. 
Nossa visão é de que a implementação aconteça no Ensino 
Médio de todas as escolas, de modo integrado e inclusivo. 
Metodologia de 
elaboração deste guia
Para garantir fluidez na leitura e praticidade no uso do material, 
adotamos uma estrutura única de apresentação. Em cada etapa do 
Guia, você encontrará:
1. O DESAFIO: define em poucas palavras o foco da etapa em 
discussão, isto é, qual é o problema a enfrentar.
2. RESULTADOS ESPERADOS: apresenta os entregáveis ou 
as realizações que serão atingidos pelas equipes técnicas ao 
final de cada etapa.
3. OS CAMINHOS POSSÍVEIS: são propostas soluções e 
sugestões para endereçar o problema abordado. Servem à 
concepção, ao planejamento e à implementação dos Itinerários 
Formativos no Ensino Médio regular e nas modalidades e 
ofertas específicas da etapa. 
4. NA PRÁTICA: relata os caminhos trilhados na prática por 
diferentes Secretarias de Educação, ilustrando soluções para os 
desafios encontrados ao longo do planejamento, da concepção e da 
implementação dos Itinerários Formativos. Também fornece links 
para sites e publicações com experiências de Secretarias estaduais 
e sugere leituras de referência, ferramentas e recursos que podem 
ser utilizados para auxiliar nos processos que envolvem os IFs. 
5. DE OLHO NA EQUIDADE: traz considerações específicas 
e sugestões práticas para abordar as situações particulares das 
escolas, considerando a centralidade das modalidades e as ofertas 
do Ensino Médio, para a organização dos Itinerários Formativos.
V O L U M E I
1
3
Planejamento da 
Implementação
Ciclo de 
Diagnósticos
Estudos e
apropriação do 
Referencial 
Curricular do 
território 
Lorem ipsum 
dolor sit amet, 
consectetuer
PLANEJAMENTO 
CONSISTENTE
e bem estruturado;
CRIAR E GARANTIR 
tempos e espaços para ações 
intencionais e estruturadas 
de formação e alinhamento 
das equipes técnicas;
PLANEJAR E 
EXECUTAR
os levantamentos 
que subsidiam o 
diagnóstico;
RESULTADOS 
CONSOLIDADOS
de diagnóstico de demanda da 
rede das condições de oferta 
dos itinerários formativos (foco 
nos aprofundamentos 
curriculares), já incluindo as 
diferentes modalidades e 
ofertas específicas do EM;
ELABORAÇÃO OU 
APRIMORAMENTO
do Plano de Implementação 
para o Ensino Médio;
CRIAÇÃO OU 
APRIMORAMENTO
do Comitê de Governança 
para o Novo Ensino Médio; 
EQUIPES PEDAGÓGICAS 
E OPERACIONAIS das 
secretarias alinhadas sobre 
os principais conhecimen-
tos relacionados ao Novo 
Ensino Médio, às modali-
dades e aos Itinerários 
Formativos;
CONTEMPLAR AS 
MODALIDADES
e ofertas específicas do 
Ensino Médio nas 
instâncias de governança 
e planejamento do 
Ensino Médio; 
EQUIPES PEDAGÓGI-
CAS PREPARADAS 
para avançar na con-
cepção e elaboração da 
arquitetura, catálogo de 
aprofundamentos cur-
riculares e os demais 
processos
REVISÃO DO PLI
e do plano tático-operacional 
de acordo com resultados 
dos diagnósticos.
SISTEMATIZAÇÃO DE 
EXPERIÊNCIAS 
exitosas da rede de 
flexibilização curricular 
no Ensino Médio; 
GUIA DE 
Itinerários 
Formativos
ETAPA 1 
Planejamento da 
implementação 
RESULTADOS ESPERADOS
a. Criação ou aprimoramento do Comitê de Governança para o 
Novo Ensino Médio;
b. Elaboração ou aprimoramento do Plano de Implementação 
para o Novo Ensino Médio;
c. Elaboração ou aprimoramento de plano tático-operacional 
para a implementação do Ensino Médio, com foco nas 
mudanças pedagógicas e operacionais para a oferta de 
Itinerários Formativos;
d. Contemplação das modalidades e ofertas específicas do 
Ensino Médio nas instâncias de governança e planejamento; 
e. Planejamento inicial de estratégias de comunicação e 
mobilização da rede para o Novo Ensino Médio. 
O DESAFIO 
Planejar a implementação dos Itinerários Formativos (IFs) 
de modo a garantir a oferta adequada às diversas realidades 
específicas do território e das unidades escolares (UEs) e 
coerentes às normativas nacionais e locais, assegurando 
equidade e qualidade. 
?
19
Planejamento da implementação 
DE OLHO NA EQUIDADE
20
ept esp eademtinoteja jplquicam ind
sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudosdiagnósticos
OS CAMINHOS POSSÍVEIS 
A construção e implementação dos 
IFs dependem de um planejamento 
consistente, bem estruturado e 
acordado colaborativamente. É 
relevante que a etapa de planejamento 
ocorra de forma participativa com todos 
os atores envolvidos. Esta colaboração 
é um diferencial para garantir que as 
propostas e atividades sejam definidas 
em prol das características territoriais, 
das normativas nacionais e regionais, 
do perfil das juventudes, entre outros 
aspectos. Alguns passos fundamentais 
para garantir bons resultados incluem 
definir uma visão do que é o esperado 
para a implementação, listar as ações 
para chegar lá, organizá-las em ordem de 
prioridade, elencar seus responsáveis, 
acordar os prazos e acompanhar a 
execução das ações. O Novo Ensino 
Médio demanda mudanças em diversas 
frentes de uma Secretaria. Contemplar 
essa complexidade pressupõe: 
Criar um comitê de governança com 
profissionais das diferentes áreas 
envolvidas na construção e/ou no 
detalhamento e na implementação dos 
IFs e, de preferência, com representantes 
do Conselho Estadual ou Distrital de 
Educação. Recomenda-se que o comitê, 
definido por portaria ou resolução da 
SEE, promova reuniões periódicas e 
frequentes para garantir o engajamento 
do grupo. Elas são fundamentais para 
organizar ações de escuta e de estudos, 
definições, entre outros. Destaca-se a 
importância de que o comitê se reúna 
periodicamente com o(a) secretário(a) 
de educação para apresentar o plano de 
trabalho, analisar obstáculos e tomar 
decisões estratégicas. É fundamental que 
a alta gestão da Secretaria acompanhe e 
dê subsídio para o pleno desenvolvimento 
do comitê de governança. Por fim, indica-
se que o grupo possa contar com a 
liderança de um profissional com 
experiência em gestão de projetos de 
alta complexidade.
Planejamento da implementação 
Algumas das equipes que devem estar envolvidas são:
• Ensino Médio (currículo, normas e recursos educacionais)
• Planejamento de rede e matrículas
• Administração, orçamento e finanças
• Dados, informações e evidências 
• Infraestrutura (mobiliário, rede elétrica para laboratórios, 
salas e ambiente, obras)
• Tecnologia da informação (equipe de sistemas, 
desenvolvimento, serviços de aquisição e instalação de 
computadores e Wi-Fi para os laboratórios)
• Suporte, serviços escolares (alimentação, transporte, 
limpeza etc.) 
• Gestão de pessoas e recursos humanos 
• Formação de profissionais da educação 
• Gestão escolar e supervisão de ensino
• Regulação de rede 
• Avaliação educacional
• Educação Profissional e Tecnológica
• Equipe responsável pelo EMTI
• Modalidades e ofertas específicas educacionais e 
atendimento educacional especializado
• Representante pedagógico do atendimento educacional 
a estudantes com privação de liberdade ou medidas 
socioeducativas 
• Representante do Conselho Estadual ou Distrital de 
Educação
Planejamento da implementação 
DE OLHO NA EQUIDADE
21
ept esp eademtinoteja jplquicam ind
sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos
Retomar no Plano de Implementação (PLI) as atividades relacionadas 
à criação e/ou ao detalhamento e à implementação dos IFs e elaborar 
um plano tático-operacional, que estabeleça de forma concreta:
a. resultados finais a que se quer chegar ao longo 
do processo de implementação; 
b. datas, prazos e responsáveis; 
c. indicadores de processo e de resultado, que permitirão 
monitorar e avaliar periodicamente a implementação 
dos IFs, favorecendo correções de rota; 
d. estratégias e periodicidade para o monitoramento, 
a avaliação e o replanejamento das ações.
Na prática
1. Para obter mais informações e ideias 
para esse tipo de comitê, veja o 
passo a passo publicado no material 
Como implementar o Novo Ensino 
Médio no meu estado?, pela Frente 
de Currículo e Novo Ensino Médio do 
Consed. 
2. Veja a Resolução Seduc-67, de 30-9-
2020, publicada pela SEDUC-SP para 
criar seu Comitê de Governança para 
a implementação do Novo Ensino Médio.
2.
Na prática
Se a sua Secretaria ainda estiver elaborando 
o PLI ou em processo de revisão do documento, 
recomendamos a leitura do material Como 
implementar o Novo Ensino Médio no meu 
estado?, desenvolvido pela Frente de 
Currículo e Novo Ensino Médio do Consed. 
https://drive.google.com/file/d/1G1bTbzqnt2gbT0TVj2qBHFjEG-mgIgl_/view
https://drive.google.com/file/d/1G1bTbzqnt2gbT0TVj2qBHFjEG-mgIgl_/view
http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/RESOLU%C3%87%C3%83O%20SEDUC-67,%20DE%2030-9-2020.HTM?Time=08/05/2022%2009:47:16
http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/RESOLU%C3%87%C3%83O%20SEDUC-67,%20DE%2030-9-2020.HTM?Time=08/05/2022%2009:47:16
https://drive.google.com/file/d/1G1bTbzqnt2gbT0TVj2qBHFjEG-mgIgl_/view
https://drive.google.com/file/d/1G1bTbzqnt2gbT0TVj2qBHFjEG-mgIgl_/view
https://drive.google.com/file/d/1G1bTbzqnt2gbT0TVj2qBHFjEG-mgIgl_/view
Planejamento da implementação 
DE OLHO NA EQUIDADE
22
ept esp eademtinoteja jplquicam ind
sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos
Pontos de atenção para o planejamento:
• A atribuição de aulas dos professores tem que ser pensada 
desde o início por duas razões: indica um planejamento 
cuidadoso da Secretaria do ponto de vista da vida escolar e 
funcional dos professores, assim como de preparar a Secretaria 
para possíveis contratações de novos educadores em função 
da oferta de IFs, Eletivas e Projetos de Vida. Outro fator: pode 
exigir olhar a atribuição de modo que os professores possam 
ampliar sua jornada em uma mesma escola. Recomenda-se não 
deixar essa reflexão fora das discussões iniciais.
• Além disso, a montagem da matriz curricular dos 
Itinerários Formativos, indicando os componentes 
curriculares ano a ano, suas respectivas cargas horárias e 
professores, também precisa ser estudada desde o início do 
processo de planejamento.
• Refletir sobre o uso da EaD e se/como ela estará contemplada 
na matriz curricular nas diferentes ofertas da etapa.
• Verificar necessidades de adaptação da carga horária de 
acordo com os calendários das diferentes modalidades e 
ofertas específicas de ensino.
• Envolver o Conselho Estadual ou Distrital de Educação 
desde o início das discussões deve facilitar vários 
alinhamentos normativos para a atribuição de aulas nas 
diferentes modalidades de ensino e ofertas específicas.
Na prática
a. A Ferramenta para avaliação dos planos de implementação do 
Novo Ensino Médio, desenvolvida pelo Instituto Unibanco, 
pode apoiar na revisão do Plano de Implementação da sua 
rede, contribuindo para o seu aprimoramento.
b. Vale checar a matéria “Como Mato Grosso do Sul organizou o 
Plano de Implementação do Novo Ensino Médio”, do Movimento 
pela Base. Essa leitura pode ajudar a revisitar e aprimorar 
o documento ou a criar o da sua Secretaria, caso ele ainda 
não exista. 
c. Vale a pena conhecer e aplicar em seu planejamento a 
lógica utilizada por Gabriela Lotta, doutora em Ciência 
Política pela Universidade de São Paulo (USP), mestre e 
graduada em Administração Pública pela Fundação Getulio 
Vargas (FGV). Veja o conteúdo no vídeo “Desafios da 
implementação de políticas públicas em contextos de 
crise”, do canal Núcleo Ciência pela Infância, que explica 
sobre como analisar a implementação de políticas públicas. 
https://drive.google.com/file/d/1dGdlqAUtYDfPpPXsaTo2By28bXmOfrBm/view
https://drive.google.com/file/d/1dGdlqAUtYDfPpPXsaTo2By28bXmOfrBm/view
https://observatorio.movimentopelabase.org.br/como-mato-grosso-do-sul-organizou-o-plano-de-implementacao-do-novo-ensino-medio/
https://observatorio.movimentopelabase.org.br/como-mato-grosso-do-sul-organizou-o-plano-de-implementacao-do-novo-ensino-medio/
https://www.youtube.com/watch?v=xdkB3fx1pos
https://www.youtube.com/watch?v=xdkB3fx1pos
https://www.youtube.com/watch?v=xdkB3fx1pos
Planejamentoda implementação 
DE OLHO NA EQUIDADE
23
ept esp eademtinoteja jplquicam ind
sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos
Envolvimento dos conselhos 
estaduais e distrital de 
educação no planejamento 
Para verificar o tipo de orientação que os conselhos 
estaduais e distrital de educação podem oferecer 
ao processo de implementação do Ensino Médio, 
recomendamos checar um Parecer expedido 
pelo CEE-SP sobre a qualificação necessária aos 
docentes para ministrar aulas dos componentes 
curriculares da Educação Básica. Esse e outros 
tipos de alinhamento ativo com os conselhos 
podem facilitar o avanço da implementação 
nos sistemas de ensino. 
Estabelecer canais de comunicação do comitê com regionais 
de ensino, gestores escolares, corpo docente e seus 
representantes, para que todos possam compartilhar conquistas 
e desafios, colaborando com o planejamento e a organização da 
implementação dos IFs. Essa estratégia garante que todos se 
sintam parte do processo e corresponsáveis pelo sucesso das 
ações. Além disso, a troca com a rede ajuda o comitê a antecipar 
desafios e a agilizar as tomadas de decisão.
Como pensar formas de organização e implantação de um 
planejamento em que seja possível realizar uma escuta sensível 
de todos os sujeitos educativos envolvidos, para além da equipe 
técnica das Secretarias, entre eles, educadores, estudantes e de 
toda a comunidade escolar?
Muitas Secretarias podem ainda não ter estabelecido um diálogo 
estruturado com as comunidades e escolas em torno da questão 
da nova arquitetura do Ensino Médio. Mas isso não pode ser 
deixado para uma etapa posterior às tomadas de decisões 
que definirão a nova forma de oferta. Estrategicamente, os 
técnicos devem construir uma comunicação mais transversal, 
com linguagem de fácil compreensão e um diálogo com maior 
inclusão. Recomendamos que se tenha, no Comitê, uma ou 
duas pessoas para articular a comunicação da Secretaria com 
diferentes atores, com planejamento e foco, alinhadas com o 
planejamento das ações.
3.
http://www.ceesp.sp.gov.br/ceesp/textos/2021/2021-00450-Indic-213-21.pdf
Planejamento da implementação 
DE OLHO NA EQUIDADE
24
ept esp eademtinoteja jplquicam ind
sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos
Registrar e divulgar um cronograma integrado, que considere a agenda 
de implementação e suas etapas, o calendário letivo, as datas de reuniões 
pedagógicas, os encontros previstos para formação da rede (incluindo 
professores, gestores, demais funcionários das escolas). É recomendado marcar 
as datas importantes de processos e registrar as entregas no plano de ação. Essa 
agenda será útil para a elaboração do plano de formação continuada. É essencial 
que, previamente à divulgação do cronograma, seja feito alinhamento entre as 
áreas da Secretaria e também com equipes das regionais de ensino e escolares, de 
modo a evitar prazos curtos ou sobreposição com as demais ações da Secretaria.
É fundamental que o cronograma contemple:
• definição das etapas de planejamento da implementação dos Itinerários 
Formativos das escolas regulares e um planejamento específico para 
as modalidades e ofertas específicas (caso trate-se de um tempo 
diferente de implementação);
• estruturação dos planos de formação (estudos e apropriação do 
referencial curricular do território e das especificidades);
• realização de ciclos de diagnósticos a serem feitos nas escolas regulares e 
nas diferentes modalidades e ofertas específicas;
• estabelecimento de prazos e critérios para definição dos Itinerários 
Formativos e a construção do seu catálogo, conforme as especificidades 
e os diagnósticos identificados. Com atenção aos prazos coerentes e 
adequados à dinâmica e rotina escolar da própria modalidade ou oferta 
específica, com espaços para avaliação do processo de trabalho e sua (re)
estruturação.
Na prática
No material Ferramentas para apoiar a 
implementação da BNCC e do Novo Ensino 
Médio na sua rede, produzido pela Frente 
Comunicação e Engajamento, do Movimento 
pela Base, oito soluções de comunicação 
e engajamento, que podem trazer ideias 
para sua equipe.
Veja também a matéria “[Análise] 
Construção do Novo Ensino Médio em 
Pernambuco: princípios para elaboração 
dos itinerários formativos”, do 
Movimento pela Base. 
4.
https://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2020/04/book-frente-comunicacao-tela-pgsimples.pdf
https://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2020/04/book-frente-comunicacao-tela-pgsimples.pdf
https://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2020/04/book-frente-comunicacao-tela-pgsimples.pdf
https://observatorio.movimentopelabase.org.br/analise-construcao-do-novo-ensino-medio-em-pernambuco-principios-para-elaboracao-dos-itinerarios-formativos/
https://observatorio.movimentopelabase.org.br/analise-construcao-do-novo-ensino-medio-em-pernambuco-principios-para-elaboracao-dos-itinerarios-formativos/
https://observatorio.movimentopelabase.org.br/analise-construcao-do-novo-ensino-medio-em-pernambuco-principios-para-elaboracao-dos-itinerarios-formativos/
https://observatorio.movimentopelabase.org.br/analise-construcao-do-novo-ensino-medio-em-pernambuco-principios-para-elaboracao-dos-itinerarios-formativos/
Planejamento da implementação 
DE OLHO NA EQUIDADE
25
ept esp eademtinoteja jplquicam ind
sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos
De olho na equidade a. Assegurar condições de infraestrutura nas escolas para a implementação 
dos Itinerários Formativos. Para que isso seja possível, vale refletir sobre a 
viabilidade de instrumentos de descentralização de recursos financeiros para a 
adaptação de infraestrutura e compra de materiais para a implementação dos 
IFs, principalmente em escolas mais distanciadas de centros urbanos.
Veja o exemplo do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE Paulista). Ele 
foi criado em 2019 e realiza a transferência de recursos financeiros às escolas 
públicas estaduais. O dinheiro enviado pela Secretaria da Educação às unidades 
escolares é gerenciado pela Associação de Pais e Mestres (APM) e deve ser 
utilizado em benefício da escola. Com os recursos, é possível realizar melhorias 
de infraestrutura, bem como comprar materiais e equipamentos.
b. Reconhecer e respeitar as diversidades em seus aspectos sociais, culturais, 
ambientais, políticos, econômicos, de gênero, geracionais, de raça e etnia para 
a construção e implementação dos IFs.
c. Assegurar formação profissional continuada aos professores em parceria 
com articulações, fóruns e comitês de educação, movimentos sociais, 
organizações populares e instituições de educação superior públicas e 
privadas que considerem as singularidades dos estudantes e seus projetos 
político-pedagógicos das escolas.
d. Não tratar com superficialidade as populações tradicionais, evitando erros 
e preconceitos do passado, por exemplo, postergando a implementação que as 
inclua. 
O planejamento da implementação dos Itinerários 
Formativos do Ensino Médio deve levar em conta, 
desde o início, cuidados e estratégias para a garantia 
da equidade do processo. Já apontamos algumas 
saídas ao longo deste Guia. A seguir, elencamos 
mais algumas que devem estar no radar das 
equipes técnicas das Secretarias, garantindo 
que as modalidades e as ofertas específicas 
do Ensino Médio oportunizem 
experiências de aprendizagem 
significativas aos estudantes. 
https://pdde.educacao.sp.gov.br/
Planejamento da implementação 
DE OLHO NA EQUIDADE
26
ept esp eademtinotjpl
sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos
ejaquiindcam
e. Evitar considerar a visão ocidental e 
urbanocêntrica na elaboração das propostas 
pedagógicas dos IFs, pois ele desmistifica e muitas 
vezes menospreza o conhecimentoe a realidade 
locais.
f. Verificar a necessidade de adaptação da 
proposta pedagógica do componente Projeto 
de Vida, geralmente elaborado tendo como ponto 
de partida o jovem do Ensino Médio regular, que 
vive nos centros urbanos. 
g. Considerar a vulnerabilidade das unidades 
de ensino, em especial aquelas localizadas 
em regiões com altos índices de violência, 
desemprego e outros problemas sociais. 
h. Criar uma agenda que inclua o diálogo 
permanente com gestores, profissionais e 
estudantes que atuam nas escolas e visitas in loco 
para a realização do diagnóstico de necessidades e 
possibilidades de oferta de IFs, além de identificar 
quais são os apoios demandados pelas escolas 
com maiores desafios.
No portal do projeto Faz Sentido, veja orientações 
sobre como realizar escuta e rodas de conversa.
Além desses cuidados gerais, apontamos a 
seguir algumas estratégias ou pontos de atenção 
específicos a algumas modalidades e ofertas do 
Ensino Médio:
Escolas do campo, das águas e das florestas 
• Planejar para garantir flexibilidade na 
organização curricular e escolar, incluindo 
adequação do calendário escolar às fases do 
ciclo agrícola e extrativista, das condições 
climáticas e das marés. 
Escolas em comunidades indígenas 
• Não generalizar os povos indígenas, mas, 
sim, criar instrumentos de diagnóstico e 
implementação que reflitam a diversidade 
dessa categoria educacional. 
Escolas em comunidades quilombolas 
• Realizar consultas com fóruns de educação 
escolar quilombola ou ativistas do movimento 
social quilombola do território para estruturar 
processos de implementação dos Itinerários 
Formativos. 
Educação de jovens e adultos (EJA)
• Planejar o diagnóstico dessa 
oferta para conhecer as razões 
para o retorno escolar e, 
consequentemente, contribuir na 
construção dos projetos de vida 
dos estudantes. 
• Organizar o cotidiano escolar 
oferecido ao aluno da EJA para 
que se adeque aos sujeitos, que 
precisam ser ouvidos, com o 
objetivo de oferecer IFs que os 
contemplem. 
https://fazsentido.org.br/etapa-escutar-e-escolher/?perfil=professor&secao=1
Planejamento da implementação 
DE OLHO NA EQUIDADE
27
ept esp eadejaquicam ind
sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos
emtinotjpl
Educação para estudantes em privação de liberdade 
e medida socioeducativa
• Buscar a interlocução entre a Secretaria de 
Educação e a Secretaria responsável pela gestão 
dos centros de medida socioeducativa.
• Envolver os educadores de ambas as Secretarias 
para que se aproximem do processo prático, 
estreitando a relação entre suas intencionalidades 
e finalidades educativas e a prática cotidiana 
instaurada nos IFs.
• Visitar os locais de implementação e estabelecer 
interlocução com os profissionais dos locais 
onde os adolescentes e jovens cumprem medida 
socioeducativa.
• Conhecer as normativas que tratam de medidas 
socioeducativas e, em especial, aquelas relativas 
à escolarização (decretos, portarias, resoluções).
• Atentar para a necessidade de adaptação 
dos tempos e recursos demandados pelos 
Aprofundamentos Curriculares dos IF em relação 
aos tempos médios de internação e infraestrutura 
disponível em espaços de privação de liberdade 
e medida socioeducativa (exemplos: restrição de 
acesso à internet; internação provisória). 
• Estabelecer fluxos de aproveitamento de 
estudos durante e depois dos períodos de 
privação de liberdade e cumprimento de 
medida socioeducativa.
Ensino Médio noturno 
• Atentar para a necessidade de contratação 
de novos professores, visando à atribuição de 
aulas no noturno.
• Considerar a possibilidade de inclusão do 4º 
ano de Ensino Médio ou o estabelecimento de 
sábados letivos para os estudantes.
• Utilizar a EaD como forma de garantir a mesma 
carga horária do EM diurno, mas com flexibilidade 
às rotinas dos estudantes do EM noturno. 
Ensino Médio em tempo integral (EMTI) 
• Realizar diálogo constante e intercâmbio de 
práticas entre os profissionais atuantes nas 
escolas do EMTI e aqueles que iniciarão a 
implementação dos IFs.
• Organizar seminários, webconferências ou 
ciclos de debates para compartilhamento de 
práticas, a fim de evidenciar o trabalho com foco na 
educação integral, a promoção do protagonismo 
juvenil, o desenvolvimento do projeto de vida 
dos estudantes, a adoção de metodologias ativas, 
a realização de projetos interdisciplinares, o 
processo de escolha dos estudantes, entre outros.
• Garantir um olhar diferenciado para as unidades 
escolares que terão várias matrizes funcionando 
concomitantemente, por exemplo: terminalidade do 
Ensino Fundamental; conclusão do Ensino Médio 
regular e as primeiras séries no Novo Ensino Médio, 
considerando as complexidades instaladas.
• Atentar para a distribuição da carga horária nas 
escolas de tempo integral, considerando o máximo 
de 1.800 horas de FGB, ao longo dos três anos, e o 
restante do tempo distribuído para os Itinerários 
Formativos, podendo ser organizados vários 
arranjos. 
• Considerar a possibilidade de a Secretaria criar 
diferentes desenhos curriculares que atendam às 
distintas realidades das escolas em tempo integral. 
• Para conhecer diferentes arranjos, consulte a 
página 60 da Coletânea de materiais, da Frente de 
Currículo e Novo Ensino Médio, e o material do 
Instituto Natura. 
https://drive.google.com/file/d/1pokZmNXv2oKSKg0NxEZ2xl2ldlOZXOfw/view
https://drive.google.com/file/d/1P62g_scP3Kbwxy3OhhuKgG3yqnAZZ0ej/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1P62g_scP3Kbwxy3OhhuKgG3yqnAZZ0ej/view?usp=sharing
Planejamento da implementação 
DE OLHO NA EQUIDADE
28
emtinoteja jplquicam ind
sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos
eadespept
Educação Profissional e Tecnológica (EPT)
A Educação Profissional e Tecnológica (EPT) pode 
ser inserida na arquitetura do Ensino Médio como 
um aprofundamento curricular específico, mas 
também integrado com áreas do conhecimento e 
mesmo em formato de eletivas. Vale lembrar que em 
seu estado pode ser que a EPT seja responsabilidade 
de outra Secretaria, o que demanda articulação 
entre as pastas de governo para que as equipes 
técnicas dialoguem e consigam planejar Itinerários 
Formativos que contemplem a EPT. 
Para se aprofundar, recomendamos a leitura 
do Guia 1 do Itaú Educação e Trabalho, que 
aborda aspectos fundamentais para o itinerário de 
formação técnica e profissional.
Educação a distância 
• Planejar a EaD para ser utilizada 
como forma de expansão da 
carga horária de estudantes do 
Ensino Médio Regular, dando-
lhes oportunidades mais amplas 
de eletivas e até de acesso 
a novos Aprofundamentos 
Curriculares.
• Garantir condições de 
infraestrutura e formação 
pedagógica adequadas para a 
utilização de tecnologia para a 
oferta de Itinerários Formativos.
• Para a realização desse 
diagnóstico, recomendamos 
a plataforma Guia Edutec, do 
CIEB.
Educação especial 
• Identificar os alunos matriculados que sejam público da 
educação especial e os profissionais já contratados das 
unidades para que possam planejar de acordo com as 
necessidades das escolas. 
• Realizar um levantamento de recursos e equipamentos 
necessários, como profissionais, intérpretes, adaptações 
físicas e material pedagógico específico, assim como a 
criação de novos espaços, salas de recurso em contraturno e 
capacitação profissional adequada. 
• Planejar fluxos para a implementação do art. 16 da Resolução 
CNE/CEB n. 2, de 11 de setembro de 2001, considerando 
que, quando são esgotadas as possibilidades de atendimento 
educacional especializado aos alunos com deficiência ou 
necessidades específicas, a escola pode prosseguir com 
a certificação da escolaridade descrevendo, no histórico 
escolar, as competências desenvolvidas pelo educando, além 
de permitir o encaminhamento paraa educação profissional 
ou EJA. Pode-se, também, abrir espaço para a escolha de 
eletivas de qualificação profissional ou mesmo para um 
Itinerário de EPT.
• Planejar fluxos e orientações para a adaptação dos IFs de 
acordo com as necessidades mapeadas pelos educadores; 
https://observatorioept.org.br/rails/active_storage/disk/eyJfcmFpbHMiOnsibWVzc2FnZSI6IkJBaDdDRG9JYTJWNVNTSWhjWFk0Tm1ReE0yNXdiak0wTm5KMVp6RnRiVEZvTmpobWVIcG5Nd1k2QmtWVU9oQmthWE53YjNOcGRHbHZia2tpQWNKcGJteHBibVU3SUdacGJHVnVZVzFsUFNKSGRXbGhJREVnTFNCSmRHbHVaWEpoY21sdklHUmhJRVp2Y20xaFkyRnZJQ0JVWldOdWFXTmhJR1VnVUhKdlptbHpjMmx2Ym1Gc0xuQmtaaUk3SUdacGJHVnVZVzFsS2oxVlZFWXRPQ2NuUjNWcFlTVXlNREVsTWpBdEpUSXdTWFJwYm1WeUpVTXpKVUV4Y21sdkpUSXdaR0VsTWpCR2IzSnRZU1ZETXlWQk55VkRNeVZCTTI4bE1qQWxNakJVSlVNekpVRTVZMjVwWTJFbE1qQmxKVEl3VUhKdlptbHpjMmx2Ym1Gc0xuQmtaZ1k3QmxRNkVXTnZiblJsYm5SZmRIbHdaVWtpRkdGd2NHeHBZMkYwYVc5dUwzQmtaZ1k3QmxRPSIsImV4cCI6IjIwMjItMDYtMTVUMTM6Mjg6MTYuNDAzWiIsInB1ciI6ImJsb2Jfa2V5In19--47afe861374ce6eae88ba82653b0fe92e5d90ec4/Guia%201%20-%20Itiner%C3%A1rio%20da%20Forma%C3%A7%C3%A3o%20%20T%C3%A9cnica%20e%20Profissional.pdf?content_type=application%2Fpdf&disposition=inline%3B+filename%3D%22Guia+1+-+Itinerario+da+Formacao++Tecnica+e+Profissional.pdf%22%3B+filename%2A%3DUTF-8%27%27Guia%25201%2520-%2520Itiner%25C3%25A1rio%2520da%2520Forma%25C3%25A7%25C3%25A3o%2520%2520T%25C3%25A9cnica%2520e%2520Profissional.pdf
https://guiaedutec.com.br/
Na prática Veja como aconteceu essa etapa na Secretaria de Educação do Piauí
Um dos primeiros passos na construção dos Itinerários Formativos no estado foi organizar grupos de discussão e 
planejamento para desenhar as propostas do 
Novo Ensino Médio. A formação de um Comitê 
de Governança foi fundamental: assim, cada 
atividade e cada avanço puderam ser validados 
pela alta gestão da Secretaria e por todas 
as partes interessadas no novo modelo. 
A partir de um planejamento conjunto da equipe 
responsável, organizamos diversas frentes de 
trabalho para atender pontos específicos dessa 
grande demanda. Cada frente se reuniu com uma 
frequência preestabelecida para planejar e 
executar atividades que contribuíram para a 
implementação avançar. 
O grupo destacado para fazer a redação dos 
Itinerários Formativos realizou um planejamento 
que incluiu os Aprofundamentos e as 
apropriações de conhecimento sobre a temática, 
a reescrita das propostas iniciais e adaptações 
nas contribuições recebidas. O objetivo foi 
chegar a um produto final que atendesse a 
todas as exigências das regulamentações do 
Novo Ensino Médio e ao mesmo tempo fosse 
significativo para os estudantes do estado. 
Sempre que uma etapa importante era concluída, 
passava por validação interna e o Comitê de 
Governança e o Conselho Estadual de Educação 
eram envolvidos para avaliação e devolutivas 
sobre o material produzido. Esses feedbacks 
constantes permitiram uma construção de 
Itinerários Formativos mais robusta e adaptada 
aos anseios das diversas partes envolvidas na 
reforma educacional. 
Exemplos de Planos de Implementação (PLI) 
para o Ensino Médio
Plano de implementação do Novo Ensino Médio — Rede 
estadual de ensino do Mato Grosso do Sul. 
Novo Ensino Médio capixaba — Plano de implementação, 
desenvolvido pela Secretaria de Educação do Espírito Santo.
29
https://www.sed.ms.gov.br/wp-content/uploads/2021/11/Plano-de-Implementacao-do-Novo-Ensino-Medio.pdf
https://www.sed.ms.gov.br/wp-content/uploads/2021/11/Plano-de-Implementacao-do-Novo-Ensino-Medio.pdf
https://novoensinomedio.sedu.es.gov.br/Media/NovoEnsinoMedio/Arquivos/PLANO%20DE%20IMPLEMENTA%C3%87%C3%83O%20ES.pdf
?
ETAPA 2 
Estudos
O DESAFIO 
Assegurar que as equipes pedagógicas envolvidas na 
implementação compreendam em profundidade e se alinhem em 
relação aos objetivos, ao conceito, à estrutura e ao funcionamento, 
bem como às premissas pedagógicas dos Itinerários Formativos.\
RESULTADOS ESPERADOS 
a. Equipes pedagógicas e operacionais das Secretarias alinhadas 
sobre os principais conhecimentos relacionados ao Novo Ensino 
Médio e aos Itinerários Formativos; 
b. Equipes pedagógicas e operacionais das Secretarias alinhadas 
sobre os principais conhecimentos relacionados às modalidades 
e ofertas específicas do Ensino Médio; 
c. Equipes pedagógicas preparadas para avançar na concepção e 
elaboração da arquitetura e do catálogo de Aprofundamentos 
Curriculares e nos demais processos de implementação dos 
Itinerários Formativos do Ensino Médio. 
OS CAMINHOS POSSÍVEIS 
Criar e garantir tempos e espaços para ações intencionais e 
estruturadas de formação e alinhamento das equipes técnicas 
pressupõe: 
30
Estudos
31
DE OLHO NA EQUIDADE ept esp eademtinoteja jplquicam ind
sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos
Realizar uma curadoria das normativas e de 
materiais produzidos sobre temas relacionados 
aos Itinerários Formativos, por exemplo: 
Projeto de Vida, Objetivos de Desenvolvimento 
Sustentável, temas contemporâneos citados na 
BNCC, multiletramentos, metodologias ativas e 
ensino híbrido, inclusão e diversidade. A equipe 
pode mobilizar os diferentes atores da Secretaria, 
regionais e escolas, enviar dicas de materiais de 
estudo por meio de um canal de comunicação rápida, 
como grupos de WhatsApp. Isso garante não só 
a ampliação de repertório de todos, mas também 
promove o engajamento dos diferentes atores e uma 
implementação baseada nas normas vigentes. 
Veja a seguir uma lista de materiais que consideramos 
importantes para compreender a arquitetura geral 
do Novo Ensino Médio e, mais especificamente, 
os Itinerários Formativos da etapa. Inserimos os 
materiais em uma ordem lógica de apropriação 
sobre os tópicos relacionados, mas eles podem ser 
acessados conforme as equipes julgarem melhor. 
1. “O que há de novo no Ensino Médio? — Texto de 
referência”, do Instituto iungo, Reúna e Itaú Educação e 
Trabalho.
2. Resolução n. 3, de 21 de novembro de 2018, do MEC, que 
atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino 
Médio.
3. Coletânea de materiais, da Frente Currículo e Novo Ensino 
Médio, que traz a arquitetura curricular: sistematização 
de entendimentos e pontos de atenção, bem como 
recomendações e orientações para elaboração e arquitetura 
curricular dos Itinerários Formativos. 
4. Referenciais Curriculares para a elaboração de Itinerários 
Formativos, do MEC.
5. “Aprofundamentos — Texto de referência”, do Instituto 
iungo, Reúna e Itaú Educação e Trabalho.
6. “O que são e como trabalhar os eixos estruturantes nos 
Itinerários Formativos — Texto de referência”, do Instituto 
iungo, Reúna e Itaú Educação e Trabalho.
7. Itinerários Formativos do Novo Ensino Médio: Estado da 
arte e insumos para as políticas nacionais de avaliação da 
etapa, do Instituto Reúna.
8. Parâmetros de Qualidade para Avaliação do Currículo do 
Ensino Médio, do Instituto Reúna. Foco nos parâmetros que 
se referem aos Itinerários Formativos. 
1.
https://nossoensinomedio.org.br/wp-content/uploads/2021/03/FGB_C2_Texto-1.pdf
https://nossoensinomedio.org.br/wp-content/uploads/2021/03/FGB_C2_Texto-1.pdf
http://portal.mec.gov.br/docman/novembro-2018-pdf/102481-rceb003-18/file
https://drive.google.com/file/d/1pokZmNXv2oKSKg0NxEZ2xl2ldlOZXOfw/view
https://novo-ensino-medio.saseducacao.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Referenciais-Curriculares-para-elaboracao-dos-Itinerarios-Formativos.pdf
https://novo-ensino-medio.saseducacao.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Referenciais-Curriculares-para-elaboracao-dos-Itinerarios-Formativos.pdf
https://nossoensinomedio.org.br/wp-content/uploads/2021/04/ID1_C7_Texto.pdf
https://nossoensinomedio.org.br/wp-content/uploads/2021/04/texto-O-que-sao-os-eixos-estruturantes.pdf
https://nossoensinomedio.org.br/wp-content/uploads/2021/04/texto-O-que-sao-os-eixos-estruturantes.pdf
https://www.institutoreuna.org.br/projeto/Itiner%C3%A1rios-Formativos-do-Novo-Ensino-M%C3%A9dio
https://www.institutoreuna.org.br/projeto/Itiner%C3%A1rios-Formativos-do-Novo-Ensino-M%C3%A9dio

Continue navegando