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Volume I Planejamento, estudos e diagnósticos para os Itinerários Formativos Guia de Itinerários Formativos 1. marca A marca nasce como uma submarca de Itaú, segmentado escrito com tipografia Itaú Display XBold, com a altura de X da tipografia da marca Itaú. 2 Idealização Instituto Reúna Apoio Itaú Educação e Trabalho Instituto Natura Instituto Sonho Grande Fundação Telefônica Vivo Apoio Institucional Fundação Lemann Imaginable Futures INSTITUTO REÚNA Diretoria-executiva Kátia Stocco Smole Coordenação de projetos Bruna Henrique Caruso Clea Maria da Silva Ferreira Daniel Ramos Cordeiro Mariana Costa Marcondes Marcos Vinicius Rossi EQUIPE DE PRODUÇÃO Produção técnico- pedagógica Bruna Henrique Caruso Clea Maria da Silva Ferreira Daniel Ramos Cordeiro Kátia Stocco Smole Mariana Fátima Muniz Soares Renato Alves Resende Rodrigo de Souza Araujo Taciana Ferreira Vaz Educação a distância (EAD) Betina von Staa Educação especial Fernanda Squassoni Lazzarini Educação indígena Jósimo da Costa Constant Educação no campo Karla Tereza Amélia Fornari de Souza Medidas socioeducativas Marisa Fortunato Educação de jovens e adultos e ensino noturno Monica Silva Tavares Educação quilombola Nádia Maria Cardoso da Silva Ensino Médio em tempo integral Renata Lazzarini Monaco Roberta Maia Pontes Leitura crítica Bruno Pereira Garcês Hugo Bovareto de Oliveira Horsth Marisa Montrucchio Caetano Pansani Siqueira Catarina Ianni Segatto Gustavo Blanco de Mendonça UX designer Izadora Ribeiro Perkoski Tecnologia Fabiana Cabral Silva Edição de texto Maggi Krause Edição e revisão de texto Mariane Genaro Projeto gráfico e diagramação Victor Borges Malta Ficha Técnica Ilustração Sabrina Zerlini de Sá CONSULTORIA Alison Fagner de Souza e Silva Chefe da Unidade do Ensino Médio - SEE PE Ana Coelho Vieira Selva Secretária Executiva do Desenvolvimento da Educação - SEE PE Anna Penido Diretora do Centro Lemann de Liderança para Equidade na Educação Danielly Franco de Matos Chefe de Divisão de Ensino Médio da Seduc-AC e coordenadora de Etapa de Ensino Médio - ProBNCC Durval Paulo Gomes Júnior Assessor Pedagógico da Secretaria Executiva de Desenvolvimento da Educação- SEDE - PE Flavia Leal King Baleche Assessora pedagógica - SEED PR Léia Gonçalo da Silva Gerente executiva de Ensino Médio - SEE-PB Marcia Proescholdt Wilhelms Gestora de Ensino Médio e Educação Profissional/ COPEMEP/SUPED/SED/MS Natalino Uggioni Frente Nacional Currículo e Novo Ensino Médio do Consed 3sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos Sumário 3 A árvore4 19 5 9 30 11 17 39 Apresentação Ponto de partida As modalidades e ofertas específicas do Ensino Médio Metodologia de elaboração deste guia ETAPA 1 Planejamento da implementação ETAPA 2 Estudos ETAPA 3 Ciclo de diagnósticos 4sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos A árvore representa estrutura e força. Depois da germinação, precisam de energia e impulso para começar a sair do fundo dos solos. Com uma raiz forte e bem ramificada, tornam- se plantas saudáveis com mil e uma possibilidades diferentes de visual, altura e formato. Uma planta mal enraizada está fadada a não sobreviver. Não só as raízes fortes sustentam a árvore, mas também seu caule é responsável pelo transporte de água e minerais para as folhas, garantindo um desenvolvimento saudável. Além de necessitarem de sol, ar e nutrição, poucas são as árvores que sobrevivem sozinhas; muitas precisam estar em um ambiente com outras, inclusive de outras espécies, para sobreviver. Da família Bignoniaceae, e dos gêneros Tabebuia e Handroanthus, o ipê é uma árvore nativa brasileira1. Seu nome, de origem tupi, significa “árvore de casca grossa”. Existem mais de 10 espécies de ipês, em suas mais variadas características: de norte a sul do Brasil, com flores brancas, amarelas, rosadas, 1 Fontes: http://www.invivo.fiocruz.br/biodiversidade/a-flor-simbolo- do-brasil/. INSTITUTO BRASILEIRO DE FLORESTAS. Quais são as partes da árvore e as suas funções?. 2020. Disponível em: https://www. ibflorestas.org.br/conteudo/quais-sao-as-partes-da-arvore. Acessos em: 4 jun. 2022. lilases e roxas, em Florestas Tropicais, Cerrado e Caatinga, cada região com sua flor. Algumas florescem no calor e outras nos dias cinzentos de inverno, informando a chegada da primavera. A árvore-símbolo do Brasil é usada na construção civil, na indústria naval e na marcenaria. Serve como remédio e chá e tem o poder de enfeitar qualquer cenário com sua beleza. Assim como as árvores, esse guia tem o propósito de lançar raízes num solo fértil e, com muita estrutura, orientar o crescimento de um caule que alimente com ideias e boas propostas os Itinerários Formativos do Novo Ensino Médio. O desafio é coletivo e se desdobra em muitas etapas. Mas, à semelhança do ipê, que pode florescer com cores e em momentos diferentes, dependendo do contexto e das escolas, elas se configuram de formas totalmente distintas umas das outras, sem, no entanto, prescindir de uma base sólida. Nosso convite é para que você nos acompanhe na jornada do Guia Itinerários Formativos para entender a estruturação, o planejamento, as condições e os desafios que influenciam a construção e a implementação de variados Itinerários Formativos, levando em conta as muitas modalidades e ofertas educacionais. Que o conhecimento se mostre denso como um tronco, mas aponte para a leveza das folhas e para a beleza das flores. Que a passagem das estações só reforce suas cores e formatos e possa encantar, assim como aos amantes da flora, os mais dedicados educadores. A árvore https://www.ibflorestas.org.br/conteudo/quais-sao-as-partes-da-arvore https://www.ibflorestas.org.br/conteudo/quais-sao-as-partes-da-arvore 5sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos Olá! Bem-vindo ao desafio de tecer Itinerários Formativos! A equipe do Instituto Reúna elaborou este Guia para apoiar os responsáveis pelo processo de implementação do Novo Ensino Médio nas Secretarias de Educação. É uma publicação que elenca os principais pontos a considerar até que os estudantes comecem de fato a seguir as opções de Itinerários oferecidas pela rede. Em especial, nosso público são os técnicos das Secretarias de Educação das redes estaduais e distrital diretamente envolvidos na criação e implementação dos Itinerários Formativos (IF). Se você se encaixa nesse perfil, saiba que este Guia foi feito para acompanhá-lo nesse período importante e desafiador. Além de apresentar informações relevantes para a compreensão da nossa proposta, convidamos você a fazer reflexões conosco ao longo do estudo do material. Sabemos que os desafios para colocar em prática essa grande mudança no Ensino Médio não são poucos nem simples. Observamos quanto esforço e dedicação têm sido depositados nesse processo e acreditamos que, juntos, estamos transformando para melhor esta etapa da Educação Básica, em especial porque a nova arquitetura considera os interesses e as necessidades dos jovens, conferindo-lhes maior protagonismo e formando-os para a autonomia. O Instituto Reúna acompanha de perto a implementação das inovações do Ensino Médio e contribui com as redes em iniciativas como leituras críticas dos currículos referenciais de cada UF, a produção de um Guia para Elaboração do Plano de Formação, a plataforma de formação continuada Nosso Ensino Médio, o desenvolvimento de um Referencial para Seriação das Matrizes Curriculares, a escrita de ementas para Itinerários Formativos, a elaboração de material de apoio ao professor (estas duas últimas, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo). Por isso, queremos compartilhar com vocênossa experiência até o momento e esperamos que os conteúdos do Guia sirvam de inspiração ou referência para o planejamento e a efetivação das mudanças tão esperadas pelas juventudes. Para maximizar o repertório e a oferta de situações inspiradoras, realizamos entrevistas com técnicos das Secretarias, gestores escolares e especialistas em diferentes territórios. O objetivo foi elaborar diagnósticos das reais necessidades das redes, para considerá-las do modo mais apropriado e completo possível. O grande diferencial deste material é detalhar percursos de implementação dos IFs, ilustrados por relatos de prática que revelam a realidade experimentada por redes de ensino de diferentes UFs, refletindo suas conquistas e seus desafios. Convidamos você a contar como acontece esse processo na sua rede e a dar uma devolutiva a respeito deste material, pois ele seguirá em construção permanente. Venha colaborar e apontar caminhos para o Ensino Médio dialogando com nossa equipe pelo e-mail: contato@institutoreuna.org.br Apresentação https://nossoensinomedio.org.br/wp-content/uploads/2021/06/GUIA-DO-ELABORADOR_v3.pdf https://nossoensinomedio.org.br/wp-content/uploads/2021/06/GUIA-DO-ELABORADOR_v3.pdf https://nossoensinomedio.org.br/ https://nossoensinomedio.org.br/ https://www.institutoreuna.org.br/projeto/Referencial-para-Seria%C3%A7%C3%A3o-das-Matrizes-Curriculares-no-Ensino-M%C3%A9dio https://www.institutoreuna.org.br/projeto/Referencial-para-Seria%C3%A7%C3%A3o-das-Matrizes-Curriculares-no-Ensino-M%C3%A9dio mailto:contato@institutoreuna.org.br 6sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos Convidamos você a dialogar sobre seu papel de articulador da implementação dos Itinerários Formativos lendo o poema “Tecendo a manhã”, de João Cabral de Melo Neto. Conhece? Como você se sentiu ao ler o poema? Houve ecos com seu fazer cotidiano como liderança e articulador de pessoas e saberes? Você se sente parte de um todo que tece tantas práticas da educação brasileira? Como tem sido a tessitura dos Itinerários Formativos em seu território? Fazendo um paralelo do poema com o processo de implementação dos IFs, destacamos que é preciso “erguer tendas” nas quais diferentes atores possam se sentir acolhidos, respeitados e pertencentes. É necessário criar um canal de comunicação em que um escute o outro atentamente. Dessa forma, vai sendo construída uma teia tênue de consensos que indicam uma arquitetura de caminhos possíveis. Toda essa colaboração resulta em um catálogo de IFs que reflita as diversidades, as necessidades e os anseios das comunidades escolares. Em um contexto de gestão democrática, para exercer um papel de liderança e articulação com assertividade, acreditamos que seja essencial começar a criação dos Itinerários com um convite para que cada ator seja protagonista e colabore no ato de arquitetar, elaborando um planejamento que envolva a corresponsabilização de todos. Tecendo a manhã 1. Um galo sozinho não tece uma manhã: ele precisará sempre de outros galos. De um que apanhe esse grito que ele e o lance a outro; de um outro galo que apanhe o grito que um galo antes e o lance a outro; e de outros galos que com muitos outros galos se cruzem os fios de sol de seus gritos de galo, para que a manhã, desde uma teia tênue, se vá tecendo, entre todos os galos. 2. E se encorpando em tela, entre todos, se erguendo tenda, onde entrem todos, se entretendendo para todos, no toldo (a manhã) que plana livre de armação. A manhã, toldo de um tecido tão aéreo que, tecido, se eleva por si: luz balão. MELO NETO, João Cabral de. A educação pela pedra. In: OLIVEIRA, Marly (org.) Obra completa: volume único. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. p. 345. Disponível em: https://www.escritas.org/pt/t/11508/tecendo-a-manha. Acesso em: 4 jun. 2022. Apresentação https://www.escritas.org/pt/t/11508/tecendo-a-manha 7sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos Premissas que podem guiar seu papel de líder e articulador2: Comunicação e diálogo Fazer com que o processo decisório seja sempre dialógico com a escola é fator fundamental para que a implementação dos IFs aconteça de fato. Para isso, sugerimos algumas estratégias: • Utilizar os canais de comunicação estabelecidos pela Secretaria para publicar documentos oficiais, temas para debate e materiais orientadores, bem como realizar consultas públicas etc. • Praticar a pedagogia da presença, ou seja, promover ações cotidianas que ajudem a estreitar e fortalecer o vínculo entre Secretaria, Regionais e escolas, numa relação de parceria, colaboração e acompanhamento da implementação. • Disponibilizar equipe técnica – órgão central e regionais – para realizar curadoria, tirar dúvidas e apoiar a implantação dos IFs. • Estar atento e disponível para mediar conflitos. Embora os conflitos façam parte das relações humanas, é preciso garantir que sempre exista diálogo, respeito e empatia nas interações, certo? É importante estar pronto, em seu papel de liderança, para mediar conflitos e buscar consensos. 2 Lembramos que os líderes e articuladores da formulação e implementação dos Itinerários Formativos podem estar em diferentes áreas da Secretaria e não apenas na pedagógica, dada a intersetorialidade inerente ao processo Mobilização de competências socioemocionais3 por todos Muito tem-se falado sobre o desenvolvimento de competências socioemocionais pelos estudantes (crianças e jovens), e mais recentemente a BNC-Formação explicitou a necessidade de incluir seu desenvolvimento também na formação de docentes. Hoje queremos convidar você, que faz parte da equipe da Secretaria de Educação, a refletir sobre as competências que têm sido requisitadas nesse processo de implementação dos IFs. Vamos elencar as competências socioemocionais que consideramos mais relevantes para a implementação deles: abertura para o novo, organização, colaboração, comunicação e resiliência. Faz sentido para você? Como você tem desenvolvido essas competências? Que tal refletir sobre os momentos da implementação em que elas são relevantes e antever como você pretende fortalecê-las e praticá-las nessas oportunidades? 3 Quando falamos de competências socioemocionais, consideramos como referência de estudos o Modelo das 5 macrocompetências, elaborado pelo Instituto Ayrton Senna. Nela, são elencadas cinco macrocompetências que se desdobram, ao todo, em 17 competências socioemocionais relevantes para o século 21. Além deste, o material Caminhos para Educação Integral, do Movimento pela Base. Criação e fortalecimento de uma comunidade de aprendizagem4 Reforçamos que é essencial promover e partilhar reflexões, discutir e buscar soluções conjuntas para os desafios, mapear, celebrar e socializar as conquistas, ou seja, com colegas de Secretarias de Educação, para que possam juntos compreender e formular a política do Novo EM e os IFs em específico. Sabemos que é uma tarefa de grande complexidade e que deve ser feita a muitas mãos. Por isso, para contribuir com a ampliação e o fortalecimento de uma comunidade de aprendizagem nacional do EM, vamos compartilhar, neste material, práticas de equipes de diferentes territórios e realidades, para que possam servir de inspiração e, quem sabe, promover o diálogo entre você e a equipe citada em busca de trocas e parcerias. 4 Quando falamos de comunidade de aprendizagem, consideramos seu conceito mais amplo, que abarca técnicos/ servidores das Secretarias envolvidos na implementação dos IFs, para que eles possam promover a colaboração e o intercâmbio de ideias entre os diversos atores envolvidos com os IF nas escolas, com o objetivo de estender e fortalecer cada vez mais a comunidade. Para saber mais sobre a temática, sugerimos a leiturado artigo “Comunidade de aprendizagem”, do Portal Centro de Referências em Educação Integral, e a exploração deste portal. Apresentação https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-br/BNCC/desenvolvimento.html https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-br/BNCC/desenvolvimento.html https://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2019/09/BNCC-trajetorias_diagramado_17.09_interativo_final.pdf https://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2019/09/BNCC-trajetorias_diagramado_17.09_interativo_final.pdf https://educacaointegral.org.br/glossario/comunidade-de-aprendizagem-2/#:~:text=Podemos%20definir%20Comunidades%20de%20Aprendizagem,crian%C3%A7as%2C%20seus%20jovens%20e%20adultos. https://www.comunidadedeaprendizagem.com/ V O L U M E I V O L U M E I I V O L U M E I I I 2 3 65 78 9 4 1 Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer Roteiro de apoio aos técnicos das secretarias estaduais e distrital de educação para o planejamento e criação dos Itinerários Formativos, viabilizando um catálogo de IFs aplicáveis às diversidades do território e coerentes às normativas nacionais. O Guia também apoia a elaboração de materiais de apoio aos professores e sua formação, bem como a adaptação de PPPs e o processo de monitoramento da implemen- tação dos IFs nas escolas. Planejamento, estudos e diagnósticos para os Itinerários Formativos Definições de arquitetura dos IFs, elaboração do catálogo de aprofundamentos curriculares e de materiais de apoio ao professor Formação, PPPs escolares e monitoramento da implementação dos IFs O QUE É? Planejar a implementação dos Itinerários Formativos de modo a garantir a oferta adequada às diversas realidades específicas do território e coerentes às normativas nacionais e locais, assegurando equidade e qualidade. Assegurar que as equipes pedagógicas envolvidas na implementação compreendam em profundidade e se alinhem em relação aos objetivos, ao conceito, a estrutura e funcionamento, bem como às premissas pedagógicas dos Itinerários Formativos. Conduzir o diagnóstico das capacidades da rede e as necessidades e demandas do território para que os dados levantados orientem a Secretaria de Educação na definição, ajuste e/ou detalhamento das ofertas de Itinerários Formativos. Apoiar as equipes escolares no processo de apropriação e implementação dos Itinerários Formativos e suas inovações, assegurando aos estudantes oportunidades equânimes de desenvolvimento de habilidades, protagonismo e aprendizagem ativa. Produzir um catálogo de ementas que considere as inovações propostas no referencial em relação aos IFs(desenvolvimento das habilidades dos eixos estruturantes, protagonismo juvenil, projeto de vida e outros princípios) e arealidade do território. Formar os educadores da rede de ensino a fim de que eles tenham o preparo necessário para atuarem no processo de implementação do Novo Ensino Médio nas escolas. Garantir que o currículo chegue oficialmente ao chão da escola e que a revisão do Projeto Político Pedagógico reflita as inovações do Ensino Médio em cada unidade escolar. Avaliar continuamente o que está dando certo, o que ainda precisa de aprimoramentos, quais são as demandas administrativas e as pedagógicas e como elas podem ser endereçadas por cada equipe gestora. Definir e detalhar a arquitetura e a oferta dos IFs, sua distribuição no tempo, condições e regras de mobilidade e avaliação, de modo estruturado e de fácil compreensão para estudantes e comunidade educativa. GUIA DE Itinerários Formativos 9sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos Ponto de partida Para nos alinharmos com relação às definições e dúvidas frequentes sobre a temática , preparamos uma lista de perguntas e respostas sobre os Itinerários Formativos. O que são Itinerários Formativos? Vamos retomar a Portaria n. 1.432 para responder a esta questão. “Itinerários Formativos: Conjunto de situações e atividades educativas que os estudantes podem escolher conforme seu interesse, para aprofundar e ampliar aprendizagens em uma ou mais Áreas de Conhecimento e/ou na Formação Técnica e Profissional, com carga horária total mínima de 1.200 horas.” Quais são os objetivos dos Itinerários Formativos? Segundo a Portaria n. 1.432: “- Aprofundar as aprendizagens relacionadas às competências gerais, às Áreas de Conhecimento e/ou à Formação Técnica e Profissional; - Consolidar a formação integral dos estudantes, desenvolvendo a autonomia necessária para que realizem seus Projetos de Vida; - Promover a incorporação de valores universais, como ética, liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade; e - Desenvolver habilidades que permitam aos estudantes ter uma visão de mundo ampla e heterogênea, tomar decisões e agir nas mais diversas situações, seja na escola, seja no trabalho, seja na vida.” Qual é a diferença entre Aprofundamento Curricular e IF? De acordo com um alinhamento consolidado na Coletânea de Materiais (pág. 52), produzido pela Frente Currículo e Novo Ensino Médio do Consed, o Aprofundamento Curricular é uma das partes que compõem o IF, junto de Projeto de Vida e das Eletivas. Portanto, os IFs são a parte diversificada do currículo e compostos pelo conjunto dos Aprofundamentos, Projeto de Vida e Eletivas. Os Aprofundamentos Curriculares podem ser de área do conhecimento, de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) ou integrados (entre áreas ou áreas e EPT). O que são Unidades Curriculares (UCs)? São elementos com carga horária predefinida, formados pelo conjunto de estratégias, cujo objetivo é desenvolver competências específicas. As UCs podem ser organizadas em áreas do conhecimento, disciplinas, módulos, projetos, entre outras formas. https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/70268199 https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/70268199 https://drive.google.com/file/d/1j6Iy4oNwgXkROX_4Z1nfIjFI0J-Ks1cZ/view 10 Como podem ser distribuídas as cargas horárias da Formação Geral Básica (FGB) e dos Itinerários Formativos ao longo da etapa do Ensino Médio? As novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio indicam apenas a carga horária geral da FGB (máximo de 1.800 horas) e dos IF (mínimo de 1.200 horas). Por isso, fica a critério das redes a escolha de como distribuir os tempos entre todos os componentes ao longo das três séries do EM. É importante comunicar aos estudantes e familiares que a Formação Técnica do EM, também chamada de Quinto Itinerário ou Itinerário de EPT, pode ter diferentes cargas horárias. Saiba mais no conteúdo Cursos da Educação Profissional Técnica de Nível Médio, do Ministério da Educação. Quantos são os eixos estruturantes e qual é a função deles? Eles são quatro: Investigação Científica, Mediação e Intervenção Sociocultural, Processos Criativos e Empreendedorismo. O principal papel dos eixos é buscar garantir que os jovens, independentemente do IF que cursarem, tenham experiências educativas conectadas à realidade e que promovam sua formação pessoal, profissional e cidadã. Saiba mais lendo os Referenciais Curriculares para a elaboração de Itinerários Formativos, produzido pelo MEC. Ponto de partida sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos http://portal.mec.gov.br/docman/novembro-2018-pdf/102481-rceb003-18/file#:~:text=2%C2%BA%20As%20Diretrizes%20Curriculares%20Nacionais,Federal%20e%20dos%20Munic%C3%ADpios%20na http://portal.mec.gov.br/docman/novembro-2018-pdf/102481-rceb003-18/file#:~:text=2%C2%BA%20As%20Diretrizes%20Curriculares%20Nacionais,Federal%20e%20dos%20Munic%C3%ADpios%20na http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=68561:cursos-da-educacao-profissional-tecnica-de-nivel-medio http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=68561:cursos-da-educacao-profissional-tecnica-de-nivel-mediohttps://drive.google.com/file/d/1LH9ICc4skEIWxe95scAUHtNjnzKqb_zJ/view?usp=sharing https://drive.google.com/file/d/1LH9ICc4skEIWxe95scAUHtNjnzKqb_zJ/view?usp=sharing 11sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos As modalidades e ofertas específicas do Ensino Médio Sabe-se que o Ensino Médio regular (diurno e noturno), como definido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, compõe a maior parte das unidades escolares nas redes estaduais e distrital. Por esse motivo, é comum que se inicie com o foco nesta oferta ao se planejar a nova arquitetura do Ensino Médio (especialmente o diurno). Em geral, adaptar as decisões para outras situações fica para uma etapa posterior. No entanto, desde o princípio, é preciso dar atenção especial às modalidades de ensino e ofertas específicas da etapa do Ensino Médio5, possibilitando aos estudantes matriculados nessas escolas a garantia plena do seu direito à aprendizagem, atendido com qualidade e com o mesmo grau de importância dado aos demais estudantes das redes. Quando se trata de modalidades e ofertas específicas nos referimos à educação indígena, educação quilombola, educação do campo, das águas e das florestas, educação de jovens e adultos, educação para estudantes em privação de liberdade e em medidas socioeducativas, o Ensino Médio noturno, o Ensino Médio em tempo integral. Além disso, consideramos a educação especial e a educação a distância (EaD) como eixos transversais garantidores de equidade, devendo ser pensados de maneira integrada em todas as modalidades, ofertas específicas e também no Ensino Médio regular. Para a compreensão geral das modalidades e ofertas específicas, foram elaboradas algumas definições que resgatam os principais aspectos de cada uma delas. 5 As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, de 21 de novembro de 2018, estipulam que a implementação da nova arquitetura e dos currículos do Ensino Médio deve observar as diretrizes e normas nacionais da educação especial, educação do campo, educação escolar indígena, educação escolar quilombola, educação de pessoas em regime de acolhimento ou internação e em regime de privação de liberdade, atendimento escolar de adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas, educação escolar para populações em situação de itinerância e da educação a distância. Além disso, o art. 13 da resolução deixa claro que podem ser considerados outros saberes relevantes às realidades da educação escolar indígena, da educação escolar quilombola e de comunidades tradicionais. https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/51281622 12 A educação de jovens e adultos (EJA), conforme a LDB/1996, é uma modalidade destinada aos estudantes que não concluíram, não acessaram ou abandonaram os estudos na idade apropriada. De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do Ensino Médio, a EJA “deve ser especificada uma organização curricular e metodológica diferenciada para os jovens e adultos, considerando as particularidades geracionais, preferencialmente integrada com a formação técnica e profissional, podendo ampliar seus tempos de organização escolar, com menor carga horária diária e anual, garantida a carga horária mínima da parte comum de 1.200 (um mil e duzentas) horas e observadas as diretrizes específicas”. Além disso, dado o perfil e as necessidades do educando, é possível oferecer até 80% da carga horária por meio da educação a distância, desde que haja adequado apoio tecnológico e pedagógico. A educação escolar para os adolescentes e jovens privados de liberdade não se caracteriza como uma escola específica do sistema escolar. Cabe considerar que a privação de liberdade não significa que os jovens e adolescentes estejam privados de seus direitos. No caso da educação, este direito é garantido por meio de diferentes arranjos, como salas de aula/classes organizadas dentro dos centros de atendimento socioeducativo, porém, vinculadas a uma escola da rede pública de ensino. Cada UF tem autonomia para definir sua estrutura e seu funcionamento por meio do acesso ao ensino regular ou à EJA. eja jpl As modalidades e ofertas específicas do Ensino Médio A educação quilombola se dispõe ao atendimento das populações quilombolas rurais e urbanas, sendo dever do Estado sua oferta e organização em associação com comunidades quilombolas e movimentos sociais. As escolas quilombolas são tanto as que se localizam nas comunidades quilombolas quanto as que atendem estudantes oriundos delas. Essa educação, portanto, ocorre na oferta aos estudantes quilombolas, cujos valores, saberes e histórias são compartilhados pela memória coletiva e pela oralidade. A educação do campo pode ser definida de acordo com as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo (2001), isto é, “tem um significado que incorpora os espaços da floresta, da pecuária, das minas e da agricultura, mas os ultrapassa ao acolher em si os espaços pesqueiros, caiçaras, ribeirinhos e extrativistas. O campo, nesse sentido, mais do que um perímetro não urbano, é um campo de possibilidades que dinamizam a ligação dos seres humanos com a própria produção das condições da existência social e com as realizações da sociedade humana.” A educação indígena é voltada aos povos indígenas em seus territórios, reafirmando e valorizando suas identidades. As escolas dessa oferta atualmente se organizam de acordo com os normativos nacionais, os critérios das Secretarias de Educação e as normas estabelecidas e dialogadas com as comunidades. qui cam ind sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos 13 A Educação Profissional e Tecnológica (EPT) é uma modalidade prevista na LDB/1996 com a principal finalidade de preparar “para o exercício de profissões”, contribuindo para que o cidadão possa se inserir e atuar no mundo do trabalho e na vida em sociedade. No Ensino Médio, pode ser trabalhada de forma articulada de oferta (integrada, concomitante ou intercomplementar – concomitante na forma e integrada no conteúdo) e na forma subsequente. Na arquitetura do Novo EM, a EPT ocupa espaço como Itinerário Formativo ou parte de itinerários formativos integrados com áreas do conhecimento. A nova arquitetura curricular do Ensino Médio nas escolas pequenas pode trazer alguns desafios em sua implementação. Um exemplo é a eventual falta de professores para oferta de diferentes Aprofundamentos Curriculares e eletivas ou mesmo infraestrutura física inadequada para a composição de diferentes turmas nos Itinerários Formativos. Sendo assim, é fundamental ter em vista essa lente em sua rede ao longo do processo de planejamento e implementação dos IFs, garantindo possibilidades de escolha aos estudantes, bem como condições propícias à viabilização das inovações do Ensino Médio. ept peq As modalidades e ofertas específicas do Ensino Médio O Ensino Médio em tempo integral (EMTI) não se resume apenas à ampliação da jornada escolar dos estudantes, mas defende a compreensão de que as juventudes devem ser desenvolvidas em todas as suas dimensões: intelectual, emocional, física, cultural e social. Vale lembrar que esse princípio de educação integral está garantido pelas DCNs do Ensino Médio e pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da etapa, para todos os seus estudantes. Além disso, as DCNs também preconizam a expansão da carga horária para 1.000 horas anuais (3.000 horas para a etapa), bem como a expansão progressiva para 1.400 horas anuais, o que já configura Ensino Médio em tempo integral. Na realidade atual, o ensino noturno, desenvolve-se, muitas vezes, da mesma maneira que o diurno. Não há uma adequação ao seu alunado específico (homens, mulheres, jovens e adultos que estudamapós uma rotina árdua de trabalho e, ao mesmo tempo, trazem consigo enormes lacunas de vivência e aprendizagem escolar, em razão de diferentes motivos de afastamento e/ ou evasão). Sabe-se que as DCNs demandam adequações curriculares e de arquitetura da etapa nesta oferta específica, prevendo, por exemplo, um número maior de anos para sua conclusão e até mesmo uma carga horária estendida de EaD (até 30%), dando maior flexibilidade ao cotidiano de estudos desses educandos. emti not sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos 14 Os Itinerários Formativos do Novo Ensino Médio em função das modalidades e ofertas específicas No planejamento da implementação dos IFs nas modalidades e ofertas específicas, é preciso compreender suas especificidades e suas convergências. A educação indígena, a quilombola e a do campo, das águas e das florestas ofertam o EM para populações distintas, porém, com semelhanças que podem fortalecer e favorecer a execução dos IFs. Observar, conhecer e selar um compromisso com a diversidade de territórios, sujeitos, suas realidades e potencialidades são pressupostos da educação do campo, das águas e das florestas. Essa oferta é marcada pelos desafios e pela diversidade da realidade brasileira e suas regiões, que possuem distintas formas de viver, de se organizar e de implementar as políticas com diferentes infraestruturas, entre outras dimensões que interferem diretamente nos processos educativos. É necessário refletir sobre quais destas diversidades existem em seu Estado ou sua região e como suas especificidades serão tratadas nos IFs propostos. Sabe-se que, nos últimos 20 anos, com as lutas, mobilizações, proposições dos Movimentos e Organizações Sociais do Campo, foram muitos os desafios enfrentados e também as conquistas para essa oferta escolar. Nesse sentido, precisaremos de um olhar sensível e dialógico para contemplar as diversidades do campo, das águas e das florestas em todos os seus aspectos: culturais, sociais, políticos, econômicos, de gênero, de etnia e geracionais se pretendemos desenvolver uma educação democrática com formação humana integral para a vida desses sujeitos. Por todo o Brasil, muitas das escolas que oferecem o Ensino Médio para essa oferta seguem a metodologia da alternância, na qual os tempos educativos são divididos entre “tempo escola” e “tempo comunidade”. São experiências que merecem ser conhecidas e valorizadas. Além da vivência escolar, trabalha-se com pesquisas feitas na comunidade, que são sistematizadas no tempo escolar em diálogo com as áreas do conhecimento e seus componentes curriculares. Na volta para as comunidades, técnicas e saberes aprendidos são colocados em prática, além de haver um tempo para se dedicar aos Projetos de Vida. A metodologia da alternância pode ser uma excelente alternativa para a constituição de IFs da EPT, promovendo educação no campo, do campo e para o campo, valorizando a diversidade, os saberes e as práticas da região, ao mesmo tempo que oferta condições para uma formação para o mundo do trabalho. É possível também a proposição de Itinerários Formativos com Aprofundamentos Curriculares que integrem unidades curriculares de EPT e de áreas do conhecimento, contribuindo para a diversificação das experiências de aprendizagem dos estudantes. sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos As modalidades e ofertas específicas do Ensino Médio 15 A cronologia das escolas indígenas no que se refere ao tempo segue o calendário não indígena e as normas e diretrizes da base nacional e estadual, entretanto, o conceito de tempo é singular para as sociedades indígenas: ele é sempre marcado pela relação com os elementos culturais e segue a cronologia da natureza indígena. Os espaços são basicamente construídos pela relação social e cultural de cada povo e comunidade (existe um respeito e uma reciprocidade entre ambos). Por exemplo, o povo indígena Puyanawa (Mâncio Lima/AC) organiza o tempo com base nas tradições antigas e une-o com o conhecimento que vem de fora. Dessa forma, a comunidade, em especial professores e alunos, protagonizam a construção coletiva de saberes. Assim como muitos outros grupos indígenas, os Puyanawa estão totalmente inseridos no ambiente não indígena, têm muitas relações com a comunidade externa e dependem muito dela, e isso traz impactos negativos e positivos no cotidiano escolar. As gêneses de muitas sociedades indígenas funcionam como teias, com algumas caixinhas de conhecimentos que podem ser pesquisadas e outras não. Existem 305 povos indígenas reconhecidos pelo estado brasileiro, que falam em torno de 274 línguas. São povos que ainda lutam pelo reconhecimento de suas terras e sua identidade e precisam reafirmar suas peculiaridades, porém o conhecimento sobre essas nações carece de mais abrangência. Não podemos cair no erro de construir a história, os itinerários e as relações apenas com o conhecimento externo. Por isso, é imprescindível que os técnicos conheçam cada vez mais a realidade, a história desses povos, seus determinantes culturais e como eles interpretam o outro. Há de se considerar que territórios etno-linguísticos indígenas não necessariamente convergem com as divisões dos estados brasileiros, portanto, buscar colaboração com outras redes pode ser um caminho para duas ou mais UFs que contam com populações indígenas de um mesmo território. Já quando se trata da educação quilombola é necessário reconhecer que quilombos são comunidades negras originárias da resistência à escravização, a partir do século 16. As terras de quilombos foram doadas, entregues ou adquiridas como concessões feitas pelo Estado em retribuição aos serviços prestados, iniciativas que permitiram aos ex-escravizados e seus descendentes um lugar para viver e produzir. Os quilombos contemporâneos guardam uma continuidade histórica com a forma social de os africanos e seus descendentes resistirem ao escravismo. sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos As modalidades e ofertas específicas do Ensino Médio 16 As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola determinam que a educação escolar quilombola6 na Educação Básica “deve ser ofertada por estabelecimentos de ensino localizados em comunidades reconhecidas pelos órgãos públicos responsáveis como quilombolas, rurais e urbanas, bem como por estabelecimentos de ensino próximos a essas comunidades e que recebem parte significativa dos estudantes oriundos dos territórios quilombolas”. O que as escolas quilombolas têm em comum é que os estudantes protagonizam trajetórias escolares fragmentadas, com históricos de distorção idade/ série, evasões e reprovações. Segundo dados do Inep (Censo escolar 2018), das 2.460 escolas em localidades quilombolas no Brasil, apenas 97 (4%) oferecem o Ensino Médio. A educação de jovens e adultos é ofertada em apenas 578 das escolas em territórios quilombolas brasileiros. Essa situação é grave, pois, nesses territórios, habitam populações negras que foram historicamente interditadas do acesso à escolarização. 6 Educação escolar quilombola é uma oferta da Educação Básica cujos fundamentos estão estabelecidos pela Resolução n. 8/2012 do CNE. A precariedade no atendimento aos estudantes quilombolas fica exposta ainda em dados como: a maioria dos estabelecimentos é de pequeno porte, com até duas salas de aula (57,3%); apenas 15,3% deles têm mais de seis salas, enquanto no total da Educação Básica 51,5% têm esse mesmo porte (e 22% contam com mais de dez salas). Assim como ocorre para o Ensino Médio regular, nas modalidades e ofertas específicas descritas aqui é essencial que osIFs estejam atrelados à escuta dos estudantes e das comunidades, considerando o território em que se inserem, seus contextos locais e as problemáticas concernentes às localidades. Isso deve se expressar na construção de IFs que façam sentido aos estudantes do campo, indígenas e quilombolas, de acordo com seus Projetos de Vida. Transversalidade: Educação a distância e educação especial De acordo com a Resolução 1/2016, a educação a distância é uma forma de desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem por meio de tecnologias, permitindo a atuação e troca entre docentes e estudantes localizados em diferentes ambientes físicos. Esse modelo de oferta pode ser instituído em todas as modalidades e ofertas específicas de ensino, desde que atendidas características e infraestrutura mínima nas unidades de ensino. De acordo com as Diretrizes Nacionais para o Ensino Médio, publicadas na Resolução 4 CNE-CP de 2018, o Ensino Médio diurno pode ofertar até 20% de sua carga horária total via EaD, enquanto o noturno pode chegar até 30% e a EJA até 80%. A Resolução 2/2021 determinou que os sistemas de ensino se organizem para incluir e atender os estudantes em suas necessidades educacionais especiais. A educação especial, portanto, considera uma aproximação sucessiva dos pressupostos e da prática pedagógica inclusiva para garantir um atendimento educacional especializado aos estudantes com deficiências. Assim como a EaD, a educação especial deve ser trabalhada de maneira transversal entre todas as modalidades e ofertas específicas de ensino, garantindo o atendimento aos estudantes que estejam em toda e qualquer escola. sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos As modalidades e ofertas específicas do Ensino Médio 17sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos O Guia de Itinerários Formativos foi elaborado por meio da revisão de normativos e referências teóricas que se relacionam ao Ensino Médio, mas, acima de tudo, com base no mapeamento de experiências reais de formulação e implementação dos Itinerários Formativos pelas Secretarias Estaduais de educação. Para a elaboração das seções e orientações sobre equidade, foram realizadas cinco oficinas de cocriação com os especialistas em modalidades e ofertas específicas. O Guia faz referência a diversos materiais orientadores sobre o Novo Ensino Médio já publicados, procurando integrar as diversas produções e inseri-las em um contexto sequenciado de planejamento, formulação e implementação dos Itinerários Formativos. Estrutura Para orientar a forma de organizar e tecer os IFs, indicamos seu caminho de estudos segundo uma sequência de fases que julgamos fundamentais no processo de implementação. É possível e recomendável que as ações descritas neste material sejam personalizadas de acordo com a realidade da sua rede. Elas podem, por exemplo, ser feitas de forma linear e específica para a arquitetura dos Itinerários ou em paralelo com outras ações. No entanto, é imprescindível que estejam estritamente articuladas com o planejamento da oferta da Formação Geral Básica. O mais importante é planejar cuidadosamente o que será feito em seu território e seguir uma linha lógica de decisões e escolhas que melhor atenda aos objetivos e às necessidades da sua rede na construção dos IFs. Este Guia sistematiza as diferentes fases de planejamento, concepção e implementação dos Itinerários Formativos do Ensino Médio em uma estrutura que contempla considerações, sugestões e exemplos tanto para o Ensino Médio Regular quanto para as modalidades de ensino e ofertas específicas. Nossa visão é de que a implementação aconteça no Ensino Médio de todas as escolas, de modo integrado e inclusivo. Metodologia de elaboração deste guia Para garantir fluidez na leitura e praticidade no uso do material, adotamos uma estrutura única de apresentação. Em cada etapa do Guia, você encontrará: 1. O DESAFIO: define em poucas palavras o foco da etapa em discussão, isto é, qual é o problema a enfrentar. 2. RESULTADOS ESPERADOS: apresenta os entregáveis ou as realizações que serão atingidos pelas equipes técnicas ao final de cada etapa. 3. OS CAMINHOS POSSÍVEIS: são propostas soluções e sugestões para endereçar o problema abordado. Servem à concepção, ao planejamento e à implementação dos Itinerários Formativos no Ensino Médio regular e nas modalidades e ofertas específicas da etapa. 4. NA PRÁTICA: relata os caminhos trilhados na prática por diferentes Secretarias de Educação, ilustrando soluções para os desafios encontrados ao longo do planejamento, da concepção e da implementação dos Itinerários Formativos. Também fornece links para sites e publicações com experiências de Secretarias estaduais e sugere leituras de referência, ferramentas e recursos que podem ser utilizados para auxiliar nos processos que envolvem os IFs. 5. DE OLHO NA EQUIDADE: traz considerações específicas e sugestões práticas para abordar as situações particulares das escolas, considerando a centralidade das modalidades e as ofertas do Ensino Médio, para a organização dos Itinerários Formativos. V O L U M E I 1 3 Planejamento da Implementação Ciclo de Diagnósticos Estudos e apropriação do Referencial Curricular do território Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer PLANEJAMENTO CONSISTENTE e bem estruturado; CRIAR E GARANTIR tempos e espaços para ações intencionais e estruturadas de formação e alinhamento das equipes técnicas; PLANEJAR E EXECUTAR os levantamentos que subsidiam o diagnóstico; RESULTADOS CONSOLIDADOS de diagnóstico de demanda da rede das condições de oferta dos itinerários formativos (foco nos aprofundamentos curriculares), já incluindo as diferentes modalidades e ofertas específicas do EM; ELABORAÇÃO OU APRIMORAMENTO do Plano de Implementação para o Ensino Médio; CRIAÇÃO OU APRIMORAMENTO do Comitê de Governança para o Novo Ensino Médio; EQUIPES PEDAGÓGICAS E OPERACIONAIS das secretarias alinhadas sobre os principais conhecimen- tos relacionados ao Novo Ensino Médio, às modali- dades e aos Itinerários Formativos; CONTEMPLAR AS MODALIDADES e ofertas específicas do Ensino Médio nas instâncias de governança e planejamento do Ensino Médio; EQUIPES PEDAGÓGI- CAS PREPARADAS para avançar na con- cepção e elaboração da arquitetura, catálogo de aprofundamentos cur- riculares e os demais processos REVISÃO DO PLI e do plano tático-operacional de acordo com resultados dos diagnósticos. SISTEMATIZAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS exitosas da rede de flexibilização curricular no Ensino Médio; GUIA DE Itinerários Formativos ETAPA 1 Planejamento da implementação RESULTADOS ESPERADOS a. Criação ou aprimoramento do Comitê de Governança para o Novo Ensino Médio; b. Elaboração ou aprimoramento do Plano de Implementação para o Novo Ensino Médio; c. Elaboração ou aprimoramento de plano tático-operacional para a implementação do Ensino Médio, com foco nas mudanças pedagógicas e operacionais para a oferta de Itinerários Formativos; d. Contemplação das modalidades e ofertas específicas do Ensino Médio nas instâncias de governança e planejamento; e. Planejamento inicial de estratégias de comunicação e mobilização da rede para o Novo Ensino Médio. O DESAFIO Planejar a implementação dos Itinerários Formativos (IFs) de modo a garantir a oferta adequada às diversas realidades específicas do território e das unidades escolares (UEs) e coerentes às normativas nacionais e locais, assegurando equidade e qualidade. ? 19 Planejamento da implementação DE OLHO NA EQUIDADE 20 ept esp eademtinoteja jplquicam ind sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudosdiagnósticos OS CAMINHOS POSSÍVEIS A construção e implementação dos IFs dependem de um planejamento consistente, bem estruturado e acordado colaborativamente. É relevante que a etapa de planejamento ocorra de forma participativa com todos os atores envolvidos. Esta colaboração é um diferencial para garantir que as propostas e atividades sejam definidas em prol das características territoriais, das normativas nacionais e regionais, do perfil das juventudes, entre outros aspectos. Alguns passos fundamentais para garantir bons resultados incluem definir uma visão do que é o esperado para a implementação, listar as ações para chegar lá, organizá-las em ordem de prioridade, elencar seus responsáveis, acordar os prazos e acompanhar a execução das ações. O Novo Ensino Médio demanda mudanças em diversas frentes de uma Secretaria. Contemplar essa complexidade pressupõe: Criar um comitê de governança com profissionais das diferentes áreas envolvidas na construção e/ou no detalhamento e na implementação dos IFs e, de preferência, com representantes do Conselho Estadual ou Distrital de Educação. Recomenda-se que o comitê, definido por portaria ou resolução da SEE, promova reuniões periódicas e frequentes para garantir o engajamento do grupo. Elas são fundamentais para organizar ações de escuta e de estudos, definições, entre outros. Destaca-se a importância de que o comitê se reúna periodicamente com o(a) secretário(a) de educação para apresentar o plano de trabalho, analisar obstáculos e tomar decisões estratégicas. É fundamental que a alta gestão da Secretaria acompanhe e dê subsídio para o pleno desenvolvimento do comitê de governança. Por fim, indica- se que o grupo possa contar com a liderança de um profissional com experiência em gestão de projetos de alta complexidade. Planejamento da implementação Algumas das equipes que devem estar envolvidas são: • Ensino Médio (currículo, normas e recursos educacionais) • Planejamento de rede e matrículas • Administração, orçamento e finanças • Dados, informações e evidências • Infraestrutura (mobiliário, rede elétrica para laboratórios, salas e ambiente, obras) • Tecnologia da informação (equipe de sistemas, desenvolvimento, serviços de aquisição e instalação de computadores e Wi-Fi para os laboratórios) • Suporte, serviços escolares (alimentação, transporte, limpeza etc.) • Gestão de pessoas e recursos humanos • Formação de profissionais da educação • Gestão escolar e supervisão de ensino • Regulação de rede • Avaliação educacional • Educação Profissional e Tecnológica • Equipe responsável pelo EMTI • Modalidades e ofertas específicas educacionais e atendimento educacional especializado • Representante pedagógico do atendimento educacional a estudantes com privação de liberdade ou medidas socioeducativas • Representante do Conselho Estadual ou Distrital de Educação Planejamento da implementação DE OLHO NA EQUIDADE 21 ept esp eademtinoteja jplquicam ind sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos Retomar no Plano de Implementação (PLI) as atividades relacionadas à criação e/ou ao detalhamento e à implementação dos IFs e elaborar um plano tático-operacional, que estabeleça de forma concreta: a. resultados finais a que se quer chegar ao longo do processo de implementação; b. datas, prazos e responsáveis; c. indicadores de processo e de resultado, que permitirão monitorar e avaliar periodicamente a implementação dos IFs, favorecendo correções de rota; d. estratégias e periodicidade para o monitoramento, a avaliação e o replanejamento das ações. Na prática 1. Para obter mais informações e ideias para esse tipo de comitê, veja o passo a passo publicado no material Como implementar o Novo Ensino Médio no meu estado?, pela Frente de Currículo e Novo Ensino Médio do Consed. 2. Veja a Resolução Seduc-67, de 30-9- 2020, publicada pela SEDUC-SP para criar seu Comitê de Governança para a implementação do Novo Ensino Médio. 2. Na prática Se a sua Secretaria ainda estiver elaborando o PLI ou em processo de revisão do documento, recomendamos a leitura do material Como implementar o Novo Ensino Médio no meu estado?, desenvolvido pela Frente de Currículo e Novo Ensino Médio do Consed. https://drive.google.com/file/d/1G1bTbzqnt2gbT0TVj2qBHFjEG-mgIgl_/view https://drive.google.com/file/d/1G1bTbzqnt2gbT0TVj2qBHFjEG-mgIgl_/view http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/RESOLU%C3%87%C3%83O%20SEDUC-67,%20DE%2030-9-2020.HTM?Time=08/05/2022%2009:47:16 http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/RESOLU%C3%87%C3%83O%20SEDUC-67,%20DE%2030-9-2020.HTM?Time=08/05/2022%2009:47:16 https://drive.google.com/file/d/1G1bTbzqnt2gbT0TVj2qBHFjEG-mgIgl_/view https://drive.google.com/file/d/1G1bTbzqnt2gbT0TVj2qBHFjEG-mgIgl_/view https://drive.google.com/file/d/1G1bTbzqnt2gbT0TVj2qBHFjEG-mgIgl_/view Planejamento da implementação DE OLHO NA EQUIDADE 22 ept esp eademtinoteja jplquicam ind sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos Pontos de atenção para o planejamento: • A atribuição de aulas dos professores tem que ser pensada desde o início por duas razões: indica um planejamento cuidadoso da Secretaria do ponto de vista da vida escolar e funcional dos professores, assim como de preparar a Secretaria para possíveis contratações de novos educadores em função da oferta de IFs, Eletivas e Projetos de Vida. Outro fator: pode exigir olhar a atribuição de modo que os professores possam ampliar sua jornada em uma mesma escola. Recomenda-se não deixar essa reflexão fora das discussões iniciais. • Além disso, a montagem da matriz curricular dos Itinerários Formativos, indicando os componentes curriculares ano a ano, suas respectivas cargas horárias e professores, também precisa ser estudada desde o início do processo de planejamento. • Refletir sobre o uso da EaD e se/como ela estará contemplada na matriz curricular nas diferentes ofertas da etapa. • Verificar necessidades de adaptação da carga horária de acordo com os calendários das diferentes modalidades e ofertas específicas de ensino. • Envolver o Conselho Estadual ou Distrital de Educação desde o início das discussões deve facilitar vários alinhamentos normativos para a atribuição de aulas nas diferentes modalidades de ensino e ofertas específicas. Na prática a. A Ferramenta para avaliação dos planos de implementação do Novo Ensino Médio, desenvolvida pelo Instituto Unibanco, pode apoiar na revisão do Plano de Implementação da sua rede, contribuindo para o seu aprimoramento. b. Vale checar a matéria “Como Mato Grosso do Sul organizou o Plano de Implementação do Novo Ensino Médio”, do Movimento pela Base. Essa leitura pode ajudar a revisitar e aprimorar o documento ou a criar o da sua Secretaria, caso ele ainda não exista. c. Vale a pena conhecer e aplicar em seu planejamento a lógica utilizada por Gabriela Lotta, doutora em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP), mestre e graduada em Administração Pública pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Veja o conteúdo no vídeo “Desafios da implementação de políticas públicas em contextos de crise”, do canal Núcleo Ciência pela Infância, que explica sobre como analisar a implementação de políticas públicas. https://drive.google.com/file/d/1dGdlqAUtYDfPpPXsaTo2By28bXmOfrBm/view https://drive.google.com/file/d/1dGdlqAUtYDfPpPXsaTo2By28bXmOfrBm/view https://observatorio.movimentopelabase.org.br/como-mato-grosso-do-sul-organizou-o-plano-de-implementacao-do-novo-ensino-medio/ https://observatorio.movimentopelabase.org.br/como-mato-grosso-do-sul-organizou-o-plano-de-implementacao-do-novo-ensino-medio/ https://www.youtube.com/watch?v=xdkB3fx1pos https://www.youtube.com/watch?v=xdkB3fx1pos https://www.youtube.com/watch?v=xdkB3fx1pos Planejamentoda implementação DE OLHO NA EQUIDADE 23 ept esp eademtinoteja jplquicam ind sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos Envolvimento dos conselhos estaduais e distrital de educação no planejamento Para verificar o tipo de orientação que os conselhos estaduais e distrital de educação podem oferecer ao processo de implementação do Ensino Médio, recomendamos checar um Parecer expedido pelo CEE-SP sobre a qualificação necessária aos docentes para ministrar aulas dos componentes curriculares da Educação Básica. Esse e outros tipos de alinhamento ativo com os conselhos podem facilitar o avanço da implementação nos sistemas de ensino. Estabelecer canais de comunicação do comitê com regionais de ensino, gestores escolares, corpo docente e seus representantes, para que todos possam compartilhar conquistas e desafios, colaborando com o planejamento e a organização da implementação dos IFs. Essa estratégia garante que todos se sintam parte do processo e corresponsáveis pelo sucesso das ações. Além disso, a troca com a rede ajuda o comitê a antecipar desafios e a agilizar as tomadas de decisão. Como pensar formas de organização e implantação de um planejamento em que seja possível realizar uma escuta sensível de todos os sujeitos educativos envolvidos, para além da equipe técnica das Secretarias, entre eles, educadores, estudantes e de toda a comunidade escolar? Muitas Secretarias podem ainda não ter estabelecido um diálogo estruturado com as comunidades e escolas em torno da questão da nova arquitetura do Ensino Médio. Mas isso não pode ser deixado para uma etapa posterior às tomadas de decisões que definirão a nova forma de oferta. Estrategicamente, os técnicos devem construir uma comunicação mais transversal, com linguagem de fácil compreensão e um diálogo com maior inclusão. Recomendamos que se tenha, no Comitê, uma ou duas pessoas para articular a comunicação da Secretaria com diferentes atores, com planejamento e foco, alinhadas com o planejamento das ações. 3. http://www.ceesp.sp.gov.br/ceesp/textos/2021/2021-00450-Indic-213-21.pdf Planejamento da implementação DE OLHO NA EQUIDADE 24 ept esp eademtinoteja jplquicam ind sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos Registrar e divulgar um cronograma integrado, que considere a agenda de implementação e suas etapas, o calendário letivo, as datas de reuniões pedagógicas, os encontros previstos para formação da rede (incluindo professores, gestores, demais funcionários das escolas). É recomendado marcar as datas importantes de processos e registrar as entregas no plano de ação. Essa agenda será útil para a elaboração do plano de formação continuada. É essencial que, previamente à divulgação do cronograma, seja feito alinhamento entre as áreas da Secretaria e também com equipes das regionais de ensino e escolares, de modo a evitar prazos curtos ou sobreposição com as demais ações da Secretaria. É fundamental que o cronograma contemple: • definição das etapas de planejamento da implementação dos Itinerários Formativos das escolas regulares e um planejamento específico para as modalidades e ofertas específicas (caso trate-se de um tempo diferente de implementação); • estruturação dos planos de formação (estudos e apropriação do referencial curricular do território e das especificidades); • realização de ciclos de diagnósticos a serem feitos nas escolas regulares e nas diferentes modalidades e ofertas específicas; • estabelecimento de prazos e critérios para definição dos Itinerários Formativos e a construção do seu catálogo, conforme as especificidades e os diagnósticos identificados. Com atenção aos prazos coerentes e adequados à dinâmica e rotina escolar da própria modalidade ou oferta específica, com espaços para avaliação do processo de trabalho e sua (re) estruturação. Na prática No material Ferramentas para apoiar a implementação da BNCC e do Novo Ensino Médio na sua rede, produzido pela Frente Comunicação e Engajamento, do Movimento pela Base, oito soluções de comunicação e engajamento, que podem trazer ideias para sua equipe. Veja também a matéria “[Análise] Construção do Novo Ensino Médio em Pernambuco: princípios para elaboração dos itinerários formativos”, do Movimento pela Base. 4. https://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2020/04/book-frente-comunicacao-tela-pgsimples.pdf https://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2020/04/book-frente-comunicacao-tela-pgsimples.pdf https://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2020/04/book-frente-comunicacao-tela-pgsimples.pdf https://observatorio.movimentopelabase.org.br/analise-construcao-do-novo-ensino-medio-em-pernambuco-principios-para-elaboracao-dos-itinerarios-formativos/ https://observatorio.movimentopelabase.org.br/analise-construcao-do-novo-ensino-medio-em-pernambuco-principios-para-elaboracao-dos-itinerarios-formativos/ https://observatorio.movimentopelabase.org.br/analise-construcao-do-novo-ensino-medio-em-pernambuco-principios-para-elaboracao-dos-itinerarios-formativos/ https://observatorio.movimentopelabase.org.br/analise-construcao-do-novo-ensino-medio-em-pernambuco-principios-para-elaboracao-dos-itinerarios-formativos/ Planejamento da implementação DE OLHO NA EQUIDADE 25 ept esp eademtinoteja jplquicam ind sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos De olho na equidade a. Assegurar condições de infraestrutura nas escolas para a implementação dos Itinerários Formativos. Para que isso seja possível, vale refletir sobre a viabilidade de instrumentos de descentralização de recursos financeiros para a adaptação de infraestrutura e compra de materiais para a implementação dos IFs, principalmente em escolas mais distanciadas de centros urbanos. Veja o exemplo do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE Paulista). Ele foi criado em 2019 e realiza a transferência de recursos financeiros às escolas públicas estaduais. O dinheiro enviado pela Secretaria da Educação às unidades escolares é gerenciado pela Associação de Pais e Mestres (APM) e deve ser utilizado em benefício da escola. Com os recursos, é possível realizar melhorias de infraestrutura, bem como comprar materiais e equipamentos. b. Reconhecer e respeitar as diversidades em seus aspectos sociais, culturais, ambientais, políticos, econômicos, de gênero, geracionais, de raça e etnia para a construção e implementação dos IFs. c. Assegurar formação profissional continuada aos professores em parceria com articulações, fóruns e comitês de educação, movimentos sociais, organizações populares e instituições de educação superior públicas e privadas que considerem as singularidades dos estudantes e seus projetos político-pedagógicos das escolas. d. Não tratar com superficialidade as populações tradicionais, evitando erros e preconceitos do passado, por exemplo, postergando a implementação que as inclua. O planejamento da implementação dos Itinerários Formativos do Ensino Médio deve levar em conta, desde o início, cuidados e estratégias para a garantia da equidade do processo. Já apontamos algumas saídas ao longo deste Guia. A seguir, elencamos mais algumas que devem estar no radar das equipes técnicas das Secretarias, garantindo que as modalidades e as ofertas específicas do Ensino Médio oportunizem experiências de aprendizagem significativas aos estudantes. https://pdde.educacao.sp.gov.br/ Planejamento da implementação DE OLHO NA EQUIDADE 26 ept esp eademtinotjpl sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos ejaquiindcam e. Evitar considerar a visão ocidental e urbanocêntrica na elaboração das propostas pedagógicas dos IFs, pois ele desmistifica e muitas vezes menospreza o conhecimentoe a realidade locais. f. Verificar a necessidade de adaptação da proposta pedagógica do componente Projeto de Vida, geralmente elaborado tendo como ponto de partida o jovem do Ensino Médio regular, que vive nos centros urbanos. g. Considerar a vulnerabilidade das unidades de ensino, em especial aquelas localizadas em regiões com altos índices de violência, desemprego e outros problemas sociais. h. Criar uma agenda que inclua o diálogo permanente com gestores, profissionais e estudantes que atuam nas escolas e visitas in loco para a realização do diagnóstico de necessidades e possibilidades de oferta de IFs, além de identificar quais são os apoios demandados pelas escolas com maiores desafios. No portal do projeto Faz Sentido, veja orientações sobre como realizar escuta e rodas de conversa. Além desses cuidados gerais, apontamos a seguir algumas estratégias ou pontos de atenção específicos a algumas modalidades e ofertas do Ensino Médio: Escolas do campo, das águas e das florestas • Planejar para garantir flexibilidade na organização curricular e escolar, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e extrativista, das condições climáticas e das marés. Escolas em comunidades indígenas • Não generalizar os povos indígenas, mas, sim, criar instrumentos de diagnóstico e implementação que reflitam a diversidade dessa categoria educacional. Escolas em comunidades quilombolas • Realizar consultas com fóruns de educação escolar quilombola ou ativistas do movimento social quilombola do território para estruturar processos de implementação dos Itinerários Formativos. Educação de jovens e adultos (EJA) • Planejar o diagnóstico dessa oferta para conhecer as razões para o retorno escolar e, consequentemente, contribuir na construção dos projetos de vida dos estudantes. • Organizar o cotidiano escolar oferecido ao aluno da EJA para que se adeque aos sujeitos, que precisam ser ouvidos, com o objetivo de oferecer IFs que os contemplem. https://fazsentido.org.br/etapa-escutar-e-escolher/?perfil=professor&secao=1 Planejamento da implementação DE OLHO NA EQUIDADE 27 ept esp eadejaquicam ind sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos emtinotjpl Educação para estudantes em privação de liberdade e medida socioeducativa • Buscar a interlocução entre a Secretaria de Educação e a Secretaria responsável pela gestão dos centros de medida socioeducativa. • Envolver os educadores de ambas as Secretarias para que se aproximem do processo prático, estreitando a relação entre suas intencionalidades e finalidades educativas e a prática cotidiana instaurada nos IFs. • Visitar os locais de implementação e estabelecer interlocução com os profissionais dos locais onde os adolescentes e jovens cumprem medida socioeducativa. • Conhecer as normativas que tratam de medidas socioeducativas e, em especial, aquelas relativas à escolarização (decretos, portarias, resoluções). • Atentar para a necessidade de adaptação dos tempos e recursos demandados pelos Aprofundamentos Curriculares dos IF em relação aos tempos médios de internação e infraestrutura disponível em espaços de privação de liberdade e medida socioeducativa (exemplos: restrição de acesso à internet; internação provisória). • Estabelecer fluxos de aproveitamento de estudos durante e depois dos períodos de privação de liberdade e cumprimento de medida socioeducativa. Ensino Médio noturno • Atentar para a necessidade de contratação de novos professores, visando à atribuição de aulas no noturno. • Considerar a possibilidade de inclusão do 4º ano de Ensino Médio ou o estabelecimento de sábados letivos para os estudantes. • Utilizar a EaD como forma de garantir a mesma carga horária do EM diurno, mas com flexibilidade às rotinas dos estudantes do EM noturno. Ensino Médio em tempo integral (EMTI) • Realizar diálogo constante e intercâmbio de práticas entre os profissionais atuantes nas escolas do EMTI e aqueles que iniciarão a implementação dos IFs. • Organizar seminários, webconferências ou ciclos de debates para compartilhamento de práticas, a fim de evidenciar o trabalho com foco na educação integral, a promoção do protagonismo juvenil, o desenvolvimento do projeto de vida dos estudantes, a adoção de metodologias ativas, a realização de projetos interdisciplinares, o processo de escolha dos estudantes, entre outros. • Garantir um olhar diferenciado para as unidades escolares que terão várias matrizes funcionando concomitantemente, por exemplo: terminalidade do Ensino Fundamental; conclusão do Ensino Médio regular e as primeiras séries no Novo Ensino Médio, considerando as complexidades instaladas. • Atentar para a distribuição da carga horária nas escolas de tempo integral, considerando o máximo de 1.800 horas de FGB, ao longo dos três anos, e o restante do tempo distribuído para os Itinerários Formativos, podendo ser organizados vários arranjos. • Considerar a possibilidade de a Secretaria criar diferentes desenhos curriculares que atendam às distintas realidades das escolas em tempo integral. • Para conhecer diferentes arranjos, consulte a página 60 da Coletânea de materiais, da Frente de Currículo e Novo Ensino Médio, e o material do Instituto Natura. https://drive.google.com/file/d/1pokZmNXv2oKSKg0NxEZ2xl2ldlOZXOfw/view https://drive.google.com/file/d/1P62g_scP3Kbwxy3OhhuKgG3yqnAZZ0ej/view?usp=sharing https://drive.google.com/file/d/1P62g_scP3Kbwxy3OhhuKgG3yqnAZZ0ej/view?usp=sharing Planejamento da implementação DE OLHO NA EQUIDADE 28 emtinoteja jplquicam ind sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos eadespept Educação Profissional e Tecnológica (EPT) A Educação Profissional e Tecnológica (EPT) pode ser inserida na arquitetura do Ensino Médio como um aprofundamento curricular específico, mas também integrado com áreas do conhecimento e mesmo em formato de eletivas. Vale lembrar que em seu estado pode ser que a EPT seja responsabilidade de outra Secretaria, o que demanda articulação entre as pastas de governo para que as equipes técnicas dialoguem e consigam planejar Itinerários Formativos que contemplem a EPT. Para se aprofundar, recomendamos a leitura do Guia 1 do Itaú Educação e Trabalho, que aborda aspectos fundamentais para o itinerário de formação técnica e profissional. Educação a distância • Planejar a EaD para ser utilizada como forma de expansão da carga horária de estudantes do Ensino Médio Regular, dando- lhes oportunidades mais amplas de eletivas e até de acesso a novos Aprofundamentos Curriculares. • Garantir condições de infraestrutura e formação pedagógica adequadas para a utilização de tecnologia para a oferta de Itinerários Formativos. • Para a realização desse diagnóstico, recomendamos a plataforma Guia Edutec, do CIEB. Educação especial • Identificar os alunos matriculados que sejam público da educação especial e os profissionais já contratados das unidades para que possam planejar de acordo com as necessidades das escolas. • Realizar um levantamento de recursos e equipamentos necessários, como profissionais, intérpretes, adaptações físicas e material pedagógico específico, assim como a criação de novos espaços, salas de recurso em contraturno e capacitação profissional adequada. • Planejar fluxos para a implementação do art. 16 da Resolução CNE/CEB n. 2, de 11 de setembro de 2001, considerando que, quando são esgotadas as possibilidades de atendimento educacional especializado aos alunos com deficiência ou necessidades específicas, a escola pode prosseguir com a certificação da escolaridade descrevendo, no histórico escolar, as competências desenvolvidas pelo educando, além de permitir o encaminhamento paraa educação profissional ou EJA. Pode-se, também, abrir espaço para a escolha de eletivas de qualificação profissional ou mesmo para um Itinerário de EPT. • Planejar fluxos e orientações para a adaptação dos IFs de acordo com as necessidades mapeadas pelos educadores; https://observatorioept.org.br/rails/active_storage/disk/eyJfcmFpbHMiOnsibWVzc2FnZSI6IkJBaDdDRG9JYTJWNVNTSWhjWFk0Tm1ReE0yNXdiak0wTm5KMVp6RnRiVEZvTmpobWVIcG5Nd1k2QmtWVU9oQmthWE53YjNOcGRHbHZia2tpQWNKcGJteHBibVU3SUdacGJHVnVZVzFsUFNKSGRXbGhJREVnTFNCSmRHbHVaWEpoY21sdklHUmhJRVp2Y20xaFkyRnZJQ0JVWldOdWFXTmhJR1VnVUhKdlptbHpjMmx2Ym1Gc0xuQmtaaUk3SUdacGJHVnVZVzFsS2oxVlZFWXRPQ2NuUjNWcFlTVXlNREVsTWpBdEpUSXdTWFJwYm1WeUpVTXpKVUV4Y21sdkpUSXdaR0VsTWpCR2IzSnRZU1ZETXlWQk55VkRNeVZCTTI4bE1qQWxNakJVSlVNekpVRTVZMjVwWTJFbE1qQmxKVEl3VUhKdlptbHpjMmx2Ym1Gc0xuQmtaZ1k3QmxRNkVXTnZiblJsYm5SZmRIbHdaVWtpRkdGd2NHeHBZMkYwYVc5dUwzQmtaZ1k3QmxRPSIsImV4cCI6IjIwMjItMDYtMTVUMTM6Mjg6MTYuNDAzWiIsInB1ciI6ImJsb2Jfa2V5In19--47afe861374ce6eae88ba82653b0fe92e5d90ec4/Guia%201%20-%20Itiner%C3%A1rio%20da%20Forma%C3%A7%C3%A3o%20%20T%C3%A9cnica%20e%20Profissional.pdf?content_type=application%2Fpdf&disposition=inline%3B+filename%3D%22Guia+1+-+Itinerario+da+Formacao++Tecnica+e+Profissional.pdf%22%3B+filename%2A%3DUTF-8%27%27Guia%25201%2520-%2520Itiner%25C3%25A1rio%2520da%2520Forma%25C3%25A7%25C3%25A3o%2520%2520T%25C3%25A9cnica%2520e%2520Profissional.pdf https://guiaedutec.com.br/ Na prática Veja como aconteceu essa etapa na Secretaria de Educação do Piauí Um dos primeiros passos na construção dos Itinerários Formativos no estado foi organizar grupos de discussão e planejamento para desenhar as propostas do Novo Ensino Médio. A formação de um Comitê de Governança foi fundamental: assim, cada atividade e cada avanço puderam ser validados pela alta gestão da Secretaria e por todas as partes interessadas no novo modelo. A partir de um planejamento conjunto da equipe responsável, organizamos diversas frentes de trabalho para atender pontos específicos dessa grande demanda. Cada frente se reuniu com uma frequência preestabelecida para planejar e executar atividades que contribuíram para a implementação avançar. O grupo destacado para fazer a redação dos Itinerários Formativos realizou um planejamento que incluiu os Aprofundamentos e as apropriações de conhecimento sobre a temática, a reescrita das propostas iniciais e adaptações nas contribuições recebidas. O objetivo foi chegar a um produto final que atendesse a todas as exigências das regulamentações do Novo Ensino Médio e ao mesmo tempo fosse significativo para os estudantes do estado. Sempre que uma etapa importante era concluída, passava por validação interna e o Comitê de Governança e o Conselho Estadual de Educação eram envolvidos para avaliação e devolutivas sobre o material produzido. Esses feedbacks constantes permitiram uma construção de Itinerários Formativos mais robusta e adaptada aos anseios das diversas partes envolvidas na reforma educacional. Exemplos de Planos de Implementação (PLI) para o Ensino Médio Plano de implementação do Novo Ensino Médio — Rede estadual de ensino do Mato Grosso do Sul. Novo Ensino Médio capixaba — Plano de implementação, desenvolvido pela Secretaria de Educação do Espírito Santo. 29 https://www.sed.ms.gov.br/wp-content/uploads/2021/11/Plano-de-Implementacao-do-Novo-Ensino-Medio.pdf https://www.sed.ms.gov.br/wp-content/uploads/2021/11/Plano-de-Implementacao-do-Novo-Ensino-Medio.pdf https://novoensinomedio.sedu.es.gov.br/Media/NovoEnsinoMedio/Arquivos/PLANO%20DE%20IMPLEMENTA%C3%87%C3%83O%20ES.pdf ? ETAPA 2 Estudos O DESAFIO Assegurar que as equipes pedagógicas envolvidas na implementação compreendam em profundidade e se alinhem em relação aos objetivos, ao conceito, à estrutura e ao funcionamento, bem como às premissas pedagógicas dos Itinerários Formativos.\ RESULTADOS ESPERADOS a. Equipes pedagógicas e operacionais das Secretarias alinhadas sobre os principais conhecimentos relacionados ao Novo Ensino Médio e aos Itinerários Formativos; b. Equipes pedagógicas e operacionais das Secretarias alinhadas sobre os principais conhecimentos relacionados às modalidades e ofertas específicas do Ensino Médio; c. Equipes pedagógicas preparadas para avançar na concepção e elaboração da arquitetura e do catálogo de Aprofundamentos Curriculares e nos demais processos de implementação dos Itinerários Formativos do Ensino Médio. OS CAMINHOS POSSÍVEIS Criar e garantir tempos e espaços para ações intencionais e estruturadas de formação e alinhamento das equipes técnicas pressupõe: 30 Estudos 31 DE OLHO NA EQUIDADE ept esp eademtinoteja jplquicam ind sumário a árvore apresentação ponto de partida modalidades metodologia planejamento estudos diagnósticos Realizar uma curadoria das normativas e de materiais produzidos sobre temas relacionados aos Itinerários Formativos, por exemplo: Projeto de Vida, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, temas contemporâneos citados na BNCC, multiletramentos, metodologias ativas e ensino híbrido, inclusão e diversidade. A equipe pode mobilizar os diferentes atores da Secretaria, regionais e escolas, enviar dicas de materiais de estudo por meio de um canal de comunicação rápida, como grupos de WhatsApp. Isso garante não só a ampliação de repertório de todos, mas também promove o engajamento dos diferentes atores e uma implementação baseada nas normas vigentes. Veja a seguir uma lista de materiais que consideramos importantes para compreender a arquitetura geral do Novo Ensino Médio e, mais especificamente, os Itinerários Formativos da etapa. Inserimos os materiais em uma ordem lógica de apropriação sobre os tópicos relacionados, mas eles podem ser acessados conforme as equipes julgarem melhor. 1. “O que há de novo no Ensino Médio? — Texto de referência”, do Instituto iungo, Reúna e Itaú Educação e Trabalho. 2. Resolução n. 3, de 21 de novembro de 2018, do MEC, que atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. 3. Coletânea de materiais, da Frente Currículo e Novo Ensino Médio, que traz a arquitetura curricular: sistematização de entendimentos e pontos de atenção, bem como recomendações e orientações para elaboração e arquitetura curricular dos Itinerários Formativos. 4. Referenciais Curriculares para a elaboração de Itinerários Formativos, do MEC. 5. “Aprofundamentos — Texto de referência”, do Instituto iungo, Reúna e Itaú Educação e Trabalho. 6. “O que são e como trabalhar os eixos estruturantes nos Itinerários Formativos — Texto de referência”, do Instituto iungo, Reúna e Itaú Educação e Trabalho. 7. Itinerários Formativos do Novo Ensino Médio: Estado da arte e insumos para as políticas nacionais de avaliação da etapa, do Instituto Reúna. 8. Parâmetros de Qualidade para Avaliação do Currículo do Ensino Médio, do Instituto Reúna. Foco nos parâmetros que se referem aos Itinerários Formativos. 1. https://nossoensinomedio.org.br/wp-content/uploads/2021/03/FGB_C2_Texto-1.pdf https://nossoensinomedio.org.br/wp-content/uploads/2021/03/FGB_C2_Texto-1.pdf http://portal.mec.gov.br/docman/novembro-2018-pdf/102481-rceb003-18/file https://drive.google.com/file/d/1pokZmNXv2oKSKg0NxEZ2xl2ldlOZXOfw/view https://novo-ensino-medio.saseducacao.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Referenciais-Curriculares-para-elaboracao-dos-Itinerarios-Formativos.pdf https://novo-ensino-medio.saseducacao.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Referenciais-Curriculares-para-elaboracao-dos-Itinerarios-Formativos.pdf https://nossoensinomedio.org.br/wp-content/uploads/2021/04/ID1_C7_Texto.pdf https://nossoensinomedio.org.br/wp-content/uploads/2021/04/texto-O-que-sao-os-eixos-estruturantes.pdf https://nossoensinomedio.org.br/wp-content/uploads/2021/04/texto-O-que-sao-os-eixos-estruturantes.pdf https://www.institutoreuna.org.br/projeto/Itiner%C3%A1rios-Formativos-do-Novo-Ensino-M%C3%A9dio https://www.institutoreuna.org.br/projeto/Itiner%C3%A1rios-Formativos-do-Novo-Ensino-M%C3%A9dio
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