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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMADE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL HS967 A – Teorias Antropológicas I (2020/1) Professor. Rodrigo Toniol - rodrigo.toniol@gmail.com Súmula: Principais teorias que conformaram o pensamento antropológico. A formação histórica da antropologia moderna no campo das ciências sociais e humanas. Genealogia crítica das correntes teóricas da antropologia. Surgimento da etnografia. Leitura e discussão crítica de autores e autoras fundamentais na origem e desenvolvimento da disciplina. Objetivos: Essa disciplina objetiva oferecer ao estudante uma formação na teoria antropológica clássica, através da leitura de textos de autores consagrados da disciplina, dispostos a partir de uma abordagem histórica e temática. No âmbito desta proposta formativa, entende-se a teoria simultaneamente como ferramenta de trabalho, premissa da atividade intelectual e destino da pesquisa, visando permitir ao aluno identificar argumentos ligados ás principais correntes e linhagens teóricas, criticar perspectivas e utilizar com proveito elementos de um discurso teórico em seu próprio trabalho intelectual. (Programa sujeito a modificações) Conteúdo programático: 1ª. Sessão - Apresentação do programa e questões de fundo 2ª. Sessão: Antropologia Vitoriana 1: magia, religião e ciência na constituição da Antropologia Frazer, James George. O escopo da antropologia social. Expresso Zahar, 2014. FRAZER, James G. (1890-1922). O ramo de ouro. São Paulo: Círculo do Livro, 1978. (partes a selecionar) TYLOR, E.B. Cap. 2 “ A ciência da cultura” __MORGAN, Lewis H. Cap.1 “A sociedade primitiva”. Meyer, Birgit, and Peter Pels. Magic and modernity: interfaces of revelation and concealment. Stanford University Press, 2003. (partes a selecionar) Leituras complementares: BARNARD, Alan. History and Theory in Anthropology. Cambridge University Press: 2003. Introdução, Capítulo 3: “Changing perspectives in evolution”. BARTH, Fredrik (org.) One Discipline, Four Ways :British, German, French, and American Anthropology. Chicago: The University of Chicago Press, 2005. Cap.1 “The Rise of Anthropology in Britain, 1830–1898”e Cap.22 “From the Torres Straits to the Argonauts, 1898–1922”. ROCHA, Eduardo. FRID, Mariana.(org.) Os antropólogos. Rio de Janeiro: ed. PUCRS-Vozes, 2016. 3ª. Sessão: Franz Boas: Particularismo Histórico e Cultural BOAS, Franz, 1858-1942. Antropologia cultural / Franz Boas; textos selecionados, apresentação e tradução, Celso Castro. - 2.ed.- Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005 BOAS, Franz. A formação da antropologia americana, 1883-1911: antologia/Franz Boas; organização e introdução George W. Stocking, Jr. Rio de Janeiro: Contraponto: editora UFRJ, 2004. Introdução. Os pressupostos básicos da antropologia de Franz Boas. George Stocking Jr. Pp. 15-38. KAPLAN, David & MANNERS, Robert A. Teoria da Cultura. Rio de Janeiro, Zahar, 1981. História. Pp.107-118. 4a. Sessão: Os herdeiros de Boas: Benedict, Mead e Sapir BENEDICT, Ruth. O crisântemo e a espada. São Paulo, Perspectiva, [1946] 1988. Pp. 43-68; 87- 113; 249-265. MEAD, Margaret. Sexo e temperamento. São Paulo, Editora Perspectiva, 1976. Pp. 19-27; 141- 162; 219-225; 255-263; 293-303. SAPIR, Edward. Língua e ambiente [1911]. Linguística como ciência. Ensaios. Livraria Acadêmica, 1969, p. 43-62. GONÇALVES, José Reginaldo Santos. O Modernismo antropológico de Edward Sapir.Entrevista com Richard Handler. Tradução de Luciana Villas Bôas. Sociologia&Antropologia, v.02.04: 11– 23, 2012. BIGOT, Margot. Apuntes de Lingüística antropológica. 4. La perspectiva lingüística- antropológica de Edward Sapir. Pp. 85-102. GOLDMAN, Márcio e NEIBURG, Federico. Da nação ao império. A guerra e os estudos do caráter nacional. In: L’ESTOILE, Benoit. NEIBURG, Federico, SIGAUD, Lygia. Antropologia, Impérios e Estados Nacionais. Rio de Janeiro: Relume Dumará/FAPERJ, 2002. P.187-217. 5ª. Sessão: Bronislaw Malinowski – Método etnográfico, análise do Kula e hiper- funcionalismo MALINOWSKI, Bronislaw. Argonautas do pacífico ocidental. São Paulo, Abril Cultural, [1922], 1976. Prefácio, Prólogo e Introdução (p.5-34); Cap. 3 - Características essenciais do kula (p.71-87); Cap. 22 - O significado do kula (p.365-371). _____. Uma teoria científica da cultura. Rio de Janeiro: Zahar, [1944], 1975. Caps IV a XI (42-123). KAPLAN, David & MANNERS, Robert A. Teoria da Cultura. Rio de Janeiro, Zahar, 1981. Funcionalismo; Mudança cultural; Pré-requisitos funcionais. Pp. 90-107. DA MATTA, Roberto. Relativizando: uma introdução à antropologia social. Rio de Janeiro, Rocco, 1987. Antropologia e História; O Funcionalismo; Uma Antropologia da História? Pp. 101-111. 6ª. Sessão: Alfred Reginald Radcliffe-Brown – Função, Estrutura e Organização Social. RADCLIFFE-BROWN, Alfred Reginald. Estrutura e função na sociedade primitiva. Petrópolis: Vozes, 1973. Introdução; O irmão da mãe na África do Sul (p.27-45); Parentescos por brincadeira (p.133-146); Tabu (p.167-190); Sobre o conceito de função em Ciências Sociais (p.220-231); Sobre estrutura social (p.232-251); KUPER, Adam. Antropólogos e Antropologia. Barcelona, Anagrama, 1973. II. Radcliffe-Brown. Pp. 51-86. 7ª. Sessão: Evans-Pritchard. Os Nuer e os Azande. A lógica segmentar das linhagens, a interpretação sociológica da feitiçaria. EVANS-PRITCHARD E.E. Os Nuer. São Paulo: Perspectiva, [1940], 1999. 2.ed. Introdução (p.5-21); Cap. 3 – Tempo e espaço (p. 107-150); Cap. 4 – O sistema político (p. 151-200). ______. Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, [1937], 1978. Introdução, Caps. I, II e III. KUPER, Adam. Antropólogos e Antropologia. Barcelona, Anagrama, 1973. III. As décadas de 1930 e 1940. Da função à estrutura. Pp. 87-119. KECK, Frédéric. Les théories de la magie dans les traditions anthropologiques anglaise et française. Methodos, n.2, 2002. http://methodos.revues.org/index90.html 8ª. Sessão: Émile Durkheim e Marcel Mauss. Representações coletivas, sagrado, formas primitivas de classificação e dádiva. Gabriel Tarde revisitado. RODRIGUES, José Albertino (org). Émile Durkheim. SOCIOLOGIA. Coleção Grandes Cientistas Sociais. São Paulo, Ática, 2003. Introdução: A Sociologia de Durkheim por J.A. Rodrigues. Pp7-38. Parte III. Religião e conhecimento; 14. Sociologia da religião e teoria do conhecimento; 15. Sistema cosmológico do totemismo; 16. Algumas formas primitivas de classificação. Pp. 147-203. VARGAS, Eduardo Viana. Multiplicando os agentes do mundo: Gabriel Tarde e a sociologia infinitesimal. Resenha de Gabriel TARDE. Monadologia e sociologia. Tradução de T. S. Themudo. Petrópolis, Vozes, 2003. 110 páginas.Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 19, nº. 55, 172- 176. GONÇALVES, Márcio Souza & CLAIR, Ericson Saint. Antes Tarde do que nunca: notas sobre as contribuições de Gabriel Tarde para a análise da articulação entre comunicação e cultura. Revista Galáxia, São Paulo, n. 14, p. 137-148, dez. 2007. MAUSS, Marcel. Ensaio sobre a dádiva. Forma e razão da troca nas sociedades arcaicas. In Sociologia e Antropologia, v. II. São Paulo, EPE/EDUSP, [1923/24] 1974. Pp. 37-67. ____. Efeito físico no indivíduo da ideia de morte sugerida pela coletividade – Austrália, Nova Zelândia. In op. cit. [1926]. pp. 185-208. ____. Uma categoria do espírito humano: a noção de pessoa, a noção do ‘eu’. In ____. Sociologia e Antropologia, v. 1. São Paulo, Perspectiva, EPE/EDUSP, [1938] 1974. pp. 207-241. Leitura complementar: LÉVI-STRAUSS, Claude. “O que a etnologia deve a Durkheim.” In: Antropologia Estrutural II. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1976. LÉVI-STRAUSS, Claude. Introdução à obra de Marcel Mauss MAUSS, In: MAUSS, Marcel Sociologia e Antropologia. São Paulo: EDUSP, 1974. (p. 1-36) CARDOSO DE OLIVEIRA Roberto. Introdução a uma leitura de Mauss. In CARDOSO DE OLIVEIRA Roberto. Mauss. Coleção Grandes Cientistas Sociais. São Paulo: ed. Ática. Introdução. LANGDON, Jean Matteson. Introdução:xamanismo – velhas e novas perspectivas. In ____ (org.). Xamanismo no Brasil: novas perspectivas. Florianópolis, Ed. da UFSC, 1996. Pp. 9-37. 9ª. Sessão: Aspectos da Antropologia Estrutural de Claude Lévi-Strauss LÉVI-STRAUSS, Claude. Antropologia estrutural. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1996. 5. ed. Cap. XI. A estrutura dos mitos [1955]. Pp. 237-265; Cap. XII. Estrutura e dialética [1956]. Pp.267-276. ____. A oleira ciumenta. São Paulo, Brasiliense, 1986 [1985]. Tradução de Beatriz Perrone- Moisés. Introdução; Capítulos 1 a 4; pp. 9-79. ALMEIDA, Mauro William Barbosa de. A fórmula canônica do mito. In. QEIROZ, Ruben Caixeta de & NOBRE, Renarde Freire (orgs). Lévi-Strauss: leituras brasileiras. Belo Horizonte, Editoda UFMG, 2008. Pp. 147-182. GOLDMAN, Marcio. Lévi-Strauss e os sentidos da História. Revista de Antropologia, São Paulo, USP, 1999, v. 42, nos. 1 e 2. Pp.223-238. LÉVI-STRAUSS, Claude. As estruturas elementares do parentesco. Petrópolis: Vozes, 2009. Prefácio, Caps. 1, 3, 4 e 5. 10ª. Sessão. Processualismo e Situacionismo BALANDIER, Georges. A noção de situação colonial. Cadernos de Campo, 3, São Paulo, 1993, pp. 107131. GLUCKMAN, Max. Analise de uma situação social na Zululândia moderna. In: FELDMAN- BIANCO, Bela (org.) Antropologia das sociedades contemporâneas. São Paulo: UNESP, 2010, pp. 237-364. Leituras complementares BALANDIER, Georges. Antropologia politica. São Paulo: Difusao Europeia do Livro, 1969, pp. 91-121. GLUCKMAN, Max. Política, derecho y ritual en la sociedad ritual. Madrid: Akal, 1978, pp. 317- 370. TURNER, Victor. O processo ritual. Petrópolis: Vozes, 2013, pp. 211-245. 11ª. Sessão: Louis Dumont. Sistemas de parentesco e individualismo. DUMONT, Louis. O individualismo. Uma perspectiva antropológica da ideologia moderna. Rio de Janeiro: Rocco, 1985. Gênese, I. Pp. 35-71. ____. Introducción a dos teorias de la antropologia social. Barcelona, Anagrama, [1971], 1975. 12ª. Sessão: Cliford Geertz. Interpretativismo. GEERTZ, Clifford. A interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. Cap.1 - Uma descrição densa. Por uma teoria interpretativa da cultura; Pp. 13-44; Cap. 2 – O impacto do conceito de cultura sobre o conceito de homem; Pp. 45-66; Cap. 8 – Pessoa, tempo e conduta em Bali; Pp. 225-277. _____. Savoir local, savoir global. Les lieux du savoir. Paris, Presses Universitaires de France. Chap. V – L’art en tant que système culturel; Pp.119-151. KUPER. Adam. Cultura: a visão dos antropólogos. Bauru: EDUSC, 2002. Cap. 3 - Clifford Geertz: cultura como religião e como grande ópera. Pp. 105-159. 13ª. Sessão: Marshall Sahlins - Antropologia simbólica; Antropologia e História; Antropologia e Parentesco. SAHLINS, Marshall. Cultura e Razão Prática. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. Cap. 2 – Cultura e razão prática: dois paradigmas da teoria antropológica; Pp. 68-142. SAHLINS, Marshall. Ilhas de História. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1990. Introdução; pp. 7-21; Cap. 5 – Estrutura e História; Pp. 172-194. SALHINS, M. What kinship is. Journal of the Royal Anthropological Institute (N.S.) 17, 2-19, 2011 E parte 2: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1467-9655.2011.01677.x/abstract. KUPER. Adam. Cultura: a visão dos antropólogos. Bauru: EDUSC, 2002. Cap.5 - Marshall Sahlins: história como cultura; Pp. 207-286. 14ª. Sessão: A Escola Britânica. Simbolismo e ritual. TURNER, Victor. O processo ritual. Estrutura e anti-estrutura. Petrópolis: Vozes, 1974. Cap.3 - Liminaridade e “Communitas”; Pp. 116-159. DOUGLAS, Mary, Pureza e perigo. São Paulo: Perspectiva. 1976. Pp. 11-158; 193-215. 15ª. Sessão: Epistemologias e geopolíticas das teorias antropológicas LANDER, Edgardo. Ciências sociais: saberes coloniais e eurocêntricos. In: LANDER, Edgardo (org.) A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: CLACSO, 2005, pp. 21-53. WALLERSTEIN, Immanuel et al. Abrir las ciencias sociales: informe de la comisión Gulbenkian para la reestructuración de las ciencias sociales. México: Siglo XXI, 2001, pp. 3-36. Leituras complementares DIAMOND, Stanley. Anthropology in question. In: HYMES, Dell (ed.) Reinventing anthropology. New York: Vintage Books, 1974, pp. 401-429. MEEK, Ronald. Los orígenes de la ciencia social: el desarrollo de la teoría de los cuatro estadios. México: Siglo XXI, 1981, pp. 1-36. TROUILLOT, Michel-Rolph. Anthropology and the savage slot: the poetics and politics of the otherness. In: FOX, Robin (ed.) Recapturing anthropology. SAR: Santa Fe, 1991, pp. 17-44. Avaliação: A avaliação constará dos seguintes itens: 1) Entrega de fichas individuais das leituras obrigatórias para 3 sessões; 2) Preparação e apresentação em grupo de duas sessões, na forma de seminário; 3) Assiduidade, pontualidade e participação em sala de aula (12%); 4) Entrega de um ensaio bibliográfico ao fim do curso, articulando a bibliografia discutida. Método de trabalho: Apresentação oral dos temas, leituras dos textos, elaboração de fichas de leitura, discussões em sala de aula, exercícios de produção textual e organização em grupo de seminários.
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