Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PAG E \* PÍLULA 01 1. IDENTIFICAÇÃO DO JULGADO RE 860508 / SP - SÃO PAULO – Repercussão Geral Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO Julgamento: 08/03/2021 Publicação: 23/03/2021 Órgão julgador: Tribunal Pleno do STF 2. TESE A competência prevista no § 3º do artigo 109 da Constituição Federal, da Justiça comum, pressupõe inexistência de Vara Federal na Comarca do domicílio do segurado. 3. QUESTÃO SOBRE O TEMA João tem domicílio no Distrito X, situado na Comarca Y. No Distrito X não há Vara Federal, mas na Comarca Y há. No caso, ação proposta contra a União Federal deverá ser apreciada pela Justiça comum estadual, tendo em vista não haver Vara Federal no Distrito onde a parte autora tem domicílio. ( ) Certo ( ) Errado 4. MATERIAL COMPLEMENTAR “O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a competência da Justiça comum estadual para julgar causas contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ocorre apenas quando não houver vara federal na comarca em que reside o segurado ou beneficiário. A decisão, por maioria de votos, foi tomada no Recurso Extraordinário (RE) 860508, com repercussão geral (Tema 820), e servirá de parâmetro para a resolução de pelo menos PAG E \* 187 processos com a mesma controvérsia. O julgamento ocorreu na sessão virtual encerrada em 5/3. No caso em análise, o juízo de Direito do Foro Distrital de Itatinga (SP) se declarou incompetente para apreciar a ação de uma segurada do INSS, residente na cidade, que pleiteava a concessão de aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença. O processo foi remetido ao Juizado Especial Federal Cível de Botucatu, sede da comarca a que pertence Itatinga, mas esse juízo também se declarou incompetente. Ao julgar o conflito, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) reconheceu a competência da Justiça Comum para julgar a controvérsia. Para o TRF-3, como não há vara da Justiça Federal em Itatinga, a segurada poderia optar entre a Justiça estadual e a Federal em Botucatu, sede da comarca. No recurso apresentado ao STF, o Ministério Público Federal (MPF) sustentava que a decisão violava a regra constitucional que confere competência à Justiça estadual para julgar causas previdenciárias apenas quando a comarca não for sede de vara federal. Alegou, ainda, que o Superior Tribunal de Justiça (STJ), e não o TRF, seria competente para examinar conflito entre a Justiça estadual e a Federal, apontando ofensa ao artigo 105, inciso I, alínea “d”, da Constituição da República. Conflito de competência Em seu voto, relator, o ministro Marco Aurélio, inicialmente considerou o acerto do TRF- 3 para processar o conflito de competência, que envolve controvérsia entre a Justiça Federal e a Justiça comum estadual investida em competência federal. Segundo o ministro, não há razão para deslocamento do caso ao STJ, pois compete àquela corte julgar o conflito de competência entre juízes que tenham seus atos submetidos, em sede recursal, a diferentes tribunais. "O juízo da Justiça comum, ao atuar em causas previdenciárias, tem decisão submetida não a tribunal de justiça, mas a tribunal federal", destacou. Competência delegada Quanto à ação movida pela segurada, o ministro explicou que a regra geral (artigo 109, inciso I, da Constituição) confere aos juízes federais competência para julgar causas em PAG E \* que envolvam a União, autarquias ou empresas públicas federais, exceto as de falência, acidente de trabalho ou as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Trabalhista. O parágrafo 3º do mesmo artigo, por sua vez, delega à Justiça estadual o julgamento de causas previdenciárias quando a comarca de residência do interessado não for sede de vara federal. Para o relator, essa exceção deve ser interpretada de forma estrita, não importando se o local de residência do segurado não conta com vara federal. Como há vara federal em Botucatu, sede da comarca no caso, ele não considera possível admitir a competência da Justiça estadual. Em seu voto, o ministro acolhe o recurso do MPF para declarar o Juizado Especial Federal de Botucatu competente para julgar a ação. Ficou vencido o ministro Alexandre de Moraes, para quem o pressuposto para a delegação da competência federal ao juízo estadual em ações previdenciárias é a inexistência de juízo federal no município onde reside o segurado ou beneficiário do INSS, independentemente da existência de juízo federal na sede da comarca”. Fonte: http://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=462343&ori=1 5. GABARITO COMENTADO Errado, pois, apesar de não haver Vara Federal do Distrito onde o autor da ação tem domicílio, esse Distrito está situado em Comarca onde há Vara Federal, então é nesta que deve ser proposta a ação contra a União Federal, nos termos do art. 109, §3º da Constituição Federal. http://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=462343&ori=1 PAG E \* PÍLULA 02 1. IDENTIFICAÇÃO DO JULGADO RMS 63.202/MG Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE Rel. p/ Acórdão Ministra NANCY ANDRIGHI Órgão julgador: TERCEIRA TURMA DO STJ Julgado em 01/12/2020 DJe 18/12/2020 2. TESE SUGERIDA NO INFORMATIVO Não é admissível, nem excepcionalmente, a impetração de mandado de segurança para impugnar decisões interlocutórias após a publicação do acórdão em que se fixou a tese referente ao tema repetitivo 988, segundo a qual "o rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação. 3. MATERIAL COMPLEMENTAR Recomendamos a leitura do seguinte texto: https://fernandorubin.jusbrasil.com.br/artigos/742452349/o-tema-988-do-stj-e-o-rol- do-art-1015-do-cpc-2015 4. QUESTÃO SOBRE O TEMA Carlos propôs demanda indenizatória contra a empresa XXX e, em sua petição inicial, manifestou o desejo de que fosse realizada a audiência de tentativa de conciliação prevista no art. 334 do CPC. O juiz, ao analisar a petição inicial, determinou a citação do https://fernandorubin.jusbrasil.com.br/artigos/742452349/o-tema-988-do-stj-e-o-rol-do-art-1015-do-cpc-2015 https://fernandorubin.jusbrasil.com.br/artigos/742452349/o-tema-988-do-stj-e-o-rol-do-art-1015-do-cpc-2015 PAG E \* réu para apresentar contestação no prazo de 15 dias, indeferindo o pedido de realização de audiência formulado por Carlos, sob o fundamento de que a empresa XXX não costuma oferecer propostas de acordo em audiência. Irresignado como referido pronunciamento judicial, Carlos deve interpor/impetrar: a) Mandado de segurança b) Agravo de instrumento c) Apelação d) Agravo retido e) Embargos de declaração 5. GABARITO COMENTADO Resposta B, pois, a partir do tema repetitivo 988 do STJ, que estabeleceu a tese da taxatividade mitigada do agravo de instrumento, não tem mais cabimento mandado de segurança contra decisão interlocutória. PAG E \* PÍLULA 03 1. IDENTIFICAÇÃO DO JULGADO REsp 1188443/RJ Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA Rel. p/ Acórdão Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO Órgão julgador: QUARTA TURMA Julgado em 27/10/2020 DJe 18/12/2020 2. TESE SUGERIDA NO INFORMATIVO Há litisconsórcio passivo necessário da União e da Agência Nacional de Saúde em ação coletiva que afete a esfera do poder regulador da entidade da Administração Pública. 3. MATERIAL COMPLEMENTAR Veja a ementa abaixo de julgado do STJ, relativa a tema correlato: RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. CHEQUE DE BAIXO VALOR. EMISSÃO. TARIFA. COBRANÇA. CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL E BANCO CENTRAL DO BRASIL. ILEGITIMIDADE PASSIVA. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PRIVADAS. LITISCONSÓRCIO PASSIVO FACULTATIVO. FORMAÇÃO. POSSIBILIDADE. MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL.TUTELA DE INTERESSES NITIDAMENTE FEDERAIS. LEGITIMIDADE ATIVA. JUSTIÇA FEDERAL. COMPETÊNCIA CONFIGURADA. 1. Recurso especial interposto contra acórdão publicado na vigência do Código de Processo Civil de 1973 (Enunciados Administrativos nºs 2 e 3/STJ). 2. Ação civil pública ajuizada contra diversas instituições financeiras com vistas ao afastamento da cobrança de tarifa pela emissão de cheque de baixo valor. PAG E \* 3. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça reconhece a legitimidade do Ministério Público para propor ação civil pública a fim de debater a cobrança de encargos bancários supostamente abusivos, por se cuidar de tutela de interesses individuais homogêneos de consumidores/usuários do serviço bancário (art. 81, III, da Lei nº 8.078/1990). 4. O Banco Central do Brasil e o Conselho Monetário Nacional não têm legitimidade para figurar no polo passivo de demanda coletiva que não visa questionar a constitucionalidade ou a legalidade das normas por eles editadas, tampouco imputar a eles conduta omissiva por inobservância do dever de fiscalizar o cumprimento de seus próprios atos normativos. 5. Nas demandas coletivas de consumo, não há litisconsórcio passivo necessário entre todos os fornecedores de um mesmo produto ou serviço submetidos aos mesmos regramentos que dão suporte à pretensão deduzida em juízo, mas nada impede que o autor, em litisconsórcio facultativo, direcione a demanda contra um ou mais réus, desde que se faça presente alguma das hipóteses em que se admite a formação do litisconsórcio e que todos os demandados tenham legitimidade para figurar no polo passivo da ação. 6. O Ministério Público Federal tem legitimidade para o ajuizamento de ações civis públicas sempre que ficar evidenciado o envolvimento de interesses nitidamente federais, assim considerados em virtude dos bens e valores a que se visa tutelar. 7. As atividades desenvolvidas pelas instituições financeiras, sejam elas públicas ou privadas, subordinam-se ao conteúdo de normas regulamentares editadas por órgãos federais e de abrangência nacional, estando a fiscalização quanto à efetiva observância de tais normas a cargo dessas mesmas instituições, a revelar a presença de interesse nitidamente federal, suficiente para conferir legitimidade ao Ministério Público Federal para o ajuizamento da ação civil pública. 8. Recursos especiais do Banco Central do Brasil e da União providos. 9. Recursos especiais de HSBC, SANTANDER, BRADESCO e ITAÚ-UNIBANCO não providos. PAG E \* (REsp 1573723/RS, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 10/12/2019, DJe 13/12/2019) Em suma, se a ação coletiva não afeta o poder regulador de entes da Administração Pública, não há que se falar em litisconsórcio passivo necessário. 4. QUESTÃO SOBRE O TEMA Considere a seguinte situação hipotética: Ação Civil Pública ajuizada pela Defensoria Pública em favor de consumidores pobres contra a empresa ABC Ltda, por conta da péssima qualidade e da deficiência dos serviços de telefonia móvel e internet prestados pela referida empresa. A ação versa tão somente sobre a deficiência dos serviços prestados pela concessionária do serviço de telefonia. Nesse caso, a Anatel, enquanto agência reguladora, deve obrigatoriamente ser citada no feito, sob pena de extinção do processo. ( ) Certo ( ) Errado 5. GABARITO COMENTADO Errado, pois a ação coletiva não afeta o poder regulador da Agência Reguladora, razão pela qual não há que se falar em litisconsórcio passivo necessário. PAG E \* PÍLULA 04 1. IDENTIFICAÇÃO DO JULGADO REsp 1821336/SP Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN Órgão julgador: SEGUNDA TURMA Julgado em 04/02/2020 DJe 22/10/2020 2. TESE SUGERIDA NO INFORMATIVO A menção a convenções abstratas que não possuem validade e eficácia no Direito Interno não é suficiente à configuração do prequestionamento, mesmo que em sua forma implícita. 3. MATERIAL COMPLEMENTAR “A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) estabeleceu que não é possível reconhecer prequestionamento implícito com base em mera recomendação internacional. Com esse entendimento, o colegiado não conheceu do recurso em que a Fazenda Nacional discutia o não recolhimento, por uma empresa brasileira, do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre valores remetidos a empresas sediadas no exterior. O recurso teve origem em mandado de segurança impetrado com o objetivo de afastar a tributação relacionada a pagamentos feitos a empresas de países com os quais o Brasil celebrou tratados para evitar a dupla tributação. Segundo a impetrante, a retenção do imposto seria indevida, pois caberia àqueles países exercer a tributação dos serviços prestados, uma vez que as disposições dos tratados internacionais prevaleceriam sobre as leis ordinárias internas. A empresa ressaltou ainda PAG E \* que não houve transferência de tecnologia – o que afastaria a aplicação dos artigos 708 e 710 do Decreto 3.000/1999. Royalties Em primeiro grau, o pedido foi parcialmente concedido para afastar a incidência do IRRF. Na apelação, a Fazenda alegou que as remessas destinadas ao exterior pela empresa brasileira equiparavam-se a royalties, sendo passíveis de tributação, conforme previsto no artigo 12 da Convenção Modelo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), ao rejeitar a apelação, não acolheu o argumento de que os valores remetidos se enquadrariam no conceito de royalties, pois não houve transferência de tecnologia. Contra a decisão, a Fazenda Nacional entrou com recurso no STJ. O relator na Segunda Turma, ministro Herman Benjamin, verificou que o TRF3 não emitiu juízo de valor sobre as normas legais apontadas como violadas pela recorrente, frustrando assim a exigência do prequestionamento prevista na Súmula 282 do Supremo Tribunal Federal. Segundo o relator, o TRF3 mencionou o artigo 12 da Convenção Modelo da OCDE para concluir que, não envolvendo transferência de tecnologia, os pagamentos ao exterior não se enquadram no conceito de royalties. Para o ministro, em análise superficial, isso poderia induzir ao reconhecimento de prequestionamento implícito da matéria. Soft law "A ausência de indicação expressa do dispositivo legal violado não é, por si só, motivo para deixar de conhecer da matéria. No entanto, o presente caso possui uma peculiaridade: a referência ao artigo 12 da Convenção Modelo da OCDE, instrumento de soft law por excelência, não é suficiente à configuração do prequestionamento", ressaltou. De acordo com o ministro, a menção à abstrata Convenção Modelo da OCDE – que não possui, por si mesma, validade e eficácia no direito interno – não é suficiente à configuração do prequestionamento, mesmo que em sua forma implícita. "Apenas a apreciação das concretas convenções firmadas com base em tal modelo e internalizadas PAG E \* no ordenamento jurídico nacional – essas, sim, normas jurídicas aptas a produzir efeitos no país – supriria o requisito para conhecimento do apelo nobre", disse. Ao não conhecer do recurso, Herman Benjamin lembrou a relevância interpretativa dos princípios e das normas do direito público internacional, mas destacou que não é possível o reconhecimento do prequestionamento implícito baseado em mera recomendação internacional, que não se enquadra no conceito de lei federal para fins de interposição de recurso especial no STJ”. https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/Segunda-Turma-nao- reconhece-prequestionamento-implicito-em-mencao-a-Convencao-Modelo-da- OCDE.aspx 4. QUESTÃO SOBRE O TEMA O STJ admite, para fins de cabimento de recurso especial, tanto o prequestionamento ficto, como o prequestionamento implícito, que se caracteriza,por exemplo, quando há menção no julgado a convenções internacionais do tipo “modelo”. ( ) Certo ( ) Errado 5. GABARITO COMENTADO Errado. Segundo Fredier Didier Jr: “há prequestionamento implícito quando o Tribunal de origem, apesar de se pronunciar explicitamente sobre a questão federal controvertida, não menciona explicitamente o texto ou o número do dispositivo legal tido como afrontado. Exatamente neste sentido o prequestionamento vem sendo admitido pelo Superior Tribunal de Justiça. O que importa é a efetiva manifestação judicial – causa decidida. Não há aqui qualquer problema: se alguma questão fora julgada, mesmo que não seja mencionada a regra de lei a que está sujeita, é óbvio que se trata de matéria ‘questionada’ e isso é o quanto basta”. O STJ admite o prequestionamento implícito. https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/Segunda-Turma-nao-reconhece-prequestionamento-implicito-em-mencao-a-Convencao-Modelo-da-OCDE.aspx https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/Segunda-Turma-nao-reconhece-prequestionamento-implicito-em-mencao-a-Convencao-Modelo-da-OCDE.aspx https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/Segunda-Turma-nao-reconhece-prequestionamento-implicito-em-mencao-a-Convencao-Modelo-da-OCDE.aspx PAG E \* “Prequestionamento ficto é aquele que se considera ocorrido com a simples interposição dos embargos de declaração diante da omissão judicial, independentemente do êxito desses embargos”. Fonte: https://www.rkladvocacia.com/novo-cpc-consagra-tese-do- prequestionamento-ficto/ O STJ só admite se houver alegação de violação ao art 1.022 do CPC no Recurso Especial. Se não houver tal alegação, o STJ aplica a SÚMULA 211: "Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada pelo Tribunal a quo". Além do mais, segundo o STJ, a menção a convenções abstratas que não possuem validade e eficácia no Direito Interno não é suficiente à configuração do prequestionamento, mesmo que em sua forma implícita. https://www.rkladvocacia.com/novo-cpc-consagra-tese-do-prequestionamento-ficto/ https://www.rkladvocacia.com/novo-cpc-consagra-tese-do-prequestionamento-ficto/ PAG E \* PÍLULA 05 1. IDENTIFICAÇÃO DO JULGADO REsp 1761068/RS Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA Rel. p/ Acórdão Ministra NANCY ANDRIGHI Órgão julgador: TERCEIRA TURMA Julgado em 15/12/2020 DJe 18/12/2020 2. TESE SUGERIDA NO INFORMATIVO O prazo para impugnação se inicia após 15 (quinze) dias da intimação para pagar o débito, ainda que o executado realize o depósito para garantia do juízo no prazo para pagamento voluntário, independentemente de nova intimação. 3. MATERIAL COMPLEMENTAR “Na vigência do Código de Processo Civil de 2015 (CPC/2015), ainda que a parte executada faça o depósito para garantia do juízo dentro do prazo para pagamento voluntário, o período legal para apresentação da impugnação ao cumprimento de sentença não se altera, tendo início só após transcorridos os 15 dias contados da intimação para pagar o débito, independentemente de nova intimação, nos termos do artigo 523. Por maioria de votos, o entendimento foi estabelecido pela Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao manter acórdão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) que considerou tempestiva uma impugnação ao cumprimento de sentença apresentada dentro dos 30 dias previstos pelo artigo 525 do CPC – os 15 dias previstos PAG E \* pelo artigo 523 para pagamento voluntário, somados aos 15 dias para o oferecimento de impugnação. Por meio de recurso especial, a parte alegou que o prazo de 30 dias incidiria apenas se não houvesse depósito para garantia do juízo dentro do prazo do pagamento voluntário. Em consequência, alegou que, havendo depósito para garantia do juízo, o prazo para apresentação de impugnação deveria ser contado a partir da data do depósito. A disciplina do CPC/1973 No voto acompanhado pela maioria do colegiado, a ministra Nancy Andrighi explicou que a Segunda Seção, sob a vigência do CPC/1973, estabeleceu que o prazo para oferecer embargos do devedor deveria ser contado a partir da data da efetivação do depósito judicial da quantia objeto da execução. Segundo a ministra, esse entendimento foi fixado sob a perspectiva de emprestar maior celeridade ao processo executivo – e já que o artigo 738 do CPC/1973, em sua redação original, estabelecia a garantia do juízo como pressuposto dos embargos do devedor e previa que o prazo para a apresentação da defesa tinha início com a intimação da penhora ou da realização do depósito judicial. Esse entendimento, lembrou a relatora, foi mantido pelos colegiados de direito privado do STJ mesmo após a reforma do CPC/1973 pela Lei 11.232/2005. Modificações do CPC/2015 Comparando o CPC/1973 com as disposições do CPC/2015, Nancy Andrighi afirmou que o artigo 523 definiu que o cumprimento definitivo da sentença ocorrerá a pedido do exequente, sendo o executado intimado a pagar o débito no prazo de 15 dias. Por sua vez, ressaltou, o artigo 525 passou a prever que, transcorrido o prazo sem o pagamento voluntário, terá início novo prazo para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação. Ademais, ao apontar o disposto no parágrafo 6º do artigo 525, a ministra destacou que a garantia do juízo, de forma expressa no CPC/2015, deixa de ser requisito para a apresentação da impugnação ao cumprimento de sentença, tornando-se apenas mais uma condição para a suspensão dos atos de execução. PAG E \* Assim – concluiu a magistrada –, os requisitos para a impugnação ao cumprimento de sentença foram consideravelmente alterados, pois a garantia do juízo cumpre somente o objetivo de impedir a prática de atos executivos, principalmente os de expropriação, os quais podem ser realizados a despeito da impugnação, e passou a ser dispensada nova intimação do executado para a apresentação dessa defesa na execução. Disposição expressa A ministra enfatizou que, enquanto a intimação da penhora e o termo de depósito marcavam, na vigência do CPC/1973, o início do prazo para a oposição dos embargos do devedor, no código atual a garantia do juízo não representa mais esse marco temporal. Nesse sentido, Nancy Andrighi realçou que a garantia do juízo não supre eventual falta de intimação, como ocorria no CPC/1973, tendo em vista que, nos termos dos artigos 523 e 525 do CPC/2015, a intimação para a apresentação de impugnação – caso haja interesse – já se torna perfeita com a intimação para pagar o débito. "Por disposição expressa do artigo 525, caput, do CPC/2015, mesmo que o executado realize o depósito para garantia do juízo no prazo para pagamento voluntário, o prazo para a apresentação da impugnação somente se inicia após transcorridos os 15 dias contados da intimação para pagar o débito, previsto no artigo 523 do CPC/2015, independentemente de nova intimação", finalizou a ministra ao manter o acórdão do TJRS”. Fonte: https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/13042021- Sob-o-CPC-de-2015--deposito-para-garantia-do-juizo-nao-altera-inicio-do-prazo-para- impugnacao-ao-cumprimento.aspx 4. QUESTÃO SOBRE O TEMA Em relação ao cumprimento de sentença que reconhece a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, é incorreto afirmar: a) Para que se inicie o cumprimento de sentença, há necessidade de requerimento do credor. https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/13042021-Sob-o-CPC-de-2015--deposito-para-garantia-do-juizo-nao-altera-inicio-do-prazo-para-impugnacao-ao-cumprimento.aspx https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/13042021-Sob-o-CPC-de-2015--deposito-para-garantia-do-juizo-nao-altera-inicio-do-prazo-para-impugnacao-ao-cumprimento.aspxhttps://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/13042021-Sob-o-CPC-de-2015--deposito-para-garantia-do-juizo-nao-altera-inicio-do-prazo-para-impugnacao-ao-cumprimento.aspx PAG E \* b) O prazo para apresentação da impugnação ao cumprimento de sentença decorrente de obrigação de pagar quantia fluirá em conjunto com o prazo para pagamento voluntário da obrigação. c) Na impugnação, o devedor poderá, dentre outras matérias, opor qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, desde que posterior à decisão que reconheceu a obrigação em discussão. d) O prazo para impugnação se inicia após 15 (quinze) dias da intimação para pagar o débito, ainda que o executado realize o depósito para garantia do juízo no prazo para pagamento voluntário, independentemente de nova intimação. 5. GABARITO COMENTADO B. Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia- se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação. PAG E \* PÍLULA 06 1. IDENTIFICAÇÃO DO JULGADO REsp 1691882/SP Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO Órgão julgador: QUARTA TURMA Julgado em 09/02/2021 DJe 11/03/2021 2. TESE SUGERIDA NO INFORMATIVO São absolutamente impenhoráveis os recursos públicos recebidos do Programa de Capitalização por Cooperativas Agropecuárias. 3. MATERIAL COMPLEMENTAR Para complementar os estudos sobre o tema, leia o seguinte texto: https://www.conjur.com.br/2013-fev-06/stj-decide-verba-publica-repassada-entidade- privada-impenhoravel 4. QUESTÃO SOBRE O TEMA São absolutamente impenhoráveis todos os itens abaixo, exceto: a) os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas. b) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família. c) os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social, o que não inclui os recebidos do Programa de Capitalização por Cooperativas Agropecuárias. https://www.conjur.com.br/2013-fev-06/stj-decide-verba-publica-repassada-entidade-privada-impenhoravel https://www.conjur.com.br/2013-fev-06/stj-decide-verba-publica-repassada-entidade-privada-impenhoravel PAG E \* d) a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos. e) os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei. 5. GABARITO COMENTADO C, pois, segundo o STJ, são absolutamente impenhoráveis os recursos públicos recebidos do Programa de Capitalização por Cooperativas Agropecuárias. PAG E \* PÍLULA 07 1. IDENTIFICAÇÃO DO JULGADO REsp 1862676/SP Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI TERCEIRA TURMA Julgado em 23/02/2021 DJe 01/03/2021 2. TESE SUGERIDA NO INFORMATIVO O termo final para a remição da execução é a assinatura do auto de arrematação. 3. MATERIAL COMPLEMENTAR “Prevista no artigo 826 do Código de Processo Civil, a remição da execução – o pagamento integral do débito no curso do processo para impedir a alienação de bem penhorado – pode acontecer até a assinatura do auto de arrematação e deve contemplar o montante integral da dívida e seus acessórios, mas não eventuais débitos discutidos em outras ações entre as mesmas partes. O entendimento foi estabelecido pela Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao reformar acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) que afastou a possibilidade de remição, em caso no qual a dívida foi paga depois da arrematação do bem penhorado, mas antes da assinatura do auto de arrematação. O TJSP havia decidido que o valor depositado pela parte executada não era suficiente, pois havia débito em aberto com o mesmo credor em outra ação. Ato complexo A ministra Nancy Andrighi apontou que, embora o artigo 826 do Código de Processo Civil de 2015 faça referência à alienação do bem, a arrematação é um ato complexo que, PAG E \* nos termos do artigo 903, só se considera concluído no momento da assinatura do respectivo auto pelo juiz, pelo arrematante e pelo leiloeiro. Em consequência, declarou a relatora, a arrematação do imóvel não impede o devedor de remir a execução, caso o auto ainda esteja pendente de assinatura. "Depreende-se da leitura do acórdão recorrido que o requerimento de remição da execução precedeu a assinatura do auto de arrematação, ou seja, verificou-se quando a arrematação ainda não se encontrava perfeita e acabada", observou. Fases diferentes Além disso, de acordo com Nancy Andrighi, o artigo 826 do CPC exige, para a remição da execução, que o executado pague ou consigne a importância atualizada da dívida, acrescida de juros, custas e honorários advocatícios. Nesse ponto, a ministra destacou que, apesar da exigência de quitação integral, o executado, se houver mais de uma ação de execução em trâmite contra ele, poderá decidir remir apenas uma delas, ou escolher determinada ordem para fazer os pagamentos. Para a relatora, essa opção é resultado de uma escolha do executado em relação à fase de cada execução, podendo remir, por exemplo, a ação que estiver em estágio mais avançado e na qual, portanto, estiverem mais próximos os atos expropriatórios. "Em resumo, para a remição da execução, o executado deve depositar o montante correspondente à totalidade da dívida executada, acrescida de juros, custas e honorários de advogado, não sendo possível exigir-lhe o pagamento de débitos executados em outras demandas", concluiu a magistrada ao reformar o acórdão do TJSP e declarar válido o pagamento feito pela executada”. Fonte: https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/12032021- Remicao-da-execucao-pode-ocorrer-ate-assinatura-do-auto-de-arrematacao-e-nao- inclui-debitos-de-outras-acoes.aspx 4. QUESTÃO SOBRE O TEMA https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/12032021-Remicao-da-execucao-pode-ocorrer-ate-assinatura-do-auto-de-arrematacao-e-nao-inclui-debitos-de-outras-acoes.aspx https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/12032021-Remicao-da-execucao-pode-ocorrer-ate-assinatura-do-auto-de-arrematacao-e-nao-inclui-debitos-de-outras-acoes.aspx https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/12032021-Remicao-da-execucao-pode-ocorrer-ate-assinatura-do-auto-de-arrematacao-e-nao-inclui-debitos-de-outras-acoes.aspx PAG E \* Ano: 2017 Banca: CONSULPLAN Órgão: TJ-MG Prova: CONSULPLAN - 2017 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção – 2017 (adaptada) Sobre cumprimento de sentença, NÃO é correto afirmar: a) A impugnação ao requerimento de cumprimento de sentença, como regra geral, é atribuída de efeito suspensivo, de forma impedindo a continuação do procedimento. b) Poderá o julgador atribuir efeito suspensivo que atingirá total ou parcialmente o objeto da execução, mediante pedido do devedor, cabendo a este demonstrar que o prosseguimento dos atos executivos é capaz de lhe causar grave dano e de difícil reparação. c) Para a obtenção do efeito suspensivo é indispensável que ocorra a devida garantia do juízo (com penhora, caução ou depósito suficientes). d) O termo final para a remição da execução é a assinatura do auto de arrematação. 5. GABARITO COMENTADO A, pois, como regra, a impugnação não tem efeito suspensivo. PAG E \* PÍLULA 04 1. IDENTIFICAÇÃO DO JULGADO REsp 1810444/SP Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO Órgão julgador: QUARTA TURMA Julgado em 23/02/2021 DJe 28/04/2021 2. TESE SUGERIDA NO INFORMATIVO O negócio jurídico processual que transige sobre o contraditório e os atos de titularidade judicial se aperfeiçoavalidamente se a ele aquiescer o juiz. 3. MATERIAL COMPLEMENTAR Para complementar os estudos, recomendamos a leitura do seguinte texto: http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/ bibli_servicos_produtos/bibli_boletim/bibli_bol_2006/RPro_n.246.09.PDF 4. QUESTÃO SOBRE O TEMA Ano: 2019 Banca: NC-UFPR Órgão: TJ-PR Prova: NC-UFPR - 2019 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de Registros – Remoção (adaptada) O negócio jurídico processual envolve manifestações de vontade que, respeitadas as limitações legais, delineiam o conteúdo e/ou as consequências do ato no âmbito do processo. Sobre os negócios jurídicos processuais, assinale a alternativa que corresponde à jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. a) Negócio jurídico processual é ato exclusivo das partes, que privilegia a autonomia de vontade destas, não se sujeitando ao controle de validade, por parte do juiz. http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bibli_servicos_produtos/bibli_boletim/bibli_bol_2006/RPro_n.246.09.PDF http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bibli_servicos_produtos/bibli_boletim/bibli_bol_2006/RPro_n.246.09.PDF PAG E \* b) Para a celebração de negócio jurídico processual, não se exige que o sujeito tenha capacidade de ser parte e de estar em juízo. c) A cláusula de eleição de foro é exemplo de negócio processual atípico. d) O negócio jurídico processual que transige sobre o contraditório e os atos de titularidade judicial se aperfeiçoa validamente se a ele aquiescer o juiz. e) O negócio jurídico que limita o processo a um único grau de jurisdição é exemplo de pacto meramente procedimental. 5. GABARITO COMENTADO D, pois, de está de acordo com julgado do STJ. Letra A errada, pois o juiz exerce controle de validade sobre nos negócios jurídicos processuais. Letra B incorreta, pois as partes devem ser plenamente capazes. Letra C incorreta, pois se trata de negócio jurídico processual típico. Letra E incorreta. Sobre o tema, ler o seguinte texto: https://www.migalhas.com.br/arquivos/2020/6/2CCA2C38C91F32_Eduardo-umprocesso- pra-chamar.pdf https://www.migalhas.com.br/arquivos/2020/6/2CCA2C38C91F32_Eduardo-umprocesso-pra-chamar.pdf https://www.migalhas.com.br/arquivos/2020/6/2CCA2C38C91F32_Eduardo-umprocesso-pra-chamar.pdf PAG E \* PÍLULA 09 1. IDENTIFICAÇÃO DO JULGADO REsp 1817109/RJ Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO Órgão julgador: QUARTA TURMA Julgado em 23/02/2021 DJe 25/03/2021 2. TESE SUGERIDA NO INFORMATIVO Em ação de nulidade de registro de marca, a natureza da participação processual do INPI, quando não figurar como autor ou corréu, é de intervenção sui generis (ou atípica) obrigatória, na condição de assistente especial. 3. MATERIAL COMPLEMENTAR Para complementar os estudos, leia o seguinte texto, especialmente a partir do tópico 3: https://www.indexlaw.org/index.php/revistadipic/article/view/6518/pdf 4. QUESTÃO SOBRE O TEMA A extinção de ação de nulidade de registro de marca com base em transação realizada entre a autor e réu não depende da participação ou do aceite do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). ( ) Certo ( ) Errado 5. GABARITO COMENTADO https://www.indexlaw.org/index.php/revistadipic/article/view/6518/pdf PAG E \* Errado. Em ação de nulidade de registro de marca, a natureza da participação processual do INPI, quando não figurar como autor ou corréu, é de intervenção sui generis (ou atípica) obrigatória, na condição de assistente especial. Desse modo, fala-se em uma "migração interpolar" do INPI, a exemplo do que ocorre na ação popular e na ação de improbidade, nas quais a pessoa jurídica de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação, pode abster-se de contestar o pedido, ou atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público, nos termos dos artigos 6º, § 3º, da Lei n. 4.717/1965 e 17, § 3º, da Lei n. 8.429/1992. Assim, a extinção da ação pela transação depende da participação ou da concordância do INPI. PAG E \* PÍLULA 10 1. IDENTIFICAÇÃO DO JULGADO HDE 1.809/US Rel. Min. Raul Araújo Órgão julgador: Corte Especial Julgado em 03.03.2021, com pedido de vista Julgamento finalizado dia 22/04 2. TESE SUGERIDA NO INFORMATIVO Na homologação de decisão estrangeira, deve ser aplicado o art. 85, § 8º do CPC (apreciação equitativa), devendo ser utilizado como um dos critérios para o estabelecimento do montante o proveito econômico discutido na sentença a ser homologada. 3. MATERIAL COMPLEMENTAR Para complementar os estudos, leia o seguinte texto: https://www.migalhas.com.br/quentes/344336/corte-especial-fixa-honorarios-de-r-40- mil-em-acao-de-r-2-milhoes 4. QUESTÃO SOBRE O TEMA Na homologação de decisão estrangeira deve ser aplicado o art. 85, § 8º do CPC, porém os valores discutidos na sentença a ser homologada não devem ser levados em conta na fixação da verba honorária, considerando que o STJ se limita a analisar aspectos formais nessa espécie de processo. ( ) Certo ( ) Errado https://www.migalhas.com.br/quentes/344336/corte-especial-fixa-honorarios-de-r-40-mil-em-acao-de-r-2-milhoes https://www.migalhas.com.br/quentes/344336/corte-especial-fixa-honorarios-de-r-40-mil-em-acao-de-r-2-milhoes PAG E \* 5. GABARITO COMENTADO Errado. Na homologação de decisão estrangeira, deve ser aplicado o art. 85, § 8º do CPC (apreciação equitativa), devendo ser utilizado como um dos critérios para o estabelecimento do montante o proveito econômico discutido na sentença a ser homologada. PAG E \* PÍLULA 11 1. IDENTIFICAÇÃO DO JULGADO REsp 1.707.014/MT Rel. Min. Luis Felipe Salomão Órgão julgador: Quarta Turma Julgado em 02/03/2021 2. TESE SUGERIDA NO INFORMATIVO Na vigência do CPC/2015, remanesce o interesse de agir do inventariante na ação de prestação de contas, mantido o caráter dúplice da demanda. 3. MATERIAL COMPLEMENTAR Para complementar os estudos, leia o seguinte texto: http://estadodedireito.com.br/o- papel-do-inventariante-e-a-acao-de-prestacao-de-contas/ 4. QUESTÃO SOBRE O TEMA Acerca das ações de exigir e de prestar contas, assinale a alternativa incorreta, conforme o CPC e a jurisprudência do STJ: a) Aquele que afirmar ser titular do direito de exigir contas requererá a citação do réu para que as preste ou ofereça contestação no prazo de 15 (quinze) dias. b) A impugnação das contas apresentadas pelo réu deverá ser fundamentada e específica, com referência expressa ao lançamento questionado. c) A decisão que julgar procedente o pedido condenará o réu a prestar as contas no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de não lhe ser lícito impugnar as que o autor apresentar. http://estadodedireito.com.br/o-papel-do-inventariante-e-a-acao-de-prestacao-de-contas/ http://estadodedireito.com.br/o-papel-do-inventariante-e-a-acao-de-prestacao-de-contas/ PAG E \* d) Na vigência do CPC/2015, não mais remanesce o interesse de agir do inventariante na ação de prestação de contas, cabendo-lhe tão somente prestar suas contas em apenso aos autos do processo de inventário em que tiver sido nomeado. 5. GABARITO COMENTADO D. Apesar do CPC prever que o incidente de prestação de contas do inventariante deve ser apresentado em apenso aos autos do inventário (CPC, art. 553), pode ocorrer a finalização do processo sucessório sem o acertamento das despesas. Além do mais, como se sabe, o inventariante pode vir, futuramente, a ser civilmente responsável pelos sonegados. Desse modo, sobressai, nesses casos, o interesse de agir do inventariante na ação de prestação de contas pelo rito especialdos arts. 552 e 553 do CPC/2015 (e não do art. 550 do mesmo código). PAG E \* PÍLULA 12 1. IDENTIFICAÇÃO DO JULGADO REsp 1910317/PE Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA Órgão julgador: QUARTA TURMA Julgado em 02/03/2021 DJe 11/03/2021 2. TESE SUGERIDA NO INFORMATIVO Deve ser aplicada a técnica de julgamento ampliado nos embargos de declaração toda vez que o voto divergente possua aptidão para alterar o resultado unânime do acórdão de apelação. 3. MATERIAL COMPLEMENTAR Para complementar os estudos, leia o seguinte texto, de minha autoria, publicado na Coluna O Novo Processo Civil Brasileiro do Empório do Direito: https://emporiododireito.com.br/leitura/o-superior-tribunal-de-justica-e-a-aplicacao-da- tecnica-de-ampliacao-do-colegiado-em-embargos-de-declaracao 4. QUESTÃO SOBRE O TEMA A técnica de julgamento ampliado, prevista no art. 942 do CPC, aplica-se aos itens abaixo, exceto: a) À apelação julgada por maioria, qualquer que seja o seu resultado. b) À ação rescisória julgada por maioria, quando o resultado for a rescisão da sentença, devendo, nesse caso, seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição previsto no regimento interno. https://emporiododireito.com.br/leitura/o-superior-tribunal-de-justica-e-a-aplicacao-da-tecnica-de-ampliacao-do-colegiado-em-embargos-de-declaracao https://emporiododireito.com.br/leitura/o-superior-tribunal-de-justica-e-a-aplicacao-da-tecnica-de-ampliacao-do-colegiado-em-embargos-de-declaracao PAG E \* c) Ao agravo de instrumento julgado por maioria, quando houver reforma da decisão que julgar parcialmente o mérito. d) Aos embargos de declaração julgados por maioria, toda vez que o voto divergente possua aptidão para alterar o resultado unânime do acórdão de apelação. e) Ao incidente de assunção de competência julgado por maioria, qualquer que seja o seu resultado. 5. GABARITO COMENTADO E. Art. 942, §4º: Não se aplica o disposto neste artigo ao julgamento: I - do incidente de assunção de competência e ao de resolução de demandas repetitivas; II - da remessa necessária; III - não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte especial. PAG E \* PÍLULA 13 1. IDENTIFICAÇÃO DO JULGADO REsp 1877738/DF Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI Órgão julgador: TERCEIRA TURMA Julgado em 09/03/2021 DJe 11/03/2021 2. TESE SUGERIDA NO INFORMATIVO A homologação da partilha, por si só, não constitui circunstância apta a impedir que o juízo do inventário promova a constrição determinada por outro juízo. 3. MATERIAL COMPLEMENTAR Para complementar os estudos, reputo interessante a leitura do inteiro teor do voto da relatora no link abaixo: https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=202001320081&dt _publicacao=11/03/2021 4. QUESTÃO SOBRE O TEMA Segundo o STJ, é cabível, após a decisão homologatória da partilha, a efetivação de penhora no rosto dos autos do inventário para garantia de crédito objeto de execução movida por terceiro em face de um dos herdeiros. 5. GABARITO COMENTADO Certo, conforme orientação do STJ contida no REsp 1877738/DF. https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=202001320081&dt_publicacao=11/03/2021 https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=202001320081&dt_publicacao=11/03/2021 PAG E \* PÍLULA 14 1. IDENTIFICAÇÃO DO JULGADO ProAfR no REsp 1866015/MT Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN Órgão julgador: PRIMEIRA SEÇÃOJ Julgado em 12/05/2020 DJe 01/06/2020 2. TESE COM EFEITO VINCULANTE (TEMA 1053) Os Juizados Especiais da Fazenda Pública não têm competência para o julgamento de ações decorrentes de acidente de trabalho em que o Instituto Nacional do Seguro Social figure como parte. 3. MATERIAL COMPLEMENTAR Para complementar os estudos, leia o seguinte texto: https://www.conjur.com.br/2020- jun-10/stj-definira-competencia-acao-auxilio-acidente-inss-parte 4. QUESTÃO SOBRE O TEMA Segundo a súmula 501 do STF, “Compete à Justiça Ordinária Estadual o processo e o julgamento, em ambas as instâncias, das causas de acidente do trabalho, ainda que promovidas contra a União, suas autarquias, empresas públicas ou sociedades de economia mista”. Desse modo, compete aos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar e julgar ações decorrentes de acidente de trabalho em que o Instituto Nacional do Seguro Social figure como parte. ( ) Certo ( ) Errado https://www.conjur.com.br/2020-jun-10/stj-definira-competencia-acao-auxilio-acidente-inss-parte https://www.conjur.com.br/2020-jun-10/stj-definira-competencia-acao-auxilio-acidente-inss-parte PAG E \* 5. GABARITO COMENTADO Errado, conforme tese do STJ estabelecida como vinculante (tema 1053): “Os Juizados Especiais da Fazenda Pública não têm competência para o julgamento de ações decorrentes de acidente de trabalho em que o Instituto Nacional do Seguro Social figure como parte”. PAG E \* PÍLULA 15 1. IDENTIFICAÇÃO DO JULGADO REsp 1812459/ES Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE Órgão julgador: TERCEIRA TURMA Julgado em 09/03/2021 DJe 11/03/2021 2. TESE SUGERIDA NO INFORMATIVO A abertura e o regular processamento da herança jacente constituem poder-dever do magistrado, sendo inadequado o indeferimento da petição inicial em virtude de irregular instrução do feito por qualquer dos outros legitimados ativos. 3. MATERIAL COMPLEMENTAR Para complementar os estudos, leia o seguinte texto, relativo à diferença entre herança jacente e vacante: https://direitodiario.com.br/diferencas-heranca-jacente-vacante/ Para um maior aprofundamento, leia o seguinte texto: https://www.emerj.tjrj.jus.br/revistaemerj_online/edicoes/revista05/revista05_66.pdf E sobre o princípio dispositivo no direito processual civil brasileiro: https://www.migalhas.com.br/depeso/258440/principio-dispositivo-no-processo-civil- brasileiro 4. QUESTÃO SOBRE O TEMA O CPC/2015 não prevê nenhuma exceção ao princípio da demanda ou da inércia da jurisdição. ( ) Certo https://direitodiario.com.br/diferencas-heranca-jacente-vacante/ https://www.emerj.tjrj.jus.br/revistaemerj_online/edicoes/revista05/revista05_66.pdf https://www.migalhas.com.br/depeso/258440/principio-dispositivo-no-processo-civil-brasileiro https://www.migalhas.com.br/depeso/258440/principio-dispositivo-no-processo-civil-brasileiro PAG E \* ( ) Errado 5. GABARITO COMENTADO Errado. O juiz pode atuar de ofício e instaurar o procedimento da restauração de autos (art. 712) e a arrecadação dos bens da herança jacente (art. 738). Ademais, segundo o STJ, a abertura e o regular processamento da herança jacente constituem poder-dever do magistrado, sendo, inclusive, inadequado o indeferimento da petição inicial em virtude de irregular instrução do feito por qualquer dos outros legitimados ativos. PAG E \* PÍLULA 16 1. IDENTIFICAÇÃO DO JULGADO REsp 1837211/MG Rel. Ministro MOURA RIBEIRO Órgão julgador: TERCEIRA TURMA Julgado em 09/03/2021 DJe 11/03/2021 2. TESE SUGERIDA NO INFORMATIVO Sob a égide do Código de Processo Civil de 2015, é irrecorrível o ato judicial que determina a intimação do devedor para o pagamento de quantia certa. 3. MATERIAL COMPLEMENTAR Para complementar os estudos, leia o seguinte texto, que revela entendimento contrário àquele contido no julgado do STJ. https://www.migalhas.com.br/coluna/cpc-na-pratica/342750/recorribilidade-da-decisao- de-intimacao-do-executado Para comparar, veja também o voto do relator: https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201901279719&dt _publicacao=11/03/2021 4. QUESTÃO SOBRE O TEMA Sobre os recursos, de acordo com o CPC e com a jurisprudênciado STJ, marque a alternativa correta: a) O prazo de todos os recursos previstos no CPC é de 15 dias. https://www.migalhas.com.br/coluna/cpc-na-pratica/342750/recorribilidade-da-decisao-de-intimacao-do-executado https://www.migalhas.com.br/coluna/cpc-na-pratica/342750/recorribilidade-da-decisao-de-intimacao-do-executado https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201901279719&dt_publicacao=11/03/2021 https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201901279719&dt_publicacao=11/03/2021 PAG E \* b) O rol do agravo de instrumento é considerado pelo STJ como taxativo, sem possibilidade de mitigação ou intepretação extensiva. c) Segundo o STJ, é irrecorrível o ato judicial que determina a intimação do devedor para o pagamento de quantia certa. d) A apelação é dotada, como regra, apenas de efeito devolutivo. 5. GABARITO COMENTADO Alternativa C. Letra A errada, pois os embargos de declaração têm prazo de 5 dias. Letra B errada, pois, segundo o STJ, o rol do agravo de instrumento é de taxatividade mitigada. Letra D errada, pois, como regra, a apelação é dotada de efeitos devolutivo e suspensivo. PAG E \* PÍLULA 17 1. IDENTIFICAÇÃO DO JULGADO REsp 1847194/MS Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE Órgão julgador: TERCEIRA TURMA Julgado em 16/03/2021 DJe 23/03/2021 2. TESE SUGERIDA NO INFORMATIVO O termo inicial do prazo de 15 (quinze) dias, previsto no art. 550, § 5º, do CPC/2015, para o réu cumprir a condenação da primeira fase do procedimento de exigir contas começa a fluir automaticamente a partir da intimação do réu, na pessoa do seu advogado, acerca da respectiva decisão. 3. MATERIAL COMPLEMENTAR “O prazo de 15 dias para que o réu cumpra a condenação na primeira fase do procedimento de exigir contas – previsto no artigo 550, parágrafo 5º, do Código de Processo Civil de 2015 – começa a correr automaticamente quando a defesa é intimada da decisão condenatória. O prazo deve ser observado porque, em regra, o recurso cabível contra essa decisão não tem efeito suspensivo, nos termos do artigo 995 do CPC/2015. Com base nesse entendimento, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve acórdão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) que considerou fora do prazo legal a apresentação de contas por uma financeira. A ação de exigir contas foi proposta por uma cliente com o objetivo de apurar eventual saldo resultante da venda de veículo dado como garantia em alienação fiduciária. PAG E \* No recurso dirigido ao STJ, a financeira sustentou que os 15 dias para a apresentação das contas só deveriam ser contados após o prazo para recorrer da decisão que encerra a primeira fase do procedimento. Além disso, alegou que a intimação para o cumprimento da condenação teria de ser pessoal, pois a prestação das contas, como obrigação de fazer, é ato pessoal da parte. Decisão interlocutória O relator, ministro Marco Aurélio Bellizze, afirmou que, de acordo com o artigo 550, parágrafo 5º, do CPC/2015, a decisão que julgar procedente a primeira fase da ação condenará o réu a prestar contas no prazo de 15 dias, sob pena de não poder impugnar as contas que o autor apresentar. Segundo ele, o ato que julga procedente a primeira parte da ação de exigir contas possui natureza de decisão interlocutória de mérito, uma vez que não encerra a fase cognitiva do processo. Por essa razão, apontou, o recurso cabível contra ela é o agravo de instrumento (artigo 1.015, inciso II, do CPC/2015) – o qual não possui, em regra, efeito suspensivo. Por outro lado, se o ato judicial julgar improcedente a primeira fase da ação de exigir contas ou se julgar extinto o processo sem resolução de mérito, ele terá força de sentença e, portanto, será impugnável por meio de apelação. Novo enfoque Bellizze lembrou que, em relação aos casos julgados na vigência do CPC/1973, a Terceira Turma firmou o entendimento de que a contagem do prazo de 48 horas previsto no artigo 915, parágrafo 2º, deveria se dar a partir do trânsito em julgado do ato judicial, que era interpretado como sentença. Entretanto, em relação ao CPC/2015, o relator entendeu não ser possível aplicar a mesma interpretação, exatamente porque, sob a ótica do novo código, a decisão que condena o réu a prestar contas tem natureza jurídica de decisão interlocutória de mérito. "Dessa forma, inexistindo efeito suspensivo a agravo de instrumento interposto pelo réu contra decisão proferida na primeira fase da ação de exigir contas, não há óbice para PAG E \* que o prazo de 15 dias do parágrafo 5º do artigo 550 do novo CPC comece a fluir automaticamente", afirmou. Ao manter o acórdão do TJMS, o magistrado destacou que, segundo a jurisprudência do STJ, a intimação da decisão que julga procedente a primeira fase do procedimento de contas deve ser realizada por meio da defesa do réu, sendo desnecessária a intimação pessoal, pois não existe base legal para tanto”. Fonte: https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/14042021-Prazo- para-cumprimento-da-primeira-fase-da-prestacao-de-contas-tem-inicio-com-intimacao- da-defesa.aspx 4. QUESTÃO SOBRE O TEMA Segundo o STJ, o termo inicial do prazo de 15 (quinze) dias, previsto no art. 550, § 5º, do CPC/2015, para o réu cumprir a condenação da primeira fase do procedimento de exigir contas começa a fluir após o trânsito em julgado da respectiva decisão. ( ) Certo ( ) Errado 5. GABARITO COMENTADO Errado. Segundo o STJ, o termo inicial do prazo de 15 (quinze) dias, previsto no art. 550, § 5º, do CPC/2015, para o réu cumprir a condenação da primeira fase do procedimento de exigir contas começa a fluir automaticamente a partir da intimação do réu, na pessoa do seu advogado, acerca da respectiva decisão. https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/14042021-Prazo-para-cumprimento-da-primeira-fase-da-prestacao-de-contas-tem-inicio-com-intimacao-da-defesa.aspx https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/14042021-Prazo-para-cumprimento-da-primeira-fase-da-prestacao-de-contas-tem-inicio-com-intimacao-da-defesa.aspx https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/14042021-Prazo-para-cumprimento-da-primeira-fase-da-prestacao-de-contas-tem-inicio-com-intimacao-da-defesa.aspx PAG E \* PÍLULA 18 1. IDENTIFICAÇÃO DO JULGADO REsp 1913236/MT Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI Órgão julgador: TERCEIRA TURMA Julgado em 16/03/2021 DJe 22/03/2021 2. TESE SUGERIDA NO INFORMATIVO Para a proteção da impenhorabilidade da pequena propriedade rural é ônus do executado comprovar que o imóvel é explorado pela família, prevalecendo a proteção mesmo que tenha sido dado em garantia hipotecária ou não se tratando de único bem do devedor. 3. MATERIAL COMPLEMENTAR Sobre o tema, recomendo a leitura do seguinte texto: https://ibdfam.org.br/noticias/8341/STJ%3A+%C3%94nus+de+comprovar+que+pequen a+propriedade+rural+%C3%A9+explorada+em+regime+familiar+recai+sobre+o+execu tado 4. QUESTÃO SOBRE O TEMA Para a proteção da impenhorabilidade da pequena propriedade rural é ônus do exequente comprovar que o imóvel é explorado pela família. ( ) Certo ( ) Errado https://ibdfam.org.br/noticias/8341/STJ%3A+%C3%94nus+de+comprovar+que+pequena+propriedade+rural+%C3%A9+explorada+em+regime+familiar+recai+sobre+o+executado https://ibdfam.org.br/noticias/8341/STJ%3A+%C3%94nus+de+comprovar+que+pequena+propriedade+rural+%C3%A9+explorada+em+regime+familiar+recai+sobre+o+executado https://ibdfam.org.br/noticias/8341/STJ%3A+%C3%94nus+de+comprovar+que+pequena+propriedade+rural+%C3%A9+explorada+em+regime+familiar+recai+sobre+o+executado PAG E \* 5. GABARITO COMENTADO Errado. Segundo o STJ, para a proteção da impenhorabilidadeda pequena propriedade rural é ônus do executado comprovar que o imóvel é explorado pela família, prevalecendo a proteção mesmo que tenha sido dado em garantia hipotecária ou não se tratando de único bem do devedor. PAG E \* PÍLULA 19 1. IDENTIFICAÇÃO DO JULGADO REsp 1880944/SP Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI Órgão julgador: TERCEIRA TURMA Julgado em 23/03/2021 DJe 26/03/2021 2. TESE SUGERIDA NO INFORMATIVO A transação antes da sentença de execução dispensa o pagamento das custas remanescentes, o que não abrange a taxa judiciária. 3. MATERIAL COMPLEMENTAR “Havendo acordo antes da sentença, o artigo 90, parágrafo 3º, do Código de Processo Civil de 2015 dispensa as partes do pagamento das custas processuais remanescentes, mas é necessário distinguir as custas judiciais da taxa judiciária: caso a legislação estadual preveja a obrigatoriedade de recolhimento da taxa judiciária ao final do processo, as partes deverão pagá-la. O entendimento foi fixado pela Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao manter acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) que determinou ao autor de ação de execução de título extrajudicial, após a realização de acordo, que recolhesse as custas finais do processo. Para o TJSP, o artigo 90, parágrafo 3º, do CPC/2015 só se aplicaria se o acordo fosse anterior à sentença na fase de conhecimento. No recurso especial, o autor da ação afirmou que o CPC é claro ao dispensar as partes do pagamento das custas processuais remanescentes caso haja acordo antes da prolação da sentença. PAG E \* Conhecimento ou execução A ministra Nancy Andrighi apontou que o artigo 90 está localizado na parte geral do CPC – fato que demonstra, ao contrário do entendimento do TJSP, que o dispositivo é aplicável não apenas à fase de conhecimento, mas também ao processo de execução. "Caso fosse a intenção do legislador restringir sua aplicação ao processo de conhecimento, teria tido a cautela de inseri-la no capítulo que trata especificamente dessa espécie procedimental ou, ao menos, teria feito alguma referência expressa nesse sentido, o que não se verifica", afirmou a relatora. Despesas processuais Apesar disso, a ministra observou que, no caso dos autos, a parte exequente foi intimada a arcar com custas finais de 1%, conforme o artigo 4º, inciso III, da Lei Estadual 11.608/2003 – dispositivo que trata da cobrança de taxa judiciária em São Paulo. Nancy Andrighi lembrou que as custas judiciais – um subtipo das despesas processuais – têm natureza tributária e servem para remunerar os serviços praticados pelos serventuários em juízo. Já a taxa judiciária, explicou, também é um tributo e integra as despesas processuais, porém é devida ao estado em contraprestação dos atos processuais. Segundo a magistrada, essa diferenciação permite concluir que, se as partes fizerem acordo antes da prolação da sentença – independentemente da espécie de procedimento –, elas ficarão dispensadas do recolhimento das custas judiciais remanescentes, nos termos do artigo 90, parágrafo 3º, do CPC. Entretanto, se a legislação estadual previr o recolhimento de taxa judiciária ao final do processo, as partes estarão obrigadas a recolhê-la, já que a taxa judiciária não se caracteriza como custas remanescentes. "Na hipótese dos autos, conforme consta do aresto impugnado, no instrumento do acordo, as partes pactuaram que eventuais custas remanescentes ficariam a cargo da recorrente. Desse modo, correta a decisão de primeiro grau que a intimou para recolher a taxa judiciária, bem como o acórdão que manteve essa decisão", concluiu a ministra.”. Fonte: PAG E \* https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/23042021-Acordo- antes-da-sentenca-nao-dispensa-recolhimento-de-taxa-judiciaria-prevista-em-lei- estadual.aspx 4. QUESTÃO SOBRE O TEMA Imagine a seguinte situação hipotética: Ação de execução de título extrajudicial ajuizada por Maria em face da empresa XYZ Ltda, fundada em instrumento de confissão de dívida. Durante a tramitação do processo de execução, mas antes da sentença, as partes transigiram e pleitearam a extinção da execução, ficando estabelecido no acordo que as despesas processuais ficariam a cargo do exequente. O juiz, no caso, determinou a intimação da exequente para pagar as custas remanescentes do processo executivo. A exequente agravou da decisão, alegando que, nos termos do art. 90, §3º, do CPC, “Se a transação ocorrer antes da sentença, as partes ficam dispensadas do pagamento das custas processuais remanescentes, se houver”. Nesse caso, considerando a jurisprudência do STJ, marque a alternativa correta: a) O juiz agiu corretamente, pois o referido dispositivo legal somente se aplicação à fase de conhecimento. b) O juiz agiu corretamente, mas deveria ter intimado o executado para pagar as custas, porque custas não se encaixam no conceito de despesas processuais. c) O juiz agiu corretamente, mas deveria ter intimado ambas as partes para pagar as custas, porque custas não se encaixam no conceito de despesas processuais. d) O juiz agiu incorretamente, pois, a transação antes da sentença de execução dispensa o pagamento das custas remanescentes. Ele poderia ter determinado apenas o recolhimento, pelo exequente, da taxa judiciária, se houvesse. 5. GABARITO COMENTADO D. Segundo o STJ, a transação antes da sentença de execução dispensa o pagamento das custas remanescentes, o que não abrange a taxa judiciária, pois o art. 90, §3º do CPC https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/23042021-Acordo-antes-da-sentenca-nao-dispensa-recolhimento-de-taxa-judiciaria-prevista-em-lei-estadual.aspx https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/23042021-Acordo-antes-da-sentenca-nao-dispensa-recolhimento-de-taxa-judiciaria-prevista-em-lei-estadual.aspx https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/23042021-Acordo-antes-da-sentenca-nao-dispensa-recolhimento-de-taxa-judiciaria-prevista-em-lei-estadual.aspx PAG E \* fala apenas de custas, o que não abrange as taxas judiciárias (despesas processuais são gênero, sendo espécies as custas, as taxas e os emolumentos). PAG E \* PÍLULA 20 1. IDENTIFICAÇÃO DO JULGADO REsp 1761543/DF Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE Órgão julgador: TERCEIRA TURMA Julgado em 23/03/2021 DJe 26/03/2021 2. TESE SUGERIDA NO INFORMATIVO É possível a penhora de recursos oriundos da recompra pelo FIES dos valores dos títulos Certificados Financeiros do Tesouro - Série E (CFT-E), de titularidade das instituições de ensino, que eventualmente sobrepujam as obrigações legalmente vinculadas. 3. MATERIAL COMPLEMENTAR Sobre o tema, leia o seguinte texto: https://www.conjur.com.br/2021-mar-31/stj-admite- penhora-verba-recompra-titulos-fies 4. QUESTÃO SOBRE O TEMA Segundo o STJ, é impenhorável o valor recebido por instituição de ensino superior em razão da recompra, pelo FIES, dos títulos Certificados Financeiros do Tesouro - Série E (CFT-E). ( ) Certo ( ) Errado 5. GABARITO COMENTADO Errado. https://www.conjur.com.br/2021-mar-31/stj-admite-penhora-verba-recompra-titulos-fies https://www.conjur.com.br/2021-mar-31/stj-admite-penhora-verba-recompra-titulos-fies PAG E \* Segundo o STJ, é possível a penhora de recursos oriundos da recompra pelo FIES dos valores dos títulos Certificados Financeiros do Tesouro - Série E (CFT-E), de titularidade das instituições de ensino, que eventualmente sobrepujam as obrigações legalmente vinculadas. PAG E \* PÍLULA 21 1. IDENTIFICAÇÃO DO JULGADO REsp 1412247/MG Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA Órgão julgador: QUARTA TURMA Julgado em 23/03/2021 DJe 29/03/2021 2. TESE SUGERIDA NO INFORMATIVOOs valores pagos a título de indenização pelo "Seguro DPVAT" aos familiares da vítima fatal de acidente de trânsito gozam da proteção legal de impenhorabilidade ditada pelo art. 649, VI, do CPC/1973 (art. 833, VI, do CPC/2015), enquadrando-se na expressão "seguro de vida". 3. MATERIAL COMPLEMENTAR “A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que os valores pagos a título de indenização pelo seguro DPVAT aos familiares da vítima fatal de acidente de trânsito gozam da proteção legal de impenhorabilidade prevista no artigo 649, inciso VI, do Código de Processo Civil de 1973, que corresponde ao artigo 833, inciso VI, do CPC/2015. Para o colegiado, tal modalidade indenizatória se enquadra na expressão "seguro de vida". A turma julgou recurso interposto pela esposa de segurado falecido contra decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que considerou o artigo 649 do CPC/1973 inaplicável ao DPVAT, pois esta modalidade de seguro não teria caráter alimentar, mas indenizatório – diferentemente do seguro de vida e do pecúlio, conforme expressa previsão legal. PAG E \* No recurso, a viúva sustentou que o DPVAT, de cunho eminentemente social, é um seguro de danos pessoais, tal como o seguro de vida, com natureza obrigatória e a finalidade de amparar vítimas de acidentes causados por veículos automotores terrestres. Mesmo gênero Em seu voto, o relator do processo, ministro Antonio Carlos Ferreira, destacou que, de fato, um dos objetivos da indenização paga pelo DPVAT é minimizar os efeitos que a morte da vítima pode causar na situação financeira da família, o que revela sua natureza alimentar. Dessa forma, segundo o magistrado, há uma similaridade do instituto com a indenização paga em razão do seguro de pessoa, previsto no artigo 789 do Código Civil de 2002. "Ouso afirmar que tanto um quanto o outro (seguro de pessoa e seguro DPVAT) são espécies do mesmo gênero, que a lei processual teria unificado sob o singelo título 'seguro de vida'", declarou. "Não se trata, pois, de aplicação analógica do dispositivo legal, senão do enquadramento do seguro DPVAT dentro da previsão contida na lei processual", acrescentou o relator. Ele ressaltou que o fato de o DPVAT ter caráter obrigatório – ao contrário do que ocorre no seguro de pessoa – não implica mudança substancial em sua natureza, "tampouco na qualidade e finalidade da respectiva indenização". Reformulação Antonio Carlos Ferreira lembrou ainda que, embora o seguro obrigatório tenha sido originalmente concebido sob a ótica da responsabilidade civil do proprietário do veículo, houve uma reformulação em 1969 – aprimorada em 1974 – que afastou essa característica da indenização. Segundo o relator, após aquela reformulação, é possível observar "enfoque para a proteção de danos pessoais, sem exame sobre a culpa do agente causador do dano, aproximando-se ainda mais do seguro de vida (ou de pessoa) disciplinado pela lei civil". Fonte: PAG E \* https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/06042021- Indenizacao-do-DPVAT-e-impenhoravel-como-o-seguro-de-vida--decide-Quarta- Turma-.aspx 4. QUESTÃO SOBRE O TEMA Segundo o STJ, é possível a penhora de valores pagos a título de indenização pelo "Seguro DPVAT" aos familiares da vítima fatal de acidente de trânsito, tendo em vista que tal verba não se enquadra no conceito de seguro de vida, previsto no art. 833, VI, do CPC. ( ) Certo ( ) Errado 5. GABARITO COMENTADO Errado. Segundo o STJ, os valores pagos a título de indenização pelo "Seguro DPVAT" aos familiares da vítima fatal de acidente de trânsito gozam da proteção legal de impenhorabilidade ditada pelo art. 649, VI, do CPC/1973 (art. 833, VI, do CPC/2015), enquadrando-se na expressão "seguro de vida". https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/06042021-Indenizacao-do-DPVAT-e-impenhoravel-como-o-seguro-de-vida--decide-Quarta-Turma-.aspx https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/06042021-Indenizacao-do-DPVAT-e-impenhoravel-como-o-seguro-de-vida--decide-Quarta-Turma-.aspx https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/06042021-Indenizacao-do-DPVAT-e-impenhoravel-como-o-seguro-de-vida--decide-Quarta-Turma-.aspx Pílula 1 - material complementar PÍLULA 01 Pílula 2 - material complementar PÍLULA 02 Pílula 3 - material complementar PÍLULA 03 Pílula 4 - material complementar PÍLULA 04 Pílula 5 - material complementar PÍLULA 05 Pílula 6 - material complementar PÍLULA 06 Pílula 7 - material complementar PÍLULA 07 Pílula 8 - material complementar PÍLULA 04 Pílula 9 - material complementar PÍLULA 09 Pílula 10 - material complementar PÍLULA 10 Pílula 11 - material complementar PÍLULA 11 Pílula 12 - material complementar PÍLULA 12 Pílula 13 - material complementar PÍLULA 13 Pílula 14 - material complementar PÍLULA 14 Pílula 15 - material complementar PÍLULA 15 Pílula 16 - material complementar PÍLULA 16 Pílula 17 - material complementar PÍLULA 17 Pílula 18 - material complementar PÍLULA 18 Pílula 19 - material complementar PÍLULA 19 Pílula 20 - material complementar PÍLULA 20 Pílula 21 - material complementar PÍLULA 21
Compartilhar